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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O trabalho de juntar e colecionar

30.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por  Gary Henry

Porque Deus dá sabedoria, conhecimento e prazer ao homem que lhe agrada; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dar àquele que agrada a Deus. Também isto é vaidade e correr atrás do vento” (Eclesiastes 2:26).

Deixe Deus fora da consideração, e nossas vidas neste mundo chegam a ser nada mais do que obter e se livrar de “coisas”. Se nada existe a não ser a ordem natural, então as nossas atividades são variações do tema de “juntar e colecionar”. O ratinho que junta coisas e nós estamos fazendo praticamente a mesma coisa.

Bertrand Russell disse cinicamente que há dois tipos de trabalho humano: “primeiro, alterar a posição da matéria próxima da ou na superfície da terra para outra matéria” e “segundo, dizendo a outras pessoas que assim fazemos”. Se não há Deus, Russell está certo. O ato mais sublime do qual um ser humano é capaz significaria nada mais do que a mudança de moléculas de um lugar a outro, a mera manipulação de coisas. Seríamos, de fato, apenas “as pessoas que cuidam dos nossos pertences” (Frank Lloyd Wright).

No fundo, é claro, queremos acreditar que há mais na vida do que juntar e colecionar. 

Parecemos precisar de um relacionamento real com um Ser que é superior a nós. Mas estamos meramente nos envolvendo em pensamentos desejosos? Se estamos, então isto em si é um pensamento deprimente. Significaria que nos evoluímos ao ponto da nossa necessidade mais profunda ser por uma significância que é impossível no mundo real. Somos destinados a morrer de sufoco espiritual, precisando desesperadamente de “ar” que não existe fora da nossa própria imaginação.

Mas Deus existe. E o nosso anseio por significância é uma prova de nossa criação em sua imagem. Fomos criados para fazer mais do que manipular coisas materiais. Jesus disse, “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15). Se ignoramos a Deus, então tudo que resta é a anulação de nós mesmos em juntarmos e colecionarmos, e toda “possessão a mais nos carrega com um novo cansaço” (John Ruskin). Mas há mais tantas coisas possíveis para pessoas criadas por Deus! Como é triste nos gastarmos materialmente e nos resignarmos ao “vazio de uma vida ocupada”.

O mundo está muito conosco, tarde e cedo,
Ganhando e gastando, desperdiçamos os nossos poderes (William Wordsworth).
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domingo, 22 de dezembro de 2013

O coração unido

22.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“Ensina-me, Senhor, o teu caminho, Deus meu, de todo o coração, e glorificarei para sempre o teu nome” (Salmo 86:11).

Somente quando buscamos a Deus com o coração inteiro, encontramos a paz que vem da integridade. Se buscamos com menos do que o coração inteiro, o resultado será menos que a alegria.

A indecisão a respeito de Deus é descrito em português como “ânimo dobre” – e o ânimo dobre é um hábito caro. Com tanto contentamento sendo arriscado, por que nós trememos?

 Por que não escolhemos a Deus com mais vontade? Mesmo que digamos que desejamos a comunhão com Deus, talvez simplesmente não estamos dispostos a abandonar a alternativa. 

Suponhamos que deve ter alguma maneira de ter o melhor dos dois mundos. Mas tais tentativas não tem sabedoria, proverbialmente. “O progresso sempre consiste em pegar uma de duas alternativas, abandonando a tentativa de juntá-las” (Albert Schweitzer). Quando há uma escolha entre Deus e o diabo, a abordagem “eclética” é a pior escolha de todas.

“Une o meu coração em temor ao seu nome.” Esta é uma oração pela integridade de um coração puro, um que não é somente limpo, como também decisivo. Tiago escreveu: “Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros....e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração” (Tiago 4:8). O que precisamos é a coragem de buscarmos a Deus com um único propósito. Devemos orar para que Deus “nos dê o intelecto, sabedoria de compreender aquela coisa; para o coração, a sinceridade de receber esta compreensão; 
para a vontade, a pureza que dá vontade de uma única coisa” (Soren Kierkegaard). Aqueles com integridade piedosa são aqueles que conhecem e amam e tem vontade de apenas uma coisa: a glória de Deus.

No fim, olharemos para trás e veremos que muitas coisas boas foram perdidas por demorarmos na indecisão? Enquanto nós demoramos, com os corações divididos e as cabeças não feitas, deixamos passar muitas das bênçãos que vêm da disciplina e ação decisiva?

Que aspiremos às alegrias do coração unido. Que sejamos devotos na nossa devoção e inteiros na nossa santidade. Que Deus nos ajude a tomar as nossas decisões.

Se você tivesse idéia de quanta paz interior você ganharia para si, e quanta alegria você traria aos outros, se devotando inteiramente a Deus, você certamente prestaria mais atenção no seu progresso espiritual
(Thomas à Kempis)
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O que se torna possível pela fé

19.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus...” (Hebreus 11:6).

É possível que agrademos a Deus, porém somente pela fé podemos fazê-lo. O exemplo de Enoque nos mostra como podemos nos identificar com Deus quando temos fé real. 

Enoque “andava com Deus” (Gênesis 5:24). E sua caminhada com Deus, baseada na fé, teve resultados incríveis. “Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes de sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus” (Hebreus 11:5).

De acordo com o texto, Enoque agradara a Deus pela fé. Isso quer dizer que o mero fato de “crença” intelectual agrada a Deus? Não! Temos que ter uma fé que busque diligentemente a Deus em uma confiança que seja tanto esperançosa quanto amorosa. “Visto que andamos por fé e não pelo que vemos. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor. É por isso que também nos esforçamos, quer presentes, quer ausentes, para lhe sermos agradáveis.” (2 Coríntios 5:7-9). Se fizermos com que o nosso objetivo agrade a Deus, temos de compreender que essa possibilidade maravilhosa somente pode ser realizada pela obediência que vem pela fé. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6).

A fé faz parte do grande trio: fé, esperança e amor. E, de fato, a fé que torna possível agradar a Deus possui uma grande quantidade de esperança e amor. Esses três atributos espirituais olham para o futuro com confiança. Trabalhando juntos, produzem a “operosidade da fé”, a “abnegação do vosso amor” e a “firmeza da vossa esperança” (1 Tessalonicenses 1:3).

Considere que a fé pela qual chegamos a Deus e lhe agradamos não vive sem a esperança real. Enquanto a fé nos dá esta visão de como são grandes as nossas possibilidades com Deus, é a esperança que fervorosamente deseja que essas possibilidades se realizem. Mais do que isso, a esperança espera que se realizem! E essa esperança nos leva a imitar o caráter de Deus e crescer na pureza. “E a si mesmo se purifica todo aquele que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 João 3:3).

Pela fé, buscamos agradar a Deus porque o amamos. É a fé que dá asas ao desejo natural do amor. Demonstrando-nos, não somente que Deus pode se contentar conosco, mas também como podemos fazê-lo, a fé dá a verdadeira substância ao desejo mais elevado do amor: agradar ao nosso Deus amado.

A fé é o amor tomando a forma de aspiração.
(William Ellery Channing)
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Fazer o que devemos: As chaves para a consistência

17.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por  Gary Henry

Há poucos entre nós que não gostariam de melhorar a consistência de sua obediência. Fazemos o que acreditamos ser um esforço honesto para agradar a Deus, mas nós nos encontramos tropeçando e falhando em seguir a nossa consciência. Podemos identificar a dor que Paulo descreveu em Romanos 7:15-24: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto...Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço...Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" É esta desventurança, é claro, que originalmente nos trouxe ao pé da cruz buscando sermos salvos. Porém tendo sido perdoados dos nossos pecados anteriores, nós nos encontraremos frustrados nas falhas na nossa obediência.

O pecado é uma realidade contínua para nós, mesmo como cristãos. João escreveu: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1 João 1:8). Isto quer dizer que continuaremos a lutar com o pecado enquanto vivemos neste mundo. Apesar de tentarmos como podemos (e como devemos), nós não conseguimos ser perfeitos. O fato de sermos falíveis, porém, não quer dizer que somos incapazes. Há algo que podemos fazer, e é simplesmente isso: podemos melhorar! Podemos aprender a sermos mais consistentes na nossa obediência. E simplesmente não podemos nos permitir a aceitar algo menos.

Me parece que este é um assunto de imensa importância. Aprender a ganhar vitórias cruciais contra o pecado e realmente crescer na consistência da nossa obediência é, acredito, um dos maiores desafios diante do povo do Senhor na nossa época. Pretendo devotar o resto da minha vida a “destrancar” este assunto, principalmente para a minha própria necessidade espiritual, mas também para o benefício de qualquer outra pessoa que ouvirá o que uma pessoa que também luta tem descoberto.

Pelo valor que tiver, o seguinte é o resumo de uma série de cinco pregações que estou tentando preparar para somar aquilo que aprendi até agora, principalmente nos últimos cinco ou seis anos. Estes princípios significam mais para mim num nível pessoal do que qualquer outra coisa que eu tenho tentado aprender ou ensinar. Estou convencido de que, se você considerá-los com muito pensamento, você verá a possibilidade de algumas coisas que poderiam fazer uma diferença real na sua vida também.

1. Esclarecer o nosso caráter. Não faremos muito progresso em melhorar a nossa conduta até que vejamos que a nossa conduta é produzida pelo nosso caráter. Se freqüentemente nos encontramos agindo de maneiras que contradizem o que dissemos que são os nossos princípios, em algum ponto temos que perguntar se estes são verdadeiramente os nossos princípios reais! Talvez precisemos esclarecer quem é que realmente pretendemos ser, e fortalecer o nosso compromisso com aquelas coisas que dizemos ser os nossos princípios.

2. Manter a nossa visão limpa. Até quando nós somos verdadeiramente e profundamente comprometidos com os princípois da justiça, o diabo é engenhoso em encontrar meios de nos distrair e nos enganar, fazendo-nos momentâneamente esquecer como certas coisas são importantes para nós. Devemos aprender como, nos momentos difíceis, lembrar quem nós somos. Devemos desenvolver a habilidade de parar e pensar. A chave para a obediência do próprio Jesus era a sua habilidade de manter em foco claramente quem ele realmente era e para onde ele estava indo. Devemos olhar “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12:2).

3. Treinar a carne. Se acharmos que a nossa carne está fraca demais para carregar de uma maneira confiável as instruções do nosso espírito, precisa ser fortalecida. Se tem sido indisciplinada por um tempo longo, a carne está acostumada a fazer o que quiser e resistirá ser colocada em submissão a uma autoridade maior. Mas com tempo e treinamento incremental, pode-se trazer a carne para a submissão. Paulo disse: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão” (1 Coríntios 9:27). A carne não precisa ser o tropeço que o deixamos ser no passado. Há coisas específicas que podemos fazer para fortalecê-la. Pode, de fato, ser treinada a ser um dos nossos aliados espirituais maiores. Podemos aprender a usar os nossos corpos corretamente, como instrumentos pelo qual Deus será glorificado (1 Coríntios 6:20).

4. As fontes da força espiritual. Em momentos de necessidade específica, não podemos ter acesso a mesma força espiritual que os santos de antigamente se não vivemos como eles viveram. Há certas atividades que são os meios pelos quais adquirimos a força espiritual e a sabedoria, e devemos construir estas “disciplinas” nas nossas vidas diárias. Coisas tais como oração, estudo das Escrituras, adoração, meditação e comunhão com o povo de Deus podem parecer comuns, mas são nada menos do que as atividades pelas quais nos tornamos fortes no nosso relacionamento com Deus. Está na hora de aprendermos como olharmos de maneira prática para estas disciplinas como fontes de crescimento e força espiritual.

5. Obediência de momento a momento. Tudo sobre a vida e a piedade chega ao domínio pacífico dos momentos que vêm e vão. Ninguém é forte ou sábio o suficiente para lidar com tudo que a vida nos manda de uma vez, e apenas nos desanimamos tentando tomar uma abordagem maior a obediência do que é possível. A verdade é que, a vida chega para nós em momentos, um de cada vez, e estes momentos individuais sempre são possíveis de lidar. 

Há muitas coisas que podemos aprender para nos ajudar a lidar com eles de maneira mais bem-sucedida na nossa obediência a Deus. É possível nós vivermos o mesmo tipo de vida que Enoque, que “antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus" (Hebreus 11:5).

A obediência a Deus nunca pode ser completamente “automática”. Não há nenhuma maneira de eliminar a necessidade de escolher a obediência em cada momento que acontece conosco. Sim, há coisas que podemos aprender que nos ajudarão. E sim, podemos pegar um certo embalo que terá a tendência de nos manter indo na direção certa. Mas levando em conta todas estas coisas, ainda devemos dizer que os atos individuais de piedade são escolhas que devemos fazer.

Nem sempre faremos as escolhas certas, é óbvio. Não podemos ser perfeitos, mas podemos melhorar. 

1. Podemos melhorar o nosso próprio caráter, esclarecendo quais são nossos verdadeiros princípios e fazendo um compromisso mais forte para com eles. 

2. Podemos manter a nossa visão mais clara e nos esforçar mais em ver as distrações do diabo. 

3. Podemos, pelo treino paciente, ensinar a nossa carne a ser mais forte, isto é, mais um aliado e menos um inimigo. 

4. Podemos desenvolver mais as disciplinas espirituais e viver um estilo de vida geral que conduz a força espiritual. 

5. Podemos melhorar em como lidamos com os momentos e tornar-nos mais consistentes nas nossas escolhas.

Resumindo, podemos aprender a sermos mais "limpos de coração" (Mateus 5:8). Podemos viver diante do nosso Deus com uma paixão mais inteira por ele a sua vontade. Podemos ser "aquele que se aproxima de Deus"(Hebreus 1:6). E "esquecendo...das coisas que para trás ficam e avançando para s que diante de mim estão", podemos ser aqueles que prosseguem “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:13-14).
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nossa necessidade mais profunda, nossa maior recompensa

13.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

Deus recompensa aqueles que o procuram diligentemente. Para chegarmos a Deus, devemos acreditar nesta grande verdade. Agindo confiantemente na fé e procurando-o com paixão, encontraremos o Deus que fomos criados para apreciar. Ele nos prometeu que não só lhe alcancaríamos, mas que nele encontraríamos tudo o que os nossos corações verdadeiramente desejam. Nas horas de conforto, como também nas horas de dor, devemos sempre buscar a Deus. Devemos procurá-lo com diligência e determinação, e também com amor, confiando que no fim de nossa busca ele mesmo, e somente ele, será a nossa recompensa.

Duas coisas são necessárias. Devemos observar que a nossa mais profunda necessidade é de Deus e devemos então procurar suprir essa necessidade somente em Deus. A primeira delas é talvez a mais difícil de se fazer. Superficialmente, parece que desejamos tantas coisas mais visíveis e mais imediatas que é difícil enxergar como precisamos de Deus. Maior do que todos os nossos desejos, este é o principal: nosso anseio por Deus. Desejamos Deus porque fomos criados para ele; quando reconhecermos honesta e humildemente a importância dessa necessidade, então estaremos prontos a buscar a Deus. Precisamos nos devotar com todo o coração à procura dele, sendo a nossa esperança maior a de entrar em sua presença e gozar de sua comunhão.

Tendemos a não procurar por Deus quando nossas vidas estão confortáveis. Se nossas necessidades temporais estão sendo supridas, imaginamos que podemos cuidar de nós mesmos e acabamos nos esquecendo de Deus. Por este motivo, ele deixa cada um de nós sofrer alguma privação. As necessidades que não são supridas podem ser diferentes para cada pessoa, mas cada um de nós tem o seu coração partido de alguma maneira. Seremos ensinados a permanecer sem algumas das coisas das quais necessitamos profundamente, para aprendermos que fomos criados para apreciar algo que não está totalmente disponível neste mundo. Somente Deus pode satisfazer inteiramente a nossa fome e sede, e sempre nos levar em direção à satisfação nele. Deus está nos ensinando que, se temos corações para aprender, ele é a única coisa sem a qual não podemos viver.

Acima de tudo, estou convencido da necessidade irrevogável e sem fuga, de cada coração humano, por Deus.

Não importa como tentamos escapar, ou nos perder em buscas agitadas, não podemos nos separar da nossa origem divina.

Não há substituto para Deus. (A.J. Cronin)
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Deus não só dá, ele recebe graciosamente

13.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também na sinceridade de meu coração dei voluntariamente todas estas coisas; acabo de ver com alegria que o teu povo, que se acha aqui, te faz ofertas voluntariamente. Senhor, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre no coração de teu povo estas disposições e pensamentos, inclina-lhe o coração para contigo” (1 Crônicas 29:17-18).

O que poderíamos dar que daria prazer a Deus? Nenhum de nós jamais deu a ele algo que não era falho ou incompleto. Há algum oferecimento dentro do nosso poder de dar que não ofenderia a majestade de Deus? Parece quase presunçoso pensar em nós darmos algo a Ele. Mesmo assim, não somos encorajados apenas a dar, como também somos encorajados a acreditar que os nossos presentes são verdadeiramente significantes ao nosso Criador.

O desejo em si é que tenhamos algo para dar a Deus, certamente, uma resposta para o seu amor por nós. João escreveu: “O amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou.... Nós amamos porque ele amou primeiro” (1 João 4:10, 19). Em qualquer doação entre nós e o Criador, é sempre Deus que toma a iniciativa. O que for que nós dermos é apenas devolver a Deus. “Porque quem sou eu, e quem é meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos ” (1 Crônicas 29:14).

Permanece verdadeiro, porém, que podemos dar algo a Deus. E mesmo que os nossos presentes não cheguem à perfeição que ele merece, a verdade maravilhosa é que Deus ainda está pronto a recebê-los. Jesus chegou até a dizer: “Eis que estou á porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”(Apocalipse 3:20). O Senhor está ansioso em gozar de nossa hospitalidade sincera. Ele fica feliz em jantar na nossa mesa!

Mesmo assim, precisamos de uma certa coragem para nos oferecer de volta a Deus. Somos tentados a pensar que nenhum dos nossos esforços fracos de amar a Deus fará diferença para ele. Mas certamente vão. Quando continuamos a oferecer a Deus o que for possível, levantar-nos depois de cada derrota e resistir à sugestão do diabo de que devemos desistir, o que estamos oferecendo a Deus é um coração leal. E Deus não só encontra a verdadeira alegria neste presente, ele nos cerca com a força de ir para frente. “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele; nisto procedeste loucamente; por isso; desde agora, haverá guerras contra ti” (2 Crônicas 16:9).

Deus não ouve música mais doce que os sinos rachados do corajoso espírito humano tocando no reconhecimento imperfeito do seu amor perfeito.
(Joshua Loth Liebman)
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/200526.htm

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O amor da alma chegando em casa

08.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“Coroa de honras são as cãs, quando se acham no caminho da justiça” (Provérbios 16:31).

Nos últimos anos da nossa vida, nossos corações podem vir a amar muitas coisas a respeito de Deus que as nossas mentes aprenderam sobre ele na nossa juventude. Na nossa jornada em direção a Deus, a experiência pode nos capacitar a apreciar o que disse Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem” (Jó 42:5). É apenas a passagem dos anos, para muitos de nós, que pode mudar o nosso conhecimento dos fatos em uma calma compreensão e sabedoria carinhosa. Na velhice, podemos ver melhor quanto é verdadeira a verdade.

Para começar, há uma diferença entre conhecer a Deus pela teoria e conhecê-lo pela experiência. Se a escolha é entre a verdade e a mentira, obviamente é uma coisa boa aprendermos a verdade sobre Deus enquanto somos jovens. Mas é só depois de termos tido alguns anos para lidar com a verdade durante as experiências sobe-e-desce na vida que realmente apreciamos o valor do que sabemos de Deus. É na vivência real que chegamos a valorizar a verdade da verdade de Deus. Davi disse: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34:8). Quanto mais temos vivido com Deus, mais doce se torna a sua bondade.

Mas há mais uma coisa a respeito da idade. Como disse F. W. Robertson: “Ser homem na vida cristã é melhor que ser menino, porque é uma coisa mais madura; e a velhice deve ser uma coisa mais brilhante e mais calma e mais serena do que ser homem.” Uma razão por esta serenidade é que, normalmente, o cristão mais velho está mais próximo de alcançar o céu do que o jovem. E quanto mais nos aproximamos do nosso verdadeiro lar, mais valorizamos o amor do nosso Pai que nos espera lá. Não foi Paulo o jovem, mas Paulo o velho (Filemon 9), que escreveu estas palavras de amor esperançosa: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 

Já agora a coroa da justiça me esta guardada , a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2 Timóteo 4:6-8). Conforme passam os anos, o “pensamento mais doce e solene” a qual se refere o grande hino de Phoebe Cary encherá mais os nossos corações: “Um pensamento doce e solene me vem à cabeça vez após vez: hoje estou mais próximo do meu lar do que qualquer outro dia.” 

A velhice pode amar a Deus mais que um doutor em teologia.
(Bonaventura)
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/200525.htm

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Deixando Deus ser Deus

05.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“Sabei que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” (Salmo 100:3).

Se a nossa busca por Deus não for reverente, será mal-sucedida. Temos de reconhecer a soberania de Deus sobre nós, vendo-o não somente como o Criador, mas também como o nosso sustentador e reitor. É a nossa tentativa de nos regermos por nós mesmos que nos tem encrencado, e antes que o reino de Deus possa “chegar”, o nosso precisa “sair”. Temos de humilde, confiante e contentemente deixar Deus ser Deus.

Humildade. Em um mundo obcecado por si, o louvor a Deus torna-se, muitas vezes, pouco mais que o louvor aos nossos desejos. Demandamos que Deus seja aquilo que almejamos e que ele resolva os nossos problemas da maneira que prescrevemos. Mas Deus não existe para nossos propósitos pragmáticos, e o aviso de Oswald Chambers é sábio: “Cuidado com a tendência de ditar a Deus as conseqüências que você permitiria como condição de sua obediência a ele”.

Confiança. Aqueles que se sentam no trono de Deus e tentam controlar o que acontece no mundo logo reconhecem que o trabalho é, para um ser humano, tão estressante quanto impossível. Como nos liberta ficar calmos e deixar que Deus cuide do funcionamento do universo! A pessoa que o busca de forma reverente descansa na confiança que se pode contar com Deus para supervisionar o mundo sem o nosso conselho e fazer acontecer seus propósitos sem o nosso auxílio.

Contentamento. Deus deve ser o nosso centro, a fonte completa de nossa adequação, a única coisa que verdadeiramente precisamos. Quando chegarmos a entender a sua suficiência, e quando confiarmos nele sem reservas para suprir as nossas necessidades pela segurança e significância, poderemos experimentar uma paz que de outra forma seria inatingível. Dag Hammarskjold expressou a essência da paz nestas palavras: “Diante de ti em humildade, contigo na fé, em ti na paz”.

Buscar a Deus – na verdade e não com orgulho e auto-suficiência – é buscá-lo em reverência. É direito de Deus, não nosso, de estabelecer os termos de nossa relação com ele, e essa comunhão não será o que ansiamos até que deixemos Deus ser Deus. “Foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio.”

O grande ato de fé é um homem decidir que ele não é Deus.
(Oliver Wendell Holmes)
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Buscar o coração de Deus

05.12.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Gary Henry

“Já agora não subsistirá o teu reino. O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que oSenhor te ordenou” (1 Samuel 13:14).

A grandeza de caráter que distinguiu Davi de Saul não foi pelas circunstâncias externas de Davi nem nos seus atributos natos, mas na disposição escolhida pelo seu coração.Ele era um homem que buscava o coração de Deus. Quais atributos são sugeridos nesta frase incrível? Não há dúvida que a essência do caráter de Davi poderia ser descrita de várias maneiras, mas a história de sua vida indica, pelo menos, os seguintes requisitos, se for para sermos do mesmo calibre espiritual que ele.

Devemos genuinamente respeitar a vontade de Deus. Como um homem de fé, podia contar com Davi para confiar implicitamente na sabedoria de Deus, cumprir as instruções de Deus fielmente, e depender humildemente da ajuda de Deus. Ele mostrou o seu respeito pela pessoa de Deus levando a vontade de Deus com toda a seriedade, e esta disposição não é menos necessária por nós que por ele. É inútil almejar o caráter de Deus se você não estiver disposto, como Davi estava, a se mexer ao comando de Deus.

Devemos reverentemente arrepender-nos do pecado. A integridade de Davi nunca é vista mais claramente que naquelas ocasiões em que ele era confrontado com o fato do pecado em sua vida. Da mesma forma que ele entendia a necessidade da tristeza piedosa, Davi também compreendeu como aceitar a correção e fazer correções reais na sua conduta. 

Quando ele fez algo errado, fez o que era certo a respeito dos seus erros.

Devemos recusar resolutamente a desistir de buscar a Deus. Como toda outra pessoa que já verdadeiramente entrou na arena, Davi conhecia o gosto das lágrimas da derrota. Porém uma coisa sempre podia ser dita em relação a ele: ele se levantou toda vez que foi derrubado. 

Levaria mais desencorajamento do que existe em todas as regiões do inferno para fazer com que um homem de tal coração desistisse de buscar a Deus. Jesus disse: “onde está teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:21), e a vida de Davi é uma ilustração heróica deste princípio. As coisas que profundamente desejamos determinam o nosso caráter. Desejamos ser um povo que busca o coração de Deus, realmente e verdadeiramente? Então devemos, nos nossos próprios corações, desejar e valorizar os tesouros de sua vontade mais que as lembrancinhas do nosso próprio humor.

O coração de um homem está certo quando ele quer o que Deus quer.
(Thomas Aquinas)
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