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quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Quais São os Sete “Eu Sou” de Jesus?

08.09.2022

Do blog  ESTILO E ADORAÇÃO

Por Daniel Conegero

Os sete “Eu Sou” de Jesus no Evangelho de João são sete grandes auto-designações que revelam a verdade acerca da pessoa do Senhor Jesus. Por sete vezes Jesus diz “Eu Sou”, e em cada uma delas sua divindade é colocada em evidência.

É realmente muito significativo o fato de que os sete “Eu Sou” de Jesus apareçam no Evangelho de João. A ênfase principal do Quarto Evangelho é a identidade de Jesus Cristo como o verdadeiro Filho de Deus. O Evangelho de João apresenta muito claramente a realidade da plena divindade e também da plena humanidade de Cristo.

O próprio apóstolo João explica seu grande propósito ao escrever esse Evangelho: “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20:31). Então seguindo esse propósito, o escritor bíblico registrou cuidadosamente as vezes em que Jesus usou a expressão “Eu sou” durante seu ministério terreno.

Por que Jesus disse “Eu Sou”?

Antes de conhecermos os sete “Eu Sou” de Jesus no Evangelho de João, é importante entendermos por que Jesus usou essa expressão. Em primeiro lugar, “Eu Sou” é a tradução do nome pessoal de Deus no Antigo Testamento. Quando Deus falou com Moisés a partir da sarça ardente, Moisés lhe perguntou o seu nome. Então a resposta dada a Moisés foi: “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3:14).

Obviamente o significado desse Nome Divino diz respeito à eternidade, soberania, auto-existência e auto-suficiência de Deus. Com o tempo os judeus começaram a considerar esse nome tão sagrado que ele tornou-se quase que impronunciável. Quando as Escrituras eram lidas ou copiadas, eles substituíam esse nome por Adonai, que significa “meu Senhor”.

Por isso é tão profundo o significado de Jesus explicitamente dizer: “Eu Sou”. Ao dizer “Eu Sou”, Jesus claramente fala de sua divindade. Isso explica a reação dos judeus em uma das ocasiões em que Jesus usou a expressão “Eu Sou”.

Os judeus orgulhosos de sua descendência de Abraão, tiveram de escutar Jesus dizer: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58). Essa é uma das afirmações mais notórias acerca da divindade de Jesus, ao expressar abertamente Sua eternidade. Ele não diz “Eu era”, mas diz “Eu Sou”, no tempo verbal presente. Isso significa o eterno presente da eternidade de Deus. A Bíblia diz que imediatamente os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus, pois eles tinham entendido que Jesus havia se apropriado do nome de Deus.

Os sete “Eu Sou” de Jesus

Na verdade não são apenas sete as vezes em que Jesus diz “Eu Sou” no Evangelho de João. Ao todo pelo menos vinte e três vezes é possível encontrar Jesus dizendo “Eu Sou” no Quarto Evangelho. Porém, em sete ocasiões Jesus diz o “Eu Sou” seguido de uma metáfora que aponta para sua obra redentora. Daí os teólogos falam nos sete “Eu Sou” de Jesus em João. Vejamos quais são eles:

1. Eu Sou o pão da vida

Diante disso, Jesus ministrou-lhes: “Eu Sou o Pão da Vida; aquele que vem a mim jamais terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (João 6:35; cf. 6:41,48,51).

Entenda por que Jesus falou “Eu Sou o pão da vida”.

2. Eu Sou a luz do mundo

Falando novamente ao povo, disse Jesus: “Eu Sou a luz do mundo; aquele que me segue, não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).

Saiba o que significa “Eu Sou a luz do mundo”.

3. Eu Sou a porta das ovelhas

Sendo assim, Jesus lhes disse de novo: “Em verdade, em verdade vos asseguro: Eu Sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e assaltantes; porém as ovelhas não os ouviram. Eu Sou a porta. Qualquer pessoa que entrar por mim, será salva. Entrará e sairá; e encontrará pastagem” (João 10:7-9).

4. Eu Sou o bom pastor

“Eu Sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é o pastor a quem as ovelhas pertencem, vê a aproximação do lobo, abandona as ovelhas e foge. Então, o lobo as apanha e dispersa o rebanho. O mercenário foge, porque é um mercenário e não tem zelo pelas ovelhas. Eu Sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e sou conhecido por elas; assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e entrego minha vida pelas ovelhas” (João 10:11-15).

5. Eu Sou a ressurreição e a vida

Esclareceu-lhe Jesus: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, mesmo que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Tu crês nisso?” (João 11:25).

6. Eu Sou o caminho, a verdade e a vida

Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

Saiba o que significa Jesus ter dito “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida”.

7. Eu Sou a videira verdadeira

“Eu Sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor […] Eu Sou a videira, vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e Eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim não podeis realizar obra alguma” (João 15:1,5).

Entenda por que Jesus é a videira verdadeira.

Essas sete ocasiões em que Jesus disse “Eu Sou”, em harmonia com todo o ensino das Escrituras, não deixam dúvidas de que Jesus é o Filho de Deus, o Messias prometido. Por ser Deus, Ele possui todos os atributos divinos e tem plena autoridade de declarar: “Eu Sou”.

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Fonte:https://estiloadoracao.com/eu-sou-de-jesus/

domingo, 4 de setembro de 2016

Campanhas e Atos de fé: O Mal Por Trás da Boa Intenção

04.09.2016
Do portal GOSPEL MAIS, 30.08.16

A paz amados

Faço parte de uma igreja, que faz de maneira exaustiva o uso de tais métodos, e como faço parte da equipe de obreiros vejo que não há má intenção em usar tais métodos, principalmente por não anexá-la a uma “oferta” dando a impressão de venda, mas ainda sim faz muito mal as pessoas e abaixo explicarei os motivos.

Antes, eu aceitava o uso de tais objetos, claro que sem excessos, de tais métodos. Mas com o passar do tempo estudei muito sobre o tema e após algumas experiências pessoais percebi o quanto mal faz as pessoas.

Vivenciei uma situação que mexeu muito comigo e me fez questionar mais sobre estes métodos.

O despertar (porque me questionei?):

Estava na igreja atendendo alguns membros, era uma quarta feira e veio a mim uma senhora com um certo desespero me dizendo que teria que ir em casa buscar a rosa que foi entregue na semana anterior com o intuito de representar a presença de Jesus na casa da pessoa e tirar todo mal da mesma e como esta senhora tinha esquecido a rosa, logo ela pensou que todo mal permaneceria em sua casa e para “consertar esta falha” estava disposta a perder o momento do louvor e a palavra para buscar o objeto em sua casa. Logo tentei explica-la que era simbólico, que a rosa era apenas uma representação, mas ainda sim ela não ficou em paz e permaneceu o culto inteiro com o coração atribulado.

Isso me fez questionar o que estamos ensinando as pessoas, mesmo o pastor dizendo que aquele objeto apenas representa e que não é miraculoso, mas as pessoas já vão aos cultos com objetivo firmado em participar da campanha ou para alguns “ato de fé” e seus olhos cegam pois estão obstinados que tal ato as fará liberta do mal.

Mas porque tais métodos não são tão bons?

Para explicar, quero antes dizer que entendo que boa parte dos pastores que usam estes métodos estão usando não para ludibriar as pessoas, mas para trazer pessoas para igreja, como uma forma de evangelismo ou como uma célula usada por outras igrejas. Mas como diz o ditado, “de boas intenções o inferno está cheio”.

Para explicar o porquê destes métodos não serem bons, temos que entender:

Jesus Cristo cumpriu a lei, sendo assim não estamos mais debaixo da lei e muito menos da aliança do velho testamento.
• O Velho Testamento é uma sombra daquilo que Jesus realizou no Novo Testamento, preparando as pessoas para esta obra redentora.
• No Velho Testamento não tínhamos acesso direto ao Deus PAI e tão somente os sacerdotes poderiam entrar no Santo dos Santos, mas com Jesus o véu foi rasgado (aleluia) e você, eu, todos, temos acesso direto ao Pai por intermédio de Jesus Cristo.
• Todo poder foi dado a Jesus Cristo e a Ele, nós fomos dado, saindo assim do antigo julgo da lei, para vivermos na Graça de Cristo e Graça é algo que é dado.
• Na análise de um texto bíblico, temos que levar em consideração todo contexto histórico, o assunto principal do capítulo e principalmente o versículo anterior e posterior.

Vamos a explicação:

Eu sempre achei que tais métodos poderiam ser usados, com base no que era feito no velho testamento, sempre usando sal (2 Reis 2:21), objetos para realizar milagres (2 Reis 6:6), mergulhos como Ato de Fé (2Reis 5:14) entre muitos outros tipos de atitudes. Mas o que para mim dava clara permissão de agirmos assim foi o fato descrito em Números 21:9 que diz: “Fez, pois, Moisés uma serpente de bronze, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, tendo uma serpente mordido a alguém, quando esse olhava para a serpente de bronze, vivia”, seguindo este princípio poderíamos fazer o mesmo nas igreja atuais, pois nosso Deus é o mesmo ontem, Hoje e será o mesmo sempre e certo?
Sim! Certo! Mas…

Deus é o mesmo, mas o tempo da lei de Moises e a aliança da era mosaica se cumpriu em Jesus Cristo, no qual após a morte de Jesus foi nos dada uma nova aliança, com novas regras (uma nova constituição para a nação do Deus Vivo!)

Mas após ler o evangelho de João (que já tinha lido outras vezes), um versículo me saltou aos olhos no qual diz: “E, como Moisés [profeta e pastor daquele povo] levantou a serpente no deserto [objeto ou ponto de contato], assim importa que o Filho do homem seja levantado [Jesus o novo “ponto de contato para a fé!”];

Para que todo aquele que Nele crê [todos que crerem em Jesus, colocando sua fé Nele] não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:14,15)” e foi como um abrir de olhos, quase como aconteceu no dia que descobrir realmente quem era Jesus.

Vi que a necessidade da serpente se deu pois ainda não tinha vindo o Filho de Deus para curar as feridas e enfermidades e trazer salvação ao mundo, e tal serpente representava Jesus Crucificado, era a expressão da misericórdia de Deus para aqueles que ainda não tinham o Cristo que foi prometido ainda no Gênesis!

Pesquisei ainda mais e aprendi que o Velho Testamento era uma sombra, um espelho do que poderíamos esperar no Novo Testamento (“Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança”.Romanos 15:4 ) (“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo”.).
Devemos lembrar ainda que tudo no velho testamento fazia referência a Jesus Cristo e sua vinda, a exemplo disso cito: o episódio de Jonas na baleia (Mateus 12:40), o tabernáculo e toda sua disposição, o sacrifício dos animais (sinalizando para o sacrifício do cordeiro Santo que é Jesus), a arca de Noé (oferecendo salvação para aqueles que dessem ouvidos a mensagem de Deus) e muito mais.
Baseado nisto, percebi que tais atos de fé não eram mais necessários, pelo contrário, era uma recusa da graça de Deus e o desejo de voltar as velhas coisas (“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17 ) , ou seja estávamos recusando o sacrifício da cruz e cometendo pecado, assim como fizeram os hebreus no deserto, desejando voltar para o Egito.
Ai me veio a pergunta que também lhes faço:

Vale a pena permanecer onde está o pecado e continuar ensinos que farão a todos aqueles que nele viver a nao conhecer verdadeiramente a Cristo ?

Argumentos apresentados por alguns pastores e defensores da prática:

Pontos de contato para ensinar, criar e direcionar a fé:

Alguns pastores dizem que os objetos são “pontos de contato” para “ajudar” as pessoas a terem fé, mas ao analisar este argumento de maneira mais profunda, observamos logo de cara um erro grave, pois a bíblia diz:

A Fé é: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” (Hebreus 11:1)
Produzir fé: “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17)

Explicando:

A nossa fé deve está posicionada somente em Cristo (nosso verdadeiro ponto de contato) que é a palavra de Deus, o Verbo Vivo e Ele é o único caminho de uma fé verdadeira, logo a nossa fé está em algo que não se vê, que não tem cheio que não tem presença física, mas uma presença forte de maneira espiritual, presença essa que para sentir devemos direcionar nossa fé nela e essa presença é o Próprio Senhor Jesus e nunca direcionarmos nada a objeto como ponto de contato afim que este objeto nos ligue a Jesus (Jesus não precisa de intermediadores).

Sendo assim estamos ensinando as pessoas a terem fé de maneira errada se usarmos tais métodos, levando elas ao pecado. Além do mais, muitos pregadores não param nunca com as campanhas dentro das igrejas e aquelas pessoas que aprenderam a colocar a fé no ponto de contato se tornam tão dependente deste artifício, que dificilmente aprenderão a ter uma fé verdadeira em algo que não se vê.
Alguns dizem fazer com base em (1 Coríntios 9:19-23 / Paulo se fez de judeu para os judeus, grego para os gregos, de fraco para os fracos…:

Sou totalmente a favor de nos adaptarmos a cultura local para ganhar aquelas pessoas, ou seja, não irei em meio aos índios pregar o evangelho e obriga-los a usar roupas pelo simples fato de que na minha cultura andar sem roupa gera obscenidade, ja que no meio deles é natural andar sem roupa, da mesma forma é chegar a um escocês que usa kilt (saia para homens) e dizer que é pecado usa-la por ser roupa feminina em nossa cultura. Melhor é antes se fazer de escocês para o escocês, de índio para os índios levando em conta o que Paulo deixa claro neste texto que é nunca deixar que a cultura local o faça pecar pois a lei de Deus é maior que a lei dos homens.

Então logo eu não posso usar métodos que são maléficos as pessoas que os utilizam e mais ainda para mim, pois estarei contrariando a vontade de Deus.
Mas é os lenços e aventais de Paulo?

Sim, este foi o assunto mais difícil e para começar a estudar este tópico devemos ter em mente que que algo específico ou fato isolado não deve se tornar regra, pois se assim agirmos teremos que da aprovação a outros fatos isolados e específicos acontecidos na bíblia.

Mas buscando entender este versículo, vamos analisa – ló lendo também o verso anterior, posterior tendo como base o contexto do capítulo.
Contexto:

Paulo estava em sua terceira viagem missionária e chegara em Éfeso, cidade muito ligada à idolatria (Veja em: Atos 19:24) onde estas viviam a idolatria e da idolatria.

Com a pregação da Palavra (Jesus, o Verbo Vivo) por Paulo, que lá permaneceu durante dois anos (tempo este pregando e ensinando), muitos se converteram ao Senhor e estavam como bebês na fé (não conheciam por completo o evangelho de Cristo, o mesmo que ocorre hoje quando alguém se converte e demora algum tempo para abandonar algumas práticas), tanto que alguns convertidos não tinham ainda ouvido falar no batismo do Espírito Santo e nem que Ele (o poder de Deus e seus dons) é dado. (Veja em: Atos 19:2).

A medida que as pessoas se convertiam e iam crescendo em em fé irritavam aqueles que viviam ligados a idolatria que por fim criaram um grande tumulto.

Versículos que falam do milagre dos lenços e aventais: (usarei a tradução ACF – Almeida Corrigida e Fiel ao texto original, tradução fiel ao texto original em 99%, sendo as outras traduções não chegando a este nível)


(tenham atenção dobrada nas partes em negrito e mais ainda nas partes sublinhadas)
Deus fazia milagres extraordinários por meio de Paulo,de sorte que eram do seu corpo levados lenços e aventais aos enfermos, e as enfermidades os deixavam, e deles saíam os espíritos malignos.

Também alguns judeus exorcistas, ambulantes, tentaram invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que estavam possessos de espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.

Podemos perceber que no versículo 10 realmente os maravilhas aconteciam e não tem como negar os milagres e nem falar que era ação de demônios pois já explica que Deus fazia os milagres.

Mas no versículo 11 o que me chama a atenção era que os lenços e aventais não eram dados por Paulo (o pastor ou pregador daquele povo) e sim eram tirados dele e de seu corpo e levado aos enfermos que não estavam presentes na reunião que ele realizava.
Sendo assim vejo aqui que:

1 – não era Paulo que dava os objetos com a unção e sim as pessoas que pegavam estes objetos, pessoas essas que viveram uma vida inteira na idolatria no culto da deusa Diana.

2 – Algo específico não deve se tornar regra, devemos lembrar que neste ponto não há uma citação dizendo que era algo comum de se acontecer nas pregações de Paulo, pelo contrário foi algo que “de sorte” (da maneira que) aconteceu naquela situação (fato isolado).

Em nenhum outro momento no ministério de Paulo vimos referência a essa prática e nem foi incentivada a ser feita. Naquele momento o foco não era os lenços e sim os prodígios que aconteceu devido a pregação da “palavra durante dois anos de permanecia de Paulo em Éfeso” (a fé vem do ouvir e do ouvir a palavra de Deus).
O que percebo então é que as pessoas creram em Jesus, mas tinham um costume idólatra, que necessitavam de algo palpável para demonstrar sua fé, e Paulo não foi o “EXECUTOR” dos propósitos e sim o próprio povo que agiu daquele jeito querendo levar um pouco do que estava em Paulo (alto unção de Deus) aos seus enfermos, e a misericórdia de Deus os alcançou (conhecendo os corações a muito tempo enterrados na idolatria e na falta de ensino, sabendo que através das cartas Paulo os exortaria a deixar a idolatria).
Porque “esta” boa intenção leva ao pecado?

No mínimo prática leva boa parte das pessoas aos seguintes erros:

1 – Idolatria: ao transformar objetos em amuletos, sejam de maneira temporária ou permanente ou colocar no objeto um valor acima do que ele tem tornando o mesmo sagrado em igualdade a Jesus.

2 – Tira a Glória de Jesus: Muitos colocam no objeto a a responsabilidade do milagre, mesmo que de maneira disfarçada (e pra honra e glória de Jesus eu coloquei a rosa no quarto e todo mal saiu).

3 – Impede o crescimento espiritual: Pessoas ficam dependentes da campanha, de modo que ficam atrás das mesmas, de tem campanha na quarta, todos passam a ir na quarta, se tem campanha boa parte sai da quarta e vai pra sexta, se vai vir na cidade um pregador que o lenço cura, todos deixam de ir na igreja para tentar pegar o lenço do pregador (idolatria).

4 – Inibe o cumprimento de um mandamento de Jesus: Buscai PRIMEIRO o reino Deus e sua justiça, que as demais coisas vos serão acrescentadas.

5 – Se torna um vício para igreja (membros) e para o pregador: pelo fato da campanha ser algo que costuma mover multidões, estes pastores e ministérios passam a sobreviver usando esses métodos, afim de evitar que a igreja se esvazie, de modo que passam a fazer campanha atrás de campanha para evitar que isso aconteça, gerando assim pessoas com fé “falsa”.

Como lutar contra isso:

Difícil essa luta, pois geralmente quem a pratica está convicto de que não está errado ou está de baixo de ordem superiores. Penso que devemos viver o versículo de Romanos 12:2que diz: “Não vos conformeis com este mundo mas transformai.”

Baseado nisso, faça o que estiver a seu alcance para ensinar e propagar o ensino, use sua influência diante das pessoas, seja os lideres ou liderados, converse com seus superiores diga o que sente e o que pensa sobre o assunto.

Mas acima de tudo ore a Deus, ore muito, convide outros para lutar com você e peça a Deus que da sua boca saia apenas palavras inspiradas por Ele.

Faça um compromisso com Deus de lutar pela mudança da igreja, junto com Ele (coloque Deus sempre a frente de suas lutas) pois ali você foi chamado, determine um prazo junto a Deus para colher os frutos de sua luta, caso a a árvore não esteja dando mais fruto, creio que este seja o momento de você deixar o ministério, pois devemos ter em mente o que a bíblia ensina que não andarão dois juntos se os mesmo não estiverem em comum acordo, pois essa discórdia não é apenas doutrinária, mas sim um pecado que a igreja pratica, e você la no meio será parte deste corpo doente.

Porem caso esteja dando fruto, mesmo que seja pouco, e mostrando sinais de curas, mesmo que localmente, não desista ou deixe o ministério, pois você pode ser a pessoa escolhida para transmitir a verdade se assim não o fizer, vidas podem ser colocadas em jogo por desistência da sua parte.
Acima de tudo seja sensível a vontade de Deus, pois a vontade Dele é boa perfeita e agradável, deixando seus ouvidos atentos ao que Deus diz, pois a nossa vontade e nosso amor nunca pode ser maior que a Vontade De Deus em nossas vidas.
Mas minha igreja e minhas reuniões perderão muitos membros:

No início, pode ser que sua igreja perca algumas pessoas e baseio isso no ministério do próprio Senhor Jesus que antes oferecera pães e peixes a vontade (João 6:11), mas quando foi pregar algo mais sólido (Hebreus 5:12), muitos acharam seu discurso duro (João 6:60), preferindo voltar atrás e deixando de segui-LO (João 6:66), ficando apenas aqueles que realmente ouviram a Palavra e viram em Jesus o Único caminho.

A bíblia nos manda pregar o evangelho a toda criatura ( Marcos 16:15), e assim Jesus deu exemplo pregando a “VERDADE” neste discurso (João 6:60) que as pessoas acharam duro, então assim pastores, ministros obreiros e todos aqueles que pregam o evangelho devem fazer.

Ser duro não é ser nervoso, ignorante, usando palavras que irão ofender, mas sim apresentar a verdade por mais dura que seja, sempre com carinho e amor assim como Jesus nos ordenou (João 15:12), e a maior expressão do amor é ser verdadeiro e ensinando o caminho certo para que todos tenham condição de amar verdadeiramente a Jesus (João 14:21“Aquele que tem os meus mandamentos e obedece a eles, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e Eu também o amarei e me revelarei a ele.”).
Por fim em Mateus 28:19 diz: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, ou seja, devemos fazer discípulo (aqueles que seguem a Jesus e Seus mandamentos) e não ter uma igreja cheia de pessoas vazias atrás apenas dos benefícios de Cristo (aqueles que voltaram atrás quando Jesus pregou um discurso duro) e nunca buscando o Teu Reino e Tua Justiça.

Lembre-se que esta obra é do Senhor Jesus e Ele não desamparará aquele que faz o “TRABALHO DE MANEIRA CORRETA” ( “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” 1 Coríntios 15:58), o Senhor irá acrescentar cada dia mais pessoas (Veja emAtos 2:46,47), envidando ovelhas e mantendo a obra (pessoas fies ao dizimo e ofertas), mediante sua Fé Nele.

Vá pregando aos próximos a verdade e adquirindo parceiros para propagar a verdade, pois da mesma maneira que Deus expandiu como nunca o cristianismo nos primeiros dias, se você está no barco, ajude a tirar a água (os erros e pecados que tentam afundar),

Mas lembre-se, SE VOCÊ ESTÁ NO BARCO TIRANDO A ÁGUA QUE TENTA AFUNDAR O BARCO, VOCÊ TEM QUE FALAR PARA AQUELES QUE NÃO TEM NOÇÃO DO QUE ESTÁ ACONTECENDO, MESMO QUE ESTE SEJA O CAPITÃO (PASTOR OU SUPERIOR), PASSANDO PELA TRIPULAÇÃO (OBREIROS OU PESSOAS EM POSIÇÕES IGUAIS), AO SIMPLES PASSAGEIRO (MEMBROS OU PESSOAS ABAIXO DE SUA AUTORIDADE).

Se você não falar ninguém saberá e qualquer ajuda é bem-vinda quando o barco está afundando.

Ninguém deu ouvidos? Lembre-se a salvação é individual e se eles não a querem, ore, clame a Jesus e saia do barco andando sobre as águas pois ele não deixará você afundar!
No fim resta o mais importante…

[oração] ORAR + AÇÃO [orar e agir].

Que a paz seja com todos!

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Fonte:https://estudos.gospelmais.com.br/campanhas-e-atos-de-fe-o-mal-por-tras-da-boa-intencao.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+gospelmais-artigos+%28Gospel%2B+%7C+Estudos+B%C3%ADblicos%29

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Razões por que eu não assisto os vídeos do grupo “Porta dos Fundos”

07.01.2016
Do blog CONSCIÊNCIA CRISTÃ, 24.12.15
Por Renato Vargens*

Razões por que eu não assisto os vídeos do grupo “Porta dos Fundos”

Eu bem que tentei, mas não consigo assistir até o final os vídeos do Grupo Porta dos Fundos. Já havia manifestado isso quando o grupo protagonizou um vídeo denominado “Natal” cujo conteúdo foi uma verdadeira afronta à família, à Igreja, bem como a sociedade brasileira.
Desde então não assisti um vídeo sequer como também fiz questão de não ler nada que Gregório Duvivier costuma escrever. Entretanto, há pouco chegou em minhas mãos, um texto escrito por esse senhor e publicado na Folha de São Paulo (leia aqui) em que o ator diz arbitrariedades em nome de Jesus.
Caro leitor, isto posto, elenco quatro motivos porque eu não assisto a Porta dos Fundos:
1- O Grupo Porta dos Fundos em nome da tolerância propaga a intolerância desrespeitando de forma intolerante evangélicos e católicos que tratam com respeito e reverência a encarnação do Filho de Deus.
2- O Grupo Porta dos Fundos em seus vídeos tem desconstruído os valores relacionados à família promovendo através de suas esquetes valores antagônicos aos pressupostos defendidos pelas Escrituras.
3- O Grupo Porta dos Fundos ao tratar de Cristo, do seu evangelho e do Reino de Deus o faz de forma escrachada, ridicularizando a fé de milhões de brasileiros.
4- O Grupo Porta dos Fundos confunde brincadeira com blasfêmia; liberdade, com ofensa; descontração com mau gosto; piadas com críticas descabidas e desrespeitosas.
Prezado amigo, aproveito o ensejo para ressaltar que acredito piamente que o humor faz bem para alma, contudo, o fato de acreditar nisso, não me concede o direito de ridicularizar a fé dos outros. Sem a menor sombra de dúvidas penso que uma vida recheada de risos, afetos e gargalhadas fazem bem para o coração, todavia ao contrário disso, Porta dos Fundos, mediante esquetes preconceituosas tem ridicularizado a fé daqueles que creem e amam a Cristo.
Diante disto, prefiro não assisti-los! É o que penso, é o que creio, é o que digo.
*Texto escrito por Renato Vargens
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Fonte:http://conscienciacrista.org.br/razoes-por-que-eu-nao-assisto-os-videos-do-grupo-porta-dos-fundos/

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O custoso preço da salvação

28.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 27.05.15
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

quarta-feira
Esse preço não foi uma coisa que perde o seu valor como o ouro ou a prata. (1Pe 1.18b)
O ouro e a prata, por mais valor que tenham, comparados com o preço pago pela salvação, nada valem; o mesmo é válido quanto àqueles metais que não oxidam nem perdem o seu esplendor. Não se pode comparar o precioso ouro do ourives com o precioso sangue do Salvador!
Na época da escravatura, pela lei, uma pessoa bondosa poderia alforriar um escravo e deixá-lo livre para o resto da vida. Para tanto, ela precisava pagar o valor do mercado ou o valor bem mais alto exigido pelo dono do escravo. Em Isaías, há uma passagem curiosa. O Senhor diz ao seu povo: “Quando vocês foram levados como escravos para outro país, ninguém pagou nada por vocês; assim eu não pagarei nada para livrá-los da escravidão” (Is 52.3). Podemos imaginar o que seria de nós se Deus não pagasse a dívida que nós assumimos com ele por causa dos nossos pecados! Mais curioso ainda é que, no final desse capítulo e no seguinte, todo o plano da salvação por meio de Cristo é apresentado detalhadamente (Is 52.13; 53.12)!
O preço pago por Deus para nos libertar da nota promissória que era contra nós, que era impagável e que estava nas mãos do credor (Cl 2.13-14), foi o sangue do seu Filho amado, isto é, a vida de Jesus. Isso pode ser visto nas seguintes passagens, entre outras:
“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente” (Mt 20.28).
“[A igreja de Deus foi comprada por ele] por meio do sangue do seu próprio Filho” (At 20.28).
“Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nele” (Rm 3.25).
“Quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho… para libertar os que estavam debaixo da lei, a fim de que pudéssemos nos tornar filhos de Deus” (Gl 4.4-5).
Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/05/27/autor/elben-cesar/o-custoso-preco-da-salvacao/

domingo, 17 de maio de 2015

Ascensão de Jesus: escapismo ou presença?

17.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE,15.05.15
Por Luiz Fernando Dos Santos*

O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas” (Hebreus 1.3)

Quarenta dias após a celebração da Páscoa, o calendário cristão nos traz a solenidade da Ascenção do Senhor. Esta é uma festa cristã rica em significado e repleta de doutrina e encorajamento para vida do crente.

Um dos modos mais interessantes de investigar o que podemos aprender desta data litúrgica é visitar os livros litúrgicos e descobrir o que em forma de poesia e lirismo a tradição cristã produziu e conservou desta verdade Bíblica recordada na comunidade de fé. A oração inicial mais antiga deste dia diz o seguinte: 

“Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória”. 

Desde logo encontramos aqui uma verdade do credo apostólico que serve não só de instrução, mas de consolo e entusiasmo para caminhada cristã: 

Jesus elevado aos céus em corpo humano, transfigurado pela ressurreição, é na verdade a antecipação daquilo que também nós podemos e devemos aguardar pela fé. 

Na Ascensão de Jesus não celebramos algo que possivelmente acontecerá conosco, mas algo que efetivamente acontecerá, isto é, terminada a nossa peregrinação terrestre, transfigurado o nosso corpo de humilhação em um corpo de glória (Fp 3.21), seremos elevados às alturas para habitarmos para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). 

Outro texto litúrgico é a anáfora da eucaristia: 

“Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Vencendo o pecado e a morte, vosso Filho Jesus, Rei da Glória, subiu ante os anjos maravilhados ao mais alto dos céus. E tornou-se o mediador entre vós, Deus, nosso Pai, e a humanidade redimida, juiz do mundo e Senhor do universo. Ele, nossa cabeça e princípio, subiu aos céus, não para afastar-se de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade”. 

Este texto insiste em afirmar que, subindo aos céus, Jesus não se afasta de nós, não rompe conosco os laços de amizade e nem nos abandona em nossas necessidades. Antes, pelo contrário. Jesus Cristo agora é nosso mediador e também nosso representante no Conselho da Trindade. O Pai nos ouve e aceita as nossas orações por meio dele, Jesus, o sumo sacerdote que conhece as aflições da humanidade redimida, porém imperfeita e ainda sob a influência do pecado e da morte. Embora Ele mesmo não conhecesse o pecado fez-se pecado por nós e na cruz suportou a ira santa de Deus sobre o pecado e os pecadores, por isso mesmo, em sua humanidade glorificada enche-se no céu de compaixão por nós e pleiteia ante o trono da Graça as graças de que mais temos necessidades. 

Há ainda outra dimensão a ser considerada nesta solenidade. Uma dimensão filosófica quanto à existência humana no aqui e agora. Vivemos tempos de consumismo desenfreado, materialismo exacerbado e coisificação dos sentimentos e dos relacionamentos humanos. O homem, apesar do ambiente extremamente religioso e “espiritualista” da nossa época, vem perdendo a cada dia a noção de transcendência e, por isso mesmo, do sentido último para a vida. Todos parecem correr contra o tempo para encontrar a felicidade e para dar uma razão à própria existência. Vivemos numa espécie de “vale-tudo” da satisfação e do prazer. Neste sentido a solenidade da Ascensão aponta para a sublime vocação do homem em Cristo, aponta para o mistério, agora revelado na ascensão, de que a vida continua depois desta vida, e que aqui temos apenas, porém verdadeiros e maravilhosos, vislumbres da felicidade e da glória. Que tudo o que há neste mundo é dom de Deus para a humanidade inteira, sem exceção, pois Deus é bom. Todos podem casar-se, gerar filhos, ter acesso aos bens materiais desta vida, deleitar-se nas artes, viver amores e etc. Mas, isto não é tudo o que há. O que está além destas verdadeiras dádivas do Pai só pode ser encontrado em Cristo e Cristo está no alto, assentado à direita do Pai e devemos buscar estas coisas: 

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas” (Cl 3. 1,2). 

Na Ascensão de Cristo descobrimos que nada tem sentido último e final aqui e agora. Enquanto vivemos com responsabilidade e compromisso com as demandas desta vida, sem escapismos, elevamos ao alto os nossos corações e anelamos pelo dia em que em corpo e alma redimidos e transfigurados estaremos pela eternidade com o Senhor da Glória.

*Luiz Fernando dos Santos, é  pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/ascensao-de-jesus-escapismo-ou-presenca

sábado, 4 de abril de 2015

Creio no Filho: Jesus Cristo, o Único Salvador #páscoafiel

05.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 04.04.15
Por Hermisten Maia*

CreioNoFilho

SALVADOR PROMETIDO PELO PRÓPRIO DEUS:

Após o pecado de nossos primeiros pais e, a sua decorrente punição, Deus faz uma promessa: “Porei inimizade entre ti (serpente = satanás. cf. Ap 12.9; 20.2) e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15; Gn 17.7). Como diz Law, “estas foram as primeiras palavras da graça a um mundo perdido”.[14] De fato, aqui temos o protoevangelium, o primeiro vislumbre histórico do Evangelho de Jesus Cristo (Mc 1.1), Aquele que viria em graça restaurar o seu povo à comunhão com Deus. Ele viria como de fato veio, da “semente” da mulher (Mt 1.18-25; Lc 1.35), se constituindo no segundo Adão. Caso Jesus Cristo não se constituísse em descendência do primeiro casal, a promessa de Deus teria falhado e também, Cristo não poderia ser o representante legítimo do seu povo. Por outro lado, se Jesus Cristo pecasse, o seu sacrifício não teria valor vicário pois Ele mesmo precisaria, nesta hipótese, ter seus pecados expiados. Entretanto, a Bíblia afirma que Jesus veio da semente da mulher, sendo verdadeiramente homem – não obstante ser verdadeiro Deus –, todavia sem pecado (Jo 8.46; 2Co 5.21; Hb 2.17-18; 7.22-28; 9.23-28).
Jesus Cristo cumpriu o propósito de Deus a despeito de todas as tentativas de Satanás para frustrá-lo e, apesar da gravidade do pecado humano e de suas conseqüências, Jesus venceu. A graça de Deus é mais forte do que a obra pecaminosa do homem: a vida é mais forte do que a morte (Rm 5.12-15; 1Co 15.20-28; 45-49; 67,58). Como, escreveu Calvino: “Cristo suplantou a Adão, o pecado deste é absorvido pela justiça de Cristo. A maldição de Adão é destruída pela graça de Cristo, e a vida que Cristo conquistou tragou a morte que procedeu de Adão.”[15]

A SALVAÇÃO PROPORCIONADA POR CRISTO:

“Por que é o Filho de Deus chamado JESUS, isto é, SALVADOR?” “Porque ele nos salva de nossos pecados e porque a salvação não pode ser buscada ou encontrada em nenhum outro”.[16]
A salvação é uma prerrogativa única e exclusiva de Deus: ele tem poder e total liberdade para salvar a quem ele quiser; a Palavra diz que a salvação pertence a Deus (Hb 2.10; 5.9; Tg 4.12; Ap 7.10; 19.1). Por isso, a nossa salvação repousa unicamente em Deus. A Bíblia nos diz que a Salvação:
1) É oferecida por Deus unicamente através de Cristo, mediante a pregação da Palavra: Jesus Cristo é o único salvador. A Igreja anuncia a Palavra porque é através da Palavra que Deus produz a fé salvadora em seus escolhidos. (At 2.47; 4.4,12; Rm 10.13-17; Hb 7.25; 1Jo 4.14; Jd 25; Tg 1.18; 1Pe 1.23).
2) É resultado da nossa eleição: Deus nos escolheu na eternidade para a salvação em Cristo Jesus. (Ef 1.4; 1Ts 5.8,9; 2Ts 2.13; 2Tm 2.10).
3) É obra da graça de Deus: A nossa salvação é decorrente do Pacto da Graça, através do qual Deus confiou o seu povo ao seu Filho para que este viesse entregar a sua vida pelos seus escolhidos. Cristo deu a sua vida em favor de todos aqueles que o Pai lhe confiara na eternidade. (Sl 89.2,3; Is 42.6; 2Tm 1.9; Jo 6.39; 17.1,6-26).[17] Assim, todos os homens que creram, tanto no Antigo como no Novo Testamento, foram salvos pela graça (At 15.11).
Mérito e graça são conceitos que se excluem (Rm 11.6). “A graça divina e o mérito das obras [humanas] são tão opostos entre si que, se estabelecermos um, destruiremos o outro”, conclui Calvino (1509-1564).[18] De fato, a graça tem sempre como pressuposto a indignidade daquele que a recebe.[19] A graça brilha nas trevas do pecado; desta forma, a idéia de merecimento está totalmente excluída da salvação por graça (Ef. 2,8,9; 2Tm 1.9). A Palavra de Deus nos ensina que a nossa salvação é por Deus, porque é Ele quem faz tudo; por isso, o homem não pode criar a graça, antes, ela lhe é outorgada, devendo ser recebida sem torná-la vã em sua vida (2Co 6.1; 8.1; 1Co 15.10).
4) É efetivada pelo poder soberano de Deus: A nossa salvação é decorrente primeiramente da vontade soberana de Deus (Mt 19.23-36; Hb 7.25; Tg 4.12). Deus age através da sua poderosa palavra (Rm 1.16; 9.16-18; 10.17; 1Co 1.18), conduzindo-nos a Cristo (Jo 6.44,65), confessando-o como nosso Senhor (1Co 12.3). Deus mesmo dá-nos a certeza de que fomos salvos pelo poder da sua graça (Jo 10.27-29); confirmando (Rm 16.25-27);[20] selando (Ef 1.13; 4.30), edificando (At 20.32), santificando (2Ts 2.13) e preservando-nos (Jd 24,25), até à conclusão do seu propósito em nós: A salvação eterna para a glória de Deus (Fp 1.6; 2Ts 1.11,12; 1Pe 1.3,5; 2Pe 1.3).
5) É segundo a sua misericórdia: A misericórdia de Deus é uma demonstração da sua bondade para com aqueles que estão em miséria e pecado: Misericórdia sempre pressupõe necessidade daquele em quem ela é exercitada. Este é o estado do homem até que Deus o salve (Ef 2.4-5; Tt 3.5).
6) É fruto da longanimidade de Deus: Deus é paciente na execução do seu juízo, oferecendo tempo para que o homem se arrependa dos seus pecados e seja salvo. (2Pe 3.9,15).

A EXTENSÃO DA SALVAÇÃO PROPORCIONADA POR JESUS CRISTO:

JESUS SALVARÁ TODO O SEU POVO:

Jesus veio morrer pelo seu povo, cumprindo as demandas da Lei, sofrendo em lugar daqueles que ele representava, conseguindo assim, de forma inexorável, a salvação de todos os eleitos, conforme o Pacto feito entre ele e o Pai na eternidade. (Is 53.10-11; Mt 1.21; Jo 6.37-40,44,65; 10.14,15; 24-29; 17.6-26; Rm 5.12-21; Ef 5.25-27).
Confissão de Westminster (1647) declara:
… Os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo, são eficazmente chamados para a fé em Cristo, pelo seu Espírito que opera no tempo devido, são justificados, adotados, santificados e guardados pelo seu poder, por meio da fé salvadora. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo.[21]

JESUS SALVA O HOMEM TODO:

A Bíblia declara que Jesus veio salvar o que estava perdido (Mt 18.11; Lc 19.10), os pecadores (Jo 3.16-17; 12.47; 1Tm 1.15). Jesus salva o seu povo por inteiro. A Bíblia não apresenta, como muitos imaginam, uma espiritualização da salvação, como se o corpo fosse mau e a alma (= espírito) fosse boa, conforme geralmente os filósofos gregos pensavam. A redenção de Cristo é para o homem inteiro pois todo ele está a carecer da libertação do poder do pecado.
Alguns elementos são fundamentais para a nossa compreensão desse ponto:
1) A Escritura usa indistintamente as palavras “salvação” e “cura”:
O verbo salvar (Σῴζω), o substantivo salvação (Σωτερία) e o adjetivo salvador (Σωτήρ) são usados de forma intercambiável para se referir à salvação eterna bem como ao livramento (= cura, libertação, segurança).
a) Salvar (Σῴζω): Mt 1.21; 9.21-22; Mc 6.56; 8.35; 10.26,52; At 4.9; 27.30; 1Co 1.18; Jd 5, etc.
b) Salvador (Σωτήρ) e Salvação (Σωτερία): Lc 1.47,69,71,77; 2.11; At 4.12; 27.34; Fp 1.19, etc.
2) A encarnação do Verbo de Deus: Sendo o corpo (matéria) mau – conforme os gnósticos criam –, o Verbo de Deus não poderia ter assumido uma forma humana (Jo 1.14).
3) A Ressurreição de Jesus bem como a sua ascensão: (Jo 20.26-29; At 1.9-11).
4) A Ressurreição final: Se o corpo é mau, não deveríamos ter um corpo na eternidade; entretanto, a Palavra nos ensina que quando Cristo retornar, os mortos ressuscitarão e, os que estiverem vivos terão os seus corpos transformados, adaptados à eternidade. (Rm 8.11; 1Co 15.20-23; 35-43; 50-58; Fp 3.21). O “corpo espiritual” [22] que teremos (1Co 15.44) não deve ser entendido como uma incorporeidade, mas, sim, “uma existência humana total, alma e corpo incluídos, que será criada, penetrada e controlada pelo Espírito de Cristo.”[23] Um corpo “totalmente pertencente à nova era, totalmente sob a direção do Espírito”.[24] Ou, nas palavras de Calvino (1509-1564), um corpo no qual “O Espírito será muito mais predominante (…). será muito mais pleno….”[25]
A salvação de Jesus Cristo é para o homem todo; Jesus se interessa com a inteireza do homem (corpo e alma).

JESUS SALVA O HOMEM ETERNAMENTE:

A salvação efetuada por Jesus começa aqui e agora e, jamais terá fim: é uma salvação eterna. (Jo 3.16; 3.36; 6.47; 1Tm 6.12; 2Tm 4.18; Hb 9.28; 1Pe 1.5).

[14] Henry Law, O Evangelho em Gênesis, São Paulo: Editora Leitor Cristão, 1969, p. 33. [15] João Calvino, Exposição de Romanos, São Paulo: Paracletos, 1997, (5.17), p. 194-195.
[16] Catecismo de Heidelberg, perg. 29.
[17] Vd. John Gill, A Complete Body of Doctrinal and Practical Divinity, Arkansas, The Baptist Standadar Bearer, 1989 (Reprinted), I.13. p. 83. [John Gill, “A Complete Body of Doctrinal and Practical Divinity,” The Collected Writings of: John Gill, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 2000), I.13].
[18] J. Calvino, Exposição de Romanos, (11.6), p. 388. À frente Calvino continua: “É preciso lembrar que sempre que atribuímos nossa salvação à graça divina, estamos confessando que não há mérito algum nas obras; ou, antes, devemos lembrar que sempre que fazemos menção da graça, estamos destruindo a justiça procedente das obras.” [Exposição de Romanos, (11.6), p. 389].
[19] Vd. A. Booth, Somente pela Graça, p. 13.
[20] Calvino (1509-1564), comentando o texto de Rm 16.25, diz que Paulo ensina aqui a perseverança final. “E para que descansem (os romanos) e se apoiem neste poder, indica que ele nos foi assegurado pelo evangelho. Por isso não só nos promete a graça presente, ou seja, atual, senão também nos dá a certeza de uma graça eterna. Pois Deus nos anuncia que não somente é nosso Pai agora, senão para sempre, e o que é mais ainda, sua adoção sobrepassa a morte porque nos conduz à herança eterna.” (J. Calvino, La Epistola Del Apostol Pablo A Los Romanos, Grand Rapids, Michigan: Subcomision Literatura Cristiana de la Iglesia Cristiana Reformada, 1977, p. 393).
[21] Confissão de Westminster, III.6. Vd. também os capítulos VII e VIII; Catecismo Maior de Westminster, Pergs. 30-36, 41; Catecismo Menor de Westminster, Pergs. 20-21.
[22] “Σω̑μα πνευματικόν”
[23] Hendrikus Berkhof, La Doctrina del Espíritu Santo, Buenos Aires: Junta de Publicaciones de las Iglesias Reformadas/ Editorial La Aurora, 1969, p. 120.
[24] J.D.G. Dunn, Espírito: In: Colin Brown, ed. ger. O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vol. II, p. 144. De igual forma, interpretam: F. Baumgärtel, Πνευ̑μα: In: G. Friedrich; G. Kittel, eds. Theological Dictionary of the New Testament, Vol. VI, p. 421; A.A. Hoekema, A Bíblia e o Futuro, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1989, p. 88-90; Idem., Criados à Imagem de Deus, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 1999, p. 268; W. Hendriksen, A Vida Futura Segundo a Bíblia, São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1988, p. 193; Ray Summers, A Vida no Além, 2ª ed. Rio de Janeiro: JUERP., 1979, p. 90-91; Wayne A. Grudem, Teologia Sistemática, p. 520. Charles Hodge, sem aludir ao texto, faz uma distinção entre o céu e o inferno, dizendo: “O céu é um lugar e estado em que o Espírito reina com absoluto controle. O inferno é um lugar ou estado em que o Espírito já não refreia nem controla. A presença ou ausência do Espírito estabelece toda a diferença entre céu e inferno” (Charles Hodge, Teologia Sistemática, São Paulo: Editora Hagnos, 2001, p. 983-984).

[25] João Calvino, Exposição de 1Coríntios, São Paulo: Paracletos, 1996, (1Co 15.44), p. 483-484.

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Baixe o e-book Creio no Filho, de Hermisten Maia, com excertos para Páscoa do livro Creio, e leia mais sobre a necessidade de salvação e as condições para nos apropriarmos dela.
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Creio no Filho: O Ministério Terreno de Cristo #páscoafiel

Creio no Filho: Os Sofrimentos de Cristo #páscoafiel

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/04/creio-no-filho-jesus-cristo-o-unico-salvador-pascoa/