Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador doutrinas do cristianismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador doutrinas do cristianismo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de maio de 2015

O testemunho da ressurreição

20.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Sidnei Osvaldo Ferreira

O testemunho da ressurreição“E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça”. (Atos 4:33).
A ressurreição de Cristo é o principal fundamento da nossa fé e o maior embasamento da nossa proclamação e pregação. É impressionante o quanto a bíblia nos apresenta a postura de uma igreja apática, insegura, temerosa e tímida antes do relato da ressurreição, e posteriormente nos deparamos com uma igreja destemida, fervorosa e desbravadora capaz de efeitos extraordinários e impactos surpreendentes na historia da humanidade. De modo, que até muitos se questionam qual era a principal motivação da igreja primitiva?
Evidentemente a motivação dos primeiros cristãos se baseava no fato de que Cristo vive, venceu a morte e reina para sempre. Por essa razão o testemunho da ressurreição era sustentado nas seguintes certezas e convicções: A verdade sempre prevalecerá sobre as mentiras; A luz sempre resplandecerá sobre as trevas; A vida sempre será maior que a morte e a vitoria sempre triunfará sobre as derrotas. Por meio dessa proclamação a igreja primitiva cumpriu com êxito a sua missão e conseguiu proclamar ao mundo de sua época o Cristo ressurreto dentre os mortos, único senhor e suficiente salvador de nossas vidas.
Infelizmente o cerne de nossa mensagem nos tempos hodiernos não é a mais o testemunho da ressurreição, e por essa mesma razão nos defrontamos com uma igreja enclausurada em sistemas religiosos, sem expressão e impacto na sociedade, lamentavelmente vivemos sem a abundante graça devido ao fato de reduzirmos o evangelho à prosperidade, ao invés de vivermos e proclamarmos o testemunho da ressurreição que é capaz de mudar vidas e transformar histórias.
No entanto, apesar de nossas misérias e desgraças, insisto em acreditar que o Deus que ressuscitou Cristo dentre os mortos, também nos despertará mais uma vez para proclamarmos que Cristo vive e somente Ele poderá nos vivificar.
*****
Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/o-testemunho-da-ressurreicao/

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Uma ressurreição atrás da outra

11.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE

O cristianismo nos Estados Unidos está passando por um período crítico. De acordo com o Grupo Barna, em vinte anos (de 1993 a 2013) o número de americanos céticos aumentou entre as pessoas de 30 anos para baixo, entre as pessoas mais instruídas e entre as pessoas do sexo feminino (de 18% para 34% no primeiro caso, de um terço para a metade no segundo e de 16% para 43% no terceiro). Já a quantidade de céticos entre pessoas de idade avançada (de 65 para cima) caiu drasticamente e hoje representa 7% do segmento (o que é razoável, dada a maior proximidade da morte). Os céticos estão hoje espalhados em todas as regiões dos Estados Unidos, enquanto que na década de 1990 eles se concentravam no Nordeste e Oeste do país.

Para dois terços dos céticos, a Bíblia deixou de ser a Palavra de Deus para ser apenas “um livro de histórias escritas por pessoas cuja sabedoria é igual à de outros autores de autoajuda”. Perdendo-se a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, nada resta senão um Jesus meramente histórico, apenas humano. Tudo mais desmorona. Mas não devemos ficar apavorados porque Deus é teimoso e continua ressuscitando a figura de Jesus nas mentes e nos corações no decorrer da história.

Com esta edição de Ultimato, temos a alegria de contribuir para trazer à tona mais uma vez a figura de Jesus, o enviado de Deus, por meio de quem -- exclusivamente -- podemos ser salvos. Optamos por ilustrar a matéria de capa com obras de arte clássicas. Ao fazer isso, notamos que a maior parte delas apresenta um Jesus sério ou tristonho, e, para contrabalançar, incluímos aqui uma ilustração de Jesus sorrindo, para lembrar que “ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito” (Is 53.11).

Coincidentemente, na capa de “Veja” de 8 de abril aparecem um dos “eu sou” de Jesus -- “Eu sou a ressurreição e a vida” -- e o título “O poder da ressurreição -- como o grande dogma do cristianismo resiste em um mundo cada vez mais cético”.

Na seção Mais do que Notícias,
damos destaque ao Paralelo 10, projeto que há sete anos vem promovendo a aproximação e integração dos cristãos do Norte e Nordeste com o restante do país.

Há muita riqueza nas páginas desta edição! Depois da leitura, conte-nos suas impressões.

Equipe Ultimato

Leia também
******
Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/uma-ressurreicao-atras-da-outra

quinta-feira, 9 de abril de 2015

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

09.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Syclair Ferguson

ferguson-espirito

Introdução da Mensagem

Muitos cristãos já ouviram ou até mesmo balbuciaram a frase: “O Espírito Santo é a pessoa esquecida da Trindade”. Essa declaração deixa escapar o verdadeiro problema na igreja hoje, um problema que não existia em gerações passadas. Os cristãos sabem a respeito do Espírito Santo, mas, diferentemente do Pai ou do Filho, eles não sabem de fato quem é o Espírito Santo. Nesta série de palestras, o Dr. Sinclair Ferguson propõe remover essa ignorância ao explorar as questões da identidade do Espírito, da natureza do seu caráter, como nós, enquanto cristãos, podemos chegar a conhecê-lo e ter um relacionamento com ele, e mais.

Leitura bíblica

Gênesis 1.1–2, 26; 2.7; Êxodo 31.1–11; Lucas 1.8–17, 26–38; João 16.4–15; 1 Coríntios 6.19–20; 2 Coríntios 13.14; Apocalipse 22.17

Objetivos de aprendizado

  1. Apresentar os alvos da série de palestras:
  2. Que pessoa é o Espírito?
  3. Que tipo de caráter ele tem?
  4. Como podemos chegar a conhecê-lo e ter comunhão com ele?
  5. Como nos convêm que o Senhor Jesus tenha ido embora e que o Espírito Santo tenha vindo para a Igreja?
  6. Explicar como o Espírito é a expressão do mover interior e do desejo de Deus;
  7. Iluminar a função do Espírito em moldar e preencher a criação;
  8. Demonstrar como o Espírito trabalha para trazer o homem à comunhão com Deus.

Citação

Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. — João 16.7

Esboço da palestra

I. Quem é o Espírito Santo?
A.  A etimologia da palavra “espírito”
i. A palavra hebraica “ruah” e a palavra grega “pneuma”, que significam “espírito”, são onomatopaicas.
ii. Ambas as palavras descrevem um vento ou uma ventania.
iii. Essas palavras apontam para expressões de grande efetividade. Dito de outra forma, elas apontam para a energia motriz ou para as características de um indivíduo enquanto se expressa a outros em contato e comunicação pessoais.
B.   A revelação de Deus no Espírito Santo
i. O Espírito expressa o mover interior e o desejo de Deus tanto na criação quanto na redenção, além de comunicar Deus a nós.
ii. Deus revela a si mesmo no Espírito Santo.
1. Ele revela a si mesmo de uma maneira condescendente.
2. Ele faz isso para que a sua criação possa ter comunhão com ele.
II. A Presença do Espírito Santo na Escritura.
A. Toda a Escritura revela o Espírito Santo e a sua obra na história redentiva.
B.   Logo no início, a Escritura aponta para a atividade do Espírito.
i. Gênesis 1.2 descreve o Espírito Santo pairando sobre a massa criada original.
1. A massa criada original é sem forma e vazia.
2. O Espírito paira sobre a água para que ele possa trazer forma e plenitude à ausência de forma e ao vazio.
a. O Espírito executa a mesma atividade na salvação.
b. O Espírito traz forma às vidas informes que estão mortas em pecado.
ii. O Espírito traz forma e plenitude à criação para construir um templo, um local de encontro, para Deus encontrar e ter comunhão com a sua criação, especialmente o homem.
1. Salmo 19.1: o Espírito traz ordem e plenitude para que a criação possa receber o conhecimento de Deus e adorá-lo.
2. Gênesis 1.27 e 2.7: Esses versículos contêm expressões sobre o que Deus pretende fazer através do poder do Espírito.
a. Deus deseja que o homem lidere a adoração ao Senhor na sua criação 
b. A obra do Espírito, como relatada em diversas passagens (por exemplo, Êxodo 31.1–11; Lucas 1.8–17, 26–38; João 16.4–15; 1 Coríntios 6.19–20; 2 Coríntios 13.14; Apocalipse 22:17), está a serviço de levar o povo de Deus para um lugar onde eles possam adorá-lo e glorificá-lo.
*****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/05/ordem-a-partir-do-caos-quem-e-o-espirito-santo/

terça-feira, 7 de abril de 2015

Creio no Filho: A Ressurreição de Cristo como Fato Incontestável #páscoafiel

07.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Hermisten Maia

CreioNoFilho

A primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos próprios sacerdotes judeus. Justamente aqueles que deveriam se arrepender de seus erros, tentam, diante das evidências dos fatos, ocultar a verdade mediante suborno (Cf. Mt 28.11-15). Entretanto, eles nada podiam fazer de eficaz contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.

Aqui não nos ocuparemos com as tentativas dos incrédulos em negar o fato da ressurreição; para nós, basta o que a Bíblia nos diz; todavia, apresentaremos alguns elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de Cristo.

O TÚMULO VAZIO

Mateus registra que um anjo do Senhor removeu a pedra (de cerca de duas toneladas)[4] que fechara o sepulcro de Jesus (Mt 28.2-4); certamente isto não foi feito para que Jesus pudesse sair, visto que a matéria não servia de empecilho para o corpo glorificado do Senhor ressurreto (Cf. Jo 20.19,26); todavia isto foi feito, segundo me parece, a fim de que primeiramente Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27.56,61; 28.1), pudessem constatar com os seus próprios olhos o túmulo vazio (Lc 24.1-3) e, posteriormente, também o fizessem João e Pedro (Jo 20.1-10). O túmulo continuou vazio como evidência concreta da ausência do corpo de Jesus. Todavia, o túmulo vazio pode ser explicado de três formas: 1) Os discípulos de Jesus levaram o corpo; 2) Os inimigos de Jesus levaram o corpo; ou 3) ele realmente ressuscitou.

Analisemos rapidamente as possibilidades: Quanto à primeira, podemos observar que não aconteceu, pois eles ficaram desanimados e desesperados com a morte de Jesus, não esperando ressurreição alguma (Cf. Lc 24.17-21;36,37); e, mesmo que eles tentassem raptar o corpo de Jesus, isto seria impossível visto que havia uma escolta de sobreaviso guardando o túmulo (Cf. Mt 27.62-66). O mesmo é válido para a possibilidade dos inimigos de Jesus tentarem roubar o seu corpo; e, também, por que eles fariam isso? Para dar uma pista errada aos crédulos? Ora, se fosse assim, e o rapto tivesse ocorrido, quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou alguma evidência irrefutável, silenciando definitivamente a pregação apostólica e pondo fim à Igreja de Cristo; entretanto eles silenciaram; tentaram pela força fazê-los calar, visto que não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo vazio. Jesus realmente ressuscitou!

AS APARIÇÕES DE JESUS

O Senhor ressurreto apareceu durante quarenta dias (At 1.3) a várias pessoas em cerca de 13 ocasiões diferentes, dando prova evidente da sua ressurreição. Paulo faz um sumário das aparições de Jesus ressurreto (1Co 15.3-8).

A TRANSFORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Apesar de sua a priori autoconfiança ingênua, os discípulos, diante da prisão de Jesus, fogem deixando-o em mãos de seus algozes (Mt 26.33-35;56). Após a sua crucificação, estão atemorizados, às portas trancadas (Jo 20.19,26); agora, após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negou a Cristo três vezes –, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades judaicas (At 4.13,18-20; 5.29). Esta transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre eles (Mt 28.20). Os apóstolos jamais extrairiam esta coragem de uma mentira por eles inventada; esta ousadia era fruto do Espírito de Cristo que neles habitava (2Tm 1.7).

A PREGAÇÃO APOSTÓLICA

A certeza e o significado da ressurreição de Cristo estavam tão nítidos na mente e nos corações dos discípulos, que todos os seus sermões tinham como clímax histórico, a ressurreição. A mensagem apostólica apontava para a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio da ressurreição de Cristo. A pregação apostólica se baseava nas Palavras e nos atos salvadores de Deus na História; e, a ressurreição foi um fato histórico (Ver: At 1.22; 2.24; 3.15; 4.10,33. 5.30; 10.39-41; 17.2,3,17,18; 26.23; 1Co 15.12).

Como temos enfatizado, Paulo em Atenas, “pregava (εὐαγγελίζομαι) a Jesus e a ressurreição” (At 17.18). A ressurreição era a tônica de toda mensagem apostólica; sem a ressurreição de Cristo não haveria pregação, nem fé, nem esperança. No livro de Atos, não encontramos nenhum sermão em que a ressurreição não fizesse parte da proclamação (At 8.5; Rm 10.8-10; 1Co 15.1,3,4,12; 2Tm 2.8). Mesmo que muitos estudiosos céticos não creiam na ressurreição de Cristo, têm de admitir: os discípulos criam e a proclamavam.

A CONVERSÃO DE MUITÍSSIMOS SACERDOTES

Humanamente falando, os sacerdotes judeus para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da realidade da sua ressurreição, já que tudo parecia ser o oposto (por exemplo: A crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo, etc.). Entretanto, o Deus que age mediante a verdade, agiu em suas mentes e corações por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo (Cf. At 6.7).

A CONVERSÃO DE SAULO

Saulo teve a sua vida transformada pelo confronto com o Cristo ressurreto (At 9.1-6). Saulo, o perseguidor, agora é Paulo o perseguido, disposto a dar a sua vida – como de fato deu –, por amor ao Cristo vivo (Vejam-se: At 20.22-24; 21.13; 2Tm 4.6-8). Paulo transforma-se no pregador efetivo do Cristo ressurreto, o qual lhe aparecera no caminho de Damasco e, era uma realidade viva em sua existência (At 22.6-10; 26.8-18). Vinte anos depois do seu encontro com Senhor vivo, Paulo se inclui entre aqueles que viram o Senhor ressurreto, dizendo: “E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.8).

A OBSERVÂNCIA DO DOMINGO [5]

É fato que no Novo Testamento não encontramos nenhuma ordem ou mesmo ensinamento para a Igreja se reunir no domingo; se isto é assim, por que, então, a Igreja substituiu o sábado pelo domingo? A resposta para esta pergunta encontra-se nas páginas do Novo Testamento e, também, na História da Igreja dos séculos posteriores. O Novo Testamento nos mostra que a ressurreição de Cristo deu-se “no primeiro dia da semana” (domingo) e, que algumas das suas aparições deram-se também no domingo (Cf. Mc 16.2,9; Jo 20.1,19,26).

O sábado está relacionado ao evento histórico da libertação do povo do Egito (Dt 5.15). Além, obviamente da lembrança desse fato histórico, o sábado assume um caráter de gratidão a Deus por sua libertação e preservação; é um convite irrestrito a meditarmos na bondade e misericórdia de Deus para com o seu povo. Guardar o sábado significa preservar a aliança (Ex 31.16).

No Novo Testamento, a associação do dia de descanso com a ressurreição de Cristo foi mais do que natural, visto que é em Cristo que encontramos a verdadeira e total liberdade (Jo 8.32,36) e o padrão que assinala “antecipadamente a perfeição da obra recriadora”.[6] “Na ressurreição, Deus trouxe ao cumprimento final seu programa criativo/redentivo. A criação original produziu o mundo. Mas a criação-ressurreição trouxe o mundo à sua destinada perfeição”.[7]

A Igreja do Novo Testamento era primordialmente composta de judeus, os quais jamais mudariam a guarda do sábado – que era um sinal da aliança feita entre Deus e o povo (Ex 31.13; Ez 20.12,20) –, pelo domingo, se não tivesse um motivo bastante consistente e, mais ainda, se não estivessem convictos da aprovação divina. Deve ser mencionado que mesmo as Igrejas estando sempre com um grande número de judeus, em Atos e nas Epístolas, não encontramos nenhuma discussão ou mesmo menção de problemas relacionados à substituição gradual do sábado pelo domingo.

O único motivo que nos parece plausível para esta mudança, é a certeza de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, passando aos poucos os cristãos a se reunirem em casas, no primeiro dia da semana, já que ainda não havia templo cristão (At 20.7; 1Co 16.2). Mais tarde, já no final do primeiro século, João narrando a visão que teve do Senhor, diz que a recebeu no “dia do Senhor” (Ap 1.10), provavelmente se referindo ao dia que a Igreja reservara para o culto cristão.

Outro documento que atesta a antiguidade da guarda do domingo por parte da Igreja Cristã, é o Didaquê(c. 120 AD), texto anônimo, o qual usa a mesma linguagem de João se referindo ao domingo como o “dia do Senhor”. Assim, aludindo à reunião da Igreja, diz: “Reunindo-vos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças….”.[8]

Do mesmo modo, em outro documento escrito por Justino (100-167 AD), por volta do ano 150 – no qual temos a mais completa descrição do culto na Igreja Primitiva –, temos a mesma referência.

“No dia que se chama do sol [domingo],[9] celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos apóstolos [quatro Evangelhos] [10] ou os escritos dos profetas….”.[11]

Justino, explicando o motivo porque a Igreja se reunia para cultuar a Deus no domingo, diz: “Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”.[12]

Portanto, meus irmãos, a observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente de que a Igreja sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.

OUTRAS EVIDÊNCIAS

1) A Existência da Igreja

A Igreja Cristã só pode ser explicada e compreendida à luz da ressurreição de Cristo, porque se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé (1Co 15.14,17). Ladd (1911-1984), de modo enfático afirma: “Não foi a esperança da continuidade da vida no além-túmulo, uma confiança na supremacia de Deus sobre a morte ou a convicção da imortalidade do espírito humano que deu origem à igreja e à mensagem a ser proclamada. Foi a crença em um evento acontecido no tempo e no espaço: Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos. Fé na ressurreição de Jesus é um fato histórico inevitável. Sem essa evidência não haveria igreja”.[13]

2) A Crença na Divindade de Cristo

Um dos elementos que atestam a divindade de Cristo é o cumprimento das suas promessas. Se Cristo não tivesse ressuscitado, os discípulos jamais aceitariam a sua divindade, pois, assim, Cristo teria sido o motivo de suas decepções (Ver: Lc 24.13-21).

3) A Existência do Novo Testamento

Se Cristo não tivesse ressuscitado, não haveria história a ser contada visto que o Novo Testamento é a narrativa do cumprimento das promessas de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor (1Co 15.1-5).

Estas são apenas algumas evidências que a Bíblia apresenta da ressurreição de Cristo. A ressurreição para nós é um fato que encontra o seu apoio no registro infalível da Palavra de Deus e, isto nos basta; por isso, a nossa confissão é como a de Paulo: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos….” (1Co 15.20).

[4] Cf. Josh McDowell, As Evidências da Ressurreição de Cristo, São Paulo: Candeia, 1985, p. 77-78.
[5] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, Princípios Bíblicos de Adoração Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
[6] Gerard Van Groningen, O Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo de Alegria Nele (II): In: Fides Reformata, 4/1 (1999), p. 132.
[7] O. Palmer Robertson, Cristo dos Pactos, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1997, p. 66-67. Veja-se: Gerard Van Groningen, O Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo de Alegria Nele (II): In: Fides Reformata, 4/1 (1999), p. 136.
[8] Didaquê, XIV. In: J.G. Salvador, ed. O Didaquê, São Paulo: Imprensa Metodista, 1957, p. 75.
[9] Cf. Justino de Roma, I Apologia, São Paulo: Paulus, 1995, 67.7. p. 83-84. Essa prática que tornou-se comum no Novo Testamento, perpetuou-se na Igreja Cristã e, já no segundo século encontramos farto material atestando o culto dominical. (Veja-se: The Epistle of Barnabas, XV. In: Alexander Roberts; James Donaldson, eds. The Ante-Nicene Fathers, Peabody, Massachusetts, Hendrickson Publishers, 1995, Vol. I, p. 147; Carta aos Magnésios, 9. In: Cartas de Santo Inácio de Antioquia, 3ª ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1984, p. 53).
[10] Esta expressão de Justino refere-se aos Evangelhos, conforme ele mesmo diz: “Foi isso o que os Apóstolos nas Memórias por eles escritas, que se chamam Evangelhos....” (Justino de Roma, I Apologia, 66.3. p. 82).
[11] Justino de Roma, I Apologia, 67. p. 83.
[12] Justino de Roma, I Apologia, 67. p. 83-84.
[13] George Eldon Ladd. Teologia do Novo Testamento, Rio de Janeiro: JUERP, 1985, p. 303.

*****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/04/creio-no-filho-a-ressurreicao-de-cristo-como-fato-incontestavel-pascoa/

sábado, 4 de abril de 2015

Membresia de Igreja e Contextualização

04.04.2015
Do portal da EDITORA FIEL, 31.03.15


Fazer teologia envolve expressar constantes bíblicas universais de maneiras que sejam significativas a um contexto particular. Havendo passado a maior parte das duas últimas décadas plantando igrejas em outras culturas, eu não poderia ter recusado essa lição mesmo que quisesse fazê-lo. Plantadores de igrejas transculturais são continuamente desafiados pela necessidade de ensinar a doutrina cristã e, ao mesmo tempo, incitar aplicações contextualmente significativas e apropriadas daquela doutrina.
Como, então, formulamos uma doutrina da membresia da igreja local sensível ao contexto? Essa é a pergunta que este artigo buscará responder. Nossa doutrina da membresia de igreja deve nos aproximar de uma constante bíblica universal, mas formular como essa doutrina é vivida de modo cultural e contextual nos leva a uma variedade de expressões particulares dessa constante universal.
Uma doutrina bíblica universal da membresia de igreja
Plantadores de igreja em contextos estrangeiros hão de desejar, junto com os crentes locais, examinar a Escritura e tentar expressar uma doutrina simples da igreja local em linguagem apropriada. Isso há de envolver não apenas olhar para textos em que a palavra “igreja” (ekklesia) é utilizada, mas também a leitura de livros inteiros do Novo Testamento. O objetivo, aqui, é extrair o que o Novo Testamento diz sobre a igreja local, a comunidade identificável dos que crêem. Como se estabelece a linha entre os de dentro e os de fora? Entre os associados e os descrentes? Será importante considerar o que o texto bíblico assume e implica acerca da “membresia” em livros como Romanos, Hebreus, 1 João e 1 Pedro, assim como os códigos domésticos ao final das cartas de Paulo.
Por exemplo, deixe-me tentar expor, para um contexto pioneiro, a doutrina (constante bíblica universal) da membresia de igreja, do modo como poderia ser explicada a uma igreja local de primeira geração:
Uma igreja local tem uma membresia identificável de pessoas batizadas, segundo as Escrituras, com base em uma profissão crível de fé em Jesus Cristo como Salvador e Senhor, considerando-se uma profissão crível aquela que é acompanhada por contínuo arrependimento e fé no evangelho. Esses membros são intencionais quanto a serem uma (ou a) assembléia local naquele determinado lugar. A participação nos benefícios do evangelho ordinariamente está vinculada a associar-se e estabelecer um pacto com uma igreja local, na qual os crentes buscam desenvolver todos os seus relacionamentos com humildade à luz do evangelho, como aqueles cujo verdadeiro lar é em outro lugar.
Certamente, muito mais poderia ser dito acerca da membresia de igreja, como a prática regular de tomar a Ceia do Senhor como um benefício do evangelho. Mas essa é apenas uma expressão simples da doutrina da membresia da igreja local para um contexto novo ao cristianismo, um contexto no qual o evangelho era desconhecido por pelo menos algumas gerações.
Terminologia da membresia: Associados? Membros? Participantes?
A Bíblia presume algum tipo de membresia na igreja local, mas não nos dá uma palavra específica para “membresia”. Como então nós podemos falar ou escrever acerca da “membresia” de uma maneira que seja significativamente compreendida na cultura? A resposta depende em parte das palavras que estão disponíveis a nós no idioma local. Um plantador de igreja transcultural precisa considerar que tipos de membresia já existem a fim de compará-las com o ideal bíblico – especialmente se escolhermos uma palavra mais genérica para membresia.
A membresia de igreja bíblica é de um tipo diferente da participação ou membresia em um monastério hindu, um templo budista, uma mesquita islâmica ou uma ordem sufi. Um plantador de igreja precisa estar cônscio dessas diferenças.
A vida doméstica e familiar pode oferecer alguns conceitos úteis de “pertencimento”. Mas a linguagem de “pertencimento” não necessariamente captura a idéia de “associar-se”, exceto talvez no contexto do casamento. Contudo, mesmo aqui, muitas culturas perderam de vista o que Gênesis diz acerca de deixar a própria família e tornar-se outra – uma nova unidade familiar.
Em resumo, a doutrina bíblica não muda, mas é preciso considerar cuidadosamente como as palavras relativas à membresia são traduzidas a um contexto particular. Em geral, o plantador provavelmente desejará usar a linguagem da “associação”, da “parceria” e da “irmandade” a fim de expressar a idéia bíblica da membresia de igreja.
Aplicação contextual: membresia e cartas escritas?
Nas sociedades móveis e difusas do Ocidente, os crentes são livres para se reunirem sem interferência oficial ou perseguição. Em tal cenário, listas escritas de membresia constituem uma aplicação apropriada das constantes bíblicas. Elas podem até mesmo ser necessárias a fim de permitir à congregação e seus líderes manterem registro de quem é e quem não é membro da igreja. O objetivo de tais listas é distinguir os membros da igreja de pessoas que professam a fé, mas não prestam contas, e manter registro daqueles que recebem a disciplina corretiva.
Mas em um contexto pioneiro, restritivo ou hostil, os poucos crentes provavelmente conhecerão todos uns aos outros. Pode ser que haja apenas uma opção de igreja local, uma reunião “não tão pública” em uma casa ou apartamento local. Ou pode haver uma rede de igrejas locais em apartamento. Aqui, manter listas de membros pode não ser sábio, uma vez que cria riscos desnecessários para o corpo local quando casas são vasculhadas e livros e papéis, confiscados. Além disso, não há crentes desconectados e as fronteiras da igreja local estão muito claras a todos. A perseguição esclarece as fronteiras ainda mais. Quando uma pessoa é batizada em tal contexto, é muito claro (para os de dentro e alguns de fora) que ela afora pertence a Cristo e à sua assembléia local. O desejo pelo batismo, em tais contextos, é uma profissão de fé inerentemente crível. Quando um crente é expulso de sua cidade natal e precisa se identificar com outra igreja subterrânea local, ele geralmente já é conhecido pela igreja que o recebe. As notícias de perseguição correm rápido. Geralmente não há necessidade de uma carta escrita de recomendação. Insistir nessa prática é simplesmente desnecessário.
Em uma sociedade mais complexa e diversificada, na qual o cristianismo é aceito e as igrejas locais desfrutam de permissão legal, listas de membresia e cartas de transferência escritas são aplicações sábias da membresia identificável.
A constante universal é que a igreja local deve saber quem é um participante e quem ainda está de fora. Preocupações culturais guiam o modo como essa constante é aplicada localmente.
Aplicação contextual: pactos escritos e seu conteúdo?
Associar-se a uma igreja local é concordar em viver junto a outros crentes de um modo que seja digno do chamado de Deus de viver como um povo eleito, sacerdócio real e nação santa. É concordar em demonstrar a glória de Deus por meio de uma vida centrada no evangelho e de relacionamentos centrados no evangelho. Em outras palavras, a igreja local é uma comunidade de fé em um mundo hostil, na qual nossos relacionamentos com Deus, uns com os outros e com os de fora são singularmente centrados no evangelho e visam à honra de Deus.
A fim de esclarecer essas responsabilidades relacionais com um conteúdo particular, muitas igrejas na história do cristianismo se beneficiaram do uso de um pacto congregacional escrito.
A tendência geral do ensino do Novo Testamento acerca da igreja aponta para o quão importante é ser claro a respeito de nossos propósitos ao nos congregarmos e a respeito da fronteira entre os de dentro (membros) e os de fora (não membros). Em um sentido, podemos dizer que a Bíblia inteira, e o Novo Testamento em particular, fornece à igreja uma lista completa de “regras pactuais” (propósitos e expectativas para a igreja). Ao mesmo tempo, um pacto escrito serve como um tipo de sumário recitável das expectativas relacionais para a igreja local.
Quanto mais intencionalmente bíblica for a linguagem de um pacto congregacional, melhor. Igrejas nos lares, por exemplo, podem reunir uma série de frases do Novo Testamento que descrevam os deveres e privilégios dos membros com apenas pequenos ajustes de linguagem (ou talvez nenhum) para o seu pacto congregacional.
Um pacto congregacional pode ser longo ou curto, mas deve enfatizar as expectativas relacionais para os membros da igreja. Ele pode ser escrito e regularmente recitado, ou memorizado, até mesmo cantado ou entoado, a depender da cultura e do nível literário. Pode ser cantado, recitado ou lido sempre que as ordenanças do batismo ou da Ceia do Senhor forem observadas. As famílias podem usar o pacto como um meio de ensinar as crianças o que significa associar-se à igreja e como o evangelho muda as vidas e capacita os seguidores de Jesus a viver de modo distinto neste mundo.
Um pacto congregacional deve incluir tanto afirmações ou versículos que seriam incluídos em quaisquer pactos como afirmações que dependem de considerações culturais. Assim, todos os bons pactos descreverão os deveres relacionais da vida familiar, da vida congregacional e da vida no mundo. Mas uma igreja estabelecida numa cultura abertamente hostil ao cristianismo pode precisar de um pacto que seja mais explícito acerca do amor pelos nossos inimigos ou do chamado a suportar perseguição. Pactos em todos os cenários culturais podem exortar a um compromisso diligente com a ousadia no evangelismo e no fazer discípulos, mas apenas alguns cenários podem demandar ser explícito acerca de exigir que os membros renunciem à adoração ancestral e a práticas supersticiosas. Em sociedades marcadas por guerra e uma mentalidade combatente, um compromisso com a pacificação e a reconciliação provavelmente devem ser inclusos. Se um pacto fosse escrito aos cretenses, que a si mesmo chamavam mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos, ela deveria incluir um compromisso com a verdade no falar, a bondade, boas obras, sobriedade e domínio próprio. Em culturas nas quais os relacionamentos são rotineiramente sexualizados, os pactos podem enfatizar a vida casta, a modéstia e a rejeição da pornografia.
Seja qual for o conteúdo, um pacto deve enfatizar a ética relacional universal do evangelho, bem como deve ser apropriadamente particularizada. Deve fazer sentido para uma igreja local, tendo em vista seus pecados relacionais particularmente prevalecentes. Esse equilíbrio entre universalidade e particularidade ajuda os membros da igreja a “disciplinarem” uns aos outros nas áreas em que isso é mais necessário.
Aplicação contextual: unindo-se à igreja local
Na definição acima acerca das constantes bíblicas universais da membresia da igreja local, eu não descrevi como as pessoas devem associar-se a uma igreja local. Isso foi intencional.
Eu de fato mencionei o batismo bíblico, uma profissão crível de fé e uma vida que exibe contínuo arrependimento e fé em Cristo. Mas o modo exato como as igrejas locais em contextos diversos devem examinar associados em potencial, provavelmente, será variável.
Entrevistas de membresia conduzidas por presbíteros podem fazer muito sentido em sociedades complexas e anônimas. Mas onde as igrejas são muito pequenas, talvez a igreja toda deva entrevistar os candidatos. Havendo toda a igreja ouvido o testemunho de conversão do indivíduo e sua explicação do evangelho é um procedimento cauteloso adequado e muito encorajador para a igreja local.
Em conclusão, plantadores de igreja transculturais, assim como todo líder de igreja fiel, devem trabalhar duro para expressar as constantes bíblicas universais em expressões doutrinárias significativas, mesmo quando buscamos distinguir a doutrina das aplicações particulares e culturais dessa doutrina. Em todo tempo, voltamos à Palavra em oração para recebermos instrução e correção.
Tradução: Vinícius Silva Pimentel
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
*****
Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/791/Membresia_de_Igreja_e_Contextualizacao

quarta-feira, 11 de março de 2015

Dr. MYLES MUNROE: Comunicado à imprensa: “Homossexualidade — Fobia ou Princípio”

11.03.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Dr. Myles Munroe*
31 de agosto de 2014
Com o pretexto de “Direitos Civis” e “Direitos Humanos” a minoria LGBT decidiu “celebrar” publicamente a civilidade do estilo de vida e preferência sexual que eles escolheram de forma bastante exclusiva. Não tenho certeza qual é a missão ou metas deles nessa campanha, mas obviamente eles têm recebido incentivo e motivação suficiente para tentar algo que 90% das Bahamas e seu povo consideram inaceitáveis e viola suas convicções, posturas morais e valores comuns.
Talvez seja útil primeiro fazer uma pergunta simples, mas profunda: “É civilizado, certo, racional, lógico e saudável promover uma causa, estilo de vida ou prática de uma conduta que pode no final causar a extinção da raça humana? É insanidade exigir a “celebração” de sua própria extinção.
Não tenho certeza acerca do papel que o governo, líderes governamentais, ministérios do turismo ou outros partidos desempenharam ou o incentivo, se é que houve, que eles podem ter fornecido para essa manifestação social provocadora, mas acredito que isso deve ser tratado a partir da perspectiva não de alguma posição religiosa, mas em vez disso a partir da preocupação por nossa estrutura social muito frágil que é mantida unida por valores e padrões morais que fornecem o sistema para uma sociedade saudável nas Bahamas.
Há também uma preocupação com relação à assistência, apoio e promoção dessas campanhas por parte de organizações internacionais e indivíduos, inclusive agências de viagem e organizações de promoção do turismo. Os cidadãos das Bahamas têm um direito legítimo de serem e expressarem suas preocupações nesses assuntos.
Penso que é perigoso, impróprio, imaturo e insincero acusar de ter fobia — ou medo — alguém que tem preocupações profundas com tentativas de se impor, forçar ou estabelecer um conjunto de valores, padrões, tendências morais ou estilo de vida que podem drasticamente mudar e de forma muito real desestabilizar o alicerce de uma sociedade.

A bênção da fobia

Um dos maiores mecanismos naturais da capacidade humana para sobrevivência e segurança é o elemento do medo. Sem a capacidade de ter “medo” ou “pânico” a espécie humana não consegue se proteger contra ameaças. A beleza do medo é que é uma qualidade humana inerente que protege contra o perigo e extinção. A fobia é inerentemente boa.

Homofobia: conceito errado e enganação

Não existe maior dano para a dignidade humana do que a enganação. Em toda a história o poder da enganação arruinou milhões de vidas, iniciou guerras mundiais e até mudou o clima das nações. Em nosso mundo pós-moderno há uma enganação colossal invadindo a própria estrutura moral das nações e desmantelando a própria essência da existência natural da humanidade. Na verdade, essa enganação está ameaçando a extinção da humanidade. O que é estupendo é que essa enganação não é nova, mas surgiu no contexto da existência humana no planeta há muito tempo, cinco mil anos atrás. No entanto, apesar da realidade de sua existência, historicamente sempre manteve seu lugar às margens da grande sociedade.
Qual é essa enganação? É a atração e relações anormais entre espécies humanas do mesmo sexo ou gênero tentando normalizar o anormal sob o pretexto de ser normal. Ainda que essa conduta anormal se disfarce de muitos rótulos, geralmente é descrita como homossexualidade. A própria palavra incorpora sua premissa básica e essa premissa é: é principalmente um impulso sexual. Os que decidiram adotar, praticar, incentivar, se entregar e sucumbir às paixões desse sexo e desejam honrar, promover e civilizar esse “estilo de vida” se tornaram, na geração passada, mais agressivos, ao ponto de usarem violência em alguns casos. Essa estratégia parece ser provocar medo, agressões psicológicas e passar uma imagem de autocompaixão e abuso. Termos como fanático, crime de ódio, mente fechada, conservador, anti-humano, anti-direitos civis, bullying, e o mais comum, fobia, são usados para isolar a maioria dos seres humanos, retratando-os como gente que não ama, insensíveis, impiedosos, odiadores de seres humanos, sem compaixão e incivilizados.
Minha opinião é que essa acusação de “homo-fobia” é a maior enganação de todas. Sua intenção é fazer com que os que são considerados “normais” sintam culpa por serem normais. Essa enganação é injusta, desonesta e perigosa. Seu efeito é fazer com que a maioria dos seres humanos se sinta culpada por não aceitar, glorificar e honrar essa conduta humana “anormal.”
Tenho certeza de que perguntarão: “O que é ‘anormal’ e quem define o que é ‘natural’?” É essencial compreender que o que é natural não pode e não precisa ser definido. O natural é simplesmente o estado normal da criação que se manifesta por sua essência natural. Em outras palavras, a natureza se define. O que a natureza define é também o que é considerado “normal.” O normal é aquilo que é o resultado do curso natural da vida como obras da natureza ou criação em se sustentar. Portanto, a fonte do “natural” ou “normal” é a própria criação e qualquer opinião emitida por um gênio humano não pode mudar o que é natural.
Talvez seja também importante observar que a palavra raiz da qual derivamos nossa palavra moderna “Lei” é a palavra “norma.” A conclusão óbvia é que toda a natureza é a fonte da lei natural e portanto define qual é a referência para a criação de qualquer lei humana que tente interferir com a própria natureza. É também importante notar que qualquer lei feita pelos homens é ignorada pela natureza.
A sexualidade humana é um produto da criação natural e se expressa como normal, não precisando pois de definição. Qualquer desvio do natural é geralmente considerado como “anormal” ou “contrário à natureza.” Na natureza sempre haverá exceções e essas devem ser reconhecidas como tais. Mas mesmo as exceções precisam ser definidas de forma adequada, pois até na natureza há uma reação natural inerente para proteger sua sobrevivência minimizando o impacto da exceção. Todas as exceções na natureza são naturais e não por escolha.
À luz dessa realidade natural, por que a homossexualidade deveria ser considerada “contrária à natureza” e talvez “anormal”? Talvez a resposta esteja na própria descrição da homossexualidade como “um estilo de vida.” Ser heterossexual não é um estilo de vida, mas um derivado natural da natureza e não por escolha. Estilos de vida são “escolhidos” ou um resultado de “circunstâncias,” mas nunca um produto da natureza.Podemos escolher estilos de vida, mas nunca nossa natureza.
A definição natural de “contrário à natureza” é aquilo que não é um produto da própria natureza, e aquilo que não pode de forma natural se reproduzir na criação. Talvez esse seja o maior desafio da grande enganação da homossexualidade, o fato natural de que os membros do mesmo sexo podem se unir, viver juntos, expressar intimidade e até ter profundo envolvimento emocional um com o outro, mas a realidade é que eles nunca conseguirão, de modo natural, se reproduzir conforme sua espécie. É esse fato, verdade e realidade que torna esse estilo de vida “contrário à natureza.”
É essa verdade simples que transforma em desonestos e enganadores os que desejam perpetrar esse “estilo de vida” anormal de “orientação.” Não sou contra nem tentarei impedir nenhum ser humano que está decidindo praticar um “estilo de vida” específico ou tem inclinação de seguir certa conduta “anormal,” mas minha preocupação e argumentação é a tentativa deles de impor essa decisão nos que pela natureza são considerados normais.

A mentira da homofobia

É divertido que quando a maioria dos seres humanos responde e expressa sua discordância ou sua profunda preocupação sincera com a tentativa dos que adotam e praticam esse estilo de vida de impor esse estilo de vida humano “contrário à natureza” na sociedade, a resposta deles é interpretada como fobia ou medo.
Se essa acusação fosse feita por indivíduos ignorantes e desinformados talvez fosse motivo para dar risada, mas quando indivíduos inteligentes fazem essa alegação de fobia para uma pessoa inteligente responsável, temos de aceitar a ofensa em nível pessoal. Talvez o medo real seja o que eu chamaria de “verdadefobia” ou “realidadefobia.” Será que os que desejam ser considerados normais, aceitáveis, naturais e civilizados temem a verdade óbvia de que o que eles estão afirmando, reivindicando, promovendo e defendendo com lutas é por natureza anormal e contrário à natureza?
Entretanto, concordo com a acusação deles a partir de uma perspectiva. Sim, tenho medo de todo estilo de vida, orientação, preferência ou conduta que ameace a própria sobrevivência da raça humana.Será que os homossexuais não guardam no coração uma heterofobia que não ousam confessar? Os heterossexuais jamais tentam se impor na sociedade nem precisam brigar para serem reconhecidos.

O sequestro dos movimentos de direitos civis

O estilo de vida da homossexualidade e todos os outros nomes e rótulos que vieram a descrevê-lo, é tão antigo quanto o personagem bíblico Abraão, e era praticado por membros de comunidades de sua época mais de quatro mil anos atrás. Muitos na minoria homossexual que estão ainda envolvidos nesse estilo de vida parecem agir como se fosse uma causa nova pela qual eles nasceram para lutar. No começo da década de 1960 alguns indivíduos famosos da sociedade começaram a sair do que chamavam “armário” para se exporem para a comunidade maior como se para testar as águas. A reação da maioria da população naquele tempo foi de resistência e incômodo que ainda existem hoje apesar de afirmações ao contrário.
Essa resistência tem sido tão forte que aqueles que estão envolvidos no estilo de vida LGBT mudaram sua estratégia para serem aceitos pela sociedade. Antes, eles reivindicavam seus direitos sociais se expondo e impondo. Agora, eles recorrem à estratégia de fazer da questão homossexual uma questão de direitos civis. É interessante notar que depois de mais de 4000 anos da existência registrada desse estilo de vida e conduta contrária à natureza a resistência social ainda existe e tenho certeza de que continuará, não importa como a tão chamada sociedade tente disfarçá-la com trajes socialmente aceitáveis.A natureza nunca discordará de si mesma e nenhum direito comum ou lei legislativa conseguirá mudar a lei natural.
Com grande desapontamento tenho estado na varanda da história e observado com horror e choque o sequestro e estupro que vem sofrendo o que vimos a conhecer como os movimentos de direitos civis. O que tornou tudo isso mais angustiante foi ver muitos indivíduos que estavam ativamente envolvidos nesses movimentos históricos de resistência abandonando o sacrifício de muitos que morreram pelas causas nobres da dignidade humana pela maioria que estava sendo abusada, para usar o sangue deles para cobrir as exigências de minorias da sociedade para justificar e civilizar suas preferências egoístas contra a natureza.
Já provei o impacto negativo da opressão civil de um governo que desvalorizava a minha humanidade, mas isso acontecia não por causa de um estilo de vida que eu havia escolhido, ou uma conduta que era por orientação, ou uma disposição preferida, mas em vez disso uma realidade que era “natural.” Eu era vítima por pigmentação inerente… Eu nasci negro e não tive escolha no assunto. Nas Bahamas eu e minha família junto com a maioria da população das Bahamas sofríamos discriminação, éramos desvalorizados como seres humanos, éramos privados de direitos e oprimidos por um governo dominado por uma minoria.
Tenho com toda a minha lógica buscado compreender, mas ainda não consigo igualar a filosofia, ideologia ou propósito dos movimentos de direitos civis com a agenda do movimento homossexual. Acho que a tentativa de igualar os movimentos históricos de direitos civis com as reivindicações de direito para honrar, glorificar e aceitar como normal a prática de um estilo de vida que pode extinguir a raça humana é ilógica, desonesta e um abuso do sangue e sofrimento de prisão de muitos. É um sequestro dos ganhos pagos com o sangue de homens e mulheres de honra por uma conduta que não só é contra a natureza, mas também destrói a raça humana.

A opressão da maioria

O princípio fundamental dos movimentos de direitos civis era a liberdade e restauração da dignidade e valor da maioria de seres humanos oprimidos. A realidade é que historicamente era geralmente a imposição dos valores, preconceitos e ideologia desumana da minoria sobre a maioria que era o contexto e fonte da opressão e desvalorização dos seres humanos. Dá para considerar o contexto do atual movimento LGBT na mesma perspectiva, onde uma percentagem pequena e um segmento minoritário da população estão tentando impor sua ideologia, valores, moralidade e preferências sexuais pessoais contra a natureza sobre as convicções, padrões e valores morais e culturais comuns da maioria.
Talvez dava para se considerar isso como o novo governo de opressão do século XXI. Essa ideia parece ser ainda mais reforçada pela influência intrometida e exigências de globalização, a ONU e outros órgãos e agências mundiais que agora condicionaram sua oferta de assistência econômica nacional à conformidade social e cultural nacional que adota concessões com base em valores e moralidade.

A agenda dos meios de comunicação

O parceiro mais poderoso e perigoso da enganação é a percepção. O mundo dos meios de comunicação é realmente sobre o negócio e gerenciamento da percepção. Não dá para calcular o poder dos meios de comunicação. Não devemos também calcular mal nem minimizar o impacto desse poder para criar percepção. É por isso que em toda a história toda vez que havia a necessidade de controlar o ambiente mental ou criar uma realidade percebida, os meios de comunicação sempre foram usados como ferramenta crucial para exportar, importar e disseminar a enganação. Portanto, é importante que em nossa democracia moderna a exigência de verdade, transparência e objetividade nos meios de comunicação deva ser a principal preocupação de todos os cidadãos responsáveis.
Precisamos sempre estar vigilantes, como cidadãos que pensam de forma civilizada, para tomar cuidado com a agenda e preconceito coletivo dos meios de comunicação. Conforme já observei, em tempos recentes os meios de comunicação impressos e eletrônicos, tanto nacionais quanto internacionais, parecem preocupados com casos que promovam ou glorifiquem esse estilo de vida, favorecendo-o de forma proeminente e destacando-o múltiplas vezes. Parece haver não só desequilíbrio de opiniões e perspectivas, mas destaque especial. Tenho a esperança que todos os meios de comunicação vão querer fazer um esforço para publicar também as opiniões da maioria.

Chantagem intelectual e econômica

Parece também haver um aumento no uso de chantagem econômica e política na área de manipulações feitas por forças da minoria LGBT, que também inclui uma campanha difamatória intencional, tratando a maioria como fanáticos, odiadores dos seres humanos, intolerantes e intimidadores. Isso é uma deturpação desonesta e grave dos fatos. Há também o abuso de afirmações infundadas feitas pela minoria com relação a mudanças de tendências e atitudes para fomentar suas próprias posições. Isso é inacreditável. Aliás, parecer haver uma praga colossal de desonestidade intelectual, social, fisiológica e lógica. Não existe nenhuma confirmação científica conclusiva que confirme que a minoria que pratica esse estilo de vida, que sua condição é um assunto de biologia ou genética em vez de uma conduta que se aprende por hábito e que se torna um estilo de vida que eles preferem.
Vamos reiterar mais uma vez que a maioria da população na maioria dos países em toda a história e em nossa sociedade contemporânea são ignorantes com relação à existência de conduta anormal ou preferências anormais do estilo de vida homossexual. Esse estilo de vida e conduta é realmente uma velha estória com um truque ardiloso novo. O que a maioria não aprecia é a desonestidade e enganação que são usadas por aqueles que desejam impor sua vontade neles. Todo ser humano tem o direito de escolher seu estilo de vida contra a natureza, mas não deve exigir que o aceitemos como natural. Eles são livres para preferir qualquer orientação sexual anormal que desejarem, mas não devem nem podem exigir que nós, a maioria, a honremos promovendo-a ou glorificando-a como normal. Tudo o que a maioria quer é honestidade e a liberdade de expressar nossas preocupações, opiniões e posturas sem sermos rotulados de ignorantes, intolerantes, caipiras ou homofóbicos.
Traduzido por Julio Severo do comunicado público à imprensa de Myles Munroe: “Homosexuality – Phobia or Principle”
*Postado por Júlio Severo, portal Gospel Prime
******