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quinta-feira, 7 de março de 2024

C. S. Lewis e a identidade cristã

13.03.2024
Do portal ULTIMATO, 08.02.24
Por Rosifran Macedo*

Para C. S. Lewis, a solução para as consequências letais do individualismo solitário e do coletivismo ideológico massificante é a vida cristã

Um tema muito debatido atualmente é a identidade. Por um lado, encontramos uma ênfase no individualismo com o discurso que cada um deve navegar no mar das ideias predominantes e criar sua própria identidade a partir de si mesmo. Neste sentido, uma corrente define que nossos sentimentos constituem o nosso verdadeiro “self” e para ser “autêntico” é necessário sempre expressá-los.

Por outro lado, há os que defendem que a identidade individual está sempre ligada à comunidade1, sendo atualmente a comunidade digital uma das maiores influenciadoras na construção da identidade. Vivendo numa sociedade tão polarizada, com polos antagônicos, somos forçados a definir nossa identidade nos identificando, obrigatoriamente, com um deles. Não há muito espaço para um pensamento independente dos opostos predominantes e somos forçados a “nos posicionarmos” entre os dois extremos. Se questionarmos a veracidade dos extremos nos encontraremos no calabouço dos discriminados sendo alvo de tiros dos dois lados.

Para C. S. Lewis a solução para as consequências letais do individualismo solitário e do coletivismo ideológico massificante é a vida cristã “O cristão não é chamado ao individualismo, mas para ser membro do Corpo Místico. Uma consideração das diferenças entre o coletivismo secular e o Corpo Místico é, portanto, o primeiro passo para compreender como o Cristianismo, sem ser individualista, pode ainda contrariar o coletivismo.” 2

Segundo Lewis, a palavra “membro” é um termo de origem cristã que, na sociedade, foi esvaziado do seu significado bíblico. O uso atual de “membro de uma classe ou de um clube” se refere a unidades iguais dentro de um grupo, e é quase o oposto do significado paulino, que tem a ideia de “órgão”, partes “essencialmente diferentes e complementares entre si” que difere tanto na estrutura quanto na função. As diferenças reforçam a individualidade e geram a verdadeira unidade orgânica.

A sociedade na qual adentramos através do batismo não é uma coletividade, mas sim um Corpo, no qual o Cabeça é tão diferente dos seus membros que eles não partilham nenhuma qualidade com “Ele” exceto por analogia. Como criaturas somos “unidos” ao Criador, como mortais ao imortal, como pecadores redimidos ao Redentor impecável. A vida que derivamos da nossa união com Ele deve ser o fator dominante no nosso cotidiano e é, de fato, o que estabelece a nossa verdadeira “identidade”. Como disse Jesus:
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo.15.5).

Lewis afirma: “O sacrifício da privacidade egoísta que diariamente nos é exigido, é diariamente recompensado cem vezes mais no verdadeiro crescimento da personalidade que a vida do Corpo encoraja. A obediência é o caminho para a liberdade, a humildade o caminho para o prazer, a unidade o caminho para a personalidade.” 3

A vida cristã defende a nossa identidade pessoal do coletivismo não por isolamento, mas ao nos dar, no corpo místico, um status de órgão, o qual é cósmico, eterno e partilha da imortalidade do Cabeça. Mas Lewis enfatiza que esta conquista gloriosa não nos é concedida como a “indivíduos em si,” mas sim porque a partilhamos com o Vencedor. E ela só é alcançada através da renúncia diária do “self” natural. Assim o cristianismo resolve a antítese entre o individualismo e o coletivismo, com uma personalidade eterna e inextinguível: “Por um lado, ele se opõe implacavelmente ao nosso individualismo natural; por outro lado, devolve àqueles que abandonam o individualismo a posse eterna do seu próprio ser pessoal, até mesmo dos seus corpos”.4

Lewis defende a ideia de que a “identidade pessoal” não é um ponto do qual iniciamos e que iremos desenvolvê-la de dentro para fora. A individualidade inicial é “apenas uma paródia, uma sombra desta”. A verdadeira identidade nos vai sendo dada ao assumirmos diariamente na vida da Igreja o lugar na “estrutura do cosmos eterno para o qual fomos desenhados”. Somos como um bloco de mármore sendo lapidados, ou como o metal sendo moldado, mas mesmo agora já temos uma noção do formato que estamos sendo trabalhados. O nosso valor individual e nossa identidade não estão em nós, mas os recebemos pela união em Cristo. Não adianta tentar ficar procurando um lugar no Templo Vivo que seja adequado às nossas características. Só teremos nossa verdadeira identidade quando formos moldados para ocupar o lugar preparado para nós, já há muito tempo. “Seremos pessoas verdadeiras, eternas e realmente divinas somente no Céu, assim como somos, mesmo agora, corpos coloridos somente quando estamos na luz” 5. Então, nos tornaremos a coluna no templo de Deus, descrita em Apocalipse 3.12:
“Farei do vencedor uma coluna no templo do meu Deus, de onde jamais sairá. Escreverei nele o Nome do meu Deus e... igualmente escreverei nele o meu novo Nome”.

E assim, “como órgãos do Corpo de Cristo, como pedras e pilares no Templo, temos a certeza da nossa identidade eterna e viveremos para nos lembrarmos das galáxias como um conto antigo.”

Notas
1. Timothy Keller, God’s Wisdom for Navigating Life, p.95.
2. C. S. Lewis, The Weight of Glory, p.163.
3. Ibid, p.167.
4. Ibid, p.172.
5. Ibid, p.174.

*Rosifran Macedo é pastor presbiteriano, mestre em Novo Testamento pelo Biblical Theological Seminary (EUA). É missionário da Missão AMEM/WEC Brasil, onde foi diretor geral por nove anos. Atualmente, dedica-se, junto com sua esposa Alicia Macedo, em projetos de cuidado integral de missionários.

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/c-s-lewis-e-a-identidade-crista

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Reflexões sobre a Vontade de Deus e o Juízo Divino

05.01.2024

Por pastor Irineu Messias

Olá, amados irmãos e irmãs em Cristo Jesus, é com alegria e paz que saudamos todos vocês nessa primeira semana de janeiro, desejando um abençoado 2024 repleto de prosperidade, saúde e sucesso em Cristo Jesus, nosso Senhor. Glória, poder e honra a Ele pelos séculos dos séculos, amém.

Como começamos este ano buscando as bênçãos de Deus, lembramos que tudo foi criado por Jesus, conforme lemos no Capítulo 1 do Evangelho de João, versículo 3: "Tudo foi feito por ele, e nada do que foi feito se fez." Somos criados e existimos para Jesus, e é essencial reconhecermos que a razão de nossa existência é Ele.

No entanto, diante das benesses divinas, é importante meditarmos na Palavra de Deus, baseando nossas vidas nela, conforme nos exorta o apóstolo Paulo aos gregos em Atenas. Tudo o que contemplamos, o céu, as árvores, a vida, foi criado pelo nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pela vontade do Pai e do Espírito Santo.

Em nosso canal, buscamos ministrar a mensagem de Deus de forma fiel, longe de distorções e manipulações. Infelizmente, vemos na internet mutos que usam a Palavra de Deus para disseminar discurso de ódio e mentiras. Nós, como seguidores de Cristo, devemos discernir e não nos deixar enganar por falsos ministros que distorcem a verdade divina.

Meditando no Livro de Eclesiastes, capítulo 8, versículo 11, somos alertados sobre a inclinação do coração humano para o mal, pois nem sempre o juízo divino é imediato. Contudo, a Palavra de Deus nos adverte que o juízo de Deus será executado, e devemos viver de acordo com Seus princípios, evitando práticas pecaminosas.

O texto nos lembra que o homem pode escapar do juízo humano, mas não do juízo de Deus. Independentemente de sermos ricos, pobres, poderosos ou não, todos enfrentaremos o juízo do Trono Branco, conforme Apocalipse(Ap 20:11-15) nos revela. Portanto, é crucial que vivamos segundo os princípios de Deus, resistindo às tentações com a Palavra do Senhor.

O juízo de Deus pode não ser imediato, mas é certo. O conselho que devemos seguir, é que não nos inclinemos para o mal, que não cometamos pecados, pois o juízo divino virá. A misericórdia de Deus está disponível enquanto estamos vivos, mas é preciso arrependimento genuíno. Que nossos corações estejam inclinados para adorar a Deus e viver segundo Sua vontade, confiando nas armas poderosas de Deus para resistir ao mal.

Encerramos este primeiro vídeo de 2024 exortando a todos a não confiarem no próprio coração, mas sim na Palavra de Deus. Que nossas escolhas estejam alinhadas com os princípios divinos, para que, ao enfrentarmos o juízo de Deus, possamos receber Sua misericórdia.

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Igrejas saudáveis não escondem conflitos. Elas lidam com eles

24.10.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 28.09.22

Por  Érica Neves


Conflitos são oportunidades de crescimento emocional e espiritual e igrejas saudáveis precisam aprender a lidar com eles. À luz do tema “
Como lidar com conflitos na igreja (e fora dela)?”, Claudia Moreira e Valdir Steuernagel conversaram com a pastora anglicana Siméa Meldrum e com o pastor metodista Ernst Janzen na última terça-feira, 20/09, na live Diálogos de Esperança. O bate-papo trouxe importantes reflexões sobre a importância da resolução dos conflitos de forma saudável para o amadurecimento das igrejas e, consequentemente, de seus membros.

Siméa Meldrum destacou que uma sociedade impulsionada pela produtividade está adoecida e os sinais desse adoecimento são evidenciados pelos conflitos. “O mundo está influenciando as pessoas, principalmente as igrejas, por esse ativismo em busca do sucesso e da excelência. E essa vida competitiva gera intolerância e falta de empatia emocional. Eu creio que nós estamos brigando porque alguma coisa está doendo e tem muita gente que nem sabe que está doente”.

Ernst Janzen, por sua vez, pontuou que a maior parte dos conflitos vivenciados nas igrejas se devem à questões marginais relacionadas aos costumes e não às doutrinas fundamentais da fé. “Eu separo os conflitos que acontecem na igreja em três níveis: eles podem estar relacionados com os mandamentos de Cristo, com as orientações dos apóstolos ou com costumes e tradições. Em qual desses três níveis estão a grande maioria dos conflitos? Não estão relacionados aos mandamentos de Cristo, nem às orientações dos apóstolos, mas com costumes e tradições. Às vezes até a própria igreja cria leis não escritas que se tornam leis e isso acaba trazendo conflitos à tona”.

Todos os participantes da conversa ressaltaram a importância de se lidar com os conflitos para evitar que eles tomem proporções incontornáveis. Siméa enfatizou ainda que “a obra de Deus não pode avançar quando há conflitos não resolvidos”.

O próprio Jesus nos alertou para a importância da resolução de conflitos quando exortou quem, ao apresentar uma oferta no altar do templo “se lembrar de que alguém tem algo contra você, deixe sua oferta ali no altar. Vá, reconcilie-se com a pessoa e então volte e apresente sua oferta” (Mt 5:23,24). “Essa palavra de Jesus é um claro indicativo de que as relações interpessoais têm mais importância do que os rituais religiosos”, lembrou Claudia Moreira.

Valdir Steuernagel pontuou a importância da capacitação para a resolução de conflitos de forma saudável e Claudia Moreira citou a ampla gama de recursos disponíveis na plataforma Tearfund Aprendizagem sobre o assunto. Dentre os recursos, vale a pena conferir ainda os dois livros de autoria de Ernst Janzem sobre o assunto: Conflitos: oportunidade ou perigo? A arte de transformar conflitos em relacionamentos saudáveis e Conflitos na igreja: como sobreviver aos conflitos e desenvolver uma cultura de paz, ambos publicados pela Editora Esperança.

Diálogos de Esperança é uma realização conjunta da Editora Ultimato, Aliança EvangélicaTearfund e Visão Mundial. A série reúne teólogos, pastores, líderes e artistas para conversar sobre temas da atualidade relacionados à Igreja. Assista a íntegra da live do dia 20/09 aqui. Para assistir a todas as lives já realizadas, clique aqui.

Recursos para lidar com conflitos

Jesus veio para nos reconciliar com Deus através da cruz, colocando-nos em relações restauradas uns com os outros (Ef 2.16; Cl 1.20). Ao sermos reunidos na nova comunidade de Deus, somos colocados em relações com pessoas diferentes de nós. Essas diferenças devem ser uma fonte de bênçãos, porém, elas podem frequentemente ser uma fonte de tensão. A Bíblia diz que devemos nos esforçar ao máximo para restaurar relações onde quer que haja conflito (Rm 15.5-6; 2Co 13.11; Ef 4.1-6). Isso significa que precisamos prosseguir em arrependimento e perdão e saber que não há obstáculo cultural, étnico ou social que o amor de Cristo não possa superar (Mt 18.21-35; Lc 10.25-37; Cl 3.12-15).

A Bíblia também diz que os cristãos devem desempenhar o papel de pacificadores na sociedade (Mt 5.9). Primeiramente, enquanto “embaixadores de Cristo”, somos chamados a reconciliar as pessoas com Deus através do “evangelho da paz”, e elas consequentemente serão reconciliadas com o povo da aliança de Deus (2Co 5.18-20; Ef 6.15). A igreja também é chamada a ser profética, mostrando à sociedade como as relações reconciliadas devem ser. A igreja deve mostrar o caminho de Cristo nas palavras, na presença e nas ações, refletindo o reino vindouro, onde todos os povos, nações, tribos e línguas glorificarão juntos a Deus (Jo 17.20-23; Ap 5.9).

Trecho retirado do estudo bíblico Cristo triunfa sobre o conflito, integrante da revista Passo a Passo 92

Tearfund conta com uma vasta gama de materiais sobre construção de paz. O texto acima é um deles. Abaixo há uma lista com alguns desses materiais. Esperamos que eles sejam edificantes para você e sua igreja.











  • Erica Neves é formada em jornalismo, com mestrado em mídia e cidadania. Trabalha como assessora de comunicação na Tearfund. Atualmente, é estudante e professora convidada no Invisible College nos cursos Sabedoria no Caos e Teologia pro Cotidiano. Erica é casada com Fred e eles são pais do Pedro e da Mariana. Instagram: @emrneves

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/igrejas-saudaveis-nao-escondem-conflitos-elas-lidam-com-eles

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Crente "Xing Ling"?

23.05.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 06.05.22

Por Fernando Sampaio

Xing Ling é um termo empregado no Brasil para distinguir algum produto de um falsificado (copiado) de marcas conhecidas.

Estive uma ocasião em um estabelecimento, quando vi passar três repositores de uma indústria, e um deles falou em alto e bom som para os outros dois (e para quem quisesse ouvir): "Vocês conhecem fulano ? É crente! E só quer ser o certinho".

Ouvidas aquelas palavras fiquei a pensar se aquilo dito era apenas uma ironia que intentava rotular aquela pessoa (levianamente!?) de "Crente Xing Ling".

Jamais saberei se a pessoa alvo dessa crítica era de fato um cristão que não dava um bom testemunho de sua fé, ou se quem declarou tal coisa terminou a acrescentar mais um pecado à sua própria lista de transgressões: Êxodo 20:16 "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo".

Uma coisa é certa: o cristão tem uma responsabilidade enorme em seu círculo de convivência/relacionamento (pois somos salvos para vivermos em santidade) e sobre isto nos adverte A Palavra: Hebreus 12:1 "Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta".

Ao construir este texto, fui levado tambem à seguinte passagem bíblica, que fala do Profeta Eliseu, obviamente um homem não perfeito (pois santidade plena só encontramos em JESUS), mas que conduzia sua vida debaixo da graça e da misericórdia do Senhor, e que isto era percebido por aqueles que lhe conheciam: 2 Reis 4:8 "Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava por ali entrava para comer pão. 9 E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que sempre passa por nós é um santo homem de Deus".

Aqui cabe destacar que nem mesmo o mais piedoso cristão está livre de sofrer calúnia e difamação, pois o que não faltam por aí afora são pessoas com a língua ferina, tanto que houve até quem tenha dirigido palavras maledicentes acerca de João Batista e inclusive sobre o próprio JESUS: Lucas 7:33 "Porque veio João o Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio; 34 Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e pecadores".

Uma coisa é certa, quem nos faz perseverar e permanecer na fé é a graça e a misericórdia do Senhor, sabendo que sofreremos oposição, pelo que cremos e defendemos: "2 Timóteo 3:12 E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições". Um outro Apóstolo endossou "1 Pedro 4:4 E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós. 5 Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos".

Confesso já ter pensado que era um "Crente Xing Ling" (pois reconheço as minhas falhas), mas fui levado pelo Espírito Santo a entender que esta voz que soprou em minha mente foi proveniente do próprio Satanás, pois, o que me faz um crente verdadeiro, é ter me arrependido (e viver me arrependendo) de todos os meus pecados e crido na suficiência da obra de Cristo realizada na cruz em meu favor, afinal de contas: Efésios 2:8 "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9 Não vem das obras, para que ninguém se glorie; 10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas"

Se formos de fato cristãos, devemos ter em mente que, mesmo depois da conversão, ainda carregamos vestígios da velha natureza, e estamos vulneráveis à queda se não formos diligentes. E se cairmos, devemos nos levantar de imediato: pois, como disse O Apóstolo Paulo em 2 Timóteo 2:13 "Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo".

Nunca devemos esquecer que o nosso maior adversário, o diabo, é de uma ousadia inigualável, capaz inclusive de nos acusar até diante do Senhor, como está escrito: "Apocalipse 12:10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite".

Sigamos pois esta orientação bíblica: 1 Coríntios 10:32 "Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus".

Assim, no tempo de peregrinação que ainda resta nesta vida, pacifiquemos nossa mente naquilo que O Salvador JESUS disse, e registrou Mateus 10:25 "Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?".

Por fim, cito: 1 Coríntios 4:5 "Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor".

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/crente-xing-ling

segunda-feira, 16 de maio de 2022

O PECADO DA IDOLATRIA: Nada de ídolos

16.05.2022
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por
J. I. Packer

segunda-feira

Não farás para ti nenhum ídolo. (Êxodo 20.4)

O propósito do segundo mandamento é bem claro. Negativamente, é uma advertência contra toda forma de adoração e prática religiosa que leve a desonrar a Deus e falsificar sua verdade. Positivamente, é uma convocação para reconhecer que Deus, o Criador, é transcendente, misterioso e inescrutável, além de qualquer imaginação ou conjectura filosófica que sejamos capazes de elaborar. Por esta razão, este mandamento nos convoca a humilhar-nos a nós mesmos, a escutar e aprender de Deus permitindo que ele nos ensine a conhecê-lo e a pensarmos corretamente sobre ele.

Deus não é do mesmo tipo de pessoa que nós. Sua sabedoria, seus propósitos, sua escala de valores e procedimentos diferem tanto dos nossos que jamais poderíamos comparar os nossos caminhos com os de Deus, nem deduzi-los a partir da nossa noção de humanidade ideal. “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês”, Deus nos fala, “nem os seus caminhos são os meus caminhos”, porque “assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos” (Is 55.8-9).

Para refletir: Reflita sobre o segundo mandamento e como você o está praticando (ou negligenciando).
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Fonte:https://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2022/05/16/autor/j-i-packer/nada-de-idolos-2/

quinta-feira, 5 de maio de 2022

PATERGOGIA, A FORMAÇÃO BÍBLICA DOS PAIS CRISTÃOS

20.04.2022

Do portal CPADNEWS, 30.06.2020

Por Claudionor de Andrade 

 “Então Manoá orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus, que enviaste, ainda venha para nós outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer” (Jz 13:8).

INTRODUÇÃO 

 A missão prioritária dos pais é educar, individual e particularmente, a cada um de seus filhos, no caminho em que devem andar (Pv 22:6). Afinal, nossas crianças pertencem ao Senhor, conforme lembra-nos, neste instante tão delicado, o Salmista: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão” (Sl 127:3).

Como, porém, conduzi-los de acordo com a Bíblia Sagrada? A resposta a essa pergunta não é tão simples quanto parece. Não basta dizer, por exemplo, que a chave para a salvação de nossos meninos e meninas é uma educação genuinamente bíblica e autenticamente cristã. Que a resposta é esta, todos o sabemos. O que muitos ignoram é que boa parte dos pais evangélicos não possui educação bíblica e cristã sequer para si.

Frutos de um mundo confuso, de uma educação secular ruim e globalista e de uma doutrinação cristã deficitária, muitos pais e mães não têm intimidade com a Palavra de Deus, nem com o Deus da Palavra. Não são afeitos à leitura, porque jamais aprenderam a interpretar corretamente um texto. Aliás, têm eles dificuldades, inclusive, de ler uma prescrição médica, o boletim escolar dos filhos e as últimas normas do condomínio. Toda a sua cultura acha-se restrita ao mundo televisivo: novelas, shows e telejornais nem sempre compromissados com a verdade.

Diante de um cenário tão desfavorável, faz-se urgente educar, antes de tudo, os educadores naturais, legítimos e imediatos de nossos pequeninos: seus pais. A ordem do Senhor, a esse respeito, é clara e não admite postergações: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv 22:6).

Tendo em vista tal urgência, proponho, neste artigo, uma especialidade educativa voltada exclusivamente aos pais cristãos. Refiro-me a um departamento pedagógico a que chamarei, a partir de agora, de patergogia: a educação dos pais e mães, como os reais educadores de seus filhos      

I. A DEFINIÇÃO, OS FUNDAMENTOS, OS OBJETIVOS E O LUGAR DA PATERGOGIA

Neste tópico, querido leitor, definiremos o que já passamos a chamar de patergogia. Em seguida, veremos seus objetivos, fundamentos e o seu lugar no ministério eclesiástico. Que Deus nos ajude a impulsionar este recurso pedagógico-didático, cujo único objetivo é auxiliar os pais, através da Bíblia Sagrada, a educar a seus filhos com a excelência que nos proporciona a divina graça.

1. Definição etimológica de patergogia. A palavra “patergogia” é formada por dois vocábulos gregos: pater, pai e mãe, no sentido em que, neste estudo, o empregamos; e agogos, o que conduz. Há que se destacar, outrossim, estar o último termo ligado ao verbo agein: conduzir. Etimologicamente, portanto, o termo “patergogia” traz este significado literal: educação dos pais.

2. Definição pedagógica de patergogia. A patergogia será definida, pois, como a educação sistemática dos genitores como os responsáveis diretos e insubstituíveis pela formação espiritual, moral, ética e física dos filhos, de acordo com os preceitos de quem lhos confiou – o Autor e Mantenedor da Vida. Somente assim os pais habilitar-se-ão a proporcionar uma formação bíblica e espiritual a toda a sua descendência, tendo, como fundamento, a excelência dos reclamos e das reivindicações da Bíblia Sagrada, nossa única regra infalível de fé, prática e orientação pedagógica.

3. Os objetivos da patergogia. Tendo em vista a formação bíblica, espiritual e cultural deficitária de boa parte dos pais evangélicos atuais, a patergogia cristã propõe-se a suprir tais deficiências, preparando-os a educar seus filhos com a excelência que a Bíblia requer de cada um de nós. Logo, a patergogia é a educação dos pais, a fim de que cumpram a sua mais importante e prioritária missão de maneira plena, digna e perfeita.

4. Os fundamentos da patergogia. Já que a patergogia será vista, a partir de agora, como uma necessidade premente no ensino cristão, seu principal fundamento terá de ser, necessariamente, a Bíblia Sagrada, a inspirada e inerrante Palavra de Deus.

Além das Sagradas Escrituras, a patergogia utilizará, também, os documentos doutrinários comprovadamente bíblicos da Igreja Cristã, a história, a legítima tradição familiar e os testemunhos dos que se consagraram a educar seus filhos com reconhecido e louvável esmero.

5. O lugar da patergogia no ministério eclesiástico. Levando-se em conta a organização atual do ensino bíblico nas igrejas evangélicas, a patergogia deve ser vista como um ramo da Educação Cristã e uma disciplina auxiliar da Escola Dominical. Mas não deve, preferentemente, funcionar no mesmo horário desta; que os pais tenham condições de participar dos ensinos dominicais programados.

II. A JUSTIFICAÇÃO DA PATERGOGIA

Há uma pergunta, querido leitor, cuja pertinência não pode ser ignorada: “Por que a patergogia faz-se tão necessária?”. Esta disciplina faz-se não apenas necessária como, igualmente, imprescindível, pelos seguintes motivos que estão a reclamar-nos toda a urgência:

1. A formação bíblica, espiritual e cultural deficiente de muitos pais evangélicos. A atual geração de pais evangélicos é fruto da escola sócio-construtivista e do chamado método global de alfabetização, cujos resultados, em países como o Brasil, estão entre os piores do mundo. Isso significa, que a maioria dos homens e mulheres, que se tornaram pais a partir da década de 1990, não foi alfabetizada com eficácia. Muitos não sabem sequer interpretar um texto básico.

Levemos em conta, outrossim, a péssima formação bíblica, espiritual e cristã proporcionada à atual geração de pais e mães, por igrejas que, já conformadas com este século, perderam suas excelências bíblicas, culturais e pedagógicas.

2. Os desafios da pós-modernidade. A chamada pós-modernidade, empobrecendo moral e culturalmente a nova geração de pais e mães, instilou-lhes na mente e na alma indefesas, as mais nocivas e esdrúxulas filosofias, ideologias e até teologias. Percebe-se, logo, que a geração atual foi condicionada, desde o jardim de infância, a aceitar, sem questionamentos ou críticas, toda a agenda do atual anticristianismo.

3. O surgimento de ideologias nocivas. Aproveitando-se da precária formação bíblica e cultural da presente geração de pais e mães, os prepostos do Anticristo vêm, sistematicamente, apresentando-lhe uma agenda maligna, e nem sempre sutil, com destaque para os seguintes itens: aborto, eutanásia, ecologismo idolátrico, casamento fora dos padrões bíblicos, homossexualismo, ideologia de gênero etc.

A sanha globalista, portanto, ataca não apenas os filhos, mas calculadamente os pais. Não nos enganemos. Os inimigos da Bíblia Sagrada são mais eficientes do que supomos; não podem ser subestimados. Eis por que temos de educar os pais, a fim de que estes, já fortalecidos na Palavra de Deus, tenham condições de socorrer os seus filhos.

4. A iminência da volta de Cristo. Nós acreditamos no iminente retorno de Nosso Senhor. Por esse motivo, prepararemos adequadamente os pais, desta geração, a educar seus filhinhos com a excelência que a Bíblia requer. Doutra forma, jamais adentrarão a Jerusalém Celeste. Que eles possam, desde já, declarar como Josué, o conquistador de Canaã:

“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24:15).
Neste ponto, querido irmão, é mister responder a esta pergunta: o que ministrar aos pais, objetivando prepará-los a educar seus filhos? É o que veremos no próximo tópico.

III. O CURRÍCULO BÁSICO DA PATERGOGIA

A patergogia requer um currículo básico, centrado de maneira incondicional na Bíblia Sagrada, a inspirada e inerrante Palavra de Deus. Somente assim terá condições de alcançar plenamente seus objetivos: educar os pais, visando capacitá-los a educar com excelência a seus filhos. E, dessa forma, salvar as novas gerações dos ataques do Anticristo, que vem atuando impiedosamente através de seus prepostos globalistas e pós-modernos, com a anuência cada vez mais ousada e descarada dos falsos profetas, doutores e mestres, que estão a pulular em nossos arraiais.

1. A doutrina da salvação. Um dos maiores desafios da Igreja de Cristo, na atualidade, é evangelizar os que se dizem evangélicos. Frequentando igrejas geridas como meras empresas, e sendo eles mesmos tratados como meros clientes, muitos pais e mães da geração 2.000, ainda não tiveram uma experiência real e pessoal com o Senhor Jesus Cristo, conforme os padrões bíblicos.

Portanto, a primeira tarefa da patergogia cristã será evangelizar, discipular e conduzir os pais desta geração a Cristo. Somente assim, poderão eles dedicar-se à educação redentora de sua descendência. Pais realmente salvos não descurarão da salvação de seus filhos; antes, orarão e intercederão por estes como fazia continuamente o patriarca Jó (1:4,5). 

2. Alfabetização intensiva. Se levarmos em consideração a triste realidade cultural dos pais e mães dos anos 2.000, convencer-nos-emos de que eles necessitam, com urgência, de um curso intensivo de alfabetização, leitura e interpretação de texto. Alfabetizados pelo método global, sob os auspícios do sócio-construtivismo, boa parte dos pais, desta geração, é incapaz de ler, escrever e interpretar um texto mais complexo.

Por essa razão, tendo como livro de texto a Bíblia Sagrada, a inspirada e inerrante Palavra de Deus, ensinemo-los a ler, a escrever e a interpretar um texto com toda a correção requerida. Lembremo-nos de que os puritanos ingleses, que formaram o cerne da civilização norte-americana, eram alfabetizados a partir da bela e majestosa Bíblia do Rei Tiago. Se os pais não souberem ler, escrever e interpretar um texto, como ajudarão seus filhos num século tão confuso quanto este?

3. Instrução bíblico-doutrinária. Se os pais não sabem ler e escrever com proficiência, como dedicar-se-ão ao estudo da Bíblia Sagrada? Por conseguinte, depois de alfabetizados, receberão eles as instruções básicas e fundamentais acerca da Bíblia Sagrada e das principais doutrinas cristãs.

Muitos pais evangélicos buscam, hoje, a igreja como a uma entidade mágica, capaz de resolver-lhes todos os problemas emocionais, domésticos e financeiros. São crentes meramente nominais e perigosamente místicos; são frutos da teologia da prosperidade, da teologia do coaching e da confissão positiva. Portanto, como haverão eles de conduzir seus pequeninos no caminho em que devem andar? Fortaleçamo-los, pois, na Bíblia Sagrada, a inspirada, inerrante, completa e eterna Palavra de Deus.

4. Paternidade Cristã. Nesta disciplina, objetivamos conscientizar os pais a seguir o padrão bíblico de paternidade. Tanto no Antigo quanto no Testamento Novo, há severas advertências concernentes à educação dos filhos, à gerência do lar e ao pastoreio doméstico.

O pastoreio espiritual do lar, a propósito, não é responsabilidade apenas do esposo; ambos – pai e mãe – têm como tarefa pessoal, intransferível e urgente, conduzir seus filhos, quer na primeira infância, quer na adolescência, seja na juventude, seja na vida adulta, no caminho em que devem andar. Tal incumbência recebeu o patriarca Abraão do próprio Deus (Gn 18:17-19).

5. Apologética cristã. Por causa dos constantes ataques do Anticristo contra a família, visando atingir, prioritariamente, as crianças, devem os pais estar devidamente aparelhados a defender, quer diante da pedagogia oficial, quer perante o próprio governo, a integridade espiritual, moral e emocional de seus filhos.

Tomemos especial cuidado quanto às pretendidas reformas pedagógicas. Na verdade, tais iniciativas não passam de reformas psicológicas; o seu intuito é escravizar espiritual e mentalmente nossas crianças, induzindo-as a aceitarem, como normal, as agendas morais globalistas urdidas pelo Homem do Pecado (2 Ts 2:1-13). Portanto, instruamos os pais desta geração a que atuem como os pastores, sacerdotes, profetas, teólogos e apologetas de seus lares. Que tenham eles os argumentos necessários, com o fito de defender seus filhinhos, conforme exortação do profeta Jeremias:

“Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como águas diante da face do Senhor; levanta a ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas” (Lm 2:19).

6. Elementos de puericultura bíblica. A puericultura que, aqui, recomendamos, é a imprescindível a todos os pais. Assim o Dicionário Houaiss a define: “ciência que reúne todas as noções (fisiologia, higiene, sociologia) suscetíveis de favorecer o desenvolvimento físico e psíquico das crianças, desde o período da gestação até a puberdade”.

Como sabemos, há casais que chegam à paternidade sem ter as informações básicas quanto aos cuidados a serem administrados às crianças. Em virtude de seu caráter técnico, recomendo que tal disciplina seja confiada a uma profissional de saúde, para que treine os pais nesses cuidados básicos e tão necessários.

  IV. EXEMPLOS DE PAIS QUE SOUBERAM DISPENSAR UMA EDUCAÇÃO DE EXCELÊNCIA AOS SEUS FILHOS

Ao longo da História Sagrada, encontramos vários pais que, seguindo a orientação divina, educaram exemplarmente a seus filhos. Como resultado, vieram essas crianças a constituir-se nos heróis e heroínas da Bíblia Sagrada.
Portanto, se nos dedicarmos a educar os encarregados da educação de nossos meninos e meninas, estes virão a ser usados grandemente por Deus em seu Reino. Vejamos, pois, alguns desses inspiradores exemplos.

1. Educação espiritual e moral: Anrão e Joquebede. Este casal soube como educar seus três filhos, e todos eles vieram a destacar-se grandemente na História Sagrada: Moisés, profeta, libertador e legislador de Israel (Dt 34:10-12); Arão, primeiro sumo sacerdote do culto divino em Israel (Ex 29:9); e Miriã, cantora e profetisa (Ex 15:20). Somente os casais bem educados, na Palavra de Deus, estão habilitados a proporcionar uma educação de excelência a seus filhos.

2. Educação bíblica e doutrinária: Lóide e Eunice. Essas senhoras, respectivamente avó e mãe do jovem pastor Timóteo, souberam como proporcionar-lhe uma educação bíblica de altíssima qualidade, de acordo com o testemunho do irmão Paulo: “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2 Tm 1:5).

Mais adiante, o apóstolo mostra o resultado dessa educação: “E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Tm 3:15).

3. Educação básica e clássica: Jônatas, tio de Davi. Não resta dúvida de que Jessé e sua esposa proporcionaram, a Davi, uma educação espiritual de comprovado teor. Todavia, conforme podemos inferir do texto sagrado, não puderam ensinar-lhe as primeiras letras nem introduzi-lo no hebraico clássico e belo das Sagradas Escrituras. Por causa disso, voltamos a fazer uma inferência bíblica, confiaram a educação intelectual do pastorzinho de Belém ao seu tio, Jônatas, que entraria para a História Sagrada, como um dos homens mais sábios e eruditos de Israel, conforme registra o autor sagrado: “E Jônatas, tio de Davi, era do conselho, homem entendido, e também escriba” (1 Cr 27:32,a).

Saibamos, pois, como escolher os mentores de nossos filhos; que sejam eles santos e incorruptíveis; que tenham bons costumes e modos; e que jamais descurem da Sã Doutrina.

4. Educação musical: o levita e músico Hemã soube como educar a seus filhos na Palavra de Deus, para que servissem na adoração e louvor ao Todo-Poderoso de Israel. Conforme o relato sagrado, foi Hemã um homem muito bem-sucedido na educação de seus filhos:

“Todos estes foram filhos de Hemã, o vidente do rei nas palavras de Deus, para exaltar o seu poder; porque Deus dera a Hemã catorze filhos e três filhas. Todos estes estavam sob a direção de seu pai, para a música da casa do Senhor, com saltérios, címbalos e harpas, para o ministério da casa de Deus; e Asafe, Jedutum, e Hemã, estavam sob as ordens do rei” (1 Cr 25:5,6).

5. Educação que leva os filhos a Cristo: Maria, mãe de João Marcos, precioso auxiliar dos apóstolos Pedro e Paulo. E, finalmente, entre muitos outros exemplos, temos a destacar, ainda, o de João Marcos, filho de Maria (At 12:12). Ela, mui prudentemente, confiou a educação espiritual de seu filho, ao apóstolo Barnabé, que soube como amadurecê-lo no ministério cristão. Mais tarde, vemo-lo como auxiliar dos apóstolos Pedro e Paulo (2 Tm 4:11; 1 Pe 5:13).

V. COMO IMPLEMENTAR A PATERGOGIA EM NOSSA IGREJA

Neste tópico, daremos algumas sugestões, que poderão ajudá-lo, querido obreiro, a implementar a patergogia, em sua igreja, a fim de preparar, desde já, os pais desta geração, a educar com excelência a seus filhos.


1. Conscientize sua igreja quanto à necessidade da patergogia.

2. Prepare os professores, a fim de que, proficientemente, atuem na formação bíblica, doutrinária e prática dos pais de sua igreja.

3. Destine uma sala adequada, com o intuito de acolher esta nova classe.

4. Separe um dia, na semana, no qual a classe de patergogia tenha condições de funcionar adequadamente.

5. Acompanhe o desenvolvimento do curso, que deverá ter uma duração média de dois meses.

6. No final do curso, além de um certificado, celebre o resultado, enaltecendo a Deus por mais uma vitória.

7. E, finalmente, acompanhe os alunos, agora já formados, para que coloquem, em prática, o conteúdo ministrado. Ore por eles. Acompanhe-os. Coloque-se à disposição desses queridos pais e mães, a fim de que sejam bem-sucedidos em todas as coisas.

CONCLUSÃO

A patergogia é uma necessidade. Se prepararmos devidamente os novos pais e mães, hoje, a igreja de amanhã será mais forte e comprovadamente sadia. Doutra forma, teremos amargos frutos a colher no porvir.


Que Deus nos ajude.

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Uma Oração de Gratidão

17.02.2022

Do blog VERSOS DE GRATIDÃO,17.05.2017

Por Pr  Irineu Messias  

 

Que poema escreverei
Quando estiver a meditar
Nas grandes maravilhas
Do Santo Senhor Jeová?

Uma oração, apenas uma oração
De minha agradecida alma
Ao Senhor dos Céus dos Céus
Que por amar-me tanto
Fui criado à Sua semelhança,
Por seu Espírito Santo!

Uma oração, apenas uma oração…
Em que nela expressarei a Deus,
Minha mais profunda gratidão,
Por acordar todas as manhãs
E poder respirar o doce ar da vida

Uma oração para agradecer
Pelos olhos perfeitos
Com os quais eu posso ver
As belas estrelas nas noites de luar,
Brilhando intensamente no firmamento

Agradecer, sim, a Deus meu Senhor,
Pela vida que tenho, até quando eu não sei…
Mas que, a quero viver de uma maneira santa e obediente
Ao Deus Único e Verdadeiro, tão amoroso e tão clemente!

Cada vez que medito nisso, tanto
Fico muitissimamente maravilhado
Por ser tão amado e tão cuidado,
Pelo Deus de toda Providência
Pelo Seu Espírito Santo!

Por isso que desejo sempre orar e orar…
Porque orar é um diálogo sublime,
Com o Autor de toda a Criação
Em que o humano e o Divino
Se falam e se ouvem
como um pai a conversar com seu filho pequenino!

Que esse desejo de falar com Deus, meu Pai Celestial,
Nunca abandone meu coração e minha mente,
Por isso quero sempre conversar com este Deus Único e verdadeiro
Pois Seu Filho Unigênito, desde a Eternidade, me amou primeiro
Entregando-se para salvar, não só a minha vida,
Mas todas as vidas do mundo inteiro!

Esse amor insondável e infinito,
Sua Divinal compaixão
Deixa-me permanentemente agradecido
E muito emocionado,
Pois fui gerado e concebido em pecado,
Mas continuo sendo alvo de Sua Amorosa atenção
Por isso sempre aconselho a meu coração:
“Ore clame e adore
Ao Bendito Deus Triúno e Eterno
Senhor de todo o Universo
Que enviou Jesus, meu amado Salvador,
O qual converteu a minha, e tantas outras vidas
Pelo Seu Espírito Santo

O doce e sublime consolador!

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Fonte: https://versosdegratidao.wordpress.com/

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

NEGUE-SE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E SIGA A CRISTO JESUS.Mc 8:34-38

20.12.2021 
Do canal do pastor Irineu Messias, no You Tube, 14.12.21

   

NEGUE-SE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E SIGA A CRISTO JESUS. Mc 8:34-38: https://youtu.be/KOSykscYFAA
 
O convite para servir a Cristo é universal. No entanto, esse convite deve ser aceito de forma voluntária e espontânea. Deus respeita nossa livre vontade e não aceitará ninguém seguí-Lo, senão espontaneamente. 

Por isso o Senhor estabelece  as seguintes condicionantes para quem quiser tornar-se um seu discípulo:

a) Temos  que  O aceitar de modo voluntário e livre. Deus nos concedeu o direito de fazer as nossas próprias escolhas. Sobre isso Josué assim se expressou:

"Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR. " Josué 24:15

b) Negar-se a si mesmo. Se não renunciarmos às nossas próprias vontades, nunca conseguiremos servir a Deus perfeitamente. Não podemos servir a Deus e ao nosso próprio coração, nosso "outro senhor", como disse Jesus:

"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro..." Mateus 6:24a

c) Tomar a sua cruz. Cada um deve levar a sua própria cruz, como Jesus levou a sua. Cruz é símbolo de sofrimento. Cristo sofreu por nós na cruz; devemos sofrer por Ele também. Ele tornou-se maldito ,ao morrer na cruz; que nós , se preciso, enfrentaremos também a maldição por amor a Cristo:

"Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa."  Mateus 5:11


Após preencher essas condicionantes divinas, só assim estaremos prontos para servir a Cristo.
 
Só lembrando que não foi nenhum homem ou religião que estabeleceu essas condicionantes, mas foi o próprio Deus, por meio de Cristo Jesus, Seu Amado,o Deus Bendito eternamente.

Por isso, finalizo repetindo as palavras do Senhor Jesus Cristo:

"E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me." Marcos 8:34.

Assistam o vídeo , reflita e atenda o divinal convite: NEGUE-SE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E SIGA A CRISTO JESUS https://youtu.be/KOSykscYFAA

Deus o abençoe,

Pastor Irineu Messias*

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* Irineu Messias, é ministro evangélico da Assembleia de Deus Ebenézer em Pernambuco.

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=KOSykscYFAA