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terça-feira, 19 de maio de 2015

Cuidado com o sangue falso de um evangelho forjado

19.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME, 
Por Sady Santana: Sobre crentes e lobos.

Por estes dias descobri a existência de um tal Falso O.  E aqui eu explico quem é este sujeito.
O mais provável acontecer na genética é que filhos nasçam com o mesmo tipo sanguíneo do pai ou da mãe. Mas existe um fenômeno raro que é também chamado Efeito Bombaim (leva este nome por ter sido descoberto inicialmente em Bombaim, na Índia) pelo qual a pessoa poderá possuir um tipo sanguíneo diferente dos de seus progenitores. Exemplo, pai A, mãe B, filho O. E o mais interessante ainda é que este aparente O pode não ser um O de verdade, entenderam? Pessoas portadoras dessa condição terão que fazer exames mais específicos para descobrir seu verdadeiro tipo sanguíneo.
Por isso esse fenômeno ficou conhecido como Falso O.
E pegando esse gancho de ser o que não é, Pedro, em sua segunda carta pastoral preocupou-se com o possível encontro entre duas partes, os crentes novatos com os falsos mestres, que naqueles dias já estavam tinindo no meio deles. E o pescador de almas temia muito que seus neófitos cruzassem nos corredores da fé com estes que se diziam mestres, mas não eram. O pior acabou acontecendo, e dois milênios depois podemos dizer que este encontro é constante.
Pedro advertiu a igreja sobre a necessidade de se manter distantes destes docentes enganadores. E como reconhecer o falso mestre? A­­ carta inteira responde a esta pergunta. Mas logo de cara ele assinala que estes podiam ser identificados pelo orgulho, pela obstinação e zombaria. E mais, eles sempre estavam muito à vontade com o sobrenatural e exibiam uma suposta fé inabalável. Você já não viu isso em algum lugar?
Entretanto, mesmo se preocupando com a vulnerabilidade do cristão novato, o apóstolo não os redimia da responsabilidade que cada um tinha com sua própria santificação. E, mesmo nessa condição inicial eles já teriam condições de identificarem o que é falso do que é verdadeiro. Bastasse seguir um trilho que os levaria para o mais longe possível desses lobos. E a rota certa traçada por Pedro era, desenvolverem virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, amizade cristã e amor.
E esta era a pegada segura que os levariam para bem longe da matilha!
Ao longo da minha caminhada cristã uma coisa de vez em quando me surpreende; crentes de igrejas fieis às Escrituras, de repente buscarem outras comunidades alegando estarem vazios e sem direção. Vi a muitos ingressarem em igrejas que não tinham o ensino bíblico consistente. Mas tinham o culto “avivado”. E em conversa com um desses crentes ele nos confidenciou que de manhã ia com a família em nossa igreja receber ensino, e à noite frequentavam uma outra que se dizia “renascida em Cristo” para “adorar”, por causa da sofisticação do louvor.
Sim, Pedro tinha total razão ao priorizar este alerta. Há pessoas que estão sempre aprendendo, mas nunca chegam ao pleno conhecimento da verdade, como bem disse Paulo. (2 Tm.3.7). Tem muita coisa errada com gente que, mesmo depois de frequentar muitas Escolas Dominicais ainda busca “algo mais”. O milagre ainda vai acontecer, a prosperidade ainda vai chegar. É a fé do ainda não: ainda não sou feliz, ainda não possuo o que mereço.
Na verdade, leia-se: Estou na igreja, mas ainda não tenho Cristo, e por isso a virada de direção da minha vida ainda não ocorreu. E então procuro…
Vida que segue, satisfação que não chega.
E são essas pessoas que se arremessam em uma busca desenfreada por igrejas e pastores ideais, que sempre se deparam com os modernos produtores da fé. E estes “espertinhos espirituais” já tem um esquema preparado para recebê-los. E Pedro os denuncia, são eles:
O contar fábulas. E o que é uma fábula?  O próprio escritor responde quando diz que o evangelho da graça não era uma fábula, mas que homens seguiam habilidosamente contando mentiras sobre Deus, 2.1. Fábula é uma mentira enfeitada com caras e bocas.
O produzir “verdades” convenientemente encapsuladas, fora do contexto bíblico. “Esses mestres, em sua ganância dirão qualquer coisa para se apossarem do dinheiro de vocês” 2.3.
Entretanto, temos que registrar que essas práticas surgem do próprio desejo do crente imaturo em consumir essas fábulas e pílulas bem embaladas. Elas são práticas e rápidas para consumo, que satisfazem a necessidade da falta de tempo. “Não posso investigar na Bíblia, pois leio e não entendo”, “Não oro e não leio a Bíblia, mas preciso sentir algo”.
Preço pedido, preço pago. E isso era tudo o que Pedro temia.
Falando sobre crentes e lobos, pode-se afirmar que o pastoreio on line é a grande sacada do nosso tempo. A matéria de que são feitos os sonhos dos especialistas da fé é sem dúvida, a mídia. Os crentes são primeiramente mimados, depois seduzidos. Prometem edificação sem compromisso, comunhão sem riscos. O conforto da substituição do pastor pelo monitor, traz como beneficio a chateação zero do encontro na igreja. Esse é o “nada mais a pagar” do marketing cristão. Fique em casa e seja feliz.
Programas de TV são um meio legítimo de pregação do evangelho e devem ser utilizados, mas o que se vê em muitos casos são pastores tão perto e tão longe, que não mais se obrigam a cuidar de ovelhas de carne osso.
Mas, Pedro alerta, “Esses homens são tão inúteis quanto fontes de agua que secaram, prometendo muito e não dando nada” 2.17. E mais. Há uma retribuição tanto para os falsos mestres que serão destruídos pela sua própria injustiça, quanto para as ovelhas ingênuas descuidadas, pois correm sérios riscos.
Bem no final da carta ele diz, “Eu estou advertindo vocês de antemão, queridos irmãos, para que possam vigiar e não ser levados pelos erros desses homens maus, a fim de que vocês mesmos não sejam confundidos e caiam. Mas cresçam em força espiritual e conheçam melhor o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”  3.17. Em outras palavras, façam o teste, tirem a prova para ver se, de fato, vocês estão na fé verdadeira, e não entre lobos.
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Fonte;http://artigos.gospelprime.com.br/cuidado-com-o-sangue-falso-de-um-evangelho-forjado/

domingo, 17 de maio de 2015

Família em risco

17.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 13.05.15


Família. Uma palavra tão usada, mas tão menosprezada. Se por um lado, muitos religiosos e políticos a usam como ingrediente de manobra para seus discursos, por outro não é difícil perceber que a noção de família, de fato, está sob ataque. Relativizá-la seria o caminho para salvá-la? Mas qual o caminho mais sábio para preservar a família? Como a Bíblia nos ajuda a caminhar nesta direção? Quais os valores inegociáveis? Como evitar o idealismo desonesto diante do cenário moderno cada vez mais preponderante?

Maio é o mês da família no Portal Ultimato. Vamos aproveitar a data para publicar e republicar conteúdo relacionado ao tema nesta e nas próximas semanas. Queremos ajudar o leitor a resgatar princípios, atualizar seu olhar sobre a realidade e firmar-se com honestidade nas trincheiras dos valores cristãos.

Já começamos a falar sobre o assunto. Na semana passada, publicamos dois textos. Um, de Isabelle Ludovico, sobre a história da Dona Romilda, uma serva de Deus que tem ajudado famílias da periferia de São Paulo a se fortalecerem diante da insegurança. Na quinta-feira, publicamos oartigo sobre maternidade do professor de teologia William Lane, da Faculdade Teológica Sul-americana, de Londrina, PR. Ele nos ensinou que a ternura da mãe melhora a vida cristã e a sociedade.

Agora, aproveitamos o momento para falar novamente sobre o e-book gratuito Casamento e Família: encantamentos e obrigações, que disponibilizamos ao leitor em 2013, na série 45 anos da revista Ultimato. O livro lembra os casamentos dos tempos bíblicos e os desafios da família nos nossos dias. Mostra a beleza e os compromissos, fala de sexualidade e de renúncia, de conflitos conjugais e de espiritualidade.


Boa leitura!

Foto: Reyner Araújo


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/familia-em-risco

Ascensão de Jesus: escapismo ou presença?

17.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE,15.05.15
Por Luiz Fernando Dos Santos*

O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas” (Hebreus 1.3)

Quarenta dias após a celebração da Páscoa, o calendário cristão nos traz a solenidade da Ascenção do Senhor. Esta é uma festa cristã rica em significado e repleta de doutrina e encorajamento para vida do crente.

Um dos modos mais interessantes de investigar o que podemos aprender desta data litúrgica é visitar os livros litúrgicos e descobrir o que em forma de poesia e lirismo a tradição cristã produziu e conservou desta verdade Bíblica recordada na comunidade de fé. A oração inicial mais antiga deste dia diz o seguinte: 

“Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória”. 

Desde logo encontramos aqui uma verdade do credo apostólico que serve não só de instrução, mas de consolo e entusiasmo para caminhada cristã: 

Jesus elevado aos céus em corpo humano, transfigurado pela ressurreição, é na verdade a antecipação daquilo que também nós podemos e devemos aguardar pela fé. 

Na Ascensão de Jesus não celebramos algo que possivelmente acontecerá conosco, mas algo que efetivamente acontecerá, isto é, terminada a nossa peregrinação terrestre, transfigurado o nosso corpo de humilhação em um corpo de glória (Fp 3.21), seremos elevados às alturas para habitarmos para sempre com o Senhor (1Ts 4.17). 

Outro texto litúrgico é a anáfora da eucaristia: 

“Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Vencendo o pecado e a morte, vosso Filho Jesus, Rei da Glória, subiu ante os anjos maravilhados ao mais alto dos céus. E tornou-se o mediador entre vós, Deus, nosso Pai, e a humanidade redimida, juiz do mundo e Senhor do universo. Ele, nossa cabeça e princípio, subiu aos céus, não para afastar-se de nossa humanidade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade”. 

Este texto insiste em afirmar que, subindo aos céus, Jesus não se afasta de nós, não rompe conosco os laços de amizade e nem nos abandona em nossas necessidades. Antes, pelo contrário. Jesus Cristo agora é nosso mediador e também nosso representante no Conselho da Trindade. O Pai nos ouve e aceita as nossas orações por meio dele, Jesus, o sumo sacerdote que conhece as aflições da humanidade redimida, porém imperfeita e ainda sob a influência do pecado e da morte. Embora Ele mesmo não conhecesse o pecado fez-se pecado por nós e na cruz suportou a ira santa de Deus sobre o pecado e os pecadores, por isso mesmo, em sua humanidade glorificada enche-se no céu de compaixão por nós e pleiteia ante o trono da Graça as graças de que mais temos necessidades. 

Há ainda outra dimensão a ser considerada nesta solenidade. Uma dimensão filosófica quanto à existência humana no aqui e agora. Vivemos tempos de consumismo desenfreado, materialismo exacerbado e coisificação dos sentimentos e dos relacionamentos humanos. O homem, apesar do ambiente extremamente religioso e “espiritualista” da nossa época, vem perdendo a cada dia a noção de transcendência e, por isso mesmo, do sentido último para a vida. Todos parecem correr contra o tempo para encontrar a felicidade e para dar uma razão à própria existência. Vivemos numa espécie de “vale-tudo” da satisfação e do prazer. Neste sentido a solenidade da Ascensão aponta para a sublime vocação do homem em Cristo, aponta para o mistério, agora revelado na ascensão, de que a vida continua depois desta vida, e que aqui temos apenas, porém verdadeiros e maravilhosos, vislumbres da felicidade e da glória. Que tudo o que há neste mundo é dom de Deus para a humanidade inteira, sem exceção, pois Deus é bom. Todos podem casar-se, gerar filhos, ter acesso aos bens materiais desta vida, deleitar-se nas artes, viver amores e etc. Mas, isto não é tudo o que há. O que está além destas verdadeiras dádivas do Pai só pode ser encontrado em Cristo e Cristo está no alto, assentado à direita do Pai e devemos buscar estas coisas: 

“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas” (Cl 3. 1,2). 

Na Ascensão de Cristo descobrimos que nada tem sentido último e final aqui e agora. Enquanto vivemos com responsabilidade e compromisso com as demandas desta vida, sem escapismos, elevamos ao alto os nossos corações e anelamos pelo dia em que em corpo e alma redimidos e transfigurados estaremos pela eternidade com o Senhor da Glória.

*Luiz Fernando dos Santos, é  pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP).

Leia também


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/ascensao-de-jesus-escapismo-ou-presenca

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Lobos continuam sendo lobos mesmo cobertos com lã de ovelhas

14.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 12.05.15
Por Elben César

Estejam prontos para agir. Continuem alertas. (1Pe 1.13a)
Pedro dá três conselhos para os irmãos das cinco províncias: “estejam prontos para agir. Continuem alertas e ponham toda a sua esperança na bênção que será dada a vocês quando Jesus Cristo for revelado”.
Estejam prontos para agir, entrem em ação, arregacem as mangas, saiam da cadeira de balanço, metam a cara, calcem os sapatos, coloquem a farda, comecem a marchar.
Continuem alertas (só a disposição não basta), ponham a cabeça para funcionar, sejam sóbrios, tenham autocontrole, não abram mão do entendimento, tenham disciplina, não se deixem levar só pelas emoções, crer é também pensar; não sejam ingênuos, lobos continuam sendo lobos mesmo cobertos com lã de ovelhas; abram a mente e não só o coração; tenham lucidez e discernimento, pois muita coisa vai acontecer.
Ponham toda a sua esperança na bênção final quando Cristo se revelar em glória. Saibam que a realidade atual não é o último capítulo do drama. A plenitude da graça, da salvação e de Cristo está a caminho, mas ainda não chegou. Canaã ainda está longe, aguentem mais um pouco, não soltem o leme da nau, levantem os olhos para o céu, vigiem aquela nuvem dentro da qual o Senhor virá, cantem hinos de glória.
Os três conselhos de Pedro formam um todo simples, razoável e inseparável. São como um tripé que mantém a esperança no topo, sem tombar para a direita ou para a esquerda, para a frente ou para trás. Sem essa estreita união das mangas arregaçadas com a sobriedade e a espera, não há como proteger a caminhada que falta. Não há como manter a dignidade daquele que está em Cristo.
Se somos filhos de Deus, somos também irmãos de Jesus e coerdeiros com ele!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/05/12/autor/elben-cesar/lobos-continuam-sendo-lobos-mesmo-cobertos-com-la-de-ovelhas/

Que Cargo você Ocupa na Igreja?

14.05.2015
Do GOSPEL HOME BLOG
Por   Rev. Hernandes Dias Lopes


O livro de Atos é um registro da história da igreja apostólica, desde seu nascimento em Jerusalém até sua chegada a Roma, a capital do império. Nessa trajetória muitas lutas foram travadas, muitas perseguições foram enfrentadas, mas, também, muitas vitórias foram celebradas. No capítulo 11 de Atos, nos versículos 1 a 26, Lucas relata o testemunho de Pedro aos irmãos da igreja de Jerusalém, como Deus abrira a porta do evangelho aos gentios. Segundo Warren Wiersbe, ilustre comentarista bíblico, esse relato nos enseja algumas preciosas lições.

1. Algumas pessoas fazem as coisas acontecer (At 11.4-17) - Pedro, mesmo relutante em atender à ordem de Deus, dispôs-se a levar o evangelho aos gentios. A parede da inimizade que separava os judeus dos gentios havia sido quebrada pela morte de Cristo (Ef 2.11-19). Essa notícia foi estonteante para os judeus tradicionais, uma vez que eles imaginavam que os gentios precisavam primeiro se tornar judeus para depois serem cristãos. Pedro, obedecendo ao desiderato divino, foi à casa do gentio Cornélio e pregou a ele e a toda a sua família o evangelho e eles creram e foram salvos. Damos graças a Deus porque Pedro não resistiu ao propósito de Deus e se tornou instrumento nas mãos do Eterno para as coisas acontecerem.

2. Algumas pessoas escutam que as coisas acontecem (At 11.1) - Chegou ao conhecimento dos apóstolos e dos irmãos que estavam na Judéia que também os gentios haviam recebido a palavra de Deus (At 11.1). Argüiram a Pedro sobre seu procedimento e exigiram explicações pelo fato de ele ter entrado na casa de gentios incircuncisos e até ter comido com eles. Essas pessoas dão mais valor à tradição religiosa do que às pessoas. Valorizam mais os rituais do que o amor. Elas imaginam que Deus não pode amar aqueles a quem elas rejeitam. Elas não são agentes para fazer a obra de Deus; apenas escutam com censura o que está acontecendo.

3. Algumas pessoas se opõem às coisas que acontecem (At 11.2,3) - Os membros legalistas da assembléia de Jerusalém atacaram Pedro por este ter entrado na casa do gentio Cornélio e tomado uma refeição em sua casa. Diante da argüição dos opositores, Pedro explicou que sua atitude foi em plena submissão à orientação do Espírito Santo (At 11.12) e desobedecer a esse mandato seria o mesmo que resistir ao próprio Deus (At 11.15-17). Por um momento essas pessoas se apaziguaram (At 11.18). Mais tarde alguns indivíduos, da seita dos fariseus, que desceram da Judéia para Antioquia teimavam em ensinar que os gentios precisam primeiro se tornar judeus para depois se tornarem cristãos (At 15.1-5). Para esclarecer esse ponto vital para o Cristianismo, foi necessário, que os apóstolos e os presbíteros se reunissem em Jerusalém num concílio geral a fim de silenciar aqueles que tentavam limitar a liberdade do evangelho.

4. Algumas pessoas ajudam outras pessoas a fazerem as coisas acontecer (At 11.19-26) - Quando a igreja de Jerusalém ouviu acerca do crescimento da igreja em Antioquia da Síria enviou para lá Barnabé, um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Este, imediatamente lembrou-se de Saulo que estava em Tarso e o convocou para juntar-se a ele na obra. Barnabé, o filho da consolação, fez do seu ministério uma plataforma de investimento na vida de outras pessoas, para que elas pudessem ser usadas também nas mãos de Deus. Longe de ser obstáculo para os que queriam fazer a obra como os fariseus legalistas, Barnabé era um facilitador, um cooperador e um encorajador daqueles que estavam engajados na obra.

Precisamos perguntar a nós mesmos, quem somos dentro da igreja: Pessoas que fazem as coisas acontecer? Pessoas que apenas escutam que as coisas estão acontecendo? Pessoas que se opõem ao que está acontecendo ou pessoas que ajudam outras pessoas a fazerem as coisas acontecer?
Em qual dessas molduras está a sua fotografia?

Autor: Rev. Hernandes Dias Lopes
Fonte: Monte Sião
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Fonte:http://gospelhomeblog.blogspot.com.br/2009/06/que-cargo-voce-ocupa-na-igreja.html

Nossa Tomorrowland é diferente

14.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Robson Rodovalho

Oremos para que encontrem o amor de Deus e o aceitem como propósito de vida

Nossa Tomorrowland é diferente
 Ser jovem é ter o mundo nas mãos. Hormônios à flor da pele, o jovem quer vivenciar tudo, experimentar novas sensações, arriscar e mudar, tomar em milésimos de segundos decisões que influenciarão toda uma vida. Enfim, a juventude é uma explosão de sentimentos, de desejos, de aventuras e batalhas

Nesse momento em que é rei do seu próprio mundo, o jovem pode não ter maturidade suficiente para governar o seu reinado, e então se perder em tentações seculares, como libertinagem, violência, drogas e todo e qualquer tipo de vícios.
Ao mesmo tempo em que soma conquistas rumo à independência, como dono do seu destino, o jovem deve ter consciência da importância de suas decisões e da importância da presença de Deus em todas elas.
Assim, em meio a esse turbilhão de sentimentos, expectativas e vontades, jovens fora a Itu, a cem quilômetros de São Paulo, para assistir ao festival de música secular Tomorrowland, o maior festival de música eletrônica do mundo, que acontece desde 2005 na Bélgica e foi realizado pela primeira vez no Brasil.
Somente no primeiro dia de festa foram 335 ocorrências, entre médicas e policiais: pessoas atendidas com desidratação por excesso de álcool, drogas, muitas brigas, furtos e até arrastão. Sem contar outras situações que, fora do universo cristão, são vistas com naturalidade, como a exposição do corpo como objeto, o apelo à sensualidade e até o sexo casual, que tem como consequência a proliferação de doenças e gravidez indesejada.
Em contrapartida, durante o Carnaval desse ano, a Sara Nossa Terra organizou mais uma vez a tradicional Conferência Arena Jovem de Carnaval, com a presença de milhares de jovens. Foram três dias de evento com grandes personalidades da música gospel, muita descontração, conexão e celebração ao amor de Deus. Nenhuma ocorrência registrada.
E a destruição? Essa não entra em nossas festas. Nossa substância é lícita: o amor. Nosso ídolo não é a Madonna ou Britney Spears, é Jesus Cristo.
O jovem cristão vive de forma plena aos olhos de Deus, e a igreja moderna, que acompanha os tempos em que vivem os jovens, vem colaborando muito para criar um universo confortável para esse público.
O que dizer sobre os jovens que estavam na Tomorrowland? Oremos para que encontrem o amor de Deus e o aceitem como propósito de vida. Somente dessa forma descobrirão a real felicidade.
E, nesse momento, nós estaremos de braços abertos esperando por eles!
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/nossa-tomorrowland-e-diferente/

Sou um Cristão Mundano

14.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE,  04.05.15


"Passarinhos, belas flores
querem m'encantar;
São vãos terrestres esplendores,
mas contemplo o meu lar".

Trecho da canção cristã "O Exilado". Belíssima poesia que demonstra o forte sentimento de exílio no coração de um cristão piedoso. Este almeja o céu, realidade infinitamente superior, diante da qual todas as coisas dessa vida terrena perdem a cor e o sabor. O coração do exilado suplica que Cristo venha logo, pois já está com saudade do paraíso original, do Éden do qual foi expulso e para o qual quer voltar.

Nós cristãos sabemos da nossa condição de peregrinos, afirmamos a efemeridade do mundo, a vaidade de todas as coisas debaixo do sol e aguardamos os novos céus e da nova terra, segundo as promessas das Escrituras. Nessas verdades moram nossa esperança. Mas ideias como essas também podem abrigar equívocos: o não encantamento com a criação, a desilusão total, a insensibilidade estética diante da vida aqui e agora, a negação da marca do divino no mundo criado, a dicotomização gnóstica, que nos faz pensar do mundo um cativeiro da alma.

Contra essa perspectiva espiritualista demais de negação do mundo, afirmo que sou um cristão mundano. Ah, não me envergonho de assumir a minha mundanidade. Porque outro poeta disse que

"Os céus manifestam
a glória de Deus
E o firmamento anuncia
as obras de Suas mãos"

Percebo a eternidade naquilo que é temporal, sinto a liberdade do Espírito no brisa fresca da tarde, contemplo a bondade de Pai na vida simples dos pardais, recebo o Filho em meus braços quando abraço uma criança.

"E viu Deus que tudo era muito bom".

Sou a favor de uma teologia do encantamento, da contemplação de Deus no mundo. Desejo que mais cristãos não resistam e se deixem encantar pelos passarinhos e belas flores. "Olhai os lírios do campo!", foi o convite de Jesus. O que ele queria dizer, ao nos mostrar os lírios é, assim creio: "Permiti que suas cores decorem vossas almas, acinzentadas pelas preocupações da vida; deixai que seu perfume inunde as recâmaras do vosso coração, contaminado pelos odores da ansiedade; confiai na providência do Estilista de toda essa beleza".

"Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão,
em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles".

Sinto-me cercado por esse Misterium Tremendum que permeia todo o Universo, tenho a constante sensação da bondade e da misericórdia que nos segue, apesar do caos e da dor que o mundo também pode nos apresentar.

Os passarinhos já encantam a minha filhinha de cinco meses de idade. Ao final da tarde, ela e eu vamos para a varanda admirar as garças que voam sincronizadamente, fazendo o caminho de volta a seus lares em magnífico ritual pelos céus de Itaperuna.

"Observai as aves do céu:
não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros;
contudo, vosso Pai celeste as sustenta".

Não, os passarinhos e as flores não são belezas vãs. São sinais do Sagrado no mundo, são a complexidade do Divino imiscuída na simplicidade do humano. Sou um cristão mundano ao não aceitar, como genuinamente cristã, uma espiritualidade espiritualista demais, que só admire os anjos, mas não contemple os passarinhos, que só fale do céu, mas despreze a terra (para mim isso, as vezes, não passa de hipocrisia sob a falsa capa de espiritualidade).

"Do Senhor é a terra e a sua plenitude,
o mundo e os que nele habitam".

Ao Deus que preenche tudo, assim na terra como no céu, seja a glória para sempre.


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/sou-um-cristao-mundano