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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O Deus em quem não creio

27.12.2013
Do portal NAPEC - APOLOGÉTICA CRISTÃ, 
Por Davi Lago
Muitas vezes quando me perguntam se eu acredito em Deus, eu respondo: “Depende de que Deus você está falando”. Eu não creio, por exemplo, num “Deus banqueiro” que serve apenas para resolver nossos problemas financeiros. Não creio também num “Deus” que criou o mundo e o abandonou, como crêem os deístas; nem num “Deus tapa-buraco” de nossas ignorâncias; nem num “Deus de indulgências” que barganha favores para os homens. Se for um desses deuses que você tem em mente, então eu sou o maior ateu do universo.
Há vários deuses no supermercado religioso contemporâneo. Mas são todos tão mesquinhos, que não vale a pena desperdiçar tempo falando sobre eles. Dá agonia ter que aturar tanta frivolidade. Como é possível crer num “Deus” que não zela por sua própria glória? Como crer num “Deus” que não seja onipotente, perfeito e digno de louvor?
Não creio num “Deus” que possa ser colocado numa caixa e estudado num laboratório. Não creio num “Deus” que seja só amor sem justiça, ou que seja somente justiça sem amor. Não creio num “Deus” inseguro, instável e mutável como o temperamento humano ou a bolsa de valores. Não tenho fé para crer num “Deus” ilógico, irracional e absurdo. Não creio num “Deus” que seja um mero passatempo e entretenimento para uma vida alienada.
Não creio num “Deus” que não tenha o controle do cosmo e fique amedrontado diante de demônios e outros deuses. Não creio num “Deus” antiquado que precisa ser readaptado de tempos em tempos. Não creio num “Deus” insensível ao sofrimento, ao racismo e à escravidão. Não creio num “Deus” que serve apenas como um conforto ilusório para minhas tristezas.
Não creio num “Deus” limitado, impotente diante da natureza, que nada sabe sobre o futuro, como afirmam os teístas abertos. Um “Deus” assim é digno de dó e piedade. Também não posso crer num “Deus” antropocêntrico, que adora o homem e coloca a vontade humana acima da sua. Não creio ainda num Deus impessoal como acreditam os hindus. Esse “Deus” não passa de uma “energia superior”, que não se relaciona com a humanidade e nem é consciente de si.
Perceba: não posso crer num “Deus” que não passa de uma projeção humana, um “Deus” à imagem e semelhança do homem, assim como afirmou Feuerbach. Nesse “Deus” eu não creio. Nem no “Deus pai super-protetor” que Freud negou. Um “Deus” assim teria apenas um monte de filhos mimados e insuportáveis.
Se foi um desses deuses que Nietzsche afirmou que está morto, graças a Deus que ele está morto e não existe mais. Aliás, ele nunca existiu. E que ninguém tenha a ideia insana de reinventá-lo. No funeral desse “Deus”, não choraremos.
Creio que rejeitar esses falsos deuses é o primeiro passo da verdadeira fé.
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Quem é Jesus Cristo?"

23.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS

Resposta:Quem é Jesus Cristo? Diferentemente da pergunta Deus existe?, bem poucas pessoas perguntam se Jesus Cristo existiu ou não. Geralmente se aceita que Jesus foi de fato um homem que andou na terra, em Israel, há quase 2000 anos. O debate começa quando se analisa o assunto da completa identidade de Jesus. Quase todas as grandes religiões ensinam que Jesus foi um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso. O problema é que a Bíblia nos diz que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, bom mestre ou homem piedoso.

C.S. Lewis, em seu livro Mero Cristianismo, escreve o seguinte: “Tento aqui impedir que alguém diga a grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito sua afirmação em ser Deus.’ Isto é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisa que Jesus disse, não seria um grande mestre em moral. Poderia ser um lunático, no mesmo nível de um que afirma ser um ovo pochê, ou mais, poderia ser o próprio Demônio dos Infernos. Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou é então um louco, ou coisa pior... Você pode achar que ele é tolo, pode cuspir nele ou matá-lo como um demônio; ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não vamos vir com aquela bobagem de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele não nos deixou esta opção em aberto. Ele não teve esta intenção.”

Então, quem Jesus afirmou ser? Segundo a Bíblia, quem foi? Primeiramente, vamos examinar as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro momento, pode não parecer uma afirmação em ser Deus. Entretanto, veja a reação dos judeus perante Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam o que Jesus havia dito como uma afirmação em ser Deus. Nos versículos seguintes, Jesus jamais corrige os judeus dizendo: “Não afirmei ser Deus”. Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: "Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Outro exemplo é João 8:58, onde Jesus declarou: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras para atirar em Jesus (João 8:59). Ao anunciar Sua identidade como “Eu sou”, Jesus fez uma aplicação direta do nome de Deus no Velho Testamento (Êxodo 3:14). Por que os judeus, mais uma vez, se levantariam para apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que creram ser uma blasfêmia, ou seja, uma auto-afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus”. João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne”. Isto mostra claramente que Jesus é Deus em carne. Tomé, o discípulo, declarou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu! (João 20:28). Jesus não o corrige. O Apóstolo Paulo O descreve como: “...grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). O Apóstolo Pedro diz o mesmo: “...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1). Deus o Pai também é testemunha da completa identidade de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8). No Velho Testamento, as profecias a respeito de Cristo anunciam sua divindade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

Então, como argumentou C.S. Lewis, crer que Jesus foi um bom mestre não é opção. Jesus claramente e inegavelmente se auto-afirma Deus. Se Ele não é Deus, então mente, conseqüentemente não sendo também profeta, bom mestre ou homem piedoso. Tentando explicar as palavras de Jesus, “estudiosos” modernos afirmam que o “Jesus verdadeiramente histórico” não disse muitas das coisas a Ele atribuídas pela Bíblia. Quem somos nós para mergulharmos em discussões com a Palavra de Deus no tocante ao que Jesus disse ou não disse? Como pode um “estudioso” que está 2000 anos afastado de Jesus ter a percepção do que Jesus disse ou não, melhor do que aqueles que com o próprio Jesus viveram, serviram e aprenderam (João 14:26)?

Por que se faz tão importante a questão sobre a identidade verdadeira de Jesus? Por que importa se Jesus é ou não Deus? O motivo mais importante para que Jesus seja Deus é que se Ele não é Deus, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21). Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo! A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual Ele é o único caminho para salvação. A divindade de Jesus é o porquê de ter proclamado: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).


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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O cristianismo autêntico

12.12.2013
Do portal GOSPEL PRIME
ESTUDOS BÍBLICOS
Por Missionário Rosivaldo

Definir cristianismo nos dias atuais tem sido uma tarefa não muito fácil. A cada geração que se levanta uma nova..

cruzDefinir cristianismo nos dias atuais tem sido uma tarefa não muito fácil. A cada geração que se levanta uma nova visão de mundo surge, e com cada uma dessas visões uma nova forma de pensar o cristianismo. Desde muito tempo, o cristianismo vem sofrendo intensas ameaças à sua autenticidade. No princípio quando Jesus lançou as bases do cristianismo Ele o fez por meio de seus ensinos que introduziam uma nova forma de vida.

A vida cristã podia ser vivida pelo homem de modo que Cristo vivesse nele. Para possibilitar o milagre da vida cristã autentica, algumas coisas seriam necessárias. Primeiro Cristo governaria as vidas de seus servos por meio da palavra por Ele ensinada. Quando os cristãos obedecessem aos ensinos sagrados de Jesus Cristo, o governo de Deus estaria alcançando suas vidas. A segunda forma de Cristo governar seus servos seria por meio da habitação real do Espírito Santo na vida dos cristãos. O Espírito Santo derramaria poder e capacitaria os filhos de Deus para viverem a vida numa dimensão mais intensa de amor, fé e obediência.

A força do Espírito manteria os crentes com o coração aquecido e a palavra de Cristo os manteria na retidão do caminho. Com esses dois recursos divinos à sua disposição, o povo de Deus estava preparado para enfrentar qualquer aflição, perseguição ou dificuldade que surgissem. Eles estariam dispostos, inclusive, a enfrentar a morte sem medo algum.

Os apóstolos do Senhor Jesus reproduziram os ensinos do Mestre ensinando fielmente os mandamentos por Ele estabelecidos e assim a Igreja de Deus começou a crescer e se fortalecer por onde quer que os discípulos fossem enviados.

Como o cristianismo autêntico sempre foi uma ameaça ao estilo de vida vil e insano adotado pelos homens, perseguições surgiram e milhões de cristãos foram mortos. Mas o que parecia impossível aconteceu: ao invés de os cristãos temerem a morte, eles amavam a Cristo de tal maneira que morriam felizes por saberem que estavam fazendo por seu Senhor o que um dia seu Senhor fez por eles. Em nome de Cristo um incontável exército de cristãos foi truculentamente assassinado. Esfolados, queimados, enforcados, decapitados, etc., mas não negaram a fé em Cristo, pois em nada tinham suas vidas por preciosas contanto que cumprissem com alegria a carreira que lhes estava proposta. Ninguém, exceto Deus, jamais poderá contabilizar quantos cristãos foram martirizados pelos inimigos da fé cristã.

Mas o tempo provou que os inimigos deliberados do cristianismo não eram uma ameaça. Por mais que fosse difícil ser cristão, a morte, a dor, o confisco de bens, nada disso poderia afastar os cristãos de Jesus. As duras provações que os cristãos do primeiro século sofreram os induziu a fazer das palavras de Paulo sua confissão de fé e esperança em Deus.

“Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” .

A igreja que hoje conhecemos como primitiva tinha marcas tão profundas que Paulo só soube explicar nos seguintes termos: “Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. ”

Essas marcas são tão importantes que Paulo considerava a igreja que as possuía como coroa do seu ministério e apostolado.

O Espírito de Deus trabalhava de tal maneira nos cristãos do primeiro século que Lucas registrou as ultimas palavras de Cristo antes de Ele ser recebido no céu por ocasião da sua ascensão: “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas (meus mártires) em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” . O poder conferido pelo Espírito de Deus capacitou os cristãos para que eles fossem mártires de Cristo. Um mártir é alguém que está totalmente disposto a testemunhar com sua vida e sua morte do evangelho de Cristo. O poder recebido pelos discípulos os capacitou para isso e eles testemunharam com cada gota de seu sangue sobre a verdade da cruz: Jesus Cristo é o Filho de Deus que veio buscar e salvar os perdidos.

Assim o cristianismo autêntico pode ser definido por poucas marcas, as marcas que descrevem a biografia dos primeiro discípulos.

AMAR COMO JESUS
Os crentes primitivos foram desde muito cedo ensinados a amar incondicionalmente os seus semelhantes. Esse amor era tão arraigado aos seus corações que ainda no inicio da Igreja, quando seus alicerces estavam sendo postos, viu-se a intensa necessidade de separar pessoas com a função exclusiva de servir as classes minoritárias que compunham os cristãos, a saber, as viúvas e os indigentes . Nas palavras do próprio Lucas obtemos as seguintes informações: “Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum, vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração” .
Lucas ainda registra para nós o seguinte: “Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham” .

O amor entranhado no coração dos primeiros discípulos não era algo movido pela euforia de uma nova religião que estava surgindo, mas as marcas esperadas pelo próprio Jesus: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” . As palavras exatas de Jesus neste texto foram: todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês tratarem com ágape uns aos outros. A palavra ágape pode ser traduzida literalmente por qualquer um desses sinônimos: benevolência, boa vontade, afeição, sentimento fraterno, considerar o outro como irmão, ver o outro como parte de sua família. Desse modo a igreja primitiva não era mesquinha no uso que fazia de seus bens porque todos eram da mesma família e a distribuição dos recursos era vista como uma partilha necessária e fundamental, uma vez que ninguém queria ver seu irmão padecendo necessidades. O amor ágape rompe com a ideia de que uma família só pode ser assim chamada se tiver sua formação a partir de vínculos consanguíneos e mostra que todos os homens indiscriminadamente são oriundos de um mesmo Pai que é Deus. Esse amor gera a noção de que todos são responsáveis por todos e os interesses e necessidades de todos devem ser igualmente apreciados. O autêntico cristianismo está presente onde a prática do amor ágape é marca inegociável. Uma igreja onde esta marca é negada, substituída ou depreciada, não é a igreja de Cristo, mas uma horrenda caricatura institucional.

OBEDECER INCONDICIONALMENTE
Outra marca que os primeiros cristãos tratavam como inegociável era a obediência incondicional. Obedecer sem questionar, sem procrastinar e sem retroceder. Para os cristãos do primeiro século “importava antes obedecer a Deus que aos homens ” ainda que a obediência a Deus lhes custasse à vida ou a segurança. Por causa da sua obediência deliberada, os crentes sofreram o confisco de seus bens, a expulsão de sua pátria, o extermínio de seus líderes, etc. enquanto os crentes contemporâneos insistem em interpretar erradamente o texto que diz que obedecer é melhor do que sacrificar, os cristãos primitivos experimentaram a obediência por meio de inúmeros sacrifícios. Quando os primeiros crentes decidiram obedecer, cada dia a mais que amanheciam vivos era uma grande vitória, sua luta não era apenas contra o diabo, o mundo e o pecado, era também pela própria sobrevivência. Desobedecer a Deus significaria ficar imune das perseguições. Qualquer cristão podia contrair um seguro de vida terrena através do simples ato de não querer seguir os ensinos do Carpinteiro Nazareno. Mas eles estavam dispostos e capacitados a serem mártires, caso fosse preciso para defender o nome do seu Senhor e a honra de seu Deus. Os discípulos de Jesus Cristo estavam cientes de que ao serem salvos pelo Senhor, deveriam estar prontos a testemunhar ao lado de Cristo ainda que isso lhes custasse os bens, a segurança e a vida. A Igreja chamada primitiva tinha algo muito raro em nossos dias: ela tinha capacidade de permanecer fiel até o fim.

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sábado, 7 de dezembro de 2013

"O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

07.12.2013
Do portal GOT QUESTIONS


Pergunta: "O que a Bíblia diz sobre o purgatório?"

Resposta:De acordo com a Enciclopédia Católica, o purgatório é “um lugar ou condição de punição temporal para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não estão inteiramente livres de erros veniais, ou não pagaram completamente a satisfação devida pelas suas transgressões”. Para resumir, na teologia católica, o purgatório é um lugar para onde uma alma cristã vai depois da morte, a fim de ser purificada dos pecados que não foram completamente pagos durante a vida. Esta doutrina do purgatório está de acordo com a Bíblia? Absolutamente não!

Jesus morreu para pagar por todos os nossos pecados (Romanos 5:8). Isaías 53:5 declara: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Jesus sofreu pelos nossos pecados para que nós fossemos livrados do sofrimento. Dizer que nós também devemos sofrer pelos nossos pecados é dizer que o sofrimento de Jesus foi insuficiente. Dizer que nós devemos pagar pelos nossos pecados nos purificando no purgatório é negar a suficiência do pagamento feito pelo sacrifício de Jesus (I João 2:2). A idéia de que nós temos que sofrer pelos nossos pecados após a morte é contrário a tudo o que a Bíblia diz sobre a salvação.

A principal passagem das Escrituras que os católicos apontam como evidência do purgatório é I Coríntios 3:15, que diz: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. A passagem (I Coríntios 3:15) usa uma ilustração das coisas passando pelo fogo como uma descrição das obras dos crentes sendo julgadas. Se as nossas obras forem de boa qualidade, “ouro, prata, pedras preciosas”, elas irão passar ilesas através do fogo, e nós seremos recompensados por elas. Se as nossas obras forem de má qualidade, “madeira, feno, palha”, elas serão consumidas pelo fogo, e não haverá recompensa. A passagem não diz que os crentes passam pelo fogo, mas que as suas obras passam. I Coríntios 3:15 se refere ao crente sendo “salvo, todavia, como que através do fogo”, não “sendo purificado pelo fogo”.

O purgatório, como tantos outros dogmas católicos, é baseado na má compreensão da natureza do sacrifício de Cristo. Os católicos vêem a Missa/Eucaristia como uma reapresentação do sacrifício de Cristo porque eles falham em entender que o sacrifício de Jesus, de uma vez por todas, foi absolutamente e perfeitamente suficiente (Hebreus 7:27). Os católicos vêem obras merecedoras de mérito como uma contribuição para a salvação devido a uma falha em reconhecer que o pagamento feito pelo sacrifício de Jesus não necessita de “contribuições” adicionais (Efésios 2:8-9). Da mesma forma, o purgatório é entendido pelos católicos como um lugar de purificação em preparação para o Céu porque eles não reconhecem que, por causa do sacrifício de Jesus, nós já somos purificados, declarados justos, perdoados, redimidos, reconciliados e santificados.

A própria idéia do purgatório, e as doutrinas que freqüentemente estão associadas a ela (orações pelos mortos, indulgências, obras a favor dos mortos, etc.) falha em reconhecer que a morte de Jesus foi suficiente para pagar a pena de TODOS os nossos pecados. Jesus, que é Deus encarnado (João 1:1,14), pagou um preço infinito pelo nosso pecado. Jesus morreu pelos nossos pecados (I Coríntios 15:3). Jesus é o pagamento pelos nossos pecados (I João 2:2). Limitar o sacrifício de Jesus como um pagamento pelo pecado original, ou pelos pecados cometidos antes da salvação, é um ataque à Pessoa e à Obra de Jesus Cristo. Se nós devemos em qualquer sentido pagar ou sofrer por causa dos nossos pecados, isso indica que a morte de Jesus não foi perfeita, completa, e um sacrifício suficiente.

Para os crentes, o estado pós-morte é estar “ausente do corpo e habitando com o Senhor” (II Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:23). Note que não diz “ausente do corpo, no purgatório com fogo purificador”. Não, por causa da perfeição, completude e suficiência do sacrifício de Jesus, nós estamos imediatamente na presença do Senhor após a morte, completamente purificados, livres do pecado, glorificados, perfeitos e finalmente santificados.


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Fonte:http://www.gotquestions.org/Portugues/purgatorio.html