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terça-feira, 19 de abril de 2022

Ele não está aqui, Ele vive!

 20.04.2022

Do portal gospel GUIAME, 13.04.22

Por Maurício Guedes

Até hoje vivemos os efeitos de tão profunda verdade, de tão linda afirmação! Ele vive!

(Geralt / Pixabay)

“No primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, as mulheres levaram ao sepulcro as especiarias aromáticas que haviam preparado. Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente, dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou! Lembrem-se do que ele disse, quando ainda estava com vocês na Galileia: ‘É necessário que o Filho do homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, seja crucificado e ressuscite no terceiro dia’. Então se lembraram das palavras de Jesus.” Lucas 24:1-8 NVI

Uma das declarações mais impactantes da história foi feita pelo anjo às mulheres que foram visitar o túmulo de Jesus.

Até hoje vivemos os efeitos de tão profunda verdade, de tão linda afirmação! Ele vive!

O que a vida, morte e ressurreição de Jesus trouxeram à humanidade?

1. Salvação!

- Quando Jesus estava nos braços de Simão para ser dedicado a Deus, este expressa-se da seguinte forma: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir em paz o teu servo. Pois os meus olhos já viram a tua salvação” Lucas 2:29-30 NVI

Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para recebermos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” 1 Tessalonicenses 5:9 NVI

- Quando celebramos a Páscoa, nossa mente vai até ao Egito, quando Deus libertou seu povo da escravidão. Aquele povo foi salvo de uma vida de morte. Nós também, fomos salvos por Cristo Jesus e celebramos isso com muita alegria!

2. Perdão

- Todos nós somos pecadores e precisamos do perdão de Deus. Quando nos arrependemos e reconhecemos nossos pecados ele nos perdoa e nos restaura. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça. Se afirmarmos que não temos cometido pecado, fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.” 1 João 1:9-10 NVI

“Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados.” Mateus 26:28 NVI

- Como é gostoso disfrutar do perdão de Deus em nossas vidas!

3. A segurança de um futuro

“Pedro lhe disse: ‘Nós deixamos tudo o que tínhamos para seguir-te!’ Respondeu Jesus: ‘Digo a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pai ou filhos por causa do Reino de Deus deixará de receber, na presente era, muitas vezes mais e, na era futura, a vida eterna’”. Lucas 18:28-30 NVI

- Nada do que acontece nas nossas vidas no presente pode abalar a certeza do nosso futuro!

- Porque Ele vive posso crer no amanhã!

A mensagem para nós hoje é esta: Ele está vivo! Ele é a nossa Páscoa, o Cordeiro que nos salva. Ele nos resgatou e nos mostrou o caminho da salvação! Proclamemos isso com todas as nossas forças. Em dias de incertezas há uma certeza: Ele vive e na hora certa se levantará em nosso favor.

Feliz Páscoa!

Por Maurício Guedes, presidente da Igreja Presbiteriana Renovada de Portugal, Pastor na cidade de Almada – Portugal. Autor dos livros: “Geração Autêntica”, “Que Ele Cresça e Que eu Diminua” e “O Evangelho Que Pregamos”.

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Fonte:https://www.guiame.com.br/colunistas/mauricio-guedes/ele-nao-esta-aqui-ele-vive.html

segunda-feira, 18 de abril de 2022

O que não esquecer no memorial da Ceia do Senhor?

18.04.2022

Do  portal ULTIMATO ONLINE, 11.04.2022

 

John Stott vai direto ao ponto: “A Ceia do Senhor não foi uma declaração levemente sentimental do tipo não me esqueçam”. Ele tem razão.


Assim, para ajudar o leitor a entender melhor a Eucaristia, bem como celebrar e reafirmar que Jesus RESSUSCITOU, Ultimato convidou alguns dos seus colunistas para responder a uma única pergunta que dá título a esse painel: “O que não esquecer no memorial da Ceia do Senhor?”. Confira abaixo.


Por Cláudio Marra
1) Não esqueça que esse memorial foi instituído por Jesus. Não é apenas uma tradição eclesiástica.
2) Não esqueça que essa ordenança foi dada para seus discípulos. Não é uma open house. Só os que creem nele podem participar.
3) Não esqueça que a Ceia é sinônimo de comunhão. Os discípulos a celebram juntos. Não é um lanchinho solitário de crentes monásticos.
4) Não esqueça que Jesus a instituiu para discípulos contritos. Cada um deverá examinar-se e só arrependido poderá comer o pão – que continua a ser pão – e beber o vinho – que continua a ser vinho.
5) Não esqueça que esse memorial não é apenas um memorial. É bênção para os que participam dele de modo digno. E é maldição para os indignos e obstinados.
6) Não esqueça que ao participar da Ceia anunciamos a morte de Jesus. Até ele voltar.
7) Não esqueça que a Eucaristia é uma comemoração – não repetição – daquela única oferenda que Jesus fez de si mesmo na cruz, uma vez por todas.
8) Não esqueça de fazer isso em memória de Jesus.


Por César Moisés Carvalho
A pergunta é interessante. A cena apresentada em todos os Evangelhos (Mt 26.17-30; Mc 14.12-26; Lc 22.7-23; Jo 13.1,2) é a última Páscoa ou a primeira Ceia do Senhor?
A maioria das epígrafes editoriais das Bíblias mais recentes informa ser ambas as coisas. Na verdade, o Mestre os convoca para realização da Páscoa, contudo, realiza a primeira Ceia, conforme vemos posteriormente, em 1Coríntios 11.23-32. E foi justamente nessa ocasião que os três aspectos que não podemos esquecer desse memorial, foram instituídos:

1) A remissão dos nossos pecados — dando início a um novo tempo para a humanidade, ou seja, o “Novo Testamento”;
2) A promessa escatológica — Jesus só participará desse ato novamente quando retornar e instituir completamente seu Reino e
3) A tarefa precípua da Igreja — anunciar o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo até que Ele volte. Trata-se de um memorial que nos liga, verticalmente à Trindade, e nos une, horizontalmente, enquanto corpo de Cristo. Dádiva, promessa e missão, eis o que nunca podemos esquecer.


Por Alderi Souza de Matos
Na Reforma do século 16, fixaram-se três posições acerca da Ceia do Senhor: a de Lutero, afirmando a presença física de Cristo junto aos elementos; a de Zuínglio, insistindo no caráter simbólico ou memorial do sacramento, e a posição mediadora de Calvino, destacando que existe uma presença real, porém plenamente espiritual. Assim, a Ceia testifica tanto de uma presença quanto de uma ausência (“fazei isto em memória de mim”), é tanto um símbolo quanto uma realidade, nos remete ao passado e ao presente.

O que não podemos esquecer:
Em primeiro lugar, é a realidade que tornou necessário o sacrifício do Senhor: nosso pecado, rebeldia e alienação, em todas as suas dimensões.
Em segundo lugar, devemos lembrar a justiça e a graça do Pai, que, sem minimizar o pecado, proveu redenção, perdão e reconciliação pela cruz.
Por último, é necessário ter em mente que na Ceia nutrimos nossa comunhão com o Salvador, experimentamos a força santificadora da sua presença (“Cristo em vós, a esperança da glória”).

Ultimato também quer falar da verdadeira Páscoa. Quer repetir e espalhar que, na sexta-feira, Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29); e, domingo, ele é o Leão da tribo de Judá (Ap 5.5). Confira as 8 razões essenciais para relembrar a Páscoa.


• Cláudio Marra, casado com Sandra, é jornalista, pastor presbiteriano e editor da Cultura Cristã.

• César Moisés Carvalho, pastor assembleiano, pós-graduado em Teologia pela PUC-Rio e mestrando em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Autor de, entre outros, Pentecostalismo e Pós-Modernidade (CPAD).

• Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e professor no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper. É autor de, entre outros, Erasmo Braga, o Protestantismo e a Sociedade Brasileira.

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Fonte: https://www.ultimato.com.br/conteudo/o-que-nao-esquecer-no-memorial-da-ceia-do-senhor#memorial

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Páscoa – a verdadeira história

03.05.2019
Do blog ROCHA FERIDA, 11.04.19

A páscoa é a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas. O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12.11-27). Chama-se a “páscoa do Senhor”, a “festa dos pães asmos”(Lv 23.6, Lc 22.1), os dias dos “pães asmos” (At.12.3,20.6). Mas o que significa a palavra “Páscoa”?
A palavra páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc.22.7,1Co 5.7, Mt 26.18-19, Hb 11.28).
A Páscoa no Antigo testamento
Na sua instituição, a maneira de observar a páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no décimo quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado.

No dia seguinte, o 15°, a contar desde as 6 hrs do dia anterior, principiava a grande festada páscoa, que durava 7 dias; mas somente o 1° e o 7° dias eram particularmente solenes. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, macho e do 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito.

Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. 

Os que comiam a páscoa precisavam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados na mão, alimentando-se apressadamente. Durante os 8 dias da páscoa não se podia comer pão levedado, embora fosse permitido preparar comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Ex.12).

A páscoa era uma das 3 festas em que todos os varões haviam de “aparecer diante do Senhor” (Ex.26.14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guarda a páscoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado a morte (Nm 9.13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14° dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (1Cr 30.2-3).

A Páscoa no Novo testamento

Segundo o Novo Testamento, Cristo é o sacrifício da Páscoa. Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho de São João: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (João, 1.29)e uma constatação de São Paulo “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.” (1Co 5.7).

Jesus Cristo, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus que foi imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado.

Como, segundo a tradição cristã sustentada no Novo Testamento, Jesus ressuscitou num Domingo (Mc 16.9), surgiu a prática da Igreja se reunir aos domingos, e não aos sábados, como faziam e fazem os judeus (sabbath).

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Páscoa: Cristo é apresentado ao crente

15.04.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
ESTUDOS BÍBLICOS
Por Dario de Araújo Cardoso

Texto Básico: Êxodo 12.1-14; 21-28
Leitura Diária
D Sl 118 – O que vem em nome do Senhor
S Jo 1.29-51 – Eis o cordeiro de Deus
T Lc 4.1-13 – Foi tentado, mas não pecou
Q Hb 9.11-28 – O sacerdote dos bens realizados
Q 1Pe 1.13-25 – Resgatados pelo sangue
S Rm 5.1-11 – Agora temos paz com Deus
S Ap 7.9-17 – Lavados pelo sangue

Introdução

O simples fato de Jesus ter morrido durante a celebração da Páscoa é razão suficiente para percebemos o quanto o nosso Salvador e sua obra estão associados a essa festa. No entanto, a relação de nosso Senhor com essa celebração judaica tem elementos muito mais profundos.
O ritual da Páscoa foi estabelecido de forma a apresentar Jesus e sua obra ao povo de Deus. É isso que veremos na lição de hoje.

I. A descrição do ritual

A instituição da Páscoa está registrada em Êxodo 12. Após anunciar a última das pragas contra o Egito, a morte dos primogênitos, o Senhor orientou o povo sobre o modo como deveriam proceder para serem poupados do juízo que se abateria sobre os egípcios. Assim, além de celebrar a libertação da escravidão, a Páscoa anuncia simbolicamente o que é preciso para escapar do juízo divino.
A instituição da Páscoa fez do mês de abibe o primeiro mês do ano no calendário israelita. Ela é o marco do início de uma nova vida. Na noite do dia 14 desse mês Israel foi libertado do Egito (Dt 16.1); por isso, nesta data durante todos os anos, Israel deveria celebrar a Páscoa. No entanto, os preparativos para a festa começavam alguns dias antes.
O primeiro passo era a seleção do cordeiro. Isso deveria acontecer sob um criterioso exame. No dia 10 do mês, cada família devia escolher um cordeiro ou um cabrito novo e sem defeito (Êx 12.5), que ficava preso até o dia 14.
O segundo passo era considerar se os membros da família eram suficientes para comer a refeição toda. Nada poderia sobrar dela no dia seguinte. Por isso, se na casa não houvesse pessoas suficientes, o vizinho mais próximo devia ser convidado até que se chegasse ao número suficiente para comer todo o cordeiro (12.4).
Assim, no final da tarde do dia 14, a comunidade se reuniria para sacrificar os  cordeiros. Depois, voltariam à suas casas para assá-lo e comê-lo, durante aquela noite, juntamente com pães asmos e ervas amargas (Êx 12.7-10).
Naquela primeira Páscoa, houve uma atividade especial. Cada família levou uma vasilha de sangue para colocar nos umbrais das portas de suas casas. Esse sinal identificaria diante de Deus (Êx 12.13), mas também diante dos egípcios, as casas em que estavam os israelitas fiéis ao Senhor. Era uma corajosa declaração de fé. Por isso, somente aqueles que se circuncidassem poderiam participar da celebração (Êx 12.43-48).
Em Deuteronômio 16, considerando que o povo em breve se instalaria na terra de Canaã e que as tribos estariam divididas por toda a terra, foi acrescentada a exigência de que o sacrifício da Páscoa só poderia ser realizado no lugar que Deus escolhesse para colocar o seu nome (Dt 16.5-6). Esse lugar seria aquele em que estivesse o santuário divino. Inicialmente a Páscoa foi celebrada em Gilgal (Js 5.11) e, por fim, em Jerusalém (2Rs 23.21-23; 2Cr 30).
Nos dias de Jesus, algumas tradições foram acrescentadas à celebração da Páscoa. O exame dos cordeiros não era mais feito pelo pai de família, mas pelos sacerdotes que ministravam no Templo. Essa necessidade de vistoria levou a maioria a preferir comprar os animais certificados que eram vendidos no Templo e evitar passar pelo exame dos sacerdotes que sempre poderiam encontrar alguma imperfeição nos cordeiros vindos de fora (Encontrei Jesus numa festa em Israel, John Sittema, Cultura Cristã).
O sangue não era levado para as casas, mas derramado na base do altar. Cantavam-se, então, os salmos 113 a 118, que lembravam os feitos de Deus na saída do Egito e a promessa da vinda do Messias libertador. Então, as pessoas voltavam para suas casas, salões alugados ou tendas e, em grupos de dez a vinte adultos, comiam a páscoa que agora era marcada por quatro taças de vinho denominadas “bênção”, “ira”, “redenção” e “reino” (John Sittema).
Cada passo desse ritual prescrito para a celebração da Páscoa foi preparado cuidadosamente para revelar a Israel e a todos os verdadeiros crentes a pessoa e a obra de Cristo em prol da nossa redenção.

II. Jesus, o cordeiro de Deus

O primeiro passo na celebração da Páscoa era a escolha do cordeiro. No que diz respeito à nossa redenção, a escolha foi feita pelo próprio Deus(cf. Is 42.1).
Jesus foi precedido por muitos profetas que falavam de sua vinda como o Cordeiro escolhido e enviado por Deus. João Batista foi o último destes profetas e o seu ministério preparava as pessoas para a chegada do Messias e apontava para ele, como o “o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Ao batizar Jesus, João viu o Espírito Santo descer sobre ele em forma de pomba e uma voz do céu proclamar: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mt 3.17).A mesma voz e as mesmas palavras foram ouvidas no monte da transfiguração (Mt 17.5). Jesus requereu para si esse testemunho celestial quando discutiu com os fariseus: “O Pai, que me enviou, testifica de mim” (Jo 8.18).Muitas vezes, Jesus afirmou que estava cumprindo uma missão que fora dada a ele pelo Pai (Jo 10.18; cf. Hb 5.4-5).
Não há dúvidas de que em toda a humanidade não há ninguém como Jesus. Por isso, podemos cantar: “Ele é a luz do mundo, a estrela da manhã, dos milhares o escolhido para mim” (hino 113, do Hinário Novo Cântico).

III. Jesus, o Cordeiro sem defeito

Ser escolhido não era o único requisito para o cordeiro da Páscoa. Segundo a prescrição mosaica, o cordeiro deveria ser sem defeito. Essa também é uma característica que só pertence a Jesus.
Quando Gabriel anunciou o nascimento de Jesus, disse que Maria, por meio do Espírito Santo, daria a luz a um ente santo (Lc 1.35). João Batista confirmou essa condição de Jesus ao observar que ele não precisava se submeter ao batismo para arrependimento, ao que Jesus respondeu afirmando a necessidade de cumprir toda a justiça (Mt 3.14-15). Nesse sentido, Jesus afirmou, no Sermão do Monte, que não veio revogar a lei, mas veio para cumpri-la (Mt 5.17). Em toda a sua vida, Jesus provou sua perfeita santidade. Tentado por Satanás, mostrou-se invencível, valendo-se da Palavra de Deus (Lc 4.1-13). Ele “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado” (Hb 4.15).
Nem Satanás, nem aqueles que estavam a seu serviço puderam encontrar defeitos em Jesus. Diversas vezes, os evangelhos registram que os líderes judeus tentaram apanhar Jesus em alguma palavra (Lc 20.20,26), mas sem sucesso. Jesus suportou a dura e tendenciosa sabatina dos fariseus e saduceus e, com suas respostas, fê-los calar. Após prenderem Jesus, esses homens trouxeram muitas falsas testemunhas para condenar a Cristo, mas nada conseguiram. Por fim, condenaram-no à morte por dizer a verdade (Mt 26.59-66).
Coube também a Pilatos ouvir as acusações contra Jesus. Seu veredito confirmou a perfeição do Senhor: “Não vejo nesse homem crime algum” (Lc 23.4 cf. 24.14-15, 22).
Ainda hoje, muitos tentam apontar falhas e imperfeições de Jesus no intuito de desacreditá-lo como o Cordeiro sem defeito de Deus. Não querem reconhecer Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador, por isso tentam inutilmente desmerecê-lo.
No entanto, aos olhos do crente, Cristo é e será para sempre o perfeito e santo Filho de Deus. São bem-aventurados os que não acham nele motivo de tropeço (Mt 11.6). Assim como fez André ao conhecer o cordeiro de Deus, imediatamente seguimos a Jesus (Jo 1.35-41). Quando olhamos para Jesus e quanto mais o conhecemos, suas perfeições se tornam mais claras para nós. Ele se torna mais amado e desejado e ficamos convencidos de que não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos (At 4.12). Ele é incomparável em sua glória e graça. Sob qualquer escrutínio, diante de nossos olhos, Jesus se mostra o perfeito Cordeiro de Deus.
Reconheçamos que ele supre, com sobras, a nossa vida e busquemos compartilhá-lo com nossos parentes, amigos e todos com quem temos contato.

IV. O sangue do Cordeiro

Por fim, temos o sangue do cordeiro, que certamente é a mais utilizada ilustração da Páscoa acerca de Jesus. Ao celebrar a Páscoa com seus discípulos, Jesus disse: “Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.27-28).
Desde então, o sangue do cordeiro pascal, colocado sobre as portas ou derramado na base do altar, tem sido identificado com o sangue de Cristo, derramado na cruz pelos nossos pecados. E seus efeitos têm sido apresentados de forma correspondente.
O principal aspecto relacionado com o sangue de Jesus é a redenção (cf. Hb 9.22). A morte do cordeiro pascal era o único meio de ser poupado da ira de Deus que se abateu sobre o Egito. As casas cobertas por aquele sangue não receberiam a visita do anjo da morte. Isso foi uma representação de uma realidade muito mais profunda. Jesus é o único que nos livra da ira vindoura (1Ts 1.10), aqueles que são cobertos pelo seu sangue têm seus pecados perdoados (1Jo 1.7; Ap 1.5) e serão apontados como justos no dia do juízo de Deus (Rm 5.9).
Apocalipse anuncia que os que lavaram as suas vestes no sangue do Cordeiro venceram, são bem-aventurados e receberam o direito de comer da árvore da vida e entrar na Jerusalém celestial (Ap 12.11; 22.14).
O sangue de Jesus também é relacionado à nossa santificação (cf. Hb 13.12). Ele foi o preço pago para nos resgatar do fútil procedimento que nos legaram nossos pais (1Pe 1.17-19).
O sangue de Cristo é também a base da responsabilidade dos líderes da igreja(cf. At 20.28). A igreja pertence ao Senhor, ela foi resgatada pelo alto preço do sangue de Cristo (Ap 5.9). Por isso, todo o cuidado deve ser empregado em seu pastoreio.
Por exemplo, é pecado gravíssimo fazer tropeçar ou entristecer, por qualquer motivo, alguém por quem Cristo morreu (Rm 14.13,15; 1Co 8.11 cf. Lc 17.1-2).

Conclusão

A ligação de Jesus com a festa da Páscoa vai muito além da data em que sua morte aconteceu. De muitas formas podemos ver que a Páscoa foi instituída para nos apresentar Cristo. Cada detalhe do ritual foi cuidadosamente preparado para refletir a perfeição de Nosso Senhor e para indicar a obra que ele realizou para a nossa redenção.
Um israelita dedicado à comemoração da Páscoa não teria como negar que Jesus Cristo cumpriu plena e perfeitamente todos os aspectos prescritos para essa celebração e o seu sangue era infinitamente mais eficaz para a redenção e santificação do povo de Deus.

Aplicação

Você está convencido da suprema perfeição de Cristo? Reconhece nele o cordeiro escolhido por Deus para a sua redenção? Tê-lo como Salvador é suficiente para dar a você plena satisfação? Você consegue descrever essa suficiência para as pessoas? Já convidou seu vizinho para participar de Jesus com você?
Autor da lição: Dario de Araújo Cardoso

>> Lições adaptadas do livro Encontrei Jesus numa festa de Israel, de John Sittema, Editora Cultura Cristã. Publicada com permissão.

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/pascoa-cristo-e-apresentado-ao-crente/

sábado, 4 de abril de 2015

Creio no Filho: Jesus Cristo, o Único Salvador #páscoafiel

05.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 04.04.15
Por Hermisten Maia*

CreioNoFilho

SALVADOR PROMETIDO PELO PRÓPRIO DEUS:

Após o pecado de nossos primeiros pais e, a sua decorrente punição, Deus faz uma promessa: “Porei inimizade entre ti (serpente = satanás. cf. Ap 12.9; 20.2) e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15; Gn 17.7). Como diz Law, “estas foram as primeiras palavras da graça a um mundo perdido”.[14] De fato, aqui temos o protoevangelium, o primeiro vislumbre histórico do Evangelho de Jesus Cristo (Mc 1.1), Aquele que viria em graça restaurar o seu povo à comunhão com Deus. Ele viria como de fato veio, da “semente” da mulher (Mt 1.18-25; Lc 1.35), se constituindo no segundo Adão. Caso Jesus Cristo não se constituísse em descendência do primeiro casal, a promessa de Deus teria falhado e também, Cristo não poderia ser o representante legítimo do seu povo. Por outro lado, se Jesus Cristo pecasse, o seu sacrifício não teria valor vicário pois Ele mesmo precisaria, nesta hipótese, ter seus pecados expiados. Entretanto, a Bíblia afirma que Jesus veio da semente da mulher, sendo verdadeiramente homem – não obstante ser verdadeiro Deus –, todavia sem pecado (Jo 8.46; 2Co 5.21; Hb 2.17-18; 7.22-28; 9.23-28).
Jesus Cristo cumpriu o propósito de Deus a despeito de todas as tentativas de Satanás para frustrá-lo e, apesar da gravidade do pecado humano e de suas conseqüências, Jesus venceu. A graça de Deus é mais forte do que a obra pecaminosa do homem: a vida é mais forte do que a morte (Rm 5.12-15; 1Co 15.20-28; 45-49; 67,58). Como, escreveu Calvino: “Cristo suplantou a Adão, o pecado deste é absorvido pela justiça de Cristo. A maldição de Adão é destruída pela graça de Cristo, e a vida que Cristo conquistou tragou a morte que procedeu de Adão.”[15]

A SALVAÇÃO PROPORCIONADA POR CRISTO:

“Por que é o Filho de Deus chamado JESUS, isto é, SALVADOR?” “Porque ele nos salva de nossos pecados e porque a salvação não pode ser buscada ou encontrada em nenhum outro”.[16]
A salvação é uma prerrogativa única e exclusiva de Deus: ele tem poder e total liberdade para salvar a quem ele quiser; a Palavra diz que a salvação pertence a Deus (Hb 2.10; 5.9; Tg 4.12; Ap 7.10; 19.1). Por isso, a nossa salvação repousa unicamente em Deus. A Bíblia nos diz que a Salvação:
1) É oferecida por Deus unicamente através de Cristo, mediante a pregação da Palavra: Jesus Cristo é o único salvador. A Igreja anuncia a Palavra porque é através da Palavra que Deus produz a fé salvadora em seus escolhidos. (At 2.47; 4.4,12; Rm 10.13-17; Hb 7.25; 1Jo 4.14; Jd 25; Tg 1.18; 1Pe 1.23).
2) É resultado da nossa eleição: Deus nos escolheu na eternidade para a salvação em Cristo Jesus. (Ef 1.4; 1Ts 5.8,9; 2Ts 2.13; 2Tm 2.10).
3) É obra da graça de Deus: A nossa salvação é decorrente do Pacto da Graça, através do qual Deus confiou o seu povo ao seu Filho para que este viesse entregar a sua vida pelos seus escolhidos. Cristo deu a sua vida em favor de todos aqueles que o Pai lhe confiara na eternidade. (Sl 89.2,3; Is 42.6; 2Tm 1.9; Jo 6.39; 17.1,6-26).[17] Assim, todos os homens que creram, tanto no Antigo como no Novo Testamento, foram salvos pela graça (At 15.11).
Mérito e graça são conceitos que se excluem (Rm 11.6). “A graça divina e o mérito das obras [humanas] são tão opostos entre si que, se estabelecermos um, destruiremos o outro”, conclui Calvino (1509-1564).[18] De fato, a graça tem sempre como pressuposto a indignidade daquele que a recebe.[19] A graça brilha nas trevas do pecado; desta forma, a idéia de merecimento está totalmente excluída da salvação por graça (Ef. 2,8,9; 2Tm 1.9). A Palavra de Deus nos ensina que a nossa salvação é por Deus, porque é Ele quem faz tudo; por isso, o homem não pode criar a graça, antes, ela lhe é outorgada, devendo ser recebida sem torná-la vã em sua vida (2Co 6.1; 8.1; 1Co 15.10).
4) É efetivada pelo poder soberano de Deus: A nossa salvação é decorrente primeiramente da vontade soberana de Deus (Mt 19.23-36; Hb 7.25; Tg 4.12). Deus age através da sua poderosa palavra (Rm 1.16; 9.16-18; 10.17; 1Co 1.18), conduzindo-nos a Cristo (Jo 6.44,65), confessando-o como nosso Senhor (1Co 12.3). Deus mesmo dá-nos a certeza de que fomos salvos pelo poder da sua graça (Jo 10.27-29); confirmando (Rm 16.25-27);[20] selando (Ef 1.13; 4.30), edificando (At 20.32), santificando (2Ts 2.13) e preservando-nos (Jd 24,25), até à conclusão do seu propósito em nós: A salvação eterna para a glória de Deus (Fp 1.6; 2Ts 1.11,12; 1Pe 1.3,5; 2Pe 1.3).
5) É segundo a sua misericórdia: A misericórdia de Deus é uma demonstração da sua bondade para com aqueles que estão em miséria e pecado: Misericórdia sempre pressupõe necessidade daquele em quem ela é exercitada. Este é o estado do homem até que Deus o salve (Ef 2.4-5; Tt 3.5).
6) É fruto da longanimidade de Deus: Deus é paciente na execução do seu juízo, oferecendo tempo para que o homem se arrependa dos seus pecados e seja salvo. (2Pe 3.9,15).

A EXTENSÃO DA SALVAÇÃO PROPORCIONADA POR JESUS CRISTO:

JESUS SALVARÁ TODO O SEU POVO:

Jesus veio morrer pelo seu povo, cumprindo as demandas da Lei, sofrendo em lugar daqueles que ele representava, conseguindo assim, de forma inexorável, a salvação de todos os eleitos, conforme o Pacto feito entre ele e o Pai na eternidade. (Is 53.10-11; Mt 1.21; Jo 6.37-40,44,65; 10.14,15; 24-29; 17.6-26; Rm 5.12-21; Ef 5.25-27).
Confissão de Westminster (1647) declara:
… Os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo, são eficazmente chamados para a fé em Cristo, pelo seu Espírito que opera no tempo devido, são justificados, adotados, santificados e guardados pelo seu poder, por meio da fé salvadora. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo.[21]

JESUS SALVA O HOMEM TODO:

A Bíblia declara que Jesus veio salvar o que estava perdido (Mt 18.11; Lc 19.10), os pecadores (Jo 3.16-17; 12.47; 1Tm 1.15). Jesus salva o seu povo por inteiro. A Bíblia não apresenta, como muitos imaginam, uma espiritualização da salvação, como se o corpo fosse mau e a alma (= espírito) fosse boa, conforme geralmente os filósofos gregos pensavam. A redenção de Cristo é para o homem inteiro pois todo ele está a carecer da libertação do poder do pecado.
Alguns elementos são fundamentais para a nossa compreensão desse ponto:
1) A Escritura usa indistintamente as palavras “salvação” e “cura”:
O verbo salvar (Σῴζω), o substantivo salvação (Σωτερία) e o adjetivo salvador (Σωτήρ) são usados de forma intercambiável para se referir à salvação eterna bem como ao livramento (= cura, libertação, segurança).
a) Salvar (Σῴζω): Mt 1.21; 9.21-22; Mc 6.56; 8.35; 10.26,52; At 4.9; 27.30; 1Co 1.18; Jd 5, etc.
b) Salvador (Σωτήρ) e Salvação (Σωτερία): Lc 1.47,69,71,77; 2.11; At 4.12; 27.34; Fp 1.19, etc.
2) A encarnação do Verbo de Deus: Sendo o corpo (matéria) mau – conforme os gnósticos criam –, o Verbo de Deus não poderia ter assumido uma forma humana (Jo 1.14).
3) A Ressurreição de Jesus bem como a sua ascensão: (Jo 20.26-29; At 1.9-11).
4) A Ressurreição final: Se o corpo é mau, não deveríamos ter um corpo na eternidade; entretanto, a Palavra nos ensina que quando Cristo retornar, os mortos ressuscitarão e, os que estiverem vivos terão os seus corpos transformados, adaptados à eternidade. (Rm 8.11; 1Co 15.20-23; 35-43; 50-58; Fp 3.21). O “corpo espiritual” [22] que teremos (1Co 15.44) não deve ser entendido como uma incorporeidade, mas, sim, “uma existência humana total, alma e corpo incluídos, que será criada, penetrada e controlada pelo Espírito de Cristo.”[23] Um corpo “totalmente pertencente à nova era, totalmente sob a direção do Espírito”.[24] Ou, nas palavras de Calvino (1509-1564), um corpo no qual “O Espírito será muito mais predominante (…). será muito mais pleno….”[25]
A salvação de Jesus Cristo é para o homem todo; Jesus se interessa com a inteireza do homem (corpo e alma).

JESUS SALVA O HOMEM ETERNAMENTE:

A salvação efetuada por Jesus começa aqui e agora e, jamais terá fim: é uma salvação eterna. (Jo 3.16; 3.36; 6.47; 1Tm 6.12; 2Tm 4.18; Hb 9.28; 1Pe 1.5).

[14] Henry Law, O Evangelho em Gênesis, São Paulo: Editora Leitor Cristão, 1969, p. 33. [15] João Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997, (5.17), p. 194-195.
[16] Catecismo de Heidelberg, perg. 29.
[17] Vd. John Gill, A Complete Body of Doctrinal and Practical Divinity, Arkansas, The Baptist Standadar Bearer, 1989 (Reprinted), I.13. p. 83. [John Gill, “A Complete Body of Doctrinal and Practical Divinity,” The Collected Writings of: John Gill, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 2000), I.13].
[18] J. Calvino, Exposição de Romanos, (11.6), p. 388. À frente Calvino continua: “É preciso lembrar que sempre que atribuímos nossa salvação à graça divina, estamos confessando que não há mérito algum nas obras; ou, antes, devemos lembrar que sempre que fazemos menção da graça, estamos destruindo a justiça procedente das obras.” [Exposição de Romanos, (11.6), p. 389].
[19] Vd. A. Booth, Somente pela Graça, p. 13.
[20] Calvino (1509-1564), comentando o texto de Rm 16.25, diz que Paulo ensina aqui a perseverança final. “E para que descansem (os romanos) e se apoiem neste poder, indica que ele nos foi assegurado pelo evangelho. Por isso não só nos promete a graça presente, ou seja, atual, senão também nos dá a certeza de uma graça eterna. Pois Deus nos anuncia que não somente é nosso Pai agora, senão para sempre, e o que é mais ainda, sua adoção sobrepassa a morte porque nos conduz à herança eterna.” (J. Calvino, La Epistola Del Apostol Pablo A Los Romanos, Grand Rapids, Michigan: Subcomision Literatura Cristiana de la Iglesia Cristiana Reformada, 1977, p. 393).
[21] Confissão de Westminster, III.6. Vd. também os capítulos VII e VIII; Catecismo Maior de Westminster, Pergs. 30-36, 41; Catecismo Menor de Westminster, Pergs. 20-21.
[22] “Σω̑μα πνευματικόν”
[23] Hendrikus Berkhof, La Doctrina del Espíritu Santo, Buenos Aires: Junta de Publicaciones de las Iglesias Reformadas/ Editorial La Aurora, 1969, p. 120.
[24] J.D.G. Dunn, Espírito: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vol. II, p. 144. De igual forma, interpretam: F. Baumgärtel, Πνευ̑μα: In: G. Friedrich; G. Kittel, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Vol. VI, p. 421; A.A. Hoekema, A Bíblia e o Futuro, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1989, p. 88-90; Idem., Criados à Imagem de Deus, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1999, p. 268; W. Hendriksen, A Vida Futura Segundo a Bíblia, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, p. 193; Ray Summers, A Vida no Além, 2ª ed. Rio de Janeiro: JUERP., 1979, p. 90-91; Wayne A. Grudem, Teologia Sistemática, p. 520. Charles Hodge, sem aludir ao texto, faz uma distinção entre o céu e o inferno, dizendo: “O céu é um lugar e estado em que o Espírito reina com absoluto controle. O inferno é um lugar ou estado em que o Espírito já não refreia nem controla. A presença ou ausência do Espírito estabelece toda a diferença entre céu e inferno” (Charles Hodge, Teologia Sistemática, São Paulo: Editora Hagnos, 2001, p. 983-984).

[25] João Calvino, Exposição de 1Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1996, (1Co 15.44), p. 483-484.

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LEIA MAIS:

Creio no Filho: O Ministério Terreno de Cristo #páscoafiel

Creio no Filho: Os Sofrimentos de Cristo #páscoafiel

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/04/creio-no-filho-jesus-cristo-o-unico-salvador-pascoa/

Creio no Filho: O Ministério Terreno de Cristo #páscoafiel

04.04.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 03.04.15
Por  Hermisten Maia

CreioNoFilho

INTRODUÇÃO:

Quando pensamos no Ministério terreno de Jesus Cristo, somos muitas vezes levados a polarizar (concentrar) os seus feitos; na sua encarnação e, na sua “paixão” e morte. Esquecemo-nos com certa freqüência das demonstrações evidentes que os Evangelhos registram, a amplitude do seu ministério que culminou aqui na Terra com a sua morte em favor de seu povo. Estudemos agora, apenas algumas das muitas facetas do ministério terreno de Cristo.

MINISTÉRIO DOCENTE:

Jesus Cristo é o mestre perfeito. Em todos os seus feitos e pronunciamentos, encontramos um modelo a ser imitado, um exemplo a ser seguido. Não era sem razão que os seus discípulos e mesmo aqueles que não se enfileiravam entre os seus, assim se dirigiam a ele, reconhecendo-o como Mestre (Ver: Mt 19.16; Jo 3.2, etc.).

Quando Jesus terminou de proferir o “Sermão do Monte”, registra Mateus: “Estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas” (Mt 7.28-29).

Vejamos alguns aspectos da docência de Cristo:

1) Autoridade: Jesus ensinava com a autoridade própria de quem conhecia, vivia e, mais ainda, era a própria encarnação da verdade. A autoridade de Jesus Cristo era derivada da sua própria Pessoa: ele é o Deus encarnado. Entretanto, essa autoridade ôntica (própria do ser) se harmonizava perfeitamente com a sua vida e os seus ensinamentos. (Vd. Mt 7.28,29; 22.16; Mc 1.22; Jo 14.6; Jo 8.46).

2) Sabedoria e Poder: O povo se admirava da sua sabedoria e poder (Mt 13.54).

3) Incansável: Jesus era incansável em seu labor, no ensino da verdade. Esta é uma característica daquele que crê naquilo que ensina e, também, acredita nos efeitos do ensino (Mt 4.23; 9.35; 11.1; 26.55; Mc 1.21; 2.13; 4.1,2; Lc 19.47).

4) Coragem e determinação: Apesar da incredulidade de muitos, inclusive por parte de seus irmãos e, as autoridades judaicas quererem matá-lo, Jesus continuava a ensinar, dando testemunho da verdade (Mc 6.6; Lc 19.47,48; Jo 7.1-9).

5) Discernimento: Ao lado da sua coragem, estava também o seu discernimento para saber a hora certa de agir (Mt 10.16; Jo 7.1-9; 8.58-59; 10.39-42; 12.23; 16.32; 17.1).

6) Realista e sincera: Jesus ensinava, não apenas mostrando as delícias do Reino; ele apresentava a verdade, mesmo que isto em algumas ocasiões decepcionasse os seus ouvintes. Jesus não queria e ainda não quer discípulos enganados, iludidos, que foram convencidos por falsas promessas… Ele deseja discípulos que mesmo conscientes das dificuldades o seguem. Por isso, com freqüência, Jesus falava do seu martírio e das perseguições vindouras. Ele não enganou ninguém e nós, também não temos o direito de fazê-lo; não podemos apresentar um Evangelho esvaziado do seu sentido real e bíblico (Mt 5.11,12; 10.16-22; Mc 8.31,35; 9.31,32; Jo 16.32,33).

7) Sensível às necessidades de seus ouvintes: Jesus Cristo não estava simplesmente disposto a dar o que o povo queria; mas, sim, o que os seus ouvintes necessitavam. Ele era sensível não apenas às suas petições mas, às suas reais necessidades (Mc 6.30-44; Lc 11.1-4; Jo 6.22-40).

8) Fiel à vontade do Pai: Jesus ensinava a verdade que o Pai Lhe confiara a ensinar (Jo 7.14-18). O conteúdo da sua mensagem era o Evangelho do Reino (Lc 4.42-44; 8.1), o qual tinha como centro a figura do Rei eterno, que é o próprio Cristo (Mt 13.41; 16.28; 20.21; 25.31-40).

9) Atenta à perpetuação de seus ensinamentos: Jesus demonstrou claramente a sua atenção para com a transmissão fiel dos seus ensinamentos por parte dos discípulos. Para tanto, a sua Palavra e feitos foram registrados (Jo 20.30-31; Rm 15.4); ele mandou que os seus discípulos ensinassem todas as coisas que lhes havia ordenado (Mt 28.18-20; At 20.27) e, enviou juntamente com o Pai, o Espírito Santo, o qual anunciaria a sua Palavra, guiando os seus à toda verdade (Jo 14.26; 16.7-15).

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Creio no Filho: Jesus Cristo, o Único Salvador #páscoafiel

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/04/creio-no-filho-o-ministerio-terreno-de-cristo-pascoa/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29