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quarta-feira, 30 de abril de 2014

PÁSCOA:^A semana das dores

30.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 14.04.14


http://www.freeimages.com/photo/748046
“E disse-lhes: "Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer”(Lucas 22.15).

A espiral do ciclo litúrgico traz de volta a semana das dores e da paixão de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Na verdade, para nós, cristãos reformados, a vivência da experiência da cruz é uma realidade cotidiana, fomos e estamos sendo crucificados com Cristo na medida em que morremos para o pecado, a injustiça e a ostentação do mundo. Todavia, não há mal algum em aproveitarmos estes momentos mais intensos para não só aprofundarmos a nossa consciência quanto aos fatos que importaram em nossa salvação, mas também para proclamarmos a essência da mensagem evangélica, a gratuidade da morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. 

As narrativas da Paixão que encontramos nos Evangelhos, além de sensibilizarmo-nos e dar-nos informações de como as coisas aconteceram, trazem lições que devem ser sempre atualizadas em nossa caminhada de fé. 

A semana começa com o domingo da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. É o “domingo de ramos”. Jesus entra aclamado em Jerusalém como Rei-Messias, o Filho de Davi, o que cumpre em filigrana as profecias: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta” (Zc 9.9). Contudo, o alarido da multidão e aquele reconhecimento eufórico não traduzem a sua missão. Sua decisão de ir a Jerusalém continha outro programa a ser vivido: “E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém” (Lc 9.51), isto é, cumprir o projeto de seu Pai, dar a vida por suas ovelhas, resgatar os pecadores e estabelecer o reinado de Deus e voltar glorioso para junto daquele que o enviara. 

Depois desta entrada triunfal, entre os “hosanas” de um povo festivo, Jesus vive a amarga noite da última ceia. A atmosfera dos Evangelhos parece carregada de tensão. A dor e a melancolia da despedia. A conversão dos valores arraigados ao orgulho humano nas lições do lava-pés e o prenúncio da morte. A nova Aliança com base no sangue derramado, a angústia do horto e finalmente a traição por parte de um de seus discípulos amigos. Desta quinta-feira quis o Espírito Santo conservar-nos preciosas lições. Que o amor cristão só tem sentido se for insistente, permanente e independente das inclinações de nossa carne. Um amor que persevera, não recua, que não desiste, mesmo quando tudo conspira ao redor. Que o amor não é um simples sentimento, mas um mandamento e um serviço de humildade e gratuidade. Aprendemos que o discipulado não é turismo religioso, mas seguir a Jesus significa um convite para morrer com Ele e com Ele entregar a vida em obediência ao Pai e em favor dos irmãos. 

Chegamos à “sexta-feira da paixão” e da morte do inocente, justo e santo Filho de Deus. Dos horrores vividos na casa de Anás, à submissão a um político fraco e corrupto, à patética aparição na casa de Herodes, a troca por Barrabás em um Tribunal iníquo e à exposição pública a caminho do Calvário, Jesus deu provas cabais de quem era: “o homem das dores”, o Servo de Iaweh, o Justo das Escrituras, o Messias esperado pelas nações, a Ovelha muda que não abriu a boca diante dos seus tosquiadores. Jesus revelou-se como o verdadeiro cordeiro pascal, o suficiente bode da expiação e em sua carne macerada e em seu sofrimento não só tornou aceitável, mas confirmou todos os sacrifícios prescritos na Lei, enquanto bebia até a última gota do cálice. Mas, o que continha mesmo o cálice que o Pai serviu a Jesus? Continha a ira de um Deus Santíssimo e Justo, ofendido em sua majestosa autoridade que vindicava justiça desde a Queda de Adão. Na sexta-feira, Jesus paga o preço de nossa dívida: “e cancelou a escrita de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz” (Cl 2.14). 

Segundo a teologia dos pais da Igreja de Tradição Oriental, aqui se realiza a propriamente dita páscoa do cristão, pois é quando o verdadeiro cordeiro é sacrificado: “Mas quando chegaram a Jesus, percebendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas (...) Ele sabe que está dizendo a verdade, e dela testemunha para que vocês também creiam. Estas coisas aconteceram para que se cumprisse a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado" (Jo 19.33-36). 

O meu desejo é que você evite a todo custo, motivado por um zelo cego quanto aos exageros litúrgicos de outras religiões, o pecado de desprezar esta oportunidade de viver e anunciar o cerne do Evangelho da Salvação que como se vê, custou um alto preço! Participe com alegria das reuniões, cultos e estudos de sua comunidade de fé.



*É pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-semana-das-dores

O trabalho para a glória de Deus

30.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE

JS_30_04_14_trabalhoDeus organizou deliberadamente a vida de tal maneira que ele precisa da cooperação dos seres humanos para o cumprimento dos seus propósitos. Ele não criou o planeta terra para ser produtivo por si mesmo; os seres humanos tinham que subjugá-lo e desenvolvê-lo. Ele não fez um jardim cujas flores se abririam e os frutos amadureceriam por conta própria; ele designou um jardineiro para cultivar a terra. Chamamos isso de “mandato cultural” que Deus deu à raça humana. “Natureza” é o que Deus nos dá; “cultura” é o que nós fazemos com ela. Sem um agricultor humano, todo jardim ou campo se degeneraria rapidamente, transformando-se num deserto.
Na verdade, Deus fornece o solo, a semente, o sol e a chuva, mas nós temos que arar, plantar e colher. Deus fornece as árvores frutíferas, mas nós temos que podá-las e apanhar os frutos. Como Lutero disse certa vez num sermão sobre Gênesis, “Pois por seu intermédio Deus trabalhará todas as coisas; ele vai ordenhar as vacas e desempenhar as tarefas mais humildes por meio de você, e todas as tarefas, da maior até a menor, serão agradáveis a ele”. De que valeria a provisão que Deus faz para nós de uma vaca cheia de leite se nós não estivéssemos lá para ordenhá-la?

Assim, há cooperação, na qual nós realmente dependemos de Deus, mas na qual (acrescentamos reverentemente) ele também depende de nós. Deus é o Criador; o homem é o agricultor. Cada um necessita do outro. No bom propósito de Deus, criação e cultivo, natureza e criação, matéria-prima e perícia profissional humana são indissociáveis.

Esse conceito de colaboração divino-humana é aplicável a todas as tarefas honrosas. Deus se humilhou e nos honrou ao fazer-se dependente da nossa cooperação. Observe o bebê humano, talvez a mais desamparada de todas as criaturas de Deus. As crianças são, sem dúvida, “presentes do Senhor”, embora a procriação seja, em si mesma, uma forma de cooperação. Depois do nascimento, é como se Deus lançasse o recém-nascido nos braços da mãe e dissesse: “Agora você cuida”. Ele confia aos seres humanos a criação de cada criança. Nos primeiros dias o bebê parece até ser parte da mãe, de tão próximos que os dois estão. E por muitos anos as crianças são dependentes de seus pais e professores.

Até mesmo na idade adulta, apesar de dependermos de Deus para a própria vida, dependemos uns dos outros para as necessidades da vida. Isso inclui não apenas as necessidades básicas da vida física (alimento, vestuário, habitação, afeto, segurança e cuidados médicos), mas também tudo que engloba a riqueza da vida humana (educação, recreação, esportes, viagens, cultura, música, literatura e as artes), para não mencionar a nutrição espiritual. Assim, qualquer que seja nosso trabalho – em uma das profissões (ensino, medicina, leis, serviços sociais, arquitetura ou construção), nas políticas nacional ou local ou no serviço civil, na indústria, no comércio, no cultivo do solo ou na mídia, em pesquisa, na administração, no serviço público ou nas artes, ou em casa – devemos vê-lo como sendo cooperação com Deus. As palavras de Ambroise Paré, o cirurgião francês do século 16 que algumas vezes foi descrito como “fundador da cirurgia moderna”, estão inscritas no muro da École de Médicine em Paris: “Eu fiz o curativo no ferido; Deus o curou”.

• Trecho retirado de Os cristãos e os desafios contemporâneos, de John Stott.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/john-stott/2014/04/30/o-trabalho-para-a-gloria-de-deus/

As Preocupações da Vida

30.04.2014
Do portal  ENCONTRE A PAZ


Sem dúvida, vivemos em uma época muito especial, em que podemos contar com a volta de Jesus a qualquer momento. Os sinais dos tempos falam uma linguagem muito clara e sempre mais insistente. Parece que nos aproximamos da Grande Tribulação a largos passos. Em Israel busca-se a paz, a Terra Prometida está sendo repartida e a globalização avança com velocidade vertiginosa. Na Europa o clamor por um novo Império Romano torna-se cada vez mais forte. O novo presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, recentemente expressou sua visão de um novo Império Romano ao afirmar: "Pela primeira vez desde a queda do Império Romano temos a chance de unir a Europa – desta vez não pela força das armas, mas na base de ideais comuns e de regras negociadas". Na Alemanha, a igreja luterana e a igreja católica chegaram a uma unidade e a uma aproximação jamais vistas. Mas, conforme alguns teólogos evangelicais, a declaração oficial conjunta sobre a doutrina da justificação seria somente um ideal ecumênico, nada tendo em comum com seu sentido original, sendo interpretada apenas no sentido católico-romano.

Uma notícia ruim segue à outra. Os intervalos entre elas são cada vez menores e sua intensidade aumenta. Alguém disse recentemente: "A situação está tão séria que não podemos mais apenas comentá-la – devemos elevar nossa voz". Entretanto, como nós cristãos ainda nos encontramos sobre a terra e somos confrontados com sofrimentos e dificuldades, corremos o risco de ficar com medo e de preocupar-nos com o atual estado de coisas. Muitos olham para o futuro com apreensão. O perigo para os crentes nestes tempos finais, conforme as palavras do Senhor Jesus, não está no risco de sucumbir no meio de tantos problemas, mas em se preocupar com tudo o que está acontecendo. E é justamente em relação às preocupações que Ele nos alerta, quando nos diz em Lucas 21.34:"Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e daspreocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço".

Paul Schütz escreveu:
As preocupações da vida são o maior tirano que existe, e ele lidera um exército de algozes e verdugos que nos comandam e escravizam. A seu serviço encontramos a desconfiança, o medo, a consciência pesada, o desalento, a murmuração, a crítica, a irritação, a amargura, a teimosia, a tristeza, a depressão, o desespero e a frieza para com Deus. "Não vos preocupeis!", é o brado contra essas inclinações diabólicas.
A respeito, vale lembrar algumas estrofes de um antigo hino:
Entrega os teus enfados,
do coração a dor,
aos paternais cuidados
do Altíssimo Senhor.
Quem nuvens, sol e vento
e o mundo faz andar,
teus passos a contento
ao bem há de guiar.

Os teus, hás de salvá-los,
ó Pai e Protetor!
Do mal hás de afastá-los
e dar-lhes Teu favor
O que lhes concederes,
será para o seu bem;
e tudo que lhes deres
o Teu amor contém.

Confia, ó alma aflita,
espera sem temor.
Humilha-te contrita,
confia em Seu amor.
Verás o Sol Eterno,
a santa luz dos céus,
que por amor paterno,
Deus dá aos filhos Seus.

(Paul Gerhardt, 1607-1676)
Tempestade
Realmente, devemos lembrar que o Senhor é Soberano e cuida de cada detalhe da nossa vida. Jesus disse em Lucas 12.6-7: "Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais." (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br
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Fonte:http://www.apaz.com.br/mensagens/preocupacoes.html

terça-feira, 29 de abril de 2014

Criacionismo Científico - Adauto Lourenço

29.04.2014
Do Youtube, 11.08.2013



NOTA: 

COMPRE O DVD E ASSISTA TODAS AS PALESTRAS COM QUALIDADE: http://www.editorafiel.com.br/produto/5635676/DVD-%7C-Como-Tudo-Comecou

2ª Mensagem
Criacionismo Científico
Adauto Lourenço
Justificação Pela Fé
Ano: 2009
25ª Edição da Conferência Fiel para Pastores e Líderes

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=6hA_pfxX84g

Cientista evangélica aparece na lista dos 100 mais influentes da Forbes

29.04.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 28.04.14
Por  Leiliane Roberta Lopes

Katharine Hayhoe trabalha com a conscientização dos problemas do meio ambiente buscando melhorar o mundo onde vivemos

Cientista evangélica aparece na lista dos 100 mais influentes da ForbesEvangélica aparece na lista dos 100 mais influentes da Forbes
Na lista das 100 pessoas mais influentes da revista Forbes está a Dra. Katharine Hayhoe, uma cientista evangélica que foi indicada por conta de seu trabalho com o meio ambiente.
Hayhoe trabalha no Centro de Ciências do Clima da Texas Tech University e na Rede Ambiental Evangélica. Seu trabalho foi citado na revista por desafiar estereótipos ao tomar medidas para proteger o mundo.
O ator Don Cheadle dá testemunho a respeito dela dizendo que a cientista tem levado a mensagem de que é importante amar o mundo em que vivemos e passar a cuidar deles no lugar de apenas mostrar dados e estatísticas sem apresentar melhorias.
O reverendo Mitch Hescox também falou sobre Hayhoe dizendo que ela tem capacidade de demonstrar que “uma pessoa firme na fé evangélica também pode ser uma cientista de classe mundial”, e que isso consegue influenciar não só a igreja como os grupos mais conservadores alertando sobre os cuidados com o meio ambiente e com a vida.
A lista da Forbes não reuniu personalidades que sejam poderosas ou inteligentes, mas sim pessoas que influenciam “usando suas ideias, suas visões e suas ações, para transformar o mundo e ter um efeito sobre uma multidão de pessoas”.
Ao ser indicada pela publicação americana, Katharine Hayhoe disse que estava “honrada” pela nomeação e ressaltou que fazer parte da lista das cem pessoas mais influentes era uma forma de dar visibilidade aos seus trabalhos e a trazer conscientização sobre as escolhas erradas que trazem mudanças climáticas e outros problemas ao meio ambiente.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/cientista-evangelica-influente-forbes/?utm_source=feedburner&utm_medium=gospelprime

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Todo Dia Com Jesus

24.04.2014
Do  portal CONHEÇA A JESUS

Filipenses 1:1-18

Esta epístola tem sido chamada de o livro da experiência cristã, a qual pode ser resumida como segue: Cristo é suficiente para mim. Ele é minha vida (cap. 1), meu exemplo (cap. 2), meu alvo (cap. 3), minha força e meu gozo (cap. 4). Paulo não fala aqui como apóstolo ou mestre, mas simplesmente como um "servo de Jesus Cristo". Como poderia reivindicar uma posição mais elevada que a que Seu Mestre tomou? (2:7). 

Da solidão de sua prisão em Roma, ele escreve aos amados filipenses, dos quais conhecemos Lídia e o carcereiro (Atos 16). Seu profundo amor por eles (v. 8) é revelado em suas orações. Observemos o encadeamento de suas petições: amor, verdadeiro conhecimento, discernimento espiritual,andar puro e reto, fruto que permanece (vv. 9-11).

Então ele lhes tranqüiliza acerca de seu aprisionamento. Este golpe que o inimigo pensava descarregar contra o Evangelho tinha contribuído, ao contrário, para seu progresso. A aberta oposição, levada a cabo para desencorajar as testemunhas do Senhor, geralmente tem o efeito de animá-las.

Qual é a atitude do apóstolo ao ouvir que o Evangelho estava, algumas vezes, sendo anunciado em circunstâncias muito questionáveis? Não manifesta impaciência ou crítica, nem, por outro lado, o desejo de associar-se a essas práticas. Só expressa sincero gozo ao ver que a obra de Deus se concretiza, quaisquer que sejam os instrumentos usados para atingir este propósito.
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Fonte:http://www.ajesus.com.br/todo_dia_com_jesus/novotestamento379.html

quarta-feira, 23 de abril de 2014

VOTO DE SIMPLICIDADE

23.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Pr. Luis Alberto Díaz Argüello

Texto Básico: Mateus 10.16
“Eis que vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, por­tanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt 10.16)

Meditação Diária
Segunda: 2 Co 8.1-6
Terça: 2 Co 9.1-5
Quarta: Mt 26.6-13
Quinta: Mc 12.41-44
Sexta: At 4.32-37
Sábado: At 5.1-11
Domingo: At 9.36-42

Richard Foster afirma que todos os seguidores de Cristo são chamados a um voto de simplicidade. Não é uma opção que devamos aceitar ou rejeitar em função de nossas preferências pessoais. Todos os que chamam Cristo de Salvador e Senhor têm a obrigação de seguir o que Ele diz, e o apelo de Jesus para um discípulo na questão de dinheiro pode ser mais bem sintetizado em uma única palavra: simplicidade.
1. Qual o significado de simplicidade?
Richard Foster propõe as seguintes respostas a essa pergunta (DSP, p.81-83).
1.1 Unidade de coraçăo e singeleza de propósito 
Compreender claramente o sentido da nossa vida.
a. Ter um só desejo – obedecer a Cristo em todas as coisas.
b. Ter um só propósito – glorificar a Cristo em todas as coisas.
c. Ter uma só utilidade para o dinheiro – promover o reino de Jesus aqui na terra.

1.2 Alegria pela boa criaçăo de Deus 
Alguém disse certa vez que as pessoas não dão valor ao pôr do sol somente por não lhes custar nada. Uma vida de simplicidade dá valor a todas as dádivas graciosas da criação de Deus.

1.3 Contentamento e confiança 
a. “Não andeis ansiosos” (Fp 4.6).
b. “nada tendo, mas possuindo tudo” (2Co 6.10).
c. “porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11).

1.4 Libertaçăo das garras da cobiça 
A prisão da cobiça nos leva a amar as coisas e a usar as pessoas. Quem é prisioneiro da cobiça valoriza o ter e não o ser, por isso não se importa em usar as pessoas para ter o que ama. Somente por meio de uma vida de real simplicidade é que resgatamos o valor das pessoas e colocamos as coisas no seu devido lugar.

1.5 Modéstia e temperança 
Nossa vida deve ser marcada pela abstinência voluntária do luxo e da ostentação. O uso dos nossos recursos deve ser moderado pela necessidade humana e não pelo desejo de ostentação.

1.6 Recebimento da provisăo material com gratidăo 
A simplicidade não promove a privação, e sim a gratidão, seja no deserto ou na terra que mana leite e mel. Deus prometeu ao povo de Israel: “Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra” (Is 1.19 NVI). A completa privação pessoal não é uma coisa boa.

1.7 Uso do dinheiro sem abusar dele 
No poder do Espírito Santo, destronamos do nosso coração o dinheiro e o colocamos a ser­viço de Cristo. A vida abundante não é definida pela riqueza, e por isso não nos apegamos a coisa alguma deste mundo. Devemos usar as coisas sem apegar-nos a elas, administrar o dinheiro para a glória de Deus e para o bem das pessoas.

1.8 Disponibilidade 
Devemos ficar livres da compulsão de adquirir sempre algo maior e melhor, dispondo assim de dinheiro, tempo e energia para responder às necessidades humanas. “Aquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28).

1.9 Doaçăo com alegria e generosidade 
Quando entregamos o produto do trabalho pelo qual vivemos, reconhecemos que tudo per­tence a Deus, a começar pela nossa própria vida. “Deram-se a si mesmos primeiro” (2Co 8.5), disse Paulo acerca das igrejas da Macedônia.

Cristo deixou grande exemplo de simplicidade e humildade. Quais atitudes diárias demonstram que você tem seguido o exemplo de Cristo?
2. Aprendendo a doar
Se levarmos a sério o que a Bíblia ensina sobre o dinheiro, afirma Foster, perceberemos que uma das melhores coisas a fazer com o dinheiro é doá-lo. A doação é a principal arma contra Mamom, o deus-dinheiro. Por isso, quando ofertamos, escandalizamos o mundo do consumo e da competitividade. Devemos doar com coração alegre e generoso. Veja as principais atitudes que devemos desenvolver nessa área da vida.
2.1 Ofertar proporcionalmente, começando com um décimo de nossa renda 
O dízimo é um princípio do Antigo Testamento que deveria ser um padrão abaixo do qual não deveríamos cair. Nem Jesus, nem os apóstolos limitaram as ofertas ao dízimo; eles foram além. Em todos os ensinamentos, a generosidade e o sacrifício se evidenciam.
a. Marcos 12.41-44 – A viúva pobre ofertou duas pequenas moedas, tudo o que ela possuía.
b. Atos 4.36-37 – Barnabé vendeu um campo e ofertou todo o valor para a igreja.

Nos dois exemplos, vemos que o valor é relativo, mas o significado é absoluto.
2.2 Manter equilíbrio entre doaçăo racional e doaçăo de risco 
Existem dois perigos ao ofertar: quando exageramos ao calcular quanto daremos e a quem daremos, pode surgir dentro de nós um espírito de avareza, justificado em nome da doação pru­dente e responsável; e quando não nos preocupamos em saber as credenciais da organização ou pessoa que receberá a oferta.

Em Mateus 26.6-13, lemos a respeito de uma mulher que derramou seu tesouro sobre a cabeça de Cristo. Os discípulos reagiram, classificando o ato como desperdício, mas Cristo con­siderou essa atitude como uma oferta oportuna, racional e responsável.
2.3 Tentar encontrar os heróis anônimos de lugares desconhecidos que precisam de apoio e recursos 
George Müeller começou a apoiar Hudson Taylor muito antes de ele ter ficado famoso como missionário pioneiro. Não havia histórias importantes ou artigos de revistas cristãs sobre seu sonho de evangelizar a China. Mas Mueller viu naquele jovem uma alma buscando a Deus com todas as suas forças. Hoje, olhamos para trás e vemos Hudson Taylor como aquele que inau­gurou a segunda grande onda missionária no mundo.

2.4 Doar sem tentar obter poder 
De graça recebemos, de graça damos. Na igreja primitiva, o dinheiro nunca foi usado como instrumento de controle, mas de amor. E quando alguém tentou aplicar um golpe financeiro para obter poder, foi rapidamente revelado como pecador e julgado sem demora (At 5.1-11). Deve ser assim também entre nós.

2.5 Doar a própria vida assim como fazemos com nosso dinheiro 
Qualquer pessoa pode doar sem amar, mas ninguém consegue amar sem doar-se.
a. João 3.16 – Deus amou tanto ao mundo que deu Seu único Filho.
b. 2Coríntios 8.5 – Antes de ofertar, entregaram primeiramente a si mesmos.
c. Atos 9.36-43 – Tabita fazia túnicas e vestidos para as viúvas de sua cidade.

Talvez nós também sejamos capazes de descobrir maneiras de doar a própria vida, de forma que sejamos notáveis pelas boas obras que realizamos e pelas ofertas doadas.
2.6 Buscar conselheiros que nos ajudem a direcionar nossas doaçőes 
Lembrar continuamente que ajuntar tesouros no céu é um investimento de grande porte. Portanto, fatos e números não podem ter a última palavra sobre as nossas doações.

2.7 Fazer testamentos cheios de compaixăo, que expressem nosso cuidado para com o reino de Deus 
O testamento é um documento que evidencia o final da nossa vida e alista os recursos que conseguimos durante nossa peregrinação. Foster nos encoraja a fazer um testamento assim que terminar a aula, e a não usar como desculpa o fato que somos jovens demais para ser promovidos para o céu. Deixar de fazer um testamento é uma grande falha no exercício da mordomia, pois, sem ele, os recursos que deixarmos podem não ser usados para a obra de Deus. O testamento deve incluir nossos filhos, nossa igreja, organizações missionárias, instituições educativas e de caridade. Tarefa: ler seu testamento na próxima aula.

Doar é um ministério feliz e generoso para o qual todos são chamados. Em tempos de perseguição, os cristãos dão a própria vida, e em tempos de prosperidade os cristãos dão o fruto do trabalho de sua vida. Como vai sua vida de doador? O que você precisa fazer para doar segundo os princípios estudados no tópico 2?
Conclusăo
O dinheiro tem duas faces. A face sombria leva à cobiça, que leva à vingança, que leva à violência. A face luminosa leva à generosidade, que leva à benevolência, que leva à paz. A grande questão moral é como passar da cobiça à generosidade, da vingança à benevolência, e da violência à paz. O voto de simplicidade mostra o caminho. A simplicidade nos dá perspectiva e coragem para nos colocarmos contra a cobiça, a vingança e a violência. A simplicidade nos guiará a expe­rimentar generosidade, benevolência e paz.
Se o dinheiro não for nosso servo, será nosso mestre. Satanás tem atuado neste mundo para escravizar cristãos pelas garras de Mamom, usando com astúcia a sutileza do ter como evidência do ser. E o apego ao dinheiro é como erva daninha que tem artifícios para lançar novas raízes em nosso coração. Pensamos havê-lo destronado e o transformado num servo obediente, até que de repente, ele se levanta para tentar derrubar-nos. Por isso, somente um voto de simplicidade poderá conduzir-nos, nestes dias de consumismo desenfreado, a viver de maneira sábia, justa e piedosa. Devemos sempre ter em mente uma das máximas de John Wesley: “Ganhe o máximo que puder; economize o máximo que puder, e doe o máximo que puder”.
*Autor da lição: Pr. Luis Alberto Díaz Argüello
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista “Gente Que Fez”, da série Biografias. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/vida-crista/voto-de-simplicidade/

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O que significa ser cristão? Como alguém pode se tornar cristão?

21.04.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA

Foi no primeiro século d.C., em Antioquia da Síria, que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos. Cristãos são pessoas que reconhecem em Jesus Cristo a solução de Deus para o problema do pecado.
Quando não é entendido corretamente, o conceito de pecado pode ser percebido como ofensivo ou ridículo. Muitas pessoas acham que pecar significa quebrar regras "divinas" de comportamento. Mas a Bíblia ensina que: (a) pecado é rebeldia contra Deus; (b) "o salário do pecado é a morte" (Rom 6.23).
Paulo de Tarso, um dos principais líderes das primeiras comunidades cristãs, escreveu: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rom 5.8). Em outra ocasião, ele escreveu:"somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós... Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e ressuscitou para a salvação deles" (2 Cor 5.14-15). Desta forma Jesus tornou possível que cristãos de todas as épocas e tradições afirmem juntamente com William Daniel Phillips (Prêmio Nobel de Física de 1997): "Creio em Deus como criador e como amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco".
A Bíblia ensina - e a experiência individual comprova - que se tornar cristão significa transformação de vida. Paulo de Tarso explica isto da seguinte forma: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele" (2 Cor 5.17-18).
O primeiro passo para se tornar cristão é o arrependimento, que não consiste apenas em lamentar esta ou aquela má ação, mas inclui: (a) o reconhecimento da nossa rebeldia contra Deus, e (b) o desejo de mudança. O segundo passo é aceitar que a solução para nossa condição é Jesus Cristo e aquilo que ele fez por nós. Para tal é preciso ter, obviamente, uma noção básica a respeito de Jesus Cristo. Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João contém informações de primeira mão sobre Jesus, sua vida e obra. Um texto derivado destes, cuja leitura também tem sido útil a muitas pessoas é Cristianismo puro e simples, de C.S. Lewis, um dos grandes professores de literatura da Universidade de Cambridge.
Tornar-se cristão tem um aspecto individual e outro corporativo. Quando nos tornamos cristãos o fazemos pessoalmente, por exemplo, numa oração; mas também o fazemos de forma pública, ao nos tornarmos membros de uma igreja local (comunidade cristã). João escreve aos cristãos: "A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: Que nos amemos uns aos outros" (1 João 3.11). Nas igrejas e através delas temos oportunidades de praticar isso. É difícil viver uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma comunidade que crê o que você também crê.
Mas há céticos com relação às igrejas, pois de uma forma ou de outra cristãos e suas comunidades desapontaram muitas pessoas. Isto não surpreende realmente; comunidades cristãs nunca foram (e nunca serão) comunidades perfeitas. De fato, Paulo de Tarso alertou que "entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho ... se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20.29). Assim, um pouco de pesquisa e uma pitada de discernimento são importantes para escolher a sua comunidade cristã. 
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perg5

ADAUTO LOURENÇO: A CENTRALIDADE DE CRISTO NA CRIAÇÃO

21.04.2014
Do cana da EDITORA FIEL, NO YOUTUBE, 16.06.12
Por Prof. Adauto Lourenço


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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=g_UcY22VWYg

Domingo de Páscoa - Um Amor de Ressurreição Tão Incrível!

21.04.2014
Do blog HOME GOSPEL BLOG,19.0414

"Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai." (João 10:17-18)
Por que Jesus diz isso? Por que ele enfatiza sua voluntariedade em morrer? Porque se isso não fosse verdade — se sua morte fosse forçada a ele, se não fosse livre, se seu coração não estivesse de fato nisso — então uma grande interrogação seria colocada sobre seu amor por nós.

A profundidade de seu amor está em sua liberdade. Se ele não morreu por nós voluntariamente — se ele não escolheu o sofrimento e o abraçou — então quão grande é seu amor realmente? Então ele enfatiza isso. Ele deixa explícito. Isso vem de mim, não das circunstâncias, não de pressão, mas do que eu realmente anseio fazer.

Jesus está enfatizando para nós que seu amor por nós é gratuito. Ele parece ouvir alguma calúnia inimiga dizendo: “Jesus não ama a você de verdade. Ele é um mercenário. Ele entrou nessa por outra razão que não amor. Ele está sob algum tipo de obrigação ou compulsão externa. Ele não quer realmente morrer por você. Ele apenas de alguma maneira acabou entrando nessa tarefa e tem de se submeter às forças que o controlam.” Jesus parece ouvir ou antecipar algo assim. E ele responde: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.” Ele está pressionando nesse ponto para ver se creremos em seu protesto de amor, ou se creremos no oposto — que seu coração não está realmente nisso.

Qualquer um que faz uma afirmação como essa está mentalmente perturbado, mentindo, ou é Deus. Eu tenho autoridade de dentro da morte, como um homem morto, de tomar minha vida de volta quanto eu quiser. Agora qual é o ponto aqui? Bem, o que é mais difícil? Controlar o momento de sua morte, ou dar a si mesmo vida novamente quando já morto? O que é mais difícil? Dizer “eu entrego minha vida por minha própria iniciativa,” ou dizer “eu tomarei minha vida de volta depois que estiver morto”?

A resposta é óbvia. E esse é o ponto. Se Jesus podia tomar — e tomou — sua vida de volta da morte, então ele de fato estava livre. Se ele controlou o momento em que saiu da sepultura, ele certamente controlou o momento em que ele foi para a sepultura.

Então eis o ponto. A ressurreição de Jesus é dada a nós como a confirmação ou a evidência de que ele estava, de fato, livre ao entregar sua vida. E então a ressurreição é o testemunho de Cristo quanto à liberdade de seu amor.

O Significado da Páscoa

De todas as grandes coisas que a Páscoa significa, ela também significa isso: é um grande “Eu quis fazer isso!” por trás da morte de Cristo. Eu quis fazer isso! Eu estava livre. Você vê o quão livre eu estou? Você vê quanto poder e autoridade eu tenho? Eu era capaz de evitá-la. Eu tenho o poder de tomar minha vida e voltar da sepultura. Então, como eu não conseguiria devastar meus inimigos e escapar da cruz?

Minha ressurreição é um brado sobre meu amor por minhas ovelhas: Eu era livre! Eu era livre! Eu escolhi isso. Eu abracei isso. Eu não fui capturado. Eu não fui encurralado. Nada pode me obrigar a fazer o que eu não escolho fazer. Eu tinha poder para tomar minha vida de volta da morte. Quão mais, então, eu poderia evitar meu encontro com a morte!

Eu estou vivo para mostrar a você que eu realmente amei você. Eu amei você livremente. Ninguém me forçou a fazê-lo. E agora estou livre para passar a eternidade amando você com um amor onipotente de ressurreição para sempre e sempre.

Vinde a mim, vós todos pecadores que necessitam de um Salvador. E eu os perdoarei, os aceitarei, e os amarei de todo o meu coração para todo sempre.


Fonte: John Piper, www.satisfacaoemdeus.org. Original: Love to the Uttermost (Free eBook for Holy Week). Tradução: www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: John Piper – Um Amor de Ressurreição Tão Incrível (Amor ao Extremo 9/9)

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Fonte:http://gospelhomeblog.blogspot.com.br/2014/04/domingo-de-pascoa-um-amor-de.html

domingo, 20 de abril de 2014

O Protestantismo e o Estado de bem-estar social

20.04.2014
Do portal GNOTÍCIAS, 17.04.14

Por 

Dois elementos caracterizam os países escandinavos: o protestantismo histórico e o Estado de bem-estar social. Com maiores índices de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), Noruega, Suécia, Islândia e Dinamarca desbancam países de maioria católica, como Polônia, Espanha, Malta, Andorra. Mas à que se deve o crescimento verificado nos países escandinavos? Poderíamos atribuir ao Protestantismo Histórico, ou a política de bem-estar social promovida pelo Estado? São processos combinados, intercalados, indissociáveis? Seja qual for a posição defendida, o fato é que os Estados Escandinavos são exemplos de como um Estado deve funcionar, da maneira como deve se dirigir ao povo, aos cidadãos de seu domínio.

Desenvolvido a partir da década de 1930, o Estado de bem-estar social foi principalmente impulsionado pela Social-Democracia, em um meio caminho entre o capitalismo e o socialismo. Passou por um período de crise na Inglaterra, sendo substituído pelo Neoliberalismo – fato que ocasionou a perda de direitos adquiridos, levando a uma nova crise social. Nos países nórdicos, no entanto, o modelo progrediu e hoje é referência mundial em “políticas públicas”. Diferente de alguns países latino-americanos – que tratam as “políticas sociais” como assistencialismo -, os países escandinavos as veem como um “investimento”, uma maneira de “impulsionar o crescimento”. É o que defendia o sociólogo, economista e social-democrata sueco, Gunnar Myrdal (1898-1987).
A lógica é a seguinte: com a população desfrutando de bens públicos de qualidade, obviamente haverá reflexos no mercado de trabalho, na economia nacional. São elementos, características, indissociáveis. Matéria publicada em 2013 pela The Economist (revista com base em Londres, Inglaterra), afirmou que os “países escandinavos são provavelmente os melhores governados no mundo”. No mesmo ano, um relatório da ONU (o World Happiness Report 2013), sublinhou que os países mais “felizes do mundo estão localizados no norte da Europa, e tem a Dinamarca como cabeça”. Além de melhor IDH do mundo, os nórdicos também possuem o mais alto PIB (Produto Interno Bruto) em relação a outros países desenvolvidos. Prova do Estado de bem-estar social, a primeira vítima fatal da polícia islandesa ocorreu em dezembro de 2013, quando um senhor de menos de 60 anos foi morto após troca de tiros. Foi um “incidente sem precedentes”, demonstrou o chefe de polícia nacional, Johannessen, em uma coletiva com a imprensa em Reiquejavique.
Diretamente ligada à pobreza, ao baixo nível social de um indivíduo, a violência é característica comum não somente de países subdesenvolvidos, mas também dos que ficam ao Norte do hemisfério, como Estados Unidos e Canadá. Apesar de avanços econômicos, a ausência de políticas sociais nestes países levou à formação de “bolsões de pobreza”, de “núcleos de violência urbana”, típicas de cidades como Nova Iorque, São Francisco e Quebec. O crescimento econômico não necessariamente acompanha o nivelamento social, como a exemplo do que ocorreu durante os anos de 1964 e 1985, no Brasil. Por exemplo, segundo matéria publicada recentemente pela revista Época, se “dermos à desigualdade notas de 0 a 100, pelo Índice de Gini (uma medida da má administração), a chaga aumentou de 53,5, em 1960, para 60,7, em 1990”. Tal ocorreu, segundo a revista, pela combinação de vários fatores, “como as décadas de hiperinflação, a dificuldade de negociações trabalhistas durante o período e a ausência de uma rede de proteção social no país”.
Voltando aos Países Nórdicos (Escandinavos), o crescimento econômico se dá também em decorrência ao nivelamento social, à política de Estado de bem-estar social. Kevin Drum, em We Can Reduce Poverty If We Want To. We Just Have To Want To (Mother Jones, 26/9/2013), observou que o “modelo nórdico tem sido bem sucedido em amenizar significativamente a pobreza”. Curiosamente, os países nórdicos estão entre os de maior número de protestantes históricos do continente europeu, sendo o Luteranismo o de maior predominância na Região. Há um indicador de que o principío evangélico dos crentes luteranos têm se mesclado às políticas de bem estar-social, em uma engrenagem jamais observada no subcontinente brasileiro, onde movimentos demonizam políticas sociais, de incentivo ao crescimento das camadas inferiores. Há uma verdadeira guerra de informações, de prenoções características do senso comum. O princípio científico de análise é que a Religião tem e pode fazer mais pela sociedade, pelo crescimento de todas as faixas sociais.
"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."

* é pesquisador, jornalista, colaborador de diversos meios de comunicação e licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de dez anos dedica-se ao estudo de religiões e crenças, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e movimentos destrutivos. Contato: pesquisasreligiosas@gmail.com 

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Fonte:http://colunas.gospelmais.com.br/o-protestantismo-e-o-estado-de-bem-estar-social_9267.html