16.10.2013
Do portal da EDITORA ULTIMATO, 28.04.13
À medida que a questão ambiental se torna premente, os cristãos começam a
folhear as páginas do Antigo Testamento em busca de orientação ou de
uma ética ambiental. Mas e o Novo Testamento, o que ele tem a dizer?
Qual era a atitude de Jesus em relação à terra? O que ele disse sobre o
meio ambiente? Há uma ética ambiental “divina” nos Evangelhos? Jesus e a Terra é uma resposta a estas perguntas.
* * *
James Jones é uma referência na aplicação da fé cristã ao cuidado com o meio ambiente. Ao ler Jesus e a Terra,
o leitor encontrará uma base teológica consistente para cuidar melhor
do nosso planeta e, ao fazê-lo, estará simplesmente seguindo os
ensinamentos de Jesus.
-- Sir Ghillean Prance
* * *
“Diz-se
com freqüência que a Bíblia começa com um jardim e termina com uma
cidade. Embora esta seja uma afirmação da vida urbana, ela não apresenta
toda a história, porque o livro de Apocalipse nos dá a imagem de uma
cidade-jardim. Uma cidade onde “o rio de água da vida sai do trono de
Deus e do Cordeiro, no meio da rua principal da cidade. De cada lado do
rio está a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano. As folhas
da árvore servem para a cura das nações”.”
* * *
“Os
prazeres estéticos e culinários são generosamente providos para o nosso
consumo. Mas eles são dádivas e não o alvo de nossa existência. Como a
terra, tudo isto pertence a Deus. Existem limites para o nosso consumo.
[...] É a luta por justiça, e não experiências tecnológicas de alto
risco, que poderá corrigir o desequilíbrio entre ricos e pobres. Para
fazer a vontade de Deus na terra assim como é feita no céu é necessário
desafiar as estruturas injustas, sejam elas políticas ou econômicas, e
insistir no comércio justo e em métodos sustentáveis de produção de
alimentos e combustíveis. A ligação do céu à terra requer isso.”
Comentário do leitor Marcos Aurélio - Rio De Janeiro - RJ
O Bispo James Jones em Jesus e a Terra escreve sobre sua conversão
ecológica, como resultado de uma re-leitura dos Evangelhos. Ele analisa
em pormenor os sete ocasiões em que Jesus fala de si mesmo como o Filho
do Homem, ao mesmo tempo que fala da terra. O Bispo James declara
firmemente que Reino de Deus é muito mais do que salvar almas, e inclui
uma paz na terra, que tem profundas dimensões ecológicas. Há muito mais
neste livro para provocar nossa reflexão e o desejo de agir.
Fica
claro ao se ler as páginas de Jesus e a Terra, que pensamento ecológico é
próximo do pensamento cristão de irmandade, vê toda a vida na Terra
como uma teia interligada e interdependente. Partindo deste pressuposto é
que se verifica a urgente necessidade do desenvolvimento pelas Igrejas
cristãs de uma linha de pensamento e ação em que se apresentem respostas
para a questão da ecologia, mais especificamente no âmbito
cosmopolitano da ecologia – social.
Este é um tema de extrema
importância, mas que tem sido merecedor de pouca reflexão por parte da
sociedade em geral e quase nenhuma pela Igreja, apenas atualmente com os
possíveis reflexos do aquecimento global é que nos tornamos um pouco
mais cientes destes problemas.
Cabe a igreja apontar para o problema
ecológico, observando que ela também faz parte deste problema, cabe a
igreja exercer seu papel de ser profeta na sociedade, no sentido de
apontar a crise ambiental como uma crise ética, cabe a igreja exortar ao
corpo que a constitui uma mudança de mentalidade no sentido entender a
responsabilidade individual, cabe a igreja usar a sua estrutura para
apresentar soluções, seja de nível local ou mais amplo.
O livro de
Jones nos conduz à centralidade em Jesus Cristo. Sua vida de serviço
sacrificial é o paradigma do discipulado cristão. Em sua vida e por meio
da sua morte, Jesus estabeleceu o modelo de identificação com os pobres
e a inclusão do outro. Na cruz Deus nos revela a seriedade com que Ele
olha para a justiça e reconcilia consigo mesmo toda a criação ao cumprir
com os requerimentos de sua própria justiça.
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Fonte: http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/jesus-e-a-terra