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sábado, 4 de abril de 2015

É um desperdício não acreditar na ressurreição

04.04.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 02.04.15
PorElben M. Lenz César

http://www.freeimages.com/photo/980736Em 2010 éramos o segundo país do mundo com a maior quantidade de cristãos. Tínhamos 177,3 milhões de brasileiros que eram ou se declaravam cristãos. Continuaremos assim até 2020, de acordo com as previsões. 

Quantos de nós cremos na ressurreição do corpo, como ensinam as Escrituras Sagradas e o Credo Apostólico? Quantos têm essa esperança e dela se beneficiam hoje? Quantos enfrentam o luto com o auxílio dessa promessa? Quantos têm como absoluta certeza a sua própria ressurreição?

O assunto não é de somenos importância. A negação da ressurreição tem implicações seríssimas. Na lógica de Paulo, “se não há ressurreição, Cristo não está vivo [e] se Cristo não ressuscitou, tudo o que ensinamos a vocês está errado e vocês investiram a vida em uma ilusão” (1 Coríntios 15.13-14, AM). A ressurreição de Cristo na madrugada do primeiro dia da semana está cimentada com a nossa ressurreição no derradeiro dia. E vice-versa. Negar uma ou outra faz ruir por completo o edifício cristão.

É um desperdício enorme não acreditar na ressurreição do corpo. Essa loucura dá grande causa à morte, torna-a eternamente implacável e vitoriosa. O cristão desprovido dessa certeza não pode zombar da morte: “Onde está, ó morte a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” (1 Coríntios 15.55).

No final do capítulo da Bíblia mais longo e eloquente sobre a ressurreição (1 Coríntios 15), Paulo não consegue se conter e faz uma algazarra enorme a propósito da vitória de Cristo sobre a morte, afirmando:

“A morte está destruída! A vitória é completa” (verso 54)

Em outras palavras e fazendo uso de outras versões, o apóstolo está gritando:

A vida triunfou sobre a morte!

A morte está morta!

Tragada (ou engolida ou devorada) foi a morte pela vitória!

A morte foi absorvida, afogada, aniquilada, destruída, esmagada pela vitória!

Tudo isso expressa a verdade. Mas há uma afirmação adicional de extrema importância: tudo isso tornou-se viável, veio a se concretizar “por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (verso 57).

A expressão “por meio de Jesus” é corriqueira nas Cartas de Paulo e no resto no Novo Testamento. Ao todo são 76 referências. Quase todas remontam aos acontecimentos da primeira “semana santa”: por meio do sacrifício do corpo de Jesus, por meio dos ferimentos de Jesus, por meio da cruz de Jesus, por meio da morte de Jesus e por meio da ressurreição de Jesus. Isso quer dizer que todos os atos de salvação tornaram-se possíveis por causa do sacrifício vicário de Jesus e de sua ressurreição. Inclusive a ressurreição do corpo.

Pela exposição de Paulo, percebe-se que a ressurreição é muito mais do que tornar a viver. Embora os mortos não percam sua identidade (Maria será sempre Maria, João será sempre João), na ressurreição eles terão corpos novos, não pecaminosos, não mortais, não adâmicos. Quanto mais nos aprofundamos no assunto, mais impressionados ficamos com a doutrina cristã da ressurreição dos mortos.

Em seu excelente artigo sobre luto, publicado na Folha de S. Paulo, de 21 de março, o médico Dráuzio Varella deixa a descoberto o peso do luto:

“A perda de um ente querido é das experiências mais dolorosas... Estar de luto abala a integridade do psiquismo e provoca sintomas fisiológicos que evoluem com o passar do tempo... No período que se segue ao falecimento, aumenta o risco de infarto do miocárdio, das cardiopatias, de estresse, de distúrbios de humor e ansiedade e também do abuso de drogas, lícitas ou não”. Etc.

Aí está um bom motivo para os 177,3 milhões de cristãos brasileiros ou os 2,2 bilhões de cristãos de todos os continentes deixarem de ser incrédulos e crer na ressurreição do corpo – do corpo de seus familiares e de seu próprio corpo!

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/e-um-desperdicio-nao-acreditar-na-ressurreicao

quarta-feira, 30 de abril de 2014

PÁSCOA:^A semana das dores

30.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 14.04.14


http://www.freeimages.com/photo/748046
“E disse-lhes: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer”(Lucas 22.15).

A espiral do ciclo litúrgico traz de volta a semana das dores e da paixão de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Na verdade, para nós, cristãos reformados, a vivência da experiência da cruz é uma realidade cotidiana, fomos e estamos sendo crucificados com Cristo na medida em que morremos para o pecado, a injustiça e a ostentação do mundo. Todavia, não há mal algum em aproveitarmos estes momentos mais intensos para não só aprofundarmos a nossa consciência quanto aos fatos que importaram em nossa salvação, mas também para proclamarmos a essência da mensagem evangélica, a gratuidade da morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 

As narrativas da Paixão que encontramos nos Evangelhos, além de sensibilizarmo-nos e dar-nos informações de como as coisas aconteceram, trazem lições que devem ser sempre atualizadas em nossa caminhada de fé. 

A semana começa com o domingo da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. É o “domingo de ramos”. Jesus entra aclamado em Jerusalém como Rei-Messias, o Filho de Davi, o que cumpre em filigrana as profecias: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta” (Zc 9.9). Contudo, o alarido da multidão e aquele reconhecimento eufórico não traduzem a sua missão. Sua decisão de ir a Jerusalém continha outro programa a ser vivido: “E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém” (Lc 9.51), isto é, cumprir o projeto de seu Pai, dar a vida por suas ovelhas, resgatar os pecadores e estabelecer o reinado de Deus e voltar glorioso para junto daquele que o enviara. 

Depois desta entrada triunfal, entre os “hosanas” de um povo festivo, Jesus vive a amarga noite da última ceia. A atmosfera dos Evangelhos parece carregada de tensão. A dor e a melancolia da despedia. A conversão dos valores arraigados ao orgulho humano nas lições do lava-pés e o prenúncio da morte. A nova Aliança com base no sangue derramado, a angústia do horto e finalmente a traição por parte de um de seus discípulos amigos. Desta quinta-feira quis o Espírito Santo conservar-nos preciosas lições. Que o amor cristão só tem sentido se for insistente, permanente e independente das inclinações de nossa carne. Um amor que persevera, não recua, que não desiste, mesmo quando tudo conspira ao redor. Que o amor não é um simples sentimento, mas um mandamento e um serviço de humildade e gratuidade. Aprendemos que o discipulado não é turismo religioso, mas seguir a Jesus significa um convite para morrer com Ele e com Ele entregar a vida em obediência ao Pai e em favor dos irmãos. 

Chegamos à “sexta-feira da paixão” e da morte do inocente, justo e santo Filho de Deus. Dos horrores vividos na casa de Anás, à submissão a um político fraco e corrupto, à patética aparição na casa de Herodes, a troca por Barrabás em um Tribunal iníquo e à exposição pública a caminho do Calvário, Jesus deu provas cabais de quem era: “o homem das dores”, o Servo de Iaweh, o Justo das Escrituras, o Messias esperado pelas nações, a Ovelha muda que não abriu a boca diante dos seus tosquiadores. Jesus revelou-se como o verdadeiro cordeiro pascal, o suficiente bode da expiação e em sua carne macerada e em seu sofrimento não só tornou aceitável, mas confirmou todos os sacrifícios prescritos na Lei, enquanto bebia até a última gota do cálice. Mas, o que continha mesmo o cálice que o Pai serviu a Jesus? Continha a ira de um Deus Santíssimo e Justo, ofendido em sua majestosa autoridade que vindicava justiça desde a Queda de Adão. Na sexta-feira, Jesus paga o preço de nossa dívida: “e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz” (Cl 2.14). 

Segundo a teologia dos pais da Igreja de Tradição Oriental, aqui se realiza a propriamente dita páscoa do cristão, pois é quando o verdadeiro cordeiro é sacrificado: “Mas quando chegaram a Jesus, percebendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas (...) Ele sabe que está dizendo a verdade, e dela testemunha para que vocês também creiam. Estas coisas aconteceram para que se cumprisse a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado" (Jo 19.33-36). 

O meu desejo é que você evite a todo custo, motivado por um zelo cego quanto aos exageros litúrgicos de outras religiões, o pecado de desprezar esta oportunidade de viver e anunciar o cerne do Evangelho da Salvação que como se vê, custou um alto preço! Participe com alegria das reuniões, cultos e estudos de sua comunidade de fé.



*É pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-semana-das-dores

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Domingo de Páscoa - Um Amor de Ressurreição Tão Incrível!

21.04.2014
Do blog HOME GOSPEL BLOG,19.0414

"Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai." (João 10:17-18)
Por que Jesus diz isso? Por que ele enfatiza sua voluntariedade em morrer? Porque se isso não fosse verdade — se sua morte fosse forçada a ele, se não fosse livre, se seu coração não estivesse de fato nisso — então uma grande interrogação seria colocada sobre seu amor por nós.

A profundidade de seu amor está em sua liberdade. Se ele não morreu por nós voluntariamente — se ele não escolheu o sofrimento e o abraçou — então quão grande é seu amor realmente? Então ele enfatiza isso. Ele deixa explícito. Isso vem de mim, não das circunstâncias, não de pressão, mas do que eu realmente anseio fazer.

Jesus está enfatizando para nós que seu amor por nós é gratuito. Ele parece ouvir alguma calúnia inimiga dizendo: “Jesus não ama a você de verdade. Ele é um mercenário. Ele entrou nessa por outra razão que não amor. Ele está sob algum tipo de obrigação ou compulsão externa. Ele não quer realmente morrer por você. Ele apenas de alguma maneira acabou entrando nessa tarefa e tem de se submeter às forças que o controlam.” Jesus parece ouvir ou antecipar algo assim. E ele responde: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” Ele está pressionando nesse ponto para ver se creremos em seu protesto de amor, ou se creremos no oposto — que seu coração não está realmente nisso.

Qualquer um que faz uma afirmação como essa está mentalmente perturbado, mentindo, ou é Deus. Eu tenho autoridade de dentro da morte, como um homem morto, de tomar minha vida de volta quanto eu quiser. Agora qual é o ponto aqui? Bem, o que é mais difícil? Controlar o momento de sua morte, ou dar a si mesmo vida novamente quando já morto? O que é mais difícil? Dizer “eu entrego minha vida por minha própria iniciativa,” ou dizer “eu tomarei minha vida de volta depois que estiver morto”?

A resposta é óbvia. E esse é o ponto. Se Jesus podia tomar — e tomou — sua vida de volta da morte, então ele de fato estava livre. Se ele controlou o momento em que saiu da sepultura, ele certamente controlou o momento em que ele foi para a sepultura.

Então eis o ponto. A ressurreição de Jesus é dada a nós como a confirmação ou a evidência de que ele estava, de fato, livre ao entregar sua vida. E então a ressurreição é o testemunho de Cristo quanto à liberdade de seu amor.

O Significado da Páscoa

De todas as grandes coisas que a Páscoa significa, ela também significa isso: é um grande “Eu quis fazer isso!” por trás da morte de Cristo. Eu quis fazer isso! Eu estava livre. Você vê o quão livre eu estou? Você vê quanto poder e autoridade eu tenho? Eu era capaz de evitá-la. Eu tenho o poder de tomar minha vida e voltar da sepultura. Então, como eu não conseguiria devastar meus inimigos e escapar da cruz?

Minha ressurreição é um brado sobre meu amor por minhas ovelhas: Eu era livre! Eu era livre! Eu escolhi isso. Eu abracei isso. Eu não fui capturado. Eu não fui encurralado. Nada pode me obrigar a fazer o que eu não escolho fazer. Eu tinha poder para tomar minha vida de volta da morte. Quão mais, então, eu poderia evitar meu encontro com a morte!

Eu estou vivo para mostrar a você que eu realmente amei você. Eu amei você livremente. Ninguém me forçou a fazê-lo. E agora estou livre para passar a eternidade amando você com um amor onipotente de ressurreição para sempre e sempre.

Vinde a mim, vós todos pecadores que necessitam de um Salvador. E eu os perdoarei, os aceitarei, e os amarei de todo o meu coração para todo sempre.


Fonte: John Piper, www.satisfacaoemdeus.org. Original: Love to the Uttermost (Free eBook for Holy Week). Tradução: www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: John Piper – Um Amor de Ressurreição Tão Incrível (Amor ao Extremo 9/9)

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Fonte:http://gospelhomeblog.blogspot.com.br/2014/04/domingo-de-pascoa-um-amor-de.html

sábado, 19 de abril de 2014

Páscoa - a verdadeira história

19.04.2014
Do blog ROCHA FERIDA

A páscoa é a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas. O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12.11-27). Chama-se a “páscoa do Senhor”, a “festa dos pães asmos”(Lv 23.6, Lc 22.1), os dias dos “pães asmos” (At.12.3,20.6). Mas o que significa a palavra "Páscoa"?

A palavra páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc.22.7,1Co 5.7, Mt 26.18-19, Hb 11.28).

A Páscoa no Antigo testamento


Na sua instituição, a maneira de observar a páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no décimo quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado.

No dia seguinte, o 15°, a contar desde as 6 hrs do dia anterior, principiava a grande festada páscoa, que durava 7 dias; mas somente o 1° e o 7° dias eram particularmente solenes. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, macho e do 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito.

Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. Os que comiam a páscoa precisavam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados na mão, alimentando-se apressadamente. Durante os 8 dias da páscoa não se podia comer pão levedado, embora fosse permitido preparar comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Ex.12).

A páscoa era uma das 3 festas em que todos os varões haviam de “aparecer diante do Senhor” (Ex.26.14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guarda a páscoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado a morte (Nm 9.13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14° dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (1Cr 30.2-3).

A Páscoa no Novo testamento


Segundo o Novo Testamento, Cristo é o sacrifício da Páscoa. Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho de São João: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (João, 1.29)

e uma constatação de São Paulo “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.” (1Co 5.7).

Jesus Cristo, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus que foi imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado.

Como, segundo a tradição cristã sustentada no Novo Testamento, Jesus ressuscitou num Domingo (Mc 16.9), surgiu a prática da Igreja se reunir aos domingos, e não aos sábados, como faziam e fazem os judeus (sabbath).
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Fonte:http://www.rochaferida.com/2014/04/pascoa-verdadeira-historia.html#more

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A cruz e o Deus generoso

18.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 15.04.14
Por Equipe Editorial Web


A propósito da Semana da Páscoa, o Portal Ultimato publica a seguir a devocional de hoje do e-bookPara Celebrar a Páscoa – Meditação e Liturgia, de Ricardo Barbosa de Sousa. Você pode fazer o download gratuito do livro eletrônico aqui.


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Oração e generosidade

“Senhor Jesus, tu me atribuíste um valor muito alto quando morreste por mim. Tua morte me dá vida. Enche o meu cálice até que transborde, assim que eu possa anunciar com todo o meu ser que tu és o gerador da vida.”
M. A. Thomas, Índia

Meditação

Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? (Romanos 8.32)

A cruz revela a generosidade de Deus. Nela ele não poupou nada, pelo contrário, nos deu o que tinha de mais precioso, mais caro, mais perfeito, mais belo. Nos deu seu Filho, e com ele a salvação, o perdão, a reconciliação. Haveria, diante da demonstração da generosidade de Deus na cruz, alguma dádiva que ele nos negaria? Alguma benção que seria maior do que seu próprio Filho? Certamente que não.

A cruz define a natureza da oração. Oramos a um Deus generoso. Mas não é isso que muitos crentes demonstram quando oram. Suas palavras revelam um Deus mesquinho, que se recusa a abençoá-los, que necessita ser convencido, persuadido, em alguns casos, manipulado, para que suas orações sejam atendidas. Paulo não vê assim. Se Deus não poupou seu Filho, o que pouparia? Se nos deu o seu bem maior, que outro bem nos negaria? Orar é entrar na comunhão de um Deus generoso, é participar da amizade com um Pai amoroso que jamais negará bem algum àqueles que ama.

Quando você ora, que imagens de Deus vêm à sua mente? Generoso ou mesquinho?

Intercessão

Ore para que Deus nos ajude a reconhecer sua enorme generosidade, e que a experiência de oração seja uma verdadeira comunhão com a riqueza de sua glória.

Hino

Maravilhosa graça! maior que meu pecar,
como poder cantá-la? como hei de começar?
Pois alivia a minha alma, e vivo em toda a calma
pela maravilhosa graça de Jesus!

Graça quão maravilhosa de Jesus
Como o firmamento é sem fim.
É maravilhosa, é tão grandiosa, é suficiente para mim.
É maior que a minha vida inútil,
é maior que o meu pecado vil.
O nome de Jesus engrandecei, e glória dai.

Maravilhosa graça! Traz vida perenal;
por ela perdoado, vou à mansão real.
Livre do meu pecado, gozo de Deus o agrado,
pela maravilhosa graça de Jesus!

Maravilhosa graça! Quão ricas bençãos traz!
O seu poder transforma o pecador falaz.
Salvo sou em verdade, por toda eternidade,
pela maravilhosa graça de Jesus!

Oração

Senhor, perdoa-nos por tratá-lo tantas vezes como um Pai indiferente e mesquinho, por acharmos que são nossas orações que movem teu amor e não o teu amor que move nossas orações, por pensarmos que precisas ser convencido de nossas necessidades e não que as conheces todas antes de movermos nossos lábios. Dá-nos um coração que deseja somente o que desejas, aberto apenas para tua boa, santa e perfeita vontade. Livra-nos de achar que nossa vontade é melhor que a tua, pois não nos poupaste teu próprio Filho. Amém.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-cruz-e-o-deus-generoso

domingo, 13 de abril de 2014

A celebração da primeira Páscoa

13.04.2014
Do blog BELVEREDE, 20.01.14
Por Eliseu Antonio Gomes

"Vocês a comerão numa só casa; não levem nenhum pedaço da carne para fora de casa, nem quebrem nenhum dos ossos. Toda a comunidade de Israel terá que celebrar a Páscoa" - Êxodo 12.46, 47 (NVI). 

Deus desejava que os israelitas não se esquecessem do dia triunfal em que seus filhos primogênitos escaparam da morte no Egito e o grande livramento dos seus antepassados da escravidão do Egito. Assim surgiu a festa da Páscoa como um memorial, o principal evento dos israelitas, um período anual de celebração dos judeus (Êxodo 12.1-20; 13.3-10; Deuteronômio 16. 1-8; Marcos 14.12).

Em hebraico o nome dessa festa sagrada é Pessach, o vocábulo significa "passar por". Este nome deriva da passagem do anjo exterminador, durante a qual foram poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Êxodo 12.11-27).

O período do festejo era uma oportunidade para os israelitas descansarem, alegrarem-se a adorarem a Deus.  Começava no princípio do décimo quinto dia do mês de abibe, à tarde, (em nosso calendário entre março e abril), que segue ao começo da primavera no hemisfério norte.

Os elementos da Páscoa: cordeiro ou cabrito sem defeito, pão, ervas amargas

No tempo em que Jesus viveu entre os judeus, todos deviam ir à Jerusalém celebrar. Matavam-se cordeiros e cabritos no templo e levavam-nos às casas para comê-los numa ceia especial. Na residência, era servido o cordeiro, o pão sem fermento, ervas amargas, molho de hissopo, tomava-se vinho e recitava-se Salmos e orações.

Os sacrifícios significavam expiação e dedicação, cada família teria que ter o seu cordeiro ou cabrito sem mácula, o animal era assado e comido pelos membros duma família com ervas amargas e pães ázimos, e nada poderia faltar ou sobrar da refeição sacrificial. O sangue do animal  sacrificado era aspergido nas umbreiras e vergas das portas das casas.

Nessa ocasião o chefe da família contava a história da redenção do Egito, os judeus limpavam cerimonialmente as suas casas, eliminando todo o resto de fermento dos alimentos, até a menor migalha de pão fermentado. Os estrangeiros não eram proibidos de participar, talvez até quem os tivesse acompanhado no episódio da saída do Egito, mas deveriam circuncidar-se para fazer parte da celebração (Êxodo 12.38, 43-51).

O animal imolado era uma figura do sacrifício de Jesus. Os pães ázimos da Páscoa simbolizavam a pureza, na era cristã a fermentação simboliza a maldade no coração humano (Levíticos 2.11; 1 Coríntios 5.6). As ervas amargas faziam lembrar da amargura dos tempos de escravidão egípcia, apontavam para todo o sofrimento que os israelitas viverem no Egito.

A relevância da Páscoa e da Santa Ceia ao cristão

Em sua própria Pessoa, Jesus Cristo não modificou, mas cumpriu a Páscoa, dando a prática judaica novo e mais profundo significado. Ao celebrar a Santa Ceia, utilizou o pão e o vinho como símbolos do poder libertador da sua morte na cruz.

A Páscoa celebrava o fato de Deus ter libertado o seu povo do cativeiro egípcio, seus rituais  representavam a antiga aliança de Deus com os judeus. A Ceia do Senhor celebra o fato de Deus nos libertar da escravidão do pecado, lembra ao cristão a nova aliança de Deus com todos os povos.

O cordeiro sacrificial da Páscoa aplacou o anjo da morte (Êxodo 12.3.13); o pão da ceia significa o corpo de Cristo, partido na condenação de nossos pecados. O pão lembrava a saída apressada do Egito e passou a lembrar aos cristãos o corpo do Senhor oferecido em sacrifício na cruz pelos pecados. Jesus é o Pão da Vida (João 6.35).

Aquilo que significava a libertação da escravidão egípcia aos israelitas, simbolizam agora a libertação da escravidão do pecado para todos que aceitam o plano divino da salvação por meio do Cordeiro de Deus, Jesus. (Marcos 14.22-26; Lucas 22.14-20; 1 Coríntios 11.23-25).

O vinho da Ceia simboliza a  ação redentora do Senhor, o sangue inocente de Cristo derramado por nós na cruz, em favor de toda a humanidade que nEle crê, remete a morte do Filho de Deus que nos compra a vida na eternidade.

Referências no Novo Testamento

Páscoas anteriores à morte de Jesus: João 2.13-23; 6.4;
A Páscoa celebrada por Jesus aos doze anos: Lucas 2.41, 52;
Páscoa da Paixão: Mateus 26.2, 17-30; Marcos 14.1, 12.31; Lucas 22.1, 7-38; João 11.55; 12.1; 13.1; 18.28; 19.14;
Quando a Igreja Primitiva estava perseguida por Herodes: Atos 12.1-4.

Conclusão

O texto bíblico que instruía ao judeu celebrar a Páscoa determinava que nenhum osso do cordeiro pascal deveria ser quebrado. Do mesmo modo, embora os outros homens que foram crucificados com Jesus tivessem as pernas quebradas pelos soldados romanos, para apressar a morte deles, nenhum dos ossos de Jesus, nosso cordeiro pascal, não foram quebrados quando foi sacrificado pelos nossos pecados, conforme anunciou a profecia de Davi (Salmo 34.40; João 19.33-36).

A Páscoa é uma das festas mais significativas para a Igreja. Os cristãos podem afirmar que Jesus Cristo é a sua Páscoa, o seu Cordeiro Pascal, pois Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios (1 Coríntios 5.7b).

Jesus Cristo é designado com o título Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O animal imolado na festa judaica é símbolo do Filho de Deus (João 1.29; 19.36; 1 Coríntios 5.7-8).

E.A.G.
Consultas:

Bíblia de Estudo Almeida, páginas 138; 244; Concordância temática, página 264, edição 2006, Barueri-SP (SBB).
Bíblia de Estudo Vida, página 1532, 1635, edição 1998, São Paulo - SP, (Editora Vida)
Bíblia Evangelismo em Ação, páginas 69, 1067, edição 2005, São Paulo - SP - (Editora Vida).
Bíblia Sagrada com Dicionário e Concordância Gigante, edição 2013 - Conciso Dicionário Bíblico, D. Ana e D.L. Watson; página 263, Santo André - SP,  (Imprensa Bíblica Brasileira //Geográfica Editora / Juerp).
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Fonte:http://belverede.blogspot.com.br/2014/01/a-celebracao-primeira-pascoa-licao-4-ebd-cpad-1-trimestre-2014.html

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Alimenta-ação em Cristo: o sentido pascal da Missão da Igreja

09.10.2013
Do blog NOVOS DIÁLOGOS, 30.03.13
Por Daniela Sanches Frozi *

Alimenta_ação em Cristo: o sentido pascal da Missão da Igreja


A Páscoa é o momento da Igreja repensar sua missão e sua vocação. A última ceia, a que Cristo celebrou, tinha esse sentido do que foi vivido pelo povo de Deus, do que estava sendo vivido por ele e do que seria anunciado com sua ressurreição. A mesa foi o lugar da palavra de reflexão, do olhar, da celebração, da contrição, da partilha e do novo sentido da Missão da Igreja.

É fascinante pensar na imagem de Cristo, o messias, relacionada com a alimentação e a ação junto à mesa, lugar da comunhão e do serviço. O servir o vinho e o partir do pão alimentam os sentidos e os significados da vida em Cristo. Dá razão, especifica seu projeto e resume o desenho da Missio Dei. A possibilidade de participação real no ato do comer o Pão e beber do vinho é o sentido de uma efetiva partilha do significado de comunhão e serviço. Quem sabe poderia inspirar a Igreja contemporânea?

Os elementos representam sua própria vida que foi partida e compartilhada junto aos que mais sofriam, junto aos excluídos da sociedade e da religião, junto aos pobres, junto aos doentes, junto aos famintos e junto aos que de longe e de perto queriam apenas estar junto com Jesus Cristo.

Viver o dia a dia de forma relacional é um convite Pascal! Sabemos que isso é ir contra uma tendência atual, a de gastar mais tempo com pessoas do que com próprios projetos pessoais ou com desejos egoístas.

A pergunta que de certa forma me angustia na Páscoa não é necessariamente uma questão teológica e sim a questão da vivência dessa Missão Pascal. Qual é o valor das relações humanas na produção de nossa alimentação? Parece não fazer nenhum sentido para essa Igreja discutir a problemática da Alimentação contemporânea.

Por que a Igreja de Cristo não se preocupa com as problemáticas relacionadas às relações de trabalho no campo produtor de nossos alimentos? Talvez porque pensamos nesse alimento desconectado de sua forma de produção? Talvez porque o alimento e a alimentação sejam apenas parte dos artigos de consumo que com o dinheiro ganho com o meu tempo de trabalho eu posso adquirir de uma prateleira de um hipermercado? Ou talvez por acreditar que a alimentação nada tem a ver com a minha fé ou com as relações humanas tão caras ao Cristo Pascal.

Gostaria de ver a Igreja de Cristo dialogando com os pequenos agricultores que produzem nossa comida de todos os dias e também gostaria que essa Igreja gastasse seu tempo conhecendo os agricultores e agricultoras, para entender quais são as problemáticas existentes entre o valor da vida humana e os valores do capital sobre a produção de alimentos relacionados ao Agronegócio?

Gostaria de fazer um convite à Igreja de Cristo a gastar um tempo para se aproximar de quem faz o pão e produz o vinho de nossa celebração pascal. Certamente Jesus nos dias atuais estaria andando não só com pescadores, mas também com os pequenos agricultores, com os indígenas, com os quilombolas e com aqueles mais injustiçados pelo atual sistema opressor.

Ao olhar para o pão, que possamos repensar os processos do cultivo do trigo, da dependência tecnológica para sua produção. Que possamos nos envolver com as questões relacionadas à saúde dos trabalhadores do campo e o risco do uso abusivo de Agrotóxicos, com as baixas condições de trabalho e saúde no campo. Será que isso preocupa a Igreja de Cristo?

Gosto da ideia de pensar em uma Igreja que se preocupa com a sustentabilidade da produção do trigo e da produção da uva e com as suas relações humanas e não-humanas envolvidas com quem os produz e os transforma hoje em Pão e Vinho. A Páscoa também é um convite à transformação da velha matéria-prima para uma nova matéria mais humana e justa.

Assim a renovação do nosso olhar para o Pão e para o Vinho possuirá a perspectiva da Justiça de um Reino de amor que poderá reorientar a Igreja para uma relação humana presente na mesa que alimenta o corpo e nossa ação na sociedade e no meio ambiente.

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