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segunda-feira, 11 de março de 2024

Tornando-se um Servo Fiel e Prudente do Senhor

11.03.2024

Por pr. Irineu Messias

Introdução:

Aceitar Jesus como salvador é fundamental para um relacionamento próximo com a Santíssima Trindade. Refletir sobre a parábola dos dois servos em Mateus 24:45-46 é essencial para orientação espiritual.

Fidelidade e Prudência: Enfatizadas por Jesus

Em Mateus 24:45-46, Jesus enfatiza a importância da fidelidade e da prudência no serviço a Deus. Não se trata apenas de sermos fiéis, mas também de sermos prudentes nas nossas ações. Isto sublinha a importância de ambas as qualidades na nossa jornada de fé.

Prudência em Ação

Prudência implica estar vigilante e reagir adequadamente, alinhando-se com o conselho de Jesus de ser fiel e prudente. A infidelidade pode resultar em imprudência, problemas e dar um exemplo negativo, destacando a necessidade crítica de prudência no nosso serviço a Deus.

Líderes como servos fiéis e prudentes

A importância de ser fiel e prudente estende-se aos líderes, pois desempenham um papel crucial na orientação e no exemplo para os outros. Escândalos recentes envolvendo líderes da sociedade brasileira destacam o impacto prejudicial da infidelidade e da imprudência. Os líderes devem cuidar da casa de Deus e das almas que lhes são confiadas, retratando uma afirmação positiva.

Expectativas e escolhas

Jesus retornará e espera encontrar servos fiéis e prudentes. Escolher servir de maneira fiel e prudente traz bênçãos e vida. O Espírito Santo orienta a decisão de ser fiel e prudente, especialmente para aqueles que servem ao Senhor Jesus Cristo.

Responsabilidade como sacerdotes espirituais

Como sacerdotes espirituais, somos responsáveis ​​por ministrar, ensinar e pregar a palavra de Deus aos outros. Devemos cuidar bem das casas de Deus, presentes e futuras, encarnando a fidelidade e a prudência nas nossas ações.

Conclusão:

Tornar-se um servo fiel e prudente é uma escolha consciente feita com a orientação do Espírito Santo. É crucial para navegarmos na nossa jornada espiritual e cumprirmos as nossas responsabilidades no serviço de Deus.

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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Declaração de fé

 21.02.2024

Do blog O APOLOGETA


a) Cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus inspirada, infalível e autorizada.

b) Cremos que existe um só Deus, eternamente existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

c) Cremos na divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, em Seu nascimento virginal, em Sua vida sem pecado, em Seus milagres, em Sua morte substitutiva e expiatória através de Seu sangue derramado, em Sua ressurreição corporal, em Sua ascensão à mão direita do Pai, e em Seu retorno pessoal em poder e glória.

d) Cremos que para a salvação do homem perdido e pecador, a crença em Jesus como Salvador e a regeneração pelo Espírito Santo são absolutamente essenciais.

e) Cremos no ministério atual do Espírito Santo por cuja habitação o cristão é capacitado a viver uma vida piedosa.

f) Cremos na ressurreição tanto dos salvos quanto dos perdidos; aqueles que são salvos serão elevados à vida eterna com o Senhor, e aqueles que estão perdidos serão ressuscitados para a separação eterna dEle.

g) Cremos na unidade espiritual dos crentes em nosso Senhor Jesus Cristo.

A declaração de fé que orienta este projeto foi inspirada na declaração de fé do Bible Hub.

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Uma Oração de Gratidão

17.02.2022

Do blog VERSOS DE GRATIDÃO,17.05.2017

Por Pr  Irineu Messias  

 

Que poema escreverei
Quando estiver a meditar
Nas grandes maravilhas
Do Santo Senhor Jeová?

Uma oração, apenas uma oração
De minha agradecida alma
Ao Senhor dos Céus dos Céus
Que por amar-me tanto
Fui criado à Sua semelhança,
Por seu Espírito Santo!

Uma oração, apenas uma oração…
Em que nela expressarei a Deus,
Minha mais profunda gratidão,
Por acordar todas as manhãs
E poder respirar o doce ar da vida

Uma oração para agradecer
Pelos olhos perfeitos
Com os quais eu posso ver
As belas estrelas nas noites de luar,
Brilhando intensamente no firmamento

Agradecer, sim, a Deus meu Senhor,
Pela vida que tenho, até quando eu não sei…
Mas que, a quero viver de uma maneira santa e obediente
Ao Deus Único e Verdadeiro, tão amoroso e tão clemente!

Cada vez que medito nisso, tanto
Fico muitissimamente maravilhado
Por ser tão amado e tão cuidado,
Pelo Deus de toda Providência
Pelo Seu Espírito Santo!

Por isso que desejo sempre orar e orar…
Porque orar é um diálogo sublime,
Com o Autor de toda a Criação
Em que o humano e o Divino
Se falam e se ouvem
como um pai a conversar com seu filho pequenino!

Que esse desejo de falar com Deus, meu Pai Celestial,
Nunca abandone meu coração e minha mente,
Por isso quero sempre conversar com este Deus Único e verdadeiro
Pois Seu Filho Unigênito, desde a Eternidade, me amou primeiro
Entregando-se para salvar, não só a minha vida,
Mas todas as vidas do mundo inteiro!

Esse amor insondável e infinito,
Sua Divinal compaixão
Deixa-me permanentemente agradecido
E muito emocionado,
Pois fui gerado e concebido em pecado,
Mas continuo sendo alvo de Sua Amorosa atenção
Por isso sempre aconselho a meu coração:
“Ore clame e adore
Ao Bendito Deus Triúno e Eterno
Senhor de todo o Universo
Que enviou Jesus, meu amado Salvador,
O qual converteu a minha, e tantas outras vidas
Pelo Seu Espírito Santo

O doce e sublime consolador!

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Fonte: https://versosdegratidao.wordpress.com/

sábado, 19 de dezembro de 2015

Quando a santidade de Deus expõe o pecado do homem

19.12.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Paulo Ulisses

Quando a santidade de Deus expõe o pecado do homem Somente a Corte Santa da Trindade pode ser a nosso favor, pois diante de Deus, estamos completamente expostos  

Quando a santidade de Deus expõe o pecado do homemO livro do profeta Isaías é muito conhecido, principalmente por ser um dos livros que mais contém revelações messiânicas, e por estas serem tão expressivas e vívidas, tornando possível uma melhor compreensão sobre o Salvador.
Mas o peso deste livro não está apenas nisso, mas sua linguagem é altamente rica no tocante as revelações de Deus quanto a sua vontade, quer executando juízo sobre o povo de Israel quando este se rebelava contra Deus, quer abençoando o mesmo povo, ao tornarem-se aos caminhos do Senhor.
Do capítulo 1 ao capítulo 5, Isaías é erguido por Deus para trazer uma palavra de juízo ao povo, pois tinham dado as costas a Deus, abraçando o pecado, adorando a ídolos, mentindo, roubando, inflamando seus corações com a luxúria e soberba, chegando até mesmo a zombar de Deus, confrontando-o. Depois de uma sequência avassaladora de “ais” contra o povo de Israel, o capítulo 6 nos revela uma situação ainda mais intensa.
No sexto capítulo do livro do profeta, lemos que Isaías teve uma visão. Ele narra que viu o SENHOR sentado em um alto e sublime trono, e serafins, que voavam por sobre ele tendo seis asas, que com duas cobriam os pés, com duas voavam, e com duas encobriam seus rostos. A palavra serafim em seu sentido original significa “o ardente” ou “abrasador”, fazendo uma referência ao aspecto flamejante que estes seres possuem.
Mesmo esses anjos sendo seres dotados de poder e de glória, tal que seus corpos aparentem estar envoltos em labaredas, a escritura nos revela que ainda sim estes não conseguiam olhar fixamente para glória do próprio Deus. Ante esta cena aterrorizante, Isaías está certo de que será consumido, pois se anjos não podem ver a Deus, homens tampouco resistirão tamanha santidade e poder.
De imediato ele se lembra de seus pecados, de sua corrupção, de sua natureza altamente corrupta, e se lembra do agravante de estar em uma nação que se esqueceu completamente do temor ao Senhor, e como foi dito anteriormente, depois de ter bradado tantos “ais” contra o povo amaldiçoando sua conduta, agora Isaías se vê digno de mesma sentença condenatória.
Observando a narrativa, o temor que o profeta sentiu se assemelha a quem é posto diante de perigo mortal iminente, ao pavor de alguém que tem certeza que seu fim chegou. Quando Isaías vê o trono de Deus e sua glória, ele sentiu que naquele momento iria morrer. Se ele, sendo um mensageiro de Deus, e alguém que fora escolhido para transmitir as palavras do Senhor, sentiu tamanho pânico, o que nos separa de dividir esse sentimento? Somos homens que traem, mulheres que mentem, somos portadores do mais letal vírus que existe, o pecado.
Corrompemos e nos sentimos bem, blasfemamos e nos excitamos. Beijamos a cobiça, amamos a matança e flertamos com a injustiça. Vivemos em meio a pessoas que se voltaram totalmente para práticas iníquas, e ao invés de sermos boca de Deus, nos omitimos de proclamar a verdade, com o objetivo de não desfazermos nossas amizades.
Um outro aspecto que é importante salientar, é que no versículo três, o escritor descreve que o coro angelical cantava que “toda a terra está cheia de sua glória”, ou seja, não é certo pensar que estamos distantes do refulgir dessa mesma situação, pois o poder e emanações da majestade de Deus estão em todos os lugares, é como se da mesma forma que Isaías estava, nós também estivéssemos e estamos diante do trono de Deus.
O que fazer quando nossa destruição é certa e iminente? O que podem homens pecadores e maus fazer diante de um Deus justo e santo? A resposta é simples; não há nada que possamos fazer! Não há para onde correr! Este que se assenta no trono do universo, e julga as nações com cetro de retidão e justiça, é incorruptível. Este que é onipotente, onisciente e onipresente, não se deixa ludibriar pelas argumentações ardilosas de nossos corações voláteis, é juiz imparcial.
Só nos resta clamar a este Deus, que também nos queime com uma brasa tirada de seu altar. Somente a misericórdia de Deus em seu filho Jesus Cristo, pode queimar nossa iniquidade e purificar nosso pecado.
No altar é derramada a oferta de sangue, já apontado para o sacrifício de Cristo na cruz do calvário, satisfazendo a justiça do Pai, nos perdoando os pecados. O fogo nos aponta a obra purificadora do Espírito Santo que queima em nós, tratando a chaga maldita do pecado.
Somente a Corte Santa da Trindade pode ser a nosso favor, pois diante de Deus, estamos completamente expostos, nosso pecado é vermelho como a escarlata e como o carmesim, mas a misericórdia de nosso Rei pode nos purificar a tal ponto de nos tornar aptos a cumprir em Cristo todo o designo de Deus, assim como fez o profeta Isaías, como é descrito no versículo 8; “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
Veja que Isaías só estava definitivamente pronto a pregar a nação corrupta de Israel depois que teve sua boca queimada pela brasa viva que o serafim tirou do altar do Senhor. Somente a obra purificadora que Deus proporcionou a nós em seu filho Jesus, pode nos deixar prontos a fazer a vontade do Criador. Deus é santo, e como tal exige de nós, seus servos, santidade.
Segui a paz com todos!
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/quando-santidade-de-deus-expoe-o-pecado-do-homem/

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O que é Missão Integral?

28.10.2015
Do portal  ULTIMATO ON LINE, 15.10.15


A “Missão Integral” é mais velha e menos complicada do que imaginam alguns leitores.

É o que o leitor vai perceber na edição de novembro-dezembro da revista Ultimato, que entra em circulação no próximo dia 30, quando ler a entrevista com os pioneiros ou "pais" da Missão Integral. 

Reunimos e conversamos com Samuel Escobar, René Padilla, Pedro Arana e Tito Paredes. Valdir Steuernagel foi o entrevistador.

Aliás, em entrevista ao portal, o colunista da revista Ultimato e teólogo René Padilla, não poderia ser mais simples: “Ela é, na verdade, uma aproximação à fé cristã que tenta relacionar a revelação do Deus trino com a totalidade da criação e com todo aspecto da vida humana, e tem como propósito a obediência da fé para a glória de Deus”. Para ler a entrevista na íntegra, acesse abaixo "10 perguntas fundamentais sobre Missão Integral".

Veja um "gostinho" do que vem por aí:

 

Confira também o vídeo com os colunistas da revista Ultimato Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz e Valdir Steuernagel no “Missão na Íntegra”.

O que é Missão Integral? (René Padilla)

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-que-e-missao-integral-1

sexta-feira, 22 de maio de 2015

União com o Deus Trino

22.05.2015
Do portal do MINISTÉRIO FIEL, 20.05.2013
 
Você já imaginou como seria estar há horas de distância da morte - não como um idoso, mas como alguém condenado a morrer, embora inocente de qualquer crime? O que você iria querer dizer àqueles que você conhecem e que mais amam você? Você, certamente, lhes diria o quanto você os amava.  Você poderia esperar ser capaz de dar-lhes algum conforto e confiança - apesar do pesadelo que você mesmo estava encarando. Você iria querer abrir seu coração e dizer as coisas que são mais importantes para você.

Tal atitude seria certamente digna de louvor. É claro, seria pura natureza humana - porque foi isso que Jesus fez, como o apóstolo João relata no Discurso do Cenáculo (João 13-17).

Há vinte e quatro horas de sua crucificação, o Senhor Jesus expressou seu amor de maneira rara e delicada. Ele levantou da mesa da ceia, amarrou uma toalha de servo em sua cintura, e lavou os sujos pés de seus discípulos (incluindo, aparentemente, os de Judas Iscariotes; João 13:3-5, 21-30). Foi uma parábola ativa, como João explica: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim" (v. 1).

Ele também falou palavras de profundo conforto a eles: "Não se turbe o vosso coração" (14:1).

Ainda assim, Jesus fez muito mais. Ele começou a mostrar a seus discípulos "as profundezas de Deus" (1 Coríntios 2:10). Quando lavou os pés de Pedro, lhe disse que ele entenderia suas ações apenas "depois" (João 13:7). Igualmente para o que ele disse, pois ele começara a revelar a seus discípulos a natureza interior de Deus. Ele é Pai, Filho e Espírito Santo - a Santa Trindade.

A Glória do Mistério Revelada

Muitos cristãos tendem a pensar na Trindade como uma doutrina antiprática e especulativa. 

Mas o Senhor Jesus não pensa assim. Para ele, ela não é especulativa nem antiprática - mas exatamente o contrário. Ela é o fundamento do evangelho. Sem o amor do Pai, a vinda do Filho, e o poder regenerador do Espírito Santo, simplesmente não poderia haver salvação. (Unitarianos, por exemplo, não podem ter expiação feita por Deus para Deus).

Durante seu Discurso de Despedida, Jesus explicou a Filipe que vê-lo é ver o Pai (João 13:8-11). Ainda assim, ele mesmo não é o Pai; do contrário, ele não poderia ser o caminho para o Pai (João 14:6). Ele também está "no" Pai, e o Pai está "nele." Esta mútua habitação é, como os teólogos dizem, "inefável" - além de nossa habilidade de compreender. E ainda assim, não está além da habilidade da fé de crer.

Além disso, o Espírito Santo reside no âmago deste vínculo entre o Pai e seu Filho. Mas agora, o Pai enviou seu Filho (que está "no" Pai). Tal é o amor do Pai e do Filho pelos crentes, que eles virão e farão dos crentes sua morada.

Como assim? O Pai e o Filho vêm habitar no crente através da habitação do Espírito Santo (14:23). Ele glorifica a Cristo (16:14). Ele toma o que pertence a Cristo, dado a ele pelo Pai, e mostra a nós. Mais tarde, quando temos o privilégio de ouvir de longe a oração de nosso Senhor, Jesus semelhantemente fala sobre a íntima comunhão com Deus que o sustentou tão maravilhosamente: "tu, ó Pai, [estás] em mim e eu em ti" (João 17:21).

De fato, isso é teologia profunda. Ainda assim, virtualmente a mais profunda afirmação que podemos fazer sobre Deus é que o Pai está "no" Filho e o Filho "no" Pai. Parece tão simples que uma criança pode ver. Pois, qual palavra pode ser mais simples que no?

Ainda assim, isso também é tão profundo que as melhores mentes não podem sondar. 

Pois, sempre que buscamos contemplar a pessoa do Pai, descobrimos que não podemos fazê-lo sem pensar em seu Filho (pois ele não pode ser um pai sem um filho). Nem podemos contemplar este filho à parte do Pai (pois ele não pode ser um filho sem pai). 

Tudo isso é possível porque o Espírito ilumina quem o Filho de fato é, como Aquele único através de quem podemos vir ao Pai.

Assim, nossas mentes simultaneamente dilatam de prazer nesta trindade em unidade, e ainda assim são esticadas além de suas capacidades pela noção da unidade na trindade. Quase tão atordoante é o fato de que Jesus revela e ensina tudo isso para ser a verdade do evangelho que mais firma a vida, conforta o coração, dá equilíbrio e alegria (15:11).

A Trindade é tão vasta em significância porque pode trazer conforto a homens levados ao limite pela atmosfera de tristeza prestes a submergi-los. O Um trino é maior em glória, mais profundo em mistério, e mais belo em harmonia do que todas as outras realidades na criação. Nenhuma tragédia é grande demais para oprimi-lo; nada que é incompreensível para nós o é para ele, cujo próprio ser é incompreensível para nós. Não há trevas mais profundas do que as profundezas do interior de Deus.

Talvez seja compreensível, então, que Jonathan Edwards pudesse escrever em sua Narrativa Pessoal:

Deus apareceu glorioso para mim, por causa da Trindade. Ela me fez ter pensamentos exaltantes sobre Deus, que ele subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. As mais doces alegrias e deleites que experimentei, não foram aquelas que surgiram de uma esperança em meu próprio bom estado; mas em uma direta visão das coisas gloriosas do evangelho. Quando desfruto dessa doçura, ela parece me carregar acima dos pensamentos de meu próprio estado; parece em tais momentos uma perda que não posso suportar, desviar meus olhos do glorioso e prazeroso objeto que contemplo sem mim, e voltar os olhos para mim mesmo, e meu próprio bom estado.

Mas a revelação da Trindade está de fato relacionada com nosso "próprio bom estado."

A Maravilha da União revelada

O objetivo do ensino de Jesus não é meramente chocar nossas mentes ou agitar nossas imaginações. É nos dar um senso do vasto privilégio da união com ele.

Desde o princípio destas poucas horas de ministério, Jesus falou sobre seus discípulos terem uma "parte" com ele (João 13:8). Ele também explicou que o Espírito revela aos cristãos que eles estão "em Cristo" e que ele está neles (14:20). Esta é uma união tão real e maravilhosa que sua única analogia real - assim como seu fundamento - é a união do Pai e do Filho através do Espírito. Os discípulos desfrutariam a união com o Filho e, portanto, teriam comunhão com o Pai através do Espírito. "Vós o conheceis," disse Jesus, "porque ele habita convosco e estará em vós" (v. 17). Estas enigmáticas palavras não se referem ao contraste do relacionamento entre o Espírito e os crentes da antiga aliança ("convosco") e da nova aliança ("em vós"). Elas são frequentemente entendidas dessa maneira, mas Jesus está na verdade dizendo: "Vocês conhecem o Espírito, porque ele está com vocês em mim, mas ele virá (no Pentecostes) para estar em vocês como justamente Aquele que tem sido meu constante companheiro (e nesse sentido, 'em vocês'). Assim, ele não é outro senão Aquele que é o vínculo de comunhão entre o Filho e o Pai desde toda a eternidade."

Assim, ser unido com Cristo é ter parte em uma união criada pela habitação do Espírito do Filho encarnado que está ele mesmo "no" Pai como o Pai está "nele." União com Cristo significa nada menos que comunhão com todas as três pessoas da Trindade. Não é que a natureza divina esteja infundida nos crentes. Nossa união com Cristo é espiritual e pessoal - efetuada pela habitação do Espírito do Filho do Pai.

Note, então, o raro e delicado quadro que Jesus pinta para expressar a beleza e a intimidade dessa união: ela envolve nada menos que o Pai e o Filho fazendo morada no coração do crente (v. 23).

Significativamente, Jesus não exige que os crentes façam uma dúzia de coisas - exceto crer e amar. Pois esta é a percepção ("naquele dia vós conhecereis"; v. 20) da realidade e da magnitude dessa união com Deus Trino através da união com Cristo que transforma o pensamento, o sentimento, a disposição, o amor e, consequentemente, as ações do crente. Nessa união, o Pai apara os ramos da vinha para dar mais fruto (15:2). Na mesma união, o Filho guarda todos aqueles que o Pai lhe deu (17:12).

Não me surpreende que John Donne tenha orado:

Invade meu coração, Deus trino; pois fazes tudo, menos bater; respire, brilhe, e busque consertar; Que eu levante e permaneça, me derrube, e empenhe Tua força para quebrar, soprar, queimar, e fazer-me novo. Eu, como uma cidadela usurpada por outros, Trabalho para deixa-lo entrar, mas ah, sem resultado; Razão, vosso vice-rei em mim, eu deveria defender, Mas está cativo e se prova fraco ou falso. Ainda assim em estima te amo, e seria alegremente amado, Mas estou noivo de teu inimigo; Divorcie-se de mim, desate ou quebre o nó novamente, Leve-me contigo, me aprisione, pois eu, a menos que me encantes, nunca serei livre, Nem nunca serei puro, a menos que me arrebates. (Holy Sonnets XIV – Santos Sonetos XIV)
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/526/Uniao_com_o_Deus_Trino

quinta-feira, 9 de abril de 2015

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

09.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Syclair Ferguson

ferguson-espirito

Introdução da Mensagem

Muitos cristãos já ouviram ou até mesmo balbuciaram a frase: “O Espírito Santo é a pessoa esquecida da Trindade”. Essa declaração deixa escapar o verdadeiro problema na igreja hoje, um problema que não existia em gerações passadas. Os cristãos sabem a respeito do Espírito Santo, mas, diferentemente do Pai ou do Filho, eles não sabem de fato quem é o Espírito Santo. Nesta série de palestras, o Dr. Sinclair Ferguson propõe remover essa ignorância ao explorar as questões da identidade do Espírito, da natureza do seu caráter, como nós, enquanto cristãos, podemos chegar a conhecê-lo e ter um relacionamento com ele, e mais.

Leitura bíblica

Gênesis 1.1–2, 26; 2.7; Êxodo 31.1–11; Lucas 1.8–17, 26–38; João 16.4–15; 1 Coríntios 6.19–20; 2 Coríntios 13.14; Apocalipse 22.17

Objetivos de aprendizado

  1. Apresentar os alvos da série de palestras:
  2. Que pessoa é o Espírito?
  3. Que tipo de caráter ele tem?
  4. Como podemos chegar a conhecê-lo e ter comunhão com ele?
  5. Como nos convêm que o Senhor Jesus tenha ido embora e que o Espírito Santo tenha vindo para a Igreja?
  6. Explicar como o Espírito é a expressão do mover interior e do desejo de Deus;
  7. Iluminar a função do Espírito em moldar e preencher a criação;
  8. Demonstrar como o Espírito trabalha para trazer o homem à comunhão com Deus.

Citação

Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. — João 16.7

Esboço da palestra

I. Quem é o Espírito Santo?
A.  A etimologia da palavra “espírito”
i. A palavra hebraica “ruah” e a palavra grega “pneuma”, que significam “espírito”, são onomatopaicas.
ii. Ambas as palavras descrevem um vento ou uma ventania.
iii. Essas palavras apontam para expressões de grande efetividade. Dito de outra forma, elas apontam para a energia motriz ou para as características de um indivíduo enquanto se expressa a outros em contato e comunicação pessoais.
B.   A revelação de Deus no Espírito Santo
i. O Espírito expressa o mover interior e o desejo de Deus tanto na criação quanto na redenção, além de comunicar Deus a nós.
ii. Deus revela a si mesmo no Espírito Santo.
1. Ele revela a si mesmo de uma maneira condescendente.
2. Ele faz isso para que a sua criação possa ter comunhão com ele.
II. A Presença do Espírito Santo na Escritura.
A. Toda a Escritura revela o Espírito Santo e a sua obra na história redentiva.
B.   Logo no início, a Escritura aponta para a atividade do Espírito.
i. Gênesis 1.2 descreve o Espírito Santo pairando sobre a massa criada original.
1. A massa criada original é sem forma e vazia.
2. O Espírito paira sobre a água para que ele possa trazer forma e plenitude à ausência de forma e ao vazio.
a. O Espírito executa a mesma atividade na salvação.
b. O Espírito traz forma às vidas informes que estão mortas em pecado.
ii. O Espírito traz forma e plenitude à criação para construir um templo, um local de encontro, para Deus encontrar e ter comunhão com a sua criação, especialmente o homem.
1. Salmo 19.1: o Espírito traz ordem e plenitude para que a criação possa receber o conhecimento de Deus e adorá-lo.
2. Gênesis 1.27 e 2.7: Esses versículos contêm expressões sobre o que Deus pretende fazer através do poder do Espírito.
a. Deus deseja que o homem lidere a adoração ao Senhor na sua criação 
b. A obra do Espírito, como relatada em diversas passagens (por exemplo, Êxodo 31.1–11; Lucas 1.8–17, 26–38; João 16.4–15; 1 Coríntios 6.19–20; 2 Coríntios 13.14; Apocalipse 22:17), está a serviço de levar o povo de Deus para um lugar onde eles possam adorá-lo e glorificá-lo.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/05/ordem-a-partir-do-caos-quem-e-o-espirito-santo/

quarta-feira, 11 de março de 2015

Nosso valor aos olhos de Deus

11.03.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por John Owen

NossoValorAosOlhos
Vivemos em uma época quando o “valor próprio” e a “autoimagem” das pessoas jovens têm se tornado uma preocupação prioritária. Os governos e as instituições investem altas quantias de capital e recursos humanos para tratar o “problema”. O fato de que os resultados estejam em proporção inversa ao investimento não deveria surpreender os cristãos biblicamente instruídos.
Dizer aos jovens que eles são importantes — “Você pode ser qualquer coisa que quiser; vocês são os líderes futuros de nossa nação” – é claramente retórica para estimular um sentimento de valor próprio. A primeira afirmativa é falsa. Por exemplo, sob circunstâncias normais, somente uma pessoa pode tornar-se presidente a cada quatro anos. Além disso existe um impedimento para os que têm menos de trinta e cinco anos. No decurso médio da vida, um máximo de onze dentre todos os nossos contemporâneos poderá alcançar esse ofício. A segunda afirmativa conduz inevitavelmente à decepção para muitas pessoas. Pois se todos são líderes da nação, quem seguirá? Não é necessário dizer que pais cristãos podem engolir a mesma mitologia secular e assegurar aos filhos que eles (os pais) os estão preparando para a liderança. A Escritura em nenhum lugar nos ensina a fazer isso. Ensina, na verdade, o reverso: não treinamos nossos filhos para a liderança, mas para serviço. Se a liderança (termo quase desconhecido no Novo Testamento)[1] seguir, muito bom e bem.
Assim, essa mitologia moderna de autoestima de alguns psicólogos e educadores seculares — de que somos todos príncipes e princesas e presidentes no aguardo — está fadada ao fracasso.
Contudo, precisamente nesta área, encontramos Owen, esse colosso da teologia do século XVII, no meio de longos parágrafos de sentenças latinadas, apontando-nos a resposta do evangelho para uma epidemia contemporânea. Nosso verdadeiro valor se encontra no valor que Cristo nos deu, não nos valores de nossa autoavaliação. É o que ele fez (e quem ele é) que outorga valor real e cria um senso de mérito em nós. Por nós, Cristo estava disposto a tornar-se carne; por nós, ele se esvaziou e tomou para si a natureza humana; por nós, ele se fez pobre; por nós, estava disposto a ver eclipsada a sua glória. Por nós, ele tornou-se servo, bebeu do cálice do juízo divino e carregou sobre si a maldição de Deus:
1) Tudo que ele deixou de ter, tudo que fez, tudo que sofreu, tudo que hoje ele faz como mediador; ele abriu mão de tudo, fez, sofreu, devido a seu amor e estima pelos crentes. Ele deixou sua maior glória, submeteu-se à mais profunda miséria, fez as mais grandiosas obras que possam existir, porque ama sua esposa — porque valoriza os crentes. O que mais, o que pode ser melhor dito? Como pouco é entendida a profundeza do que se fala! Como somos incapazes de esquadrinhar seus misteriosos recônditos! Tanto ele ama, valoriza tanto os seus santos, que desde a eternidade garantiu nos levar a Deus. Ele alegra sua alma em pensar nisso, e persegue seus desígnios do céu até o inferno, da vida e da morte, sofrendo e fazendo, em misericórdia e com poder; e não cessa em fazê-lo até trazer-nos à perfeição. Pois, 2) É assim que ele os valoriza, a ponto de não perder um sequer de seu povo à eternidade, ainda que o mundo inteiro tente tirá-los das suas mãos.[2]
Descobrimos aqui uma avaliação de quem somos nós feita por Cristo, calculada para dissolver todo autovalor e ainda guardar-nos de sermos orgulhosos. O caminho de Cristo de nos dar valor tem todas as marcas de genialidade divina. Exultamos em nossos privilégios; ele recebe toda a glória. Tornamo-nos filhos da realeza por seu dom e sua outorga, e assim, toda autoavaliação, tanto boa quanto má, é dissolvida em sua avaliação suprema. Em retorno, isto — com certeza, inevitavelmente — leva ao valor que colocamos em Cristo e partilhamos com o salmista: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra”.[3] Nós o valorizamos acima de tudo, e contamos tudo mais como perda em comparação[4]: “Cristo e um calabouço, Cristo e uma cruz, é infinitamente mais doce do que uma coroa, um cetro sem ele, para suas almas… o desprezar de todas as coisas por amor de Cristo é a primeira lição do evangelho”.[5]
Cristo abriu mão de tudo por nós; mas nunca deixará de ser nosso. Como marido, cuida de nós, sua noiva, como sua própria carne. Mais que isso, “ele é pai carinhoso, que, ainda que ame a cada filho de maneira igual, tomará de maiores dores, e entregará mais da sua presença, ao que está doente e fraco, mesmo que nisso e por isso esse filho seja o mais descarado e difícil de lidar.[6]
Nossa resposta? Aplicando mais uma vez a metáfora do casamento, Owen a descreve como “a castidade do santo”. De forma disciplinada, recusamos permitir que qualquer coisa, quer em nossa avaliação quer em nossos afetos, tome lugar daquilo que pertence somente a Cristo. Tornamo-nos sensíveis a seu Espírito que habita em nós e o amamos a ponto de não o entristecermos. Vivemos nossa vida em um caminho de adoração e comunhão. Recebemos livremente de Cristo. No prazer que temos nele, nós nos entregamos livremente, sem reservas, com alegria indizível, de volta a Cristo. Isto é verdadeira comunhão.
[1] A linguagem que predomina no Novo Testamento é de ser servos e servir.
[2] Obras 2:139. Itálicos original.
[3] Salmo 73.25.
[4] Filipenses 3.8.
[5] Obras 2:137.
[6] Obras 2:141.

A Devocão Trinitária de John Owen

Esse artigo é um trecho do livro “A Devocão Trinitária de John Owen”, lançamento da Editora Fiel
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