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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O debate sobre o sabá: o sábado cumprido em Cristo

09.02.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Craig L. Blomberg

Saba-OSabadoCumprido

Cada vez menos cristãos reservam um dia da semana para a adoração e para o descanso de todas as formas de trabalho. Deveríamos nos preocupar com isso? Os adventistas do sétimo dia e os batistas do sétimo dia dizem que sim e sustentam que o dia do sabá deve ser o sábado.

Alguns tipos de presbiterianos e de cristãos reformados, juntamente com outros influenciados pelo legado dos puritanos, respondem “sim” com a mesma ênfase, contudo insistem que o domingo é o sabá cristão. Ainda há aqueles que defendem o princípio de descansar um dia a cada sete, mas não se preocupam com qual seja o dia da semana, uma vez que os pregadores, por exemplo, dificilmente podem descansar no dia em que lideram os cultos de adoração. Alguma dessas três perspectivas está correta? Na verdade, não.

Jesus declarou: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mateus 5.17, NVI). É um contraste incomum. Normalmente, quando alguém diz não estar abolindo alguma coisa, continua e diz estar preservando-a intacta. Mas não é assim que a palavra cumprir é usada na Bíblia. Apenas em Mateus, seu significado mais comum é “realizar aquilo que estava predito” ou “dar o significado pleno a algo que estava apenas parcialmente descoberto” (por exemplo, 1.22; 2.15, 17, 23; 3.15; 4.14). Cristãos de todos os tipos reconhecem que não precisam trazer animais à igreja para serem mortos e oferecidos como sacrifícios por seus pecados, muito embora tal prática fosse central a todo o sistema de adoração da antiga aliança. Cristo é de uma vez por todas o nosso sacrifício pelos pecados; assim, o modo como observamos as muitas leis sacrificiais de Levítico hoje é confiando em Jesus para o perdão dos pecados. O Novo Testamento introduz igualmente muitas outras mudanças na lei do Antigo Testamento – todos os alimentos agora são ritualmente puros, de modo que não há problema em comer porco ou camarão (Marcos 7.19). Nós não precisamos ir a um lugar definido para os rituais do templo, porque adoramos em qualquer lugar no qual possamos nos reunir “em Espírito e em verdade” (João 4.24). Homens cristãos não precisam ser circuncidados, muito embora esse fosse um dos mais fundamentais de todos os mandamentos judaicos, precedendo até a entrega da lei no Monte Sinai (Gênesis 17). Em vez disso, hoje Deus aceita igualmente todos os povos com base na “fé que atua pelo amor” (Gálatas 5.6). A lista de mudanças semelhantes é longa.

Mas o que dizer dos Dez Mandamentos? Certamente eles têm algo de especial e são especialmente atemporais de maneiras que o restante da lei da antiga aliança não é. Apesar de uma longa história de pensamento cristão nessa linha, nada na Bíblia jamais afirma isso. Toda a Escritura é vista como uma unidade (Tiago 2.8-11). Os judeus criam que todas as suas leis eram imutáveis. Era isso que tornava tão difícil para muitos deles aceitar Jesus como enviado do céu; ele estava desafiando suas leis eternas. Não importava se ele deixaria muitas delas aparentemente intactas; o seu ensino de que a nova era da história humana, a qual ele estava inaugurando, iria mudar algumas dessas leis deixava muitas pessoas inflamadas. Apenas Deus poderia mudar a lei de Deus. Mas, se Cristo era Deus, então ele tinha esse direito. Se ele não era, seu ensinamento era blasfemo. Os cristãos, contudo, creem que Jesus é Deus. Assim, ainda que uma lei apareça nos Dez Mandamentos, nós não podemos presumir que ela adentra a era do novo pacto sem mudanças. Nós precisamos examinar como Jesus e os apóstolos a trataram antes de podermos entender se ela ainda é obrigatória.

O que, então, o Novo Testamento ensina acerca da lei do sabá, um mandamento dentre os famosos dez (Êxodo 20.10)? Jesus não responde essa questão tão explicitamente quanto gostaríamos; se o tivesse feito, não estaríamos debatendo este assunto hoje. Porém, em todos os seus encontros com os líderes religiosos do seu povo, ele os reprova por impedi-lo de fazer o bem aos sábados, especialmente no que concerne a curar pessoas. Curiosamente, porém, ele jamais cura alguém cuja vida esteja em perigo iminente. Uma mulher andava encurvada há dezoito anos (Lucas 13.10-11). Um homem estava inválido há trinta e oito (João 5.5, 9).

Podemos imaginar os fariseus argumentando com Cristo: certamente ele poderia esperar mais um dia para curar aquelas pessoas, de modo que não profanasse o sabá divino. Certa vez, os discípulos de Jesus colheram algumas espigas em um campo, no sabá, presumivelmente para comê-las, mas nada implica que eles estivessem à beira da inanição (Marcos 2.23). Contudo, a defesa de Jesus para o seu comportamento apresenta um precedente amplo para mudanças: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2.27).

Ao curar um homem com uma mão ressequida no sabá, Jesus ensina que é lícito fazer o bem no sabá (Marcos 3.4). Qualquer comportamento que ajude alguém, que embeleze o mundo, que faça avançar a vontade de Deus, que promova o trabalho honesto ou que proveja recreação ou prazer ao povo de Deus é considerada “boa” na Bíblia e é, portanto, lícito realizá-lo no sabá. Essa é a atitude que deu à primeira geração de cristãos a liberdade de transferir o culto do sabá judaico no sétimo dia para o domingo, o primeiro dia da semana (Atos 20.7; 1Coríntios 16.2). Foi isso que os conduziu a chamar o domingo de “o Dia do Senhor” (Apocalipse 1.10).

Mas os cristãos de modo algum transferiram tudo o que havia no sabá judaico do sábado para o domingo. Os crentes gentios, que compreendiam a maior parte da igreja da metade do primeiro século em diante, não tinham em suas comunidades um dia semanal para o descanso. Gregos e romanos tinham diversos feriados mensais, de acordo com os diversos calendários religiosos festivos que seguiam. Porém, a menos que algum desses feriados caísse num domingo, os cristãos gentios tinham que trabalhar o dia inteiro no primeiro dia da semana e encaixar a adoração e a comunhão ou na manhã do domingo, antes do amanhecer, ou na noite do sábado ou do domingo, após o anoitecer. Foi apenas depois de Constantino tornar-se o primeiro imperador cristão, no início do quarto século, que o domingo foi legalizado como um dia santo (e portanto feriado) no Império Romano.

Muitos dos escritores cristãos do segundo e do terceiro séculos até mesmo falavam da guarda do sabá como uma prática “judaizante” – que levava de volta ao legalismo que Cristo viera abolir. Aquilo provavelmente era uma reação exagerada, a menos que as pessoas que guardassem o sabá, seja no sábado ou no domingo, estivessem tentando obrigar outros a segui-los. Afinal, em Romanos 14.5, Paulo escreveu: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”. Esse mandato é dado no contexto do descanso no capítulo 14, no qual Paulo aborda questões que estavam dividindo os cristãos em Roma. No coração do debata estava o sabá e outros dias festivos, bem como as leis alimentares, acerca das quais Paulo diz, em poucas palavras: parem de julgar uns aos outros (v. 13).

Colossenses 2.16 é ainda mais claro: “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo”. Aqui nós vemos a costumeira tríade judaica de dias santos – festas anuais como a Páscoa, Tabernáculos ou o Dia da Expiação; dias festivos mensais e o sabá semanal. Os cristãos são livres para celebrá-los ou não, e os outros cristãos não devem julgá-los por suas escolhas. A encarnação de Cristo é a realidade que os dias santos preanunciavam. Os seguidores de Jesus vêm a ele e recebem descanso “24 por 7”, como dizemos hoje, porque o seu jugo é suave e o seu fardo é leve (Mateus 11.28-30). Nossa vida inteira é um descanso sabático, preanunciando o nosso descanso eterno (Hebreus 4.9-11).

Estou dizendo, então, que o culto e o descanso são opcionais para os cristãos? De modo algum. Nós precisamos de ambos e precisamos deles com frequência. O que estou dizendo é que o Novo Testamento insiste que não nos atrevamos a legislar ou exigir um dia em sete para essas coisas. O corpo de cada pessoa é diferente, assim como são suas exigências de trabalho, suas oportunidades de se reunirem com outros crentes e suas necessidades espirituais em geral. Em um mundo viciado em trabalho, que com tanta frequência fragmenta famílias e igrejas, tenhamos o descanso que nos for necessário e cultuemos com frequência juntamente com o povo de Deus. E que as igrejas criem mais cultos, no sábado à noite ou em outros dias da semana, para aqueles que não podem vir ou não vêm aos domingos. Com efeito, sejamos cada vez mais criativos em como alcançar os desigrejados e os que precisam de salvação. Mas não podemos fingir que a panaceia para os nossos problemas na igreja e na sociedade esteja em retornar a um sabá supostamente idílico que, antes de tudo e em grande parte, foi uma invenção dos puritanos.

Nota:

[1] N.E.: Sabá é a transliteração em português do termo em hebraico. Alguns textos usam sábado ou sabbath (transliteração em inglês). Optamos por sabá por ser um termo em português e distinto do dia da semana. Contudo, não se deve confundir com a rainha de Sabá de 1 Reis 10:4.

Observação:

Este artigo é parte da série “Sabá: O Debate Incansável”, na qual serão publicados artigos defendendo diferentes posições para que nosso leitor tenha uma compreensão mais abrangente sobre o assunto. Sendo assim, a postagem de uma posição específica não indica o posicionamento oficial deste ministério. Veja a lista de artigos sobre o assunto:

  1. O debate sobre o sabá (sábado ou sabbath)
  2. O debate sobre o sabá: a guarda do sábado, o sétimo dia
  3. O debate sobre o sabá: o domingo puritano
  4. O debate sobre o sabá: o descanso luterano
  5. O debate sobre o sabá: o sábado cumprido em Cristo
  6. O debate sobre o sabá:  descansar em Cristo é o principal (16/02)
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/02/o-debate-sobre-o-saba-o-sabado-cumprido-em-cristo/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A "teoria da evolução" demonstrou que a Bíblia está errada?

15.04.2014
Do blog CIÊNCIA E FÉ




Quais as principais objeções à "teoria da evolução"?
Não. Embora a "teoria da evolução" não trate explicitamente da Bíblia, muitas pessoas são da opinião de que ela a contradiz, enquanto outras a consideram compatível com o texto bíblico. Uma visão geral sobre as origens e repercussões da "teoria da evolução" é apresentada no seguinte artigo:
Com alguma frequência, ouve-se a opinião de que a "teoria da evolução" é evidência a favor de um naturalismo ateu econtra a Bíblia. Um forte argumento de que a "teoria da evolução" é de fato incompatível com um naturalismo ateu foi apresentado por Alvin Plantinga, e foi relatado por ele de forma muito acessível no seguinte artigo:


 Quais as principais objeções à "teoria da evolução"?
Objeções à "teoria da evolução" referem-se, entre outros itens:
  • à abordagem da "teoria" em si, que alega ser científica, mas apresenta inquestionáveis dificuldades de transparência, lógica e método;
  • aos mecanismos postulados para o processo "evolutivo";
  • ao seu desempenho quando testada contra experiências especiais;
  • às formulações vagas utilizadas, por exemplo, no enunciado de suas hipóteses ou quando (não) explica comoexatamente um organismo supostamente evoluiu ou mudou a um outro.
Edgar H. Andrews (Professor Emérito do Departamento de Ciência dos Materiais, Queen Mary College, Universidade de Londres) escreve em seu livro No princípio ...: "A evolução não é uma boa teoria. ... Ela não explica todos os fatos, e aqueles que explica não são explicados de modo claro. A teoria não tem um bom desempenho quando testada contra experiências especiais, porque nenhum experimento jamais mostrou que o processo de evolução acontece realmente. A teoria é frequentemente vaga e obscura, por exemplo, quando se pergunta como exatamente uma criatura supostamente evoluiu ou mudou para uma outra. Não consegue dar respostas exatas, nem mesmo boas estimativas." A análise de Andrews é compartilhada por outros cientistas de renome. Richard Smalley (Prêmio Nobel de Química de 1996), por exemplo, refere-se ao assunto ao comentar um texto recente sobre evolução e suas alternativas: "A evolução acabou de receber seu golpe mortal. Após ler Origins of life com meu conhecimento de química e física, fica claro que evolução biológica não pode ter ocorrido."
Mesmo assim, atualmente é comum que cientistas aceitem um darwinismo revisto, chamado neodarwinismo, a versão mais usual da "teoria da evolução". Outros, como foi exemplificado, veem os modelos e postulados neodarwinistas com ressalvas. E há também cientistas que desautorizam a "teoria" até mesmo como hipótese. Este é o caso de Wolfgang Smith (Professor Emérito de Matemática que lecionou no MIT, na Universidade da Califórnia Los Angeles e na Universidade do Estado de Oregon). "Oponho-me ao darwinismo, ou melhor, oponho-me à hipótese transformista como tal, não importa qual seja o mecanismo ou causa (talvez até mesmo teleológica ou teísta) dos saltos macroevolutivos postulados. Estou convencido, além disso, de que o darwinismo, independentemente do formato, de fato não é uma teoria científica, mas uma hipótese pseudo-metafísica pomposamente vestida em roupagem de ciência. Na realidade, a teoria deriva sua sustentação não dos dados empíricos ou das deduções lógicas de natureza científica, mas da circunstância de ser a única doutrina sobre as origens biológicas concebível na limitada Weltanschauung (= visão do mundo) a que a maioria dos cientistas indubitavelmente subscreve." (citado em H. Margenau; R.A. Varghese - Cosmos, bios, theos, Open Court, 1992)
O seguinte trecho de autoria do Prof. Kenneth Hsu, Professor Emérito da Escola Politécnica Federal de Zurique (ETH Zürich), concisamente expõe a dificuldade de sustentar-se a denominação ciência para o Darwinismo:
O juiz William Overton [do Arkansas, EUA, na sua decisão dos anos 80 de que o criacionismo não seria científico] adotou cinco critérios para a definição legal de ciência, a saber:
  1. É guiada pela lei natural.
  2. Deve ser explanatória com referência à lei natural.
  3. É testável contra o mundo empírico.
  4. É falsificável.
  5. Suas conclusões são tentativas, isto é, não são necessariamente palavras finais.
A teoria Darwiniana foi considerada científica porque é guiada pela "lei" da seleção natural, e é explanatória com referência a esta lei.
Mas é a seleção natural uma lei natural? Darwin emprestou a idéia da ideologia social de Malthus. Apresentou poucos fatos históricos, e durante o último século os paleontólogos não encontraram muita evidência que suporta a noção de que seleção natural é uma lei natural.
A teoria Darwiniana não é experimentalmente testável contra o mundo empírico, porque o mecanismo proposto opera num horizonte de tempo muito maior que nosso tempo de vida. Como uma teoria para explicar fatos históricos, é falsificável pelo registro fóssil. Assim, foi uma hipótese científica quando proposta inicialmente. Após mais do que um século, entretanto, percebemos que sua premissa não é suportada pelo registro paleontológico, e suas numerosas predições mostraram-se incorretas [o autor cita uma referência]. O atual estado do Darwinismo, em minha opinião, é comparável àquele da teoria geocêntrica de Ptolomeu durante a Idade Média. A teoria de Ptolomeu foi ciência durante a Antigüidade, mas transformou-se em dogma depois que suas predições foram falsificadas pelas novas observações de Galileu. Do mesmo modo, o Darwinismo foi uma hipótese científica, mas transformou-se numa ideologia durante o século XX.
O último critério do juiz Overton é uma expressão da filosofia de Popper de que "a verdade científica pode ser somente falsificada, mas não verificada". No que diz respeito a este ponto, Darwinistas ortodoxos, com sua insistência de que não há nenhuma alternativa científica à seleção natural, não se deram muito melhor do que fundamentalistas religiosos.
(Extraído de: Hsu, K.J. - "Evolution, ideology, darwinism and science", Klinische Wochenschrift, v. 67, pp. 923-928, 1989. Traduzido pelo autor desta página.)
A discussão de objeções à "teoria da evolução" e/ou de dificuldades desta teoria não é objetivo deste site. Exemplos de tal discussão encontram-se nas referências listadas a seguir. Reconheço estas publicações como merecedoras de atenção; sua citação não implica concordância irrestrita com todos os pontos de vista e argumentos nelas expostos.
  • M.N. Eberlin - Fomos planejados, um livro que está sendo escrito online pelo Prof. Marcos N. Eberlin, com ênfase em evidências e aspectos relacionados à Química. O Prof. Eberlin é membro da Academia Brasileira de Ciências e professor de Química da Unicamp.
  • W. Gitt – Did God use evolution?, 2. edição, Bielefeld: CLV, 2001. ISBN 3-89397-725-2. (Neste livro Werner Gitt discute implicações e objeções científicas e não-científicas à "teoria da evolução". Uma versão online pode ser acessada aqui. Até sua aposentadoria em 2002, Gitt foi Professor da Universidade Técnica de Braunschweig e Diretor da Physikalisch-Technische Bundesanstalt Braunschweig, PTB, a entidade técnica normativa da Alemanha.)
  • W. Heitler - "Considerações sobre a probabilidade de surgimento de um novo gene", trecho transcrito deNaturphilosophische Streifzüge, F. Vieweg und Sohn, Braunschweig, 1970.
  • K.J. Hsu - "Evolution, ideology, darwinism and science"Klinische Wochenschrift (título atual: Journal of Molecular Medicine), v. 67, número 17, pp. 923-928, 1989. (Neste artigo o Prof. K. Hsu explica porque darwinismo não é ciência.)
  • A. Locker – "Evolução e teoria da 'evolução' sob análise da teoria de sistemas e análise metateórica"Diálogo e Antítese, v. 1, número 1, pp. 69-93, 2009. (Este artigo de Alfred Locker é uma sinopse da sua crítica da "teoria da evolução". O conhecimento abrangente do autor bem como o rigor que busca na argumentação torna a leitura do artigo muito interessante, porém trabalhosa. O texto integral do artigo no idioma original - o alemão - está disponívelaqui. Locker (1922-2005) foi Professor Emérito de Física Teórica da Universidade Técnica de Viena.)
  • A. Lourenço – Como tudo começou, São José dos Campos: Editora Fiel, 2007. ISBN 978-85-99145-38-8. (Este é um livro sobre origens dirigido ao público em geral. É auto contido, acessível e bem ilustrado.)
  • A.E. Wilder-Smith - The natural sciences know nothing of evolution, Master Books, 1981. ISBN 0890510628. (Este livro discute objeções empíricas à "teoria da evolução". Parte do conteúdo pode ser acessado aqui. Wilder-Smith, químico falecido em 1995, recebeu três títulos de doutorado e atuou em universidades da Europa e EUA, bem como na indústria farmacêutica.)
Referências adicionais podem ser obtidas em sites na Internet dedicados aos assuntos origemevolução e criação. Mas fica aqui um alerta para a falta de objetividade e/ou confiabilidade das informações disponibilizadas em alguns desses sites. Um exemplo de site confiável é a Internet Library, um site mantido pelo Dr. W.-E. Lönnig, geneticista do Max-Planck Institute for Plant Breeding Research, Alemanha. 
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perg13

Ciência e teologia: mais próximas do que se imagina

18.04.2014
Do portal ULTILMATO ON LINE, 26.04.14

Em 1884, em palestra na reunião da Associação Britânica para o Progresso da Ciência, Lord Rayleigh – ele receberia o prêmio Nobel de Física duas décadas mais tarde – disse que “muitas pessoas excelentes temem a ciência como tendendo ao materialismo. Não é surpreendente que tal apreensão exista, pois, infelizmente, há escritores, falando em nome da ciência, que se fixaram a fomentá-la. É verdade que entre os homens de ciência, como em outros ramos, pontos de vista pouco refletidos podem ser encontrados a respeito das coisas mais profundas da natureza; mas que as crenças a que Newton, Faraday e Maxwell aderiram toda uma vida seriam incompatíveis com o hábito científico da mente é, sem dúvida, uma proposição que eu não preciso me delongar em refutar.”1 Dada assim a compatibilidade de fé cristã e ciência, o que se pode dizer de teologia cristã e ciência? 

Inicio resumindo constatações sobre a estrutura do conhecimento, inicialmente acerca do conhecimento científico e depois do teológico. Segundo Einstein e Polanyi, a estrutura do conhecimento científico é estratificada. Compreende três níveis de pensamento coordenados: um primeiro nível, com nossa experiência cotidiana ordinária e a cognição natural fracamente organizada que lhe é associada; um segundo nível, o da teoria científica, com sua busca de rigorosa unidade lógica de fatores empíricos e conceituais; e o terceiro nível, em que se desenvolve uma unidade lógica mais refinada e abstrata, com um mínimo de conceitos e relações.

Thomas Torrance, um dos principais teólogos do século XX e um dos poucos a investigar a relação entre teologia cristã e ciência, entende que, à semelhança do conhecimento científico, também o conhecimento de Deus é estruturado em três níveis distintos de crescente refinação conceitual. No primeiro nível, o de uma teologia tácita ou subentendida, nós apreendemos a realidade de Deus através da experiência pessoal – por exemplo através de um encontro pessoal com Jesus Cristo – sem ainda entendermos essa realidade conceitualmente. Num segundo nível, o de uma teologia (mais) formal, nós desenvolvemos uma compreensão da estrutura subjacente à nossa experiência pessoal. Finalmente, num terceiro nível, ocorre um aprofundamento na autorrevelação de Deus. Embora o pensamento teológico progrida no sentido de relações e conceitos cada vez mais refinados, ele sempre permanece coordenado com nosso conhecimento pessoal de Jesus Cristo, no qual está alicerçado. 

Torrance2 também enfatiza que, além da semelhança estrutural de conhecimento teológico e científico, existe também uma semelhança metodológica entre teologia e ciência, pois “o pensamento cuidadoso tanto em teologia quanto em ciência procede em estrita conformidade com a realidade ou natureza objetiva do que está sendo investigado e / ou interpretado, isto é, de acordo com o que realmente é.” A conclusão de Torrance é que, se “praticadas rigorosamente, teologia cristã e ciência natural contribuem positivamente uma com a outra, e que o impacto recíproco entre elas é muito mais profundo e heuristicamente relevante do que geralmente é percebido por teólogos e cientistas.” A história da ciência ocidental parece comprovar as conclusões de Torrance. A atividade científica depende de certos pressupostos devidamente organizados acerca do mundo, e foi na cultura europeia do final da Idade Média – permeada pelo Cristianismo – que condições adequadas a esse respeito propiciaram o desenvolvimento do método experimental da ciência como o conhecemos. Teólogos como Robert Grosseteste e o seu aluno Roger Bacon (século XIII) estiveram entre os primeiros a enfatizar o uso da experimentação para aferir afirmações sobre fenômenos naturais; deixaram clara uma sólida motivação para tal, enraizada numa visão de mundo cristã. Grosseteste e Bacon foram seguidos pelos primeiros cientistas modernos propriamente ditos, cristãos como Kepler, Pascal e Boyle. Séculos mais tarde Joule, Maxwell, Pasteur e outros continuariam a enfatizar a ligação positiva entre cristianismo e ciência.

Nesse ponto, retorno ao modelo estratificado do conhecimento teológico e do científico. Além de apontar semelhanças entre teologia e ciência, o modelo estratificado possui também utilidade explicativa. Por exemplo, à luz do modelo, ateísmo constitui ausência de conhecimento de Deus (em todos os níveis), uma vez que falta ao ateu o conhecimento do primeiro nível do conhecimento teológico, o nível tácito, cotidiano, ordinário, subjacente a qualquer discussão objetiva. Como ausência de conhecimento implica ausência do que discutir, é previsível que um ateísmo belicoso (à la Dawkins, por exemplo) se perca em deboche.

O modelo estratificado também auxilia no entendimento de algumas situações de conflito entre teólogos e cientistas, como o conflito do cristão Galileu Galilei (1564-1642) com certos teólogos de sua época. Galileu defendeu o heliocentrismo e sua compatibilidade com a Bíblia. No entanto, muitos teólogos contemporâneos seus discordaram de forma intransigente. O conflito residiu no segundo nível do conhecimento teológico, em que os teólogos discordantes sucumbiram ao problema hermenêutico, à sua falta de autocrítica e ao descuido com a falibilidade humana.

De forma análoga, a oposição de darwinistas à teoria do “design inteligente” manifesta-se no segundo nível do conhecimento científico e o lapso tem características semelhantes à dos teólogos que se opuseram a Galileu. Kenneth Hsu, Professor Emérito da Escola Politécnica Federal de Zurique, resume a situação da seguinte forma: “A teoria darwiniana não é experimentalmente testável contra o mundo empírico, porque o mecanismo proposto opera num horizonte de tempo muito maior que nosso tempo de vida. Como uma teoria para explicar fatos históricos, é falsificável pelo registro fóssil. Assim, foi uma hipótese científica quando proposta inicialmente. Após mais do que um século, entretanto, percebemos que sua premissa não é suportada pelo registro paleontológico, e suas numerosas predições mostraram-se incorretas [Hsu cita uma referência]. O atual estado do darwinismo, em minha opinião, é comparável àquele da teoria geocêntrica de Ptolomeu durante a Idade Média. A teoria de Ptolomeu foi ciência durante a Antiguidade, mas transformou-se em dogma depois que suas predições foram falsificadas pelas novas observações de Galileu. Do mesmo modo, o darwinismo foi uma hipótese científica, mas transformou-se numa ideologia durante o século XX.”3

Teologia cristã e ciência possuem coisas em comum, que Torrance apontou e discutiu com algum detalhe. Além de Torrance, John Polkinghorne, Alister McGrath, Carl Friedrich von Weidzsäcker e outros também investiram ou têm investido esforços para explorar o assunto. A continuidade de tais esforços poderá levar teólogos e cientistas ao próximo passo: identificar e solucionar questões e problemas que demandam o envolvimento conjunto de teologia cristã e ciência.


Notas:

1. Citado em Kneller, K.A. – Christianity and the leaders of modern science, B. Herder, Freiburg im Breisgau, 1911.
2. Em Torrance, T.F. Theological and natural Science, cap. 7, Wipf and Stock, 2002.
3. Hsu, K.J. - “Evolution, ideology, darwinism and science,” Klinische Wochenschrift, v. 67, p. 923-928, 1989.


Leia também


*Karl Heinz Kienitz tem doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica Federal de Zurique, Suíça. É professor de engenharia em São José dos Campos (SP). Escreve sobre Fé e Ciência em seu blog pessoal. 


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/ciencia-e-teologia-mais-proximos-do-que-se-imagina

quinta-feira, 6 de março de 2014

A Teologia de Avatar

06.03.2014
Do blog GOSPEL HOME BLOG, 01.03.2010
Por Christian Gillis



O sucesso de “Avatar” foi bilionário. Os efeitos visuais do filme de J. Cameron são mesmo incríveis — assisti em 3D. A mensagem central é alinhada ao que tem sido considerado politicamente correto pelo paradigma socialoide, tanto antropológica como ecologicamente.

Milhares de povos têm sido de fato destruídos ao longo da história por causa da ganância império-colonialista, que passa como um rolo compressor por cima de terras, casas, referências culturais, corpos e o que mais for preciso em nome do lucro. Tangencialmente somos informados que a Terra já teria seu habitat destruído — e agora vemos os homens (machos brancos) exportando para os limites da galáxia a cultura de exploração destrutiva, garantida por tropas militares (mercenários sem bandeira, mas que se comunicam no idioma do mercado…), enquanto os frágeis (mulher e deficiente físico) salvam o mundo imaginado no espaço. Uma projeção na telona das angústias e anseios da humanidade.

Então, a mensagem de preservação de povos, culturas e o meio ambiente é bacana e necessária. Porém chamo a atenção para a teologia (o discurso sobre o deus, o divino, a deidade) que é sedimentada na mente dos expectadores “almiabertos” (boquiabertos). Não é questão de demonizar a produção e não assistir ao filme, mas de saber os corantes e conservantes que o compõem e aos quais somos expostos (e que não são informados na embalagem) e que, em alguns casos, colateralmente, poderão redundar nalgum câncer espiritual.

Cito a Wikipédia, por ser uma referência popular: “Avatar é uma manifestação corporal de um ser imortal, segundo a religião hindu, por vezes até do Ser Supremo. Deriva do sânscrito ‘Avatāra’, que significa ‘descida’, normalmente denotando uma (religião), encarnações de Vishnu (tais como Krishna), que muitos hinduístas reverenciam como divindade… Qualquer espírito que ocupe um corpo de carne, representando assim uma manifestação divina na Terra…” Quando essa forma impersonalizada de Deus transcende daquela dimensão elevada para o plano material do mundo, ele — ou ela — é conhecido então como a encarnação ou Avatara… Em uma concepção mais abrangente, a encarnação poderia ser descrita como o corpo de carne.

Mas essa concepção seria talvez errada, conquanto tais formas divinas não se tornam reais seres de carne e osso, ou assumem corpos materiais. Uma alma comum assume corpos materiais de carne e osso, mas no caso dessa manifestação divina, seu corpo e sua alma transcendem a matéria e, embora apareçam como impersonalizações, aquele corpo também pertence a sua essência espiritual… Essa palavra “Avatar” se tornou popular entre os meios de comunicação e informática devido às figuras que são criadas à imagem e semelhança do usuário, permitindo sua “impersonalização” no interior das máquinas e telas de computador…

Tal criação assemelha-se a um avatar por ser uma transcendência da imagem da pessoa, que ganha um corpo virtual, desde os anos 80, quando o nome foi usado pela primeira vez em um jogo de computador… Mas a primeira concepção de avatar vem primariamente dos textos hindus, que citam Krishna como o oitavo avatar — ou encarnação — de Vishnu, a quem muitos hindus adoravam como um Deus”.

Não há como ignorar o componente teológico envolvido no filme. Primeiro, pelo nome do filme em si (a orientalização do Ocidente é uma tendência que vem crescendo desde meados do século 20), assim como por um linguajar que faz referência e remete ao hinduísmo. Segundo, pela ideia de espírito / mente de um ser “transmigrar” para outro corpo (em “Avatar”, paralelamente, num mesmo tempo e espaço; no hinduísmo, sucessivamente, noutro tempo e forma de vida).

Terceiro, e principalmente, pela noção panteísta de divindade, ou seja, um poder divino embutido na natureza, visualizado e adorado em forma de árvore especial, com a qual é possível estabelecer contato e comunicação (é pessoal), que elege seres para tarefas salvíficas, que mantém aquele mundo em equilíbrio, que move os elementos (animais, por exemplo) que compõem aquele cosmos, que toma a vida (decide quem continua a viver), que realiza o milagre de transferir efetivamente uma alma de um corpo para outro. Quarto, pela semelhança sonora entre o nome da divindade (Eiwa) com Jeová.

Seria a tentativa de alguma redefinição do Deus revelado por Jesus, segundo a Escritura? (A tendência atual não é ateísmo, mas uma forma religiosa natural, mais palatável que o Deus bíblico.) Ainda há outros aspectos, mas esses bastam para mostrar o ponto: “Avatar” está cheio de elementos teológicos, no caso, panteístas.

O contraste com o Deus da Bíblia é enorme, pois ele é o Deus Eterno, Criador, o Deus Soberano no universo (não limitado a uma lua do cosmos), o Deus que é espírito puro, o Deus Pai de Jesus Cristo (chamado por alguns hindus modernos de um avatar…), o Deus que ama e salva a sua criação entrando na história e assumindo a cruz para resgatá-la.

Sem paranoia, mas vigiando (levando em conta que J. Cameron patrocinou um documentário que questiona a ressurreição de Jesus), o que a cultura contemporânea vem sedimentando em nossa alma? Quais serão os efeitos espirituais reais que tal cosmovisão terá sobre a mente de milhões de consumidores desse tipo de cultura?

Pessoalmente, não gostaria de viver em sociedades como as que a teologia hindu pariu (idealizada pela novela “Caminho das Índias”). É claro, portanto, que há uma relação direta entre a teologia e o modo de vida, entre uma teologia idólatra e um modo de vida igualmente reduzido, entre uma concepção panteísta da divindade e uma espiritualidade esvaziada da cruz.

Não vivemos sem cultura. Alimentamo-nos constantemente dela. Esse artigo tem por objetivo despertar a atenção para as expressões culturais que ingerimos. A ideia é provocar reflexão e reação. Gostaria muito de saber quais foram as suas impressões sobre o filme, de ouvir sua ressonância, ainda mais que o diretor já anunciou a continuação de “Avatar” em mais um ou dois filmes.

* Christian Gillis é casado com Juliana e pai de 3 garotos.

Pastor da Igreja Batista da Redenção por 20 anos, é envolvido com ministérios relacionados a missões, reflexão e juventude.

Fonte: Ultimato, por Como Viveremos
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Fonte:http://gospelhomeblog.blogspot.com.br/2010/03/teologia-de-avatar.html

domingo, 23 de fevereiro de 2014

SIMPLESMENTE CRISTÃO

23.02.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por John Ortberg

Por que o cristianismo faz sentido


Simplesmente Cristão -- Por que o cristianismo faz sentidoSimplesmente Cristão apresenta a essência do cristianismo, tanto para recomendá-lo aos de fora como para explicá-lo aos de dentro. É claro que ser cristão no mundo de hoje é qualquer coisa, menos simples. Mas se há um tempo em que é necessário dizer, do modo mais simples possível, o que cada coisa significa, é agora. 

Para saber mais sobre N.T. Wright e Simplesmente Cristão, leia Por que o cristianismo faz sentido, do teólogo Timóteo Carriker, publicado na seção "Vamos ler!" da revista Ultimato.

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Dizem, e eu concordo com entusiasmo, que Simplesmente Cristão é o livro que substituirá o clássico da apologética cristã, Cristianismo Puro e Simples, de C. S. Lewis. Não conheço outro autor que consiga expressar de modo tão claro, profundo e belo a verdade da fé cristã. 
Timóteo Carriker 

“N.T. Wright é um dos melhores presentes de Deus à decadente igreja ocidental. Estudantes e professores de teologia têm muito a ganhar com a leitura destas páginas fascinantes.” 
J. I. Packer

“A abordagem dos primeiros capítulos de Simplesmente Cristão é mais eloqüente e apaixonante do que a de C.S. Lewis (em Cristianismo Puro e Simples) ou Francis Collins (em A Linguagem de Deus), e mais apropriada para responder àqueles que perguntam: “Por que eu deveria levar a sério as afirmações do cristianismo?” 
Catherine H. Crouch 

"Simplesmente Cristão é simplesmente extraordinário. Sua leitura irá confirmar, desafiar e aprofundar sua compreensão da fé cristã.” 
James Sire 

“Não temos melhor intérprete da fé cristã do que N. T. Wright. Simplesmente Cristão é um testemunho fantástico da vitalidade e da verdade do cristianismo.” 
Will Willimon 

“Não consigo pensar em ninguém que tenha feito mais do que N. T. Wright para tornar claro o pensamento cristão histórico em nossos dias." 
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/simplesmente-cristao

sábado, 9 de novembro de 2013

Suportando os fracos x a liberdade e o amor .

09.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME
ESTUDOS
Por Robson Santos*

Romanos 14, 15

OBJETIVO

Refletir sobre a maturidade cristã e como deve ser o proceder do cristão para com o próximo, despertar a busca pelo crescimento espiritual.

 IDEIA CENTRAL DO TEXTO

 Tolerar os fracos na fé, através da lei do amor e exemplo deixado por Cristo de abnegação.

INTRODUÇÃO

Na igreja há pessoas de todos os tipos os mais fortes, fracos, maduros, imaturos, convertidos, convencidos, carnais, espirituais, enfermos e etc. É imprescindível rever o trato entre irmãos em Cristo. Paulo faz um paralelo, orientando a convivência entre judeu e gentio.

CARACTERÍSTICAS DOS CRENTES FORTES:

Suportam as dificuldades e sofrem por amor á Cristo (Rm 8.33-39; 2 Tm 2.3);
Suportam as fraquezas dos fracos (Rm 15.1);
Aceitam os outros como são, todos somos iguais (Rm 15.5-7);
Evitam colocar tropeços a alguém (Rm 14.13; 1 Co 8.9-13);
Não buscam o seu próprio interesse (1 Co 10.24; Rm 15.2);
Sabem viver em qualquer situação (Fp 4.12,13);

CARACTERÍSTICAS DOS CRENTES FRACOS:

Escandalizam-se por simples coisas (1 Co 8.10.11);
Não se alimentam de alimentos fortes (1 Co 3.2);
Faz diferença entre dias e alimentos (Rm 14.2,5);

A LIBERDADE E O AMOR

A liberdade cristã está em poder escolher o certo (1 Co 6.12);
A liberdade cristã não dar direito de ferir ao próximo (1 Co 8.13; Gl 5.13-15);
Cristo nos deu o amor exemplo de suportar a fraqueza dos outros (Rm 15.7-9).
As coisas terrenas não podem sobrepor à salvação do próximo (Rm 14.14-16).
Não julga o próximo, antes buscar o crescimento espiritual (Rm 14.10; 2 Pe 1.5-8; Hb 5.11-14; Ef 4.11-16).

CONCLUSÃO

A igreja na face desta terra enfrentará problemas de ordem interna, portanto é imprescindível o saber viver em comunhão, até que sejamos arrebatados e transformados completamente.

*Robson Santos Mineiro, formado em Bacharel em Teologia pelo IDBES. Pesquisador da área educacional, teológica, liderança e familiar. Superintendente da EBD de Bela Vista 2007-2012. Atualmente Pastoreando a Igreja AD em Colina, ministro aula teológica há mais de nove anos
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Não é possível sustentar a fé fora da igreja, diz teólogo

09.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME, 08.11.13
Por Leiliane Roberta Lopes

Não é possível sustentar a fé fora da igreja, diz teólogo No Brasil já são mais de 4 milhões de evangélicos "desigrejados" um movimento em constante crescimento 

Não é possível sustentar a fé fora da igreja, diz teólogo
Não é possível sustentar a fé fora da igreja, diz teólogo
O mais recente Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) mostrou o aumento significativo do número de evangélicos sem igreja.

O fenômeno dos “desigrejados” representa 4 milhões de pessoas, ou seja, 10% de todos os evangélicos do Brasil.

O termo não é aplicado em pessoas que perderam a fé, muito pelo contrário, elas continuam acreditando em Jesus e se consideram evangélicas, porém não estão ligadas a estruturas eclesiásticas.

Essa ruptura com a igreja instituição pode ser gerada por diversos fatores: decepção com lideranças, críticas com o modelo de igreja empregado nos dias atuais, descontentamento com os ensinos bíblicos e até mesmo com a doutrina.

O assunto tem ganhado destaque, diversos estudiosos já pesquisaram e escreveram livros a esse respeito como é o caso do teólogo Alan Corrêa autor de “Dissidentes da Igreja”.

Em entrevista para a revista “Cristianismo Hoje”, edição de novembro/2013, Corrêa dá sua opinião sobre o tema dizendo que não é possível sustentar a fé fora da vivência em comunidade por muito tempo.

“O plano de salvação também compreende o ajuntamento de todos os remidos em um só corpo, e esse corpo é sinalizado na terra por meio das igrejas”, disse.

Alan é membro da Igreja Batista Nacional em São Bernardo, na Grande São Paulo, mas também atua no ministério chamado Dokime, que busca resgatar a simplicidade do Evangelho.

A revista Cristianismo Hoje de novembro aborda este tema na matéria de capa conversando com pastores, estudiosos e com evangélicos “desigrejados” que relatam os motivos que os levaram a sair das igrejas.

Os dados apresentados na matéria mostram que 62% das pessoas sem vínculos denominacionais são egressos de denominações neopentecostais que dão ênfase à teologia da prosperidade.

Dos que pretendem voltar a se vincular a uma igreja, 63% diz que só fariam isso se a comunidade não apresentasse os mesmos problemas que os afastaram de uma denominação.
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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O que é GRAÇA?

25.10.2013
Do blog ROCHA FERIDA
O vocábulo Graça provém do latim gratia, que deriva de gratus (grato, agradecido) e que em sua primeira acepção designa a qualidade ou conjunto de qualidades que fazem agradável a pessoa que as têm. No começo do século XX, costumava-se dizer: "qual é a sua graça?" para perguntar "como você se chama?".
 Este costume, que ainda hoje se mantem em alguns lugares, vinha da cerimônia de batismo dos católicos, na qual o indivíduo se torna cristão e, segundo a doutrina católica, recebe a graça de Deus e, junto com a graça, o nome.

A palavra graça provém também de grátis, derivado do latim gratiis (pelas graças, gratuitamente) e gratificar, que desde o século XV equivalia a agradecer.

Graça é um conceito teológico fortemente enraizado no Judaísmo e no Cristianismo, definido como um dom gratuito e sobrenatural dado por Deus para conceder à humanidade todos os bens necessários à sua existência e à sua salvação. Esta dádiva é motivada unicamente pela misericórdia e amor de Deus à humanidade, logo, movida por Sua iniciativa própria, ainda que seja em resposta a algum pedido a Ele dirigido. E também por esta razão, a Graça é um favor imerecido pelo Homem, mas sim fruto da misericórdia e amor divinos.

Sentido teológico da palavra

Dependendo das correntes teológicas cristãs, existem aqueles que defendem que a graça é irresistível; outros que a graça é somente para algumas pessoas escolhidas e totalmente predestinadas por Deus; e há ainda aqueles que acreditam que a graça é universal (ou seja, predestinada para toda a humanidade), mas que pode ser recusada livremente pelo Homem.

Fonte: Wikipédia

"Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo."
(João 1:17)

"A graça do Senhor Jesus seja com todos."
(Apoc 22:21) 
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Fonte:http://www.rochaferida.com/2013/05/o-que-e-graca.html