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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Os Sofrimentos de Davi prefiguram os do Messias (Sl 69)

19.12.2013
Do portal ULTIMATO ON LINE, 07.12.13


Livra-me ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma". (Salmos 69.1). Davi fala, reclama, se expõe e lamenta pelo seu sofrimento. É o momento mais crucial na vida do salmista, sua experiência de vida, de luta, agonia e de decepção.

Este é um salmo que é uma verdadeira lamentação. É um salmo profético como tantos outros. E ele nos ensina muita coisa e nos leva a sentir e até a participar dos sofrimentos do salmista. A Bíblia não é apenas para ser lida, mas é, sobretudo, para ser sentida. Nos identificamos, via de regra, com os sofrimentos mais do que com as alegrias, pois o sofrimento nos toca mais e mais nos contagia. É bom ver uma pessoa sorrindo, mas é muito mais tocante e comovente quando a vemos chorando. Estes dias postei no Facebook uma foto de uma mulher chorando. Muitas pessoas "curtiram", outras tantas comentaram e até contaram alguma experiência. Nota-se que a foto tocou muito as pessoas pelo fato de alguém estar chorando.

No versículo 8 do Salmo em epígrafe, o salmista escreveu: "Tenho me tornado como um estranho para com os meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe". Depois de muitas lamúrias, Davi se volta para o seio da sua família e lembra do tratamento, do comportamento de seus irmãos em relação a ele. Fazendo um paralelo, o Senhor Jesus não encontrou guarida nem apoio entre os seus irmãos, os judeus. 

Ser desprezado ou incompreendido pelos parentes pode parecer algo normal nos dias de hoje, mas é muito triste para quem tem ou teve esta experiência. Davi foi desprezado pelos seus irmãos, mas, ironicamente, foi graças a este desprezo que ele teve a sublime oportunidade de se aproximar mais de Deus quando no campo cuidava das ovelhas. Quem nunca teve uma experiências semelhante a esta? Esta é a verdadeira escola de Deus, pois é o momento em que podemos nos dedicar à comunhão com Deus e podemos melhor ouvir a sua voz. Aquela dura experiência moldou a vida de Davi.

Durante todo este Salmo, que tem 36 versículos podem partilhar das experiências e do sofrimento do salmista. Ele chegou literalmente ao fundo do poço. Se sentiu num lamaçal, sua garganta secou, os seus aborrecedores aumentaram e ele se viu numa situação desesperadora. Chorou, jejuou, se vestiu de um saco, ouviu zombaria de seus irmãos e amigos. Se tornou até em canção para os bebedores de bebida forte que se sentavam á porta. Mas, em meio a tudo isto, ele clamou a Deus e pediu que Ele o tirasse daquela terrível situação. Evidentemente, ninguém quer passar por uma prova desta, ser moído como Davi foi. Mas esta, muitas vezes, é a escola de Deus.

Este é um Salmo profético, apontava para o Messias que haveria de vir 1000 anos depois. Os sofrimentos de Davi prefiguravam os do Messias. Este Messias, Jesus de Nazaré, Autor da nossa fé que nasceria em Belém de Judá com uma missão de salvar o que se havia perdido, (Lucas 19. 10). Jesus, Filho de Davi, da linhagem de Davi, o grande rei. Este Jesus que hoje é tão desconhecido pela massa, tão desacreditado pelos religiosos, a ponto de muitos não o considerarem Deus Todo Poderoso. Este Jesus que para muitos hoje é motivo de piada e tem se tornado um escárnio entre os povos. Jesus, cujo aniversário é comemorado no dia 25 de dezembro, mas apenas por conveniência ou por ordem expressa do comércio que explora à larga esta data.

Mas, para os cristãos, Jesus é o Filho de Deus cujo nascimento se dá todos os dias nos corações que se abrem e o recebem. Jesus que eu amo, motivo de tantas discussões e estudos, explorações, palestras, insinuações, porém, nada conclusivo. Este Jesus que muitos consideram um líder religioso, político, alguém que teve os seus planos frustrados, que não conseguiu convencer o seu povo, que foi enganado, vendido, traído e morto de forma triste e vergonhosa. E para muitos tudo está acabado. Ele foi apenas um herói como tantos outros, um líder como tantos. Só isto. Nada mais do que isto. Jesus, porém, está vivo, glorificado, louvado e adorado entre o seu povo. Ele está vivo e voltará um dia. Esta é a nossa maior alegria. Ele sofreu sim, sofreu muito. Davi escreveu sobre o seu sofrimento 1000 anos antes do seu nascimento. E hoje os cristãos o adoram e convidam todos a adora-lo e a servi-lo. 

Nós te amamos, nós te adoramos, bendito Jesus. Seu sofrimento, sua morte e a sua ressurreição são hoje a nossa vida, a nossa maior alegria e a certeza da nossa salvação.

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

JESUS, NOSSA ALEGRIA

18.12.2013
Do portal ENCONTRANDO A PAZ

“O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo” (Lc 2.10).

Há 2000 anos, quando os anjos anunciaram o nascimento de Jesus nos campos de Belém, esse acontecimento trouxe alegria. Alegria em diversos sentidos: alegria pela salvação do poço da desesperança. Alegria pela saída da prisão do pecado. Alegria pela libertação da escravidão e das amarras. Alegria por escapar da escuridão da incerteza. Alegria porque depois do tempo de medo chegara a segurança. Alegria pela proteção garantida. Sim, também alegria pela comunhão renovada e alegria por poder retornar a Deus. O anjo procurou expressar toda essa alegria ao dizer: “Porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo!” (Lc 2.10). Essa alegria tem sua origem e conteúdo no anúncio do nascimento do menino Jesus Cristo! O Antigo Testamento já dizia: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9.6).

A alegria anunciada pelo anjo não pode ser fabricada. É um fruto do Espírito Santo, que recebemos de presente quando nascemos de novo: “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade” (Gl 5.22). Onde ela surge, contagia, impõe-se, abre a boca para louvar e agradecer. Ela gera contentamento, felicidade e multiplica-se na comunhão. Ela revela-se por causa da salvação, da pessoa e da obra de Jesus. Ela também se alegra com a natureza e a glória da criação. Ela se regozija nos presentes de Deus, por exemplo, uma bela música, uma boa refeição, como escreveu Dietrich Bonhoeffer: “Deus não suporta a atitude apática, abatida com que comemos o pão da tribulação, com arrogância, pressa ou mesmo vergonha. Nossas refeições diárias são a forma dEle nos chamar para a alegria, a termos férias em meio ao nosso dia cheio de trabalho” (de “Gemeinsames Leben”). Pois a alegria acontece porque se reconhece, por trás de tudo, Aquele que dá todas as boas dádivas, Jesus Cristo!

Nossa vida freqüentemente está cheia de seriedade, tristeza e sofrimento. A alegria – que Deus nos concede – deve ser um presente que contribua para animar nosso espírito, trazendo encorajamento, refrigério, sustento e apoio. É interessante que a Jewish Encyclopedia (Enciclopédia Judaica) menciona que nenhum outro idioma no mundo tem tantas palavras para “alegria” quanto o hebraico. No Antigo Testamento encontramos treze radicais hebraicos em setenta e duas palavras diferentes que expressam primariamente algum aspecto da alegria ou da participação alegre na adoração religiosa. Podemos aprender daí que o próprio Deus deseja ser o motivo mais profundo da nossa alegria, e que só conseguimos encontrar alegria real na adoração e no louvor à Sua Pessoa. A maior alegria da nossa vida deve ser agradecer a Deus por aquilo que Ele é, fez e ainda faz. 

Quando o fizermos, veremos que isso nos traz a mais profunda satisfação. O salmista o expressou da seguinte forma: “Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente” (Sl 16.11).
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O sentido da encarnação do ser (Verbo)

17.23.2013
Do portal ULTIMATO ON LINE, 10.12.13


Não vou me reportar às passagens bíblicas que sustentam o meu texto. Deixo isso para vocês estudarem. O mundo espiritual quase sempre não está claro para a maioria de nós. Na quase toda parte o que temos dele nas nossas vidas são conclusões a que chegamos por meio daquilo que vemos, ouvimos ou falamos, portanto, quase todas as nossas certezas são enganos dos nossos sentidos. Somente o espírito e o pensamento proveniente dele podem acessar a verdade das coisas. 

No sistema filosófico de Kant, muito influenciado por seu fervor religioso - Kant era um crente radical, impregnado de espiritualidade que incluía determinações inclusive no seu modo de alimentar-se, deitar-se e levantar-se da cama – ele diz que nosso conhecimento sofre limitações, de modo que não conseguimos, mesmo por meio da razão, acessar a essência das coisas, mas apenas a aparência delas, como elas se nos mostram. Quer dizer, não acessamos a coisa em si, o nôumeno, mas apenas como ela se nos apresenta, o fenômeno. 

No mundo espiritual, muito do que julgamos ser real é senão reflexo da nossa atividade mental, condicionada por práticas religiosas formais que quase nunca nos dão sentido e clareza do que estamos vivendo. Muitos de nós vivemos nesse devaneio espiritual que nos leva a um lugar determinado por esses condicionamentos, sem termos nisso tudo uma experiência concreta e real que fatalize o nosso discurso e a nossa suposta experiência direta com o Ser.

Entretanto, é possível ir além desse ardil produzido pela mente e nadificá-lo, impedindo que ele opere sistematicamente e domine o nosso espírito e nossa experiência com o Ser. A nadificação é um processo de libertação dos sentidos, que ocorrerá com a morte física e definitiva separação entre o espírito e o mundo: liberto do mundo, o espírito poderá encontrar-se com o Ser! Mas, enquanto não se morre fisicamente para o mundo e vive-se preso às armadilhas das sensibilidades, o Ser fica inacessível para nós. Essa inacessibilidade ao Ser é a origem de todo o sofrimento que nos acossa. Essa inacessibilidade foi produzida pelo Homem na experiência nefasta do pecado. O Ser, piedoso da nossa fraqueza e miséria, decidiu resgatar esse contato original cuja ausência é a causa de todo o nosso desespero: encarnou entre nós como Homem igual e propôs apenas que nele se cresse como sendo essa encarnação, demonstrando inclusive possuir o poder do Ser ao morrer e ressuscitar d’entre os mortos. É a única possibilidade demonstrada que se tem do restabelecimento do contato primordial com o Ser: por meio do próprio Ser podemos encontrar a libertação da nossa finitude e sofrimento decorrente dela, posto que perdemos a ligação com o Ser e sua natureza eternal quando experimentamos o pecado e com ele a morte. 

Post Scriptum: difícil contornar o problema filológico envolvendo a palavra “Verbo”, conforme descrita no livro de João. O “logos” grego que contém esse termo reporta-se ao sentido como “Ser”. Na língua latina o termo em inglês é mais fiel do que na nossa língua portuguesa, pois se refere a “to be”, verbo “ser”, mas sugerindo a tradução para nós do termo escrito no livro de João: “No princípio era o Ser*... e o Ser era Deus... *(conforme Ele se apresenta a Moisés: “Sou o que sou”) o Ser se fez Homem (ou carne)”; enfim, é um assunto de hermenêutica avançada que não cabe ser discorrido aqui. 

No meu próximo aforismo vou tratar dos mistérios da palavra, de como Satanás dialoga regularmente com Deus sobre o Homem (pois Satanás permaneceu com o poder de acessar diretamente o Ser, sem o intermédio de Cristo, o que nós não podemos fazer) e como ele tem a permissão de Deus para agir na nossas vidas conforme aquilo que falamos.

Augustinus

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Grande Alegria Para Todos os Homens

13.12.2013
Do portal ENCONTRE A PAZ

O anjo falou aos pastores: "Eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo" (Lc 2.10). Nesta curta frase Deus nos apresenta uma abundância de verdades a respeito da salvação, que nos são dadas por meio de Jesus Cristo:

1. "Eis aqui..." Com essa expressão Deus chama a nossa atenção, para que prestemos atenção ao que Ele vai dizer a seguir. Num mundo em que a humanidade desde sempre esteve à procura de libertação, salvação e perdão, num mundo em que os homens procuram algo em que se apoiar e no que possam confiar plenamente, Deus nos apresenta, em Seu Filho, algo que ilumina toda a eternidade para nós.

O imperador romano Augusto apresentava-se aos súditos do seu reino como sendo Deus. Ele tinha que ser adorado. Mas as pessoas continuavam sofrendo em sua desesperança e permaneciam amargamente decepcionadas. Talvez você também esteja decepcionado com pessoas que considerava exemplos e esteja procurando por alguém em quem possa confiar: olhe para Jesus, o Autor e Consumador da fé! Jesus se apresenta e diz: "Olhe para mim, e você não será decepcionado". Se você olhar constantemente para Jesus pela fé jamais será decepcionado!

2. "Eis aqui vos trago..." Deus nos traz a mensagem mais grandiosa e poderosa de todos os tempos, que supera todas as outras mensagens anteriores. Quantas mensagens humanas já ressoaram sobre esta terra e se perderam para sempre! Mas a mensagem de Deus em Seu Filho Jesus é: Existe perdão dos pecados. Uma vida arruinada pode ser renovada. O Senhor dá vida eterna a todos os que crêem nEle. Qualquer pessoa que vem a Jesus não será rejeitada. Há uma morada maravilhosa junto a Deus para todos aqueles que entregam sua vida a Jesus.

3. "Eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria..." A alegria que nos é dada em Jesus não é uma alegria passageira. Ela é colocada em nosso coração e nos enche de profunda paz. Sua alegria sustenta de maneira maravilhosa a nossa vida nos dias de felicidade e de sofrimento. Sua alegria é a certeza da vida eterna, a maravilhosa certeza de estar ligado a Deus.

Essa alegria falta ao homem natural, porque lhe falta a comunhão com Deus. Ele procura preencher esse vazio com alegrias passageiras da vida. Sua alegria se apóia em aventuras e divertimentos – mas o seu coração não se satisfaz com tais coisas. Ao invés de encontrar a alegria que tanto busca, ele se afunda cada vez mais em desesperança e aflição. Jesus entra nessa situação e quer dar-Se a Si mesmo a você. Aceite o dom inefável de Deus. Então seu coração ficará em paz e você receberá plena alegria. A partir desse momento sua vida passará a ter um fundamento firme e permanente.

4. "Eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo." A mensagem de Deus por ocasião do Natal é para todos, para grandes e pequenos, para jovens e velhos, para pessoas de moral elevada, para vagabundos e criminosos. O Senhor não faz diferença: qualquer um pode vir a Ele, e todo aquele que Lhe pede, recebe.

Por isso, permita que haja Natal em seu coração, lançando sobre Jesus os seus pecados, assim como todas as suas preocupações e angústias, e entregando-Lhe sua vida! Então valerá também para você: "É que hoje vos nasceu... o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2.11).

A você que já é salvo, que já é filho de Deus, pedimos de todo o coração: continue nos ajudando a propagar esta mensagem! Ajude-nos também a dizer aos homens que Jesus voltará. Justamente a mensagem do Natal indica que Israel ainda tem uma esperança na vinda do seu Messias. Lemos em Lucas 2.32: "Luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel." Na primeira vinda, Jesus foi luz para salvação aos gentios. Na Sua vinda em grande poder e glória, Ele, o Messias de Israel, salvará o Seu povo e estabelecerá Seu glorioso reino milenar de paz. Vem, Senhor Jesus! (Norbert Lieth -http://www.apaz.com.br)
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mais que luzes e adereços

05.12.2012
Do portal ULTIMATOONLINE, 03.12.13


As lojas já prenunciam e famílias e igrejas se preparam para festejar a data. É impossível não perceber que o Natal está próximo. Mas como celebrar, com profundidade e significado, o milagre da encarnação de Cristo?

O Portal Ultimato oferece reflexões bíblicas e devocionais para que você aproveite, de verdade, a data. Ao longo do mês, todos os dias, você terá em nossos canais material próprio sobre o assunto. Confira.

1. E-book gratuito. Para Celebrar o Natal – Meditação e Liturgia é o nome do e-book, escrito pelo Pr. Ricardo Barbosa, que você pode baixar de graça aqui. Este livro é mais do que um devocionário com meditações diárias. É também um instrumento litúrgico para celebração pessoal, familiar e comunitária do Natal. Traz 25 liturgias para celebrar o advento de Cristo.

2. Devocionais da Ultimato. Fizemos uma seleção especial para o blog Devocional Diária. Escolhemos a dedo os melhores textos sobre Natal dos nossos devocionários. Coisa boa de John Stott, C. S. Lewis e Elben César.

3. Devocional e música. Gladir Cabral e João Leonel publicam diariamente textos devocionais inéditos sobre o advento, que misturam devoção e poesia, além de sempre terminar com uma boa dica musical. Acesse o blog do Gladir.

4. Artigos. O que o Natal (ainda) nos ensina sobre o mundo? Confira ao longo do mês artigos de nossos colunistas, além de textos antigos da revista que revigoramos. O primeiro deles é Advento: esperança num mundo endurecido, de Derval Dasilio.

5. Natal nas redes sociais. Acompanhe nossas redes sociais (Facebook e Twitter) e compartilhe nossa seleção de frases e versículos sobre o Natal.

O Natal não é meramente uma festa em nossos calendários. Pode ser uma grande oportunidade para revigorarmos nossa fé em Jesus Cristo e nosso amor uns pelos outros. Que assim seja!

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A conspiração da manjedoura

05.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 04.12.13
Por Carlos Bezerra Jr.


Há uns dois anos, um grande amigo chamado Shane Claiborne escreveu sobre uma experiência inusitada que haviam vivido em um Natal, na Filadélfia (EUA). Cansados do frenesi consumista que toma conta da festa, ele e seus amigos buscavam outra forma de celebrar o nascimento de Jesus – que, nas palavras de Shane, parecia ser comemorado com uma competição para ver quem mais gastava e comprava coisas desnecessárias para quem já tinha o que precisava.

Como a lógica do Reino é sempre a de subverter os valores desse mundo, aqueles irmãos oraram pedindo criatividade ao Pai. E passaram, então, a colocar em prática uma “santa conspiração”. Aquele Natal tinha de ser comemorado de outro jeito, diferente desse das empresas que doam cestas básicas em massa ou dos atos de puro voluntarismo. De uma forma que reforçasse o que há de mais precioso nessa data: o espírito de doação, de entrega, de generosidade, de amor.

Shane e seus amigos se reuniram e fizeram uma lista de vizinhos, conhecidos, conhecidos de conhecidos... gente que havia passado por uma dificuldade específica naquele ano, como: perda da casa num incêndio, a morte prematura de um filho, desemprego etc. Então, avisaram a cada uma das famílias listadas que elas receberiam uma visita especial na noite de Natal.

Quando chegou o dia, eles se espalharam pela vizinhança, visitando cada casa selecionada, entregando um assado especial, uma comida caprichada feita por eles e cantando uma música natalina. Junto com isso, um pequeno envelope que deveria ser aberto depois que saíssem. Dentro do envelope, uma boa quantia em dinheiro e um bilhete que dizia: “saibam que vocês são amados.”

Enquanto redijo esse artigo, imagino: e se cada igreja de nossas cidades fosse uma “célula revolucionária” do amor, fomentadora dessas conspirações? Se cada templo fosse um lugar de inspirar gente a espalhar amor pela cidade, proporcionando abraços aos mais pobres e aos que estão vivendo momentos de dor, solidão, tristeza e privações?

Por isso, faço uma sugestão: pare, pense, reflita. Faça uma ação anônima de generosidade. Peça a Deus criatividade. Estimule outros irmãos a fazerem o mesmo. Natal é tempo de conspiração, de subversão, de anúncio da chegada do Reino. É tempo de dizer que o mundo será governado por uma criança. É tempo de dizer que é possível ser gente de um jeito diferente, porque Ele nasceu e viveu entre nós pra nos mostrar como é ser gente do jeito que Ele planejou. É tempo de dizer que outro mundo é possível. 

Que o Espírito Santo nos livre do Natal do papai noel e nos mova à conspiração da manjedoura!

Feliz Natal!

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*Carlos Bezerra Jr., 45, pastor, médico, deputado estadual em São Paulo.


Conte você também sua história do verdadeiro Natal. Deixe seu comentário aqui.


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Compras de Natal

04.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 02.12.13

“Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.” Prov 23; 23

Digamos que temos uma listinha de compras recomendada pelo mais sábio dos humanos. Dado o número reduzido, nem carecemos um carrinho de supermercado; uma cesta bastará.

“Compra a verdade e não a vendas;” pode dar azo a uma ambígua situação: Compra e retenhas contigo; ou, compra, e distribui sem preço algum. Como a fonte quanto mais jorra mais mana, uma vez de posse, não há como perder; a não ser caindo na inadimplência maligna da mentira; então, a segunda hipótese encaixa melhor; ademais, o Salvador disse: “De graça recebestes, de graça daí”. Espere! Isso não anularia a ideia da “compra”? A graça de Deus supre o que nos é impossível; as renúncias que podemos por amor a Ele, é o “preço” que temos a pagar.

Costuma-se dizer que é melhor uma triste verdade que uma alegre mentira, ( ainda que o mundo cante o “me engana que eu gosto” ) assim, as tristezas necessárias ante fatos verazes num mundo mau são prestações que pagamos cada dia, por amor à verdade. Não nos é lícito jogar com ela como políticos que acham-na boa quando os defende, e má quando os acusa. A verdade é sempre boa, ainda revelando nosso mal; é luz.

“Também a sabedoria…” Como compraria alguém a sabedoria? Bem, mesmo sendo mais forte que o guindaste do “Itaquerão”, ela lida bem com coisas frágeis; põe suas digitais até entre os simples. A leitura correta de uma situação já tem um quê de sabedoria, como ansiou Jó para seus acusadores: “Quem dera que vos calásseis de todo, pois isso seria a vossa sabedoria.” Jó 13; 5 Sim, o simples saber que não sabemos e agir conforme, já traz uma mecha dos cabelos de Sophia; “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Prov 17; 28 Então, o sábio não é detentor de todas as respostas, antes, um que enxerga bem, mesmo a própria ignorância; tanto que, pode ser ensinado: “Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio;” Prov 9; 9

Assim, sabedoria humana é relativa; um princípio, não um contingente; como, aliás, versa a introdução dos Provérbios: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento;…” 1; 7 A devida reverência ao Santo é nossa primeira parcela na aquisição da sabedoria.

“A instrução…” Essa é amoral, ambígua; podemos ser instruídos na justiça, ou, no erro. Paulo cita algumas “mulheres néscias… Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.” II Tim 3; 6 e 7 Outros que querem ser “instruídos” de modo a ser agradados, não corrigidos; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;” 4; 3 Isaías, aliás, já denunciara algo assim: “…Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30; 10

Claro que o contexto sugere ser instruídos na Justiça. Assim como compramos a forma primeiro para depois os ingredientes do pudim, carecemos um quê de sabedoria, para identificar o ensino que não colide com o temor do Senhor. Dada a ambiguidade da instrução, o Salvador foi preciso: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” Mat 11; 29

“ e o entendimento.” “De que serviria o preço na mão do tolo para comprar sabedoria, visto que não tem entendimento?” Prov 17; 16 Seria como um simples adquirir uma engenhoca high tec cujo manual de instruções está em idioma desconhecido; ter alguém, preceitos sábios nos lábios, sem o devido entendimento.

Infelizmente, muitos papagaios espirituais aprenderam a recitar fórmulas de sabedoria sem a menor noção do que encerram. Quando dizem, “posso tudo naquele que me fortalece” usam como um mantra de conquista dos anseios da carne, não em Cristo. A palavra é clara sobre as consequências de se estar em Cristo: “Assim que, se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas passaram e eis que tudo se fez novo.” II Cor 5; 17

Outra vez voltamos à forma do pudim, digo, à sabedoria. Ela atestando nossa ignorância e discernindo um mestre confiável nos fará tomarmos a postura sábia do Eunuco etíope ante Filipe: “…Como poderei entender, se alguém não me ensinar?…”

Então, se nosso “dinheiro” não der para toda a lista, façamos a melhor compra: “A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento.” Prov 4; 7

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Não se esqueça da manjedoura

04.12.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 03.12.13
Por Elben César

terça-feira

[Maria] envolveu a criança em panos e a colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. [Lucas 2.7, AS21]

Quando o Filho de Deus se tornou visivelmente Filho do Homem, onde o colocaram? Quando o Filho do Homem estava morrendo de sono, em que cama dormiu? Quando o Filho de Deus precisou de um transporte para acabar de entrar em Jerusalém, qual foi a providência tomada? Quando o Filho do Homem foi coroado rei, que coroa foi colocada em sua cabeça? Quando o Filho de Deus completou o trabalho que tinha a fazer, o que o poder religioso e o poder político lhe ofereceram?

Responda a essas perguntas e me diga mais uma coisa: o que eu fiz logo no início do encontro com meus discípulos no Cenáculo, em Jerusalém, antes de celebrar a Páscoa e antes de instituir a Ceia?

Se eu, o Filho de Deus, o Senhor e Mestre, lavei os pés dos discípulos, então você deve fazer o mesmo. Eu dei o exemplo, para que você faça o que eu fiz (Jo 13.14-15). Tenha uma vida modesta, discreta, sem pompa, sem regalias. Não se esqueça da manjedoura.

— Não me esquecerei da manjedoura, do jumentinho, da coroa de espinhos nem da cruz!

>> Retirado de Refeições Diárias com Jesus. Editora Ultimato.

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25 liturgias para celebrar o Natal

04.12.2013
Do portal  ULTIMATOONLINE, 29.11.13

A celebração do Natal (ou Advento) não depende das estratégias do comércio nem da chegada do “bom velhinho”. No final das contas, o que queremos (ou deveríamos) é reviver a experiência da presença de Cristo em nossos corações e no meio deste mundo tão difícil. 


Mas por onde começar? Como fazer isso individualmente, mas também em família e em comunidade?

A boa notícia é que a partir de hoje Ultimato oferece gratuitamente o e-book Para Celebrar o Natal – Meditação e Liturgia, escrito pelo colunista da revista Ultimato, autor de A espiritualidade, o Evangelho e a Igreja e pastor Ricardo Barbosa de Sousa. Este livro é mais do que um devocionário com meditações diárias. É também um instrumento litúrgico para celebração pessoal, familiar e comunitária do natal. 

São 25 liturgias para celebrar o advento de Cristo, estruturadas da seguinte forma:

1) Uma frase de um cristão do passado
2) Meditação
3) Intercessão
4) Hino
5) Oração 

“Comecei a escrever estas meditações para servir de orientação para os membros da minha igreja prepararem-se para o Advento. Todos sabemos que o Natal sempre nos envolve num processo crescente de agitação e corre-corre, que acaba nos distraindo e afastando do cenário real desta época do ano. Foi pensando nisto que procurei preparar este pequeno manual litúrgico, onde por meia hora ou um pouco mais, poderemos separar um tempo para meditar, orar, cantar, interceder, e assim nos preparar para a chegada do Messias”, explica o pastor Ricardo Barbosa.

Para Celebrar o Natal – Meditação e Liturgia encoraja os leitores a levarem a sério o significado do Natal. Ele nos alimenta sem o alvoroço típico da data e ainda nos permite renovar a fé comunitária no “Verbo que se fez carne, e habitou entre nós”.

Já é tempo de Natal na Ultimato!

Leia mais

A espiritualidade, o evangelho e a igreja (Ricardo Barbosa de Sousa) 
O incomparável Cristo (John Stott)
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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Num Estábulo em Belém

28.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Jim Poppell

Lucas e Mateus apresentam o nascimento de Jesus de duas perspectivas diferentes.  Cada uma põe à prova o nosso entendimento de um aspecto central da nossa fé.  Em Lucas, é a natureza do senhorio de Cristo.  Em Mateus, é o que significa seguir esse Senhor.

A história de Lucas é calorosa e cheia de alegria:

"Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.  O anjo, porém, lhes disse:  Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:  é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.  E isto vos servirá de sinal:  encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.  E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:  Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens,  quem ele quer bem" (Lucas 2:8-14).

Lucas faz-nos lembrar de vários cânticos festivos.

Mulheres devotas, anjos que cantam e pastores em paz nos campos.  Tudo dará certo.  Nasceu o Rei.  É o que diz Lucas.

Veja Mateus, entretanto, e perceberá que nem tudo está bem.  A criança não está no estábulo, mas na casa.  Saem as mulheres; entram os homens.  Em lugar dos pastores, há magos.  No lugar de anjos que cantam, Herodes e seus soldados estão arrombando portas em busca de meninos que tiverem menos de dois anos de idade.  Em lugar de paz, há perturbação.

"Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem" (Mateus 2:18).

Herodes ouve aquelas canções felizes sobre o nascimento do Rei e mata todos os meninos de Belém.  Soldados furiosos, com espadas brilhantes e mães chorando sobre túmulos pequenos e rasos S isso é Mateus.

Tanto Lucas quanto Mateus nos desafiam.  Lucas desafia o nosso conceito do senhorio de Cristo.  Ele nos diz que chegou o Salvador, Cristo, o Senhor.  Perguntamos:  "Onde?".  E, em vez de nos remeter a um rei no trono ou a um guerreiro montado, mostra-nos um recém-nascido numa manjedoura.  "E isto vos servirá de sinal", afirma Lucas.  "Este é o seu Deus, este bebê."  Pense nisso quando segurar um bebê da próxima vez. Cristo, o Senhor, era igualmente indefeso.  O amor o deixou vulnerável.

Mateus não nos permitirá ser ingênuos quanto a seguir esse Senhor. Segui-mos um recém-nascido com inimigos ferozes que matarão inocentes para che-gar até ele. Só de falar desse bebê lhes incita à animosidade e ao ódio. Viver seu estilo de vida S paz e boa vontade para com os outrosS fará todas as tropas do inferno saírem para deter-nos. Somos chamados para ser discípulos num mun-do em que o bem se paga com o mal e onde os justos sofrem pelo bem que fazem.

Então, você está realmente pronto para cantar "Noite feliz"?  Você entende o que acontecerá quando contar a história da mãe virgem e de seu bebê?  Será a melhor história que o mundo já ouviu. Alguns cantarão. Alguns matarão.
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