Pesquisar este blog

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Canção pede que evangélicos saiam do Facebook e entrem na “face de Jeová”

14.05.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Leiliane Roberta Lopes


“Sai, sai do Facebook” faz parte do novo CD de Suellen Lima
 
O novo hit de Suellen Lima faz um apelo para que cristãos deixem de usar o Facebook para se dedicarem mais à oração.
 
A canção ganhou o nome de “Sai, sai do Facebook” e faz parte do novo CD cantora “Jesus Simplesmente Tudo” que será lançado pela Sony Music no mês de maio.
 
A letra faz uma crítica às pessoas que passam o dia na rede social deixando de orar e buscar a Deus. “Sai, sai do Facebook, dobra os joelhos, vai orar. Sai, sai, sai, sai do Facebook, entra na Face de Jeová”, diz o refrão da canção.
 
Em algumas estrofes, Suellen faz alertas para a vinda de Jesus dizendo que quem não vigiar será deixado para trás. “Tá esquecendo de orar, de vigiar/ Se preparar pra vinda do Senhor/ Por causa disso muito crente vai ficar/ Ele, seu pecado, seu computador”.
 
Em outro momento a letra critica a fofoca e as brigas que são alimentadas pelo Facebook dizendo que as pessoas hoje não conversam mais com Deus pois gastam seu tempo com a internet. “Fofoca santa é arma do inimigo/ Tem crente que não está vigiando/ Só vigia a página dos amigos/ E contenda ele vai alimentando”, diz a música.
 
Por conta desse tempo gasto com as redes sociais, o crente estaria deixando de se relacionar com Deus. “Não envia mais mensagens pra Jesus/ Tá esquecendo de teclar com Deus/ Adicionando trevas, excluindo luz/ Online no face e off-line com Deus”.
 
Dados recentes do próprio Facebook apontam que mensalmente 83 milhões de brasileiros acessam o site, sendo que 53 milhões acessam diariamente. A média de horas gasta por cada brasileiro na rede social fundada por Mark Zuckerberg é de 12 horas e 13 minutos por mês.
 
Ouça o novo single de Suellen Lima:
 
*****
Fonte:http://musica.gospelprime.com.br/sai-sai-do-facebook-face-jeova/

O ritmo da criação

14.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 04.14
Por Valdir Steuernagel
 
Trabalho, celebração e descanso!
“No princípio Deus criou os céus e a terra....
Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há”. (Gn 1.1; 2.1)


Uma coisa que eu e minha esposa não sabemos fazer é dançar. Somos filhos da “cultura do joelho duro”. Silêda, como nordestina bem brasileira, até poderia ter mais ginga, mas a cultura missionária forânea lhe endureceu os joelhos ao insistir, desde cedo, que dançar é pecado. No meu caso, a rigidez dos joelhos veio por duas veias: além da influência de uma cultura missionária similar, sou filho de uma cultura germânica que valoriza o trabalho muito acima da dança e onde se marcha muito mais do que se dança.

Revisando a minha história, vejo como este “jeito marcha” de viver acabou determinando um estilo de vida. Nele o trabalho, a conquista, a luta e a vitória são valores que se refletem em tudo o que se faz e determinam todas as relações que se vão construindo. A própria vida cristã vai sendo determinada por esses valores culturais e Deus é facilmente transformado em um general para quem marchamos até morrer e que está sempre exigindo de nós a produção de frutos quantificáveis. E assim, marchamos!

O espírito de Deus se movia sobre a face das águas...

A conversa que estamos mantendo nesta série, com o relato da criação em Gênesis, me levou a uma descoberta surpreendente: Deus tem “joelhos maleáveis”! Ele não é um general de botas, mas sim uma presença que se move com graça e leveza e ocupa todos os espaços da nossa existência, dando a ela um novo ritmo. Quando ele fala, a vida brota. Sua realidade e sua palavra são a própria vida -- vida que sorri com beleza e graça. Aliás, ele próprio se alegra e acha “muito bom” o que surge como fruto da sua presença-palavra.

Em todo o capítulo 1 de Gênesis, cada dia tem começo e fim: “Passaram-se a tarde e a manhã, esse foi o primeiro dia” (1.5) -- e assim, sucessivamente, até o sexto dia. Cada dia registra o que Deus fez e a celebração está muito presente: “E Deus viu que ficou bom” (1.9, 12, 18, 21 e 25). Então, ao encerrar o sexto dia -- aliás, um dia de trabalho exaustivo e muito peculiar, quando ele cria o ser humano -- há um efusivo momento de celebração muito especial: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado ‘muito bom’” (1.31).

Neste movimento criador de Deus vê-se que há um tempo para cada coisa e cada coisa é reconhecida e celebrada. Há um tempo para muito trabalho e trabalho duro, mas há também tempo para celebrar esse trabalho antes de mergulhar no próximo, assim como um tempo de descanso entre um trabalho e outro. Há, aliás, muito mais do que isso. Há, no final de seis dias de trabalho, uma grande celebração por tudo o que foi feito. Então, entra-se em um tempo significativo de descanso, que dura um dia todo e recebe de Deus a bênção, tornando-se especial: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a sua obra que realizara na criação” (2.2-3).

Trabalho, celebração e descanso

Nesta ação criadora de Deus, percebem-se três dimensões de suma importância para a nossa vida: há “tempo para o trabalho, tempo para a celebração e tempo para o descanso”, assim como um belo movimento entre um e outro. Como bem expressa Eugene Peterson, “o ritmo da criação modela o ritmo da vida”. Assim somos convidados a perceber os movimentos da nossa própria vida e indagar se há nela suficiente espaço para cada uma dessas expressões que tornam a vida mais saudável, produtiva, bonita e até confortável. Deus trabalha, celebra e descansa. Assim, com seu próprio exemplo e em um contínuo convite ao arrependimento, ele nos ensina como levar uma vida melhor, mais sociável e mais digna, como veremos nas próximas edições.

Quando, anos atrás, conheci a família de Silêda lá no Maranhão, eu levava na bagagem a minha cultura e os valores procedentes da minha terra natal, Santa Catarina. Logo estranhei o tempo que eles, como uma grande família, passavam cantando. No final do dia, faziam uma roda no quintal e o violão passava de mão em mão; as músicas rolavam, entremeadas de “causos”, recordações e acontecimentos do dia. Confesso que eu não aguentava tanta cantoria (esse pessoal não tinha o que fazer?! -- pensava). E me refugiava nos livros, como costumo fazer diante do desconforto. A verdade é que, além de desconhecer as músicas que eles cantavam (por que gastar tempo aprendendo isso?), eu não sabia passar tempo assim. Não sabia celebrar. Eu sabia trabalhar, deixando a minha limitação vivencial muito evidente.

Hoje, passados muitos anos, ainda ouço a Silêda cantando ao telefone com o pai. Ele está avançado em idade e enfermo. Os anos de muito trabalho passaram e até a lucidez da mente teima em fugir, mas os hinos ficaram. Eles falam ao coração, trazem à memória o tempo de ontem e celebram a fidelidade de Deus no decorrer dos anos. Eu reconheço que, ainda hoje, tenho poucos hinos a cantar, mas tive o enorme privilégio de cantar “Segura na mão de Deus” enquanto a minha mãe estava morrendo. Um enorme privilégio com que Deus tem me agraciado à medida que procuro discernir o mover do Espírito de Deus entre nós. Isso é muito bom!

Valdir Steuernagel é teólogo sênior da Visão Mundial Internacional. Pastor luterano, é um dos coordenadores da Aliança Cristã Evangélica Brasileira e um dos diretores da Aliança Evangélica Mundial e do Movimento de Lausanne.
 
******
Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/347/o-ritmo-da-criacao

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O Poder da Oração

12.05.2014
Do blog ENCONTRE A PAZ
 
 
Recentemente recebemos uma carta de uma leitora que mostra quão maravilhosas experiências é possível fazer com o Senhor pela fé. Por isso reproduzimos alguns trechos da carta:

Há poucas semanas ouvimos pelo rádio a notícia de que, devido à ameaça de inundação, deveríamos tirar nossos automóveis da garagem subterrânea. Uma barragem havia se rompido durante a noite, e às 6 horas da manhã a água havia chegado até nosso bairro.
 
Em nossa casa reuniram-se 10 mulheres e imploraram ao Senhor para que Ele, em Sua onipotência, detivesse as águas. Oramos por cerca de 15 minutos. Depois olhamos pela janela para ver até que altura a água já havia chegado. Ela tinha alcançado nosso terreno, mas não o inundou. Aleluia! Alguém informou que a água havia parado de subir nos últimos 15 minutos. Vale a pena orar!
 
Depois distribuímos sanduíches aos trabalhadores encarregados dos reparos, entregamos folhetos a eles e louvamos ao Senhor! (C. B.)
 
Praticamente ao mesmo tempo li o seguinte em um jornal:
 

A fé pode remover montanhas

 
"Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Mc 11.22-24).
 
Os membros de uma pequena igreja nas montanhas de Great Smoky (EUA) construíram um novo prédio em um terreno que haviam recebido por doação. Dez dias antes da inauguração, o inspetor de obras da localidade informou ao pastor que o estacionamento era insuficiente para o tamanho do prédio. Se a igreja não dobrasse o tamanho do estacionamento, não poderia usar o salão. Infelizmente, a igreja já havia ocupado cada polegada do escasso terreno, com exceção da colina que ficava atrás do prédio. Para criar mais vagas no estacionamento, seria necessário remover a colina. Na manhã do domingo seguinte o pastor anunciou corajosamente que à noite queria reunir-se com todos os membros da igreja que tivessem "fé para remover montanhas". Eles teriam uma noite de oração para pedir a Deus que removesse a colina e providenciasse o dinheiro suficiente para asfaltar o estacionamento antes da inauguração no domingo seguinte. No horário combinado reuniram-se para orar 24 dos 300 membros da igreja. Eles oraram durante cerca de três horas. Às 22 horas o pastor disse o último "Amém". "Conforme está planejado, inauguraremos o salão no próximo domingo", garantiu ele. "Deus nunca nos abandonou, e creio que também desta vez Ele será fiel".
 
Na manhã seguinte, quando estava trabalhando em seu gabinete, alguém bateu com força na porta. Ao responder "entre!", apareceu um empreiteiro de aspecto rude, que tirou seu capacete. "Desculpe, pastor, sou da empreiteira de obras da localidade vizinha. Estamos construindo um enorme centro de compras e precisamos de terra. O senhor estaria disposto a nos vender uma parte da colina que fica atrás da igreja? Nós pagaremos a terra que tirarmos e asfaltaremos gratuitamente o espaço vazio, desde que possamos dispor da terra imediatamente. Não podemos continuar com a construção do shopping antes que a terra esteja depositada no local e suficientemente compactada".
 
O novo salão foi inaugurado no domingo seguinte como tinha sido planejado, e no evento de abertura estavam presentes muito mais membros "com fé para remover montanhas" do que na semana anterior.
 
Seja sincero: você teria participado daquela reunião de oração? Algumas pessoas dizem que a fé é produzida pelos milagres. Mas outras sabem: milagres resultam da fé! (Die Wegweisung 5/99)
 
Publicamos estes dois exemplos para animar nossos leitores a uma vida de fé e oração! (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)
*****
Fonte:http://www.apaz.com.br/mensagens/poder_da_oracao.html

Um Coração em Ebulição

12.05.2014
Por Irineu Messias
 
Um Coração em Ebulição
 
Irineu Messias
Vulcões entram em erupção;
minha alma e meu coração
estão também em ebulição;
querem pôr  para fora
todos dias, a toda hora,
demoradas reflexões
de quem teve
os olhos espirituais abertos;
os olhos da alma,
os olhos do coração.
 
Um coração em ebulição,
quer dizer ao mundo todo
quão lindo, belo e maravilhoso
poder ver a vida de outra forma,
vê-la pelos olhos que Deus,
Um dia me abriu
 
E assim abertos
não tem como ver o céu,
como via antes.
As estrelas hoje brilham
para mim de modo diferente.
Pois sei que Deus
as criou para cobrir
de tanto brilho  a toda  gente.
 
Meu coração admirado e extasiado,
pelo poder do Deus Criador,
muitas vezes, emocionado,  O implora,
que me faça ser repleto de gratidão
pelas lindas estrelas do céu
pelo sol, perenemente a brilhar.
Pela luz linda da lua,
que leva os poetas a se inspirar!
 
Que tudo isso me leve, ò Deus Bendito  e Criador,
a nunca esquecer de tudo  isso que fizeste,
Para  o bem de toda a criatura.
 
Que meu coração em ebulição,
exploda em alegria e louvor
que as “cinzas” dessa explosão,
se espraia  ao meu redor
como as cinzas de um vulcão ,
em plena erupção!
 
*****

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Em direção a uma Apologética Responsiva

05.05.2014
Do portal União de Blogueiros Evangélicos
Por Valmir Nascimentopor Valmir Nascimento
Slide1
Qual a finalidade da apologética cristã? Norman Geisler diz que ela serve para abrir a porta, livrar-se dos obstáculos, desobstruir o caminho, de modo que as pessoas possam achegar-se a Cristo. Com pensamento semelhante Peter Grant também afirma que a apologética tenta ajudar os não-crentes a atravessar a jornada até a fé em Cristo – ir além do abismo cultural e encarar o abismo da cruz a fim de que possam ouvir a mensagem clara do evangelho”[1].
Se Geisler e Grant realmente estiverem certos – e eu acredito que estejam – precisamos nos lembrar que os obstáculos colocados no caminho que conduz à Cruz de Cristo e o abismo cultural que separa as pessoas do evangelho mudam com o decorrer do tempo. Cada época tem seus desafios e empecilhos próprios. E isso exige consequentemente a adaptação da apologética, para que possa responder de forma efetiva às demandas do seu contexto social, sobretudo para desfazer preconceitos contra o pensamento cristão, desmascarar vãs filosofias e destruir os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (2 Cor.10.5).
Por essa razão, nos dias atuais não se concebe mais uma apologética fria e racional que ofereçasomente respostas lógicas para a mente sem se importar com os anseios existenciais dos indivíduos. Nesse sentido, afirma-se que a apologética clássica, que pretende defender a existência de Deus a partir de argumentos da teologia natural, não consegue – sozinha – atender as demandas da contemporaneidade. Francis Schaeffer sintetizava essa ideia ao afirmar que apologética não significa “viver fechado em um castelo com ponte levadiça e, de quando em quando, atirar uma pedra por sobre o muro”. Ela não deve fundar-se numa mentalidade de fortaleza, do tipo: “Você não pode me atingir aqui”; e também não deve ser meramente acadêmica. Tal postura reduz o evangelho a um arcabouço teórico e frio, sem ligação com a vida e os anseios das pessoas. Ao contrário, a apologética cristã, conforme Schaeffer, deve ser entendida e praticada de maneira coerente com os sobressaltos e o contato vivo com a geração presente. Assim “o cristão não deve preocupar-se em somente apresentar um sistema perfeitamente harmônico consigo mesmo, como algum sistema metafísico grego, mas antes alguma coisa que tem contato constante com a realidade – a realidade das questões que estão sendo feitas em sua própria geração, bem como nas gerações vindouras”[2].
Ponto de vista semelhante pode ser visto no livro “Apologética Cristã no Século XXI”, no qual Alister McGrath sustenta que embora a apologética tradicional tenha deixado um grande legado no cristianismo, com um histórico honrado, hoje ela parece muitas vezes “radicada em um mundo morimbundo, um mundo em que as reivindicações de verdade do cristianismo eram testadas sobretudo nas salas de seminários das velhas universidades, onde a racionalidade era vista como critério máximo de justificação”[3]. McGrath afirma que hoje a situação mudou, inclusive o foco das discussões, porque elas não ocorrem no âmbito das universidades e dos livros-textos, mas no mercado das ideias, onde então o cristianismo deve pelejar, no estúdio da televisão, na imprensa nacional, na lanchonete das universidades e nos shopping centers, “os novos palcos de debates nos quais as declarações de verdade por parte do cristianismo são julgadas e testadas”. Igualmente, McGrath critica a apologética pressuposicionalista por causa de sua falta de pontos de contato com os descrentes e ineficiência em proporcionar diálogo com o mundo.
Dentro desse cenário McGrath propõe a revitalização criativa e eficaz da apologética para o fim de remodelar a defesa da fé adaptando-a às novas necessidades e oportunidades do mundo atual, daí o subtítulo do seu livro: ciência e arte com integridade. Em outras palavras o que McGrath sugere é a revisão da apologética tradicional com o propósito de incorporar os contornos da visão abrangente da sociedade e do ser humano – proporcionada pela cosmovisão cristã – para construir um sistema de defesa da fé dialógico e com pontos de contato que interliguem o evangelho, os indivíduos e as comunidades do mundo[5], mas sem renunciar às verdades centrais do cristianismo. Tais pontos de contato se fundamentam nas doutrinas bíblicas da criação e redenção e podem enfocar, segundo o autor, a sensação de desejo não satisfeito, racionalidade e moralidade humana, assim como a angústia existencial, a consciência de finitude e de mortalidade e o ordenamento do mundo. Na parte prática McGrath diz que um dos pontos importantes da defesa da fé é o apelo à cultura:
No que se refere ao apologista, ‘cultura’ designa tudo aquilo que o público gosta de ler, assistir ou ouvir, independentemente se isso pode ser considerado como ‘culto’ no sentido estrito da palavra. As palavras de uma música popular; algumas linhas de um bom romance contemporâneo muito lido; uma cena marcante de um filme famoso; alguns versos de uma música de sucesso nas rádios, tudo isso tem potencial nas mãos de um apologista sensível e inteligente.
O apologista, porém, deve conhecer a cultura na qual o evangelho deve ser defendido e elogiado. É pouco provável que a mais eficiente defesa de comunicação do evangelho venha dos lábios de alguém estranho à cultura na qual o evangelho deve ser proclamado. O apologista local familiarizado com sua própria situação, está em melhor posição para identificar e investigar as pistas fornecidas por esse ambiente sociocultural. É muito fácil fazer o evangelho parecer estranho a uma cultura; o apologista deve garantir que ele seja visto como um amigo, entrelaçando-o com as ideias e valores daquela cultura sempre que possível. Antes de o evangelho poder transformar uma cultura, ele precisa primeiramente firmar raízes nela.[6]
Dificilmente o cristianismo conquistará audiência se insistir em defender as suas doutrinas usando argumentos abstratos e eminentemente racionais, ainda que coerentes, longe do mundo do cotidiano das pessoas. Os argumentos teístas da existência de Deus, ontológico, cosmológico, kalam, desígnio teórico-informativo e outros, por exemplo, soam aos ouvidos da maioria esmagadora dos descrentes – principalmente jovens e adolescentes – como uma resenha inútil, chata e cansativa. Embora tais argumentos tenham a sua validade e importância no âmbito acadêmico e em debates públicos contra os antiteístas, não possuem por outro lado grande serventia para o diálogo do dia a dia.
O escritor estadunidense Josh McDowell, um dos mais renomados apologistas cristãos das décadas de 80 e 90, que usava uma metodologia tradicional (evidencialista) para a defesa da fé cristã, percebeu a necessidade de uma nova abordagem apologética. Em Razões para Crer, depois de apresentar dados estatísticos sobre o panorama do pensamento da juventude da atualidade, ele escreve que “os jovens cristãos de hoje precisam mais do que uma postura estritamente modernista, que apele para o intelecto. Precisam muito mais do que o ponto de vista pós-moderno, que rejeita a verdade e exalta a experiência pessoal”[7]; eles precisam de algo que dê sentido relacional para a vida. Portanto, escreve McDowell, nosso papel é “apresentar a fé cristã para os jovens cristãos de modo a demonstrar que crer é um exercício inteligente de saber o que é objetivamente verdadeiro e experimentá-lo de modo relacional. Quando assim fizermos, os jovens cristãos começarão a desenvolver o tipo de convicção profunda que os tornará fortes, mesmo em face dos desafios de hoje”.
Em virtude disso é que estou convencido que a compreensão do cristianismo como uma cosmovisão nos prepara para o desenvolvimento de uma apologética mais dinâmica e atual, a fim de defendermos com mais consistência a fé cristã. Isso porque, a partir da ideia da cosmovisão podemos enxergar com mais amplitude os aspectos culturais, éticos, antropológicos e legais do tempo em que vivemos, filtrando todas as coisas pelas lentes das Escrituras, o que possibilita apresentar as respostas oferecidas pelo cristianismo em harmonia com os sobressaltos da vida e a par dos dilemas das pessoas. A união da apologética tradicional com a perspectiva da cosmovisão cristã forma aquilo que chamo deApologética Responsiva, isto é, que reage e responde de forma adequada aos questionamentos do tempo presente, evidenciando, além da racionalidade da fé cristã, as suas contribuições para a sociedade, a coerência de suas doutrinas fundamentais e o sentido que proporciona à vida humana.
A compreensão do cristianismo como uma visão de mundo abrangente possibilita à apologética interagir com as pessoas e responder às questões sociais postas em discussão, seja sobre casamento homossexual, liberação das drogas, liberdade de expressão, maioridade penal, questões indígenas, moralidade na esfera pública, relacionamento entre estado e igreja etc.
Essa mudança de foco é necessária porque as demandas da atualidade, dentro de um contexto pós-moderno e pragmático, que supervaloriza os resultados, vão além daquelas objeções ao pensamento cristão de poucas décadas atrás, a exigir do apologista cristão sensibilidade para entender seus oponentes e conhecimento que vá além da teologia sistemática.
Caminhemos, pois, em direção a uma apologética responsiva!
NOTAS
[1] GRANT, Peter, em: ZACHARIAS, Ravi, GEISLER, Norman: Sua Igreja está preparada? Rio de Janeiro: CPAD, 2007,  p. 56.
[2] SCHAEFFER, Francis. O Deus que intervém, tradução de Gabriele Greggersen. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 213.
[3] MCGRATH, Alister. Apologética crista no século XXI: ciência e arte com integridade; tradução Emirson Justino e Antivan Guimarães. São Paulo: Editora Vida, 2008, 10.
[5] MCGRATH, Alister, p. 19.
[6] MCGRATH, Alister, p. 349, 350.
[7] MACDOWELL, Josh em: Razões para crer: apresentando argumentos a favor da fé crista. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 33.
******
Fonte:http://www.ubeblogs.net/2014/05/em-direcao-uma-apologetica-responsiva.html

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ateísmo: uma ideologia superficial

02.05.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Leandro L Andrade 

O presente artigo tem por objetivo uma introdução prática à apologética cristã, apontando direções para uma boa defesa da fé.
Leandro L AndradeTodo ser humano que está aberto ao saber tem uma tendência natural a se encantar com um conhecimento novo que, a princípio, apresente certa lógica.
O ambiente universitário é um excelente exemplo onde encontramos jovens cujo interesse pelo “descobrimento” é latente e partindo disso serão traçadas as diretrizes por onde o jovem trilhará sua formação acadêmica e profissional, bem como princípios e valores que formarão o caráter do cidadão.
Neste contexto, nós cristãos, somos frequentemente deparados com fortes vertentes ideológicas tão enraizadas no meio acadêmico, onde até mesmo a livre construção do conhecimento pelo estudante é desprezada e a dialética é simplesmente ignorada ou manipulada tendenciosamente de acordo com os interesses do docente. Nos últimos séculos a questão “Deus existe?”, que na antiguidade era motivo de debate exclusivo das ciências humanas – mais precisamente da filosofia, tendo sua forte emersão com Platão buscando bases racionais para o emprego da fé – tornou-se interdisciplinar devido ao aprimoramento das ciências biológicas e físicas, paralelamente ao materialismo.
A conseqüência dessa ditadura ideológica acadêmica ocidental, é o rechaçamento da crença em Deus pela falsa afirmação de que “o teísmo cristão é irracional”. Coagidos pela aparente imponência intelectual ateísta que domina a bibliografia acadêmica com Nietzsche, Espinoza, David Hume, Schopenhauer, B. Russell e Jean-Paul Sartre (entre outros) do lado da filosofia, e os demais Stephen Hawkings, Francis Crick, Richard Dawkings, Leonard Susskind, além de utilizarem de deístas, panteístas, entre outros grupos céticos ao cristianismo, de acordo com a necessidade. Infelizmente o resultado é desastroso, pois ocorre a transformação do ambiente de produção científica e filosófica em um espaço maniqueísta de doutrinação ateísta.
Portanto, o cristão encontra-se num quadro em que, muitas vezes, sem nem precisar do excesso de conteúdo ateísta, o próprio espaço trata o cristão de forma inferior, pela ridicularização que acaba efetivando com primazia a eficácia da supremacia ideológica ateísta na academia universitária. Fato que acaba refletindo na sociedade com um todo. A conseqüência disso, na maioria dos casos, é o silencio devido à falta de argumentos racionais, e a exclusão pelo menosprezo. De fato, aquele que possui uma fé genuína em Cristo como Salvador jamais abandonará a sua fé na existência de Deus e a realidade que Ele passa a se tornar em sua vida! O próprio Espírito Santo é quem nos testifica que somos filhos de Deus conforme está em Romanos 8:16: “O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus.”; bem como em Romanos 4:21 e 14:5; Gálatas 3:26-27 e 4:6; Colossensses 2:2. Portanto, temos a certeza de que nossos pecados foram perdoados, da nossa reconciliação com o Pai por meio de Jesus Cristo, nos proporcionando alegria, e paz que excede todo entendimento (Filipenses 4:7); logo, temos certeza da existência de Deus! Todavia, por ser algo pessoal, e uma experiência individual, não serve como argumento que convença um cético racionalista e materialista.
Há certa passividade e omissão por parte de alguns cristãos que simplesmente se recusam ao debate racional contra os argumentos apresentados pelo homem pós-moderno que defende a não existência de Deus e/ou rejeitam o cristianismo como única fé verdadeira. A justificativa dessa omissão é baseada em versículos que, de fato, afirmam que o agir de Deus pelo poder do evangelho (Romanos 1:16) e a ação do Espírito Santo (João 16:7-11) são suficientes para o surgimento da fé. Realmente, sem que haja a iniciativa e a ação de Deus por meio do evangelho anunciado e do Espírito Santo não haverá fé salvífica em Cristo. Contudo a defesa racional da fé é algo nitidamente visto nas Escrituras; como exemplo, temos Paulo argumentando com os filósofos gregos (epicureus e estóicos) em Atos 17:16-33, além de conter forte instrução nas Epístolas, segue alguns exemplos (com grifos meus):
“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo.”
2 Coríntios 10:5

“Estes o fazem por amor, sabendo que aqui me encontro para a defesa do evangelho.”
Filipenses 1:16

“Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades.
O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um.”
Colossenses 4:5-6

“e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela.”
Tito 1:9

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,”
1 Pedro 3:15

“Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.”
Judas 1:3

Sendo assim, o dom da fé é dado por Deus; mas a nossa comissão e chamado à defesa racional da fé não deve ser ignorada.
É propício alertar que grande parte da difusão do ateísmo é proveniente da propagação de uma ideologia barata firmada no senso comum, sem fundamento científico-filosófico aprofundado; portanto minha abordagem diz respeito das construções ideológicas e racionais sérias, apesar de muitas vezes militantes, que realmente merecem atenção. Esse é o motivo pelo qual prefiro ignorar a moda neo-ateísta de adolescentes na ânsia pela subversão.
Pois bem, apesar de muitos cientistas e filósofos que defendem a não existência de Deus possuírem muitas construções lógicas corretas em seus argumentos, grande parte deles falha em algum aspecto tanto nas objeções que tentam derrubar os argumentos a favor da existência de Deus, ou quanto nas afirmações de “evidências da não existência de Deus”(frase que se levarmos em consideração a semântica é por definição lógica e filosófica auto-refutável). Vale ressaltar que de modo geral os equívocos ocorrem na base dos silogismos filosóficos, e partindo dessas falácias a priori constrói-se uma mentira com os demais argumentos “verdadeiros”, o que ajuda a maquiar o que na realidade não passa de um argumento falho em sutilezas decisivas.
Diante desse “monopólio científico”, pouquíssimo (ou nada) nos é apresentado de todo conteúdo histórico da defesa da fé cristã e dos grandes, respeitáveis filósofos e cientistas contemporâneos que fazem uma brilhante explicação racional das evidências plausíveis a favor da existência de Deus, como também desconstroem os argumentos ateístas.
Segue a lista de apologetas históricos e contemporâneos e suas respectivas áreas de atuação.

HISTÓRICOS

Platão e Aristóteles (séc. IV a.C): Ambos dispensam apresentação. As principais contribuições filosóficas que apontam a existência de Deus têm gênese com o argumento teleológico desenvolvido pioneiramente pelos pensadores gregos. O argumento[1] consiste na explicação racional para a origem da complexidade natural existente. Outro argumento iniciado por Platão é o argumento da Moral, consistia em afirmar que a bondade só existe quando há contato com o Bem (objetivo e existente independentemente de matéria), com o surgimento do cristianismo o Bem passou a ser identificado como Deus. Há também o combate de Platão ao Dilema de Eutífron[2]que, em suma, afirma ser desnecessária ou incompatível a existência de uma bondade moral e Deus.
Agostinho de Hipona (354-430): Grande teólogo da patrística, o maior da História do Cristianismo dos Primeiros Séculos. Teve participação fundamental[3] para a consolidação da autoridade e legitimidade dos textos bíblicos e seus estudos contribuíram para fundamentar a razão da veracidade histórica dos fatos relatados.
Anselmo de Cantuária (1033-1109): Outro importante filósofo e teólogo católico. Anselmo deu origem ao, ainda rústico, Argumento Ontológico[4]. O argumento consiste em unir de forma consolidada a existência de Deus como algo necessário, a priori, em uma única defesa plena e satisfatória, e também em apontar todas as características de Deus em um só argumento, sem muito aprofundamento em suas conseqüências e ignorando totalmente a razão empírica. Seu argumento foi aprimorado e reformulado por vários outros pensadores, entre eles: Scotus, Descartes, Espinosa,Leibniz e atualmente por Malcolm e brilhantemente por Alvin Plantinga.
Al-Ghazali (1058-1111): Destacou-se entre os islâmicos que tentavam aprimorar o argumento cosmológico cristão da impossibilidade do regresso infinito no tempo. Como conseqüência, deu-se origem ao Argumento Cosmológico Kalam[5]. Consiste basicamente em: “todo ente que tem um começo tem uma causa; ora, o mundo é um ente que teve começo; logo, ele possui uma causa para ter começado a existir”[6]. Atualmente o argumento foi consolidado e é fortemente utilizado por William Lane Craig.
Tomas de Aquino (1225-1274): Teólogo e filósofo, sem sombra de dúvidas foi o mais distinto padre católico na História da Igreja Católica Apostólica Romana no combate às heresias, falsas doutrinas e vãs filosofias. A apologética cristã é presente em suas obras[7] utilizando-se de argumentos racionais em favor da legitimidade e autoridade bíblica, bem como elaboração de filosofias a favor da existência de Deus, que revolucionaram o pensamento crítico da época. Apresentando 3 primeiras vias do argumento cosmológico[8] e, posteriormente, o argumento teleológico.
Gregor Mendel e Louis Pasteur (séc. XIX): Famosos cientistas católicos e fortíssimos contribuintes para o aprimoramento da ciência (botânica e genética; e química e medicina, respectivamente). Foram contemporâneos de Darwin e seus estudos auxiliaram a estabelecer os limites das afirmações que a teoria da evolução ousou a afirmar posteriormente. A impossibilidade da geração de vida espontânea (abiogênese), a inviabilidade da evolução química, surgimento ao acaso de informação genética, bem como desenvolvimento ao acaso de novos sistemas e órgãos complexos e funcionais.
Blaise Pascal (1623-1662): Apesar de apresentar vários pequenos argumentos[9] em favor do cristianismo, a defesa de fé de Pascal (fundador da teoria da probabilidade) acaba por se tornar medíocre quando formula o “argumento da aposta”, que consiste em pensar de forma lógica na possibilidade da existência ou não existência de Deus, e quais seriam as conseqüências de crer ou não crer. A conseqüência disso é uma apologética interesseira e fraca, apesar de lógica.
John Locke (1632-1704): Filósofo empirista e fervoroso racionalista teológico, defendia que a fé religiosa necessita de um alicerce racional. Usou do Argumento Cosmológico e posteriormente, em plena Idade da Razão, dedicou-se em obras[10] com objetivo de trazer boas razões para crer e confiar veementemente no cristianismo e nos milagres relatados.
William Paley (1743-1805): Filósofo, grande contribuinte para a construção do argumento teleológico pela “analogia do relojoeiro”[11], que futuramente veio a se aprofundar cientificamente dando origem ao Intelligent Design. Em 1794 escreveu em 2 volumes A view of the evidences of Christianity sendo considerada a maior obra apologética até o século XVIII, onde trabalha em favor da autenticidade dos evangelhos e a confiabilidade dos milagres descritos e da ressurreição.
Søren Kierkegaard (1813-1855): Grande filósofo existencialista dinamarquês não propõe base racional para aplicação da fé, a qual ele considera como um salto necessário para uma vida coerente com sua existência[12]. Portanto, Kierkegaard afirma que a vida do homem só faz sentido se o salto de fé for realizada, sendo assim ele não aponta causas para uma determinada fé, mas a razão da necessidade da fé ao ser humano, caso contrário o ser humano permanecerá no desespero e na existência não autêntica.
Fiódor Dostoievski (1821-1881): Escritor romancista russo que consolidou o pensamento existencialista, viveu uma profunda disputa interior em seu processo de conversão. Podemos ver explicitamente suas indagações com relação ao Problema do Mal em seus romances[13], onde ele procura defender o teísmo justificando os propósitos do sofrimento e apontando para as terríveis conseqüências do relativismo moral que o ateísmo sucumbe.
G. K. Chesterton (1874-1936): Católico detentor de um currículo amplo, com atuações como escritor, poeta, jornalista, historiador, teólogo, filósofo, entre outros. Teve poucas (e interessantes) obras apologéticas publicadas[14], porém devido sua eminência nas outras áreas teve participação importante defesa da fé cristã na primeira metade do séc. XX.
C S Lewis (1898-1963): Famoso pela brilhante obra As Crônicas de Nárnia, Lewis é um exemplo de conversão racional e progressiva. Amigo de Tolkien, cuja influência mutua é notória, é autor de uma literatura excêntrica[15] (para sua época) no campo da apologética, onde aborda suas razões de fé e sua particular cosmovisão cristã. Foi destacado e reconhecido pela mídia como a conversão de maior impacto dos últimos tempos.
Francis Schaeffer (1912-1984): Filósofo e teólogo presbiteriano, arquitetou uma apologética contemporânea[16] com base na cultura do existencialismo ateu do séc. XX, cuja estrutura é o predicamento humano e o absurdo lógico da vida sem Deus, levando o homem à degeneração, desespero, falta de sentido ou uma vida contraditória.

CONTEMPORÂNEOS

Alister McGrath: PhD em Biofísica Molecular e doutor em Teologia e doutor em Letras (História Intelectual) pela Universidade de Oxford. É professor de Teologia Histórica, e autor de muitos livros[17] apologéticos à fé cristã. Sua obra mais famosa é “O delírio de Dawkins” em resposta as falácias de Dawkins em “Deus, um delírio”, que promoveu um debate/entrevista[18] entre os dois oponentes no campo das idéias.
Alvin Plantinga: Ph.D. em Filosofia pela Universidade de Yale, ocupa a cadeira de Filosofia na Universidade de Notre Dame. É seguramente, junto com Richard Swinburne, o maior Filósofo da Religião da atualidade. Molinista, soluciona de forma brilhante “O Problema do Mal”*** entre outros argumentos ateístas. Endossou o argumento “Ontológico”[19] a favor da existência de Deus.
Francis Collins: Pai do Projeto Genoma Humano, sendo responsável por grande parte do mapeamento genético do DNA. Ex-ateu e geneticista (evolucionista), reconhecido mundialmente, possui obras que conciliam a ciência com a fé cristã sem que a razão seja abandonada. Sua principal obra é A Linguagem de Deus – Um cientista apresenta evidências de que Ele existe[20].
John Lennox*: Matemático e filósofo da ciência pela Universidade de Oxford, é autor de diversos livros e atuante na apologética direta aos ateus, muito famoso por suas excelentes palestras e debates com Richard Dawkins, Lawrence Krauss e Christopher Hitchens.
N. T. Wright: Bispo anglicano da Church of England, especialista no estudo do Novo Testamento, precisamente na ressurreição de Jesus. Pesquisador literário, histórico e filosófico do contexto neotestamentário é autor de diversos livros respeitadíssimos[21] inclusive no meio secular. Para muitos é o teólogo e professor do Novo Testamento mais bem respeitado da atualidade.
Norman Geisler*: PhD em filosofia pela Loyola University – Chicago. É um respeitadíssimo teólogo cristão com uma extensa quantidade de livros e publicações conceituadas[22] de uma teologia sólida e consistente, bem como uma defesa filosófica da fé cristã extremamente concisa com as Escrituras.
Ravi Zacharias: Indiano, cristão, autor de diversos livros[23] unindo espiritualidade e a lógica da cosmovisão cristã. Utiliza a defesa de fé de forma prática, principalmente por meio de palestras evangelisticas atraindo milhares para a Verdade por meio da apologética.
Stephen C. Meyer*: Já atuou como geofísico; atualmente é um dos principais defensores do Intelligent Design, adquirindo seu PhD. em Filosofia da Ciência, dando seqüência e sofisticando os argumentos iniciados desde Panley e principalmente derrubando algumas conclusões precipitadas darwinistas.
William Lane Craig*: Certamente o maior erudito e mais conhecido apologeta cristão da atualidade. Doutor em Filosofia pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, e em Teologia pela Universidade de Munique, na Alemanha. Aprimorou o argumento Cosmológico Kalam[24] em seu doutorado. Famoso por seus triunfos em debates com Flew, Atkins, Dacey, Sinnott-Armstrong, Price, Dawkins, Parsons, Hitchens, Cooke, Shook, Antony, D Ayala, Dayton, Edwards, Rosenberg, Carroll[25].
Wolfhart Pannenberg: Teólogo alemão dedicou-se à investigação histórica da veracidade da fé cristã com elementos filosóficos e das ciências naturais. O resultado foi uma conversão intelectual. Suas obras[26] são dedicadas de forma relevante na comprovação a realidade histórica da vida de Cristo e da lógica na confiabilidade literária dos evangelhos, e se aprofunda na ressurreição de Cristo.
Outros que merecem destaque: Antony Flew, Dave Hunt, Dinesh D’Souza, Henry Schaefer, James Irwin, J. P. Moreland, J. R. R. Tolkien, Karl Barth, Ken Ham, Marcos Eberlin*, Michael Behe, Russell Shedd, Tassos Lycurgo*, William Daniel Phillips, Walter Bradley e etc.
* Já tiveram passagem pelo Brasil, suas palestras e participações em eventos podem facilmente serem encontradas no Youtube.
Nota: É importante frisar que devido às diferentes épocas e áreas de atuação não há um consenso por parte dos apologetas, porém a contribuição mutua é de suma importância para uma defesa de fé sólida.
Além da refutação aos argumentos ateístas, há também a construção de argumentos que favoreçam a existência de um único Deus, pessoal, extremamente poderoso, atemporal, não espacial, fundamental para a existência de valores morais objetivos; e sobretudo da veracidade da fé cristã, pelas evidências históricas, filosóficas, arqueológicas, literárias e que comprovem a confiabilidade das Escrituras, e consequentemente os milagres e ressurreição de Jesus Cristo.
Em breve serão redigidos, de forma resumida, os principais argumentos contemporâneos que evidenciam a existência de Deus e que defendem de forma racional o cristianismo como a verdade absoluta mais plausível.
______________________________
[1] ARISTÓTELES. Metafísica. e
PLATÃO. Leis.

[2] ______. Eutífron – Diálogos de Platão.
[3] AGOSTINHO. Patrística – Santo Agostinho Vol. 19 – A verdadeira religião. / O cuidado devido aos mortos.
______. De Trinitate. – Livros IX – XIII

[4] ANSELMO. Proslógio.
______. Cur Deus homo.

[5] [Cit.] BEAURECUEIL, S. Gazzali et S. Thomas d’Aquin: [...]
[6] [Cit.] CRAIG, W. L. Apologética Contemporânea: A veracidade da fé cristã.
[7] TOMÁS DE AQUINO. Suma contra os gentios (vários volumes).
[8] ______. Suma teologia.
[9] PASCAL, B. Pensamentos.
[10] LOCKE, J. A Razoabilidade do Cristianismo.
______. Discurso sobre os milagres.

[11] PALEY, W. Teologia Natural.
[12] KIERKEGAARD, S. Fear and trembling.
[13] DOSTOIÉVSKI, F. Crime e Castigo.
______. Os irmãos Karamazov .

[14] CHESTERTON, G. K. Hereges.
______. Ortodoxia.
______. O homem eterno.

[15] LEWIS, C. S. Cristianismo puro e simples.
______. Milagres .
______. O problema do sofrimento.
______. Entre tantos outros.

[16] SCHAEFFER, F. Morte da Razão.
______. The God Who Is There.

[17] MCGRATH, A. Apologética pura e simples.
______. Apologética Cristã no Século XXI – Ciência e arte com integridade.

[18] http://www.youtube.com/watch?v=RJWc3ea3wL0
[19] PLANTINGA, A. Deus, Liberdade e o Mal.
______. The nature of necessity. pág. 221

[20] PDF: http://minhateca.com.br/odilon13/PASTAS+IPAD/CRIACIONISMO*2cEVOLUCIONISMO+E+ATE*c3*8dSMO/Francis+Collins+-+A+Linguagem+de+Deus,175907.pdf
[21] WRIGHT, N. T. A ressurreição do Filho de Deus.
[22] GEISLER, N. Enciclopédia de Apologética.
[23] ZACHARIAS, R. A morte da razão.
[24] CRAIG, W. L. Apologética Contemporânea: A veracidade da fé cristã. pág. 107.
[25] Você pode conferir a lista com os vídeos, áudios e transcrições nos seguintes links:
Em português: http://www.youtube.com/results?search_query=william%20craig%20debate%20legendado&sm=12

Em Inglês:
http://commonsenseatheism.com/?p=392
http://www.reasonablefaith.org/media/debates
[26] Português:
PANNENBERG, W. Fé e Realidade.
______. A pergunta sobre Deus.
Inglês (artigos):
______. Revelation as history.
______. Revelation of God in Jesus of Nazareth – Theology as history.
______. Jesus – God and man.

*****
Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/ateismo-ideologia-superficial/