Pesquisar este blog

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Entenda o fardo de ser o único cristão na família

27.08.2020

Do blog PORTAS ABERTAS, 26.08.2020

Conheça a história de Gagan, um jovem indiano, que foi o único em sua família a aceitar a Cristo


Gagan*, de 21 anos, é indiano e ouviu falar sobre Jesus por alguns amigos cristãos enquanto vivia no alojamento da escola, afastado da vila. Naquela época, ele não pensava nada sobre o assunto, mas olhando para trás, percebe que um interesse foi despertado nele. Além disso, durante o último ano do Ensino Médio, ele participou de um acampamento de jovens e, lá, aceitou a Cristo, decidindo segui-lo. Também decidiu que serviria ao Senhor depois da faculdade.

O jovem deixou a família saber sobre a decisão de seguir a Cristo. E, apesar de ser uma surpresa, eles não se opuseram. “Meus pais, entretanto, tinham me alertado para não ser influenciado por ninguém a me tornar cristão.” Gagan ficou longe da família e de suas tradições, culturas e crenças durante a maior parte da vida acadêmica. A situação também melhorou quando viram que ele tinha se tornado uma pessoa melhor após aceitar a Cristo.

Porém, a família se recusou a seguir com o jovem na jornada da fé cristã. O motivo é que eles vivem em uma sociedade do medo. E viver na vila e ser parte da comunidade é o mesmo que seguir a fé e o sistema de crenças dos antepassados. “O medo deles é muito real para mim também porque aceitar a Jesus e segui-lo significa se tornar um estrangeiro na comunidade. Embora eu seja grato aos meus pais por entenderem e considerarem minha fé pessoal, carrego o fardo de orar para que toda a minha família aceite a Jesus.”

O rapaz também teme pela segurança dos pais por estar seguindo uma fé diferente dos outros. A visão geral de Cristo na comunidade é que ele é um Deus estrangeiro e todos que seguem ao cristianismo são traidores da religião original local. “Em tudo isso, me encorajo na história de Jó. Ele vivia uma vida boa e pacífica, mas chegou um tempo onde enfrentou uma imensa adversidade em todos os aspectos da vida. Eu sinto que a vida cristã não é toda fácil e apenas aqueles que desejam e estão enraizados em Cristo podem viver tal vida”, explica.

Gagan teme pela segurança dos pais por seguir uma fé diferente dos outros moradores da vila 

Gagan é grato a Deus por guiar sua vida. Sua família era muito pobre para ajudá-lo a entrar em uma boa faculdade. Entretanto, parceiros da Portas Abertas o auxiliaram a entrar em uma instituição educacional de boa reputação. “Eu estava sobrecarregado com os obstáculos, já que eu pertencia a uma vila remota e não tinha a documentação exigida. Entretanto, com a ajuda e encorajamento de parceiros da Portas Abertas, perseverei e foi um alívio finalmente ser admitido e começar o curso.”

Ele também agradeceu e encorajou os parceiros da Portas Abertas. “Jesus disse que há mais alegria no céu com um pecador perdido que vem a Deus e eu sou um desses que estava perdido e fui achado por causa do seu apoio e oração. Muito obrigado. Após completar meus estudos, vou voltar e servir a Deus em minha vila. Isso é um grande desafio, mas acredito que Deus me preparará para isso e me dará sabedoria em como fazê-lo”, conclui.

Continue mostrando aos cristãos na Índia, como Gagan, que eles não estão sozinhos ou esquecidos. Ao servir a Igreja Perseguida, você serve ao Senhor. Com uma doação, você oferece apoio a cristãos que enfrentam perseguição extrema por meio de ajuda emergencial, cuidado médico, abrigo, auxílio jurídico, entre outros.

*Nome alterado por segurança.

******

Fonte:https://www.portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/entenda-o-fardo-de-ser-o-unico-cristao-na-familia?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=link-noticia-fardo

MOMENTO COM DEUS #1: O QUE VOCÊ ESCONDE NO SEU CORAÇÃO? Sl 119:18

27.08.2020

Do canal do pastor Irineu Messias, no You Tube, 24.08.2020



*****
Fonte:https://youtu.be/T4456dgqfCQ?t=14

domingo, 23 de agosto de 2020

ESTUDOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS: A Eleição é Condicional e a Expiação é Universal qualificada

23.08.2020

Do portal CRISTÃO ALERTA, 05.2008

Por Pr Silas Daniel*

De vez em quando, alguns cristãos se deparam com antigos questionamentos teológicos que os levam a debater-se interiormente. Alguns dizem respeito ao livre arbítrio, à Predestinação, à Eleição e à Expiação. Portanto, vejamos uma exposição sintética sobre esses temas à luz das Escrituras.

Em primeiro lugar, é importante dizer que, à luz da Bíblia, o homem não regenerado é escravo do pecado e incapaz de servir a Deus com suas próprias forças (Rm 3.10-12), mas, por ainda ter em si resquícios da imagem de Deus, ele tem a capacidade (livre-arbítrio) de, mesmo no estado caído, corresponder com arrependimento e fé quando Deus o atrai a si. A iniciativa é sempre de Deus, já que o homem, em seu estado caído, não pode e não quer tomar a iniciativa. Ele precisa primeiro ser convencido para depois ser convertido, e quem convence o homem é o Espírito Santo (Jo 16.8-11).

É Deus, portanto, quem desperta o interesse de salvação no homem (Jo 6.44 e At 16.14). Tal desejo, porém, depois de despertado, pode ser resistido (Hb 3.7-19; 10.23-29; 10.39 e 12.25; At 7.51 e 13.46; Mt 23.37; 2Pd 2.1,2,20,21; 2Cr 15.2; 1 Tm 4.1; 2Tm 2.12 e Tg 4.8). Se o homem aceita a oferta de Salvação, Ele é salvo por Deus e o Espírito opera a regeneração.

Assim como a iniciativa para a salvação é sempre de Deus (Ef 2.4-9), a regeneração é operada tão somente por Deus. Não é pelas próprias forças do homem que ocorre a regeneração, mas pelo poder do Espírito (Tt 3.3-7). Ou seja, o livre-arbítrio é claro (Dt 30.19; Js 24.15; 1 Rs 18.21; Is 1.19,20; SI 119.30; At 10.43; Jo 1.12 e 6.51), mas não é ele que salva o homem. E Deus quem opera a Salvação no homem e o transforma pelo poder do Espírito Santo quando ele aceita a Salvação. E mesmo no livre-arbítrio há a soberania divina, pois foi Deus quem deu essa capacidade de escolher ao homem, capacidade esta que é resquício da imagem divina nele. Deus, em sua soberania, criou homens livres.

Em segundo 'lugar, à luz da Bíblia, a Eleição é condicional. A Eleição divina não é uma escolha arbitrária de Deus, mas fruto de sua presciência (Rm 8.29,30).

Deus quer que todos se salvem (At 10.34 e 17.30-31; 1Tm 2.4; 2Pd 3.9 e Rm 11.32), mas os eleitos de Deus são aqueles que o aceitaram (Jo 7.37-38 e Ap 22.17), cuja decisão já era conhecida por Deus por ser Ele onisciente e presciente, isto é, sabe de todas as coisas antes de todas as coisas acontecerem.

A Bíblia sempre fala de predestinação à vida eterna em Cristo. Efésios mostra isso. Aliás, os termos “em Cristo Jesus”, “no Senhor” e “Nele” ocorrem 160 vezes nos escritos de Paulo, sendo que 36 vezes só em Efésios, onde está o recorde. Ou seja, se queremos entender bem Efésios, devemos começar a atentar para a palavra-chave dessa epístola: “em Cristo”. Ora, mais de uma vez é dito em Efésios 1 que a predestinação ocorre em Cristo. Ou seja, a predestinação e a eleição não são para estarem Cristo. A predestinação e a eleição estão em Cristo.

Clarificando: para aqueles que estão em Cristo está destinado desde a fundação do mundo a Salvação; a quem não estiver Nele, a perdição. Enquanto você estiver Nele, seu destino é o Céu.\ Enquanto não estiver Nele, o Inferno. O critério é estar Nele./ Como afirma Paulo, Deus nos elegeu “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1.4), mas Cristo só vai “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do Evangelho” (Cl 1.22,23). Está claro: a eleição é condicional. E qual a condição? Estar em Cristo: “...nos elegeu nele...” (Ef 1.4).

Finalmente, à luz da Bíblia, a Expiação de Cristo é universal qualificada.

Como assim?

Cristo morreu por todos (Jo 3.16; 6.51; 2Co 5.14; Hb 2.9 e 1Jo 2.2), mas sua obra salvífica só é levada a efeito naqueles que se arrependem e creem (Mc 16.15,16 e Jo 1.12). Ela é suficiente, mas só se torna eficiente na vida daqueles que sinceramente se arrependem de seus pecados e aceitam a Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor de suas vidas.

A Expiação de Cristo foi feita para toda humanidade, mas só os que a aceitam usufruem de sua eficácia.

Conquanto existam passagens que afirmam que Cristo morreu pelas ovelhas (Jo 10.11,15), pela Igreja (At 20.28 e Ef 5.25) ou por “muitos” (Mc 10.45), o que sugeriria que a Expiação é limita da, a Bíblia afirma claramente em muitas outras passagens que a Expiação é universal em seu alcance (Jo 1.29; Hb 2.9 e 1Jo 4.14), o que deixa claro que as passagens que dão uma ideia de ela ter sido limitada nada mais são do que referências à eficácia da Expiação e não ao seu alcance. Quando a Bíblia associa natural e enfaticamente os que creem em Cristo à obra expiadora, está apenas frisando a eficácia da Expiação e não seu alcance (Jo 17.9; G11.4; 3.13; 2Tm 1.9; Tt 2.3 e 1Pd 2.24).

Porém, ainda há quem argumente que se a Expiação é universal, mas só crida e aceita por alguns e não por todos, isso significa que ela teria sua eficácia comprometida. Claro que não! O fato de muitos usufruírem dela já demonstra sua eficácia. Ela só não seria eficaz se ninguém se salvasse.

A salvação de todos não é a condição sine qua non para a eficácia da Expiação, mas o é, tão somente, a consecução da Salvação. Se muitos são os salvos por essa Expiação, esta já é eficiente. Não houve “desperdício” pelo fato de seu alcance ser universal, mas nem todos serem salvos. Além disso, se crermos que a Expiação de Cristo é limitada, o que seria um sacrifício que proporcionasse uma Expiação Ilimitada? Jesus sofreria um pouco mais na cruz?

Outro fato: uma Expiação Limitada é uma contradição ao ensino bíblico de que Deus não faz acepção de pessoas (Dt 10.17 e At 10.34). Deus é soberano, mas isso não significa que Ele fará alguma coisa que contradiga o seu caráter santo e amoroso.

Lembremos ainda que uma hermenêutica prudente interpreta uma passagem ou passagens observando o contexto geral sobre o assunto na Bíblia. A Bíblia se explica por meio dela mesma. Portanto, se ela afirma que Deus é santo, justo e amor, e não faz acepção de pessoas; e que Deus quer que todos se salvem e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2.3,4); e que a Expiação foi por “todos” (1 Tm 2.6 e Hb 2.9); logo, as passagens em que há alusão a “muitos” devem ser interpretadas à luz dessas outras. E quando o fazemos, percebemos que as passagens que aludem a “muitos” não se referem ao alcance da Expiação, que é universal, mas à eficácia dela para os “muitos” que a receberam por fé.

Além disso, como frisa o teólogo norte-americano Daniel Pecota, não se pode simplesmente desconsiderar o significado óbvio de alguns textos sem ir além da credibilidade exegética. Quando a Bíblia diz que “Deus amou o mundo” (Jo 3.16) ou que Cristo é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29) ou que Ele é “o Salvador do mundo” (1 Jo 4.14), significa isso mesmo. Em texto algum do Novo Testamento, “mundo” se refere à Igreja ou aos eleitos. Escreve o apóstolo João, referindo-se a Cristo e à Expiação: “E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1 Jo 2.2).

Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, Maio de 2008 – Artigo: Pr. Silas Daniel

*****

Fonte:https://cristao-alerta.alumy.com/posts/a-eleicao-e-condicional-e-a-expiacao-e-universal-qualificada

sábado, 22 de agosto de 2020

Família hindu se converte após orações de missionária sobre filho desaparecido

 21.08.2020

Do blog GOSPEL MAIS, 20.08.2020

Por 


Uma vez que a pandemia do coronavírus trouxe desequilíbrio econômico no mundo inteiro, muitas pessoas que tinham planos e almejavam iniciar num emprego viram seus projetos pessoais interrompidos.

Algumas não souberam lidar com a frustração, e com isso, surtos de depressão, ansiedade e outras reações de natureza psicológica foram desencadeadas. Foi o que ocorreu com o jovem Nirmal, na Índia.

Nirmal é um jovem hindu que entrou nesse quadro de frustração após ver que não conseguiu concretizar seus planos por causa da pandemia. Diante disso ele resolveu desaparecer, deixando sua família bastante preocupada.

“Isso fez com que Nirmal ficasse deprimido e mentalmente instável. A ponto de ele sair de casa e ficar desaparecido por uma semana”, informou o projeto missionário asiático Biglife, segundo informações do God Reports.

Seus pais não puderam sair em busca de seu filho por causa dos bloqueios na região, devido à pandemia, mas a família de Nirmal, que segue o hinduísmo, religião que devota à milhões de deuses, soube de uma cristã chamada Sujata, e resolveu pedir orações sobre o paradeiro do jovem.

A irmã Sujata aproveitou a ocasião para pregar o evangelho à família hindu e orar por eles, buscando acalmá-los. Uma semana depois, em resposta às orações, Nirmal voltou à sua casa, com a mente sã e mais tranquilo.

Como resultado das orações e do suporte missionário de Sujata, o jovem e sua família entregaram suas vidas a Cristo como Senhor e Salvador.

“O Senhor também providenciou um emprego para Nirmal. Ele é muito grato ao Senhor por sua nova vida”, informou a Biglife.

A iniciativa da missionária está em harmonia com a passagem de  Efésios 5:16, que orienta os cristãos a aproveitarem cada oportunidade para fazer conhecido o nome de Cristo, mesmo em meio a dor. É dessa forma que muitos conhecem a Cristo e se entregam à Verdade.

“Aproveitando bem cada oportunidade, porque os dias são maus”, diz o texto bíblico.

****

Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/familia-hindu-se-converte-apos-oracoes-de-missionaria-sobre-filho-desaparecido.html

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O SONHADOR: OS SONHOS DA PRISÃO. Gn 40:1-23

21.08.2020
Do canal do pr Irineu Messias, no Youtube, 19.08.2020 
Postado por Irineu Messias

 

**** 
Fonte:https://youtu.be/nREhBqf2Sfc

Sucot – A festa dos tabernáculos (cabanas)

 21.08.2020

Do blog GOSPEL PRIME, 25.09.2015

Por Alexandre Dutra*

Festival judaico que se inicia no dia 15 de Tishrei relembra os 40 anos de êxodo dos hebreus no deserto após sua saída do Egito.

Com o término das festas temerárias de Rosh Hashaná e Yom Kipur temos a celebração da festa dos Tabernáculos, ou das Cabanas, chamada em hebraico de Sucot, onde o mandamento é: “e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias” (Lv 23:40b).

Nesta festa o israelita é convidado a celebrar a proteção, provisão divina e presença bendita de seu criador durante o tempo de Israel no Deserto, após a libertação da escravidão no Egito.

Portanto, Sucot diz respeito à peregrinação de 40 anos dos israelitas no deserto, período em que o povo habitou em tendas. Isso antes de conquistarem a Terra Prometida, quando passaram a habitar em casas e cidades que a Bíblia diz que eles não construíram (Dt 6:10-11).

Celebrando a festa

A Festa dos Tabernáculos é comemorada em 8 dias, sendo que o primeiro e o oitavo dia Shemini Atséret (oitavo dia de reunião solene) da festa se tornam um Shabat, dia de descanso solene (Lv.23:35-36).

No calendário judaico diz respeito aos dias 15 a 21 de Tishrei de 5779, que corresponde, em nosso calendário, aos dias 24 de Setembro a 1 de Outubro 2018.

Sucot também é conhecida como a Festa das Colheitas (Hag Haassif), por ser realizada durante as últimas colheitas do ano em Israel, no Outono (Deuteronômio 16:13-15).

Nesse período os campos estão cheios, os pomares carregados e as vinhas preparadas para a colheita (Lv.23:39). Aqui está o tom de Sucot – alegria, festividade e gratidão pelo cuidado divino do Deus de amor, que é o seu provedor.

Assim como as demais festas solenes do Senhor, Sucot tem caráter de estatuto perpétuo para Israel, passando de geração a geração: “E celebrareis esta festa ao SENHOR por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis” (Lv.23:41); fato que se confirma pela história do povo judeu até os dias de hoje.

Os principais requisitos durante a festividade de Sucot são: construir uma Sucá (tenda/cabana), que pode ser feita de madeira ou outro material e montada no quintal ou na varanda para lembrar a peregrinação de Israel no deserto; habitar em tendas, cobertas com folhas de palmeiras, durante os dias da festa: “Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas” (Lv 23:42); comer as refeições na Sucá e também ali dormir, a menos que chova.

A Sucá, que não é uma fortaleza e sim uma habitação frágil e temporária, serve para lembrar ao homem que ele depende da proteção divina e que a vida nesse mundo é passageira, somos todos peregrinos.

Outros ritos

Judeu com etrog nas mãos para comemorar o Sucot. (Foto: Esther Wechsler / Unsplash)

Ainda existem outros ritos da tradição judaica, como por exemplo, as Arbá Minim (Quatro Espécies), conforme Levítico 23:40: “E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o SENHOR vosso Deus por sete dias”, em hebraico são: Etrog (fruta cítrica), Lulav (ramo da palmeira), três Hadasin (ramos de murta, ramo de árvore frondosa-espessa-tamareira) e duas Aravot (ramos de salgueiro); todas juntas na mão do judeu falam da unidade e da interdependência uns dos outros.

O Talmud vê no ramo da palmeira (Lulav) a força religiosa; na murta (Hadas), a força da inocência; no salgueiro (Aravá), a força da modéstia; e no Etrog (espécie de limão), a força da amenidade e amor ao próximo.

Segundo o Midrash (Yalcut), a união das quatro espécies que formam o Lulav é o símbolo da união e fraternidade entre o povo judeu.

O propósito da Sucá

A Festa das Cabanas tinha como propósito lembrar ao israelita a fragilidade da vida, através dos sete dias habitando em cabanas simples e desprotegidas.

Um outro propósito intrínseco à festa é lembrar aos israelitas de sua dependência do Deus provedor, através da abundante colheita, do fruto da terra que saciaria e alimentaria a nação inteira, incluindo filhos e filhas, servos e servas, órfãos e viúvas, levitas e estrangeiros, ou seja, todos aqueles que viviam na Terra de Israel (Dt.16:13,14).

Judeus religiosos ou seculares até hoje fazem a Sucá no quintal de casa, na varanda do apartamento, ou em outro lugar apropriado, não só para lembrarem da realidade que seus antepassados viveram, mas para proporcionar uma experiência à atual geração, ao menos em parte, a fim de que saibam que Deus fez com que os filhos de Israel habitassem em tendas no Deserto (Lv.23:43).

”Significado profético de Sucot: A encarnação do Messias

Judeus no Muro das Lamentações. (Foto: Tim Mossholder / Unsplash)

O Tabernáculo de Israel era símbolo da presença de Deus no meio de seu povo: “E porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma de vós não se enfadará. E andarei no meio de vós, e eu vos serei por Deus, e vós me sereis por povo. Eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tirei da terra dos egípcios, para que não fósseis seus escravos; e quebrei os timões do vosso jugo, e vos fiz andar eretos” (Lv.26:11-13).

Posteriormente, o Templo de Salomão em Jerusalém, que substituiu o Tabernáculo, passou a ser o lugar da “morada” de Deus entre o seu povo (1 Reis 8:1-11; 2 Crônicas 7:1-3).

Sucot aponta como uma tipologia para a encarnação do Messias-Jesus, conforme lemos no Evangelho de João: “E o Verbo se fez carne, e habitou [tabernaculou-se] entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo.1:14). Assim como Deus estava entre o povo de Israel através do Tabernáculo, o Messias estaria, através da sua encarnação, manifestando o Pai: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou” (Jo.1:18).

Ainda no Evangelho de João encontramos menção à Festa dos Tabernáculos: “E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos” (Jo.7:2).

Durante os sete dias da festa um sacerdote especialmente separado carregava água num cântaro de ouro do tanque de Siloé para ser derramado numa bacia aos pés do altar pelo Sumo-Sacerdote (Stern, 2008, p.205). Isto era uma petição simbólica por chuva e um claro ato profético sobre o derramar do Espírito Santo, conforme profetizado por Isaías: “Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes” (Is.44:3).

Nesse momento o sumo-sacerdote proclama o Salmo 118, chamado cântico dos degraus, onde encontramos declarações como: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina (…); Salva-nos, agora, te pedimos, ó SENHOR e Bendito aquele que vem em nome do SENHOR” (Sl.118:22, 25a, 26a,).

Jesus subiu a Jerusalém para participar desta festa (Jo.7:10) e no exato momento em que o Sumo-Sacerdote fez a declaração acima, sendo o último dia, o grande dia da festa (Jo.7:37a) o Senhor Jesus levantando-se declarou: “Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (Jo.7:37b-39). O resultado foi que muitos reconheceram que ele era o profeta que havia de vir (Jo.7:40 cf. Dt.18:15-18).

Vimos a presença do Pai no Filho, e agora a Igreja, isto é, cada crente nascido de novo, é a moradia de Deus na terra, conforme o Senhor mesmo prometeu: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo.14:23). Sobre o ministério do Espírito Santo, o Senhor Jesus disse o seguinte: “habita convosco e estará em vós” (Jo.14:17b).

O que temos é a profecia cumprida, Deus habitando no homem por meio do seu Espírito: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co.3:16).

O reino messiânico

A Festa de Sucot também tipifica o Reino Messiânico: “e reinaram com Cristo durante mil anos” (Ap.20:4).

De acordo com as Escrituras Sagradas, Sucot é a mais universal de todas as festas judaicas, ou seja, engloba todas as nações do mundo.

O profeta Zacarias profetizou que um dia essa festa será celebrada por toda a humanidade: “E o SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o SENHOR, e um será o seu nome. E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos” (Zc. 14:9,16).

Os sábios judeus ensinam, com base na passagem acima do profeta Zacarias, que na festa de Sucot Deus decide assuntos relativos às chuvas – se serão abundantes ou não, se serão fonte de bênção ou não, no ano que está por vir.

O Talmud nos diz, no Tratado Rosh Hashaná 1:2: “Na festa (de Sucot), o mundo é julgado na questão da chuva”. Portanto, o propósito era levar Deus a decretar um ano de chuvas abundantes e prosperidade para o mundo todo.

Esse tom messiânico de Sucot é reconhecido até os dias de hoje, conforme afirmou o rabino Lamm: “Sucot, assim, incorpora um ideal messiânico que é transmitido para todo o mundo”.

O Reino eterno

E por último Sucot aponta para o Reino Eterno de Deus como podemos ler nas palavras inspiradas do apóstolo Paulo: “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Co.15:24,28). Assim, o governo eterno de Deus visto pelo profeta Daniel terá o seu cumprimento na história da redenção (cf. Daniel 2:44-45).

Como desejo de estarmos na presença bendita do Senhor, transcrevo a declaração do salmista que diz: “Habitarei no teu tabernáculo para sempre; abrigar-me-ei no esconderijo das tuas asas” (Sl.61:4).

Sucot, portanto, é um convite para habitarmos com o Pai, diante dele, na casa dele, em comunhão com ele, através do Filho! Tem coisa melhor?

*Alexandre Dutra. Pastor Batista, Diretor dos Amigos de Sião, Mestre em Letras - Estudos Judaicos (USP).

****

Fonte:https://www.gospelprime.com.br/sucot-a-festa-dos-tabernaculos/

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Oficialização imperial do cristianismo 02

 18.08.2020

Do blog UNIVERSIDADE DA BÍBLIA, 17.08.2020

A Religião Imperial

Para Eusébio de Cesaréia, historiador e biógrafo cristão de Constantino, ele representava o fim da era do cristianismo católico e o início da era do império Cristão 312 a 590. Começa assim a cristianização do Império e a interferência Imperial nos assuntos da igreja. Constantino tem a visão de uma cruz e vê uma frase “Nesse sinal a vitória” ele então venceu seu opositor ao trono Maxêncio, ele funda Constantinopla atual Istambul capital do Império Bizantino. Eusébio dizia que ele era o governante cristão ideal e previu o começo de uma nova era de salvação, pois via nele o cumprimento do plano de Deus para evangelização Mundial. Antes de 312 o cristianismo fora proscrito e perseguido, de repente foi favorecido e mimado, Constantino o inseriu na vida pública.

Antes da “conversão” de Constantino, a igreja consistia de crentes convictos, depois chegaram aqueles que eram politicamente ambiciosos, sem interesses religiosos e ainda meio enraizados no paganismo, isso ameaçava originar não apenas futilidade e impregnação pela superstições pagãs, mas também secularização e abuso da religião por fins políticos. Somente, após a “conversão” de Constantino foram instituídos os concílios gerais das igrejas. O Concílio de Nicéia reconheceu os bispos de Alexandria, Antioquia e Roma em suas próprias áreas. Em 330 Constantino transfere sua residência Imperial para Nova Roma, antiga cidade bizantina no Bósforo. conforme o poder de Constantinopla aumentava a importância da Antiga Roma decaía, logo as igrejas viam o bispo de Constantinopla na liderança espiritual e doutrinária.

A igreja chega ao poder

Quando o Imperador Teodósio assumiu o poder em Constantinopla ele transformou o cristianismo na igreja do Estado, proibindo o paganismo e fez da crença do cristianismo uma questão de autoridade Imperial. Para ele havia uma estreita ligação entre sua própria vontade e a de Deus e quem descumprisse sua decisão era punido. Nós ordenamos que todas as pessoas que governamos pratiquem essa religião que o divino Pedro e os apóstolos transmitiram aos romanos. Devemos acreditar na única divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, sob a ideia da majestade e da Santa Trindade.

Nós ordenamos que todas as pessoas que seguem essa regra devem aceitar o nome de cristãos católicos, as demais, no entanto, que nós julgamos dementes e insanas, devem sofrer a desonra dos dogmas hereges, seus lugares de reunião não deve receber o nome de igreja e elas devem ser em primeiro lugar castigados pela vingança divina e, em segundo lugar, castigados por nossa própria iniciativa que nós assumimos de acordo com julgamento divino. No Ocidente, longe das cortes imperiais alguns clérigos ousaram desafiá-lo, Ambrósio Bispo de Milão, foi um deles.

Em 390 ocorre um conflito na qual o governador prendeu um condutor de carruagem de uma cidade grega, por motivos de práticas homossexuais. O povo se revoltou e matou o governador por não libertar o condutor, pois estava prestes das corridas de carruagem. Teodósio se enfureceu e matou em três horas sete mil tessalonicenses. Ambrósio se posiciona contra o ato do Imperador e envia uma carta para que ele admita que cometeu um crime e exija que ele se arrependa para que alcance o perdão de Deus, e se recusou dar lhe comunhão até que confessasse seu pecado.

E por fim o imperador acabou aceitando os termos de Ambrósio na frente de toda uma congregação, tirou sua esplêndida veste Imperial e pediu perdão por seus pecados. Com o concílio que foi realizado em 381 em Constantinopla, onde contou com a presença somente dos bispos da porção oriental do império foi declarado que o bispo de Constantinopla deve preceder imediatamente o bispo de Roma, pois sua cidade Constantinopla é a Nova Roma. Damásio bispo de Roma manifestou objeção a ação do Concílio.

No ano seguinte em um sínodo realizado em Roma, bispos do ocidente argumentavam que a Santa Igreja Romana tem precedência sobre outras igrejas, pois eles consideram haver recebido a primazia pelas palavras de nosso Senhor e Redentor baseando-se na palavra que disse que ‘Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. As duas igrejas Seguiram em diferentes direções o cristianismo do Oriente e o cristianismo do Ocidente.

Fonte Consultada:

universodateologia

*****

Fonte:https://www.universalidadedabiblia.com.br/oficializacao-imperial-do-cristianismo-02/

domingo, 16 de agosto de 2020

Sobre ter o nome na Bíblia e não o ter no livro da vida

16.08.2020

Do blog GOSPEL PRIME, 13.08.2020

Por Jônatas Ferreira*

Racismo, teologia da prosperidade e incompreensão.

Na primeira semana deste mês fomos bombardeados com o vídeo que trouxe indignação para todos que o assistiram: o do senhor de camisa azul que humilha gratuitamente um motoboy que tentava fazer uma entrega em sua casa, localizada dentro de um condomínio em Valinhos (SP).

Nele, um detalhe que passa despercebido, mas que merece a nossa atenção: este mesmo senhor, em referência a sua suposta prosperidade, alega que seu nome está na Bíblia ao ser indagado sobre a origem da sua riqueza, se do trabalho ou dos pais. Por coincidência ou não, ambos se chamam Mateus.

Sobre essa questão faz-se necessário duas discussões, as quais quero apresentar ao decorrer do texto. A primeira delas é a da falsa sensação de acharmos que termos algo relacionado a Bíblia, como o nome, por exemplo, nos faz ser diferentes, especiais ou superiores a alguém.

Ser pastor ou membro, não diz nada a não ser agregar ao nome um suposto título. O que se deve levar em consideração é a vida que essa pessoa leva e os caminhos pelos quais seus passos a conduzem.

Ter o nome na Bíblia não é sinônimo de ter um registro nos anais dos salvos. Não mesmo. Tampouco diz algo sobre ser abençoado ou não.

O outro ponto, e que considero mais importante, é a problemática já conhecida da teologia da prosperidade, a qual claramente ensina que todos os cristãos devem ter uma vida rica e saudável. Estranhamente, essa prosperidade está atrelada somente às posses materiais que alguém pode conquistar nesta Terra. Isso faz com que os adeptos dessa doutrina acreditem que a riqueza é o alvo final, e não a ter é sinal de que Jesus não está com a pessoa ou falta-lhe fé.

É triste e preocupante saber que esse conceito tem sido espalhado amplamente pelas igrejas, chegando em passos de algodão e tomando, pouco a pouco, os nossos púlpitos e os corações dos fiéis.

Cristo em sua passagem pela Terra trouxe lições que nos fazem focar no nosso objetivo: a vida eterna. Os bens materiais, a riqueza e tudo que a traça pode corroer, Ele chamou de “coisas”.

Ser próspero não é ser rico. Não basta ter somente dinheiro, é necessário ter amor, felicidade e viver bem com você e com os seus. E, claro, acima de tudo, amar e servir a Deus, pois Ele é quem cuida das nossas necessidades e nos abençoa conforme a Sua soberana vontade.

Quem deu a Ele primeiro para exigir ou achar que Ele nos deve algum favor? Deus não é mercadoria, nem amuleto. Esse tipo de teologia aumenta a ganância das pessoas e as fazem olhar para o seu próprio umbigo; e o pior: faz acreditar que tudo está bem. E assim, olhar para o próximo e humilhá-lo por sua cor, pela sua “falta de riqueza” ou por qualquer outra coisa, torna-se algo normal e aceitável, pois os olhos estão voltados às conquistas terrenas e somente isso que importa.

A Bíblia nos ensina verdades que vão de encontro a essa forma de pensamento. Longe de entrar no mérito se o senhor de camisa azul é cristão ou não, é salvo ou não, afinal, quem sou eu para afirmar algo que somente Deus o sabe, mas ouvir e se calar é aceitar que esse tipo de pensamento é correto.

Esse senhor lembrou-se de mencionar o seu nome, que realmente está escrito na Bíblia, mas esqueceu-se de lembrar um dos principais ensinamentos de Jesus: achar o próximo superior a si mesmo e amar o próximo como a ti mesmo. Poderia elaborar mais uma lista de outras lições de Jesus sobre o caso, mas seria necessário copiar aqui a Bíblia inteira.

Se isso não for compreendido e aplicado na vida, não bastará ter o nome na Bíblia, pois ele, dificilmente poderá estar no da Vida.

* Jônatas Ferreira. Jornalista, casado e amante da Bíblia. Pós-graduação em curso de Produção Textual e MBA em Marketing Digital. É ghostwriter e produtor de conteúdo. Sonha em concluir o seu livro sobre Cristo revelado no Antigo Testamento.

****

Fonte:https://www.gospelprime.com.br/sobre-ter-o-nome-na-biblia-e-nao-o-ter-no-livro-da-vida/

sábado, 15 de agosto de 2020

Pastores da Universal em Angola rompem com Edir Macedo e pedem expulsão de bispos brasileiros

 15.08.2020

Do portal BBC BRASIL, 29.11.2019

Por João Fellet - @joaofellet.Da BBC News Brasil em São Paulo

Culto da Universal (IURD) em Angola

Igreja Universal do Reino de Deus iniciou suas operações em Angola em 1992 e tem mais de 230 templos no país

Em um movimento sem precedentes, pastores angolanos da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) anunciaram uma ruptura com o fundador, bispo Edir Macedo, e com o restante da liderança brasileira da igreja, acusando-a de desviar recursos para o exterior, discriminar funcionários locais e de promover a esterilização de sacerdotes africanos.

Em comunicado divulgado pela imprensa angolana na última quinta-feira (28/11), os religiosos — que dizem ter o apoio de 330 pastores e bispos angolanos da Universal — exigem que líderes brasileiros da instituição deixem "o território nacional dentro dos prazos estabelecidos pelas autoridades migratórias" para que a igreja passe a ser "liderada exclusivamente por angolanos".

O cisma — que põe em xeque a sobrevivência da Iurd em um de seus principais palcos no exterior — ocorre poucas semanas após a Universal ser ameaçada de expulsão em outro país africano, São Tomé e Príncipe, onde também era acusada de privilegiar pastores brasileiros e forçar pastores locais a realizar vasectomias.

Em nota, a Universal diz que não houve ruptura em Angola e que a igreja é vítima de uma "rede de mentiras arquitetada por ex-pastores desvinculados da instituição por desvio moral, e de condutas até criminosas com o único objetivo de terem sua ganância saciada".

'Nepotismo, racismo e amiguismo'

A Universal iniciou em 1992 suas operações em Angola, ex-colônia portuguesa no oeste africano com cerca de 30 milhões de habitantes. Desde então, abriu mais de 230 templos no país. A igreja diz ter como fiéis 2,7% da população angolana.

Na quinta-feira, houve tumulto quando os pastores revoltosos tentaram entrar no principal templo da Universal na capital angolana, Luanda, para ler o manifesto contra os líderes brasileiros. Policiais e seguranças impediram o acesso do grupo.

Em reportagem transmitida pela Televisão Pública de Angola (TPA), principal emissora do país, um dos pastores barrados, que não teve o nome divulgado, acusou os líderes da Universal de praticar "nepotismo, racismo e 'amiguismo'", privilegiando religiosos brasileiros e dificultando a ascensão de angolanos.

O manifesto dos pastores diz que, embora a subsidiária da Iurd em Angola seja uma "instituição religiosa de direito angolano", registrada no Ministério da Justiça e regida pelas leis locais, brasileiros exercem forte controle sobre a igreja no país.

Esse domínio, segundo o texto, "é visível em todos os quadrantes da igreja, desde os púlpitos à área administrativa, que tem se traduzido em atos discriminatórios, onde na maior parte das vezes o principal critério para se atribuir certas responsabilidades eclesiásticas e/ou administrativas é a nacionalidade brasileira".

O manifesto diz que, há alguns anos, líderes brasileiros da Universal começaram a tomar atitudes reprovadas por bispos e pastores angolanos, "tais como a evasão de divisas para exterior".

Segundo os religiosos, sob orientação de Macedo, os gestores da Universal no país africano decidiram "vender mais da metade do patrimônio da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola, sem prévia consulta aos bispos, pastores, obreiros e membros angolanos".

"O referido patrimônio inclui residências e terrenos que foram adquiridos e/ou construídos com os dízimos, ofertas e doações dos bispos, pastores, obreiros e membros de Angola", segue o comunicado.

Universal em Angola

Houve tumulto em frente a um templo da Universal em Angola quando pastores tentaram entrar para ler um manifesto contra líderes brasileiros

Os pastores afirmam ainda que, nos últimos 12 meses, "a anterior e atual liderança brasileira, por orientação do Bispo Edir Macedo, tem forçado os pastores solteiros e casados a submeterem-se a um procedimento cirúrgico de 'esterilização', tecnicamente conhecido como vasectomia".

O grupo diz que a prática constitui "clara violação dos direitos humanos, da lei e da Constituição da República de Angola", além de ser estranha "aos costumes da nossa realidade africana e angolana".

Procurada pela BBC News Brasil, a Igreja Universal enviou uma nota na qual diz que a subsidiária em Angola segue atrelada à matriz. "Continuamos unidos, bispos, pastores, obreiros, evangelistas e jovens, com o firme propósito de levar o Reino de Deus e expandir o evangelho aos quatro cantos do mundo", diz o comunicado.

A nota diz que "a Igreja Universal em Angola continua mais forte do que nunca" e atribui o movimento revoltoso a "ex-pastores desvinculados da instituição por desvio moral, e de condutas até criminosas com o único objetivo de terem sua ganância saciada". A igreja afirma que sempre se pautou pela "moralidade, respeito às autoridades constituídas e à legislação vigente" em Angola.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil não se pronunciou sobre a ameaça de expulsão de religiosos brasileiros no país africano.

Revolta em São Tomé e Príncipe

No início de novembro, a BBC News Brasil publicou uma reportagem sobre um levante popular que provocou a depredação de vários templos da Universal e a morte de um adolescente em São Tomé e Príncipe, um dos 23 países africanos onde a denominação brasileira está presente.

A crise teve início após o pastor são-tomense da Universal Iudumilo Veloso ser preso na Costa do Marfim, onde trabalhava havia 14 anos para a igreja. Ele era acusado de divulgar em redes sociais mensagens que denunciariam supostos abusos da Universal contra funcionários africanos.

A detenção do pastor gerou uma revolta em São Tomé e Príncipe — muitos são-tomenses avaliaram que a Universal havia arquitetado a prisão do pastor para evitar a divulgação de práticas discriminatórias da igreja no país.

Já a Iurd disse que havia apenas denunciado a autoridades marfinenses mensagens que continham "mentiras absurdas e calúnias" sobre a Universal, mas que coube à polícia local identificar e prender o autor.

Em meio à turbulência, políticos são-tomenses cogitaram expulsar a Iurd do país. A ameaça ficou em suspenso após a soltura de Veloso, obtida após uma ofensiva diplomática que mobilizou o Itamaraty e membros da bancada evangélica no Congresso brasileiro, entre os quais o deputado federal (e bispo da Iurd) Márcio Marinho (Republicanos-BA).

Procurado pela BBC News Brasil nesta sexta-feira, Marinho não se pronunciou sobre os acontecimentos recentes envolvendo a Universal em Angola.

Entre as acusações atribuídas ao pastor Iudumilo Veloso estava a de que a Universal impedia clérigos africanos de se casar ou os obrigava a fazer vasectomia para que não tivessem filhos — assim, poderiam se dedicar integralmente à igreja.

Universal em São Tomé

Repressão policial a revolta contra a Universal em São Tomé e Príncipe causou a morte de um adolescente

Na ocasião, a Universal disse à BBC News Brasil que a acusação era "facilmente desmentida pelo fato de que muitos bispos e pastores da Universal, em todos os níveis de hierarquia da igreja, têm filhos".

"O que a Universal estimula é o planejamento familiar, debatido de forma responsável por cada casal", disse a igreja.

No Brasil, a Justiça já condenou a Universal a indenizar pastores submetidos a vasectomias. Em agosto, em um dos últimos casos julgados, a juíza Glaucia Alves Gomes, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), condenou a Iurd a pagar R$ 200 mil a um pastor que trabalhou por seis anos na entidade e realizou vasectomia no período.

Em nota sobre o julgamento, a assessoria tribunal disse que "duas testemunhas indicadas pelo trabalhador e uma pela Igreja Universal comprovaram ser comum o incentivo à prática de vasectomia pelos pastores". "Segundo uma delas, a recusa em realizar o procedimento pode reduzir a possibilidade de promoção ou acarretar a transferência para um local indesejado", afirma a nota.

'Dia do Fim'

A crise atual é o segundo grande revés que a Iurd enfrenta em Angola em menos de uma década.

Em 2013, o governo angolano suspendeu as atividades da Universal por 60 dias após 16 pessoas morrerem pisoteadas em um culto da igreja, em Luanda.

O incidente ocorreu em um evento realizado em um estádio e batizado de "O Dia do Fim", no qual fiéis eram instados a "dar um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas etc".

Segundo investigadores, 152 mil pessoas se dirigiram para o estádio, que tinha capacidade para 30 mil. Uma comissão de inquérito concluiu que a superlotação foi causada por "publicidade enganosa". Na época, vários pastores da Iurd foram detidos pela polícia.

A suspensão também se aplicou a outras seis igrejas evangélicas — ao menos três das quais brasileiras, como a Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor Valdemiro Santiago — por, segundo o governo, recorrerem "às mesmas práticas que as da Iurd" e operarem sem licença.

Numa reviravolta, porém, a suspensão acabou sendo interpretada como benéfica à Universal. Isso porque, terminado o prazo da punição, a Universal foi a única das sete igrejas suspensas a receber autorização para voltar a operar.

As demais foram barradas por não gozar de "personalidade jurídica e por falta do reconhecimento oficial do Estado angolano", o que, segundo analistas, reduziu a concorrência enfrentada pela Universal e permitiu que ela absorvesse parte dos fiéis que frequentavam as outras denominações.

*****

Fonte:https://www.bbc.com/portuguese/brasil-50566599


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

O MILITAR QUE PELA FÉ SE APROXIMOU DE JESUS. Mt 8:5-13

13.08.2020
Do canal, no Youtube, do pastor Irineu Messias, 23.07.2020

****
Fonte:https://youtu.be/P2lfkZi5KXE

QUEM ACALMA AS TEMPESTADES DA SUA VIDA?Mt 8:23-27

13.08.2020
Do canal, no Youtube, do pastor Irineu Messias, 23.07.2020

****
Fonte:https://youtu.be/JmuT3GlKH8g

sábado, 1 de agosto de 2020

Ditados bíblicos: Veja 10 versículos que não estão na Bíblia

01.08.2020
Do blog GUIAME, 01.02.2015
Postado por Pr Irineu Messias

image

É comum observar em conversas entre cristãos, letras de música, e até mesmo em mensagens de pregações, os “ditados bíblicos” que não estão na Bíblia. Ainda que estas frases não sejam leais às Escrituras Sagradas, muitas delas são coerentes aos princípios bíblicos – se usadas corretamente.

Veja abaixo os dez versículos imaginários mais populares, conhecidos entre cristãos e não-cristãos:

1. "Vinde a mim como estás."

Jesus faz o convite aos cansados, mas não com estas palavras. O correto é: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei descanso a vocês". (Mateus 11:28)

2. "O cair é do homem, mas o levantar é de Deus."

Essa frase, que é muito conhecida, não está na Bíblia. O versículo que remete a este texto é: “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal”. (Provérbios 24:16)

3. "Quem não vem pelo amor, vem pela dor.”

Embora a ideia seja verdadeira, este não é um versículo bíblico. Em muitas situações, o sofrimento se torna um instrumento  para conduzir o homem ao arrependimento.

4. "O dinheiro é a raiz de todos os males.”

A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas sim o amor ao dinheiro. Veja: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores". (I Timóteo 6:10)

5. "Esforça-te, e eu te ajudarei.”

O termo "esforça-te" é, de fato, encontrado várias vezes na Bíblia, mas em nenhum momento está acompanhado de “e eu te ajudarei”. Veja exemplos: "Esforça-te, e faze a obra" (I Crônicas 28:10); "Esforça-te, e clama" (Gálatas 4:27).

6. "Eu venci o mundo, e vós vencereis.”

No texto correto da bíblia, não está escrito "e vós vencereis”. O correto é: "Tenho-vos dito isto para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". (João 16:33)

7. "Diga-me com quem tu andas, e eu te direi quem és.”

Embora o livro de Provérbios traga essa idéia, este versículo não existe. Veja: "O homem violento persuade o seu companheiro, e guia-o por caminho não bom". (Provérbios 16:29)

8. "É dando que se recebe.”

Muitos mencionam esta frase, em confusão com o seguinte versículo: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.” (Atos 20:35)

9. "Quem com ferro fere, com ferro será ferido.”

Na verdade, o que a Bíblia diz é: "... todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão". (Mateus 26:52)

10. "Não cai uma folha da árvore sem que Deus queira."

Está idéia é bíblica. Deus não só controla, mas determina todas as coisas. No entanto, este versículo não existe, podendo ser confundido com a idéia do seguinte: “... mas nem um só cabelo de vossa cabeça se perderá.” (Lucas 21:18)

*****