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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Lamento. Adauto Lourenço (1958–2024)

25.04.2024

Do portal ULTIMATO ONLINE

Faleceu no dia 18 de abril de 2024 Adauto J. B. Lourenço, professor e cientista brasileiro conhecido internacionalmente no meio cristão pela defesa do criacionismo, conciliando fé e ciência.

Formado em física pela Bob Jones University, Carolina do Sul, EUA, Adauto obteve título de mestre em física na Clemson University, também na Carolina do Sul. Realizou pesquisas no Max Planck Institut für Strömungsfurchung, em Göttingen, Alemanha, e coordenou, em conjunto com o engenheiro Ary Biazotto Corte Jr., a pesquisa do equipamento OX-FREE, de anticorrosão, financiada pela FAPESP, durante os anos de 2003-2005.

Adauto foi um renomado palestrante e conferencista, atuando como preletor em vários seminários sobre o tema da criação. Além disso, foi autor de livros sobre o criacionismo, tema que ensinou e divulgou por muitas décadas.

Por meio de suas palestras e de seus livros, muitas pessoas tiveram seu primeiro contato com o diálogo entre a ciência e a fé. Com seus estudos e trabalho, Adauto desejou apontar para a glória de Deus por meio da criação.

Membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, Adauto foi um servo de Cristo com um testemunho fiel e vibrante, profundamente zeloso com as Escrituras Sagradas.

Entre os títulos publicados pelo professor Adauto Lourenço estão: A Igreja e o Criacionismo; Gênesis 1 e 2 – A mão de Deus na criação e Como Tudo Começou: Uma introdução ao criacionismo (Editora Fiel)

Adauto Lourenço compôs Mão no Arado gravada pelo Grupo Logos (Paulo Cézar da Silva) em 1985.

Mão No Arado
Letra e Música: Adauto Lourenço (1958-2024)
Intérprete: Grupo Logos

Quem tem posto a mão no arado
Não pode mais olhar pra trás!
Pois quem no arado põe a mão
Trabalho certo e perto, tem serviço e profissão

Lança a semente, espalha pelo chão
Planta em tua terra
Faz do teu trabalho tua guerra
Quem em Cristo põe a vida

Não pode mais olhar pra trás!
Pois quem ao mestre deu a mão
Trabalho certo e perto, tem serviço e profissão

Prega a palavra, ensina ao teu redor
Mostra em tua vida
Faz das boas novas tua lida

Quem tem posto a mão no arado
Não pode mais olhar pra trás!
Pois quem no arado põe a mão
Trabalho certo e perto, tem serviço e profissão

Quem tem posto a mão no arado (não pode olhar pra trás)
Quem em Cristo põe a vida (não pode olhar pra trás)
Quem tem posto a mão no arado (não pode olhar pra trás)
Quem em Cristo põe a vida

Adauto Lourenço deixa a esposa, Sueli, e três filhas.

--
Adauto e eu éramos bons amigos e a notícia [do falecimento] nos entristeceu bastante. Juntos, ombreamos na luta pelo criacionismo aqui no Brasil e ele irá deixar uma grande lacuna.
Augustus Nicodemus

Professor Adauto foi um pioneiro da interação entre fé e ciência no Brasil. Desbravou o território com seus primeiros livros, popularizou o tema e ajudou muitos de nós a formular boas questões no assunto.
Gustavo Assi

Esse era um servo do Deus Altíssimo que viveu para o louvor da Sua glória
Stênio Marcius

Adauto partiu, deixando um enorme legado de amor e dedicação à conexão entre fé e ciência. Ele defendeu o criacionismo bíblico em oposição ao Darwinismo, inspirando outros a explorar o conhecimento científico com seriedade, em honra a Deus.
Rodrigo Calça Lemos

Adauto, em seu conhecimento, sabedoria, discernimento, integridade, educação, serenidade, caráter, respeito, didática e tantos outros atributos raros, impactou minha vida quando o conheci, décadas atrás. Adauto me ajudou, através da ciência, da Palavra de Deus e da boa teologia.
Ricardo B. Marques

Fontes:

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/lamento-adauto-lourenco-19582024?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim-Ultimas-701-reenvio

terça-feira, 23 de junho de 2015

SANTÍSSIMA TRINDADE: Monoteísmo capenga fora da Trindade

23.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME, 22.06.15

Eu conversava com Richard Shaull sobre seus interesses teológicos nos seus últimos anos de vida. Lembramo-nos de Paul Tillich. Este dizia que o Espírito de Deus não pode ser escorraçado da vida; ele é teimoso, persistente, vem na direção dos homens e das mulheres sem esperar que se voltem para ele. O rosto de Deus é refletido em três espelhos: Pai, Filho e Espírito Santo.

Desafiados a responder, se perguntados sobre a Trindade Divina numa linguagem compreensível, e não a dos teólogos e filósofos. “Quantas pessoas aqui estão pensando no ar”? Como dizia Rubem Alves, o ar é nossa vida e não precisamos pensar nele para respirar. E não precisamos pensar nele para que ele nos dê vida. No entanto, quem está se afogando só pensa no ar. Deus é assim. Não é preciso pensar nele, ou pronunciar o seu nome, para que sintamos a impossibilidade de negá-lo.

A forma pura de Deus é a suprema beleza, pensa o teólogo Jürgen Moltmann, pois a beleza reside na forma perfeita, se a medida é a essência íntima de um poder, ou de uma força criativa. Quando a forma é iluminada, e quando reflete a luz, então essa essência fica clara, brilhante. Assim é a Divina Trindade. É a isso que Paulo refere-se, frequentemente, à face de Deus como objeto clarificado.

Vemos o Deus trinitário nos espelhos diferentes. No entanto, os rostos do Pai, do Filho e do Espírito Santo são indescritíveis. Porém, a fé cristã sujeita e desenvolve-se dentro da cultura de símbolos e imagens, defenderia Richard Niebuhr. “O Espírito nos ajuda a compreender quem é o Filho e quem é o Pai, mas o Filho também nos ajuda a compreender quem é o Espírito e quem é o Pai”. Tertuliano, no terceiro século, encontrava a imagem decisiva da Trindade, enquanto buscava o teatro da época, quando um ator fazia um monólogo trocando as máscaras cenográficas (persona), conforme a fala. Tertuliano estabelecia a presença de três personagens interpretadas por um único ator diante da plateia. Maria Clara Machado, parece-me, escreveu peças infantis sob a mesma inspiração.

Deus não se conforma com a ingratidão e a indiferença da criatura quanto à sua salvação, por isso não nos abandona. Deus se apresenta face-a-face com o homem e a vida (disse Karl Barth, comentando a parábola do pródigo). A revelação da Trindade; a mais purificada concepção do amor de Deus pelos homens e mulheres, e o modo em três vias da revelação.

Da mesma forma, somos ajudados a compreender a criação e história do universo. Estas, distorcidas sob o prisma da corrupção, no próprio projeto humano e seu futuro de salvação sem Deus. Entendemos assim porque Ele criou espaço e companheirismo para que uma multidão imensa participe de sua vida, de sua glória e de sua felicidade (“Eis que faço novas todas as coisas” – Ap 21.5).

O Espírito Santo visa aos deserdados, despoderados, humilhados, esmagados, triturados pelos sistemas de pensar dominantes (Lc 4.16ss…), porque Jesus Cristo declarou aos seus discípulos: “vocês não ficarão órfãos”. O Espírito faz presente o Reino de Deus na restauração da vida e no alimento da esperança de um “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21); o Espírito se apresenta, sempre, para dizer: “faço novas todas as coisas”!

Um monoteísmo pentecostalista do Espírito se torna um espiritualismo que desprezaria nossas realidades humanas — indivíduos, grupos, comunidades, sociedades, imersos em situações econômicas, políticas, religiosas, sob opressão permanente –; que negaria nossas realidades corporais, gerando uma confusa concepção de que somos tão somente anjos ou demônios, ora divinos, outras vezes diabólicos. Pentecostais, estaríamos equivocados plenamente, imaginando que somos seres abstratos e ao mesmo tempo inatingíveis e invulneráveis; que o Mal é fatal, irredutível e sem salvação.

Sem o Pai e sem o Filho desconhecemos a filiação que nos é anunciada pela graça, pela misericórdia e pela compaixão de Deus, que nos liberta desses determinismos intencionais, em favor da esperança. O Espírito faz presente o Reino de Deus em todas as formas de ações, atua contra e combate às muitas mortes impostas a toda a Criação, neste mundo devastado, poluído e desertificado sistematicamente.

Um monoteísmo do Filho se tornaria um heroísmo militante, uma exagerada confiança no homem e em nós mesmos, meramente uma obediência ética e um seguimento ético e político sem transcendência e sem permanência na consciência dos homens; uma libertação solitária e precária no tempo e na história da humanidade. Sem o Pai – que está no coração do Filho –, e sem o seu Espírito em nossos próprios corações, não teríamos a experiência incrível da filiação divina, mas apenas um mito e um esforço vão, comparativo aos panteões religiosos e suas divindades antropomórficas.

O Espírito faz presente o Reino de Deus na restauração da vida e no alimento da esperança de um “um novo céu e uma nova terra”; (Ap 21); o Espírito se apresenta, sempre, para dizer: “faço novas todas as coisas”! Devemos gostar da Trindade que os cristãos imaginam, movidos pela Fé, a Esperança e o Amor (também uma trindade!)? É por isso que nos alegramos em saudar os amigos da vida em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não compreendemos? O Reino de Deus está diante de nós, graças à Trindade Sagrada! Conforme testemunho do Espírito Santo, em Rm 8.26: “… o Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis”.

Foto: http://www.pexels.com/photo/bird-flying-clouds-cloudy-6642/

Leia também
Derval Dasilio. É pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como “Pedagogia da Ganância" (2013) e "O Dragão que Habita em Nós” (2010). 


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/monoteismo-capenga-fora-da-trindade

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Leia a Bíblia como quem busca tesouros escondidos

04.06.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Tim Conway*

LeiaABiblia


Tim Conway nos desafia neste vídeo a buscarmos entendimento como se estivéssemos atrás de tesouros escondidos. Se queremos cavar ouro das Escrituras, precisamos ir além da superficialidade. 

 “Sim, se clamares por discernimento, e por entendimento alçares a tua voz; se o buscares como a prata e o procurares como a tesouros escondidos; então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.” – Provérbios 2:3-5




*Tim Conway. É pastor da Grace Comunnity Church, em San Antonio, Texas. Foi presbítero na Community Baptist Church, em Elmendorf, Texas,antes de ser enviado com onze outros membros para formarem a Southside Grace Church, que mais tarde seria chamada de GraceCommunity Church.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/leia-a-biblia-como-quem-busca-tesouros-escondidos/

domingo, 10 de maio de 2015

O Papa aos Olhos de um Presbiteriano

10.05.2015
Do blog E A BÍBLIA COM ISSO?13.03.2013


O mundo parou para ver quem seria o Papa anunciado pela fumaça branca da Capela Sistina. O cerimonial belíssimo e litúrgico só foi quebrado quando a simpatia e humildade do Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, o novo Papa, ecoava sua voz diante de milhares de fiéis pedindo orações para seu antecessor Bento XVI e para si mesmo, agora, Papa Francisco.


A Igreja Católica Romana inova de várias formas. Pela primeira vez um Jesuíta de linha Franciscana assume o cargo de Senhor Apostólico da Igreja. Também é a primeira vez que um integrante do Novo Mundo é apontado como o Cabeça da Igreja.

Sob o ponto de vista social, parece estarmos diante de um homem profundamente preocupado com os pobres – daí, possivelmente, tenha escolhido o nome Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, e com isso o mundo possa esperar um Vaticano menos pomposo. Quem sabe, como diria o poeta baiano Castro Alves, vejamos: “a púrpura servindo ao povo para cobrir os ombros nus”.

Teólogo conservador, mas com uma fama de bom de diálogo, a tendência é vermos o Catolicismo mantendo sua pegada firme em questões em que a ética do mundo anda na contra-mão dos postulados Apostólicos, como o homossexualismo e o aborto por exemplo; fazendo com que nessas matérias, unamos nossas vozes contra a tendência da mídia que tenta cada vez mais relativizar o que cremos ser absoluto.

Sendo assim, como curioso observador do mundo das religiões, vejo que a maior religião do mundo em várias matérias, se mantêm como um baluarte firme daquilo que nós, biblicamente, devemos seguir, sem medo das repercussões que sempre vêm de forma irrefletida e fanática.

Mas o momento também nos faz olhar mais de perto para o próprio conceito de Papado. Não encontramos na história a figura do Papa anterior ao Século V, embora Pedro, o Apóstolo, seja apontado pela Igreja como sendo aquele a quem o Papa sucede, algumas características do pescador descalço parecem não bater muito como o que vemos no Vaticano.

Casado, por isso não celibatário, não há nenhuma evidência histórica convincente que Pedro tenha ido à Roma; nunca aceitou nenhuma veneração, andava no meio do povo na simplicidade da Galileia e só escreveu de forma infalível suas cartas, pois foi designado por Cristo para fazê-lo, em época em que o Cânon, ainda aberto para o testemunho Apostólico, estava em fase final de fechamento.

Os títulos atribuídos a ele, então, devem ser objeto de estudo sincero, para que a profecia de Jesus não seja diretamente ligada ao fato de darmos ao Apóstolo, títulos que ele nunca deveria ter: “Arreda, Satanás, tu és para mim pedra de tropeço, pois não cogitas das coisas de Deus, mas dos homens” (Jesus Cristo).

Jesus disse isso logo após uma das mais belas confissões de fé da Novo Testamento. Ao ser perguntado quem ele era aos olhos do povo, muitas respostas vieram, mas Pedro sabia quem Jesus era: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, disse ele.

Essa afirmação, “essa pedra”, foi usada por Cristo para que a Igreja de Jesus fosse edificada sobre ela. Aliás, o próprio Pedro reconhece isso em sua carta (I Pedro 2:4-8).

Sendo assim, de acordo com Hebreus 1:1-3, nenhum homem após o fechamento das Escrituras pode ter a sua palavra infalível ou inerrante. Cristo não precisa de um vigário, pois quando entregou as chaves do Reino para os Apóstolos, não deixou para Pedro, somente, mas “onde estiverem dois ou três reunidos”, portanto, os Presbíteros, segundo a compreensão Apostólica em Atos 15.

Por mais nobre e zelosa que seja a liturgia de Roma, e por diversas outras razões históricas, impressionantemente admiráveis, um Estado Nacional (Vaticano) vai de encontro à pregação de Cristo quando afirmava: “o meu Reino não é desse mundo”.

Aquele que “não tinha onde reclinar a cabeça” não deixou uma Igreja para possuir bens e riquezas, mas para espalhar a paz, o amor e a compaixão. Aquele que andou no meio dos leprosos, das prostitutas e dos mendigos para lhes restaurar os bens, não deixou uma instituição onde a opulência é tão clara.

Quais são os pontos de contato, então? São vários. Temos o mesmo credo: 
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.”

Mas talvez a maior e mais profunda diferença, seja um Princípio relembrado pela Reforma Protestante (pré-Trento) há meio milênio atrás: O Sola Scriptura. Acreditamos que apenas a Bíblia é a Palavra de Deus e que ela não pode jamais ser contradita ou ser colocada em pé de igualdade com qualquer outro documento ou palavra humana: “Seja Deus verdadeiro e mentiroso todo homem”.

Sendo assim, amigo Católico, chamo você a refletir na Escritura. Se o conceito do Papado for compatível com o que nela está escrito, eu preciso recuar e admitir que a Igreja Católica é muito mais que uma instituição séria e corajosa (como é), mas é a mais pura expressão absoluta e inequívoca da verdade.

Mas se a Bíblia caminha em outra direção, que não seja tradição, família ou intransigência que faça você permanecer numa igreja onde Cristo é representado por quem ele não autorizou, e portanto, é você quem deve dar esse passo atrás.

Como discernir a verdade, então? Se aprofundando nas Escrituras, e é isso que eu chamo você para fazer nesses dias.
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Fonte:http://bibliacomisso.blogspot.com.br/search?updated-max=2013-04-10T02:25:00-03:00&max-results=7

sábado, 4 de abril de 2015

IGREJA NORTE-AMERICANA APÓSTATA E DESVIADA DOS ENSINOS DE CRISTO:A APOSTASIA CRESCENTE DA PCUSA

04.04.2015
Do blog O TEMPORA O MORES!
Por Augustus Nidocemos


A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA) redefiniu nesta terça 17/03/2015 o seu entendimento sobre o que é casamento. Por maioria dos seus presbitérios, alterou a sua constituição, que agora diz que o casamento é “tradicionalmente” entre um homem e uma mulher.

O que houve, na verdade, foi a adequação da constituição da PCUSA à prática já em vigor. Os pastores desta denominação (que para nós é apóstata) já estavam autorizados a realizar casamentos entre pessoas do mesmo sexo faz já algum tempo.

Como é sabido de todos, a Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) não tem nenhum relacionamento com esta “igreja” americana, da qual se desligou faz décadas por causa das posturas liberais da mesma, muito antes dela aprovar o casamento gay. A PCUSA é uma denominação liberal que já abandonou faz tempo os principais pontos da Reforma, como a autoridade e infalibilidade das Escrituras.

Muitos não sabem que o termo “presbiteriana” define apenas um sistema de governo, não uma teologia. A rigor, uma igreja presbiteriana é aquela que é governada por presbíteros. Assim, há igrejas que se dizem presbiterianas mas que são renovadas ou de linha pentecostal. No caso da PCUSA, é uma igreja governada por presbíteros e que adota uma teologia liberal.

A IPB é conservadora na sua doutrina e mantém o conceito da inerrância das Escrituras. Como tal, não reconhece o “casamento” gay e certamente repudia tal decisão da PCUSA de redefinir o casamento desta forma.

Já escrevi antes sobre casamento gay na PCUSA. Os artigos sobre o assunto estão no blog Tempora-Mores:

http://tempora-mores.blogspot.com.br/2014/06/agora-gays-podem-casar-na-igreja.html
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2011/02/pcusa-prestes-se-dividir.html
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2012/01/decepcionados-com-ordenacao-de.html
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2006/07/denominao-americana-finalmente-aprova.html
http://tempora-mores.blogspot.com.br/2011/05/por-que-igrejas-presbiterianas-pelo.html


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Fonte:http://tempora-mores.blogspot.com.br/2015/03/a-apostasia-crescente-da-pcusa.html

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Família e igreja: casamento indissolúvel

30.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 23.05.14


“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra!” (Gn 1.27-28).

A família sofreu e sofre um acelerado processo de involução desde o século passado. Esta involução não é só cultural, é também legal. Existem leis criadas pelo Congresso e interpretações da Constituição que dão novo entendimento do que seja uma família. Segundo os padrões vigentes de nossa cultura e sociedade, um casal formado por um homem e uma mulher com geração ou adoção de filhos já não responde exclusivamente pelo instituto familiar. Vale para família o que Jesus afirmou acerca da indissolubilidade do casamento: “foi por causa da dureza do vosso coração...no princípio não era assim...” (Mt 19.8). Deus criou homem e mulher, macho e fêmea os criou, narra o texto sagrado, e deu-lhes a ordenança de serem fecundos, de se multiplicarem (Gn 9.7). 

A família está no centro do projeto original de Deus, é uma instituição por ele desejada antes da Queda, antes do pecado original. Todas as alterações posteriores, a ruptura do vínculo matrimonial, a indisciplina ou abandono dos filhos, a paternagem irresponsável, etc inequivocamente são consequências da desobediência radical de Adão. 

A família espelha um mistério divino, Deus é família no seio da Trindade. Vive e existe em condição familiar de amor, reciprocidade, entrega, comunhão, partilha e etc. Deus planejou a família para que alguns de seus atributos pudessem ser compartilhados com os homens, feitos à sua imagem e semelhança. A graça da geração de filhos, a autoridade e o governo para fazer crescer e proteger a vida, a providência originada do trabalho, o amor sacrificial e a beleza da comunhão. 

Além disso, o Senhor planejou a família para ser a raiz da Igreja, a igreja radical e mais fundamental. A família foi constituída para ser um santuário protetor da vida que é sagrada e inviolável para Deus. Por isso a geração de filhos é importante para os cristãos. Por isso o aborto é insuportável para os cristãos. Por isso a eutanásia é indigna dos cristãos. Por isso, o amparo e o cuidado venerando dos idosos são um dever para os cristãos, pois a vida é um bem divino inestimável. A família é, pois, sua guardiã. É uma igreja radical porque no seio da família se transmitem os mais básicos conceitos sobre Deus, devoção, oração e vida em comunidade. Os pais deveriam ser os primeiros e mais fundamentais catequistas de seus filhos. 

Deus projetou a família para ser uma escola de virtudes para a formação sólida do caráter humano. As noções básicas de honestidade, alteridade, cidadania, justiça, equidade, respeito, solidariedade e caridade deveriam ser aprendidas e apreendidas no aconchego do lar. No projeto original, Deus quis que a família fosse um celeiro de santos e um viveiro de vocações para servirem na Igreja e no Mundo para a difusão do Reino como alegres e poderosas testemunhas do amor de Deus manifestado em Cristo. A família não é só a “celula mater” da sociedade, o é também do povo de Deus, da Igreja Peregrina. Famílias desajustadas e enfermas estão na origem de muitos males sociais e de muitas das misérias e fraquezas da Igreja. 

O convite para este mês é o de levarmos as nossas famílias para uma espécie de “ReCall” espiritual. Ainda que o projetista não possa ser acusado de ter falhado no desenho, no cálculo e não indicação dos materiais a serem usados, os montadores e os “fabricantes” de novas concepções familiares têm usado peças não originais, com defeito, que vem apresentando sérios perigos para a nossa vida e felicidade. Voltemos todos ao “Manual” do fabricante, que é a Bíblia, submetamos as nossas famílias aos ajustes necessários, às trocas indispensáveis de peças e acessórios incompatíveis com o projeto original e tenhamos uma viagem segura rumo à Casa do Pai que nos espera com a família maior, de todos os santos e santas de Deus, nossos amados irmãos. 

Lute por sua família, invista nela, não permita que ela “involua” para um ponto onde só temos o que perder e nada para lucrar.

*Luiz Fernando Dos Santos.É pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/familia-e-igreja-casamento-indissoluvel

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

E Deus ouviu suas orações

08.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 04.12.14
Por Cácio Silva*


Era 1975, tempo em que as missões evangélicas ainda gozavam de prestígio junto ao governo brasileiro. A convite do governo, um casal de missionários linguistas norte-americanos veio ao Brasil para atuar com um pequeno e esquecido povo indígena da Floresta Amazônica. Ainda com um parco conhecimento da língua portuguesa, embrearam-se pelo interior do Amazonas até um pequeno vilarejo indígena nas fronteiras com a Colômbia. Souberam que, não muito longe dali, distante “apenas” dois dias de canoa, havia uma aldeia do seu povo alvo. 

No vilarejo tiveram contato com um indígena daquela aldeia e então empreenderam a primeira viagem, planejando passarem alguns meses com o povo. Descendo um rio e subindo outro, depois dos “apenas” dois dias de viagem, chegaram finalmente à aldeia, mas foram recebidos unicamente pelo indígena do primeiro contato. Tentaram ficar e esperar os demais retornarem das roças, quando perceberam que, na verdade, todos estavam por ali, mas escondidos. Imaginaram que poderia ser timidez do povo, mas logo perceberam que era hostilidade e o indígena do contato esclareceu que a aldeia não queria recebê-los.

Confusos e desapontados, retornaram para o vilarejo depois daqueles poucos minutos na aldeia. Posteriormente ficariam sabendo a verdadeira razão de terem sido rejeitados. Alguém havia lhes amedrontado, dizendo que os “brancos” iriam dar presentes, depois lhes dariam injeções e quando estivessem gordos os comeriam!

Apenas na terceira viagem é que finalmente conseguiram estabelecer contato com o povo, sendo alegremente recebidos.

Os próprios indígenas fizeram uma “casa” para os missionários, coberta de palha e fechada com varas, bem ao estilo local. O casal passou ali cerca de quatro meses, sendo os primeiros a coletarem dados linguísticos daquela complexa língua e a fazerem os primeiros apontamentos culturais. Como sua autorização para atuarem ali era de apenas um ano, findo o período voltaram à cidade para a renovarem. Qual foi sua surpresa quando, apesar de inicialmente convidados pelo governo, tiveram a renovação recusada! Iniciava-se um angustiante período de expectativas de retorno, mas sonhos frustrados. Apesar das diferentes e insistentes tentativas, não conseguiram nova autorização e então passaram a orar ao Senhor por novo abrir de portas.

Coincidência ou não, do outro lado do Brasil, numa esquecida fazenda do interior de Minas Gerais, dona Maria, uma simples e iletrada lavradora braçal, descendente de indígenas, esposa de um vaqueiro, sertanejo da Bahia, dava à luz um menino, irmão caçula de onze. Ao levar seu filho para a consagração, acabou discutindo com o vigário quando este mencionou que os pais não conheciam a Bíblia. Resultado do desentendimento, levou a Bíblia do altar emprestada para casa e como nunca havia frequentado uma escola, pôs suas filhas adolescentes para ler. Impaciente com a pouca disposição das filhas, resolveu que ela mesma aprenderia a ler. Alfabetizou-se lendo as Escrituras, passou a compreender razoavelmente o texto e se revoltou ao ler sobre imagens de escultura em Êxodo 20. Queria saber mais, mas não havia nenhuma igreja evangélica naquela região.

O único testemunho não católico que encontrou foi o de duas viúvas adventistas num povoado não muito distante dali. E elas colocaram lenha na fogueira ao lhe mostrar o Salmo 115. Indignada, dona Maria rompeu com o catolicismo. Alguns meses depois, passou pela região um evangelista nacional, fruto do trabalho de uma missão inglesa. Encontrou dona Maria já convertida, crente no Senhor Jesus. Esse encontro resultou na conversão de várias outras famílias e no plantio de uma pequena igreja.

Enquanto isso, aqueles missionários norte-americanos continuavam orando pelo povo perdido da Amazônia. Em meio ao processo de discipulado, Dona Maria leu a história de Ana, que consagrou Samuel ao Senhor. Foi impactada pela narrativa e quis fazer a mesma coisa. Tomou seu filho, agora com pouco mais de três anos, entrou no quarto e o entregou ao Senhor: “Os outros já são grandes e não tenho domínio sobre eles, mas este quero entregar para a sua obra, Senhor”.

Aquele menino cresceu ouvindo essa história. Aos dezesseis anos, o Senhor lhe trouxe convicção confirmando seu chamado. Ele entendeu que deveria ser missionário. No momento certo ingressou num seminário teológico, desejoso de ir para a África. Não sabia ele que os missionários norte-americanos continuavam orando pelo povo da Amazônia. No seminário, o jovem vocacionado conheceu uma linda jovem, também vocacionada, por quem se enamorou e com quem se casou. Juntos seguiram se preparando para a África por vários anos. Seminário concluído, formação missiológica também, procuraram uma boa agência missionária com projetos na África. Ao final do processo de filiação receberam a notícia de que as portas para onde iam haviam se fechado para estrangeiros devido a conflitos políticos. Imagine para onde foram redirecionados?! Sim, para a Amazônia brasileira! Exatamente para aquele povo indígena pelo o qual os missionários norte-americanos oravam há trinta anos!

Na verdade, em 1986, o Senhor já havia levantado duas jovens e bravas missionárias brasileiras para aquele povo. Mas, ao chegarem àquela aldeia onde os norte-americanos tinham estado dez anos atrás, se depararam com uma onda de garimpeiros explorando o subsolo nas proximidades. O clima era tenso e hostil. Por isso, elas tiveram de ir para uma aldeia bem distante dali, em outra região.

Mas os missionários norte-americanos continuavam orando pelo povo do seu coração. Assim, em 2006, o menino de Minas Gerais e sua jovem esposa finalmente chegam para atuar na mesma área em que os missionários estiveram em 1975. O casal faz amizade com aquele indígena que, na época jovem agora ancião, havia recebido os missionários e ensinado a eles as primeiras palavras. 

Aquele casal norte-americano, hoje de volta ao seu país, são Daniel e Cheryl Jore. Aquele povo indígena chama-se Yuhupdeh. E aquele menino sou eu. Essa é a minha história. 

***

Minha esposa e eu fomos para o Amazonas porque os planos do Senhor não podem ser frustrados. Ele não desiste do seu eterno propósito de se fazer conhecido a todos os povos da terra e Ele ouve as orações dos seus. Há oito anos estamos no Amazonas, atuando entre os Yuhupdeh e transitando pelo universo indígena. Temos presenciado o Senhor fazer coisas lindas, tido notícias de incontestáveis manifestações da graça de Deus e vivido o privilégio de servir ao Cordeiro onde pouco ou nada se ouviu sobre Ele. Eu tinha tudo para ser vaqueiro, seguindo a tradição da família, mas o Senhor me deu outros rebanhos. 

Isso me trás sempre à mente que o chamado ministerial não se baseia na capacidade humana, mas, sim, na graça do Deus que chama. Faz-me lembrar “que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.26-29). Por isso temos um “tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7), pois “a minha graça te basta... o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.9). 

Essa verdade é desafiadora e libertadora, pois aqueles que se julgam capazes não podem se vangloriar e os que se acham incapazes não podem se escusar. Resta a cada um entender seu chamado e obedecer àquele que nos chama.

E, sim, me faz lembrar também que Deus responde orações!


*• Cácio Silva é pastor presbiteriano e missionário da APMT (Associação Presbiterianas de Missões Transculturais) e da Missão WEC entre indígenas da Amazônia.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/e-deus-ouviu-suas-oracoes

sábado, 16 de agosto de 2014

Copiloto da aerovane de Eduardo Campos era evangélico

16.08.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 14.08.14
Por Jarbas Aragão
 
“Não cai uma folha de uma árvore sem que seja vontade de Deus”, disse mãe do piloto
 
Geraldo Magela Barbosa da Cunha, 44, um dos pilotos que estava no acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, tinha 20 anos de experiência. Com mais de 1500 horas de voo, foi piloto da TAM antes de assumir o cargo de piloto do candidato, há 3 meses.
 
A família afirma que ele estava feliz com a nova conquista profissional. De berço evangélico, era natural de Governador Valadares (MG), mas viajava constantemente para os EUA, onde reside seu cunhado.
 
Entrevistada pelo jornal Estado de Minas, a mãe do piloto, Odete Ferreira da Cunha, 73, soube da notícia da morte do filho caçula pela televisão. “Eu estava no médico quando vi a notícia”, lembra. Afirmou ainda que sua fé está ajudando a superar a perda. “Não cai uma folha de uma árvore sem que seja vontade de Deus. O Senhor está me confortando. É nosso refúgio e nossa fortaleza”.
geraldo e esposa Copiloto da aerovane de Eduardo Campos era evangélicoSua esposa, Joseline, está em New Jersey (EUA). Segundo o EM, ela viajou para fazer o enxoval do segundo filho do casal. A menina deverá nascer em Outubro e se chamará Ana. Rui Barbosa, irmão do piloto, conta que a mulher está em estado de choque. Assim que se recuperar voltará para Santa Luzia, zona urbana de Belo Horizonte, onde mora.
 
O pastor Renato Bernarde, da Comunidade Cristã Presbiteriana de Newark, onde Geraldo e Josiane congregavam nos EUA, deixou a seguinte nota em sua página do Facebook.
 
“Aos irmãos, congregados e amigos da CCP Newark. Um dos tripulantes do avião que caiu em Santos, São Paulo, onde faleceu o candidato Eduardo Campos, era o nosso Geraldo (Magela) Cunha. Ele está com o Senhor. Josiane, sua esposa, grávida de 7 meses, está aqui NJ, preparando o enxoval do bebê. Muitos irmãos e amigos estão juntos neste momento de dor com eles. A presença e conforto de Deus são claras. Cubra-os com suas orações e cuidado”.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/piloto-aviao-eduardo-campos-evangelico/

quinta-feira, 6 de março de 2014

A vida cristã e as sutilezas do mundo

06.02.2014
Do blog BEREIANOS, 05.03.14
Por Rev. Felipe Camargo



Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo (Cl 2.8).

Em “Cartas do inferno”, C. S. Lewis conta uma história fictícia de um Diabo mais velho ensinando seu sobrinho a fazer um cristão se desviar do caminho do Senhor. Na primeira carta o experiente “Tio” avisa que o melhor meio de afastar alguém da igreja e de Deus é usar jargões ou frases bonitas que parecem com verdades, mas que no fundo não passa de mentiras. É exatamente sobre isso que Paulo está preocupado no versículo acima, ou seja, filosofias e vãs sutilezas que afastam os servos de Deus da verdade revelada na Palavra de Deus.

Infelizmente, estamos cercados de filosofias e pensamentos que parecem até fazer certo sentido! Há inúmeras “frases de efeito”, ditados populares e filosofias de vida que acabamos aceitando como verdade. Nem sequer nos preocupamos em examinar se essas ideias estão de acordo com a Palavra de Deus, mas, simplesmente concordamos! Basta olhar quantas frases temos em nossa página do Facebook de pessoas que não temem ao Senhor. O triste é que temos muita facilidade em concordar com esses que possuem a “sabedoria do mundo”, mas quando somos deparados com a verdade de Deus dizemos: “não acho que é bem assim”.

Concordamos com ímpios, idólatras, viciados, espíritas, adúlteros, entre outros, mas temos dificuldade em aceitarmos a verdade de Deus. Aceitamos como verdade as filosofias que artistas passam na televisão, ou que os professores ensinam nas escolas, ou que nossos colegas e amigos nos afirmam, ou tradições impostas pela família. Mas, e o que a Bíblia nos ensina? Será que não conseguimos entender que a sabedoria do mundo é louca? Ou que Deus destruiu a sabedoria do mundo e aniquilou a inteligência dos instruídos? (1ª Co 1.19-20).

Será que estamos tão cegos que não conseguimos ver as armadilhas que estamos caindo todos os dias? Será que estamos tão surdos que não ouvimos a voz de Deus nos alertando sobre as redes do engano? O pior é que apesar dos avisos, só percebemos a armadilha quando estamos dentro dela. Portanto, as palavras de Paulo devem servir como um grande alerta para nós. Não sejamos como crianças agitadas sendo levada por qualquer “sabedoria” do mundo. Quem você vai ouvir?

Por todos os lados encontramos filosofias e tradições que o mundo tenta impor sobre nós. Nem precisamos ir muito longe para isso, basta ligarmos a televisão ou conversarmos com colegas e amigos. Isso foi o que tratamos na última pastoral. Pensando ainda mais sobre o assunto, precisamos entender que há outras formas de sermos enganados por essas filosofias e tradições. Nem sempre esses enganos vem através de ímpios, mas se aproxima também com aparência de “santo”.

Para entender melhor isso precisamos lembrar-nos das exortações de Jesus quanto aos falsos mestres! Precisamos também lembrar que Satanás ao tentar Adão e Jesus ele usou frases da própria Palavra de Deus (de maneira distorcida). O alerta de Paulo em Colossenses não era só daquilo que ouvimos fora da igreja, mas também daquilo que ouvimos de alguns que  fingem ser cristãos.

Nem todo aquele que se denomina pregador da Palavra vem em nome do Senhor. Não são poucos os programas televisivos que se dizem evangélicos, mas, na verdade, divulgam uma mensagem enganadora e que não é bíblica. Portanto, o primeiro grande alerta que faço aqui é de tomamos cuidado com aquilo que ouvimos. Nem sempre aquele que usa a Bíblia para pregar está de fato pregando o que a Bíblia diz. São momentos como este que o lobo se veste de cordeiro para enganar os filhos de Deus.

Há, também outras formas de cairmos nesta cilada. Um exemplo disso é quando usamos frases e pensamentos que se tornaram comum no meio da igreja e que não é a verdade de Deus. Por causa disso acreditamos em promessas que Deus nunca fez e fazemos o que Deus não ordenou. As vezes essas ideias chega através de músicas “evangélicas”. O motivo disso é porque essas “filosofias evangélicas” falam de coisas que nos agradam.

Mais uma vez devemos nos perguntar quem queremos ouvir, se a Palavra de Deus ou os rudimentos deste mundo disfarçados de sagrado. Não podemos ser como crianças agitadas por todo vento de doutrina. Não podemos cair nas armadilhas destes que disfarçam a mentira com uma roupagem evangélica.

“As pessoas não são tão ruins assim!” “O errado não é tão ruim!” “Isso é verdade para você e não para mim”. Essas são algumas frases que ouvimos constantemente e que muitas vezes aceitamos sem perceber. Os filmes tem sido campeões em divulgar a ideia de que o mal às vezes é bom. Recentemente tem surgido uma “nova modalidade de monstros”. Antigamente, aquilo que tinha aparência de mal era o mal e ponto! Hoje existe uma série de filmes onde os bruxos também são bons e heróis! Vampiros que até então eram seres das trevas, não podia se aproximar da luz, cruz ou algo que fosse “sagrado”, mas hoje eles são os mocinhos, se apaixonam e nem tem mais aquela cara de malvado. Ogros que sempre foram vilões agora são heróis das crianças como o Shrek e os vilões são a fada madrinha e o príncipe encantado!

Não estou dizendo que assistir esses filmes seja o pecado. O grande problema é aceitarmos essas coisas como normal e assimilarmos as mensagens por trás da história. Afinal, é uma mensagem que não está só nestes filmes. Uma mensagem que na verdade não é tão nova assim, mas sempre aparece em nosso meio com novas faces. A mensagem é que todo mal tem um pouco de bondade e tudo que é bom tem um pouco de maldade. Se isso fosse verdade, o que não é, teríamos que admitir que até Cristo tinha um pouco de maldade dentro dele.

No Antigo Testamento Deus havia estabelecido leis sobre aquilo que era puro e aquilo que era impuro. O objetivo central era preparar o povo de Deus para saber discernir aquilo que é mal e aquilo que é bom! Esse ensino não deve ser esquecido, afinal, pecado é pecado e não deve ser praticado. Devemos lançar fora tudo aquilo que desagrada a Deus por mais que tenha uma cara agradável.

O grande problema não são os filmes, mas a filosofia do mundo que entra em nossa igreja. Repare como temos facilidade para achar defeitos em tudo aquilo que se refere à Deus e como conseguimos destacar coisas “boas” daquilo que é contrário à Palavra de Deus. Salomão diz que “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”. Não sejamos enganados, afinal, estreita é a porta que leva a vida eterna e larga e espaçosa a porta que leva à perdição. “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele.” Não importa o que seja dito, o errado nunca será bom!


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- *Sobre o autor: Felipe Camargo é Pastor da Igreja Presbiteriana do Estoril no Riacho Grande, São Bernardo do Campo em SP. Formado em Teologia no Seminário JMC, mestrado em Divindade (M.Div), com habilitação em Pregação e cursando Mestrado em Antigo Testamento no Centro de Pós Graduação Andrew Jumper.
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Fonte:http://bereianos.blogspot.com.br/2014/03/as-sutilezas-do-mundo.html#.UxfcjfmwKGA