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sábado, 7 de dezembro de 2013

"O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

07.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS


Pergunta: "O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

Resposta:De acordo com a Enciclopédia Católica, o purgatório é “um lugar ou condição de punição temporal para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não estão inteiramente livres de erros veniais, ou não pagaram completamente a satisfação devida pelas suas transgressões”. Para resumir, na teologia católica, o purgatório é um lugar para onde uma alma cristã vai depois da morte, a fim de ser purificada dos pecados que não foram completamente pagos durante a vida. Esta doutrina do purgatório está de acordo com a Bíblia? Absolutamente não!

Jesus morreu para pagar por todos os nossos pecados (Romanos 5:8). Isaías 53:5 declara: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Jesus sofreu pelos nossos pecados para que nós fossemos livrados do sofrimento. Dizer que nós também devemos sofrer pelos nossos pecados é dizer que o sofrimento de Jesus foi insuficiente. Dizer que nós devemos pagar pelos nossos pecados nos purificando no purgatório é negar a suficiência do pagamento feito pelo sacrifício de Jesus (I João 2:2). A idéia de que nós temos que sofrer pelos nossos pecados após a morte é contrário a tudo o que a Bíblia diz sobre a salvação.

A principal passagem das Escrituras que os católicos apontam como evidência do purgatório é I Coríntios 3:15, que diz: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. A passagem (I Coríntios 3:15) usa uma ilustração das coisas passando pelo fogo como uma descrição das obras dos crentes sendo julgadas. Se as nossas obras forem de boa qualidade, “ouro, prata, pedras preciosas”, elas irão passar ilesas através do fogo, e nós seremos recompensados por elas. Se as nossas obras forem de má qualidade, “madeira, feno, palha”, elas serão consumidas pelo fogo, e não haverá recompensa. A passagem não diz que os crentes passam pelo fogo, mas que as suas obras passam. I Coríntios 3:15 se refere ao crente sendo “salvo, todavia, como que através do fogo”, não “sendo purificado pelo fogo”.

O purgatório, como tantos outros dogmas católicos, é baseado na má compreensão da natureza do sacrifício de Cristo. Os católicos vêem a Missa/Eucaristia como uma reapresentação do sacrifício de Cristo porque eles falham em entender que o sacrifício de Jesus, de uma vez por todas, foi absolutamente e perfeitamente suficiente (Hebreus 7:27). Os católicos vêem obras merecedoras de mérito como uma contribuição para a salvação devido a uma falha em reconhecer que o pagamento feito pelo sacrifício de Jesus não necessita de “contribuições” adicionais (Efésios 2:8-9). Da mesma forma, o purgatório é entendido pelos católicos como um lugar de purificação em preparação para o Céu porque eles não reconhecem que, por causa do sacrifício de Jesus, nós já somos purificados, declarados justos, perdoados, redimidos, reconciliados e santificados.

A própria idéia do purgatório, e as doutrinas que freqüentemente estão associadas a ela (orações pelos mortos, indulgências, obras a favor dos mortos, etc.) falha em reconhecer que a morte de Jesus foi suficiente para pagar a pena de TODOS os nossos pecados. Jesus, que é Deus encarnado (João 1:1,14), pagou um preço infinito pelo nosso pecado. Jesus morreu pelos nossos pecados (I Coríntios 15:3). Jesus é o pagamento pelos nossos pecados (I João 2:2). Limitar o sacrifício de Jesus como um pagamento pelo pecado original, ou pelos pecados cometidos antes da salvação, é um ataque à Pessoa e à Obra de Jesus Cristo. Se nós devemos em qualquer sentido pagar ou sofrer por causa dos nossos pecados, isso indica que a morte de Jesus não foi perfeita, completa, e um sacrifício suficiente.

Para os crentes, o estado pós-morte é estar “ausente do corpo e habitando com o Senhor” (II Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Note que não diz “ausente do corpo, no purgatório com fogo purificador”. Não, por causa da perfeição, completude e suficiência do sacrifício de Jesus, nós estamos imediatamente na presença do Senhor após a morte, completamente purificados, livres do pecado, glorificados, perfeitos e finalmente santificados.


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Fonte:http://www.gotquestions.org/Portugues/purgatorio.html

O que faz um cristão ser mártir?

07.12.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

O que faz um cristão ser mártir?
Quantos cristãos realmente estão morrendo por sua fé?

Com uma frequência preocupante, chegam noticias de diversas partes do mundo sobre cristãos sendo mortos por causa de Cristo. Não há dúvidas de que o martírio cristão existe desde o primeiro século. Contudo, permanece a dúvida: Exatamente quantos cristãos são mortos por sua fé? Uma reportagem recente da BBC questionou a assustadora soma de 100.000 mortes anualmente que vinha sendo divulgada pelo Vaticano, que levou os dados ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em maio. O que faz um cristão ser mártir?
O ex-diplomata Judd Birdsall, que trabalhou no Escritório de Liberdade Religiosa do Departamento de Estado americano, questiona o uso do termo “martírio” para se falar de tantas mortes com conotações políticas.A estimativa de cem mil surgiu no Centro para Estudo do Cristianismo Global (CSGC), do conceituado Seminário Teológico Gordon-Conwell. Um dos motivos para ser contestada é que inclui os cristãos mortos em conflitos civis, não apenas por sua fé. A BBC descobriu que o CSGC usou para sua análise anual os mortos na guerra civil da República Democrática do Congo.
Ele pede que seja feito uma análise mais detalhada, sem ignorar as diferentes nuances do assunto. “Mesmo as estimativas conservadoras da gravidade da perseguição nos permitem dizer ao mundo: Sabemos o que tem acontecido e a realidade pode ser pior”, escreveu recentemente em um artigo para o site Religion News Service.
Por outro lado, a missão Portas Abertas divulga a estimativa de que o número de cristãos mortos por sua fé em 2012 é de 1.200. Todos os anos, o grupo preparar uma lista anual dos 50 países com maior perseguição aos cristãos. Porém, registra apenas as mortes verificáveis. A imensa maioria das mortes no ano passado (791) são atribuídas ao Boko Haram, o grupo terrorista islâmico na Nigéria.
Frans Veerman, um dos diretores da Portas Abertas,  explica que os cristãos assassinados em regiões de conflito são facilmente identificados. Contudo, existe uma série de casos que os cristãos não são assassinados, mas morrem em consequência de privações de suas necessidades básicas de comida e atendimento médico.
No entanto Veerman inclui também um segundo grupo que pode ser considerado como mártires demais: os cristãos que morrem devido à discriminação de longo prazo, através da privação de necessidades básicas, como água potável e cuidados médicos.
“Martírio é qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação da pessoa com Cristo. Isso pode incluir atitudes e palavras hostis… Os cristãos nem sempre são mortos, mas sofrem tanto com as leis e restrições que vão perecendo ao longo de anos. Por isso, algumas pessoas não são contadas como mártires, pois não foram mortos no ato”.
Levando algumas dessas questões em consideração, a Sociedade Internacional para os Direitos Humanos estima entre 7.000 a 8.000 martírios cristãos por ano.
O estudioso John Allen, autor do livro “A Guerra global contra os cristãos”, lançado este mês, parece ter reacendido o debate. “A verdade é que hoje em dia, dois terços dos 2,3 bilhões de cristãos do mundo vivem em bairros perigosos. Em sua maioria são pobres. Muitas vezes pertencem a minorias étnicas, linguísticas e culturais. Acredito que olhar para isso nesse momento é mais importante do que tentar divulgar o número exato de mortos por sua fé”. Com informações Religion Today e World Watch Monitor.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/faz-cristao-ser-martir/

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Imã se converte ao cristianismo e enfrenta a fúria da família

06.12.2013
Do portal GOSPEL PRIME, 
Por Leiliane Roberta Lopes

Há 18 anos ele não volta para a sua cidade natal onde seus pais fizeram um túmulo com o seu nome  

Imã se converte ao cristianismo e enfrenta a fúria da famíliaImã se converte ao cristianismo e enfrenta a fúria da família

A história de Mario Joseph surpreende muitas pessoas. O indiano nasceu em um lar muçulmano e aos 8 anos de idade foi enviado para uma escola corânica para se tornar um imã (sacerdote islâmico).

Depois de 10 anos de estudo ele se tornou um imã, mas logo se converteu ao cristianismo. “Um dia, eu estava pregando na mesquita que Jesus Cristo não era Deus e então uma pessoa do público me disse para não dizer isso; e me perguntou quem era Jesus Cristo”, lembra Joseph em entrevista ao Lartaún de Azumendi.

Para responder a pergunta sobre quem era Jesus, ele precisou reler o Alcorão e ali descobriu que o livro sagrado dos muçulmanos também fala que Jesus Cristo é a Palavra de Deus. “O Alcorão diz que Maomé está morto, mas que Jesus Cristo ainda está vivo. Então, quando eu li isso, me perguntei: quem devo aceitar: o que está morto ou o que está vivo?”, questionou.

Mario Joseph continuo a estudar o Alcorão e encontrou suas respostas optando por deixar o islã para se tornar cristão. “Abri o Alcorão e li, no capítulo 10, versículo 94, que os que tinham uma dúvida assim, deveriam ler a Bíblia. Por isso, decidi começar a ler e estudar a Bíblia. Então, percebi quem é o Deus verdadeiro e, partir disso, abracei o cristianismo.”

Sua conversão causou grande alvoroço em uma região composta por muçulmanos, hindus e poucos cristãos. O ex-imã enfrentou muitos problemas, inclusive em sua família, pois o seu pai não aceitou a mudança de religião e ainda enterrou um boneco em uma lápide que leva o nome de Mario Joseph, dizendo assim que não tem mais filho.

Mas antes de ele tomar essa decisão radical, ele castigou Mario severamente. “Meu pai me espancou e me levou para casa. Quando chegamos, ele me trancou em um quarto, amarrou minhas mãos e meus pés, deixou-me nu, colocou pimenta nos meus olhos, boca e nariz, e me deixou lá, assim, sem comida, durante 28 dias.”

Ele precisou ser firme em confessar sua decisão de aceitar a Cristo diante de um pai furioso que estava com uma faca na mão. Mas ao confessar, ele viu uma luz muito forte entrando pelo quarto que fez com que seu pai caísse no chão machucando a mão.

“Nesse momento, minha família, assustada, o socorreu e o levou ao hospital, mas se esqueceu de trancar a porta. Eu pude sair e pegar um táxi, para ir ao centro de retiros de onde tinham me tirado, e fiquei lá, escondido.”

O centro era um espaço de acolhimento da Igreja Católica, foi ali que ele ficou escondido, desde então, isso faz 18 anos, ele nunca mais voltou para a casa e se tornou um pregador católico. Com informações Aleteia.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Certo, mas ainda errado

05.12.2013.
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por David McClister

Amoralidade é um dos tópicos mais mal-entendidos dos nossos dias. Seria uma exposição grosseiramente incompleta dizer que há muita confusão neste assunto na nossa sociedade atual. Isso acontece por várias razões, sendo uma das primeiras o abandono pela nossa cultura da idéia da verdade absoluta. Jogue a verdade absoluta pela janela e não há motivo de chamar algo de certo ou errado.

Uma outra maneira que a moralidade é freqüentemente mal-entendida é por uma super-simplificação dos assuntos sobre certo e errado. Há algumas coisas que são inerentemente erradas e nada poderá mudar isso (mentir, assassinar, roubar, etc.) Fazer o certo é um pouco mais complicado, porque há mais que considerar em fazer o certo do que a ação em si. Devemos pesar vários fatores, dos quais todos têm que estar certos antes de podermos dizer que fizemos bem. Resumindo, às vezes é possível fazer algo que em outras situações seria bom e direito, mas ainda acabar errado. Deixe-me sugerir três exemplos:

Fazer a coisa certa, mas pelo motivo errado

Em Mateus 6, Jesus criticou os fariseus por algo que deveria ser chocante para eles. Ele contestou as suas orações, os seus jejuns e o seu auxílio aos pobres. Não era o fato de fazerem estas coisas que provocou a repreensão de Jesus. De fato, estas eram, em si, coisas perfeitamente boas de se fazer. O que Jesus não gostou era a razão dos fariseus fazerem estas coisas. Fizeram a sua justiça, para serem vistos pelos homens, para receber elogios dos homens. Pegaram coisas que deveriam ser expressões de abnegação e humildade e as utilizaram para o seu próprio orgulho e egoísmo. De fato, os fariseus se tornaram mestres neste tipo de perversão da vontade de Deus. 

Por exemplo, piedosamente devotariam todo o seu dinheiro a Deus para que tivessem uma desculpa por não cuidar dos seus pais (Mateus 15:3-9). Fizeram coisas boas com más intenções. Isaías reclamou de maneira parecida a respeito dos judeus da sua época que pensaram que Deus se agradava apenas com o ritual do sacrifício e que a moralidade pessoal não era uma consideração em agradar a Deus. Como estavam errados! Eles sacrificavam, o que normalmente era uma coisa boa, mas Deus se recusou a aceitar os seus sacrifícios por causa das intenções com as quais foram oferecidos.

Se fizermos o que Deus mandou por razões que não sejam as que Deus tinha ao dar os mandamentos, então não estamos corretos em fazê-los. Por exemplo, você pode saber de alguma falha em alguém. Seria errado mentir sobre isso. Mas nem sempre é necessário nem benéfico falar sobre isso, e se você falar a verdade com o propósito de magoar ou envergonhar alguém, então você não fez bem mesmo que tenha contado a verdade. Às vezes, contar a verdade pode magoar alguém sem necessidade, e o silêncio seria melhor. Ou se alguém é batizado para ser como os seus amigos, ele fez algo que Deus mandou mas por uma razão totalmente errada. O valor de boas obras pode ser negado pelos motivos errados.
Fazer a coisa certa, mas da maneira errada

Às vezes, não são as nossas motivações que arruinam as nossas boas obras, mas os nossos métodos. É importante fazer a coisa certa de tal maneira que não derrote a bondade da obra em si. Isso tem várias aplicações. Considere, por exemplo, a pregação do evangelho. O evangelho é uma boa nova e alegra ao ouvi-lo. Não devemos torná-lo más notícias que ninguém agüenta ouvir pela maneira que nós a apresentamos. Devemos falar a verdade em amor (Efésios 4:15), não por maldade ou má vontade. 

Alguns na época de Paulo estavam pregando o evangelho com o propósito de tornar a prisão de Paulo mais difícil (Filipenses 1:15). Alguns hoje em dia parecem gostar de pregar de uma maneira que intencionalmente ofende a sua platéia. Isso apenas estraga qualquer chance que o evangelho teria com algumas pessoas e perverte a mensagem sagrada de Deus. De maneira parecida, às vezes precisamos repreender um irmão ou uma irmã quando faz algo errado. Mas como fazemos isso pode mudar completamente o final da história. Podemos repreender de uma maneira degradante e arrogante (o que não adiantará nada), ou podemos restaurar os errantes num espírito de mansidão e humildade (Gálatas 6:1), o que é a maneira correta de fazê-lo e que encoraja o pecador a se arrepender.

Também podemos considerar um exemplo que envolve o trabalho da igreja. A Bíblia claramente ensina que é a vontade de Deus que a igreja local dê sustento financeiro aos que se dedicam à pregação do evangelho (1 Coríntios 9; Filipenses 1:5; 4:15). Nos tempos modernos, porém, algumas pessoas montaram organizações humanas (sociedades missionárias e igrejas patrocinadoras) para “ajudar” a igreja neste trabalho. Com tais arranjos o pagamento do evangelista é enviado, não diretamente ao evangelista, mas a uma outra igreja ou organização humana que age como mediadora na transação. Não há autoridade nas Escrituras para isso. Certo, é correto sustentar o evangelista, mas deve ser feito de acordo com o padrão de conduta da igreja primitiva como foi registrado no Novo Testamento. O pecado da sociedade missionária ou a igreja patrocinadora está em como funciona para fazer o que Deus mandou fazer de outra maneira. Faz a coisa certa, mas da maneira errada.
Chegando à conclusão correta, mas pelos motivos errados

Por que é errado mentir? Pergunte para praticamente qualquer descrente e poderá dizer “porque magoa as outras pessoas”. Esta é uma resposta típica que vem do pragmatismo – a idéia de que algumas coisas não devem ser feitas, não porque são moralmente erradas, mas porque têm efeitos desagradáveis ou maléficos (em efeito, é errado porque não funciona bem na sociedade). Suponho, de acordo com este tipo de pensamento, que, se alguém conseguisse achar uma maneira de tornar a mentira benéfica, então seria aceitável mentir. É errado mentir, mas o fato de ser maléfico aos outros não é o motivo que é errado. É errado porque Deus disse que é; é errado porque a língua mentirosa fala de um coração decepcionante e malicioso que é motivado pelo mal. A mentira é má, e é isso que é errado com ela. O fato de ser prejudicial aos outros apenas acrescenta, ou é um produto maior, da sua maldade.

Coisas parecidas estão sendo ditas sobre a prática comum das pessoas se juntarem (incluindo a relação sexual) antes do casamento. Todos os tipos de estudos concluíram que tais junções não dão certo; apenas desencorajam o compromisso, resultam em crianças indesejadas e lares com apenas um pai, etc. Mas por mais que estas coisas sejam más, não são o motivo que “se ajuntar” é errado. É errado porque é fornicação, e Deus condena a fornicação por viver a lascívia da carne. O fato que produz vários efeitos ruins é simplesmente uma função do problema real.

Devemos ter certeza de estarmos corretos em todos os aspectos do nosso comportamento, não só em obras.
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Deixando Deus ser Deus

05.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” (Salmo 100:3).

Se a nossa busca por Deus não for reverente, será mal-sucedida. Temos de reconhecer a soberania de Deus sobre nós, vendo-o não somente como o Criador, mas também como o nosso sustentador e reitor. É a nossa tentativa de nos regermos por nós mesmos que nos tem encrencado, e antes que o reino de Deus possa “chegar”, o nosso precisa “sair”. Temos de humilde, confiante e contentemente deixar Deus ser Deus.

Humildade. Em um mundo obcecado por si, o louvor a Deus torna-se, muitas vezes, pouco mais que o louvor aos nossos desejos. Demandamos que Deus seja aquilo que almejamos e que ele resolva os nossos problemas da maneira que prescrevemos. Mas Deus não existe para nossos propósitos pragmáticos, e o aviso de Oswald Chambers é sábio: “Cuidado com a tendência de ditar a Deus as conseqüências que você permitiria como condição de sua obediência a ele”.

Confiança. Aqueles que se sentam no trono de Deus e tentam controlar o que acontece no mundo logo reconhecem que o trabalho é, para um ser humano, tão estressante quanto impossível. Como nos liberta ficar calmos e deixar que Deus cuide do funcionamento do universo! A pessoa que o busca de forma reverente descansa na confiança que se pode contar com Deus para supervisionar o mundo sem o nosso conselho e fazer acontecer seus propósitos sem o nosso auxílio.

Contentamento. Deus deve ser o nosso centro, a fonte completa de nossa adequação, a única coisa que verdadeiramente precisamos. Quando chegarmos a entender a sua suficiência, e quando confiarmos nele sem reservas para suprir as nossas necessidades pela segurança e significância, poderemos experimentar uma paz que de outra forma seria inatingível. Dag Hammarskjold expressou a essência da paz nestas palavras: “Diante de ti em humildade, contigo na fé, em ti na paz”.

Buscar a Deus – na verdade e não com orgulho e auto-suficiência – é buscá-lo em reverência. É direito de Deus, não nosso, de estabelecer os termos de nossa relação com ele, e essa comunhão não será o que ansiamos até que deixemos Deus ser Deus. “Foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio.”

O grande ato de fé é um homem decidir que ele não é Deus.
(Oliver Wendell Holmes)
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Evidências: A documentação da Bíblia

05.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Jim Robson

Há atualmente muitos que têm a impressão de que as Bíblias que temos hoje em dia não são fiéis aos documentos originais. Além do mais, há alguns que ainda pensam que os seus vários livros não foram escritos quando esses próprios livros declaram ter sido escritos. Algumas pessoas pensam que os Evangelhos, por exemplo, não foram relatos de testemunhas oculares como declaram ser, mas são antes narrativas míticas escritas muito mais tarde de modo a estabelecer a doutrina dos cristãos. Perseguindo este tipo de questão, não estamos tentando estabelecer se a Bíblia é inspirada, mas se é autêntica: se o texto é fiel ao original, e se os livros originais foram escritos quando eles declaram ter sido. Neste artigo, olharemos para algumas das evidências que podem nos ajudar a responder a este tipo de questão.

Para se entender a evidência para a Bíblia, é necessário ter-se uns poucos conhecimentos. Primeiro, sabemos que a Bíblia é uma coleção de livros escritos num período de alguns séculos por aproximadamente 40 diferentes autores. Estes livros são divididos em duas seções principais, que chamamos o Velho e o Novo Testamento. Há um período de centenas de anos entre a escrita do último livro do Velho Testamento e o primeiro livro do Novo Testamento. Os estudiosos que se ocupam das questões relacionadas com a autenticidade da Bíblia aplicam a ela exatamente os mesmos testes que aplicam a todos os documentos antigos (ainda que tendam a aplicá-los um pouco mais rigorosamente a um livro que se declara ser inspirado por Deus). 

Estes testes cobrem uma variedade de assuntos, incluindo tanto evidência interna quanto externa. Evidência interna é a que pode ser determinada olhando-se dentro das páginas dos próprios livros. Evidência externa inclui evidência arqueológica e científica, evidência histórica e cultural, e evidência do manuscrito, que é um documento escrito à mão. Para nossos propósitos correntes, um manuscrito é um documento escrito antes do advento do processo de impressão mecânico (cerca de 1450 d.C.). Por causa das circunstâncias da escrita da Bíblia, o estudo da evidência do manuscrito é geralmente dividida em duas áreas separadas, uma para cada Testamento. No interesse do espaço disponível, examinaremos alguma evidência somente do Novo Testamento.

Primeiro, é interessante notar que os mais antigos manuscritos do Novo Testamento, ainda em existência, datam mais proximamente do tempo da autoria do que é o caso com outros livros antigos. Os mais antigos manuscritos dos escritos de Heródoto, por exemplo, datam aproximadamente de 1300 anos depois de sua morte; e isto não é incomum em livros antigos. Em contraste, há um fragmento do Evangelho de João na Biblioteca da Universidade John Rylands, em Manchester, Inglaterra, que é datado de cerca de 125 d.C. Uma vez que os estudiosos geralmente concordam que João escreveu seu Evangelho numa data mais tardia (entre 60 e 90 d.C.) do que os outros três escritores do Evangelho, este fragmento é especialmente significante. Mais ainda, há um fragmento do Evangelho de Mateus encontrado entre os manuscritos do Mar Morto, datando de antes de 68 d.C. – menos do que 35 anos depois da morte de Jesus! Somando-se a estes, há manuscritos contendo o Evangelho de João, a Epístola aos Hebreus, e a maioria das Epístolas de Paulo, datadas de cerca de 200 d.C. Há manuscritos de todos os quatro evangelhos, bem como outros livros do Novo Testamento, de 200 e tantos d.C. 

E na sala de manuscritos da Biblioteca Britânica está o manuscrito chamado Sinaiticus, que é datado de 350 d.C., o qual contém o Novo Testamento inteiro. Concluindo, a evidência do manuscrito aponta para a conclusão de que o Novo Testamento foi escrito quando ele declara ter sido escrito: entre cerca de 50 a 100 d.C.

Mas as datas dos vários manuscritos não são o único fator importante. A mera quantidade deles é nada menos do que impressionante. Os mais antigos manuscritos do Novo Testamento foram escritos em papiro, que é relativamente frágil e sujeito a deterioração, nisso não diferindo do papel. Se você viu um recorte de jornal de data tão recente como 1970, percebeu que ele mostra sinais de deterioração depois de apenas 30 anos. Com isto em mente, é uma maravilha que qualquer dos antigos manuscritos em papiro do Novo Testamento tenha sobrevivido a um período de 1500 anos ou mais. De fato, há cerca de 80 de tais manuscritos. E estes são apenas o princípio. No quarto século d.C., o pergaminho substituiu o papiro como o principal meio para cópias da Bíblia. Há próximo de 3000 manuscritos de pergaminho do Novo Testamento Grego, datando do quarto século até o décimo quinto século, quando a imprensa passou a dominar. Em contraste, temos apenas uma cópia manuscrita dos Anais de Tácito, que viveu certa de 55 a 120 d.C., a mesmíssima era dos escritos do Novo Testamento.

Até aqui, em nossa discussão, olhamos somente para os manuscritos do Novo Testamento em Grego, que é a língua na qual foram originalmente escritos. Somando-se aos gregos, há também uma grande quantidade de manuscritos que são versões, traduções para outras línguas. O simples fato que o Novo Testamento foi traduzido é impressionante quando consideramos que era muito incomum traduzir livros no tempo antigo. E o Novo Testamento não foi traduzido somente uma vez, nem foi muito tempo depois da escrita que as traduções começaram a aparecer. A Bíblia foi traduzida independentemente tanto para o Latim como para o Siríaco, algo entre 100 e 150 d.C. Foi traduzida para o Copta (um dialeto egípcio) nos anos 200, para o Armênio e o Georgiano nos anos 400, etc. No todo, há 5000 manuscritos do Novo Testamento ainda em existência. Com tão grande número de manuscritos, foi inevitável que aparecessem variações entre eles. A questão que fica, então, é a extensão e a significância destas variações. Para responder a esta questão, primeiro consideraremos mais alguns fatos a respeito das versões.

Cada uma das traduções, naturalmente, começou uma nova tradição. Por exemplo, quando fizesse cópias da Bíblia em Armênio, o copista geralmente não teria acesso ao manuscrito grego do qual a tradução original foi feita. Assim, ele teria que copiar diretamente da própria tradução armênia. E do mesmo modo, ao fazer mais tarde revisões da tradução: os revisores teriam que ir buscar a armênia existente, junto com quantas edições Gregas eles tinham disponíveis para eles; mas não teriam acesso ao manuscrito do qual a tradução tinha sido feita originalmente. E é assim com cada uma das línguas para as quais a Bíblia foi traduzida. Então, quando olhar para a tabela anexa, tenha em mente que cada uma das linhas verticais representa uma linha separada de transmissão. Ao determinar a exatidão do texto, então, os estudiosos modernos podem comparar cópias do Novo Testamento em um número de diferentes línguas, representando diferentes culturas e diferentes pontos de vista religiosos.

Quando consideramos as grandes diferenças entre as várias culturas representadas pelas traduções antigas, e o grande número das doutrinas variantes existentes nas religiões dessas culturas, esperaríamos haver tremendas diferenças nos textos bíblicos. Mas esse não é o caso. Ao contrário, mesmo com o enorme número de manuscritos e a diversidade das línguas, aproximadamente 85% do texto do Novo Testamento nem mesmo é questionado: em outras palavras, não há discordância entre os manuscritos para esta porção do texto. Quanto aos 15% para os quais existem interpretações variantes entre os manuscritos, a maioria dessas interpretações variantes é facilmente reconhecida como falsa, simplesmente por causa da esmagadora evidência dos manuscritos contra elas. Quanto à pequena porção restante, a maioria das interpretações variantes que não são facilmente descartadas como não autênticas, são tão insignificantes que não mudam substancialmente o significado das passagens nas quais elas ocorrem (ver nota 4). De fato, o renomado estudioso da Bíblia F. J. A Hort estima que as variações “substanciais” (aquelas que afetam o significado da passagem) afetam apenas um milésimo do texto (veja nota 2). E, ainda nestas poucas instâncias onde o sentido da passagem é afetado ela interpretação variante, o ensino atual da escritura continua incontestado.

Em conclusão, podemos notar que a evidência do manuscrito para o Novo Testamento é verdadeiramente avassaladora. Se abordarmos o assunto objetivamente, temos que admitir que toda a evidência do manuscrito aponta para a veracidade e autenticidade dos livros. Foram escritos quando declaram ter sido escritos, e por quem eles declaram ter sido escritos. E mais ainda, o texto que temos hoje é fiel aos documentos originais. Qualquer declaração, então, de que “a Bíblia foi mudada”, ou que “os Evangelhos foram escritos gerações depois do fato” é demonstrável como falsa. Em conseqüência, qualquer argumento ou doutrina construídos sobre uma tal declaração se desintegra. Sempre que pegamos uma tradução literal da Bíblia, temos em nossas mãos uma versão substancialmente apurada de alguns documentos antigos autênticos e muito importantes.

Obras citadas

1 - International Standard Bible Encyclopedia. G. W. Bromily, redator geral. 1988. Wm. B. Eerdmans Publishing Co. Vol. IV, p. 818.
2 - Kenneth L. Chumbley. The Gospel Argument For God. 1989. Página 26.
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Momentos na vida de Cristo: O homem a quem faltava uma coisa

05.12.2013
Do blog ESTUDOS BÍBLICOS
Por Gary Fisher

Havia um homem notável que um dia procurou Jesus para saber como poderia ir para o céu. Parecia um homem que ansiava por endireitar a vida com Deus. Embora tivesse levado uma vida de boa qualidade, dentro dos padrões morais e com decência e fosse um homem amável, ele percebeu que ainda lhe faltava alguma coisa. Ele reconheceu que Jesus poderia atender a essa necessidade e desejou muito melhorar.

Jesus disse ao homem que só lhe faltava uma coisa. Ele precisava vender tudo o que tinha, dar o rendimento aos pobres e segui-lo.”Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades” (Marcos 10:22). É claro que o homem de fato queria ir para o céu, mas não estava disposto a pagar um preço tão alto. A reação desse homem à resposta de Jesus demonstra que Jesus tinha acertado no diagnóstico de seu problema. Sem dúvida ele amava os seus bens mais que a Deus; e ninguém pode ir para o céu sem amar a Deus acima de todas as coisas.

Reflita sobre alguns pontos importantes:  Os homens bons, sinceros, de boa moral e humildes se perderão se amarem qualquer coisa mais que a Deus. ‚ O amor não faz rodeios. Jesus amava o homem, mas lhe disse com franqueza o que precisava ouvir. ƒ Uma só coisa pode levar-nos à perdição, caso amemos isso mais que a Deus. „ Jesus mandaria que abríssemos mão do que? Será que amamos as nossas coisas mais que a Deus? (É fácil dizer que amamos a Deus mais que às nossas posses). Ou será que existe uma pessoa, um prazer, um alvo, um vício... que eu ame mais que a Deus? … Muitos se vão embora tristes. O evangelho é exigente. Jesus exortou os homens a calcular as despesas. Poucos de fato amam a Deus mais do que a tudo; por conseguinte, poucos realmente seguem a Cristo.
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