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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Lição 06 - Perseverança e Fé em Tempo de Apostasia - CRESCIMENTO ESPIRITUAL

08.07.2019
Do blog da ASSEMBLEIA DE DEUS - ALAGOAS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Hebreus 6.1-15
INTRODUÇÃO
Apostasia remonta a ideia de decaída, deserção, rebelião, abandono, retirada ou afastamento daquilo que antes se estava ligado. Em relação à nossa fé, apostasia significa romper o relacionamento salvífco com Cristo. Geralmente esse fenômeno se manifesta na esfera moral e ética, bem como na esfera doutrinária. Neste tempo de apostasia, à luz da Carta de Hebreus, somos chamados a perseverar na comunhão com Cristo e a viver em fé na esperança renovada de que um dia estaremos para sempre com o Senhor.
Deus quer que Seus filhos vivam vitoriosamente, em crescimento espiritual constante, até alcançarem o objetivo final que é a estatura perfeita em Cristo Jesus. Isso certamente acontecerá quando a Igreja estiver com Ele. É preciso que cada cristão procure, constantemente, os meios para crescer na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo, permanecendo fiel até o fim para alcançar a plenitude.
1-A NECESSIDADE DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL
CUIDADOS NECESSÁRIOS AO CRESCIMENTO – Tanto na vida física como na espiritual, o crescimento é um processo. É algo gradativo, contínuo, vagaroso e precisa de ajuda. Assim como há necessidade de cuidados alimentares, asseio, sono tranquilo e exercícios, para o crescimento físico; da mesma forma, acontece com o crescimento espiritual. Desde o nascimento, o indivíduo conta com pessoas que o ajudam a tornar saudável, a crescer harmoniosamente, a chegar à maturidade; da mesma maneira, é preciso ajuda para o crescimento espiritual.
O Primeiro Passo Para o Crescimento: Santificação – Após a conversão, conforme foi dito anteriormente, inicia-se uma nova vida, bem diferente. É como se o novo convertido fosse um bebê que necessita de cuidados especiais para crescer e desenvolver-se. Então, começa a ser instruído para viver em santificação. O que isso significa? A santificação consiste em deixar o pecado e viver para Deus. Significa ser separado. É uma tomada de posição séria que cada um, individualmente, precisa decidir; ou o crente é santo, separado do mundo e vive para Deus; ou ele vive no pecado, separado de Deus. Nessa questão, não existe meio termo. É uma necessidade absoluta que deve acompanhar o crente, dia a dia, de modo crescente. Ler II Pedro 1:15,16. O apóstolo Pedro faz advertências contundentes àqueles que querem servir a Jesus.
Crescendo Por Meio da Palavra – O Apóstolo orienta o crente a viver de acordo com a Palavra de Deus, deixando tudo o que desagrada ao Senhor: malícia, engano, mentira, invejas, maledicências e fingimentos. O cristão deve desejar ardentemente estudar e fazer uso das Escrituras, da mesma forma que um bebê deseja, e se satisfaz quando lhe oferecem leite materno. Ler I Pedro 2:1,2. Essa é a primeira alimentação do indivíduo, e é de grande importância. O cristão que inicia a sua vida espiritual alimentando-se da genuína Palavra de Deus, que é comparada ao leite não adulterado, não falsificado, cresce robusto, sadio espiritualmente. Isso significa a nutrição encontrada em Jesus e no Seu Evangelho, sem qualquer mistura de ideias ou práticas carnais. Muitas pessoas que se entregam para Jesus permanecem naquele primeiro amor, mas não desenvolvem um bom crescimento porque não procuram conhecer as Escrituras. Continuam praticando as mesmas ações de antes. O resultado é não permanecerem na fé. A recomendação da Bíblia é: “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor” Oséias 6.3. A Bíblia é a Palavra de Deus dada ao homem para a sua edificação. Ler João 17:17. A Palavra de Deus é, pois, alimento que fortalece. Ler I João 2.14; que robustece a fé. Ler I Timóteo 4.6; Salmo 119.28; que purifica o cristão. Ler Salmo 119.11; Efésios 5.6; João 15.3.
Crescendo em Amor – A essência da vida espiritual é o amor. Esse amor que foi demonstrado a nós por Jesus, precisa refletir em nossas vidas em estado crescente. É o amor que transforma o homem, mudando sua maneira de pensar, sentir e agir. O apóstolo Paulo escreveu um lindo poema sobre o amor, exaltando suas características. Ler I Coríntios 13. No final do capítulo (v.11), ele faz um paralelo da vida material com a espiritual. Considera que o comportamento do menino é diferente do comportamento do adulto. Certamente o que ele pretendia dizer com isso é que o crente novo, ainda menino na fé, possui uma visão limitada acerca do amor de Jesus. Mas, à medida que ele cresce no conhecimento da graça de Deus, sentirá esse amor inundar seu coração de uma maneira tão profunda que provará o mesmo sentimento do apóstolo quando disse: “Quem me separará do amor de Cristo? ” Romanos 8.35.
O Amor em Movimento – O amor não é estático. Ele é dinâmico; gera boas ações. Quando o crente dá lugar para o amor crescer em seu coração, ele torna-se útil ao seu semelhante.  Em lugar do ódio, nasce o perdão, o que estava se desfazendo é reedificado pelo amor. Ver I Coríntios 8.1. O que praticava o mal, agora pratica o bem. Ver Romanos 13.10. Deus quer que o amor seja abundante no trato de uns para com os outros. Er I Tessalonicenses 3.12.
O Conhecimento é Gradativo – Para crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo, é preciso ser perseverante. Cada luta, cada dificuldade conduz a uma vitória que se traduz como um elemento para o progresso da caminhada. Essa caminhada é a busca incessante das coisas espirituais. O apóstolo Pedro exorta à prática de virtudes que devem ser obtidas com diligência, até que se alcance o verdadeiro amor e, conseqüentemente, uma natureza divina. “E vós, também, pondo nisto toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência. E à ciência temperança, e à temperança paciência, e à paciência, piedade. E à piedade amor fraternal; e ao amor fraternal a caridade. ” II Pedro 1:5-7. Essa caridade é traduzida como o amor, a maior de todas as virtudes. Todas essas virtudes devem ser acrescentadas ao conhecimento cristão a fim de que ele possa chegar à estatura de varão perfeito (Efésios 4.13).
II - A NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL
1. Apostasia, uma possibilidade para quem foi iluminado e regenerado.
As palavras do autor dão início ao versículo 4 do capitulo 6 de Hebreus com o vocábulo grego adynato, traduzido aqui como "impossível". É a mais forte advertência em o Novo Testamento sobre o perigo de decair da graça. Os gramáticos observam que o seu sentido aqui é enfatizar o que vem colocado depois da conversão (Hb 6.4). O autor fala de pessoas crentes, porque nenhum descrente foi iluminado nem tampouco experimentou do dom celestial. No capítulo 10 e versículo 32 ele usa a expressão "iluminados" para se referir à conversão dos seus leitores. Além do mais, as palavras "uma vez" (Hb 6.4) contrastam com "outra vez" (Hb 6.6), mostrando o antes e o depois da conversão. Essas não são expressões usadas para pessoas não regeneradas. A apostasia, o perigo de decair da fé, é colocada pelo escritor de Hebreus como algo factível, um perigo real a ser evitado por quem nasceu de novo.
2. Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou a Palavra e o Espírito.
A possibilidade de decair da graça é posta para aqueles que "se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus" (Hb 6.4,5). O autor sacro já havia dito como uma pessoa se torna participante de alguma coisa. Os crentes tornam-se participantes da vocação celestial (Hb 3.1); participantes de Cristo (Hb 3.14) e, dessa forma, participantes do Espírito Santo (Hb 6.4). Mais uma vez o texto mostra que a mensagem é dirigida às pessoas regeneradas. Esses crentes haviam se tornado participantes do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Somente os nascidos de novo participam do Espírito Santo (Jo 14.17) e provam da Palavra (At 8.14; 1Ts 2.13). Portanto, trata-se de uma advertência para os salvos.
3. Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as expectativas do Reino.
Esses crentes, aos quais o autor se referia, também experimentaram "as virtudes do século futuro" (Hb 6.5). Essa expressão é usada no contexto da cultura neotestamentária como uma referência a era messiânica. Ao receber a Cristo como Salvador, os crentes já participam antecipadamente das bênçãos do Reino de Deus. Vigilância mais uma vez é requerida para os salvos que ingressaram nesse Reino. Quem despreza a graça de Deus, não se torna um "cidadão real" desse Reino.
SÍNTESE DO TÓPICO II
Precisamos ter vigilância espiritual porque a apostasia é uma possibilidade para quem foi iluminado e regenerado, para quem vivenciou a Palavra, provou do Espírito e viveu a expectativa do Reino.
III. A NECESSIDADE DE CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS
  1. O serviço cristão e a justiça de Deus. Após o autor argumentar fortemente que não se pode brincar com a fé, agora ele vê a necessidade de consolar os cristãos depois desse “tratamento de choque” (Hb.6:9,10).
“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos. Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis”.
– “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos”. As duras advertências são agora equilibradas com uma nota consoladora. O autor garante aos cristãos destinatários que as terríveis advertências de tragédia e perda espiritual não serão, felizmente, decretadas contra os crentes hebreus. Todavia, eles deveriam avançar em sua fé cristã. Eles não podiam ser preguiçosos, mas agora deveriam prosseguir. A frase “de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação” refere-se à nova Aliança, em comparação à Antiga. As “coisas melhores” estão na nova Aliança, através de Jesus Cristo. Não haveria motivo para voltar às “coisas antigas” do judaísmo que não poderiam trazer a salvação.
– “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb.6:10).Aqui, o autor argumenta que, embora o crente possa não receber um galardão e aplausos imediatamente neste mundo, Deus conhece os esforços que são feitos por amor e no trabalho de Deus; Ele não se esquecerá do trabalho árduo que cada crente faz por Ele e para Ele. Aos crentes fiéis no serviço de Deus, em sua justiça, Ele os recompensará; mesmo não recebendo o reconhecimento dos homens, teremos o reconhecimento de Deus. Um exemplo de trabalho árduo, que os cristãos hebreus realizavam, era o cuidado deles por outros cristãos. O que os crentes fazem por outros é feito para Deus (cf. Mt.25:35; Rm.12:6-18; 1João 4:19-21). As boas obras não garantem a salvação, mas a salvação muda a vida do povo de Deus, levando-o a fazer boas obras.
  1. A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus. Após encorajar os destinatários a imitarem outras pessoas fiéis, o autor ofereceu um exemplo do Antigo Testamento que valeria a pena imitar por causa da fé e da paciência: Abraão. Os cristãos podiam confiar nas promessas de Deus porque Abraão confiou e foi recompensado.
 “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas. Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa” (Hb.6:11-15).
Deus havia feito uma promessa a Abraão, que está registrada em Gênesis 22:17: “Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei”. Não era realmente necessário para Deus jurar que Ele manteria a sua promessa, porque Deus não pode mentir ou quebrar a sua Palavra. No entanto, Deus fez a promessa, jurando pelo maior padrão e com a maior responsabilidade possível – “jurou por si mesmo”. Abraão não poderia ter recebido uma garantia maior do que está. Abraão esperou “com paciência” a promessa, e esta paciência foi recompensada. A espera paciente de Abraão durou vinte e cinco anos – da época em que Deus lhe prometeu um filho (Gn.17:16) até o nascimento de Isaque (Gn.21:1-3).
Pelo fato de as nossas aflições e tentações serem frequentemente muito intensas, elas parecem durar uma eternidade. Tanto a Bíblia Sagrada quanto o testemunho de cristãos maduros nos encorajam a esperar que Deus aja em seu tempo certo, mesmo quando as nossas necessidades parecem grandes demais para que possamos esperar. Toda promessa de Deus tem a garantia de cumprimento, como se ela já tivesse se realizado; assim sendo, podemos confiar em Deus.
  1. Cristo, sacerdote e precursor do crente. “À qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb.6:19,20).
A confiança nas promessas de Deus não só nos mantém seguros, mas nos conduz através da cortina do Céu, levando-nos ao interior do “véu” de Deus. O interior do “véu” refere-se ao Santo dos Santos, no Templo judeu. Uma cortina era posta na entrada desse ambiente, impedindo que alguém entrasse, ou até mesmo que tivesse um rápido vislumbre do interior do Santo dos Santos, onde Deus residia entre o seu povo. O sumo sacerdote podia entrar ali apenas uma vez por ano (no Dia da Expiação), para ficar diante da presença de Deus e expiar os pecados de toda a nação. Mas Jesus já entrou ali em nosso favor, como nosso precursor, abrindo o caminho para a presença de Deus através de sua morte na cruz. A sua morte rasgou a cortina em duas partes (Mc.15:38), permitindo que os crentes entrem diretamente na presença de Deus.
Aquilo que somente o sumo sacerdote podia fazer anteriormente, Cristo fez e permite que nós façamos também. Deste modo, a obra sumo sacerdotal de Cristo foi diferente da obra de qualquer outro sacerdote. Os outros sacerdotes tomavam os sacríficos dos outros e os representavam na presença de Deus. Agora, através de Cristo, podemos nos aproximar do trono com confiança (Hb.10:19). Seu sacerdócio eterno garante nossa preservação eterna. Assim como seguramente fomos reconciliados com Deus por sua morte, também somos salvos pela sua vida como nosso Sumo sacerdote à direita de Deus (Rm.5:10). Não é exagero dizer que o mais simples cristão sobre a terra tem a certeza do Céu como os santos que ali estão.
CONCLUSÃO
O capítulo 6 de Hebreus contém uma das mais fortes exortações encontradas em todo o Novo Testamento - a necessidade de perseverança e vigilância para não se decair da fé. O processo da salvação não se dá de forma mecânica e nem compulsória, mas se firma na entrega e aceitação voluntária a uma dádiva divina. A tudo isso temos que responder com amor, cuidado e zelo (1Co 10.7-13). Essa exortação de forma alguma deve levar-nos ao medo, pavor ou pânico, mas conduzir-nos a confiar inteiramente no Senhor que é poderoso para guardar-nos até o dia final.
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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Perdoando as feridas feitas por uma amiga

19.09.2017
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 18.09.17
Por Kristie Anyabwile*

perdoando-as-feridas

Pensei que éramos amigas. O sofrimento por trás dessas palavras pode ofuscar anos de vida, amor e memórias. Todos os bons momentos desaparecem na escuridão quando uma amizade é traída. O investimento vai por água abaixo, a vulnerabilidade é restringida, a confiança é abalada e o amor é questionado.

Amigas ferem amigas. Isso é inevitável porque cada amiga é uma pecadora, e as pecadoras pecam umas contra as outras e se machucam — intencional ou involuntariamente. De qualquer forma, é sempre mais difícil se recuperar da dor infligida por uma amiga.

A dor da convicção que vem por meio da repreensão piedosa de uma amiga que fala a verdade em amor é uma dádiva genuína (Provérbios 27.6). Mas, e se alguém pecou contra você, e está ferida por causa de palavras, traição ou manipulação de uma pessoa que considera uma amiga? Como você trata disso com sua amiga e como você se move da dor em direção à reconciliação?

Ignore uma ofensa

Em meio à sua dor, confie que Deus está trabalhando em seu relacionamento para que você cresça tanto na graça quanto no conhecimento de Cristo: “Confiai nele, ó povo, em todo tempo” (Salmo 62.8).

É a glória (ou a beleza) de alguém ignorar uma ofensa (Provérbios 19.11). Isso requer prudência, paciência, maturidade e sabedoria. Ignorar uma ofensa adorna o evangelho e é uma resposta amorosa que demonstra que somos de fato discípulas de Cristo (João 13.35).

No filme da Disney “Frozen”, Elsa abandonou a cautela e a prudência, renunciando a sua característica de “boa menina” para desencadear a sua fúria congelante na cidade de Arendelle. Suas ações afetaram negativamente a todos e a tudo ao seu redor. Em nossa carne, somos tentadas a manifestar a nossa fúria reprimida e “fria” em nossa amiga ao invés de confiar em nosso Senhor. A sabedoria não deixa “let it go” (“livre estou”) como uma rainha do gelo. Em vez disso, morre para o eu, demonstrando constrangimento e levando a dor até Jesus, quem mais se identifica conosco em nosso sofrimento e quem nos assiste em nossos momentos de necessidade.

Uma advertência: ignorar uma ofensa não é uma licença para usar o silêncio como uma arma, ou para abrigar sentimentos maus que voltarão a atacar o relacionamento posteriormente. Antes, é ter uma consciência pura diante de Deus de que essa dor não está em um nível que precisa ser abordada (pelo menos não agora), mas uma resolução de “perdoar e esquecer”. É muito melhor ganhar a sua amiga do que ganhar um argumento.

Quando a ofensa não pode ser ignorada

Às vezes, você não pode simplesmente ignorar uma ofensa. Se o seu primeiro pensamento é “elas precisam ser faladas”, isso pode ser a sua justiça própria falando e não o Espírito. Nosso objetivo deve ser a reconciliação que nasce do amor.

Contudo, encontraremos ocasiões e momentos legítimos em que precisamos lidar com um ferimento. Podemos tentar corrigir o erro, mas lembre-se de que a vingança pertence ao Senhor e ele retribuirá (Romanos 12.19). Então, esse não é um chamado para atacar e para lutar em revide. Trata-se de um chamado amoroso à repreensão bíblica.

No ensino de Jesus sobre o pecado, ele diz aos discípulos:

“Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lucas 17.3-4).

Repreender é argumentar de modo sincero com o seu próximo (Levítico 19.17), relatar-lhe a sua ofensa (Mateus 18.15) com um espírito de bondade (Gálatas 6.1) na esperança de que a sua amiga se arrependa.

Mas o ensino de Jesus vai muito além, dizendo que podemos ser feridas novamente e que devemos estar preparadas para perdoar sempre. O perdão pode parecer quase impossível se esquecermos de Cristo. Ele perdoou “todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós” (Colossenses 2.13-14). Quando estávamos em rebelião aberta contra Jesus, ele morreu por nós (Romanos 5.8). Mesmo agora, como aquelas cujos pecados foram encravados na cruz com Cristo e cujas vidas foram ressuscitadas com Ele, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9).

Cinco maneiras de orar

Se você foi ferida por uma amiga, derrame o seu coração a ele em oração por sabedoria, por perdão e por reconciliação (Salmo 62.8). Aqui estão alguns motivos de oração que podem ajudá-la a lidar com o ferimento com sabedoria e graça:
  • Ore para que Deus sonde o seu coração ferido (Salmo 139.23). Você foi ferida porque o seu pecado foi exposto? Você foi excessivamente sensível a algo que foi dito? Você estava aborrecida? Você foi ferida por um comportamento padrão de sua amiga ou por uma ofensa que ocorreu pela primeira vez?
  • Ore pela graça de pensar sobre o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, excelente e digno de louvor em você mesma e em sua amiga (Filipenses 4.8).
  • Ore por discernimento: Deus quer que você ignore ou lide com a ofensa?
  • Se você precisar lidar com a ofensa, ore para que seja sincera e graciosa com a sua amiga sobre a forma como você foi ferida e ore para que a sua amiga responda com humildade.
  • Ore para que você ame a sua amiga em todos os momentos, mesmo nos difíceis, e para que vocês possam viver em harmonia uma com a outra (Romanos 12.16).

A graça de Deus brilha através de nós

Vale a pena ignorar uma ofensa se você puder — e confiar que Deus está trabalhando em você e no coração de sua amiga — orar por sabedoria, amor e reconciliação, repreender com bondade e estar pronta para perdoar. Cristo ensina que, “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15.13). Em seguida, ele chama os seus discípulos de seus amigos (João 15.14-15), e um pouco depois, ele literalmente morreu por seus amigos.

Se Jesus realizou um sacrifício tão radical e amoroso por seus amigos — amigos que duvidariam dele e o negariam — certamente podemos nos esforçar para restaurar as nossas amizades rompidas. Amizades piedosas são um testemunho ao mundo. Nelas, manifestamos o nosso amor por Cristo e umas pelas outras.

*Kristie Anyabwile é esposa de pastor e mãe de Afiya, Eden e Titus. Há 24 anos ela alegremente auxilia seu marido, Thabiti, que pastoreia a igreja Anacostia River Church, no sudeste de Washington, DC. Kristie gosta de passar tempo com a família, de cozinhar e de discipular mulheres, bem como falar e escrever sobre casamento, maternidade e ministério. Você pode ler o seu blog e segui-la no Twitter. 
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/09/perdoando-as-feridas-feitas-por-uma-amiga/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Fé? Só na palavra de Deus

29.12.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Reinaldo Domingos

 “A riqueza que é fácil de ganhar é fácil de perder; quanto mais difícil for para ganhar, mais você terá”.  

Fé? Só na palavra de DeusCaros irmãos, hoje gostaria de falar sobre os jogos de azar e loteria, que levam dinheiro de milhões de brasileiros, que gastam com a desculpa de que: ‘fazer uma fézinha não tem problema’. Não que estejamos proibidos por Deus de tentar a sorte uma vez ou outra, mas o que vejo hoje em dia me preocupa.
Primeiramente, por mais que seja uma termologia popular, o termo ‘fézinha”, já nos remete a uma conotação errada do termo, cito Hebreus 11: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem. Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”. Assim, associar uma questão tão forte às chances de ganhar ou não em um jogo de azar é o primeiro grande erro.
Contudo, existe outro ponto por trás, que é essa ganância louca por obter ganhos rápidos e com o mínimo esforço. Como já dito anteriormente, o dinheiro deve ser uma ferramenta para nossos objetivos e não o próprio objetivo. Assim, não há pecado em trabalharmos e conquistarmos nossos bens físicos e também a estabilidade financeira que nos permite uma dedicação maior ao nosso espírito. Contudo, privilegiar o dinheiro a tudo é viver no pecado.
Assim, não acredito que os jogos de azar sejam por si só um pecado, as pessoas podem tentar, contudo, o que me preocupa é o peso que elas jogam na esperança de ganhar esse dinheiro. Lembro o Provérbio 13:11 que diz: “A riqueza que é fácil de ganhar é fácil de perder; quanto mais difícil for para ganhar, mais você terá”.
E aí entra a questão da educação financeira, vejo muitos fiéis pensando que uma boa condição financeira depende da sorte, o que é um grande erro. O real caminho é tomar uma atitude buscando se educar financeiramente e atingir esse objetivo.

Em uma aposta da Mega Sena da Virada, por exemplo, a chance de acertar os seis números é de uma em 50.063.860, segundo os dados oficiais da Caixa Econômica Federal. Se uma pessoa decidir se tornar sustentável financeiramente, as chances dependem só dela.

Assim, reforço, não vejo problema em as pessoas, vez por outra, realizarem uma pequena aposta, mas o que me preocupa são aquelas que mensalmente gastam uma considerável quantia com jogos, sem perceber que as probabilidades estão contra ele e sem ver que esse dinheiro poderia ser poupado para um objetivo maior.
E pior, já observei absurdos de pessoas que jogam e, ao não ganharem, jogam a culpa em Deus. Meu irmão, pode ter certeza que nosso Senhor não tem nada a ver com esta questão. Quando observo gente com esse pensamento, sempre peço para que parem e pensem se realmente estão agindo com fé ou apenas com ganância.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/fe-so-na-palavra-de-deus/

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Nove Passos que Podem Salvar Seu Casamento

21.08.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por John Piper

Nove-passos-salvar-casamento
A graça de Deus é paciente e trabalha tanto instantaneamente quanto com o passar do tempo. Um erro que cometemos às vezes é idealizar demais, como se não pudéssemos ser perdoados mais de uma vez quando cometemos erros.
O modo de enxergar estes passos para salvar seu casamento biblicamente é como uma forma de colocar em prática Colossenses 3:13: “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro.” Aí temos “suportando” e temos “perdoando”. Como essas coisas se relacionam no casamento?
Aqui está um jeito que eu tenho em mente. Eu descreverei nove etapas para chegar à reconciliação com sua esposa (ou marido, ou amigo(a), ou colega). Algo assim é necessário quando se é pecador demais para se desculpar sinceramente na primeira vez. Isso é uma experiência real mais frequente do que eu gostaria de admitir e, de uma outra forma, menos frequente do que o necessário. (Esposas e maridos, leiam as etapas se colocando nos dois papéis.)
1º Passo. Sua esposa reclama de algo que você disse ou fez de errado ou que ela não gosta.
2º Passo. Você se irrita. (Por cinco ou seis motivos que te parecem razoáveis no momento).
3º Passo. A graça te faz ver que essa raiva não vem de Deus e que você deve se desculpar sinceramente, tanto pelo que ela reclamou quanto pela raiva.
4º Passo. Você se desculpa, mas consegue apenas dizer as palavras, não se sente arrependido, porque a raiva endureceu seu coração contra a sua esposa. Você não se sente sensibilizado, você não se sente quebrantado, você não se arrependeu. Mas você diz “me desculpe” porque sabe que deve. Isso é melhor do que o silêncio. Isso é uma graça parcial.
5º Passo. Ela sente que você está zangado e, compreensivelmente, não fica satisfeita com palavras que não trazem um arrependimento profundo e sincero.
6º Passo. O tempo passa. Vinte e quatro horas? Dois dias? O Espírito Santo, sempre paciente e incessantemente santo, não te deixará. Ele trabalha contra a raiva (Tiago 1:19-20). Ele desperta verdades do evangelho (Efésios 4:32). Ele amolece o coração (Ezequiel 36:26). Isso pode ser através da leitura da Bíblia, da palavra de um amigo, da leitura de um livro, da ida a um culto. Enquanto isso sua esposa está aguardando, pensando, orando, esperando.
7º Passo. A raiva diminui. A suavidade aumenta. O carinho é despertado. A tristeza pelo pecado cresce.
8º Passo. Você chama sua esposa e diz à ela que seu primeiro pedido de desculpas foi o melhor que você pôde fazer naquela hora por causa do seu pecado. Você admite que foi insuficiente. Você diz com carinho o que você sente por ela, e se desculpa de coração, e pede pra que ela te perdoe.
9º Passo. Em misericórdia, ela perdoa e tudo fica melhor.
O que eu espero que você faça é conversar com o seu cônjuge para ver se isso se encaixa na experiência de vocês. Uma das importâncias de desenvolver esse possível padrão no seu conjunto de expectativas é que vocês podem dar um desconto (chamado misericórdia) um ao outro, para que nenhum dos dois se sinta desesperado no 6º Passo.

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/08/nove-passos-que-podem-salvar-seu-casamento/

quarta-feira, 29 de julho de 2015

A Vontade de Deus

29.07.2015
Do portal do MINISTÉRIO FIEL, 24.06.13
 
Qual é a vontade de Deus e como a conhecemos?

Romanos 12:1-2

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

O propósito de Romanos 12:1-2 é que tudo na vida deveria se tornar uma "adoração espiritual". O versículo 1: "Apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional". O propósito de toda a vida humana aos olhos de Deus é que Cristo seja tão precioso quanto ele é. A adoração significa usar nossas mentes, corações e corpos para expressar o valor de Deus e tudo o que ele representa para nós em Jesus. Há uma forma de viver - uma forma de amar - que realiza isso. Existe uma forma de executar seu trabalho que expressa o verdadeiro valor de Deus. Se você não pode encontrá-la, talvez, signifique que você precisa mudar de emprego. Ou pode ser que o versículo 2 não esteja se cumprindo na extensão que deveria.

O versículo 2 é a resposta de Paulo sobre como tornamos tudo em nossa vida uma adoração. Precisamos ser transformados.  Não apenas nosso comportamento externo, mas a forma que sentimos e pensamos - nossas mentes. O versículo 2: "Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente".

Tornar-se o que você é

Aqueles que creem em Cristo Jesus já são novas criaturas compradas com sangue. "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura" (2 Coríntios 5:17). Porém, agora, precisamos nos tornar o que nós somos. "Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento" (1 Coríntios 5:7).

"E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (Colossenses 3:10). Você foi criado novo em Cristo; e agora você é renovado dia a dia. É nisso que focamos na última semana.

Agora, focamos na última parte do versículo 2, o propósito da mente renovada: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, [agora, surge o propósito]  para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Desse modo, este artigo terá como foco o sentido da expressão "vontade de Deus" e como podemos conhecê-la.

As duas vontades de Deus

Há dois sentidos claros e muito diferentes para a expressão "vontade de Deus" na Bíblia. Precisamos conhecê-los e definir qual deles é usado em Romanos 12:2. De fato, saber a diferença entre esses dois sentidos da "vontade de Deus" é crucial para entendermos um dos maiores e mais perplexos fatos em toda a Bíblia, que Deus é soberano sobre todas as coisas. Significa que Deus desaprova algumas coisas que ele ordena que aconteçam. Isto é, ele proíbe algumas das coisas em que ele é a causa. E ele ordena algumas das coisas em que causa obstáculo. Ou, para expressar isso de um modo paradoxal: Deus deseja que alguns eventos ocorram em um sentido que ele não deseja em outro sentido.

1. A vontade de decreto ou vontade soberana de Deus

Vamos examinar as passagens da Escritura que nos fazem pensar dessa forma. Primeiro, considere as que descrevem "a vontade de Deus" como seu controle soberano sobre tudo o que acontece. Uma das mais explícitas é o modo como Jesus falou da vontade de Deus no Getsê mani quando orou . Ele disse em Mateus 26,39: "Meu Pai, se possível, afasta de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres". A quê a vontade de Deus se refere nesse versículo? Ela se refere ao plano soberano de Deus que ocorrerá nas próximas horas. Você relembra como Atos 4:27- 28 declara isto; "Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram". Portanto, a "vontade de Deus" era que Jesus morresse. Esse foi o seu plano, seu decreto. Não havia como mudá-lo e Jesus se curvou e disse: "Aqui está o meu pedido, mas faça o que for melhor". Essa é a vontade soberana de Deus.

E não deixe de entender um conceito bastante crucial aqui que inclui os pecados do homem. Herodes, Pilatos, os soldados, os líderes judeus - todos eles pecaram ao cumprirem a vontade de Deus, que seu Filho fosse crucificado (Isaías 53:10). Desse modo, entenda esse aspecto com muita clareza: Deus deseja que aconteçam algumas coisas que ele odeia.

Aqui há um exemplo de Pedro. Em 1 Pedro 3:17, ele escreve: "Porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal". Em outras palavras, talvez seja a vontade de Deus que cristãos sofram por fazer o bem. Ele tem em mente a perseguição. Mas a perseguição de cristãos que não merecem isso é pecado. Por conseguinte, Deus, às vezes, deseja que eventos aconteçam e que incluam o pecado. "É melhor sofrer por fazer o bem, se isso tiver que ser a vontade de Deus".

Paulo apresenta uma declaração sintética e abrangente dessa verdade em Efésios 1:11: 

"Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade". A vontade de Deus é o governo soberano dele em tudo o que acontece. E há muitas outras passagens na Bíblia ensina ndo que a providência de Deus sobre o universo se estende aos detalhes mais simples da natureza e decisões humanas. Nenhum pardal cairá por terra sem o consentimento de vosso Pai (Mateus 10:29). "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão" (Provérbios 16:33). "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor" (Provérbios 16:1). "Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, inclina-o" (Provérbios 21:1).

Este é o primeiro sentido da vontade de Deus: o controle soberano de Deus sobre todas as coisas. Chamaremos isso de "vontade soberana" ou "vontade de decreto" de Deus. Ela não pode ser quebrada. Ela sempre acontece. "Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: 'O que fazes?'" (Daniel 4:35).

2. A vontade de preceito de Deus

Agora, o outro sentido da "vontade de Deus" na Bíblia é que podemos nos referir à "vontade de preceito". Sua vontade é o que ele nos manda fazer. Essa é a vontade de Deus que podemos desobedecer e podemos falhar em cumprir. A vontade de decreto de Deus, nós a cumpriremos ainda que creiamos nela ou não. Já a vontade de preceito, podemos falhar em cumpri-la. Por exemplo, Jesus disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mateus 7:21). Nem todos cumprem a vontade de seu Pai. Ele declara assim. "Nem todos entrarão no reino dos céus". Por quê? Porque nem todos fazem a vontade de Deus.

Paulo afirma em 1 Tessalonicenses 4:3: "Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição". Aqui, temos um exemplo muito específico sobre o que Deus preceitua para nós: santidade, santificação, pureza sexual. Essa é sua vontade de preceito. Mas, ó, muitos não a obedecem.

Então, Paulo declara em 1 Tessalonicenses 5:18: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco". Novamente, há um aspecto específico de sua vontade de preceito: em tudo, dai graças. No entanto, muitos não cumprem essa vontade de Deus.

Mais um exemplo: "Ora, o mundo passa, bem como a sua ganância; aquele, porém, que faz a vontade de Deus, permanece eternamente" (1 João 2:17). Nem todos permanecem para sempre. Alguns permanecem, outros não. A diferença? Alguns fazem a vontade de Deus, outros não. A vontade de Deus, nesse sentido, nem sempre acontece.

Assim, concluo dessas passagens e de muitas outras da Bíblia, que há duas formas de falar a respeito da vontade de Deus. Ambas são verdadeiras e importantes para se compreender e crer. Uma, podemos chamar vontade de decreto de Deus (ou sua vontade soberana) e a outra, podemos chamar vontade de preceito de Deus. Sua vontade de decreto sempre acontece independente se cremos nela ou não. Sua vontade de preceito pode ser quebrada.

A preciosidade dessas verdades

Antes de relacionarmos as duas formas da vontade de Deus à passagem de Romanos 12:2, permita-me comentar como são preciosas essas duas verdades. Ambas correspondem a uma profunda necessidade que todos temos quando somos profundamente machucados ou vivenciamos grande perda. Por um lado, precisamos ter a segurança de que Deus está no controle e, portanto, é capaz de fazer com que todo sofrimento e perda cooperem para o meu bem e o bem de todos os que o amam. Por outro lado, necessitamos saber que Deus é solidário conosco e não tem prazer no pecado ou sofrimento em si mesmo ou do que advém deles mesmos. Essas duas necessidades correspondem à vontade de decreto de Deus e à sua vontade de preceito.

Por exemplo, se você foi severamente violentado quando criança e alguém lhe pergunta: "Você considera que isso foi a vontade de Deus?" Você, agora, tem uma maneira de formular um sentido bíblico para es sa experiência e apresentar uma resposta que não contradiz a Bíblia. Você pode dizer: "Não, isso não foi a vontade de Deus, porquanto ele preceitua que os seres humanos não sejam violentos, mas que amem uns aos outros. A violência quebrou seu mandamento e, por conseguinte, moveu seu coração com ira e tristeza (Marcos 3:5). Mas, em outro sentido, sim, foi a vontade de Deus (sua vontade soberana), porque há centenas de modos como ele poderia ter impedido esse acontecimento. Todavia, por razões que não entendemos plenamente ainda, ele não o fez".

E correspondendo a essas duas vontades, há duas coisas de que o cristão precisa nessa situação: uma é um Deus que é forte, soberano o bastante para transformar isso para o bem; e a outra é um Deus que é capaz de ser solidário com você. Por um lado, Cristo é um soberano grande Rei e nada acontece além de sua vontade (Mateus 28:18). Por outro lado, Cristo é um Sumo Sacerdote e se solidariza com sua fraqueza e sofrimento (Hebreus 4:15). O Espírito Santo nos conquista e vence nossos pecados quando ele deseja (João 1:13; Romanos 9:15 -16), e permite a si mesmo ficar entristecido, ser apagado e sentir ira quando ele o quiser (Efésios 4:30; 1 Tessalonicenses 5:19). Sua vontade soberana é invencível e sua vontade de preceito pode ser deploravelmente quebrada.

Precisamos de ambas verdades - dessas duas compreensões da vontade de Deus - não apenas para conferir sentido à Bíblia, mas para nos apegarmos firmemente a Deus quando estivermos sofrendo.

Qual das duas vontades é referida em Romanos 12:2?

Agora, qual dessas verdades é referida em Romanos 12:2: "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus"? A resposta é que Paulo se refere à vontade de preceito de Deus. Digo isso por, pelo menos, duas razões. Uma é que Deus não tem a intenção de que saibamos sua vontade soberana antecipadamente. "As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós" (Deuteronômio 29:29). Se você deseja saber os detalhes futuros da vontade de decreto de Deus, você não quer uma mente renovada, você quer uma bola de cristal. Isso não se chama transformação e obediência; chama-se adivinhação, vaticínio.

A outra razão para dizer que a vontade de Deus em Romanos 12:2 é a vontade de preceito e não sua vontade de decreto é que a frase "para que experimenteis qual seja a boa" implica que devemos aprovar a vontade de Deus e então, obedientemente, cumpri-la. Porém, de fato, não devemos aprovar o pecado ou praticá-lo, embora ele seja parte da vontade soberana de Deus. O sentido de Paulo em Romanos 12:2 é parafraseado em Hebreus 5:14: "Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal". (Veja outra paráfrase em Filipenses 1:9-11). Esse é o propósito do versículo: não se referir à secreta vontade de Deus que ele planeja realizar, mas ao discernimento da vontade revelada de Deus que deveríamos cumprir.

Três estágios do conhecimento e do cumprimento da vontade revelada de Deus

Há três estágios do conhecimento e cumprimento da vontade revelada de Deus, isto é, sua vontade de preceito; e toda ela requer a renovação da mente com o Espírito Santo concedendo o discernimento de que falamos anteriormente.

Primeiro estágio

Primeiro, a vontade de preceito de Deus é revelada com autoridade definitiva e decisiva somente na Bíblia. E precisamos da mente renovada para compreender e aceitar o que Deus preceitua na Escritura. Sem a mente renovada, distorceremos as Escrituras para evitar obedecer a seus mandamentos radicais de abnegação, amor, pureza e suprema satisfação em Cristo somente. A vontade de preceito autoritária de Deus é encontrada apenas na Bíblia. Paulo afirma que as Escrituras são inspiradas e tornam o cristão "perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:17). Não apenas para algumas boas obras. "Toda boa obra". Ó, quanta energia, tempo  e devoção os cristãos deveriam dedicar meditando na Palavra de Deus escrita.

Segundo estágio

O segundo estágio da vontade de preceito de Deus é nossa aplicação da verdade bíblica às novas situações que talvez sejam tratadas explicitamente na Bíblia. A Bíblia não fala com qual pessoa se casar, ou qual carro dirigir, ou se  deve possuir uma casa, ou onde deve desfrutar suas férias, qual plano de telefone celular você deve comprar, qual a melhor marca de suco de laranja que deve consumir. Ou mil outras escolhas que você deve fazer.

É necessário que tenhamos uma mente renovada; que seja tão moldada e tão dirigida pela vontade revelada de Deus na Bíblia que percebamos e avaliemos todos os fatores relevantes com a mente de Cristo, e discirnamos o que Deus nos chama a realizar. É muito diferente de tentar constantemente ouvir a voz de Deus dizendo faça isso ou faça aquilo. As pessoas que tentam conduzir suas vidas ouvindo vozes não estão em harmonia com Romanos 12:2.

Há uma diferença imensa entre orar e trabalhar para uma mente renovada que discerne como aplicar a Palavra de Deus, por um lado, e o hábito de pedir a Deus para lhe dar uma nova revelação sobre o que fazer, por outro lado. Adivinhação não requer transformação. O propósito de Deus é uma nova mente, uma nova forma de pensar e julgar, não apenas nova informação. Seu propósito é que sejamos transformados, santificados, libertos pela verdade de sua Palavra revelada (João 8:32; 17:17). Assim, o segundo estágio da vontade de preceito de Deus é o discernimento da aplicação das Escrituras às novas situações da vida por meio de uma mente renovada.

Terceiro estágio

Finalmente, o terceiro estágio da vontade de preceito de Deus se refere à vasta maioria de nós, que não reflete antes de agir. Arrisco-me a dizer que em 95% do seu comportamento você não premedita. Isto é, a maioria de seus pensamentos, atitudes e ações são espontâneas. São apenas extravasamento do que está no interior. Jesus disse: "Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau, do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo" (Mateus 12:34-36).

Por que chamo isso de parte da vontade de preceito de Deus? Por uma razão. Porque Deus preceitua coisas como: não se ire. Não seja orgulhoso. Não cobice. Não fique ansioso. Não seja ciumento. Não seja invejoso. E nenhuma des sas ações são premeditadas. Ira, orgulho, cobiça, ansiedade, ciúme, inveja - elas todas surgem no coração sem a reflexão ou intenção. E somos culpados por causa delas. Elas quebram o mandamento de Deus.

Portanto, não está claro que há uma grande tarefa na vida cristã? Ser transformado pela renovação de sua mente. Precisamos de novos corações e novas mentes. Faça com que a árvore seja boa e o fruto será bom (Mateus 12:33). Esse é o grande desafio. É o que Deus o desafia a fazer. Você não pode fazer isso com suas próprias forças. Você precisa de Cristo, que morreu por seus pecados. E você precisa do Espírito Santo para conduzi-lo à verdade que exalta a Cristo .

Entregue-se a isso. Mergulhe na Palavra de Deus; sature sua mente com ela. E ore para que o Espírito de Cristo faça você tão novo que o extravasamento seja bom, agradável e perfeito - a vontade de Deus.
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/535/A_Vontade_de_Deus

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Discipulado Segundo as Escrituras

04.06.2015
Do portal Ministério Fiel, 01.06.15
Por  Garrett Kell

DiscipuladoEIgreja-DiscipuladoSegundo2

Minhas mais antigas lembranças giram em torno de viagens de pesca com o meu pai. Ele me ensinava a como pôr a isca, como lançar o anzol e como pegar uma peixe-gato sem ser ferido de morte. Mas pesca não era tudo o que eu aprendia. Eu aprendia sobre o meu pai. 

Aprendia sobre como ele andava, como falava, como brincava, como orava, como conversava e como sempre pensava na minha mãe enquanto dirigíamos para casa.
Mais do que pescar, eu aprendia sobre como ser um homem.

Até hoje, as lições que aprendi com meu pai impactam o modo como eu vivo e amo o próximo. O que acontecia naqueles momentos com o meu pai era uma forma de discipulado. Ele liderava e eu seguia.

O que é o discipulado bíblico? De todas as questões com as quais os cristãos precisam lidar, essa é uma das mais importantes. Sermos discípulos de Jesus é o próprio coração de quem nós somos e do que devemos fazer com as nossas vidas.

Neste artigo, eu sugiro que discipular – ajudar outros a seguirem Jesus – é uma consequência direta de ser um discípulo de Jesus. Discípulos são chamados a seguir Jesus e segui-lo significa ajudar outros a segui-lo.
Você é um discípulo que faz discípulos?

Discípulos seguem Jesus

Ao encontrarmos Jesus, conhecemos um homem que nos chama a vir e morrer (Marcos 8.34-35). E ele nos chama a segui-lo e a aprender dele (Mateus 4.19, 11.29). Não importa se somos espertos ou burros, ricos ou pobres, jovens ou velhos, asiáticos, africanos ou americanos. O único requisito é que nos arrependamos de nossa rebelião contra o Criador e nos apeguemos a ele pela fé (Marcos 1.15; 1 Tessalonicenses 1.9). Se fizermos isso, Deus nos promete perdoar os nossos pecados e nos reconciliar consigo mesmo (Colossenses 1.13-14; 2 Coríntios 5.17-21). Jesus nos chama a vir e morrer, a fim de podermos viver.

Aqueles que seguem Jesus pela fé são conhecidos como seus discípulos. Alguns sugerem que discípulos são “super-cristãos” que são ativos na obra por Jesus, ao passo que cristãos são apenas “crentes normais”. A Escritura, contudo, não oferece nenhum apoio a essa distinção (ver, por exemplo, Mateus 10.38; 16.24-28; Marcos 8.34; Lucas 9.23; João 10.27; 12.25-26). Ou nós estamos seguindo Jesus ou não estamos; não há uma terceira via (Mateus 12.30).

Discípulos imitam e replicam Jesus

No coração do seguir Jesus está o chamado de Jesus para imitá-lo e replicá-lo. Enquanto discípulos, somos chamados a imitar o amor de Jesus (João 13.34), sua missão (Mateus 4.19), sua humildade (Filipenses 2.5), seu serviço (João 13.13), seu sofrimento (1 Pedro 2.21) e sua obediência ao Pai (1 João 2.3-6). Uma vez que ele é o nosso mestre, somos chamados a aprender com ele e lutar, no poder do Espírito Santo, para sermos como ele é (Lucas 6.40). Esse crescimento em semelhança à Cristo é o esforço de uma vida inteira, o qual é estimulado pela esperançosa expectativa de que, um dia, o veremos face a face (1 João 3.2-3).

Discípulos ajudam outros a seguirem Jesus

Ao seguirmos nosso Senhor, rapidamente aprendemos que parte da imitação é replicação. Ter um relacionamento pessoal com Jesus é magnífico, mas é incompleto se termina em nós mesmos. Parte de ser seu seguidor é intencionalmente ajudar outros a aprenderem dele e se tornarem mais parecidos com ele. Como um amigo meu disse, “Se você não está ajudando outras pessoas a seguirem Jesus, eu não sei o que você quer dizer quando afirma estar seguindo Jesus”. Ser seu seguidor é ajudar outros a seguirem-no.

Ser um discípulo que faz discípulo ocorre de duas maneiras em particular. Primeiro, somos chamados a evangelizar. Evangelismo é dizer a pessoas que não seguem Jesus o que significa segui-lo. Nós fazemos isso ao proclamar e adornar o evangelho em nossa vizinhança e entre as nações (Mateus 28.19-20). Nunca podemos esquecer que Deus nos colocou em nossas famílias, locais de trabalho e círculos de amizade a fim de proclamarmos o evangelho da graça àqueles que estão destinados ao inferno à parte de Cristo. Nós devemos ajudar as pessoas a aprenderem como começar a seguir Jesus.

O segundo aspecto de fazer discípulos é ajudar outros crentes a crescerem em semelhança a Cristo. Jesus planejou a sua igreja como um corpo (1 Coríntios 12), um reino de cidadãos e uma família que ativamente edifica uns aos outros até a plenitude de Cristo (Efésios 2.19; 4.13, 29). Somos chamados a instruir uns aos outros sobre Cristo (Romanos 15.14) e a imitar aqueles que estão seguindo a Cristo (1 Coríntios 4.16; 11.1; 2 Tessalonicenses 3.7, 9). Enquanto discípulos, devemos intencionalmente nos deixar gastar por outros discípulos para que eles também possam se deixar gastar por outros (2 Timóteo 2.1-2).

Discípulos intencionalmente constroem relacionamentos

Discipulado não é algo que simplesmente acontece. Nós precisamos ser intencionais em cultivar relacionamentos profundos e honestos nos quais possamos fazer bem espiritual a outros cristãos. Embora possamos ter relacionamentos de discipulado em qualquer lugar, o lugar mais natural para que eles se desenvolvam é a comunidade da igreja local. Na igreja, os cristãos são ordenados a se reunirem regularmente, a estimularem uns aos outros a serem semelhantes a Cristo e a protegerem uns aos outros do pecado (Hebreus 3.12-13; 10.24-25).

Os relacionamentos de discipulado que brotam desse tipo de comunidade comprometida devem ser tanto estruturados como espontâneos. Ao estudarmos a vida de Jesus, vemos que ele ensinava formalmente seus discípulos (Mateus 5-7; Marcos 10.1), enquanto também permitia que eles observassem sua obediência a Deus à medida que viviam juntos (João 4.27; Lucas 22.39-56).

Do mesmo modo, alguns de nossos relacionamentos de discipulado devem ser estruturados. Talvez dois amigos decidam ler um capítulo do Evangelho de João e então discuti-lo durante um café ou um treino na academia. Talvez dois homens de negócios leiam a cada semana um capítulo de um livro cristão e, então, conversem sobre ele no sábado, durante uma caminhada pela vizinhança com seus filhos. Talvez dois casais se encontrem uma vez por mês, à noite, para conversar sobre o que a Bíblia diz acerca do casamento. Talvez uma piedosa senhora convide uma moça solteira mais jovem à sua casa, na tarde de uma terça-feira, para orar e estudar uma biografia cristã. Talvez uma mãe passe algum tempo no parque com outras mães, a cada semana. Independentemente do formato, parte do nosso discipulado deve envolver momentos agendados de leitura, oração, confissão, encorajamento e desafio a que outros cristãos se tornem mais parecidos com Cristo.
O discipulado também pode ser espontâneo. Talvez amigos vão juntos ao cinema e, depois, tomem um sorvete enquanto comparam a mensagem do filme com o que a Bíblia diz. Talvez um pai e um filho se sentem na varanda e reflitam na glória de Deus sendo demonstrada em um pôr-do-sol. Talvez você convide visitantes da igreja para almoçar e pergunte a cada um como eles vieram a conhecer a Cristo.

Nós sempre devemos ser intencionais, mas nem sempre precisamos ser estruturados. De fato, Deuteronômio 6 nos mostra que o discipulado acontece “assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (v. 7). Cada momento apresenta uma oportunidade para discutir quem Deus é e o que ele está fazendo. Uma vez que nós estamos sempre seguindo Jesus, nós sempre temos a oportunidade de ajudar outros a segui-lo também.

Discípulos dependem da graça

Embora seja verdade que um discípulo de Jesus deva ajudar outros a seguirem Jesus, nós devemos sempre nos lembrar de que, à parte da graça sustentadora e fortalecedora de Deus, nada podemos fazer (João 15.5). Seja você um pastor, um encanador, um policial ou uma dona-de-casa, você nunca deixa de depender da graça de Deus.

Ao seguirmos Jesus e ajudarmos outros a seguirem-no, somos constantemente lembrados de que precisamos da graça. Nós falhamos. Nós pecamos. Nós lutamos. Mas, ainda bem, a graça de Deus abunda sobre os seus filhos. Essas são boas novas ao buscarmos juntos seguir Jesus e ser diariamente transformados segundo a sua gloriosa imagem (2 Coríntios 3.18). Que possamos seguir fielmente a Cristo e ajudar outros a fazerem o mesmo até que vejamos a sua face. Ora vem, Senhor Jesus!

Tradução: Vinícius Silva Pimentel

Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/813/Discipulado_Segundo_as_Escrituras