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terça-feira, 26 de maio de 2015

Literatura fantástica cristã

26.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 21.05.15
Por José Miranda Filho*

A literatura fantástica, às vezes chamada de ficção, tem uma grande variedade de estilos e propósitos. Alguns escritores de ficção optam por criar histórias com situações extraordinárias e impensáveis para o leitor comum, sem se preocuparem muito em fazer paralelos com o mundo real no qual vivemos, como Isaac Asimov, autor de ficção científica. Outros, como Aldous Huxley (autor de “Admirável Mundo Novo”) e George Orwell (autor de “1984”), incluem uma tentativa de descrever um futuro plausível a partir da realidade presente.

Escrevo aqui sobre a ficção cristã e o seu papel na exposição da mensagem e de valores aos leitores. Temos poucos desses livros escritos por brasileiros e poucos traduzidos para o português. John White e George Mac Donald estão entre os autores de ficção cristã praticamente sem tradução. O mais conhecido entre os traduzidos para o português é C. S. Lewis, escritor da série “Nárnia”, da trilogia do espaço (“Longe do Planeta Silencioso”, “Perelandra” e “Essa Força Medonha”), além de “O Grande Abismo”. A ficção cristã mais conhecida entre nós (C. S. Lewis) tem forte teor alegórico (personagens e fatos facilmente identificáveis na vida real).

O poder de comunicação das estórias é tremendo. Usamos essas estorinhas como parábolas para ensinar nossas crianças. A ficção alegórica desperta nossa curiosidade e nos transporta para um mundo que pode ser sonhado e talvez alcançado. Jesus usou parábolas para trazer entendimento de coisas profundas até pessoas simples. Em suas parábolas ele usava personagens e fatos bem conhecidos do povo, possibilitando a identificação de cada um com a estória contada.

Assim como nas parábolas de Jesus, uma das características que me chama a atenção nesse tipo de ficção é o poder profético e estimulador, desde que mantida a fidelidade do autor às escrituras. O poder profético, tanto para exortar como para consolar, é exercido pela nossa identificação com um ou mais personagens da estória. Na parábola do filho pródigo, por exemplo, Jesus ligou o incompassivo irmão mais velho aos fariseus (exortação), ao mesmo tempo em que mostrava aos desgarrados a esperança da restauração através da volta ao Pai (consolação).

Tenho o hábito de ler várias vezes o mesmo livro de ficção cristã. Percebi que me identifico com pessoas e situações de tal forma que me sinto “dentro” da estória. Vejo nos personagens meus próprios defeitos e dilemas. As soluções encontradas dentro das estórias também me ajudam muito. Ao reler esses livros estou revisando as situações, relembrando as soluções encontradas e renovando as esperanças na solução dos problemas. Às vezes tenho até “saudade” de uma ou outra estória, como tenho de alguns lugares que gostaria de revisitar. Nessas estórias, os heróis, geralmente frágeis, me fazem querer ser esse tipo de herói: fraco, mas corajosamente perseverante; com problemas, mas com a esperança que o move para frente; com tropeços, mas com o perdão que o levanta; com choro, mas com a consolação que se torna semente do júbilo; com fracassos que o humilham para levá-lo à sabedoria da dependência de Deus.

Outra característica fantástica das estórias é que elas atingem pessoas de qualquer idade. Acredito que há poucas pessoas que não gostam de ler ou ouvir estórias. Nessa característica está a esperança e o perigo da ficção. A esperança por ela ser capaz de levar uma boa mensagem a todo um povo. Perigo por ser capaz de levar uma mensagem destrutiva a todo um povo. As estórias são caixas atrativas e apetitosas que podem levar bom ou mau alimento. No meu entender a igreja brasileira tem feito pouco uso desse instrumento. Penso que isso ocorre até em algumas pregações. Creio que se acrescentássemos estórias e experiências às informações que trazemos ao púlpito, as mensagens poderiam se tornar mais inteligíveis, mais atraentes, dando algum sabor àquelas que poderiam ser tachadas de chatas. Uma pregação pode ser muito bem preparada, até erudita, mas as estórias conseguem dar simplicidade às coisas profundas e fazer com que elas sejam entendidas por todos. Acho que a atração pelas “estorinhas” faz com que nossas crianças gostem das historinhas bíblicas. Infelizmente essas historinhas são contadas no mesmo contexto das “estorinhas”.

Os super-heróis da telinha nem sempre são separados dos nossos “heróis da fé”. Talvez estorinhas alegóricas nos ajudassem a conduzir nossas crianças às historinhas bíblicas, assim como as parábolas de Jesus conduzia o povo à verdade da palavra de Deus. As possibilidades para o uso sadio, tanto das parábolas e estorinhas, como dos livros de ficção cristã, são enormes. Mesmo entre os pregadores esses textos podem ser usados de forma muito efetiva. Já perdi as contas das pregações e treinamentos onde eu usei textos de ficção cristã. Não esqueçamos que Pentecostes é amigo da boa comunicação enquanto que Babel é fã dos mal-entendidos. Quando percebo alguma dificuldade de meus ouvintes em entender algo, ou em se concentrar no que eu estou falando, costumo logo falar “por exemplo” e entrar com uma estória que substitui minha explicação original. A boa comunicação agradece.
* José Miranda Filho foi presidente da ABUB (Aliança Bíblica Universitária do Brasil), ministério este ao qual ele está envolvido há mais de três décadas.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/literatura-fantastica-crista

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Os planos de Deus

20.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE,19.05.15
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lewis

terça-feira
Em Cristo surgiu um novo tipo de ser humano; e o novo tipo de vida que começou com ele deve ser internalizado em nós.
Como isso acontece? Primeiro, lembre-se de como adquirimos o velho e ordinário tipo de vida. Nós a recebemos dos outros, dos nossos pais e ancestrais, sem o nosso consentimento e por um processo muito curioso que envolve prazer, sofrimento e perigo. 
Um processo que você jamais teria imaginado. A maioria de nós passa muitos anos da infância tentando reconhecê-lo. Há crianças que, quando ouvem falar disso pela primeira vez, não acreditam — e não sei bem se as condeno, pois é mesmo muito estranho. Agora, o Deus que elaborou todo esse processo é o mesmo que mostra como esse novo tipo de vida — a vida em Cristo — deve ser espalhada pelo mundo. Temos de estar preparados para o fato de esse processo ser estranho também. Ele não nos consultou quando inventou o sexo; e também não nos consultou quando fez esse outro processo.
Existem três coisas que propagam a vida de Cristo em nós: o batismo, a fé e aquela ação misteriosa a que os cristãos dão diferentes nomes (Santa Ceia, missa, Eucaristia): esses são, pelo menos, os três métodos mais comuns. […]
Não vejo por que essas coisas devem ser os fios condutores do novo tipo de vida. Mas, se não fosse assim, nunca veria qualquer conexão entre um prazer físico particular e o aparecimento de um novo ser humano no mundo. Temos de aceitar a realidade como ela é: não é nada bom ficar falando bobagens sobre como ela deveria ser ou como esperaríamos que fosse.
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/05/19/autor/os-planos-de-deus-3/

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O que o cristianismo oferece?

16.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 13.02.15
Por C.S.Lewis

sexta-feira
Agora, tudo o que o cristianismo oferece resume-se a isso: se deixarmos Deus agir, poderemos compartilhar da vida de Cristo.
Se assim fizermos, estaremos compartilhando uma vida que foi gerada, não criada, que sempre existiu e continuará a existir. Cristo é o Filho de Deus. Se compartilharmos esse tipo de vida, também nos tornaremos filhos de Deus. Devemos amar o Pai da mesma forma como o Filho o ama, e o Espírito Santo estará em nós.
Cristo veio a este mundo e se tornou homem a fim de dar para todas as pessoas o tipo de vida que ele mesmo possui — por meio do que eu chamo de “bom contágio”. Todo cristão deve tornar-se um pequeno Cristo. O propósito de se tornar um cristão não é nada mais do que isso.
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/02/13/autor/c-s-lewis/o-que-o-cristianismo-oferece-2/

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

S. Lewis e Freud (muitas semelhanças e uma diferença enorme)

30.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Elben M. Lenz César 


Deus em Questão -- c.s. lewis e freud debatem deus, amor, sexo e o sentido da vidaHá algo mais importante do que a idéia de Deus, do amor, do sexo e do sentido da vida? Essas inquietações básicas é que fazem a diferença entre os animais e os seres humanos. Nós as temos, em todos os tempos e em todos os lugares; e o resto da criação de Deus nem sequer tem conhecimento delas. Essas palavras-chaves definem nossa existência e, conforme o valor que damos a elas, nos empurram gloriosamente para cima ou vergonhosamente para baixo. 

É, portanto, uma boa notícia para o público brasileiro o lançamento de Deus em Questão - C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida (Editora Ultimato, agosto/2005), originalmente publicado em inglês pela Simon & Schuster, nos Estados Unidos, há apenas três anos. Escrito pelo psiquiatra Armand M. Nicholi Jr., professor da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, o livro foi traduzido pela professora Gabriele Greggersen, especialista em C. S. Lewis, da Faculdade Teológica Sul-Americana, em Londrina, PR. 

Sigmund Freud e C. S. Lewis - Freud nasceu na Áustria na metade do século 19 (1856) e Lewis nasceu na Irlanda no final do mesmo século (1898). Mas ambos morreram na Inglaterra e foram sepultados a noroeste de Londres, Freud aos 83 anos e Lewis aos 65. 

Freud é o fundador da psicanálise. Seu nome aparece em sexto lugar numa relação dos 100 cientistas mais influentes. C. S. Lewis foi o famoso crítico literário, escritor e professor de literatura medieval e renascentista de Oxford. Há quem se refira ao século 20 como o "século de Freud", e Nicholi considera Lewis "o mais popular defensor da fé no século 20". 

Os dois gigantes do século passado não eram tão gigantes assim. Tanto Freud como Lewis tiveram várias crises de depressão, algumas bem agudas. Os dois experimentaram problemas seríssimos com a morte de entes queridos. Três anos depois de perder a filha mais querida (Sophie), Freud viu morrer o neto de 4 anos de idade (filho de Sophie). Ele sonhava o tempo todo com a morte e sofria de ataques de pânico. Aconselhava: "Se você quer suportar a vida, prepare-se para a morte". Lewis, por sua vez, nunca se esqueceu da morte da mãe quando era um garoto de 9 anos nem da morte da esposa, com a qual se casou aos 58 anos, ambas vítimas de câncer. Afirmava que a morte é "o maior de todos os males". 

Os dois homens, especialmente o primeiro, tiveram uma vida muito sofrida. Numa carta escrita ao editor do jornal britânico Time and Tide, Freud se queixa amargamente do anti-semitismo (ele era judeu): "Eu vim para Viena, quando era uma criança de 4 anos. Depois de 78 anos de trabalho assíduo, tive de deixar o meu lar, vi a sociedade científica que fundei sendo dissolvida, nossas instituições destruídas, nossa imprensa tomada pelos invasores, os livros que eu havia publicado, confiscados ou reduzidos a uma pasta, meus filhos expulsos das suas profissões" (ele se refere ao nazismo). Vítima de câncer no céu da boca nos últimos 16 anos de vida, Freud se submeteu a cerca de 30 cirurgias, todas com anestesia local, além dos efeitos dos inúmeros tratamentos de radioterapia. Lewis também sofreu por longos anos as lembranças pessoais da Primeira Guerra Mundial, quando foi ferido por um estilhaço que matou amigos que estavam ao seu lado na linha de frente. Além de alguma discriminação em Oxford, que só lhe ofereceu uma cadeira quando ele estava com 50 anos. 

Freud e Lewis eram netos de religiosos - o primeiro, de um rabino e o segundo, de um pastor anglicano - e foram educados no temor de Deus e nas religiões da família. 

Outra semelhança notável entre os dois grandes expoentes foi o ateísmo confesso de ambos. Mas essa semelhança acabou, com a conversão de Lewis aos 31 anos. 

Surpresas e mais surpresas - Há 30 anos, o psiquiatra Armand Nicholi, professor da Universidade de Harvard, oferece um curso sobre Freud na Escola de Medicina de Harvard. Para dar essas aulas e escrever Deus em Questão, Nicholi pesquisou intensamente, visitou a biblioteca de Freud em Londres, esteve em Viena e outros lugares relacionados com a vida do médico austríaco e entrevistou várias pessoas, inclusive Anna Freud, a filha e sucessora de Freud. Depois de discorrer sobre as idéias filosóficas de Freud, Nicholi começa a fazer comparação entre Freud e C. S. Lewis, o que torna o curso fascinante. Em seu livro, Nicholi discorre sobre ambos ao mesmo tempo, tanto na parte um (Em quê acreditar?) como na parte dois (Como viver?). 


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/deus-em-questao

Uma carta de C. S. Lewis que você nunca leu

30.12.2012
Do portal ULTIMATO ON LINE, 18.12.14


No último dia 9, o jornal inglês “The Guardian” publicou uma notícia alvissareira para os milhões de leitores do autor de Surpreendido pela Alegria. Acaba de ser encontrada uma carta, escrita à mão, na qual C. S. Lewis define a sua noção de alegria. [Veja uma foto da carta no final deste texto]

Em sua letra inconfundível, o autor das “Crônicas de Nárnia” escreve que “a alegria é quase tão diferente de segurança ou prosperidade quanto é diferente de agonia”. Aliás, definição um tanto desconcertante para as costumeiras saudações de fim de ano: “Muita paz, alegria e prosperidade...”

A carta, desconhecida até a semana passada, foi escrita em 1945 e parece uma prévia do que viria três anos mais tarde, o lançamento das memórias do autor: Surprised by Joy – the shape of my early life. Conhecida em todo o mundo como autobiografia espiritual, Surpreendido pela Alegria será o lançamento da Editora Ultimato de março de 2015.

Segundo o jornal britânico, a carta de Lewis “foi descoberta dentro de um livro usado e registra o autor escrevendo que a alegria “entra pelas costelas e desce fazendo cócegas pelas costas e faz com que a pessoa se esqueça das refeições e a mantém acordada e cheia de entusiasmo a noite toda”.

E, por último, um detalhe: a carta vai a leilão exatamente hoje. Para ler a notícia na íntegra (em inglês), acesse o site do The Guardian


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/uma-carta-de-c-s-lewis-que-voce-nunca-leu

domingo, 9 de novembro de 2014

Defendendo-se da ansiedade

09.11.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lewis

sábado

O maior inimigo [do acadêmico em tempos de guerra] é a ansiedade – aquela tendência de pensar na guerra e senti-la quando, na verdade, o que pretendíamos fazer mesmo era pensar em nosso trabalho.
A melhor defesa é reconhecer que, assim como tudo o mais, a guerra na verdade não criou nenhum inimigo novo, apenas agravou o antigo. Sempre existem inúmeros adversários em relação ao trabalho. Vivemos nos apaixonando ou brigando, procurando um emprego ou com medo de perdê-lo, ficando doentes e nos recuperando, acompanhando escândalos públicos. Se nos deixarmos levar, estaremos sempre esperando o término de alguma distração ou outra para, então, nos concentrarmos em nosso trabalho.
As únicas pessoas que alcançam êxito são as que querem tanto o conhecimento que insistem em buscá-lo mesmo em condições pouco favoráveis. As condições nunca serão favoráveis. É claro que há momentos em que a pressão da ansiedade é tão grande que só o autocontrole de um super-homem seria capaz de resisti-la. Esses momentos acabam chegando tanto na guerra quanto na paz. Precisamos fazer o melhor que pudermos.
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/11/08/autor/c-s-lewis/defendendo-se-da-ansiedade/

domingo, 19 de outubro de 2014

C.S.LEWIS: Comece pequeno

19.10.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 17.10.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lewis

sexta-feira
É mais do que claro que, se não perdoarmos, não seremos perdoados.
Não há alternativa quanto a isso. Então, o que fazer?
De qualquer jeito será bastante difícil, mas acho que existem duas coisas que podemos fazer para tornar essa situação mais fácil. Quem se inicia nos estudos da matemática não deve começar com cálculo, e sim com adição simples. Da mesma forma, se nós desejamos mesmo (e tudo depende de desejar realmente) aprender a perdoar, quem sabe devamos escolher algo mais fácil para começar do que a Gestapo.
Quem sabe possamos começar perdoando o marido ou a esposa, ou os pais, ou os filhos, ou o colega mais próximo, pelo que fizeram ou disseram na semana passada. Isso provavelmente nos dará trabalho, mantendo-nos ocupados por algum tempo.
Depois disso, poderemos tentar entender o que significa exatamente amar o próximo como a si mesmo. Devo amá-lo como eu amo a mim mesmo.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/10/17/autor/c-s-lewis/comece-pequeno-2/

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Tentação real

25.09.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 23.09.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lewis

terça-feira

Como você deve se lembrar, eu disse que o primeiro passo rumo à humildade é perceber-se orgulhoso.
Gostaria de acrescentar agora que o próximo passo é empreender alguma tentativa séria de praticar as virtudes cristãs. Apenas uma semana não basta. Na primeira semana as coisas costumam parecer fáceis. Tente seis semanas seguidas. A essa altura, depois que tiver falhado ou que estiver numa situação pior do que no começo, descobrirá algumas verdades sobre você mesmo. Ninguém tem consciência da sua própria maldade enquanto não se empenhar em ser bom.
Há uma ideia tola circulando por aí de que as pessoas bondosas não conhecem o significado da tentação. Isso não passa de uma mentira deslavada. Só os que tentam resistir à tentação de fato conhecem a sua força. Nós mesmos só conseguimos nos dar conta da força do exército alemão lutando contra ele, e não quando nos entregamos. Você só poderá descobrir a força de uma ventania se andar contra ela, não se deitar-se no chão.
Uma pessoa que se rende à tentação depois de cinco minutos simplesmente não saberá como se sentiria uma hora mais tarde. Eis a razão por que as pessoas más, em certo sentido, não entendem muito da maldade. Elas vivem uma vida resguardada, sempre se rendendo. Nós jamais descobriremos a força do mal que há dentro de nós enquanto não tentarmos lutar contra ele; e Cristo, pelo fato de ter sido o único homem que nunca se rendeu diante da tentação, é, ao mesmo tempo, o único homem que conhece o real significado de ser tentado – ele é o único realista absoluto.
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/09/23/autor/c-s-lewis/tentacao-real-2/

terça-feira, 10 de junho de 2014

O significado de ser Cristão: A importãncia da fé cristã e sua relação com a religião

10.06.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA

O que se pode obter com a fé cristã?
Quero citar os dois itens mais importantes:

•O primeiro é um relacionamento com o Criador, um relacionamento que proporciona segurança e sentido existencial. Blaise Pascal constatou que há no coração de cada ser humano "um vazio dado por Deus, que somente Ele pode preencher, através de seu filho Jesus Cristo." Seu preenchimento produz nova vida e uma perspectiva transformada, pois "a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus." Jesus colocou esta possibilidade de forma exclusivista: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." É Sua graça que resulta na "confiança em que Deus me será fiel em qualquer situação da vida, e em que Ele é o garantidor e o fundamento da minha vida, de forma que minha vida não mais poderá perder seu sentido." (Helmut Thielicke, 1908-1986, ex-reitor da Universidade de Hamburgo)
•O segundo é um relacionamento sustentável com a criação.
Há evidências abundantes de que a interação do homem com a criação, inclusive o desenvolvimento e uso de ciência e tecnologia, é insustentável na ausência de valores, atitudes e comportamentos adequados. Os ensinamentos e o exemplo de vida de Jesus caracterizam-se pela preocupação com o próximo, disposição ao serviço, rejeição da discriminação de pessoas, e rejeição da apropriação indevida de qualquer tipo. Desses, resulta um estilo de vida sustentável que contrasta fortemente com o individualismo hedonista, opção comum nas sociedades de consumo ocidentais. Infelizmente, um estilo de vida cristão não tem sido praticado por muitos que se consideram cristãos.

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Qual é a relação entre fé cristã e religião?
Fé cristã é resposta pessoal à ação e ao amor de Deus demonstrados e anunciados por Jesus Cristo. A Bíblia mostra que pela fé em Jesus podemos nos relacionar com Ele. Dessa fé resultam ações como: amar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças; amar ao próximo como a si mesmo; cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades; praticar a justiça; amar a bondade; sujeitar-se a caminhar com Deus (Marcos 12.33, Tiago 1.27, Miqueias 6.8). Essa conduta é denominada na Bíblia de "a verdadeira religião, aos olhos de Deus, pura e sem falhas" (Tiago 1.27). Ela não busca merecer o favor de Deus. É expressão visível da fé e também fruto da gratidão pelo que Deus fez, faz e é. O teólogo Karl Barth enfatiza: "Jesus não dá receitas que mostram o caminho para Deus, como outros mestres de religião o fazem. Ele mesmo é o caminho." Fé cristã nos coloca num relacionamento pessoal com o caminho (Jesus), transcende práticas religiosas mecânicas e é incompatível com comportamentos que prejudicam o próximo.
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O que significa ser cristão? Como alguém pode se tornar cristão?
Foi no primeiro século d.C., em Antioquia da Síria, que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos. Cristãos são pessoas que reconhecem em Jesus Cristo a solução de Deus para o problema do pecado.
Quando não é entendido corretamente, o conceito de pecado pode ser percebido como ofensivo ou ridículo. Muitas pessoas acham que pecar significa quebrar regras "divinas" de comportamento. Mas a Bíblia ensina que: (a) pecado é rebeldia contra Deus; (b) "o salário do pecado é a morte" (Rom 6.23).
Paulo de Tarso, um dos principais líderes das primeiras comunidades cristãs, escreveu: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rom 5.8). Em outra ocasião, ele escreveu: "somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós... Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e ressuscitou para a salvação deles" (2 Cor 5.14-15). Desta forma Jesus tornou possível que cristãos de todas as épocas e tradições afirmem juntamente com William Daniel Phillips (Prêmio Nobel de Física de 1997): "Creio em Deus como criador e como amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco".
A Bíblia ensina - e a experiência individual comprova - que se tornar cristão significa transformação de vida. Paulo de Tarso explica isto da seguinte forma: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele" (2 Cor 5.17-18).
O primeiro passo para se tornar cristão é o arrependimento, que não consiste apenas em lamentar esta ou aquela má ação, mas inclui: (a) o reconhecimento da nossa rebeldia contra Deus, e (b) o desejo de mudança. O segundo passo é aceitar que a solução para nossa condição é Jesus Cristo e aquilo que ele fez por nós. Para tal é preciso ter, obviamente, uma noção básica a respeito de Jesus Cristo. Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João contém informações de primeira mão sobre Jesus, sua vida e obra. Um texto derivado destes, cuja leitura também tem sido útil a muitas pessoas é Cristianismo puro e simples, de C.S. Lewis, um dos grandes professores de literatura da Universidade de Cambridge.
Tornar-se cristão tem um aspecto individual e outro corporativo. Quando nos tornamos cristãos o fazemos pessoalmente, por exemplo, numa oração; mas também o fazemos de forma pública, ao nos tornarmos membros de uma igreja local (comunidade cristã). João escreve aos cristãos: "A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: Que nos amemos uns aos outros" (1 João 3.11). Nas igrejas e através delas temos oportunidades de praticar isso. É difícil viver uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma comunidade que crê o que você também crê.
Mas há céticos com relação às igrejas, pois de uma forma ou de outra cristãos e suas comunidades desapontaram muitas pessoas. Isto não surpreende realmente; comunidades cristãs nunca foram (e nunca serão) comunidades perfeitas. De fato, Paulo de Tarso alertou que "entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho ... se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20.29).
 
Assim, um pouco de pesquisa e uma pitada de discernimento são importantes para escolher a sua comunidade cristã.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perg5

sábado, 7 de junho de 2014

Tenha cuidado com o que você acha que quer

07.06.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por C.S. Lewis

sábado
Você provavelmente está bastante certo em pensar que jamais irá ver um milagre acontecer.

Você provavelmente também estará certo em pensar que devia haver uma explicação natural para qualquer coisa na sua vida pregressa que parecia, à primeira vista, ter sido “singular” ou “estranha”. Deus não sacode milagres sobre a natureza de forma aleatória, como se usasse um saleiro ou frasco de pimenta. Eles surgem nas grandes ocasiões: sendo encontrados nos grandes centros de força da história – não da história política ou social, mas da espiritual que não pode ser totalmente conhecida pelos homens. Se a sua própria história por acaso não estiver perto de um desses grandes centros de força, como você espera ver algum milagre? Se fôssemos missionários, apóstolos ou mártires heroicos, a história seria outra.

Mas por que você ou eu? Se você não mora perto de uma estação de trem, será difícil ver trens passando na sua janela.

Qual a probabilidade de que eu ou você estejamos presentes no momento em que é assinado um tratado de paz, ou no momento da concepção de uma grande invenção, ou quando um grande ditador cometer suicídio?

Ver um milagre acontecendo não é menos provável. E quando entendemos isso, também não devemos mais estar ansiosos por vê-lo. “Quase ninguém vê o milagre, a não ser a miséria.” 

Milagres e martírios tendem a convergir nos mesmos momentos da história – momentos esses que não temos o desejo natural de freqüentar. Não queira, eu o previno honestamente, procurar uma prova ocular, a menos que você já esteja perfeitamente certo de que isso não acontecerá.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/06/07/autor/c-s-lewis/tenha-cuidado-com-o-que-voce-acha-que-quer-2/

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O que significa ser cristão? Como alguém pode se tornar cristão?

15.05.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA

Foi no primeiro século d.C., em Antioquia da Síria, que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos. Cristãos são pessoas que reconhecem em Jesus Cristo a solução de Deus para o problema do pecado.
Quando não é entendido corretamente, o conceito de pecado pode ser percebido como ofensivo ou ridículo. Muitas pessoas acham que pecar significa quebrar regras "divinas" de comportamento. Mas a Bíblia ensina que: (a) pecado é rebeldia contra Deus; (b) "o salário do pecado é a morte" (Rom 6.23).
Paulo de Tarso, um dos principais líderes das primeiras comunidades cristãs, escreveu: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rom 5.8). Em outra ocasião, ele escreveu:"somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós... Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e ressuscitou para a salvação deles" (2 Cor 5.14-15). Desta forma Jesus tornou possível que cristãos de todas as épocas e tradições afirmem juntamente com William Daniel Phillips (Prêmio Nobel de Física de 1997): "Creio em Deus como criador e como amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco".
A Bíblia ensina - e a experiência individual comprova - que se tornar cristão significa transformação de vida. Paulo de Tarso explica isto da seguinte forma: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele" (2 Cor 5.17-18).
O primeiro passo para se tornar cristão é o arrependimento, que não consiste apenas em lamentar esta ou aquela má ação, mas inclui: (a) o reconhecimento da nossa rebeldia contra Deus, e (b) o desejo de mudança. O segundo passo é aceitar que a solução para nossa condição é Jesus Cristo e aquilo que ele fez por nós. Para tal é preciso ter, obviamente, uma noção básica a respeito de Jesus Cristo. Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João contém informações de primeira mão sobre Jesus, sua vida e obra. Um texto derivado destes, cuja leitura também tem sido útil a muitas pessoas é Cristianismo puro e simples, de C.S. Lewis, um dos grandes professores de literatura da Universidade de Cambridge.
Tornar-se cristão tem um aspecto individual e outro corporativo. Quando nos tornamos cristãos o fazemos pessoalmente, por exemplo, numa oração; mas também o fazemos de forma pública, ao nos tornarmos membros de uma igreja local (comunidade cristã). João escreve aos cristãos: "A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: Que nos amemos uns aos outros" (1 João 3.11). Nas igrejas e através delas temos oportunidades de praticar isso. É difícil viver uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma comunidade que crê o que você também crê.
Mas há céticos com relação às igrejas, pois de uma forma ou de outra cristãos e suas comunidades desapontaram muitas pessoas. Isto não surpreende realmente; comunidades cristãs nunca foram (e nunca serão) comunidades perfeitas. De fato, Paulo de Tarso alertou que "entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho ... se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20.29). Assim, um pouco de pesquisa e uma pitada de discernimento são importantes para escolher a sua comunidade cristã. 
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#pergcristao

domingo, 6 de abril de 2014

Esqueça-se de si mesmo

06.04.2014
Do portal ULTIMATO ONLINE, 04.04.14
DEVOCIONAL DIÁRIA

sexta-feira
Como as pessoas que estão obviamente corroídas pelo orgulho podem dizer que acreditam em Deus e parecer tão religiosas?
Temo que isso signifique que estiveram cultuando um Deus imaginário. Elas até admitem que não são nada na presença desse Deus-fantasma; porém, na verdade, estão o tempo todo imaginando qual seria a opinião dele sobre si mesmas e como ele deve considerá-las bem melhores do que as pessoas comuns. Ou seja, por agirem com um punhado de humildade imaginária para com esse Deus, demonstram um orgulho desmedido em relação aos seus companheiros.
Suponho que eram essas as pessoas que Cristo tinha em mente quando disse que alguns até pregariam e expulsariam demônios no seu nome, mas que, no fim dos tempos, ouviram que ele jamais os conheceu. E qualquer um de nós pode, a qualquer momento da vida, cair nessa armadilha fatal. Felizmente, temos um teste à nossa disposição.
Sempre que achamos que a nossa vida religiosa está nos fazendo sentir que somos bons — e acima de tudo, que somos melhores do que as outras pessoas —, podemos ter certeza de termos sido ludibriados, não por Deus, mas pelo Diabo. A verdadeira forma de saber que se está na presença de Deus e que, ou você esquece-se de si mesmo de uma vez por todas ou se vê como um objeto pequeno e sujo. A melhor opção é realmente esquecer de vez de você mesmo.
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/04/04/autor/c-s-lewis/esqueca-se-de-si-mesmo/

terça-feira, 1 de abril de 2014

Orgulhoso demais para conhecer a Deus

01.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 31.03.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lewis

segunda-feira

Os cristãos têm razão: o orgulho tem sido a principal causa da miséria em todas as nações e em todas as famílias, desde que o mundo é mundo.
Outros vícios podem até unir as pessoas. É possível ver companheirismo, descontração e cordialidade entre bêbados ou pessoas desonestas. Porém, o orgulho sempre significa inimizade — ele é inimizade. Inimizade não apenas entre seres humanos, mas contra Deus.

Em Deus, nos deparamos com algo incomparavelmente superior a nós, em todos os sentidos. A menos que você conheça a Deus dessa maneira — e, portanto, se reconheça como um nada em comparação a ele —, simplesmente não conhecerá a Deus. Uma pessoa orgulhosa está sempre olhando os outros de cima para baixo. É claro que, enquanto você estiver olhando para baixo, não terá como enxergar o que se encontra acima de você.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/03/31/autor/c-s-lewis/orgulhoso-demais-para-conhecer-a-deus/

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Já pensou dar de cara com ele?

06.01.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 03.01.14
Por C.S.LEWIS

sexta-feira
É sempre chocante encontrar vida quando pensamos estar sós.
“Venha ver!”, gritamos, “está vivo”. É exatamente nesse ponto que muitos recuam — eu teria feito o mesmo se pudesse — e deixam de buscar o cristianismo.
Acreditar em um “Deus impessoal” — tudo bem. Em um Deus subjetivo, fonte de toda a beleza, verdade e bondade, que vive na mente das pessoas — melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir — o ideal.
Mas sentir o próprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma velocidade infinita, o caçador, rei, marido — é outra coisa.
Há um momento em que as crianças que estão brincando de polícia e ladrão, de repente, ficam quietas e uma sussurra no ouvido da outra: “Você ouviu aqueles passos no corredor?” 
Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando com a religião (“a famosa busca do homem por Deus”), de repente, voltam atrás: “Já pensou se nós o encontrássemos mesmo?
 Não é essa a nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?”
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Quem é Jesus Cristo?"

23.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS

Resposta:Quem é Jesus Cristo? Diferentemente da pergunta Deus existe?, bem poucas pessoas perguntam se Jesus Cristo existiu ou não. Geralmente se aceita que Jesus foi de fato um homem que andou na terra, em Israel, há quase 2000 anos. O debate começa quando se analisa o assunto da completa identidade de Jesus. Quase todas as grandes religiões ensinam que Jesus foi um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso. O problema é que a Bíblia nos diz que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, bom mestre ou homem piedoso.

C.S. Lewis, em seu livro Mero Cristianismo, escreve o seguinte: “Tento aqui impedir que alguém diga a grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito sua afirmação em ser Deus.’ Isto é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisa que Jesus disse, não seria um grande mestre em moral. Poderia ser um lunático, no mesmo nível de um que afirma ser um ovo pochê, ou mais, poderia ser o próprio Demônio dos Infernos. Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou é então um louco, ou coisa pior... Você pode achar que ele é tolo, pode cuspir nele ou matá-lo como um demônio; ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não vamos vir com aquela bobagem de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele não nos deixou esta opção em aberto. Ele não teve esta intenção.”

Então, quem Jesus afirmou ser? Segundo a Bíblia, quem foi? Primeiramente, vamos examinar as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro momento, pode não parecer uma afirmação em ser Deus. Entretanto, veja a reação dos judeus perante Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam o que Jesus havia dito como uma afirmação em ser Deus. Nos versículos seguintes, Jesus jamais corrige os judeus dizendo: “Não afirmei ser Deus”. Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: "Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Outro exemplo é João 8:58, onde Jesus declarou: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras para atirar em Jesus (João 8:59). Ao anunciar Sua identidade como “Eu sou”, Jesus fez uma aplicação direta do nome de Deus no Velho Testamento (Êxodo 3:14). Por que os judeus, mais uma vez, se levantariam para apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que creram ser uma blasfêmia, ou seja, uma auto-afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus”. João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne”. Isto mostra claramente que Jesus é Deus em carne. Tomé, o discípulo, declarou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu! (João 20:28). Jesus não o corrige. O Apóstolo Paulo O descreve como: “...grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). O Apóstolo Pedro diz o mesmo: “...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1). Deus o Pai também é testemunha da completa identidade de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8). No Velho Testamento, as profecias a respeito de Cristo anunciam sua divindade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

Então, como argumentou C.S. Lewis, crer que Jesus foi um bom mestre não é opção. Jesus claramente e inegavelmente se auto-afirma Deus. Se Ele não é Deus, então mente, conseqüentemente não sendo também profeta, bom mestre ou homem piedoso. Tentando explicar as palavras de Jesus, “estudiosos” modernos afirmam que o “Jesus verdadeiramente histórico” não disse muitas das coisas a Ele atribuídas pela Bíblia. Quem somos nós para mergulharmos em discussões com a Palavra de Deus no tocante ao que Jesus disse ou não disse? Como pode um “estudioso” que está 2000 anos afastado de Jesus ter a percepção do que Jesus disse ou não, melhor do que aqueles que com o próprio Jesus viveram, serviram e aprenderam (João 14:26)?

Por que se faz tão importante a questão sobre a identidade verdadeira de Jesus? Por que importa se Jesus é ou não Deus? O motivo mais importante para que Jesus seja Deus é que se Ele não é Deus, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21). Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo! A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual Ele é o único caminho para salvação. A divindade de Jesus é o porquê de ter proclamado: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).


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