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sábado, 5 de abril de 2014

Salvação Desenvolvida

05.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 01.04.14

E Saulo aprovou a morte de Estêvão. Naquele mesmo dia a igreja de Jerusalém começou a sofrer uma grande perseguição. E todos os cristãos, menos os apóstolos, foram espalhados pelas regiões da Judéia e da Samaria. Alguns homens religiosos sepultaram Estêvão e choraram muito por causa da sua morte. Porém Saulo se esforçava para acabar com a igreja. Ele ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava na cadeia. – Atos 8.1-3
Enquanto isso, Saulo não parava de ameaçar de morte os seguidores do Senhor Jesus. Ele foi falar com o Grande Sacerdote e pediu cartas de apresentação para as sinagogas da cidade de Damasco. Com esses documentos Saulo poderia prender e levar para Jerusalém os seguidores do Caminho do Senhor que moravam ali, tanto os homens como as mulheres. Mas na estrada de Damasco, quando Saulo já estava perto daquela cidade, de repente, uma luz que vinha do céu brilhou em volta dele. Ele caiu no chão e ouviu uma voz que dizia:— Saulo, Saulo, por que você me persegue? — Quem é o senhor? — perguntou ele. A voz respondeu:— Eu sou Jesus, aquele que você persegue. Mas levante- se, entre na cidade, e ali dirão a você o que deve fazer. – Atos 9.1-6
Saulo era um judeu modelo, um fiel piedoso em quem ninguém poderia botar defeito. Também lemos no Novo Testamento a respeito de outras pessoas de grande piedade, cada um do seu jeito: o fariseus Nicodemos; Zacarias e Isabel, pais de João Batista; Simeão e a profetisa Ana. Saulo exerceu a sua piedade através da sua dedicação ao estudo e à obediência às Escrituras. Paulo levava a sério a sua dedicação às Escrituras. Conhecê-la sem praticá-la era simplesmente incompreensível para este fariseus dos fariseus. Praticava mesmo, até os mínimos detalhes. Tanto que, mais que 30 anos depois da sua conversão, ele pode olhar para trás e considerar a sua dedicação à piedade como uma vida “irrepreensível” (Fp 3.6).
O apóstolo Paulo era o maior missionário que o mundo jamais conheceu e o teólogo mais importante de toda a história do cristianismo. Nesta reflexão quero enfatizar um aspecto da sua vida que quase ninguém menciona ou percebe: o desenvolvimento da sua salvação. Para muitos evangélicos esta é uma ideia estranha. Pois geralmente se pensa que Paulo se converteu de vez, por meio de uma transformação radical. Ficou literalmente cego e depois voltou a enxergar. De perseguidor assíduo da igreja se transformou em um dos seus maiores defensores e propagadores. E tudo isto é verdade. Mesmo assim, é possível observar o desenvolvimento da sua salvação. Afinal, a expressão, “desenvolver” ou “completar” a salvação, vem dele próprio:
Continuem trabalhando com respeito e temor a Deus para completar a salvação de vocês. Pois Deus está sempre agindo em vocês para que obedeçam à vontade dele, tanto no pensamento como nas ações. (Fp 2.12-13, NTLH)
Como isso acontecia na vida de Paulo? Vamos ver isto em quatro passos ou quatro fases. Não que a vida cristão ou o “processo” da nossa salvação tem necessariamente quatro fases. Apenas que é possível identificar pelo menos quatro na vida de Paulo. Provavelmente havia mais. Pois há uma lacuna de cerca de 20 anos no nosso conhecimento da vida dele entre a sua conversão e quando começou a escrever as suas cartas. Vejas as fases que conseguimos identificar…
A FASE INICIAL DA SALVAÇÃO DE PERSEGUIDOR PARA PROPAGANDISTA

Paulo tinha cerca de 25-30 anos quando se converteu. Era entre o ano 31 a 35 d.C. Esta era a fase da sua transformação inicial. Não era uma conversão do mal para o bem, pois antes de conhecer Jesus na estrada para Damasco, Paulo já era um sujeito muito bom. Inclusive, pelos padrões do judaísmo antigo, ele não tinha falha, o que significa que ele não havia quebrado qualquer lei nas Escrituras. Em termos morais, e sei que isto é difícil acreditar, Paulo não era melhor depois da sua conversão que ele era antes. O nosso problema é que concebemos a conversão nestes termos de moralidade. E por isto, na hora do testemunho, privilegiamos mais as pessoas que tiveram uma vida mais cabeluda possível porque pensamos que isto ilustra melhor o poder de Deus. A conversão de Paulo não era assim. A transformação não era em termos de moral, mas em termos de direção e se a gente consegui reformular a ideia de conversão para uma ideia de mudança de direção, poderá entender melhor o que Deus fez para Paulo e o que Ele quer fazer para nós. Lógico, para algumas pessoas, muitas aliás, uma mudança de direção exige uma mudança radical de moralidade também. Mas este não é o ponto principal. O ponto principal é uma mudança de direção. Paulo, então Saulo, estava literalmente a caminho para Damasco para acabar com o movimento cristão. Jesus o derrubou e o colocou em um novo caminho (neste caso, o mesmo caminho geográfico) para reforçar e aumentar o movimento cristão. De perseguidor, se transformou em um dos maiores promotores da fé cristã.
E como Paulo se avaliava nesta fase? A princípio, Paulo ficou imobilizado. Mas uma vez que a ficha caiu, não havia nada que poderia detê-lo. Veja a descrição a seguir…
Ele ficou três dias sem poder ver e durante esses dias não comeu nem bebeu nada…. depois ele comeu alguma coisa e ficou forte como antes. Saulo ficou alguns dias com os seguidores de Jesus em Damasco. E começou imediatamente a anunciar Jesus nas sinagogas, dizendo:— Jesus é o Filho de Deus…. Mas as mensagens de Saulo se tornavam cada vez mais poderosas. E as provas que ele apresentava de que Jesus era o Messias eram tão fortes, que os judeus que moravam em Damasco não sabiam o que dizer. – Atos 9.9, 19-20, 22
Desta primeira fase, precisamos entender que a conversão, antes de mais nada, é uma mudança de direção, e é esta mudança de direção que possa mudar os nossos hábitos e transformar-nos em servos eficazes de Deus. Muitas pessoas pensam que precisam mudar de moral antes de se converter. Pensam que precisam largar algum vício ou que detesta ou que ama. Mas não é bem assim. Sim, precisamos nos arrepender, mas o arrependimento significa literalmente virar as costas e ir em direção contrária que andava antes. Depois disto, é preciso confiar em Jesus. É isto que significa ter fé. Ter fé é simplesmente, como criança, confiar em Jesus. Uma vez feita isto, as mudanças interiores podem e vão acontecer. Mas antes de mais nada é preciso decidir: “eu não vou mais andar na direção que estou andando agora…”
A FASE DA SALVAÇÃO AVALIADA DE MELHOR QUE TODOS PARA SER ESCOLHIDO

Não sabemos quanto tempo demorou, mas cerca de 15 a 18 anos depois da sua conversão, por volta do ano 48 d.C, encontramos Paulo não mais silenciado e pasmado pela sua conversão. Ele já havia passado para uma nova fase, a fase da conversão avaliada. Veja como Paulo entendia a sua conversão, especialmente o que ele era antes de conhecer Cristo, 15 a 18 anos depois.
Vocês ouviram falar de como eu costumava agir quando praticava a religião dos judeus. Sabem como eu perseguia sem dó nem piedade a Igreja de Deus e fazia tudo para destruí-la. Quando praticava essa religião, eu estava mais adiantado do que a maioria dos meus patrícios da minha idade e seguia com mais zelo do que eles as tradições dos meus antepassados. Porém Deus, na sua graça, me escolheu antes mesmo de eu nascer e me chamou para servi-lo. – Gálatas 1.13-15
Nesta segunda fase, Paulo avalia a sua herança e a sua formação anterior. Ele entendia que, quanto à religião, ele era muito bom, aliás, melhor que os outros. Ele era uma pessoa muito zelosa e continua sendo. É verdade que ele colocar um “porém” muito importante: porém Deus, na sua graça, me escolheu… Mas este porém não alterou a sua avaliação que tinha sido um seguidor piedoso de Deus, mesmo que mal direcionado. Mais tarde, cerca de 5 a 7 anos depois, isto mudou. E assim, Paulo passou para uma outra fase da sua salvação: a fase da sua salvação reconsiderada.
A FASE DA SALVAÇÃO RECONSIDERADA DE PERFEITO PARA O LIXO

Muitos discípulos de Cristo, talvez a maioria, só Deus sabe, passam a vida toda ou na primeira ou na segunda fase da sua salvação. E não digo isto a título de crítica. Apenas, muitos não imaginam que há algo mais. Mas há, e Paulo descobriu isto quando ele reconheceu que toda aquela bondade, piedade, fidelidade e herança na fé, diante da sua caminhada dia-a-dia com Jesus, a vida cheia do Espírito, não passava de lixo. Em algum momento entre a hora que escreveu a Carta aos Gálatas e as suas Cartas aos Coríntios 5 a 7 anos depois, e a Carta aos Filipenses uns 10-12 anos depois de ter escrito a Carta aos Gálatas, Paulo reconheceu o seu devido tamanho diante de Deus e reconheceu que tudo que ele realizava antes era nada diante daquilo que Deus havia feito na sua vida. Vamos ler os textos…
De fato, eu sou o menos importante dos apóstolos e até nem mereço ser chamado de apóstolo, pois persegui a Igreja de Deus. – 1 Coríntios 15.9 (cerca de 53-55 d.C)
No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não têm nenhum valor. E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com ele. – Filipenses 3.7-9a (cerca de 60 d.C)
O meu grande desejo e a minha esperança são de nunca falhar no meu dever, para que, sempre e agora ainda mais, eu tenha muita coragem. E assim, em tudo o que eu disser e fizer, tanto na vida como na morte, eu poderei levar outros a reconhecerem a grandeza de Cristo. Pois para mim viver é Cristo, e morrer é lucro. – Filipenses 1.20-21
Percebem a diferença? Na primeira fase da sua salvação, Paulo estava pasmado. Na segunda, ele reconheceu que teve boa formação e que era um sujeito bom diante de Deus antes da sua conversão, mas que estava no caminho errado. Agora, nesta terceira fase da sua salvação, 20 a 23 anos depois da sua conversão, Paulo entendeu que aquela vida anterior a Cristo que antes considerava boa, mesmo que mal direcionada, comparado com o ganho de andar com Cristo todos aqueles anos, era perda. Diante de 20 a 23 anos de caminhada com Cristo, 17.000 quilômetros de viagens missionárias à pé, a cavalo e via marítima, e com mais 7.000 por fazer antes da sua morte, diante das vitórias e dos sofrimentos, aqueles aninhos como fariseu dos fariseus diminuíram tanto que viram literalmente lixo. Será que um dia, podemos entender as nossas vidas desta forma? Será que a nossa caminhada com Cristo poderá ser tão íntima e tão produtiva que poderemos considerar a nossa vida anterior, em comparação, como lixo? É um alvo e tanto. Só que, por incrível que pareça, isto ainda não era suficiente para Paulo. Eventualmente, uns 5 anos depois, a percepção da sua vida anterior como boa em si, mas lixo em comparação com a caminhada na fé, esta percepção mudou nova e sutilmente e assim Paulo passou para uma extraordinária próxima fase da sua salvação.
A FASE DA SALVAÇÃO ENTREGUE DE VIDA ANTES DE CONHECER CRISTO PARA VIDA DE BLASFEMO E INFIEL

Nesta fase, Paulo havia esquecido que antes de conhecer Cristo, vivia uma vida boa. Esqueceu ou reavaliou radicalmente. A vida anterior não era mais boa virada lixo. Ela simplesmente deixou de ser boa. Veja como Paulo falava da sua vida anterior a Cristo…
Agradeço a Cristo Jesus, o nosso Senhor, que me tem dado forças para cumprir a minha missão. Eu lhe agradeço porque ele achou que eu era merecedor e porque me escolheu para servi-lo. Ele fez isso apesar de eu ter dito blasfêmias contra ele no passado e de o ter perseguido e insultado. Mas Deus teve misericórdia de mim, pois eu não tinha fé e por isso não sabia o que estava fazendo…. O ensinamento verdadeiro e que deve ser crido e aceito de todo o coração é este: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o pior. Mas foi por esse mesmo motivo que Deus teve misericórdia de mim, para que Cristo Jesus pudesse mostrar toda a sua paciência comigo. E isso ficará como exemplo para todos os que, no futuro, vão crer nele e receber a vida eterna. – 1 Timóteo 1.12-13,16 (cerca de 65-66 d.C)
Percebem a diferença? Paulo não considerava mais a sua vida antes de conhecer Cristo como boa mais mal direcionada. Também não era mais boa mas virada lixo em comparação com a vida com Cristo. Muito mais que isto, ao invés de pensar na sua vida como fariseu como irrepreensível, agora Paulo fala com todas as letras: “eu não tinha fé…eu sou o maior dos pecadores”.
CONCLUSÃO

E nós? Como estaremos daqui para frente? Veja bem. Nenhuma das quatro avaliações da salvação de Paulo estava necessariamente equivocada. Não é isto. Dentro de cada etapa da sua caminhada, a avaliação estava correta. Entretanto, à medida que caminhava com Cristo, à medida que assumia a incumbência de testemunho, e à medida que pagava o preço do discipulado e sofria junto com Cristo, o passado, mesmo aquele passado bom, não só diminuía em tamanho e importância, não só virava lixo em comparação com a vida com Cristo, mas só poderia ser visto como uma vida sem fé. E em decorrência disto, Paulo somente poderia se considerar o pior dos pecadores.
Como seria a espiritualidade de cada um de nós se fóssemos pensar nas nossas vidas desta forma? E como seria a igreja diante da sociedade se tivéssemos tão espírito de humildade?
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2014/04/01/salvacao-desenvolvida/

IRINEU DE LYON, O APOLOGISTA CRISTÃO CONTRA O AGNOSTICISMO

05.04.2014
Do blog Sepoangol World Ministries
Por  Vania DaSilva


Introdução 


Bispo de Lyon e Polemista Anti-Gnóstico - Diferentemente dos Apologistas do segundo século que procuraram fazer uma explanação e uma justificação racional do Cristianismo para as autoridades, os Polemistas empenharam-se por responder ao desafio dos falsos ensinos dos heréticos, condenando veemente esses ensinos e seus mestres. Apesar da maioria dos Apologistas viverem no Oriente, os grandes Polemistas vieram do Ocidente, sendo Irineu um dos primeiros. 

Enquanto os do Oriente usavam uma teologia especulativa dando mais atenção aos problemas metafísicos, os do Ocidente preocupavam-se mais com os desvios administrativos da Igreja, empenhando-se em formular uma resposta para os problemas desta esfera. 

Os apologistas convertidos do paganismo, preocupavam-se com a ameaça à segurança da Igreja, especialmente com a perseguição. Os polemistas que tinham uma formação cultural cristã, preocupavam-se com a heresia e suas ameaças no seio da Igreja. 


Seu Crescimento e Influência 


Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Turquia), no ano 130, em uma família cristã, Irineu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo de Esmirna. Anos depois, Irineu mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi um presbítero em substituição do bispo que havia sido martirizado em 177. 

Irineu também recebeu influência de Justino. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a qual iniciou com um de seus conteporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo. 


Os Ensinos Heréticos do Gnosticismo

O gnosticismo, a maior das ameaças filosóficas, chegou ao máximo de sua influência ao redor do ano 150. Suas raízes estão fincadas nos tempos do Novo Testamento. Paulo parece ter enfrentado uma forma incipiente de gnosticismo em sua carta aos Colossenses. A tradição cristã associou a origem do gnosticismo com Simão, o mago, a quem Pedro teve que repreender duramente (At 8.9-24). 


Irineu tornou-se o mais expoente escritor e defensor das Escrituras contra as Heresias Gnósticas na sua era. A palavra gnosticismo é um termo moderno que cobre uma variedade de seitas do segundo século que propagavam alguns erros em comum. O Gnosticismo era radicalmente diferente e contrário ao Cristianismo Ortodóxo. Cada grupo tinha seus próprios escritos. Alguns desses ensinamentos falsos eram: 

Crença em um Deus supremo o qual era totalmente remoto deste mundo.


Crença que o Deus supremo não tinha parte na criação, mas que este trabalho imperfeito foi realizado por uma deidade inferior à ele, identificando como o Deus do Velho Testamento.

Crença que a matéria era má, por isso o Deus supremo sendo espiritual e bom, não poderia criá-la.

Crença que entre o reino das trevas e o Deus supremo, existe uma hierarquia de seres divinos.Crença que o nosso corpo, sendo físico, é parte deste mundo, ele é mal; nossa alma é uma faísca divina que está presa ao corpo, ela é divina.

Crença que a salvação é o escape da alma deste corpo para o reino celestial.

Crença que para alcançar o Deus supremo é necessário que a alma ultrapasse o reino acima de nós, o qual é controlado pelas estrelas e pelos planetas.

Crença que a salvação vinha pelo conhecimento; gnosis (conhecimento).

A Grande Defesa do Teólogo Irineu


Em sua primeira obra, Adversus Haereses (Contra Heresias) escrita entre os anos 182 e 188, em Lyon, ele descreve a teologia da fé cristã em refutação aos ensinos heréticos gnósticos de Valentino e Marcion através das Escrituras. De muitos argumentos feitos por Irineu, três importantes podem ser ressaltadas: 

A diferença do sistema gnóstico. Ele descreve a natureza burlesca de muitas de suas crenças.


Os ensinamentos que os gnósticos diziam ter recebido secretamente dos apóstolos, Irineu os desafiava argumentando que se os apóstolos tivessem um ensinamento especial a declarar, eles o teriam confiado às suas próprias igrejas, as quais fundaram. Ele mostrava como as igrejas estabelecidas pelos apóstolos, e seus dirigentes, os quais eram apontados pelos mesmos e seus sucessores, cresciam em todo o império, e permaneciam até a data, ensinando a mesma doutrina.

Defesa do Novo Testamento como canônico, em vista que o gnosticismo não cria nele, e possuía outras escrituras. No tempo de Irineu, o Novo Testamento era aceito cerca de como temos agora: os Evangelhos, Atos, Cartas de Paulo e outras epístolas. A carta aos Hebreus, Apocalipse e algumas epístolas compuseram o Novo Testamento alguns anos na frente.
A sua obra é composta de cinco volumes é são assim caracterizadas: 


Livro I: Esboço histórico da seita gnóstica, apresentada em conjunto com uma declaração da fé cristã. Este volume é a melhor fonte de informação sobre os ensinos dos gnósticos. Era uma polêmica filosófica contra Valentino, o líder da corrente romana do gnosticismo.


Livro II: Crítica filosófica sobre o Gnosticismo. Nele, Irineu insiste na unidade de Deus em oposição a idéia herética da existência de um demiurgo distinto de Deus.

Livro III: Crítica bíblica sobre o Gnosticismo. Ele mostra como o Gnosticismo é rejeitado pela Bíblia e pela tradição mais significativa. Neste livro, Irineu dá ênfase à unidade da Igreja através da sucessão apostólica de líderes desde Cristo e de uma regra de fé.

Livro IV: Respostas ao Gnosticismo através das palavras de Cristo. Neste, Marcion, outro líder gnóstico, é condenado pela citação das palavras de Cristo que se opõem às suas propostas.

Livro V: Vindicação da ressurreição contra os argumentos gnósticos, os quais, segundo as idéias deles, reunia o corpo material mau com o espírito.

A Contribuição de Irineu à Igreja 

Foi necessário a habilidade intelectual, a força espiritual deste polemista e o desenvolvimento de uma regra de fé e um cânon da Bíblia pela Igreja para superar a ameaça desse movimento ao Cristianismo. Irineu através da sua defesa do Evangelho, foi o primeiro a declarar os quatro Evangelhos como canônicos, ensinar acerca do reino milenial de Cristo na terra, defender o episcopado (pastorado) e as tradições teológicas da verdadeira Igreja Ortodóxa. Ele também é chamado de “Pai dos Dógmas da Igreja”, por formular os princípios da teologia cristã e exposição do credo da Igreja. 


Não só Irineu, mas Polemistas como Tertuliano e Hipólito engajaram-se na controvérsia literária para refutar idéias gnósticas. Estes ensinos heréticos reapareceram, parcialmente, em doutrinas dos Paulicianos do século VII, dos Bogomilos dos séculos XI e XII, e dos Albingenses posteriores, no sul da França. 

Irineu em comparação com outros pais da igreja grega que lhe prescederam, era mais bíblico que filosófico. Ele foi o primeiro a escrever em sentido teológico para a Igreja. Segundo a história, ele foi martirizado em Lyon por volta do ano 200.

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Fonte:http://www.sepoangol.org/irineu.htm

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Qual a diferença entre uma cidade com igreja e uma cidade sem igreja?

02.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 01.04.14


É impossível

... Ser igreja sem Cristo.
... Olhar para Cristo sem depois olhar sensivelmente para os lados.
... Separar a missão da igreja de sua realidade urbana concreta.

A Bíblia está cheia de textos bíblicos que poderiam ser escolhidos como base para uma reflexão sobre os desafios da cidade à Igreja. Poderíamos falar do conflito campo versus cidade, tão presente no Antigo Testamento; falar sobre o ministério do apóstolo Paulo, conhecido como apóstolo das cidades; ou ainda, sobre a cidade de Deus, a Nova Jerusalém, fundada sob a justiça do Senhor em contraste com a cidade dos Homens, a Babilônia, símbolo do esforço criador do homem com suas grandezas e misérias.

Claro, não estamos dizendo, em hipótese alguma, que a igreja deve substituir a comunhão, a adoração, o ensino, a proclamação e o serviço aos crentes por outras esferas de atuação na sociedade. A boa notícia é que o próprio Deus, por meio do profeta Isaías, compartilhou seu sonho de cidade justa e santa. A “velha” Jerusalém deveria ser restaurada e reconstruída à luz da “nova” Jerusalém. O texto é Isaías 65.17-25, um clássico da ação urbana no Antigo Testamento.

Prateleira de hoje indica o estudo bíblico Que a Justiça Nasça Firme, como reflexão e instrumento para o ministério pastoral e testemunho das nossas igrejas na cidade.

Confira e espalhe esse estudo bíblico.
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/qual-a-diferenca-entre-uma-cidade-com-igreja-e-uma-cidade-sem-igreja

"Vinde a Mim"

02.04.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Claudinho Santos*

Vinde a MimVinde a Mim
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. (Mt. 11:28).
O CONVITE
O convite de Jesus nunca foi cancelado, nem está suspenso, nem “off line”, não precisa de “reinicialização’. 

Este convite está perfeitamente “formatado’ para tratar, sarar as doenças cuidar dos problemas, salvar o oprimido e aliviar a dor de todos aqueles que estão cansados e sobrecarregados.

Ele é veloz em receber os famintos e necessitados de espírito. Seus braços estão sempre abertos para abraçar e conversar.

Não existe um programa que possa substituir este serviço, porque é um ato voluntário de amor da parte Dele. Nenhuma lógica de programação conseguirá alcançar sucesso de igual forma. Jesus não é decoreba. Ele está além da matemática, física ou demais lógicas. Jesus é além da razão.
Quanto mais o homem buscar por Este Descanso, menos cansado ele se sentirá e menos sacrifícios terá de fazer. Ele aprenderá que a saúde de sua alma precisará de armazenamento de paz.

Ora, por quê tanto sacrifício físico e mental em busca de outras pseudosoluções e incertezas? Digo, já experimentei, sei o que estou dizendo. Acredite, JESUS TEM PODER, POR ISSO VÁ ATÉ ELE E PARE DE SOFRER!

A solução está bem pertinho dizendo humildemente “VINDE A MIM E EU VOS ALIVIAREI”.
Porém, não será qualquer “grande homem” que ouvirá este chamado. É necessário descer e se humilhar para ouvir e aceitar o convite do Grande Rei. O homem se engana achando que é grande, mas só Deus é grande!! Ele se afasta do soberbo, mas se aproxima do humilde.
ESTÁ ESCRITO:
“Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. (Mt. 11:25).
Para entender o convite de alívio do Filho de Deus, é necessário se tornar pequenino. A estes foi revelada a simplicidade de compreender o poder de cura que há nesta “hospedagem” da alma. Ele está sempre ‘on line’ para prestar ajuda qualquer necessitado. A diferença é que esta ajuda não precisa “pagar”. Tudo já foi pago na Cruz! E existe uma “nuvem” eterna de força e glória sobre Ele para que esta sombra repouse sobre nós e jamais se afaste de nós.
Ele é o “servidor’ mais seguro e potente do universo, enviando ‘links’ de “conexão” sem fio (sem intermediários, seja imagem de escultura, seja homem) para todos os corações da terra. Com Jesus a linha é direta! O ‘acesso’ é rápido e eficiente. Só o pecado bloqueia este ‘link’, mas o sangue Dele pode desbloquear instantaneamente. E, você pode ser livre de verdade para falar com Ele (pela fé).
TESTEMUNHO DE FÉ
Vou contar um testemunho para ajudar você: há dez anos aproximadamente sofri um acidente no mar. Isto me fez perder o tímpano esquerdo e alteração na córnea esquerda também. Não ouvia os sons agudos. Como músico, não tenho vergonha de dizer que fiquei desesperado. A medicina me disse que seria necessário submeter-me a um procedimento cirúrgico, pois há um hospital que é referência mundial aqui no Brasil, na cidade de Ribeirão Preto, SP… Os médicos me disseram para ficar afastado de sons e ruídos por período indeterminado. Entrei em depressão e até fiquei hospitalizado várias vezes, pois houve reflexos físicos que enfraqueciam o meu corpo… 
Certa vez, num ato de fé (ou loucura como vêem alguns, não tem problema) me levantei daquela maca, retirei os soros e fugi do hospital… Entrei na primeira igreja que vi na mesma rua do hospital, fui me arrastando pelo corredor da igreja, até aquela irmã, que estava orando de joelhos perto do púlpito… Me aproximei dela, me ajoelhei também, ela achou estranho, pois eu estava mesmo com um aspecto assustador e ainda havia alguns esparadrapos que se destacavam pelo braço… Ela parou a oração, largou o microfone e chamou alguns diáconos. 
Eu ouvi um deles contestar… “Não tenha medo irmã, continue a oração! Outro deles amados indagou a diaconisa: “ora, nós não estávamos orando para que Deus enviasse todos aqueles que estivessem cansados e sobrecarregados? Ai está um deles!!”. Todos eles oraram com imposição de mãos sobre mim. Era reunião de oração e intercessão.
CONCLUSÃO
Resumindo, foi esta passagem bíblica que me deu forças para reagir às más notícias. Depois deste ato de fé, nunca mais voltei a qualquer hospital para alguma internação. Me senti extremamente leve. Passados uns 180 dias daquele acidente, meu tímpano foi reconstituído sem intervenção cirúrgica e, já estava ouvindo muito bem novamente. Voltei a tocar meus instrumentos de adoração com alegria e, voltei aos ensaios de minha equipe, voltei a pregar com a saúde que, PELA FÉ, Jesus me deu volta.
Estava pesado, não tinha forças para buscar, nem andar, mas pela misericórdia de Deus, alguém, sem me conhecer, orava por mim ali perto e ajudava o meu espirito a ouvir o convite do Rei: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”. (Mt. 11:29).

Jesus está esperando um ato de fé de você também. ‘Adicione’ a Jesus em seu “perfil” pessoal e de igual modo nas suas “redes” sanguíneas . Mas, não aceite apenas aquela amizade matemática de ostentação religiosa ou vaidade denominacional enganando-se a si mesmo. ELE NÃO É SÓ MAIS UM AMIGO. ELE É O REI DOS REIS!! O convite dele não é apenas curtir um evento, e, sim, amar você de verdade.

De forma sincera, relacione-se de verdade com Ele porque um dia este convite de amizade encerrará, quando ninguém mais poderá sentar-se à mesa do Cordeiro. E, pense nisto: não haverá “atalhos” para a Grande Ceia!

“Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.(Mt. 22:8)
REFLEXÃO

A carga tá pesada?

Reflita no que disse Jesus: “o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt. 11:30)
Jesus está chamando… “Vinde a mim e eu aliviarei vocês”.

Então taí, convite lançado!!


Até a próxima!

Claudio SantosClaudinho Santos é Líder fundador do Movimento Adore Days no Brasil. Com 30 anos de vida cristã, Claudinho, além de pastor é músico, conferencista e conselheiro cristão. Coordenador e Voluntário das Missões Adore na Amazônia. Diretor da Escola de Missões Adore. Casado, pai de duas lindas princesas, Claudinho, como é mais conhecido, adota o método não tradicional da escrita para levar a verdade do evangelho aos amigos leitores.

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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/vinde-mim/

terça-feira, 1 de abril de 2014

A prosperidade bíblica e as aflições deste mundo

01.04.2014
Do blog BELVEREDE, 12.02.2011
Por Eliseu Antônio Gomes

O que é prosperidade bíblica?

É um equívocos pensar que a prosperidade bíblica seja apenas acúmulo de bens.

Existem muitas pessoas abastadas e perturbadas de muitas maneiras. Apesar das fortunas, elas não se sentem bem física e nem espiritualmente. Elas não têm estabilidade emocional, não têm paz de espírito, sofrem com doenças que a medicina não cura. Portanto, há milionários prósperos e milionários sem prosperidade. Segundo o conceito bíblico, são abastadas sem serem prósperas.

A salvação e a paz significam prosperidade. A prosperidade bíblica não significa apenas posse de riquezas. A prosperidade não é meramente o acúmulo de bens, é muito mais! A prosperidade bíblica se consiste em bem-estar espiritual, físico, emocional; é a situação de experimentar estabilidade completa. É ter Jesus.

Bênçãos e problemas

Conheci algumas pessoas que se dizem cristãs, mas entregues à derrota. Elas diziam se alegrar por viver em aflições nas esferas da saúde e das financeiras. Faziam erradamente um paralelo de seus problemas com as perseguições religiosas sofridas pelos apóstolos (situações diferentes, não são as mesmas coisas!).

Nos relatos bíblicos, quando Jesus encontrou famintos Ele fez multiplicação de pães e peixes, fez o milagre da pesca indicando onde lançar as redes (Marcos 6.34-48; João 21.6), e ao se encontrar com seguidores doentes os curou (Atos 10.38).

Cristo continua o mesmo hoje! O que parece ter mudado é a expectativa de algumas pessoas do meio cristão, que se apresentam como seguidoras de Jesus mas não o vêem como Ele era ao andar na terra e nem esperam que o poder emanado dEle se manifeste hoje. Mas, essa manifestação de poder é o que Ele deseja para nós, pois disse que os sinais seguirão aos que crêem (Marcos 16.15-19).

Me adiantando, caso alguém apareça dizendo que Jesus disse que no mundo teríamos aflições, chamo atenção que Ele também disse nessa mesma oportunidade para o aflito ter bom ânimo (coragem para enfrentar a aflição), porque Ele venceu o mundo. E prometeu estar conosco até a consumação dos séculos. Conferir: João 16:33; Mateus 28:20.

Ter prosperidade bíblica significa viver preguiçosamente? Não.

É claro que ninguém deve viver esperando multiplicação de pães dia após dia, querer viver de braços cruzados esperando assistência do céu, como se Deus fosse um empregado. O correto é batalhar e ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto, porque Deus não tem compromisso com vagabundos (2ª Tessalonicenses 3.10).

Quando o cristão é esforçado, tem bom ânimo, trabalha honestamente para sobreviver, e mesmo assim a crise financeira se apresenta ruim demais em sua vida, aí é correto ele esperar com fé pela providência divina. Deus prospera o crente de bom ânimo!

Experimentar a prosperidade bíblica é questão de fé. Não é matéria para debate.

"Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará"- Salmo 37.3-5.
  
E.A.G.

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Fonte:http://belverede.blogspot.com.br/2011/02/prosperidade-biblica-aflicoes-mundo.html

Orgulhoso demais para conhecer a Deus

01.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 31.03.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lewis

segunda-feira

Os cristãos têm razão: o orgulho tem sido a principal causa da miséria em todas as nações e em todas as famílias, desde que o mundo é mundo.
Outros vícios podem até unir as pessoas. É possível ver companheirismo, descontração e cordialidade entre bêbados ou pessoas desonestas. Porém, o orgulho sempre significa inimizade — ele é inimizade. Inimizade não apenas entre seres humanos, mas contra Deus.

Em Deus, nos deparamos com algo incomparavelmente superior a nós, em todos os sentidos. A menos que você conheça a Deus dessa maneira — e, portanto, se reconheça como um nada em comparação a ele —, simplesmente não conhecerá a Deus. Uma pessoa orgulhosa está sempre olhando os outros de cima para baixo. É claro que, enquanto você estiver olhando para baixo, não terá como enxergar o que se encontra acima de você.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/03/31/autor/c-s-lewis/orgulhoso-demais-para-conhecer-a-deus/