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terça-feira, 22 de março de 2022

Doreen Virtue: Maior escritora da Nova Era entrega a vida a Jesus após ler o Antigo Testamento

22.03.2022

Do portal GOSPEL MAIS, 16.03.22

Por  Tiago Chagas

https://noticias.gospelmais.com.br/files/2022/03/doreen-virtue.jpg 

A escritora Doreen Virtue relatou em um artigo seu testemunho de abandono à Nova Era e suas crenças demoníacas e a conversão à mensagem do Evangelho.

Autora best-seller, Doreen Virtue chegou a ser a escritora com mais livros vendidos em todo o mundo sobre o tema. Um dia, ouvindo um sermão expositivo em uma emissora de rádio, ela decidiu que precisava conhecer a verdadeira mensagem bíblica, e sua vida mudou desde então.

Confira o artigo escrito pela autora relatando seu testemunho de vida, e publicado pela revista Christianity Today:

Há cinco anos, eu era a autora de Nova Era mais vendida do mundo. Na época, eu desfrutava de um estilo de vida fenomenalmente lucrativo. Eu morava em um rancho de 50 acres no Havaí. Minha editora me tratou como uma estrela do rock, levando eu e meu marido de primeira classe para dar workshops esgotados em todo o mundo. Nós ficávamos em suítes de cobertura em hotéis chiques e nos acotovelávamos com celebridades.

No entanto, apesar desse sucesso mundano, eu não estava em paz. Para toda a minha busca da Nova Era, havia respostas que eu nunca poderia encontrar.

O engano do diabo

Cresci na falsa igreja da Ciência Cristã, embora minha mãe sempre dissesse que éramos cristãos. Fui ensinada a ignorar as partes “negativas” da Bíblia, como a queda da humanidade e a crucificação de Jesus. Na medida em que estudamos as Escrituras, apenas escolhemos versículos ou os lemos fora de contexto. Então eu estava pronta para o engano do Diabo.

Fui para a Chapman University, na Califórnia, onde me formei em psicologia e me tornei terapeuta profissional. A partir daí, encontrei um agente literário e comecei a escrever livros de autoajuda para grandes editoras. Isso trouxe convites para falar em conferências e aparecer no rádio e na televisão, onde preguei o evangelho da autoajuda.

Quando um editor da Nova Era se ofereceu para transformar minha dissertação de psicologia em um livro de autoajuda, concordei. Com essa editora, comecei a escrever outros livros de psicologia que incorporavam minhas crenças da Ciência Cristã. A popularidade deles me rendeu um trabalho como palestrante com um grupo de professores e vendedores da Nova Era que viajaram para centros de convenções na América do Norte.

Durante os intervalos das palestras, eu andava pelos andares da convenção e visitava os vários estandes da Nova Era. Fiquei intrigada com os cristais de cura e outras mercadorias exóticas que eles exibiam, bem como as técnicas de cura que eles promoviam, que envolviam som, energia, massagem e ioga. Com esses fornecedores, aprendi mais sobre as crenças e práticas da Nova Era.

Logo, eu estava ensinando esses métodos da Nova Era em meus workshops e incorporando-os em meus livros. Enquanto isso, mergulhei em ioga, meditação oriental, limpeza de chakras, astrologia, adivinhação e outras práticas da Nova Era. Os adeptos da Nova Era costumam ver o cristianismo como tendo regras dogmáticas, mas têm seus próprios padrões rígidos sobre o que uma “pessoa iluminada” deve e não deve fazer.

Durante meus 20 anos como professora de Nova Era, fiz turnês com outros autores best-sellers. Promoveríamos técnicas como “quadros de visão” e “afirmações positivas”, acreditando e ensinando que “suas palavras criam sua realidade”. Muitos de nós distorcemos as palavras de Jesus para sugerir que Deus lhe daria tudo o que você pedisse. E o tempo todo, mantínhamos nossa riqueza e fama como evidência de que nossos princípios eram verdadeiros e eficazes.

No entanto, apesar desse sucesso mundano, éramos pecadores impenitentes com vidas marcadas por divórcios e vícios. Ter palestras esgotadas, aplausos de pé, fãs adoráveis e amigos famosos nos deu egos inchados. Lembro-me de acreditar que cada pensamento meu era uma mensagem ou um sinal de Deus ou de seus anjos.

Todo o tempo, eu me convenci de que era realmente uma cristã, embora uma cristã de “mente aberta” que era superior a todos aqueles seguidores de mente estreita que só acreditavam em Jesus. Para mim, Jesus funcionou como um “guia espiritual” que, como um gênio mágico, me ajudou a realizar meus desejos. Eu era uma estudante de religiões do mundo e até tinha um colar com símbolos de todas as principais religiões. Eu acreditava que todos os caminhos levavam ao céu e todas as religiões adoravam o mesmo Deus.

Claro, nem eu, nem nenhum dos outros professores da Nova Era jamais apontaram para o verdadeiro Jesus Cristo. Certamente nunca dissemos a ninguém para ler suas Bíblias. Em vez disso, encorajamos as pessoas a buscarem seus desejos egoístas, tornando-as mais cobiçosas e materialistas.

Arrependimento

Como alguém com uma curiosidade intensa sobre as religiões do mundo, eu frequentemente ouvia rádios cristãs, bem como estações especializadas em budismo, hinduísmo, xamanismo, adoração de deusas celtas e vários outros tipos de espiritualidade. Faminta por respostas, procurei por toda parte.

Em janeiro de 2015, eu estava dirigindo por uma estrada havaiana enquanto ouvia o pastor escocês Alistair Begg na Christian Satellite Network. Begg estava dando um sermão expositivo chamado “Coceira nas Orelhas”. Foi por volta de 2 Timóteo 4, onde o apóstolo Paulo escreve que no fim dos tempos, as pessoas vão querer que seus ouvidos coceguem por falsos mestres que oferecem falsas esperanças (v. 3). Eu poderia dizer que ele estava descrevendo pessoas como eu.

Deus usou o sermão de Begg para me condenar pela primeira vez na vida. Suas palavras perfuraram meu coração de pedra, e eu me senti envergonhada de meus falsos ensinamentos. Quando cheguei em casa, disse ao meu marido, Michael, que queria começar a frequentar uma igreja cristã de verdade. Ele prontamente concordou.

Depois de uma vida inteira de envolvimento nas práticas da Ciência Cristã e da Nova Era, levou tempo para limpar as teias de aranha da falsa crença. Percebi que não confiava em Deus para suprir minhas necessidades. Então, em vez de orar e confiar no Senhor, continuei confiando em cartões de adivinhação, astrologia, leituras psíquicas, horóscopos e cristais.

Ler a Bíblia inteira mudou tudo. Quando cheguei a Deuteronômio 18:10–12, encontrei uma lista de atividades pecaminosas que incluíam várias que eu estava praticando, como adivinhação, interpretação de sinais e presságios e mediunidade. Esta passagem diz que as pessoas que usam esses métodos são “detestáveis”, uma abominação para Deus.

Eu estava quebrada, profundamente envergonhada e humilhada por essas palavras. Caí de joelhos de vergonha e tristeza. “Sinto muito, Deus!”. Continuei chorando em arrependimento. “Eu não sabia!”. Naquele mesmo dia entreguei minha vida a Jesus como Senhor e Salvador.

A decisão teve consequências de longo alcance. Meu marido e eu deixamos nossa casa chique no Havaí. Minha editora New Age encerrou nossa parceria profissional. E a Nova Era me tratou como objeto de desprezo e escândalo depois que comecei a renunciar publicamente às minhas velhas crenças. Eles me enviaram mensagens de ódio diariamente, acusando-me de traição. Também experimentei a guerra espiritual pela primeira vez, o que me aproximou ainda mais de Deus.

Para aprender melhor como dividir corretamente a Palavra de Deus, completei um mestrado em estudos bíblicos e teológicos no Western Seminary em Portland, Oregon. Foi incrível ver como Deus me deu a capacidade de entender o Evangelho depois de uma vida inteira acreditando em uma visão distorcida das Escrituras.

Ter que admitir que eu estava errada para o mundo inteiro – meus livros foram publicados em 38 idiomas – foi profundamente humilhante. Mesmo assim, eu precisava dessa humildade para aprender melhor a me apoiar em Deus. Ainda me sinto culpada por saber que as pessoas continuam a usar e vender meus produtos antigos, mesmo que eu tenha implorado para que parassem. Mas essas situações oferecem oportunidades para compartilhar o Evangelho. Eu oro continuamente para que Deus use meu testemunho para apontar Jesus para os Nova Era.

Depois de buscar, mas nunca encontrar a paz na Nova Era, finalmente a encontrei em Cristo. Apesar das tempestades em minha vida, minha esperança e confiança no Senhor me mantém firme.

Doreen Virtue é a autora de Deceived No More: How Jesus Led Me out of the New Age and into His Word (“Enganada Não Mais: Como Jesus Me Conduziu da Nova Era à Sua Palavra”, em tradução livre).

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Fonte: https://noticias.gospelmais.com.br/nova-era-escritora-jesus-antigo-testamento-152697.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email

segunda-feira, 21 de março de 2022

O que tem Jerusalém a ver com Brasília?

16.03.2022

Do portal CPADNEWS, 21.08.2018

Por Valdir Nascimento*

Foi Tertuliano (160-220 d.C), um dos pais da igreja, quem proferiu no segundo século a famosa frase: O que tem a ver Jerusalém com Atenas? Em sua elocução Tertuliano estava questionando o relacionamento entre a Teologia, representada por Jerusalém, e a Filosofia, identificada em Atenas, o berço do pensamento filosófico grego. Na opinião do apologista, era impossível conciliar essas duas esferas: fé e razão, Igreja e Academia.

Em nossos dias, há quem faça outro tipo de pergunta: O que tem Jerusalém a ver com Brasília? O que tem a ver a religião com a política? Ou, de maneira mais direta: Qual a relação entre fé cristã e política?

Para muitos, a resposta é: nada. Entendem estes que se tratam de âmbitos completamente distintos e inconciliáveis. Jerusalém representa o Reino de Deus; Brasília, a cidade dos homens. Jerusalém é a capital da paz celestial; Brasília, a capital da corrupção humana. Em Jerusalém, o poder é único e exclusivo de Deus; em Brasília, o poder pertence aos poderosos deste mundo.


Brasília, inegavelmente, pode representar isso e muito mais. Um lugar em que os efeitos nefastos do pecado corroem as estruturas de poder e trazem prejuízos incalculáveis para a sociedade. Um ambiente dominado por interesses escusos e ardis inconfessáveis.

Contudo, criar uma falsa dicotomia entre Jerusalém e Brasília, fé e política, não é uma atitude sábia e muito menos bíblica.

Primeiro, porque a autoridade dos governantes de Brasília, e de qualquer outra esfera de poder, procede de Jerusalém, a cidade de Deus. Com todas as letras, Paulo afirma que não há autoridade que não venha de Deus (Rm 13.1), e Pedro nos aconselha a honrarmos ao Rei (1Pe 2.17). Embora o poder político seja utilizado de maneira distorcida, não significa que ele seja em si maligno, ou que a cidade seja de domínio de Satanás. É a vontade de Deus que Brasília seja um lugar de onde procedem leis justas, que punem o mal e instrumentalizam políticas do bem. 

Segundo, porque Jerusalém deve ser o referencial moral de Brasília. Sem a ética teísta que exsurge da fé em um Legislador Moral, que é Deus, Brasília não teria minimamente uma diretriz para fazer o que é certo. Como bem afirmou Wayne Grudem (Política segundo a Bíblia): “Sem a influência cristã, o governo não tem uma bússola moral”. Mais que isso, de Jerusalém é de onde flui os princípios essenciais para a delimitação do poder e responsabilização moral, a fim de evitar o arbítrio e o absolutismo.

Terceiro, porque os cidadãos de Jerusalém têm a responsabilidade de influenciar a política de Brasília. O testemunho cristão, afinal, começa em Jerusalém, mas alcança os confins do mundo (At 1.8). Assim como os cristãos primitivos abalaram o mundo de sua época, chegando a Roma, a capital política do mundo de então, ainda hoje os seguidores de Cristo têm a incumbência de agirem como sal da terra e luz do mundo, como uma religião verdadeiramente profética na esfera pública. 

Nas palavras de Miroslav Volf (Uma fé pública): “Como uma religião profética, a fé cristã será fé ativa, engajada com o mundo de maneira não coercitiva – oferecendo bênçãos a nossos empreendimentos, conforto efetivo em nossos fracassos, orientação moral num mundo complexo e um contexto de significado para nossa vida e nossas atividades”. Ao exercerem uma política profética, os cidadãos de Jerusalém bradam contra a corrupção, denunciam os erros e exortam contra as injustiças.

O que tem Jerusalém a ver com Brasília? Muito mais do que você possa imaginar!

*Valmir Nascimento é jurista e teólogo. Possui mestrado em teologia, pós-graduação em Estado Constitucional e Liberdade Religiosa pela Universidade Mackenzie, Universidade de Coimbra e Oxford University. Professor universitário de Direito religioso, Ética e Teologia. Editor da Revista acadêmica Enfoque Teológico (FEICS). Membro e Diretor de Assuntos Acadêmicos da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). Analista Jurídico da Justiça Eleitoral. Escritor e palestrante. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD. Autor dos livros "O Cristão e a Universidade", "Seguidores de Cristo" e "Entre a Fé e a Política", títulos da CPAD. Ministro do Evangelho em Cuiabá/MT.

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Fonte: http://cpadnews.com.br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/132/o-que-tem-jerusalem-a-ver-com-brasilia.html

domingo, 20 de março de 2022

O papel do policial cristão (ou não) em prol dos direitos humanos e contra o racismo

20.03.2022

Do portal ULTIMATO ONLINE, 20.02.22

Por Kiel, Alagoinha - BA

Na condição de agente público e cristão (ou não), o policial tem uma contribuição significativa a oferecer tanto para sua corporação quanto para o bem-estar da sociedade na luta contra a violência, racismo e direitos humanos.

Desde a repercussão internacional da morte de George Floyd (negro morto covardemente por um policial numa abordagem criminosa nos EUA) e registros como o caso de Jacob Blake (2020), as manifestações de repúdio e protestos contra violência policial atrelada ao racismo tem crescido cada vez mais em vários países.

O aumento dessa indignação social não é mero "barulho" de militantes do Black Lives Matter, mas representa todos os que não compactuam com excessos recorrentes de integrantes das forças policiais contra pessoas marginalizadas pela sua condição econômica ou cor da pele.

Abro parêntesis. Este texto não é um "tratado sociológico", óbvio. Nem de esquerda ou direita, progressista ou conservador - minhas preferências teóricas na "crítica social" ou pendor ideológico não estão em pauta, mas faço uma interpretação livre a partir de uma cosmovisão cristã e crivo de minha consciência.

Uma demonstração de indignação e engajamento pelo linchamento moral não prova virtude, mas pode apontar projeção e ocultação de deformidades de caráter de quem esbraveja contra o execrado. Um exemplo: a turba justiceira que depredou e queimou a casa da torcedora do Grêmio que chamou o goleiro do Santos (2015) de macaco. Em nome do "racistas não passarão", ameaçaram-na até de estupro e morte. Em prantos e demonstrando-se arrependida, a jovem suplicou perdão (tentou explicar seu erro como um infeliz momento passional), mas os antirracistas virtuais foram implacáveis – até o goleiro.

Não engrosso o coro dos que se sentem “voz das minorias ou excluídos”, com ostentação humanitarista e adotando a função de "fiscal dos preconceituosos" e "juiz" dos que perpetram injustiças. Creio que há um risco de se enquadrarem no grupo de sinceros funcionais úteis movidos por puro ideal ou de manipuladores beneficiários de poder. Fecho parêntesis.

Embora a ação ostensiva da atividade policial contra suspeitos de crime deva se respaldar nos princípios da isonomia, proporcionalmente não é o que ocorre quando se trata de abordagem contra estigmatizados socialmente.

No entanto, ainda que alguns estereótipos sejam tido por compreensíveis (mesmo que não justificáveis), comprova-se: muitas pessoas vistas como “suspeitas” pelo seu aspecto exterior (roupa, tatuagem, brinco, cabelo etc.), são indivíduos em dignidade com meros traços característicos de seu meio social.

A fim de evitar leviandade numa abordagem policial, cabe ao agente de segurança pública conceder, no contexto devido, legítima presunção da inocência e o benefício da dúvida - até que se prove ou se tenha indícios do contrário.

Fartas evidências e provas estatísticas confirmam que negros estão entre os mais vulneráveis socialmente: maiores taxas de analfabetismo, desemprego, menores salários, condições de sobrevivência e IDH precários. Além disso, estão entre os que mais morrem por violência policial ou envolvimento no crime – Tráfico, Facções etc.

Contudo, sabe-se também que a maioria dos negros das comunidades pobres são trabalhadores que não aderem à criminalidade. E os que estão entre os que mais morrem por violência policial, ao mesmo tempo, estão entre os que mais matam e cometem crimes, porém ninguém deve ser inocentado ou criminalizado pela cor da pele, mas com base nos seus atos diante da Lei.

Dessa forma, faz-se necessário aprimoramento não só técnico e tático na formação policial, mas também em inteligência emocional, pois seguindo hostilizados em muitas comunidades, não será tarefa fácil conquistar a confiança e respeito (perdidos por décadas) em razão de inúmeras ações truculentas, reflexos de certa ineficiência do Estado e disfuncionalidade na segurança pública.

Conquanto seja dever de ofício o combate ao crime e ação enérgica contra criminosos, urge inteligência emocional e proficiência operacional para que, em nome do combate ao crime, o Estado não cometa novos crimes contra inocentes.

Embora não se possa fragilizar as forças policiais na luta contra a criminalidade, é preciso rigor também frente aos crimes de colarinho-branco e brancos ricos que encontram brechas na lei através de advogados caros que os defendem, enquanto muitos negros pobres nem sabem o que é um Habeas-Corpus ou seus direitos básicos respaldados na Constituição ou Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A existência do pecado atesta: longa é a jornada na desconstrução da imagem da polícia como "vilã" ("assassina de negros"), mas tal como os esforços estratégicos na redução de erros operacionais e busca incessante pelo fim de mortes injustas são essenciais, um caminho mais curto a ser percorrido nesse objetivo são policiais rendendo-se a Cristo e tornando-se tanto uma muralha de guerra contra o crime quanto uma ponte que promove paz entre sociedade e policiais.

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Fonte: https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-papel-do-policial-cristao-ou-nao-na-em-prol-dos-direitos-humanos-e-contra-o-racismo

sábado, 19 de março de 2022

O Que é Gogue e Magogue

19.03.2022

Do portal ESTILO ADORAÇÃO

Por Daniel Conegero

Gogue e Magogue é uma expressão que aparece no livro do Apocalipse como uma referência ao conflito final entre as forças satânicas e Cristo e Seu povo. Há muitas interpretações e teorias acerca desse evento, o que acaba gerando ainda mais curiosidade entre as pessoas acerca dessa expressão.

Gogue e Magogue no Antigo Testamento

Gogue e Magogue são citados em passagens do Antigo Testamento. No livro de Gênesis, Magogue é mencionado como um descendente de Jafé (Gn 10:2; 1Cr 1:5). Já Gogue, é citado como um rubenita, filho de Semaías (1Cr 5:4).

Apesar dessas referências iniciais, a passagem mais importante sobre Gogue e Magogue encontra-se no livro do Profeta Ezequiel (caps. 38 e 39). Gogue aparece como príncipe de Meseque e Tubal, e Magogue como sendo um povo, ou seja, a “Terra de Magogue”. Logo, a narrativa de Ezequiel apresenta Gogue da Terra de Magogue.

Gogue e Magogue no Apocalipse

Como já dissemos, a expressão “Gogue e Magogue” aparece no livro do Apocalipse para descrever uma última batalha que precederá o Juízo Final (Ap 20:7-10).

O Apóstolo João relata que acabado o Milênio, Satanás será solto por um pouco de tempo, “e saíra para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar” (Ap 20:8).

João continua a narrativa dizendo que as nações, persuadidas por Satanás, cercarão “o acampamento dos santos, a cidade amada”, porém um fogo descerá do céu e as devorará, resultando ainda na condenação eterna de Satanás no “lago de fogo que arde como enxofre”. Depois disso, João começa a descrever em detalhes a cena do Juízo Final.

Gogue e Magogue e as diferentes correntes escatológicas

Sabemos que existem diferentes correntes escatológicas, e cada uma delas possui uma visão específica acerca desse assunto.

Aqueles que defendem um futuro reinado milenar e literal de Cristo na terra após a Sua segunda vinda, afirmam que essa batalha de Gogue e Magogue ocorrerá ao término desse período, quando Satanás for literalmente solto novamente para enganar as nações. Vale dizer também que alguns pré-milenistas defendem que essa batalha ocorrerá antes do Milênio, porém creio que essa afirmação seja uma contradição com o próprio pensamento que eles defendem.

Portanto, seguindo esse raciocínio haverá então duas grandes batalhas finais: a batalha do Armagedom antes do Milênio e descrita no capítulo 19 do Apocalipse, e a batalha de Gogue e Magogue após o Milênio e descrita no capítulo 20 do Apocalipse.

Entre os defensores dessa posição há muitas divergências acerca desse evento, de modo que seria impossível citar cada uma delas. As mais comuns entendem que essa batalha de Gogue e Magogue se refere ao ajuntamento de várias nações para atacarem Israel no futuro.

As teorias sobre isso são tão específicas que até mesmo nomes de nações já foram sugeridos, entre elas: Rússia, Irã, China, Japão e Índia.

Já quem não defende um futuro reinado literal de Cristo na terra, entendendo que o Milênio precede a segunda vinda de Cristo, geralmente afirma que essa batalha é a mesma já descrita no capítulo 19, isto é, o Armagedom.

Como interpretar Gogue e Magogue?

Como vimos, a interpretação acerca dessa batalha dependerá da maneira com que interpretamos e entendemos o livro do Apocalipse e alguns eventos escatológicos descritos nele, sobretudo o Milênio.

Antes de falarmos sobre o Apocalipse, precisamos voltar ao livro do Profeta Ezequiel. Primeiro, é necessário compreender que o livro de Ezequiel possui um intenso uso de elementos simbólicos em suas profecias, num tipo de linguagem apocalíptica.

Os capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel, que nitidamente são proféticos, realmente apresentam algumas dificuldades de interpretação. Os estudiosos se dividem em diferentes opiniões. Como já mencionamos, muitos especulam até mesmo sobre nomes de nações contemporâneas dentro destes capítulos.

Talvez uma das teorias mais conhecidas seja aquela que identifica Meseque e Tubal como as cidades russas de Moscou e Tobolsk, e o “príncipe de Rôs” citado no versículo 2, como o “príncipe da Rússia”, ou seja, Gogue seria o comandante russo que atacará Israel no futuro.

Não precisamos nem dizer que esse tipo de interpretação não encontra qualquer fundamentação bíblica. Outros identificam Gogue com sendo Guigues, um rei da Líbia, conhecido nos textos acadianos do século 7 a.C. como um vassalo dos assírios.

Uma boa interpretação sobre assunto sugere que a profecia de Ezequiel se refere ao poder dos selêucidas, especialmente com Antíoco Epifanes, inimigo terrível do povo judeu, cujo centro do seu reino ficava localizado no norte da Síria.

Ao norte, o domínio dos selêucidas incluía Meseque e Tubal, distritos da Ásia Menor. De acordo com essa interpretação, a perseguição imposta por Gogue de Magogue, refere-se, em Ezequiel, à dura perseguição imposta pelo governador da Síria, Antíoco Epifanes, sob o povo de Deus.

Como disse, considero essa uma boa interpretação, entretanto não creio que a profecia de Ezequiel se esgote nesse período da História. Penso que Ezequiel também se refere, de forma geral, a batalha final contra o povo de Deus, de maneira que o ocorrido com Antíoco Epifanes tipifica uma perseguição ainda maior.

É interessante o uso específico de “Meseque e Tubal”. Sempre que as ameaças a Israel são descritas no Antigo Testamento, tais ameaças vêm do norte, geralmente referindo-se a Assíria, Babilônia e Pérsia. Quando Ezequiel fez referência a “Meseque e Tubal” ele utilizou tribos que viviam nos limites dos reinos do norte, no sentido de mostrar que haveria uma oposição ainda mais difundida contra o povo de Deus.

Portanto, creio que a profecia de Ezequiel se cumpriu em Antíoco Epifanes, mas também se cumpre em todos os poderes orquestrados contra o povo de Deus.

Voltando agora ao Apocalipse, podemos compreender que João tinha em mente esse terrível período de dor e aflição quando usou a expressão “Gogue e Magogue”. A grande opressão que o povo de Deus suportou na antiga dispensação, serve de símbolo para a maior opressão que o povo de Deus precisará suportar na nova dispensação.

Logo, a expressão Gogue e Magogue se refere ao ataque final das forças anticristãs lideradas por Satanás contra a Igreja de Cristo. João identifica Gogue e Magogue como “as nações que há nos quatro cantos da terra”, ou seja, não se trata de uma nação específica, mas a totalidade do mundo, isto é, a perseguição do mundo iníquo contra a Igreja.

João ressalta que o exército dessa batalha é muito numeroso, tanto como a areia do mar. Nos dias do governo de Antíoco Epifanes, o povo de Israel parecia indefeso diante do poder do exército sírio. Da mesma forma, nos últimos dias que precedem a volta de Cristo, a opressão será tão grande que a Igreja parecerá indefesa diante do poder perseguidor do mundo.

Outro fato interessante é que, apesar de intenso e severo, o domínio de Antíoco Epifanes teve breve duração, tal como será o curto período de tempo de grande tribulação sobre a terra, conforme Jesus alertou em seu sermão escatológico (Mc 13:20; cf. Ap 11:11).

Também vale ressaltar que a derrota das forças da Síria foi surpreendentemente inesperada, ou seja, foi uma interferência direta de Deus. Da mesma forma ocorrerá nos momentos finais da presente era com o retorno de Cristo.

Portanto, o capítulo 20 do Apocalipse não descreve um conflito entre nações, mas um conflito entre a Igreja e o mundo. Esse conflito de Gogue e Magogue é o mesmo já citado em outras partes do próprio Apocalipse (cf. Ap 16:12ss; 19:19).

Note que em Apocalipse 16:14 lemos a expressão “a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso”. Já em Apocalipse 19:19, a expressão é a seguinte: “para batalharem contra aquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército”.

Finalmente em Apocalipse 20:8, somos informados de que Satanás sairá “a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha”. No original, lemos em todos estes casos a expressão “a peleja”.

A descrição que João faz acerca da batalha do Armagedom (Ap 19:17-21) é uma clara evidencia de que se trata da mesma batalha do capítulo 20 do Apocalipse. Perceba que no capítulo 19, João também faz referência a mesma passagem do livro de Ezequiel (Ez 39:17-20). Em ambas as passagens as aves do céu se fartam da carne e do sangue dos poderosos da terra.

Devemos nos lembrar de que o livro do Apocalipse está organizado em sete seções paralelas e progressivas, ou seja, a mesma história é contada e recontada com perspectivas diferentes, de modo que a narrativa vai se tornando mais intensa e detalhada conforme avançamos para o final do livro.

O detalhe particular do capítulo 20 acerca dessa mesma batalha já mencionada e que as outras referências ainda não haviam esclarecido, fica por conta da descrição do que acontece com Satanás, ou seja, nas outras referências João já havia descrito a queda dos ímpios e a queda dos aliados do dragão (a besta, o falso profeta e a grande Babilônia). Faltava apenas ele descrever a queda do dragão.

Como Satanás é o maior oponente de Cristo, naturalmente sua queda é narrada por último. Isso é exatamente o que ocorre no capítulo 20. Para saber mais sobre isso leia os textos: Como Estudar o Livro do Apocalipse e Leitura de Recapitulação ou Sucessão em Apocalipse“.

Gogue e Magogue é o Armagedom, é o pouco tempo de Satanás, é a grande tribulação, é o período mais terrível da História, onde o dragão e seus aliados perseguirão duramente o povo de Deus.

Todavia, o livro do Apocalipse nos mostra que todos estes inimigos de Cristo e de Sua Igreja caem juntos, ao mesmo tempo, em um único evento, em uma única batalha. Todos são destruídos na segunda vinda de Cristo, onde o Cordeiro virá para livrar o Seu povo, onde a cólera de Deus será derramada, onde o juízo de Deus estará completo. Esse dia será maravilhoso para uns e aterrorizante para outros.

Para concluir, quero dizer que embora existam diferentes opiniões sobre o assunto, o importante é que todas elas concordam que nessa batalha Satanás será condenado eternamente no lago de fogo e enxofre, e de dia e de noite, juntamente com seus aliados, será atormentado.

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Fonte: https://estiloadoracao.com/o-que-e-gogue-e-magogue/

sexta-feira, 18 de março de 2022

Quem é Gogue de Magogue?

18.03.2022

Do blog Estudos Bíblicos

Por Dennis Allan

Ezequiel 38:1 profetizou sobre a vinda de um terrível rei, Gogue, da terra de Magogue, para opor o povo restaurado de Deus. Os capítulos 38 e 39 descrevem a preparação dos exércitos que apoiaram Gogue, o seu ataque contra o povo de Deus e a sua repentina derrota por Deus.  As nações que iam participar com Gogue na batalha representam diversos povos gentios. É interessante notar que a maioria desses nomes vem de Gênesis 10, das listas de descendentes de Jafé e Cam. Nenhum deles se encontra na lista dos descendentes de Sem.

A linhagem da promessa é traçada através de Sem. Abraão, Davi e Jesus são descendentes de Sem. Jafé e Cam, por sua vez, eram antepassados de muitas nações ímpias, conhecidas geralmente como gentios. Essas informações esclarecem para nós a simbologia de Ezequiel 38 e 39. Os exércitos de Gogue de Magogue representam os inimigos do povo de Deus tentando derrubar Israel restaurado.

Nada no contexto (um livro que usa um estilo apocalíptico) sugere que Gogue seria uma determinada pessoa histórica. Capítulo 37 é simbólico (ele fala da ressurreição de pessoas num vale cheio de ossos secos). Capítulos 40-48, também, são simbólicos (falam de uma cidade especial e um templo figurado que representam a presença de Deus no meio de seu povo redimido). No mesmo estilo, o profeta usa Gogue para representar a ameaça dos ímpios que tentariam derrotar o reino de Deus.

Numa profecia menos detalhada, Gogue e Magogue reaparecem em Apocalipse 20:8-10. Esta vez, Satanás é visto como o líder verdadeiro deles. O resultado é o mesmo: a súbita e decisiva vitória das forças de Deus. Como foi o caso em Ezequiel, o contexto no Apocalipse usa linguagem figurada, e não sugere uma pessoa específica e histórica.

Há muitas teorias e especulações fantásticas sobre passagens como estas, que deixam muitas pessoas tentando interpretar sinais sobre os fins dos tempos. Um dos grandes perigos desse tipo de interpretação é que as pessoas ficam olhando para ameaças externas e esquecem do inimigo maior: as tentações da carne que levam muitos a perdição (veja Tiago 1:14-15; Gálatas 5:19-21).

A mensagem da Bíblia para nós ensina que cada pessoa deve se preparar para sua própria morte, ou para a volta de Jesus, que será como ladrão da noite (2 Pedro 3:10). Naquele dia, ele nos julgará (João 5:27-29).

Leia mais sobre este assunto:

 
A Volta do Senhor
Quando Jesus reinará no trono de Davi?
Em que sentido é Jesus "o primogênito de toda a criação"?

Quem são os 144.000 do livro de Apocalipse?

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Fonte: https://estudosdabiblia.net/bd74.htm

quinta-feira, 17 de março de 2022

Pentecostais russos lançam campanha de jejum e oração pelo fim da guerra na Ucrânia

16.03.2022

Do portal GOSPEL MAIS2

Por Will R. Filho

Enquanto a guerra na Ucrânia entra na segunda semana de conflito, os cristãos pentecostais russos estão certos de que Deus poderá intervir pelo fim dos confrontos, trazendo a paz sobre as duas nações que disputam na fronteira do Leste europeu, uma zona territorial considerada estratégica para a Rússia.

Segundo informações do Evangelical Focus, os membros da Igreja Russa de Cristãos de Fé Evangélica-União Pentecostal decidiram lançar uma campanha de jejum e oração ao longo de todo o mês de março. A intenção é clamar pela paz na Europa.

“Deus está procurando por aqueles que ficariam ‘na brecha para esta terra’. Temos algo para apresentar com nossos corações e lábios diante de Seu Céu”, diz um comunicado emitido pela igreja no último dia 26.

Segundo a denominação, a guerra na Ucrânia é uma prova de que os conflitos armados no mundo atual podem trazer consequências drásticas de forma repentina, alterando completamente a vida da civilização não apenas em nível regional, mas mundial.

“Acontecimentos recentes na Rússia e na Ucrânia mostraram a rapidez com que as coisas podem mudar e quão frágil pode ser o mundo em que vivemos. Muitos processos estão tão entrelaçados, afetando os destinos dos povos irmãos , que inevitavelmente ecoam em nossos corações com dor”, diz o comunicado.

Cristãos de várias vertentes teológicas estão se unindo em oração pela paz na Ucrânia, conforme já noticiado pelo Gospel Mais. Membros da Igreja Batista, por exemplo, denominação que possui uma forte representação local, também estão mobilizados por esse objetivo.

O pastor Anatoliy Raychynets, por exemplo, da Sociedade Bíblica Ucraniana, destacou o grande número de crentes que está se cultuando a Deus em locais subterrâneos do país, como estações de metrô, apesar das bombas explodindo sobre a superfície do terreno. O capítulo 31 do livro dos Salmos tem sido uma referência para eles.

“Para mim, como pastor, esse Salmo… bem, eu o leio de maneira diferente agora porque é sobre nossa situação atual na Ucrânia. Esta antiga oração – escrita há vários milhares de anos – agora vemos que está tão viva, está viva”, disse o pastor.

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Fonte: https://noticias.gospelmais.com.br/pentecostais-russos-campanha-jejum-guerra-na-ucrania-152321.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email

quarta-feira, 16 de março de 2022

Não vos assusteis: ouvireis de guerras e rumores de guerras

16.03.2022

Do portal CPADNEWS,25.02.22

Por pastor Douglas  Baptista*

“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim”. (Mt 24.6).

O uso de diferentes métodos de interpretação bíblica provoca variadas posições escatológicas entre os estudiosos da doutrina das “últimas coisas”. Em vista disto, as tragédias e as assolações que impactam a humanidade, invariavelmente, deságuam em interpretações diversas acerca do “fim do mundo”.

Um dos textos de uso recorrente é o sermão profético registrado no Evangelho de Mateus. Nesta perícope, Jesus responde aos discípulos acerca dos “sinais” que antecederiam “a sua vinda” e do “fim do mundo” (Mt 24.3). Em sua resposta Jesus explicou que tais eventos escatológicos não são necessariamente a mesma coisa.

Aqui, muitos intérpretes cometem o erro de tratar tais eventos como um único acontecimento. A falha consiste em ignorar que a literatura apocalíptica é gênero literário que difere de nossa mentalidade ocidental, que requer continuidade ordeira. Mateus transita livremente em registrar os eventos futuros sem uma ordem cronológica.

Portanto, é preciso entender que Mateus descreve alternadamente como sendo sinais, por exemplo, a iminente destruição de Jerusalém (que ocorreu no ano 70 d.C.), e os demais eventos que precederiam a volta de Jesus, tais como, os falsos Cristos, os falsos profetas, as guerras, a fome, os terremotos, a tribulação, a traição, a disseminação do ódio, dentre outros.

Nesta perspectiva, o texto bíblico afirma que os sinais não indicariam o “fim do mundo”, apenas o princípio das dores (Mt 24.8). E, dentre os eventos que precederiam a volta do Senhor, Jesus ensinou que os discípulos “ouviriam falar de guerras e de rumores de guerras [...], mas ainda não é o fim” (Mt 24.6).

Deste modo, em virtude da falsa paz política, Cristo não somente alertou sobre o surgimento das guerras e suas terríveis consequências, como também asseverou que não devíamos ficar com medo. Isto, porque Deus é soberano, Ele controla o curso da história. É necessário que as guerras aconteçam, tudo isto faz parte do plano divino.

Por conseguinte, ratifica-se que as guerras e os rumores de guerras como “sinais” não significam o fim. Tais conflitos vão piorar ainda mais, eles indicam que o fim se aproxima, são prenúncios da iminente volta de Jesus! No fim Cristo reinará triunfante. “Assim, quando os sinais começarem a surgir, exultai e levantai as vossas cabeças, pois está muito perto a vossa redenção!” (Lc 21.28).

Pense nisso!

Douglas Baptista é pastor, líder da Assembleia de Deus de Missão do Distrito Federal, doutor em Teologia Sistemática, mestre em Teologia do Novo Testamento, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Bibliologia, e licenciado em Educação Religiosa e Filosofia; presidente da Sociedade Brasileira de Teologia Cristã Evangélica, do Conselho de Educação e Cultura da CGADB e da Ordem dos Capelães Evangélicos do Brasil; e segundo-vice-presidente da Convenção dos Ministros Evangélicos das ADs de Brasília e Goiás, além de diretor geral do Instituto Brasileiro de Teologia e Ciências Humanas.

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Fonte:http://cpadnews.com.br/blog/douglasbaptista/o-cristao-e-o-mundo/201/nao-vos-assusteis:-ouvireis-de-guerras-e-rumores-de-guerras.html

quinta-feira, 10 de março de 2022

Por quê há sofrimento no mundo se Deus é soberano? Pastor John Piper responde

10.03.2022

Do portal GOSPEL MAIS,09.03.22

Por  Tiago Chagas 

John Piper: “O coronavírus é um alerta de Deus para nos preparar para a  volta de Cristo” - Guiame 

A guerra na Ucrânia e episódios de desastres e injustiça levam muitos cristãos a duvidarem da soberania de Deus, uma vez que o sofrimento humano é inerente a situações como essas. O pastor John Piper foi questionado sobre o tema e ofereceu algumas reflexões.

A pergunta enviada a Piper em seu podcast foi feita por um ouvinte que optou por não se identificar, e o pastor optou por chama-lo de “homem ferido”, já que os acontecimentos do mundo o deixaram triste.

Em seu e-mail ao podcast Desiring God, o “homem triste” desabafou com o pastor, expressando sua frustração também com as situações enfrentadas pelos Estados Unidos sob o governo de Joe Biden e o crescimento do aborto no país, que atualmente é endossado

“Para ser totalmente sincero e honesto, eu me esforço para acreditar que o Senhor está governando completamente seu mundo hoje. É impossível acreditar, simplesmente por tudo o que estamos vendo. […] Não apenas nossa nação entrou em um caminho escorregadio de autodestruição imoral, mas nossa economia está vacilando. A dívida nacional está subindo rapidamente. Os nascituros são massacrados diariamente. As taxas de homicídio na América estão aumentando”, comentou.

“Em Chicago, a taxa de criminalidade aumentou tanto que estou começando a acreditar que é mais seguro no Iraque ou no Afeganistão do que no South Side. A maioria das crianças dorme debaixo da cama com medo de se tornarem vítimas de violência armada”, acrescentou.

O “homem triste” também lamentou suas próprias mazelas: “As lutas também nos atingiram, uma família de quatro pessoas. Temos um filho nascido com TDAH [Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade], e isso criou uma vida de pura frustração, dor, tristeza e às vezes até desespero”, escreveu.

“Uma noite, enquanto tentava fazer sua lição de casa, ele me disse: ‘Pai, eu odeio ir à escola. Até os professores zombam de mim. Eu odeio o TDAH e esse medicamento que me deixa doente do estômago’. Pastor John, se Deus está no comando, por que há tanto sofrimento ao redor?”, questionou.

A resposta

Em sua resposta, Piper observou uma “afirmação dolorosa” feita pelo autor da pergunta: “Ele disse que é impossível acreditar que Deus está governando completamente o mundo de hoje. E eu oro para que Deus torne essa crença possível novamente”, disse.

O pastor pontuou que já respondeu perguntas semelhantes, mas acredita ser realmente necessário abordar o tema novamente, e citou a série documental Pain, Pus, and Poison (“Dor, pus e veneno”, em tradução livre), que trata da descoberta da penicilina.

“No segundo episódio, fala sobre o surgimento dos antibióticos no século 20. Fiquei impressionado ao pensar que milhares de pessoas definharam com as doenças mais terríveis sem intervenção médica”, introduziu.

Piper relata que o documentário mostra fotos de pessoas morrendo de infecções horríveis e crianças pequenas cobertas de feridas, com varíola, enquanto mães abanavam as moscas delas, esperando a morte de seus filhos: “Eu pensei: ‘E se fosse comigo?’ E isso aconteceu milhões de vezes na história do mundo”, refletiu.

“A maioria de nós ocidentais foi poupada de qualquer contato imediato com as formas mais horríveis, medonhas e repugnantes de infecção, desfiguração e dor lancinante. Por isso, quando vemos as imagens, perguntamos: ‘o que o Senhor está fazendo? O que está dizendo? O que isso significa?’”, declarou.


“Eu entendo a pergunta desse homem. E entendo a mesma pergunta vinda de milhares de outras pessoas que sofrem com eventos inimagináveis que as levam até à incredulidade”, reconheceu.

A vida no mundo contemporâneo não tem sido fácil, admitiu o pastor, ponderando, no entanto, que tempos piores já foram enfrentados pela humanidade. Piper resgatou o dado histórico que aponta para 300 milhões de mortes entre 1900 e 1977 por causa da varíola: “E hoje as pessoas não morrem de varíola ou poliomielite”.

“O problema com o sofrimento não é que o mundo piorou. Sim, é muito ruim, mas por milhares de anos, o mundo viveu muito pior do que é hoje em termos de sofrimento”, comparou.

Franqueza

“Nesse pensamento, eu, John Piper, continuo crente diante do pequeno sofrimento ao qual fui exposto, direta e indiretamente, vendo imagens de um documentário que é de tirar o fôlego”, afirmou o pastor, adicionando observações bíblicas que apontam à origem do sofrimento humano.

“Fico surpreso ao ver como a Bíblia é franca, aberta, direta e chega até ser sangrenta quando relata os julgamentos de Deus sobre o mundo. A Bíblia não se esquiva de nenhum horror ou injustiça neste mundo”, adicionou o pastor.

“Só fará sentido se abraçarmos a realidade bíblica. O ser humano pecou contra Deus e é por isso que vivemos séculos de sofrimento global. Não tem a ver com os pecados de cada um, individualmente, estou falando sobre Romanos 8:20-23”, mencionou.

A derradeira observação do pastor foi o plano da Salvação: “Deus enviou Jesus. O Santo Filho de Deus desceu à degradação e tortura de uma crucificação romana. Esse sofrimento é suficiente para cobrir todo o ultraje de todos os pecados de todos os que creem”.

“Portanto, todos os que crerem terão a vida eterna; todos os que crerem terão alegria eterna. Deus mostra seu amor por nós em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores [Romanos 5:8]. Portanto, não afirmo que tal fé seja simples ou fácil. É um dom. Através desse dom estou testemunhando porque ainda sou um cristão”, encerrou.

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Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/sofrimento-mundo-soberania-deus-john-piper-152464.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email

terça-feira, 8 de março de 2022

Cadê o povo que estava aqui?A contagem regressiva da pandemia

07.03.2022
Do portal ULTIMATO ONLINE, 25.02.22
Por Cláudio Marra

A contagem regressiva da pandemia 

  

A questão dos números sempre chamou a atenção da igreja. Desde o começo. Lucas conta que, após o sermão de Pedro no Pentecostes, houve batismos e acréscimo de quase três mil pessoas (At 2.41). Lucas não possuía o número exato, mas registrou que “o Senhor acrescentava dia a dia os que iam sendo salvos” (v.47). Tornaram-se uma multidão de homens e mulheres (4.32;5.14) e ia aumentando o número dos discípulos (6.1,7).

No consolo do Espírito Santo, a igreja crescia em número (9.31).


Somando convertidos ou subtraindo perseguidos, a contagem não parou ao longo dos séculos. E chegou a época em que, orientada por forte pragmatismo, a igreja transformou o crescimento numérico em artigo de fé. Técnicas “evangelísticas” foram aperfeiçoadas para engordar os relatórios. Sem cerimônia, mesmo a manipulação foi adotada.

Por que as pessoas vinham para a igreja, e por que continuavam frequentando?

Alguns momentos especiais na vida da sociedade aumentaram adesões e frequência. Após a Segunda Guerra Mundial, viam-se longas filas à entrada para os cultos nos Estados Unidos. Pessoas na chuva esperando a igreja abrir. No livro Para Todo o Sempre (CEP), Catherine Marshall relata essa ocorrência, mas não se aprofunda na análise das causas. Fica parecendo que a explicação se encontrava na excelente performance retórica e homilética do Rev. Peter Marshall que, de fato foi um notável pregador. O clima da sociedade pós-guerra e o resultante apelo emocional não são mencionados.

Quem está com saudades da igreja? conheça a edição março/abril de 2022 da revista Ultimato

 Os mesmos recursos retóricos e homiléticos continuaram explicando o sucesso de pregadores também em nossa cultura tupiniquim e a crescente adesão de muitos fiéis. Claro que não vamos nos esquecer da religiosidade de raiz, familiar e social. Muitos iam e vão à igreja porque sim. E outro componente importante é o entretenimento. Ordem e reverência, nem pensar. Numa sociedade que valoriza a diversão acima de tudo, os cultos foram se tornando espetáculos, há muita piada, a galera aplaude. Aí a igreja cresce.

E assim chegamos aos tempos da pandemia. Só que os números andam encolhendo. Primeiro nos entusiasmamos com tanta gente acompanhando os cultos on-line. Depois a realidade foi se impondo, os números foram minguando. Agora, com o retorno ao presencial sendo ensaiado, nos perguntamos: “Aonde foram todos?”.

Na verdade, a queda vertiginosa da frequência não começou na pandemia. Já vinha ocorrendo, mascarada, porém, pela situação de poucas igrejas maiores que mantinham elevada frequência graças a seus recursos midiáticos e ao talento de seu stand-up entertainer. Esse caminho é muito ingrato, porque, depender dos recursos do showbiz para sobreviver significa entrar em uma competição que não podemos vencer. Podemos ousar muito, mas o showbiz ousa muito mais.

Houve um momento na história de Israel em que o profeta Elias se julgou sozinho como servo do Senhor (1Rs 19.1-18). Servir ao Deus verdadeiro punha a saúde em risco e a debandada foi geral. Mas Deus tinha os que não haviam dobrado seus joelhos a Baal. Sete mil adoradores fiéis.

Não sabemos quem foram eles então, e não sabemos quem é o remanescente hoje. Crentes que não dependem de ser entretidos para ir à igreja. Não vão aos cultos só porque sim. Não é apenas uma questão de tradição. Não apreciam apenas a socialização. Não são fãs do pastor descolado.

Esse rebanho pequeno e fiel precisa ser pastoreado, discipulado. E a igreja continua. Com muitos ou com poucos (Mt 16.13-26).

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Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/cade-o-povo-que-estava-aqui

sexta-feira, 4 de março de 2022

“O mundo não vai acabar numa guerra nuclear", diz Augustus Nicodemus

04.02.2022

Do portal gospel  GUIAME.COM.BR, 01.03.2022

Por  Cris Beloni

A guerra entre povos e nações é, sem dúvida, a maior expressão da queda humana perante o mal.  

  

“Jesus falou de guerras e anúncios de guerras. E as guerras trazem medo, temor e angústia”, apontou o teólogo Augustus Nicodemus ao frisar que as guerras têm acontecido desde que Jesus alertou sobre os sinais do fim dos tempos.

No trecho da pregação do pastor presbiteriano, publicado na segunda-feira (28), no canal do YouTube “Café Com Bíblia”, há um alerta para que os cristãos estejam mais focados na Palavra.

“Não se assustem com essas guerras, pois o fim do mundo não virá através de uma guerra nuclear”, disse ao lembrar que esse assunto tem sido bastante popular na atualidade.

“Jesus disse que não seria através de uma guerra”

Nicodemus lembra que durante o período da Pax Romana, Jesus profetizou que haveria guerras. “Era uma paz forçada pelo poderio militar de Roma, mas era paz. Quarenta anos depois, as guerras sacudiram o Império Romano”, citou.

“Só nos últimos três séculos, houve mais de 300 guerras na Europa, na África, no Oriente”, contabilizou e frisou mais uma vez: “Jesus disse: ‘Não se assustem, pois ainda não é o fim’. Então o mundo não vai acabar numa guerra nuclear”, reforçou. 

Se Jesus disse que o fim não aconteceria através de uma guerra, então, “isso é fantasia popular, é imaginação de Hollywood e das pessoas por aí”, explicou. “Jesus disse para não nos assustarmos quando nação se levantar contra nação, mencionou ainda.

Por que Jesus disse que as guerras eram necessárias?

“Quando o crente vê esses conflitos internacionais, o coração dele se entristece, mas ele também vê que tudo está acontecendo exatamente como Jesus disse, equiparou. 

“As guerras são necessárias para mostrar a nossa impotência de resolver os problemas. O homem não consegue viver em paz há dois mil anos”, disse ao sublinhar que nunca houve um ano sequer sem “uma nação brigando com a outra em alguma parte desse planeta”. 

“Nós não conseguimos viver em paz, não conseguimos diálogo ou compreensão, não existe perdão. Tudo o que existe é vingança, luta pelo poder, supremacia, hegemonia, lutas por terras, fontes de petróleo e interesses financeiros”, listou.

Só Jesus trará a paz verdadeira

De acordo com Nicodemus, as guerras servem para mostrar que somente Deus pode dar solução para os problemas humanos. 

“Quando eu olho para as guerras, meu coração se entristece, eu fico temeroso, mas eu sei que ainda não é o fim. Isso só prova que Jesus falou a verdade e isso mostra o quanto precisamos que Ele venha para instalar a paz verdadeira”, disse.

Além disso, o pastor citou também que Jesus já alertou sobre outras calamidades, como fomes, catástrofes naturais, terremotos e pestes. “Ele disse que tudo isso aconteceria em vários lugares e assim tem acontecido”, exclamou.

Ele citou a fome desde o século 1, entre os anos 60 e 80, quando houve fome em todo o mundo, conforme o livro de Atos [durante o reinado de Cláudio, Atos 11.28]. Sobre as catástrofes naturais, citou a erupção do vulcão Vesúvio, no ano de 79, que matou cerca de 16 mil pessoas com sua fumaça mortal.

Na ocasião, corpos ficaram petrificados conforme descobertas arqueológicas, no evento que foi considerado centenas de milhares de vezes maior em energia térmica quando comparado ao bombardeamento de Hiroshima. 

Desde as profecias de Jesus tudo vem acontecendo

“Só no século 19, houve mais de 700 tremores e terremotos registrados no mundo todo, e em lugares onde nunca houve tremores de terra”, lembrou.

Com todas essas lembranças históricas, o pastor busca mostrar que desde as profecias de Jesus, tudo vem acontecendo. “A natureza em fúria e transtornada acompanhando a inquietação que há no coração do homem”, relacionou.

“O ponto aqui é mostrar que isso ainda não é o fim. Há dois mil anos tem sido dessa forma e cada geração acredita que Ele vai voltar porque não pode ficar pior”, citou. “Desde o século 1 já havia especulação sobre a iminência da vinda do Senhor Jesus porque as pessoas olhavam para o mundo e só enxergavam guerra, miséria e imoralidade”, continuou.

Mas os sinais não foram dados para marcar a proximidade do fim, e sim para mostrar que nós não valemos nada, que somos impotentes e para provar a veracidade das palavras de Jesus. Ele vai voltar e disso você pode ter segurança, e Ele vem julgar o mundo para estabelecer seu Reino para todo o sempre”, concluiu.

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Fonte: https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/o-mundo-nao-vai-acabar-numa-guerra-nuclear-diz-augustus-nicodemus.html