Pesquisar este blog

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Quando eu era menino

14.05.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Claudio Santos
 
Quando eu era menino
Quando eu era menino
 
 
 
“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Cor. 13:11).
 
Hoje vamos estudar sobre amadurecimento. O apóstolo Paulo estava falando de amor quando citou estas palavras. Mas, o que o amor tem a ver com amadurecimento??
 
Amadurecimento nada mais é do que deixar as coisas de menino. É priorizar a escala do equilíbrio na escola da vida. Amadurecimento é fortalecimento, e crescimento na arte de viver.
Quando crianças só entendíamos de brincadeirinhas e de outras coisas daquele tempo… Entendíamos quase nada sobre a natureza, as coisas, a política, economia, ciência e religião… nada destas coisas. Mas, a partir da adolescência e juventude vamos deixando as coisas de menino (nem todos) e, passamos a buscar novos horizontes, novos sonhos e novos projetos de vida, não é verdade? Na vida espiritual também é assim!
 
O Apóstolo Paulo falava à igreja de Corínto, a qual dava mais valor ao conhecimento e aos dons espirituais do que ao amor. Ali ele dissertava sobre o amadurecimento, um mudança de postura espiritual, pois o amor é eterno e as outras coisas são passageiras, são temporais como as velhas coisas de menino.
 
Em outras palavras Paulo ensinava àquela igreja que era chegada a hora do amadurecimento. A ênfase ao AMOR é o caminho mais excelente. O amor é um pequeno gesto para o próximo, a única chance de mudança para o mundo, e um grande passo para a eternidade.
 
“AINDA que eu falasse as LÍNGUAS dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o DOM DE PROFECIA, e conhecesse todos os mistérios e toda a CIÊNCIA, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
 
Quando conhecemos em parte e não descobrimos o novo deixamos de ter o privilégio de descobrir o que realmente interessa, que é o AMOR. Por isso, como meninos, podemos vagar por todo o vento de doutrinas, dando ênfase ao que não vale mais que o dom de amar.
 
Tantas igrejas dando todas as suas forças em favor dos dons de línguas ou dos dons de proetizar, por exemplo que se esquecem totalmente de amar. Esquecem de crescer (na fé). Esquecem de amadurecer, esquecem da eternidade, dando valor ao que é temporal, algo que vai passar.
 
Quando meninos entendíamos apenas de brincadeiras, diversão e já sabíamos algumas coisas sobre família, sociedade e também sobre o bem e o mal. Mas, entendíamos apenas em parte.
 
Como disse Paulo:
 
“Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.”
 
Quando meninos gostávamos de leite, disputávamos corridas, vivíamos atrás de emoções extremas. Os olhos brilhavam!!!
 
Não obstante a “um tempo bom que não volta mais”, os perigos desta vida de menino só eram mitigados por causa dos olhares atentos de nossos pais. E, é ai que merecemos refletir:
 
-         Talvez não queiramos deixar de ser meninos; ou
-         Não precisamos mais dos olhares de nosso Deus sobre nós;
As nossas decisões nos farão seguir o caminho da bênção ou da maldição.

Como ser maduros na atitude e na fé

O apóstolo Paulo soube muito bem definir as fases de sua vida. Ele foi menino, falava, pensava e discorria como tal, mas depois dessa fase ele passou a ser homem.
 
Ora, quantos adultos a gente ainda pode vê nos dias de hoje, falando e também vivendo como meninos ou meninas, tanto nas emoções quanto na fé?
 
Nós vemos pessoas que deixaram as famílias por questões de intrigas infantis. Sofrem a vida toda procurando um sonho, às vezes nunca alcançado. Tanta utopia sem um propósito correto segundo a Palavra de Deus!…
 
Ora, coisas de menino como sonhar com viagem à lua, sonhar com projetos de outro planeta. É como viver nas nuvens em busca de um “olha, eu tô aqui” como que tivesse que suprir algo emocional que não foi suprido lá na infância… Querendo atrair a atenção para si, em vez de espalhar a atenção do reino de Deus pelo mundo. A rotina de muitos jovens cristãos nos dias de hoje é disputar eventos sem propósito do reino de Cristo. Era o que fazia o menino Saulo, disputa por um orgulho de sua religião. Que feio!!…
 
Casamentos que nunca deram certo ou que vivem em crise eterna são reflexos de “meninices” dos cônjuges. Há jovens que já experimentaram mais de 10 casamentos em menos de 10 anos, e hoje vivem divorciados, longe do caminho do céu, atropelando a tudo e a todos por conta de coisas de menino não resolvidas na alma, e que não desejam desapegar jamais!
 
Podemos ver casais que se separaram por causa de prioridades que davam às redes sociais, vaidades as quais idolatravam e invertiam os valores dos relacionamentos.
 
Preferiram as brincadeiras, a vaidade ou o narcizismo em troca do AMADURECIMENTO.
 
Até hoje podemos ver pessoas que destroem as suas amizades e relacionamentos por conta de “meninices” e falta de sabedoria emocional e espiritual.
 
Mas, voltando ao nosso apóstolo Paulo, vamos refletir no seguinte:
 
… logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino…”

A Infância e Juventude do Apóstolo Paulo.

Paulo, de Tarso, era um menino de descendência judaica, da linhagem de Israel, tribo de Benjamin (Fil. 3:5), apesar das coisas da idade, a cultura familiar influenciava fortemente a formação daquele menino. Saulo, como era chamado, apesar das coisas peculiares da infância, tinha os seus momentos de relevada seriedade. Ele lia na Sinagoga desde os 5 anos de idade como todos os meninos de sua cultura, era estudioso da Lei e mergulhava aos poucos na história, nos costumes, na língua e na religião de seu povo também.
 
Na adolescência, aprofundou ainda mais seus conhecimentos na Escola de Gamaliel, uma escola rabina de elevada influência entre os fariseus. Nesta escola ele decidiu dedicar-se à arte de fazer tendas de tecido de pelo e cabra, uma verdadeira indústria de sua época.
 
Mais tarde, a renda deste trabalho faria uma grande diferença na sua vida missionária.
 
Todo o conhecimento de Paulo foi revertido aos verdadeiros propósitos de Deus. Quanto mais conhecimento, mais serviço, mais humildade. (Ler também o artigo “A Carreira do Apóstolo Paulo neste site).
 
Após a sua formatura, lemos no livro de Atos que ele retornou à Jerusalém, e, por força da cidadania, passou a dedicar-se absolutamente na perseguição da igreja de um tal de Jesus, lá de Nazaré, ao qual seu próprio povo resolvia seguir, porém, violentamente combatido pelos religiosos e intelectuais. Saulo era um deles. (I Cor. 15:9).
 
Segundo a escola que Saulo estudou, e segundo a tradição religiosa de sua época, os “hereges” (cristãos como o missionário Estevão, levado à morte por apedrejamento, que foi uma verdadeira aula de horror a céu aberto, assistida pelo menino Saulo) deveriam sofrer e desaparecer da face da terra. Ora, tanto conhecimento para enfatizar a morte de irmãos? (Atos 7:60).
 
Contextualizando, a ciência não é o mais importante para o reino de Cristo. Assim como os dons espirituais não tem valor algum sem a arte de amar.
 
Pensando fora da caixa, às vezes estuda-se tanto, deseja-se tanto conhecimento, tanta cultura, tanta letra e, tanta letra… que nem percebe-se que a própria letra, assim como a ignorância, pode vir a tornar-se cega e homicida. Só o espírito pode devolver a fé e a vida.
 
Às vezes estuda-se tanto a Bíblia, fala-se tanto em línguas, desvenda-se tanto mistério, profetiza-se tanto, e tantos outros métodos religiosos e coisas temporais são exaustivamente empregadas pelas instituições religiosas, que, INFELIZMENTE a igreja não dispõe mais de tempo para o MAIS IMPORTANTE que é AMAR e pregar o evangelho do reino de Cristo POR ESSE AMOR. E, pasmem, esse é o verdadeiro propósito da palavra de Deus!
 
Não se prega o evangelho por falsos interesses, PREGA-SE POR AMOR!
 
Mas, no caso intelectual de Saulo, a sua inteligência o fazia esquecer do amor e da vida, preferindo a altivez de seu partido político em vez da humildade de seu coração.
 
O próprio Paulo escreveu sobre isso, quando mais amadurecido:
 
O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” (II Cor. 3:6).

O Tempo de amadurecer chegou!

Filhinhos, chega a hora em que devemos deixar de brigar por carrinhos ou bonecas. Chega o dia em que devemos aprender humildemente a ceder lugar para os outros em vez de continuar “apostando corridas’ como meninos. É chegado o dia de seu amadurecimento!
 
É hora de parar de brigar por microfones, púlpitos, unção e dons espirituais nas igrejas.
 
Lembre-se: Paulo ensinou que sem amor dom nenhum faz sentido na vida. (I Cor. 13).
 
E, em casa? Na família? Ora em casa, é hora de parar de disputar por elogios, por posições, por dinheiro, por bens, posses, herança, direito de primogenitura, por fé, etc. É chegado o tempo de amadurecimento na sua casa também em nome de JESUS!

Brasil, não adianta ser cristão, tem que ser adulto na fé

Quando criança às vezes precisamos ser disciplinados (sabiamente) pelos pais. É uma forma da criança sair da rebeldia peculiar à idade e avançar para o crescimento moral, da ética e da cidadania.
 
Hoje, infelizmente, em nosso país vemos muitos “meninões” de 20 a 50 anos de idade depredando os bens públicos nos grandes e pequenos centros, levando a sociedade a prejuízos inconsequentes e irreversíveis como a morte de inocentes, por exemplo nos estádios, nas via públicas, nos ônibus, etc. E ainda julgam-se “fortes” ou “intelectuais” por isso?? Não são poucos os jovens cristãos que às vezes são influenciados por estes “movimentos” do diabo.
 
Sabe qual é o problema? Carência. Carência de atenção, carência de orientação dos pais; falta de ensino e de sábia disciplina lá na infância. Inseguro, na juventude, o jovem não deseja mais ouvir a sábia voz de seus pais, considerados por ele como “ultrapassados”, e o resultado disso, geralmente é a perdição, escravidão da mente ou do corpo, reclusão social ou a até própria morte, levando centenas de mães ao pranto em nosso país. Mas, a verdade é que cada dia deve ser um dia de amadurecimento. Forte não é quem destrói um reino pela força de seu braço. Forte é quem o constrói sem guerras como Jesus fez!
 
Ah, e para os “intelectuais”, digo, Jesus não deixou um legado de guerra e, sim um legado de amor, de paz e de justiça, legado esse, que hoje tem sido subvertido pela ignorância dos “sábios”.
 
Salomão já ensinava:
 
Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe,
Porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço.
Filho meu, se os pecadores procuram te atrair com agrados, não aceites
Se disserem: Vem conosco a tocaias de sangue; embosquemos o inocente sem motivo;
Traguemo-los vivos, como a sepultura; e inteiros, como os que descem à cova;
Acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;
Lança a tua sorte conosco; teremos todos uma só bolsa!
Filho meu, não te ponhas a caminho com eles; desvia o teu pé das suas veredas;
Porque os seus pés correm para o mal, e se apressam a derramar sangue.
Na verdade é inútil estender-se a rede ante os olhos de qualquer ave.
No entanto estes armam ciladas contra o seu próprio sangue; e espreitam suas próprias vidas.
São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem. (Pv. 1:8-19).

Os olhares de Deus garante uma vida com propósitos

O Apóstolo Paulo, ainda não conhecia a Jesus como Deus, foi necessário que o próprio Jesus se manifestasse a ele pessoalmente. Saulo, não sabia mas estava sendo “grampeado” pelo céu. Chegaria a hora de uma intervenção divina para levá-lo ao caminho certo!!
 
Em uma de suas perseguições aos judeus que se entregavam ao cristianismo, o arrogante, blasfemo e violento Saulo na terra foi interrompido pelo céu. A altivez religiosa, o homem religioso, o homem natural precisavam cair do cavalo para render o verdadeiro conhecimento aos propósitos corretos da Palavra de Deus. Saulo era doutor em tudo, menos em Jesus.
 
“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Is. 43:13).

O amadurecimento do Apóstolo Paulo

Em Atos Capítulo 9, podemos ver que a meninice de Saulo o levou às mais impensadas tragédias de sua história.
 
Ao chegar o amadurecimento, Paulo, como conhecemos hoje, finalmente cresceu, largou de mão a rebeldia de seu coração e abandonou as filosofias sem propósitos.
 
Hoje esse verdadeiro apóstolo é um dos maiores exemplos de vida para a igreja de cristo e até para a humanidade!!

Conclusão

Devemos imitar a Paulo, deixando de ser meninos, nos entregando aos cuidados e dependência de Deus.
 
Deixar todos os ensinos de engano, e seguir os propósitos corretos da vida, foi o passo mais inteligente que Paulo deu em toda a sua história! Nos deixou em excelente legado de compaixão, fé, perseverança e, sobretudo o amor. Exceto a morte na cruz pela humanidade, uma verdadeira imitação daquele verdadeiro legado já deixado pelo Mestre JESUS!!
 
Jesus disse uma vez: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.” (João 1:50)
 
Paulo, ainda Saulo, foi um menino dedicado à família, aos estudos e à sociedade. Ele era um homem muito sábio para a sua cultura, menos para a cultura do DE AMOR do reino de Cristo, até que um dia ele cresceu, deixou de ser menino.
 
Reflexão
 
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens… e não segundo Cristo”(Colossenses 2:8).
 
Até a próxima!
 
Claudinho Santos
******
Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/menino-i-cor-13/

A segunda chance de Pedro

14.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 12.05.14
DEVOCIONAL
Por John Stott
 
segunda-feira
Pedro ficou magoado por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez: “Você me ama?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas e sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Cuide das minhas ovelhas”. [João 21.17]
 
É possível que aqueles que se desviaram sejam restaurados, que aqueles que negaram a Cristo recebam outra chance? Essas questões muito afligiram a igreja primitiva durante as perseguições sistemáticas do terceiro século e início do quarto. O que deveria ser feito com os caídos? A igreja tem tido a tendência de oscilar entre a extrema complacência (nunca disciplinar ninguém) e a extrema severidade (recusar restauração até mesmo a quem se arrepende).
 
A maneira como Jesus tratou Pedro depois que ele o negou é uma lição sobre a restauração. Para começar, Jesus parece ter escolhido cuidadosamente o contexto em que a restauração aconteceria. Ele já havia encontrado Pedro em Jerusalém, mas escolheu a vizinhança familiar da Galileia como o lugar apropriado. Sete dos apóstolos foram pescar, esperando que Jesus os encontrasse segundo havia prometido. A semelhança entre o que aconteceu em seguida com o incidente anterior no mar da Galileia (a pescaria infrutífera, a instrução para pescar em outro lugar e a grande quantidade de peixe apanhada) deve ter ajudado João a reconhecer Jesus na beira do lago e Pedro a mergulhar e nadar até a margem. Ela parece uma reencenação deliberada da primeira vez que Jesus comissionou Pedro.
 
Depois do café da manhã na praia, veio a entrevista que Pedro temia. Três vezes ele havia negado Jesus. Assim, três vezes Jesus lhe fez a mesma pergunta: “Você me ama?”. E três vezes Jesus o renomeou, dizendo: “Cuide das minhas ovelhas”. Comentários mais antigos enfatizam mais os dois verbos gregos para amor. Nós, no entanto, não sabemos quais palavras aramaicas Jesus usou, e os dois verbos gregos possuem ênfases variadas.
 
O que importa é que Jesus perguntou a Pedro: “Você me ama?” A pergunta não foi sobre o passado, mas sobre o presente; não sobre palavras ou obras, mas sobre a atitude do coração de Pedro. O amor a Cristo pressupõe prioridade, pois são pecadores perdoados os que mais amam. Depois de cada confissão de amor veio a palavra de reafirmação de Jesus. Fica claro que a negação de Pedro, embora séria, não o desqualificou. Jesus não apenas o restaurou no favor de Deus como também o renomeou para o serviço do Senhor.
Para saber mais: João 21.1-17

>> Retirado de
A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.
*****
Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/05/12/autor/john-stott/a-segunda-chance-de-pedro-2/

Canção pede que evangélicos saiam do Facebook e entrem na “face de Jeová”

14.05.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Leiliane Roberta Lopes


“Sai, sai do Facebook” faz parte do novo CD de Suellen Lima
 
O novo hit de Suellen Lima faz um apelo para que cristãos deixem de usar o Facebook para se dedicarem mais à oração.
 
A canção ganhou o nome de “Sai, sai do Facebook” e faz parte do novo CD cantora “Jesus Simplesmente Tudo” que será lançado pela Sony Music no mês de maio.
 
A letra faz uma crítica às pessoas que passam o dia na rede social deixando de orar e buscar a Deus. “Sai, sai do Facebook, dobra os joelhos, vai orar. Sai, sai, sai, sai do Facebook, entra na Face de Jeová”, diz o refrão da canção.
 
Em algumas estrofes, Suellen faz alertas para a vinda de Jesus dizendo que quem não vigiar será deixado para trás. “Tá esquecendo de orar, de vigiar/ Se preparar pra vinda do Senhor/ Por causa disso muito crente vai ficar/ Ele, seu pecado, seu computador”.
 
Em outro momento a letra critica a fofoca e as brigas que são alimentadas pelo Facebook dizendo que as pessoas hoje não conversam mais com Deus pois gastam seu tempo com a internet. “Fofoca santa é arma do inimigo/ Tem crente que não está vigiando/ Só vigia a página dos amigos/ E contenda ele vai alimentando”, diz a música.
 
Por conta desse tempo gasto com as redes sociais, o crente estaria deixando de se relacionar com Deus. “Não envia mais mensagens pra Jesus/ Tá esquecendo de teclar com Deus/ Adicionando trevas, excluindo luz/ Online no face e off-line com Deus”.
 
Dados recentes do próprio Facebook apontam que mensalmente 83 milhões de brasileiros acessam o site, sendo que 53 milhões acessam diariamente. A média de horas gasta por cada brasileiro na rede social fundada por Mark Zuckerberg é de 12 horas e 13 minutos por mês.
 
Ouça o novo single de Suellen Lima:
 
*****
Fonte:http://musica.gospelprime.com.br/sai-sai-do-facebook-face-jeova/

O ritmo da criação

14.05.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 04.14
Por Valdir Steuernagel
 
Trabalho, celebração e descanso!
“No princípio Deus criou os céus e a terra....
Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há”. (Gn 1.1; 2.1)


Uma coisa que eu e minha esposa não sabemos fazer é dançar. Somos filhos da “cultura do joelho duro”. Silêda, como nordestina bem brasileira, até poderia ter mais ginga, mas a cultura missionária forânea lhe endureceu os joelhos ao insistir, desde cedo, que dançar é pecado. No meu caso, a rigidez dos joelhos veio por duas veias: além da influência de uma cultura missionária similar, sou filho de uma cultura germânica que valoriza o trabalho muito acima da dança e onde se marcha muito mais do que se dança.

Revisando a minha história, vejo como este “jeito marcha” de viver acabou determinando um estilo de vida. Nele o trabalho, a conquista, a luta e a vitória são valores que se refletem em tudo o que se faz e determinam todas as relações que se vão construindo. A própria vida cristã vai sendo determinada por esses valores culturais e Deus é facilmente transformado em um general para quem marchamos até morrer e que está sempre exigindo de nós a produção de frutos quantificáveis. E assim, marchamos!

O espírito de Deus se movia sobre a face das águas...

A conversa que estamos mantendo nesta série, com o relato da criação em Gênesis, me levou a uma descoberta surpreendente: Deus tem “joelhos maleáveis”! Ele não é um general de botas, mas sim uma presença que se move com graça e leveza e ocupa todos os espaços da nossa existência, dando a ela um novo ritmo. Quando ele fala, a vida brota. Sua realidade e sua palavra são a própria vida -- vida que sorri com beleza e graça. Aliás, ele próprio se alegra e acha “muito bom” o que surge como fruto da sua presença-palavra.

Em todo o capítulo 1 de Gênesis, cada dia tem começo e fim: “Passaram-se a tarde e a manhã, esse foi o primeiro dia” (1.5) -- e assim, sucessivamente, até o sexto dia. Cada dia registra o que Deus fez e a celebração está muito presente: “E Deus viu que ficou bom” (1.9, 12, 18, 21 e 25). Então, ao encerrar o sexto dia -- aliás, um dia de trabalho exaustivo e muito peculiar, quando ele cria o ser humano -- há um efusivo momento de celebração muito especial: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado ‘muito bom’” (1.31).

Neste movimento criador de Deus vê-se que há um tempo para cada coisa e cada coisa é reconhecida e celebrada. Há um tempo para muito trabalho e trabalho duro, mas há também tempo para celebrar esse trabalho antes de mergulhar no próximo, assim como um tempo de descanso entre um trabalho e outro. Há, aliás, muito mais do que isso. Há, no final de seis dias de trabalho, uma grande celebração por tudo o que foi feito. Então, entra-se em um tempo significativo de descanso, que dura um dia todo e recebe de Deus a bênção, tornando-se especial: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a sua obra que realizara na criação” (2.2-3).

Trabalho, celebração e descanso

Nesta ação criadora de Deus, percebem-se três dimensões de suma importância para a nossa vida: há “tempo para o trabalho, tempo para a celebração e tempo para o descanso”, assim como um belo movimento entre um e outro. Como bem expressa Eugene Peterson, “o ritmo da criação modela o ritmo da vida”. Assim somos convidados a perceber os movimentos da nossa própria vida e indagar se há nela suficiente espaço para cada uma dessas expressões que tornam a vida mais saudável, produtiva, bonita e até confortável. Deus trabalha, celebra e descansa. Assim, com seu próprio exemplo e em um contínuo convite ao arrependimento, ele nos ensina como levar uma vida melhor, mais sociável e mais digna, como veremos nas próximas edições.

Quando, anos atrás, conheci a família de Silêda lá no Maranhão, eu levava na bagagem a minha cultura e os valores procedentes da minha terra natal, Santa Catarina. Logo estranhei o tempo que eles, como uma grande família, passavam cantando. No final do dia, faziam uma roda no quintal e o violão passava de mão em mão; as músicas rolavam, entremeadas de “causos”, recordações e acontecimentos do dia. Confesso que eu não aguentava tanta cantoria (esse pessoal não tinha o que fazer?! -- pensava). E me refugiava nos livros, como costumo fazer diante do desconforto. A verdade é que, além de desconhecer as músicas que eles cantavam (por que gastar tempo aprendendo isso?), eu não sabia passar tempo assim. Não sabia celebrar. Eu sabia trabalhar, deixando a minha limitação vivencial muito evidente.

Hoje, passados muitos anos, ainda ouço a Silêda cantando ao telefone com o pai. Ele está avançado em idade e enfermo. Os anos de muito trabalho passaram e até a lucidez da mente teima em fugir, mas os hinos ficaram. Eles falam ao coração, trazem à memória o tempo de ontem e celebram a fidelidade de Deus no decorrer dos anos. Eu reconheço que, ainda hoje, tenho poucos hinos a cantar, mas tive o enorme privilégio de cantar “Segura na mão de Deus” enquanto a minha mãe estava morrendo. Um enorme privilégio com que Deus tem me agraciado à medida que procuro discernir o mover do Espírito de Deus entre nós. Isso é muito bom!

Valdir Steuernagel é teólogo sênior da Visão Mundial Internacional. Pastor luterano, é um dos coordenadores da Aliança Cristã Evangélica Brasileira e um dos diretores da Aliança Evangélica Mundial e do Movimento de Lausanne.
 
******
Fonte:http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/347/o-ritmo-da-criacao

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O Poder da Oração

12.05.2014
Do blog ENCONTRE A PAZ
 
 
Recentemente recebemos uma carta de uma leitora que mostra quão maravilhosas experiências é possível fazer com o Senhor pela fé. Por isso reproduzimos alguns trechos da carta:

Há poucas semanas ouvimos pelo rádio a notícia de que, devido à ameaça de inundação, deveríamos tirar nossos automóveis da garagem subterrânea. Uma barragem havia se rompido durante a noite, e às 6 horas da manhã a água havia chegado até nosso bairro.
 
Em nossa casa reuniram-se 10 mulheres e imploraram ao Senhor para que Ele, em Sua onipotência, detivesse as águas. Oramos por cerca de 15 minutos. Depois olhamos pela janela para ver até que altura a água já havia chegado. Ela tinha alcançado nosso terreno, mas não o inundou. Aleluia! Alguém informou que a água havia parado de subir nos últimos 15 minutos. Vale a pena orar!
 
Depois distribuímos sanduíches aos trabalhadores encarregados dos reparos, entregamos folhetos a eles e louvamos ao Senhor! (C. B.)
 
Praticamente ao mesmo tempo li o seguinte em um jornal:
 

A fé pode remover montanhas

 
"Ao que Jesus lhes disse: Tende fé em Deus; porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Mc 11.22-24).
 
Os membros de uma pequena igreja nas montanhas de Great Smoky (EUA) construíram um novo prédio em um terreno que haviam recebido por doação. Dez dias antes da inauguração, o inspetor de obras da localidade informou ao pastor que o estacionamento era insuficiente para o tamanho do prédio. Se a igreja não dobrasse o tamanho do estacionamento, não poderia usar o salão. Infelizmente, a igreja já havia ocupado cada polegada do escasso terreno, com exceção da colina que ficava atrás do prédio. Para criar mais vagas no estacionamento, seria necessário remover a colina. Na manhã do domingo seguinte o pastor anunciou corajosamente que à noite queria reunir-se com todos os membros da igreja que tivessem "fé para remover montanhas". Eles teriam uma noite de oração para pedir a Deus que removesse a colina e providenciasse o dinheiro suficiente para asfaltar o estacionamento antes da inauguração no domingo seguinte. No horário combinado reuniram-se para orar 24 dos 300 membros da igreja. Eles oraram durante cerca de três horas. Às 22 horas o pastor disse o último "Amém". "Conforme está planejado, inauguraremos o salão no próximo domingo", garantiu ele. "Deus nunca nos abandonou, e creio que também desta vez Ele será fiel".
 
Na manhã seguinte, quando estava trabalhando em seu gabinete, alguém bateu com força na porta. Ao responder "entre!", apareceu um empreiteiro de aspecto rude, que tirou seu capacete. "Desculpe, pastor, sou da empreiteira de obras da localidade vizinha. Estamos construindo um enorme centro de compras e precisamos de terra. O senhor estaria disposto a nos vender uma parte da colina que fica atrás da igreja? Nós pagaremos a terra que tirarmos e asfaltaremos gratuitamente o espaço vazio, desde que possamos dispor da terra imediatamente. Não podemos continuar com a construção do shopping antes que a terra esteja depositada no local e suficientemente compactada".
 
O novo salão foi inaugurado no domingo seguinte como tinha sido planejado, e no evento de abertura estavam presentes muito mais membros "com fé para remover montanhas" do que na semana anterior.
 
Seja sincero: você teria participado daquela reunião de oração? Algumas pessoas dizem que a fé é produzida pelos milagres. Mas outras sabem: milagres resultam da fé! (Die Wegweisung 5/99)
 
Publicamos estes dois exemplos para animar nossos leitores a uma vida de fé e oração! (Norbert Lieth - http://www.apaz.com.br)
*****
Fonte:http://www.apaz.com.br/mensagens/poder_da_oracao.html

Um Coração em Ebulição

12.05.2014
Por Irineu Messias
 
Um Coração em Ebulição
 
Irineu Messias
Vulcões entram em erupção;
minha alma e meu coração
estão também em ebulição;
querem pôr  para fora
todos dias, a toda hora,
demoradas reflexões
de quem teve
os olhos espirituais abertos;
os olhos da alma,
os olhos do coração.
 
Um coração em ebulição,
quer dizer ao mundo todo
quão lindo, belo e maravilhoso
poder ver a vida de outra forma,
vê-la pelos olhos que Deus,
Um dia me abriu
 
E assim abertos
não tem como ver o céu,
como via antes.
As estrelas hoje brilham
para mim de modo diferente.
Pois sei que Deus
as criou para cobrir
de tanto brilho  a toda  gente.
 
Meu coração admirado e extasiado,
pelo poder do Deus Criador,
muitas vezes, emocionado,  O implora,
que me faça ser repleto de gratidão
pelas lindas estrelas do céu
pelo sol, perenemente a brilhar.
Pela luz linda da lua,
que leva os poetas a se inspirar!
 
Que tudo isso me leve, ò Deus Bendito  e Criador,
a nunca esquecer de tudo  isso que fizeste,
Para  o bem de toda a criatura.
 
Que meu coração em ebulição,
exploda em alegria e louvor
que as “cinzas” dessa explosão,
se espraia  ao meu redor
como as cinzas de um vulcão ,
em plena erupção!
 
*****

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Em direção a uma Apologética Responsiva

05.05.2014
Do portal União de Blogueiros Evangélicos
Por Valmir Nascimentopor Valmir Nascimento
Slide1
Qual a finalidade da apologética cristã? Norman Geisler diz que ela serve para abrir a porta, livrar-se dos obstáculos, desobstruir o caminho, de modo que as pessoas possam achegar-se a Cristo. Com pensamento semelhante Peter Grant também afirma que a apologética tenta ajudar os não-crentes a atravessar a jornada até a fé em Cristo – ir além do abismo cultural e encarar o abismo da cruz a fim de que possam ouvir a mensagem clara do evangelho”[1].
Se Geisler e Grant realmente estiverem certos – e eu acredito que estejam – precisamos nos lembrar que os obstáculos colocados no caminho que conduz à Cruz de Cristo e o abismo cultural que separa as pessoas do evangelho mudam com o decorrer do tempo. Cada época tem seus desafios e empecilhos próprios. E isso exige consequentemente a adaptação da apologética, para que possa responder de forma efetiva às demandas do seu contexto social, sobretudo para desfazer preconceitos contra o pensamento cristão, desmascarar vãs filosofias e destruir os conselhos e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus (2 Cor.10.5).
Por essa razão, nos dias atuais não se concebe mais uma apologética fria e racional que ofereçasomente respostas lógicas para a mente sem se importar com os anseios existenciais dos indivíduos. Nesse sentido, afirma-se que a apologética clássica, que pretende defender a existência de Deus a partir de argumentos da teologia natural, não consegue – sozinha – atender as demandas da contemporaneidade. Francis Schaeffer sintetizava essa ideia ao afirmar que apologética não significa “viver fechado em um castelo com ponte levadiça e, de quando em quando, atirar uma pedra por sobre o muro”. Ela não deve fundar-se numa mentalidade de fortaleza, do tipo: “Você não pode me atingir aqui”; e também não deve ser meramente acadêmica. Tal postura reduz o evangelho a um arcabouço teórico e frio, sem ligação com a vida e os anseios das pessoas. Ao contrário, a apologética cristã, conforme Schaeffer, deve ser entendida e praticada de maneira coerente com os sobressaltos e o contato vivo com a geração presente. Assim “o cristão não deve preocupar-se em somente apresentar um sistema perfeitamente harmônico consigo mesmo, como algum sistema metafísico grego, mas antes alguma coisa que tem contato constante com a realidade – a realidade das questões que estão sendo feitas em sua própria geração, bem como nas gerações vindouras”[2].
Ponto de vista semelhante pode ser visto no livro “Apologética Cristã no Século XXI”, no qual Alister McGrath sustenta que embora a apologética tradicional tenha deixado um grande legado no cristianismo, com um histórico honrado, hoje ela parece muitas vezes “radicada em um mundo morimbundo, um mundo em que as reivindicações de verdade do cristianismo eram testadas sobretudo nas salas de seminários das velhas universidades, onde a racionalidade era vista como critério máximo de justificação”[3]. McGrath afirma que hoje a situação mudou, inclusive o foco das discussões, porque elas não ocorrem no âmbito das universidades e dos livros-textos, mas no mercado das ideias, onde então o cristianismo deve pelejar, no estúdio da televisão, na imprensa nacional, na lanchonete das universidades e nos shopping centers, “os novos palcos de debates nos quais as declarações de verdade por parte do cristianismo são julgadas e testadas”. Igualmente, McGrath critica a apologética pressuposicionalista por causa de sua falta de pontos de contato com os descrentes e ineficiência em proporcionar diálogo com o mundo.
Dentro desse cenário McGrath propõe a revitalização criativa e eficaz da apologética para o fim de remodelar a defesa da fé adaptando-a às novas necessidades e oportunidades do mundo atual, daí o subtítulo do seu livro: ciência e arte com integridade. Em outras palavras o que McGrath sugere é a revisão da apologética tradicional com o propósito de incorporar os contornos da visão abrangente da sociedade e do ser humano – proporcionada pela cosmovisão cristã – para construir um sistema de defesa da fé dialógico e com pontos de contato que interliguem o evangelho, os indivíduos e as comunidades do mundo[5], mas sem renunciar às verdades centrais do cristianismo. Tais pontos de contato se fundamentam nas doutrinas bíblicas da criação e redenção e podem enfocar, segundo o autor, a sensação de desejo não satisfeito, racionalidade e moralidade humana, assim como a angústia existencial, a consciência de finitude e de mortalidade e o ordenamento do mundo. Na parte prática McGrath diz que um dos pontos importantes da defesa da fé é o apelo à cultura:
No que se refere ao apologista, ‘cultura’ designa tudo aquilo que o público gosta de ler, assistir ou ouvir, independentemente se isso pode ser considerado como ‘culto’ no sentido estrito da palavra. As palavras de uma música popular; algumas linhas de um bom romance contemporâneo muito lido; uma cena marcante de um filme famoso; alguns versos de uma música de sucesso nas rádios, tudo isso tem potencial nas mãos de um apologista sensível e inteligente.
O apologista, porém, deve conhecer a cultura na qual o evangelho deve ser defendido e elogiado. É pouco provável que a mais eficiente defesa de comunicação do evangelho venha dos lábios de alguém estranho à cultura na qual o evangelho deve ser proclamado. O apologista local familiarizado com sua própria situação, está em melhor posição para identificar e investigar as pistas fornecidas por esse ambiente sociocultural. É muito fácil fazer o evangelho parecer estranho a uma cultura; o apologista deve garantir que ele seja visto como um amigo, entrelaçando-o com as ideias e valores daquela cultura sempre que possível. Antes de o evangelho poder transformar uma cultura, ele precisa primeiramente firmar raízes nela.[6]
Dificilmente o cristianismo conquistará audiência se insistir em defender as suas doutrinas usando argumentos abstratos e eminentemente racionais, ainda que coerentes, longe do mundo do cotidiano das pessoas. Os argumentos teístas da existência de Deus, ontológico, cosmológico, kalam, desígnio teórico-informativo e outros, por exemplo, soam aos ouvidos da maioria esmagadora dos descrentes – principalmente jovens e adolescentes – como uma resenha inútil, chata e cansativa. Embora tais argumentos tenham a sua validade e importância no âmbito acadêmico e em debates públicos contra os antiteístas, não possuem por outro lado grande serventia para o diálogo do dia a dia.
O escritor estadunidense Josh McDowell, um dos mais renomados apologistas cristãos das décadas de 80 e 90, que usava uma metodologia tradicional (evidencialista) para a defesa da fé cristã, percebeu a necessidade de uma nova abordagem apologética. Em Razões para Crer, depois de apresentar dados estatísticos sobre o panorama do pensamento da juventude da atualidade, ele escreve que “os jovens cristãos de hoje precisam mais do que uma postura estritamente modernista, que apele para o intelecto. Precisam muito mais do que o ponto de vista pós-moderno, que rejeita a verdade e exalta a experiência pessoal”[7]; eles precisam de algo que dê sentido relacional para a vida. Portanto, escreve McDowell, nosso papel é “apresentar a fé cristã para os jovens cristãos de modo a demonstrar que crer é um exercício inteligente de saber o que é objetivamente verdadeiro e experimentá-lo de modo relacional. Quando assim fizermos, os jovens cristãos começarão a desenvolver o tipo de convicção profunda que os tornará fortes, mesmo em face dos desafios de hoje”.
Em virtude disso é que estou convencido que a compreensão do cristianismo como uma cosmovisão nos prepara para o desenvolvimento de uma apologética mais dinâmica e atual, a fim de defendermos com mais consistência a fé cristã. Isso porque, a partir da ideia da cosmovisão podemos enxergar com mais amplitude os aspectos culturais, éticos, antropológicos e legais do tempo em que vivemos, filtrando todas as coisas pelas lentes das Escrituras, o que possibilita apresentar as respostas oferecidas pelo cristianismo em harmonia com os sobressaltos da vida e a par dos dilemas das pessoas. A união da apologética tradicional com a perspectiva da cosmovisão cristã forma aquilo que chamo deApologética Responsiva, isto é, que reage e responde de forma adequada aos questionamentos do tempo presente, evidenciando, além da racionalidade da fé cristã, as suas contribuições para a sociedade, a coerência de suas doutrinas fundamentais e o sentido que proporciona à vida humana.
A compreensão do cristianismo como uma visão de mundo abrangente possibilita à apologética interagir com as pessoas e responder às questões sociais postas em discussão, seja sobre casamento homossexual, liberação das drogas, liberdade de expressão, maioridade penal, questões indígenas, moralidade na esfera pública, relacionamento entre estado e igreja etc.
Essa mudança de foco é necessária porque as demandas da atualidade, dentro de um contexto pós-moderno e pragmático, que supervaloriza os resultados, vão além daquelas objeções ao pensamento cristão de poucas décadas atrás, a exigir do apologista cristão sensibilidade para entender seus oponentes e conhecimento que vá além da teologia sistemática.
Caminhemos, pois, em direção a uma apologética responsiva!
NOTAS
[1] GRANT, Peter, em: ZACHARIAS, Ravi, GEISLER, Norman: Sua Igreja está preparada? Rio de Janeiro: CPAD, 2007,  p. 56.
[2] SCHAEFFER, Francis. O Deus que intervém, tradução de Gabriele Greggersen. São Paulo: Cultura Cristã, 2009, p. 213.
[3] MCGRATH, Alister. Apologética crista no século XXI: ciência e arte com integridade; tradução Emirson Justino e Antivan Guimarães. São Paulo: Editora Vida, 2008, 10.
[5] MCGRATH, Alister, p. 19.
[6] MCGRATH, Alister, p. 349, 350.
[7] MACDOWELL, Josh em: Razões para crer: apresentando argumentos a favor da fé crista. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 33.
******
Fonte:http://www.ubeblogs.net/2014/05/em-direcao-uma-apologetica-responsiva.html