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quarta-feira, 28 de setembro de 2022

NOSSA FÉ CRISTÃ, DEVE ESTÁ ACIMA DE QUALQUER PARTIDO OU IDEOLOGIA POLÍTICA!

28.09.2022
Do canal do pastor Irineu Messias
Por Pastor Irineu Messias

 
Nós cristãos precisamos evitar a todo custo colocar qualquer partido ou ideologia política, acima de nossa fé cristã.
Podemos votar em quaisquer candidatos; mas não precisamos concordar COM TODAS AS SUAS PROPOSTAS, exatamente porque nosso "modus vivendi" se ampara e se fundamenta tão-somente na Palavra de Deus.
Isso, contudo, não dar direito a que muitos lideres religiosos (evangélicos e católicos) estão fazendo. Na prática, estão "obrigando" os seus fiéis a votarem em determinados candidatos, alegando que estes defendem mais os princípios cristãos que outros. Até acho que alguns defendem mesmo alguns princípios. Mas o fazem, muitas vezes, por mero oportunismo eleitoral.
Muitos desses sequer, antes dessas e outras eleições, iam à igreja ou frequentavam cultos evangélicos.
Ora, nós estamos observando a conduta de todos os candidatos. As propostas de alguns deles até parecem concordar com nossos credos. No entanto, suas posturas, atitudes e vem demonstrando um comportamento odiento, grosseiro e até blasfemo.

A imagem da igreja evangélica vem sendo maculada, quando associada a certo candidato, posto que, seu comportamento e atitudes tem violado muitos valores cristãos, um deles o claro desprezo pela vida humana, ao incitar a violência física contra seu próximo. Pessoas já foram assassinadas por causa disto.

Assim sendo, nós cristãos evangélicos, somos livres para votar. Não estamos em uma ditadura. Votemos com liberdade em quer que seja; mesmo que as propostas de certos candidatos não estejam 100% alinhadas aos nossos credos. Nunca estarão. Por quê? Muitos candidatos não professam o nosso credo cristão evangélico.
Estamos debatendo projetos políticos para uma sociedade plural, onde o cristianismo convive com outras religiões e até com irreligiosos.
Não precisamos da tutela do Estado para exercer a nossa fé. O Senhor Jesus Cristo começou a pregar em Jerusalém, a despeito da cólera dos judeus e da indiferença(depois perseguição) do Império Romano.

Pregar que igrejas serão fechadas caso certo candidato ganhe as eleições, além de ser terrorismo eleitoral, ou seja, crime eleitoral, é uma grande mentira que certos líderes religiosos estão espalhando nas igrejas evangélicas.

Esses perderam o vínculo com a verdade; afastaram-se da Palavra de Deus, que nos ensina a sermos sempre verdadeiros, nunca mentirosos!
Portanto, nesta, como em outras eleições vindouras, devemos votar com liberdade, em paz. Votemos sem ódio, sem violência.

Exerçamos nosso voto sem as amarras das mentiras que muitos líderes evangélicos, descomprometidos com Deus e com a Sua Palavra, estão a espalhar país afora. Deus nos guarde deles!

Não podemos renunciar a nossos princípios, entre os quais, o de amar ao próximo como a si mesmo. Este é o segundo maior mandamento. O primeiro é amar a Deus sobre todas as coisas.
Deus abençoe a todos,
Pastor Irineu Messias
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=5yPDrzngwLI

segunda-feira, 21 de março de 2022

O que tem Jerusalém a ver com Brasília?

16.03.2022

Do portal CPADNEWS, 21.08.2018

Por Valdir Nascimento*

Foi Tertuliano (160-220 d.C), um dos pais da igreja, quem proferiu no segundo século a famosa frase: O que tem a ver Jerusalém com Atenas? Em sua elocução Tertuliano estava questionando o relacionamento entre a Teologia, representada por Jerusalém, e a Filosofia, identificada em Atenas, o berço do pensamento filosófico grego. Na opinião do apologista, era impossível conciliar essas duas esferas: fé e razão, Igreja e Academia.

Em nossos dias, há quem faça outro tipo de pergunta: O que tem Jerusalém a ver com Brasília? O que tem a ver a religião com a política? Ou, de maneira mais direta: Qual a relação entre fé cristã e política?

Para muitos, a resposta é: nada. Entendem estes que se tratam de âmbitos completamente distintos e inconciliáveis. Jerusalém representa o Reino de Deus; Brasília, a cidade dos homens. Jerusalém é a capital da paz celestial; Brasília, a capital da corrupção humana. Em Jerusalém, o poder é único e exclusivo de Deus; em Brasília, o poder pertence aos poderosos deste mundo.


Brasília, inegavelmente, pode representar isso e muito mais. Um lugar em que os efeitos nefastos do pecado corroem as estruturas de poder e trazem prejuízos incalculáveis para a sociedade. Um ambiente dominado por interesses escusos e ardis inconfessáveis.

Contudo, criar uma falsa dicotomia entre Jerusalém e Brasília, fé e política, não é uma atitude sábia e muito menos bíblica.

Primeiro, porque a autoridade dos governantes de Brasília, e de qualquer outra esfera de poder, procede de Jerusalém, a cidade de Deus. Com todas as letras, Paulo afirma que não há autoridade que não venha de Deus (Rm 13.1), e Pedro nos aconselha a honrarmos ao Rei (1Pe 2.17). Embora o poder político seja utilizado de maneira distorcida, não significa que ele seja em si maligno, ou que a cidade seja de domínio de Satanás. É a vontade de Deus que Brasília seja um lugar de onde procedem leis justas, que punem o mal e instrumentalizam políticas do bem. 

Segundo, porque Jerusalém deve ser o referencial moral de Brasília. Sem a ética teísta que exsurge da fé em um Legislador Moral, que é Deus, Brasília não teria minimamente uma diretriz para fazer o que é certo. Como bem afirmou Wayne Grudem (Política segundo a Bíblia): “Sem a influência cristã, o governo não tem uma bússola moral”. Mais que isso, de Jerusalém é de onde flui os princípios essenciais para a delimitação do poder e responsabilização moral, a fim de evitar o arbítrio e o absolutismo.

Terceiro, porque os cidadãos de Jerusalém têm a responsabilidade de influenciar a política de Brasília. O testemunho cristão, afinal, começa em Jerusalém, mas alcança os confins do mundo (At 1.8). Assim como os cristãos primitivos abalaram o mundo de sua época, chegando a Roma, a capital política do mundo de então, ainda hoje os seguidores de Cristo têm a incumbência de agirem como sal da terra e luz do mundo, como uma religião verdadeiramente profética na esfera pública. 

Nas palavras de Miroslav Volf (Uma fé pública): “Como uma religião profética, a fé cristã será fé ativa, engajada com o mundo de maneira não coercitiva – oferecendo bênçãos a nossos empreendimentos, conforto efetivo em nossos fracassos, orientação moral num mundo complexo e um contexto de significado para nossa vida e nossas atividades”. Ao exercerem uma política profética, os cidadãos de Jerusalém bradam contra a corrupção, denunciam os erros e exortam contra as injustiças.

O que tem Jerusalém a ver com Brasília? Muito mais do que você possa imaginar!

*Valmir Nascimento é jurista e teólogo. Possui mestrado em teologia, pós-graduação em Estado Constitucional e Liberdade Religiosa pela Universidade Mackenzie, Universidade de Coimbra e Oxford University. Professor universitário de Direito religioso, Ética e Teologia. Editor da Revista acadêmica Enfoque Teológico (FEICS). Membro e Diretor de Assuntos Acadêmicos da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). Analista Jurídico da Justiça Eleitoral. Escritor e palestrante. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD. Autor dos livros "O Cristão e a Universidade", "Seguidores de Cristo" e "Entre a Fé e a Política", títulos da CPAD. Ministro do Evangelho em Cuiabá/MT.

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Fonte: http://cpadnews.com.br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/132/o-que-tem-jerusalem-a-ver-com-brasilia.html