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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Natal é poesia. Até o ponto final

 06.12.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 13.12.22

Postado por

Natividade, 1987. Adriana Varejão.   

Natal é pura poesia. E isso não o torna menos verossímil. Dos fatos extraordinários, brotou uma narrativa que uniu relatos e métricas de tal forma que envolve seus leitores ainda hoje: surpreende, emociona, desafia. A palavra escrita a serviço da Palavra encarnada. Deus – o poeta – trazendo luz à Luz com uma singeleza bela e desconcertante.

O anúncio do anjo sobre a gravidez de Maria é impressionante em sua estética, dignidade e precisão:

“O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que há de nascer será chamado Santo, Filho de Deus.” (Lucas 1.35 – NVI)

  • Deus em ação, com poder de decisão. Anúncio direto, firme, que transmite confiança. Ao mesmo tempo, o afeto em forma de “sombra”, que evoca cuidado e proteção.
  • Deus dando nome, apontando para a essência do seu filho. Nomear é uma das atribuições mais criativas, pois do nada concede essência e dá identidade. É tarefa divina, mas que no Éden Deus graciosamente comissionou o ser humano para tal.
  • Deus sendo o Espírito que se conecta com a humanidade, com o pneuma, o sopro, o espírito humano. Espírito no espírito, dando profundidade à maior experiência da existência. Desse encontro, Deus gerou vida santa e, ao mesmo tempo, convidou o ser humano a um padrão de santidade que supera infinitamente toda a história do povo de Israel.
  • Deus formando uma família – pequena e fora dos padrões convencionais, é verdade – mas com um potencial incrível de expansão, inclusão e perdão. A família de Deus começa no Natal; dos corações solitários em uma noite estrelada, gerando mil conexões com a natureza e os animais, com os ricos e os pobres, e com todas as famílias da terra.

Deus – o poeta – ainda hoje tangencia versos e frases em conexão profunda com o sopro a vida. Nada é artificial, nem por acaso, nem sem razão. Natal não é “apenas” tradição cultural; é nascedouro de palavras e histórias santas. E a pena do habilidoso artífice das palavras se move maravilhosamente bem, unindo olhares, abraços e mãos. E produzindo esperança.

Em Deus, a arte se torna instrumento de redenção – porque na contradição humana, a poesia captura palavras perdidas e as coloca em unidade, lado a lado, de mãos dadas, abraçadas, sorrindo uma para a outra. Testemunho que é da reconciliação de Deus no mundo por meio de Jesus Cristo.

Jesus é a poesia completa que Deus dá ao mundo – é sua obra-prima. Prelúdio que evoca quem somos – em versos e rimas – e quem seremos no ponto final.


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Fonte:https://ultimato.com.br/sites/fatosecorrelatos/2022/12/13/natal-e-poesia-ate-o-ponto-final/

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Deus, em Cristo, nos conceda paz e tranquilidade ao Brasil

22.11.2022
Por Irineu Messias

   

A reflexão de hoje é sobre os atuais acontecimentos que culminaram, no dia 30.10.22. Houve eleição, em segundo turno, onde dois candidatos a presidentes disputaram. Um saiu eleito com mais de 2 milhões de votos. No entanto, apesar da vitória deste, os eleitores do candidato derrotado tentar desconhecer o resultado eleitoral, proclamado do no mesmo dia da apuração, 30.10.2022.

Desde então, incitando pelo candidato derrotado, assim diz a mídia nacional e internacional, seus eleitores insatisfeitos pregam abertamente um golpe de estado contra as instituições democráticas brasileiras.

Democracia é sempre assim, há vencedores e perdedores. E os perdedores devem reconhecer autoridade eleitoral do Brasil, que já reconheceu o vencedor assim como a maioria dos líderes internacionais.

No entanto, vivendo numa realidade paralela, os eleitores do candidato derrotado bloqueiam rodovias, prejudicando o direito constitucional de ir e vir das pessoas. Além disso tem promovido vários atos contra a vida das pessoas, agredindo-as. Já mortes e agressões nessas rodovias. As autoridades brasileiras já constataram que um conjunto de empresários que estão financiados esses atos no afã de criar o caos, quiçá uma guerra civil no nosso pais, cuja tradição é de ser um povo ordeiro e pacífico.

No vídeo em questão, apelamos para todos os brasileiros e brasileiras que não se manipular,; que não transformem sua decepção pela derrota em ato claramente ilegais, prejudicando a vida da sociedade brasileira.

Nosso apelo dirige-se principalmente aos cristãos brasileiros, cuja base para guiar-se na vida e na sociedade deve ser a Santa Palavra de Deus. E ela nos ensina que devemos respeitar TODAS as autoridades constituídas por DEUS.

E entendemos que as instituições democráticas de nossos país, foram instituídas pelo Senhor Jesus, a saber: congresso nacional, STF, TSE, STJ( e todo o sistema judiciário nacional), assembleias legislativas, câmaras municipais. Além das autoridades eleitas, como presidente da república, governadores, prefeitos. inclui-se aí os membros das casas legislativas de todo o Brasil: senadores, deputados federais e estaduais e vereadores.

Portanto, não se concebe um cristão assumir uma postura claramente antibíblica e anticristã, ao juntar-se a pessoas ou grupos na pregação e apoio ostensivo por um golpe de estado ou intervenção militar.

As eleições passaram; houve vencedor e derrotado e ponto final, Não cabe a nós guerrear contra a Lei Maior do Brasil, que respaldou toda a atitude tomada pelo TSE no que diz respeito a eleição presidencial.

Cabe a nós, cristão evangélicos, pois é o segmento religioso, informa toda a imprensa nacional, onde está havendo uma postura mais radical, agressiva e claramente contra os princípios bíblicos que deveríamos defender, acima de qualquer disputas politico-eleitorais.

Precisamos orar para que Deus, em Cristo, conceda paz e tranquilidade ao nosso querido Brasil.

Paulo nos admoesta dizendo:

"Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;
Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade..." 1Tm 2:1-2.

O Senhor Jesus Cristo também nos ensina em Mateus 5:9:

"Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus"

Assista e vídeo , compartilhe meu querido amigo, meu querido irmão em Cristo.

Porém ,finalizo deixando um apelo para que estão agindo desta forma em guerrear contra as autoridades constituídas por Deus, que abandonem tal atitude que desagrada a Deus e é claramente reprovada por Sua Palavra.

Podemos manifestar nossa inconformismo com a derrota de nossos candidatos, mas nunca jamais pedir golpe de estado contra as instituições de nosso pais, que como dissemos no principio, as mesmas foram constituídas por Deus, inclusive o próximo presidente da república que assumirá em 2023.

Deus abençoe a todos,
Pastor Irineu Messias

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Deus_nos_dê_paz #paz_em_Cristo #Brasil_em_paz
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 Fonte:https://youtu.be/NTYhTYKzhPc

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Defender a democracia: um dever evangélico baseado na história e na Bíblia

16.11.2022
Do portal ULTIMATO ON LINE, 14.11.22
Por Paul Freston

O pecado é uma das grandes justificativas da democracia. Com a “queda” aprendemos que nenhuma esfera social – indivíduos, igrejas, partidos, nações – ficou isenta dos efeitos do pecado


Escrevo logo depois do primeiro turno da eleição presidencial de 2022. Diante da extrema polarização do país, inclusive (ainda que não em porcentagens iguais) do eleitorado evangélico, e diante da probabilidade de um segundo turno apertado, deixando uns eufóricos e outros muito tristes, é extremamente importante, seja quem for o candidato perdedor, que os seus apoiadores evangélicos, mesmo lamentando o resultado, fiquem dentro das normas democráticas de reconhecimento da legitimidade do vencedor.
 
Por que é tão importante que os evangélicos deem exemplo nesse sentido? Por causa da história. E por causa da Bíblia.
 
A história

Das grandes correntes religiosas (cristãs e não cristãs), o protestantismo, inclusive sua vertente evangélica, tem historicamente a relação mais próxima com o desenvolvimento da democracia. Princípios como a soberania popular, a ampliação do sufrágio, os direitos inalienáveis, a liberdade religiosa e o estado não confessional tiveram seus primeiros defensores entre os dissidentes protestantes do século 17 (os batistas, os niveladores, etc.). Nas palavras de um dos primeiríssimos batistas, em 1614: “Que sejam [as pessoas] hereges, turcos, judeus ou o que for, não compete ao governo puni-los”. Ou nas palavras de Roger Williams, fundador da colônia de Rhode Island: “O estado não deve ser cristão, mas meramente natural, humano e civil”.
 
Além disso, elementos do ensino protestante evangélico e da sua vida organizacional ajudaram a democratização: a dessacralização do poder político; o “sacerdócio de todos os crentes”, que significava o direito à dissidência individual; a ênfase na pecaminosidade universal, o que sugeria distribuição de poderes e mecanismos de accountability; a vida congregacional como treinamento em liderar, organizar e falar em público; o incentivo à alfabetização... Ademais, fez uma grande contribuição histórica ao desenvolvimento dos direitos humanos, sendo uma das principais maneiras como o cristianismo operou contra a tendência de idolatrar o estado. Sem falar da imensa contribuição evangélica à evolução do humanitarismo.
 
É verdade que muito disso aconteceu em outros tempos e em outros lugares. Mas é significativo que, numa pesquisa de 2006, os pentecostais brasileiros afirmaram, tanto quanto a população em geral, o valor dos processos democráticos, preferindo um governo participativo a um líder forte, e preferindo a separação entre Igreja e Estado. 
 
A Bíblia

Será impossível aqui fazer justiça às implicações democratizantes que permeiam a Bíblia. Mas vejamos algumas pinceladas.
 
A primeira afirmação bíblica sobre o ser humano fala da “imagem de Deus”, polemizando com as ideias pagãs do Antigo Oriente Médio que atribuíam a imagem de Deus somente ao rei. Ainda mais escandalosamente, a Bíblia afirma que tanto homens como mulheres estão na imagem de Deus. As implicações democratizantes disso são enormes.
 
Quando a Bíblia fala em seguida da “queda”, aprendemos que nenhuma parte da vida humana – bem como nenhuma esfera social (indivíduos, igrejas, partidos, nações) – ficou isenta dos efeitos do pecado. É por isso que o apóstolo Paulo, levantando uma doação das igrejas gregas para os cristãos de Jerusalém, insistiu em ser vigiado por um delegado escolhido por elas. Era questão de pecadores controlando pecadores. E nas leis de Moisés, sobressai a ênfase na igualdade de oportunidade para participar responsavelmente dos assuntos públicos.
 
O projeto de Deus é que as pessoas sejam convidadas a participar responsavelmente do governo do universo, até na maneira como Deus constitui a igreja cristã. No que podemos chamar de as “cartas constitucionais” da comunidade cristã (as listas de dons do Espírito em Romanos 12 e 1 Coríntios 12), vemos a mesma ênfase. Apesar da grande diferença entre as listas, o princípio da distribuição é o mesmo: o Deus bíblico dá dons a todos, mas não dá todos os dons a ninguém, estabelecendo assim a igualdade e a interdependência.
 
Temos ainda a declaração radicalmente democrática de Gálatas 3.28, de que em Cristo não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher. A democracia ateniense excluía o forasteiro, o escravo e a mulher, mas Paulo afirma explicitamente a inclusão dessas três categorias. Será que ele se referia somente à vida eclesiástica? É improvável que o apóstolo do Mestre que havia ensinado a parábola do Bom Samaritano dissesse que esse princípio se aplicava somente à igreja e não ao comportamento do cristão na sociedade.
 
Ainda outro argumento bíblico pela democracia é o que podemos chamar de recato político cristão. Não podemos (biblicamente) ser tão dogmáticos quanto gostaríamos de ser a respeito das questões políticas. Isso, por três razões.
 
Primeiro, pela ausência de uma receita política bíblica. O judaísmo tem a lei de Moisés e o islã tem a lei sharia, mas o cristianismo não tem lei neste sentido. Temos que relacionar, com fidelidade e humildade, a revelação bíblica às realidades sociopolíticas do nosso próprio contexto.
 
Em segundo lugar, pelas diferenças entre os mundos bíblicos e o nosso mundo. O Novo Testamento foi escrito para uma pequena comunidade transnacional que não controlava território e não tinha possibilidade alguma de poder político. Por outro lado, o Antigo Testamento foi escrito para uma comunidade nacional que de fato lidava com essas questões. Mas nenhum país hoje está na situação do Israel do Antigo Testamento. Por isso, em matéria de política, o cristianismo se caracteriza por um certo recato, um não dogmatismo, um amplo espaço livre de discordância legítima.
 
E, em terceiro lugar, por causa da complexidade dos fenômenos políticos e da natureza da política como a arte do possível, fazendo com que pessoas que tiram os mesmos princípios políticos da Bíblia possam divergir a respeito do que é possível fazer hoje no Brasil.
 
Vemos, então, o valor fundamental da democracia como reflexo tanto da antropologia cristã como do caráter de Deus expresso na maneira como trata a humanidade desde o começo.
 
A “comunhão” universal humana no pecado é uma das grandes justificativas da democracia; ninguém (e nenhum grupo ou instituição) merece ter poderes ilimitados e não supervisionados sobre seus semelhantes. Mas a fé cristã se caracteriza também por um otimismo realista na possibilidade de melhorar o mundo. Nas palavras de Reinhold Niebuhr, a propensão humana para o bem torna a democracia possível, e a propensão humana para o mal torna a democracia necessária! Ou seja, amar ao próximo inclui a defesa da democracia.
 
E os evangélicos?

Os evangélicos, munidos dessa teologia, deveriam ser o segmento menos vulnerável a desvios antidemocráticos. Mas, às vezes, a nossa época é vista como excepcionalmente desafiadora, devido ao acentuado pluralismo de valores e de estilos de vida. Devemos lembrar que o pluralismo é normal; só não é assim sob alguma forma de autoritarismo político. O cristianismo se expandiu, por mais de trezentos anos, por um império romano extremamente pluralista. Tal pluralismo não causou nos primeiros cristãos o saudosismo por uma época mais uniforme, nem criou demandas por um regime mais repressivo.
 
A liberdade de expressão é um dos direitos mais fundamentais do ser humano. Sem ela, não há como navegar pacificamente a extrema diversidade de experiências humanas; não há como aprimorar a boa governança; e não há como reconhecer a verdade e a ela responder em todos os campos, inclusive o religioso. A necessidade dessa liberdade foi reconhecida muito cedo na história cristã. Por volta do ano 200, o teólogo Tertuliano disse: “É um direito humano fundamental, um privilégio da natureza, que todo ser humano possa adorar segundo as suas próprias convicções. A religião de uma pessoa não ajuda nem prejudica outra pessoa”. Essa convicção foi lamentavelmente abandonada por boa parte do cristianismo posterior, em aliança idólatra com o Estado.
 
Seria, portanto, inusitado e esdrúxulo que evangélicos brasileiros hoje quisessem fechar o processo democrático. Querer romper com a democracia é idolatria do Estado! É idolatrar o poder estatal como solução. É como querer separar o joio do trigo antes do tempo, é arrogar-se uma tarefa que só pertence a Deus. Aqueles que querem derrubar o resultado das urnas porque “o outro lado é comunista/fascista” estão traindo o evangelho. E aqueles que querem derrubar o resultado das urnas porque “houve fraude”, que apresentem provas e contestem de acordo com os procedimentos do estado de direito.
 
A democracia não existe para garantir a vitória do nosso lado nem da nossa visão da sociedade. Ela existe para permitir a defesa continuada de projetos diversos para a sociedade, inclusive o nosso.
 
Com todas as imperfeições, a democracia brasileira permite a possibilidade de apresentar um amplo leque de visões para o futuro do país. Aqueles cristãos que se encantam por pretensas soluções não democráticas deveriam recordar o ditado de Churchill, de que a democracia é o pior sistema de governo já inventado, com exceção de todos os outros. A distância no tempo nos faz romantizar os experimentos não democráticos do passado (seja de esquerda ou de direita), procurando atalhos que se revelam como pistas falsas. Tanto a história como a boa teologia cristã nos confirmam isso.
 
As democracias morrem quando os atores principais rejeitam as regras democráticas do jogo; quando toleram ou encorajam a violência; quando negam a legitimidade dos seus rivais; e quando expressam o desejo de coibir as liberdades civis de seus adversários, inclusive na mídia. A democracia brasileira talvez venha a morrer... mas que os evangélicos não sejam nem seus assassinos nem seus coveiros!

Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, é professor colaborador do programa de pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de religião e política em contexto global na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, Canadá.

Originalmente publicado na edição 398 de Ultimato.
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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/defender-a-democracia-um-dever-evangelico-baseado-na-historia-e-na-biblia

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

'Quem não vota em Bolsonaro não é bem-vindo': evangélicos abandonam igrejas

25.10.2022

Do portal UOL NOTÍCIAS

Incomodados com a pressão política e hostilizados dentro da própria igreja, evangélicos que não apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) têm deixado de frequentar os templos. O fenômeno ganhou impulso após a eleição de Bolsonaro, em 2018, e alcançou ainda mais força agora, na campanha para o segundo turno.

Eles dizem ter visto o púlpito ser usado para pedir votos ou para condenar opções políticas alinhadas com a esquerda. Quando se posicionam, acabam rejeitados ou são afastados de tarefas nos templos.

"O pastor começou o culto normalmente, falando de como criar filho, com amor, cuidado e respeito. Depois falou: 'não deixa seu filho fazer o 'L' (sinal de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva) em casa, não'", conta a professora Joana (nome fictício), que frequentava uma igreja pentecostal no Rio.

"Não voltei. Enquanto não acabar a eleição, não vou", diz ela, de 43 anos. O desconforto começou ainda na pandemia, quando chegou a ouvir que máscaras e vacinas não funcionavam e que "a garantia era Deus".

Depois, com a proximidade das eleições, ela e o marido viram a pregação política tomar conta do púlpito — em geral, ocorre no início ou no fim do culto e principalmente quando a cerimônia não é transmitida pela internet, segundo conta.

Na reta final das eleições, Bolsonaro tem buscado ainda mais apoio entre os evangélicos, onde já leva vantagem. O presidente tem visitado igrejas evangélicas às vésperas do segundo turno.

Já o oponente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta acenar para o setor: na semana passada, divulgou uma carta aos evangélicos com posicionamento contrário ao aborto e favorável à liberdade religiosa. Segundo fiéis ouvidos pelo UOL, a "senha" na igreja para tentar convencer os eleitores é dizer que, em uma eventual vitória de Lula, os templos poderão ser fechados. Declarações sobre aborto também fazem parte da pregação.

"A gente não consegue ir a uma igreja em que não falem de política no fim do culto, em que não demonizem a esquerda", diz a professora, que faz uma peregrinação de templo em templo em busca de algum lugar com neutralidade política.

Para ela, há idolatria a Bolsonaro, "como se ele fosse um Deus".

E quem pensa o contrário acaba sendo escanteado. "Eles vão te colocando de lado, te tirando de cargos e funções", diz ela. "Você não é bem vindo se não votar em Bolsonaro."

O auxiliar administrativo Matheus Rocha, 23, de Iporã, no interior do Paraná, também sentiu o mesmo gelo na igreja pentecostal que frequentava.

"Nesse dia, não fui ao culto e repostei (nas redes sociais), por acaso, uma publicação de um pastor e teólogo que acompanho e que não apoia o presidente. Quando os membros da igreja viram, acharam que eu estava afrontando meu pastor", contou.

Rocha passou a ser confrontado pela igreja. Primeiramente, foi um parente do pastor. Depois, aos poucos, outros membros passaram a tratá-lo diferente, com frieza.

"O pessoal começou a não me cumprimentar com a 'paz do Senhor'. Viraram a cara mesmo. A panelinha fechou e eu e minha esposa ficamos jogados para escanteio. Essa situação ficou insustentável ao ponto de eu não conseguir mais frequentar as reuniões."

O pastor até procurou Rocha para uma conversa depois do primeiro turno, mas o tom não foi agradável, segundo ele.

"Ele falava que eu sofri uma lavagem cerebral. Queria mudar minha cabeça, como se eu tivesse de me arrepender da minha escolha política e disse que eu estava indo na contramão de toda a igreja", contou.

Ao final do papo, Rocha foi desligado como membro da comunidade. 

"O pessoal começou a não me cumprimentar com a 'paz do Senhor'. Viraram a cara mesmo." Matheus Rocha.

Os relatos são semelhantes aos de evangélicos de outras denominações e em várias cidades do país. Parte deles prefere não se identificar por medo de retaliações.

A auxiliar de escritório Gilda (nome fictício), de 39 anos, diz que desde criança frequentava uma igreja evangélica no bairro onde mora, em Belo Horizonte. Há um ano, o templo foi fechado depois que o pastor se opôs à presença de um candidato a deputado.

Ela até tentou frequentar outra igreja, mas não conseguiu porque o templo batista próximo de onde mora passou a ser dominado por pregação política. A mãe, evangélica fervorosa há décadas, também não tem ido à igreja por causa do alinhamento político.

"Se você é da esquerda, não vale nada", diz ela. Gilda tem posicionamentos alinhados com os da igreja em alguns pontos, como ser contrária ao aborto, mas não defende Bolsonaro. "Falam que você não é crente."

A faturista Mariana (nome fictício), de 32 anos, também foi tachada de "não crente" por amigos de uma igreja da qual se afastou quando publicou nas redes sociais uma mensagem de apoio a Lula nas eleições.

"Se você é da esquerda, não vale nada."Gilda (nome fictício).

Amigos evangélicos de longa data e até o pastor deixaram de segui-la. O caso é relatado sob lágrimas — para evangélicos, estar em contato com outras pessoas dentro da igreja faz parte da fé.

"A gente sente a presença de Deus em todo lugar, mas é diferente quando está na igreja, com pessoas que ama", diz ela, que frequenta o templo desde criança. "Sinto falta."

Fiéis que deixaram suas igrejas por pressão política buscam templos em que a política partidária não entre na pregação.

O pastor Valdinei Ferreira, da primeira igreja presbiteriana independente de São Paulo, diz receber evangélicos que não se sentem mais acolhidos. Uma delas chegou a fazer uma manifestação por escrito contra o templo que frequentava anteriormente.

O pastor Valdinei Ferreira diz receber fiéis hostilizados em outros templos
Imagem: Emir de Paulo.


Ele afirma não tolerar campanha para nenhum candidato dentro do templo — por isso, a igreja atrai fiéis incomodados em outras denominações — mas também diz sofrer pressão.

"Recebi um telefonema de assessor dizendo que o candidato (a deputado) iria à igreja, se eu poderia chamá-lo à frente para fazer uma oração", conta Ferreira. A reza seria para que fosse bem sucedido na campanha. Ele negou.

À espera do segundo turno 

Enquanto alguns buscam outros templos, há evangélicos que pararam de frequentar qualquer igreja e esperam ser possível retomar o contato depois do segundo turno das eleições.
Demax Silva Sarmento, 42, por exemplo, não encontrou em Belém, onde mora com a família, uma comunidade que não replicasse o discurso político e moral que o incomodou. 

O estopim para que deixasse a igreja batista foi algo chamado de "clamor pela nação" — que, na avaliação dele, soava como um clamor em prol de Bolsonaro.

"Era um discurso de medo, comunismo, fechamento de igrejas, aborto e esses temas. Eu me senti coagido dentro da minha própria comunidade." Por enquanto, ele pensa em voltar à igreja depois do fim das eleições e diz que não tem medo de sofrer algum tipo de represália. "Se ocorrer, com toda certeza sairei da comunidade."

Por enquanto, ele pensa em voltar à igreja depois do fim das eleições e diz que não tem medo de sofrer algum tipo de represália. "Se ocorrer, com toda certeza sairei da comunidade."

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Fonte:https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/10/24/nao-consigo-ir-a-uma-igreja-evangelica-que-nao-demonize-a-esquerda.htm?utm_source=twitter&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Igrejas saudáveis não escondem conflitos. Elas lidam com eles

24.10.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.09.22

Por  Érica Neves


Conflitos são oportunidades de crescimento emocional e espiritual e igrejas saudáveis precisam aprender a lidar com eles. À luz do tema “
Como lidar com conflitos na igreja (e fora dela)?”, Claudia Moreira e Valdir Steuernagel conversaram com a pastora anglicana Siméa Meldrum e com o pastor metodista Ernst Janzen na última terça-feira, 20/09, na live Diálogos de Esperança. O bate-papo trouxe importantes reflexões sobre a importância da resolução dos conflitos de forma saudável para o amadurecimento das igrejas e, consequentemente, de seus membros.

Siméa Meldrum destacou que uma sociedade impulsionada pela produtividade está adoecida e os sinais desse adoecimento são evidenciados pelos conflitos. “O mundo está influenciando as pessoas, principalmente as igrejas, por esse ativismo em busca do sucesso e da excelência. E essa vida competitiva gera intolerância e falta de empatia emocional. Eu creio que nós estamos brigando porque alguma coisa está doendo e tem muita gente que nem sabe que está doente”.

Ernst Janzen, por sua vez, pontuou que a maior parte dos conflitos vivenciados nas igrejas se devem à questões marginais relacionadas aos costumes e não às doutrinas fundamentais da fé. “Eu separo os conflitos que acontecem na igreja em três níveis: eles podem estar relacionados com os mandamentos de Cristo, com as orientações dos apóstolos ou com costumes e tradições. Em qual desses três níveis estão a grande maioria dos conflitos? Não estão relacionados aos mandamentos de Cristo, nem às orientações dos apóstolos, mas com costumes e tradições. Às vezes até a própria igreja cria leis não escritas que se tornam leis e isso acaba trazendo conflitos à tona”.

Todos os participantes da conversa ressaltaram a importância de se lidar com os conflitos para evitar que eles tomem proporções incontornáveis. Siméa enfatizou ainda que “a obra de Deus não pode avançar quando há conflitos não resolvidos”.

O próprio Jesus nos alertou para a importância da resolução de conflitos quando exortou quem, ao apresentar uma oferta no altar do templo “se lembrar de que alguém tem algo contra você, deixe sua oferta ali no altar. Vá, reconcilie-se com a pessoa e então volte e apresente sua oferta” (Mt 5:23,24). “Essa palavra de Jesus é um claro indicativo de que as relações interpessoais têm mais importância do que os rituais religiosos”, lembrou Claudia Moreira.

Valdir Steuernagel pontuou a importância da capacitação para a resolução de conflitos de forma saudável e Claudia Moreira citou a ampla gama de recursos disponíveis na plataforma Tearfund Aprendizagem sobre o assunto. Dentre os recursos, vale a pena conferir ainda os dois livros de autoria de Ernst Janzem sobre o assunto: Conflitos: oportunidade ou perigo? A arte de transformar conflitos em relacionamentos saudáveis e Conflitos na igreja: como sobreviver aos conflitos e desenvolver uma cultura de paz, ambos publicados pela Editora Esperança.

Diálogos de Esperança é uma realização conjunta da Editora Ultimato, Aliança EvangélicaTearfund e Visão Mundial. A série reúne teólogos, pastores, líderes e artistas para conversar sobre temas da atualidade relacionados à Igreja. Assista a íntegra da live do dia 20/09 aqui. Para assistir a todas as lives já realizadas, clique aqui.

Recursos para lidar com conflitos

Jesus veio para nos reconciliar com Deus através da cruz, colocando-nos em relações restauradas uns com os outros (Ef 2.16; Cl 1.20). Ao sermos reunidos na nova comunidade de Deus, somos colocados em relações com pessoas diferentes de nós. Essas diferenças devem ser uma fonte de bênçãos, porém, elas podem frequentemente ser uma fonte de tensão. A Bíblia diz que devemos nos esforçar ao máximo para restaurar relações onde quer que haja conflito (Rm 15.5-6; 2Co 13.11; Ef 4.1-6). Isso significa que precisamos prosseguir em arrependimento e perdão e saber que não há obstáculo cultural, étnico ou social que o amor de Cristo não possa superar (Mt 18.21-35; Lc 10.25-37; Cl 3.12-15).

A Bíblia também diz que os cristãos devem desempenhar o papel de pacificadores na sociedade (Mt 5.9). Primeiramente, enquanto “embaixadores de Cristo”, somos chamados a reconciliar as pessoas com Deus através do “evangelho da paz”, e elas consequentemente serão reconciliadas com o povo da aliança de Deus (2Co 5.18-20; Ef 6.15). A igreja também é chamada a ser profética, mostrando à sociedade como as relações reconciliadas devem ser. A igreja deve mostrar o caminho de Cristo nas palavras, na presença e nas ações, refletindo o reino vindouro, onde todos os povos, nações, tribos e línguas glorificarão juntos a Deus (Jo 17.20-23; Ap 5.9).

Trecho retirado do estudo bíblico Cristo triunfa sobre o conflito, integrante da revista Passo a Passo 92

Tearfund conta com uma vasta gama de materiais sobre construção de paz. O texto acima é um deles. Abaixo há uma lista com alguns desses materiais. Esperamos que eles sejam edificantes para você e sua igreja.











  • Erica Neves é formada em jornalismo, com mestrado em mídia e cidadania. Trabalha como assessora de comunicação na Tearfund. Atualmente, é estudante e professora convidada no Invisible College nos cursos Sabedoria no Caos e Teologia pro Cotidiano. Erica é casada com Fred e eles são pais do Pedro e da Mariana. Instagram: @emrneves

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/igrejas-saudaveis-nao-escondem-conflitos-elas-lidam-com-eles

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

CARTA ABERTA DE EVANGÉLICAS E EVANGÉLICOS PELO BRASIL

30.09.2022

Do portal AVAAZ

Nesse momento atual, de muitos desafios para o nosso país, como a fome, o desemprego e subemprego que causam sofrimento a tantas famílias; nesse tempo de tantas divisões e conflitos entre muitos lares e igrejas; e de muitas mentiras que circulam em redes sociais, nos unimos a irmãos e irmãs - cristãos de diversas igrejas em todas as partes do Brasil para juntar nossas forças, orar e agir em defesa do bem estar para todos, da democracia brasileira, do processo eleitoral e do respeito ao resultado das urnas.

Passados mais de 200 anos da chegada dos primeiros protestantes em nossa terra, percebemos que temos nos distanciado dos valores humanos e evangélicos que eles nos deixaram, ideias de liberdade, democracia e dignidade humana.

Trazendo na bagagem a fé evangélica, eles não vieram para promover ódio e intolerância religiosa. Tinham a esperança de ajudar a construir um país abençoado, onde pessoas diversas pudessem conviver em paz.

Lamentamos profundamente que a política esteja contaminando esta fé com a mentira, as fake news, os discursos raivosos e um autoritarismo que não tem nada a ver com a mensagem libertadora de Cristo.

Oramos por nosso país e clamamos a Deus por democracia, direitos, justiça e paz. Somos um pela democracia, porque somos um pelo pão, pela verdade, pelo respeito, pela justiça, pela paz.

Somos um pelo pão de cada dia. Oramos e defendemos que os mais pobres do Brasil deixem de passar fome e tenham alimento digno pois Deus é amor e nos ensina a compartilhar e amar o bem comum. (Mateus 6.11; Marcos 6.30-37; 2 Coríntios 8.14, 15; 1 João 3.16, 17).

Somos um pela verdade e contra notícias falsas e discurso agressivo que tem dividido famílias e separado amigos e irmãos. Oramos pelo seguimento à orientação dos apóstolos de não se deixar levar pela “esperteza dos homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor” (Efésios 4.14-16).

Somos um pelo respeito. Defendemos e oramos por diálogo sem ódio e sem violência, mas com coragem de manifestar o amor mesmo quando discordamos, lembrando sempre do mandamento de Jesus: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei." (João 13.34)

Somos um pela justiça. Defendemos as instituições democráticas que, mesmo imperfeitas, garantem nossos direitos. Oramos para que seus princípios sejam respeitados, seguindo a orientação bíblica de "Dar a César o que é de César, e a Deus, o que é de Deus.” (Mateus 22.21; 5.20; 6.33)

Somos um pela paz. Defendemos e oramos por eleições pacíficas, sem armas e ameaças. Pois "a mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz". (Romanos 8.6; 12.17-21)

Como Jesus nos fez um, sejamos um pelos princípios que ele nos ensinou a amar.

Que Deus abençoe o nosso país, para que “a justiça corra como um rio perene” (Amós 5.24).

Amém! 

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ASSINATURAS INICIAIS

Pr. Afa Neto

Pastor da Igreja Presbiteriana da Aliança em Salvador, BA

Rev. Agnaldo Pereira Gomes

Pastor presbiteriano independente, SP

Pr. Agnaldo Vieira

Pastor da Igreja Batista Esperança, RJ

Pra. Anna Eliza Simonetti Polastri de Oliveira Francisco

Pastora da Primeira Igreja Batista em Goiabeiras, Vitória, ES

Pr. Ariovaldo Ramos

Pastor da Comunidade Cristã Reformada, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, SP

Rev. Arthur Cavalcante

Deão da Catedral Anglicana de São Paulo, IEAB-SP

Bebeto Araújo

Diretor Nacional da Missão Aliança Noruega, PR

Rev. Bob Luiz Botelho

Pastor da Igreja Antiga das Américas, PR

Pra. Camila Oliver

Pastora da Igreja Batista Nazareth em Salvador, BA

Cassiano Luz

Teólogo e Antropólogo, Diretor Executivo da Aliança Cristã Evangélica Brasileira, PR

Rev. Cláudio Márcio Rebouças da Silva

Reverendo na Igreja Presbiteriana Unida em Muritiba, BA

Pr. Claudio Ribeiro

Pastor metodista e teólogo, RJ

Pr. Clemir Fernandes

Pastor batista, RJ

Rev. Daniel do Amaral

Pastor da Igreja Presbiteriana Unida de Brasília, DF

Pr. Daniel Santos

Pastor da Comunidade Cristã da Zona Leste, SP

Daniela Frozi

Nutricionista, membro da Comunidade Presbiteriana da Barra da Tijuca - IPB, RJ

Pr. Danilo Ferreira Gomes

Pastor da Comunidade de Jesus em Salvador, BA

Darli Alves de Souza

Cientista da religião, presbítero da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, SP

Pr. David Mesquiati

Pastor da Assembleia de Deus, ES

Pr. Eliel Prueza de Oliveira

Pastor da Igreja Cristã Edificando Vidas, RJ

Pr. Edson Nunes Jr.

Pastor adventista, SP

Pr. Israel Gonzaga

Pastor da Igreja Batista Adonai, Salvador, e da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito da BA

Pr. Fillipe Gibran

Pastor da Comuna do Reino

Gilson Alves Coutinho

Presbítero da 1a. Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo, SP

Pr. Heleénder de Oliveira Francisco

Pastor da Primeira Igreja Batista em Goiabeiras, Vitória, ES

Pr. José Barbosa Junior

Pastor da Comunidade Batista do Caminho em Campina Grande, PB

Gedeon Freire de Alencar

Cientista da Religião, Igreja Betesda, SP

Rev. Gustavo Oliveira

Deão da Catedral Anglicana do Bom Samaritano e professor da UFPE, PE

Pr. Inacio Lemke

Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

Rev. Jonas Gonçalves

Pastor jubilado da Igreja Presbiteriana Independente

Bispo José Ildo Swartele de Mello 

Igreja Metodista Livre, SP

Joanildo Burity

Anglicano e cientista político, PE

Pr. José Marcos

Igreja Batista de Coqueiral, PE

Pr. Julio Zabatiero

Pastor e teólogo, PR

Leonardo Gonçalves

Artista

Pr. Levi Araújo

Comunidade Caverna, SP

Pr. Lúcio Mendonça da Fonseca

Pastor da Igreja Metodista, MG

Rev. Luiz Carlos Ramos

Teólogo e pastor metodista, SP

Rev. Luiz Longuini

Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, RJ

Luiz Otávio do Carmo

Músico, Presbiteriano independente, Sorocaba, SP

Pra. Lusmarina Garcia

Pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, RJ

Pr. Kenner Terra  

Pastor Batista e Faculdade Unida de Vitória

Pr. Marco Antônio de Oliveira

Pastor da Assembleia de Deus em Jacarezinho, RJ

Bispa Marisa de Freitas

Bispa Emérita da Igreja Metodista, MG

Magali Cunha

Metodista e pesquisadora em Mídia, Religião e Política, RJ

Major Maruilson Souza

Oficial do Exército de Salvação, SP

Pr. Marco Davi

Pastor da Nossa Igreja Brasileira, RJ

Pr. Marcos Monteiro

Teólogo e Pastor Batista, PE

Pr. Nilson Gomes dos Santos

Pastor da Assembleia de Deus Ministério do Belém, SP

Nilza Valeria Zacarias Nascimento

Coordenadora da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, RJ

Pra. Odja Barros

Pastora da Igreja Batista do Pinheiro em Maceió, AL

Pr. Orivaldo Lopes Jr.

Pastor batista e da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, RN

Paul Freston

Sociólogo

Rev. Paulo Camara Marques Pereira Junior

Pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil

Paulo Augusto Costivelli de Moraes

Presbítero, psicólogo, presbiteriano independente de Sorocaba, SP

Pr. Paulo Elias Jr.

Pastor batista, RJ

Pr. Raphael Godoi

Pastor Batista, RJ

Pr. Remy Damasceno Lopes

Pastor da Igreja Batista Central em Niterói, RJ

Pr. Ricardo Gondim

Pastor da Igreja Betesda, SP

Pr. Roberto Amorim

Pastor da Igreja Batista da Proclamação em Salvador, BA

Roberto Costa de Oliveira

Igreja Presbiteriana, PR

Pr. Robinson Jacintho

Pastor e Educador, SP

Pra. Romi Bencke

Pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, DF

Pr. Ronan Lima

Pastor batista, RJ

Pra. Rute Ferreira Marcolino de Oliveira

Pastora da Igreja Cristã Edificando Vidas, RJ

Sarah Nigri de Angelis

Historiadora, membro da Igreja Presbiteriana Independente em Botucatu, SP

Rev. Sergio Andrade

Pastor da Igreja Anglicana da Santíssima Trindade, PE

Pr. Sérgio Dusilek

Pastor Batista, RJ

Pra. Silvéria B. de Andrade Lopes

Pastora da Igreja Batista Central em Niterói, RJ

Pra. Silvia Nogueira

Pastora batista da Convenção Batista Brasileira

Simone Vieira

Advogada e coordenadora de advocacy, PB

Suelen Abreu Agassis Ribeiro

Coordenadora da Rede Iruah, RJ

Reva. Tatiana Ribeiro

Deã da Catedral Anglicana de Brasília, DF

Profa. Dra. Valdenice José Raimundo

Pastoral da Negritude Rosa Parks, Igreja Batista em Coqueiral, PE

Pr. Valdenicio Santos de Oliveira

Pastor da Igreja Batista da Alegria em Maceió, Alagoas

Rev. Valdinei Ferreira

Pastor presbiteriano independente, SP

Pr. Valdir Steuernagel

Pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, PR

Vanessa Barboza

Coordenadora da Rede de Mulheres Negras Evangélicas

Pra. Viviane Costa

Pastora da Assembleia de Deus em Nova Iguaçu, RJ

Pr. Vladimir de Oliveira Souza

Pastor da Igreja Cristã Redenção Baixada no Rio de Janeiro, RJ

Waneska Bonfim

Coordenação político-pedagógica de Diaconia, PE

Pr. Welinton Pereira

Pastor metodista, SP

Pr. Werner Fuchs

Ministro emérito da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

Rev. Wertson Brasil de Souza

Pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, MG

P.r Wellington Santos

Pastor da Igreja Batista do Pinheiro em Maceió, AL

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Fonte:https://secure.avaaz.org/campaign/po/carta_aberta_evangelicos_20/?biROBib&v=142748&cl=19773566628&_checksum=ccf533404949e17114b86b690c6286d219e03d4170c9e4a62b07f73098139429

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

NOSSA FÉ CRISTÃ, DEVE ESTÁ ACIMA DE QUALQUER PARTIDO OU IDEOLOGIA POLÍTICA!

28.09.2022
Do canal do pastor Irineu Messias
Por Pastor Irineu Messias

 
Nós cristãos precisamos evitar a todo custo colocar qualquer partido ou ideologia política, acima de nossa fé cristã.
Podemos votar em quaisquer candidatos; mas não precisamos concordar COM TODAS AS SUAS PROPOSTAS, exatamente porque nosso "modus vivendi" se ampara e se fundamenta tão-somente na Palavra de Deus.
Isso, contudo, não dar direito a que muitos lideres religiosos (evangélicos e católicos) estão fazendo. Na prática, estão "obrigando" os seus fiéis a votarem em determinados candidatos, alegando que estes defendem mais os princípios cristãos que outros. Até acho que alguns defendem mesmo alguns princípios. Mas o fazem, muitas vezes, por mero oportunismo eleitoral.
Muitos desses sequer, antes dessas e outras eleições, iam à igreja ou frequentavam cultos evangélicos.
Ora, nós estamos observando a conduta de todos os candidatos. As propostas de alguns deles até parecem concordar com nossos credos. No entanto, suas posturas, atitudes e vem demonstrando um comportamento odiento, grosseiro e até blasfemo.

A imagem da igreja evangélica vem sendo maculada, quando associada a certo candidato, posto que, seu comportamento e atitudes tem violado muitos valores cristãos, um deles o claro desprezo pela vida humana, ao incitar a violência física contra seu próximo. Pessoas já foram assassinadas por causa disto.

Assim sendo, nós cristãos evangélicos, somos livres para votar. Não estamos em uma ditadura. Votemos com liberdade em quer que seja; mesmo que as propostas de certos candidatos não estejam 100% alinhadas aos nossos credos. Nunca estarão. Por quê? Muitos candidatos não professam o nosso credo cristão evangélico.
Estamos debatendo projetos políticos para uma sociedade plural, onde o cristianismo convive com outras religiões e até com irreligiosos.
Não precisamos da tutela do Estado para exercer a nossa fé. O Senhor Jesus Cristo começou a pregar em Jerusalém, a despeito da cólera dos judeus e da indiferença(depois perseguição) do Império Romano.

Pregar que igrejas serão fechadas caso certo candidato ganhe as eleições, além de ser terrorismo eleitoral, ou seja, crime eleitoral, é uma grande mentira que certos líderes religiosos estão espalhando nas igrejas evangélicas.

Esses perderam o vínculo com a verdade; afastaram-se da Palavra de Deus, que nos ensina a sermos sempre verdadeiros, nunca mentirosos!
Portanto, nesta, como em outras eleições vindouras, devemos votar com liberdade, em paz. Votemos sem ódio, sem violência.

Exerçamos nosso voto sem as amarras das mentiras que muitos líderes evangélicos, descomprometidos com Deus e com a Sua Palavra, estão a espalhar país afora. Deus nos guarde deles!

Não podemos renunciar a nossos princípios, entre os quais, o de amar ao próximo como a si mesmo. Este é o segundo maior mandamento. O primeiro é amar a Deus sobre todas as coisas.
Deus abençoe a todos,
Pastor Irineu Messias
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=5yPDrzngwLI

terça-feira, 13 de setembro de 2022

A PRINCESA SALVOU O MENINO DO RIO? Ex 2: 5-6

13.09.2022

Do canal do pastor Irineu Messias, 10.09.22

Deus ainda continua operando poderosa e extraordinariamente como fez na vida do menino Moisés, cuja morte estava praticamente decretada pelo perverso e cruel faraó.

Faraó, o rei do Egito temendo o crescimento do povo de Israel, ordenou de forma cruel todos os meninos hebreus fossem mortos.

No entanto, uma mãe hebreia escondeu seu filho, durante 3 meses. Mas depois disso ela não teve mais como ocultá-lo mais aos olhos do perverso rei.
Nesta história de Joquebede, (era o nome da mãe do menino, Ex 6:20), uma mulher cheia de fé, que creio, guiada pela silenciosa e invisível do Espírito de Deus, tomou a iniciativa de construir uma arca(barquinho) de junco, betume e barro. Somente crendo no poder salvador de Deus é que uma mãe, provavelmente desesperada pela morte de seu filho, poderia ter feito uma arca com materiais tão frágeis e ainda colocar nela seu filho de apenas 3 meses de vida!

Mas ela creu que Deus:
a) Não deixaria a arca afundar no rio; b) Guiaria a arca pelo rio; c) Providenciaria alguém para encontrar seu filho na borda do rio. Assim aconteceu. A filha do faraó, a princesa do Egito, seria a pessoas providenciada pelo que tudo vê, que é o Grande Condutor da vida de todos quanto confiam nEle! Naquele mesmo, no mesmo local, na mesma hora em Moisés estava na borda daquele Deus providenciou que a princesa ali fosse se banhar para que pudesse cumprir Sua Vontade soberana de salvar a vida daquele menino, que no futuro seria exatamente o libertador do Seu povo das garras do povo egípcio! Deus ainda continua operando do mesmo modo, pois Ele não muda! Ele também livrou Seu filho Jesus da ameaça de morte do rei Herodes. Assim como Moisés viria a ser o libertador de seu povo, Jesus, o Filho do Deus Vivo, libertaria (como tem libertado) todos os seres humanos das garras do faraó espiritual, satanás. O título do vídeo é uma pergunta: A PRINCESA SALVOU O MENINO DO RIO? Após assisti-lo podemos responder com segurança: Não, não foi a princesa! Deus quem realmente salvou o menino Moisés daquele rio! A princesa apenas foi o instrumento dEle para operar este tão grande milagre na vida de 3 pessoas: Moisés, Mirian e Joquebede! A palavra de Deus nos diz: "O SENHOR está comigo entre aqueles que me ajudam; por isso verei cumprido o meu desejo sobre os que me odeiam. Salmo 118:7 Assista o vídeo e aprenda com Joquebede e Mirian a confiar em Deus e no Seu extraordinário poder de fazer as coisas impossíveis acontecerem! Glórias a Deus! Deus os abençoe,
Pastor Irineu Messias

**Irineu Messias, é pastor vice-presidente da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco, (IEADEP)filiada à COMADEPLAN/DF e à CGADB. É presidida pelo pastor Robenildo Lins Ramos
TIRADO DAS ÁGUAS (CANÇÃO E LOUVOR: https://www.youtube.com/watch?v=qfIrh...

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Fonte:https://youtu.be/NxVRJo-ltZs