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sábado, 9 de novembro de 2013

ELBEN CÉSAR: Dispersão negativa e dispersão positiva

09.11.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO, 08.11.13
Por Elben M. Lenz César 

Envio saudações a todo o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro. (Tg 1.1b)

Espalhar e reunir, dispersar e congregar – estes são verbos com sentidos opostos. É mais comum espalhar do que reunir. Mas Deus fez ambas as coisas, sempre de acordo com a sua soberania e para a glória do seu nome.



Tanto a história de Israel como a história da Igreja começam com dispersão. Para permanecerem juntos e ficarem fortes, os descendentes de Noé intentaram construir uma torre que chegasse até o céu. Ela seria um marco ao redor do qual toda a humanidade permaneceria junta e se tornaria forte, não para o bem, mas para o mal. Para enfraquecer o grupo e criar obstáculo para ele, o Senhor lhes confundiu as línguas, forçando-os a se espalharem pelo “mundo inteiro” (Gn 11.1-9).



Outra dispersão, não voluntária mas circunstancial, provocada outra vez pelo Senhor, aconteceu em Jerusalém. O episódio usado por Deus para provocar uma dispersão quase que em massa dos primeiros cristãos foi a perseguição movida contra eles pelos principais sacerdotes e pelo rei Herodes (ver At 8.1). Graças a essa perseguição, que provocou o apedrejamento de um diácono (Estêvão) e a degola de um apóstolo (Tiago), os discípulos se estabeleceram em muitas outras cidades próximas e distantes, cumprindo-se assim a vontade de Deus, expressa na Grande Comissão: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas” (Mc 16.15).

A frase “a união faz a força” expressa uma verdade, mas a sua possível forma negativa – “a dispersão enfraquece” – nem sempre o faz. Ela pode reduzir a nada um movimento poderoso, como foi o caso da dispersão dos quatrocentos seguidores de Teudas quando ele morreu (At 5.36). Porém, no que diz respeito à Igreja, a dispersão fazia parte dos planos de Deus. Graças a ela, o evangelho se espalhou pelos quatro cantos do mundo. A morte de Teudas provocou uma dispersão que acabou com o seu movimento. A morte de Jesus, seguida da sua ressurreição, provocou uma dispersão positiva – o movimento do cristianismo cresceu. Teudas perdeu e Jesus ganhou!

Nota: 

Devocional retirada do novo livro do pastor Elben César Refeições Diárias com os Discípulos.

Veja a entrevista do autor:

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Conciliando o sofrimento humano com um Deus amoroso

08.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.LEWIS
 
sexta-feira
O problema de conciliar o sofrimento humano com a existência de um Deus amoroso é insolúvel apenas se dermos um sentido trivial à palavra “amor” e colocarmos o homem no centro de tudo.
 
O homem não é o centro. Deus não existe por causa do homem. O homem não existe por si mesmo: “Porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas” (Ap 4.11). Não fomos feitos, em primeira instância, para amar a Deus (embora tenhamos sido feitos para isso também), e, sim, para que Deus pudesse nos amar e para que pudéssemos nos tornar objetos nos quais o amor divino pudesse encontrar satisfação.
 
Pedir que o amor de Deus se contente conosco assim como somos seria pedir que ele deixasse de ser Deus: porque ele é o que é. A natureza das coisas diz que o seu amor deveria ser impedido e repelido por certas máculas que carregamos no nosso caráter atual.
 
E como Deus já nos ama, é preciso que ele trabalhe para nos tornar amáveis. Não devemos esperar, nem em nossos melhores momentos, que Deus venha a se reconciliar com nossas mazelas atuais — assim como a mendiga não podia esperar que o rei Cophetua se conformasse com seus trapos e sua sujeira.
 
Ou um cachorro que, por ter aprendido a amar o homem, não podia esperar que ele fosse tão bom a ponto de tolerar que uma criatura selvagem e cheia de vermes entrasse em sua casa.
 
O que nós chamamos de “felicidade” não é o fim principal que Deus tem em vista; mas quando formos pessoas que ele possa amar sem impedimento, deveremos ser felizes de fato.
 
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/08/autor/c-s-lewis/conciliando-o-sofrimento-humano-com-um-deus-amoroso/

REVISTA ULTIMATO: A beleza da Verdade

08.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 07.11.13
Por Equipe Editorial Web
 
Em tempos de muitas dúvidas e desconfianças quanto ao conceito de verdade, vale a pena reafirmar que nossa única esperança está na Palavra de Deus, na voz absoluta que dá sentido às aspirações mais nobres e às súplicas mais sinceras.

A verdade não é um mero pressuposto filosófico, científico ou teológico. É uma pessoa: Jesus Cristo (João 8.32). Somos marcados pelo encontro com ele. A transformação que Cristo gera é integral e abundante. Não muda apenas nossos hábitos religiosos, muda nossos corações e nossa maneira de enxergar e construir a vida.

Para sobrevivermos, precisamos, de fato, confiar na dimensão soberana desta verdade. Isso não significa fundamentalismo, mas fé. E se seguirmos seriamente o exemplo de Cristo, será uma fé na verdade permeada pelo amor humilde e sacrificial (Ef 4.15).

“Refletindo a Verdade”. Este é o tema da nova campanha de assinaturas da revista Ultimato. Firmados na Palavra, certos de sua relevância, desejamos refletir a Verdade. Nosso objetivo é contribuir para a transformação de vidas, produzindo conteúdo que evangeliza e edifica, comunicando Cristo, em quem Deus está reconciliando todas as coisas.

Semeie, junto conosco, a beleza da Verdade que liberta. Clique
aqui e saiba como.


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-beleza-da-verdade

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não se esqueça de ser fiel nas coisas pequenas

07.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 05.11.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

terça-feira
Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito. [Lucas 16.10, NVI]
Você precisa valorizar tanto as coisas pequenas como as coisas grandes. Não é para valorizar mais as coisas grandes e menos as coisas pequenas. Nunca porei primeiro as coisas grandes diante de você. Começo sempre com as pequenas. Você só será fiel nas coisas grandes se aprender a ser fiel nas pequenas. Não tenha pressa. Você precisa crescer de uma etapa menor para uma etapa maior. É como se fosse uma escola, na qual você passa de uma classe para outra, progressivamente.
Hoje, peço que você vá a uma cidade qualquer da Judeia; amanhã, que vá a uma cidade qualquer da Samaria; depois de amanhã, que vá a uma cidade qualquer dos confins da terra. Hoje, peço que você dê o dízimo de tudo; amanhã, que dê a metade de tudo; depois de amanhã, que me dê tudo o que tem. No presente, você é incapaz de dar tudo o que tem, mas no futuro próximo, você dará o que tem e o que não tem.
Não se esqueça de ser fiel nas coisas pequenas, pois quem é fiel no pouco, também é fiel no muito.
— Que Deus me treine para eu ser cada vez mais fiel!
>> Retirado de Refeições Diárias com Jesus. Editora Ultimato.

O Advogado dos crentes

07.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
Por Elben  César

quinta-feira
Quando os seus acusadores chegarem, eu ouvirei o que você tem para dizer. (Atos 23.35a)

O substantivo “acusação”, os adjetivos “acusado” e “acusador” e o verbo “acusar” aparecem mais no livro de Atos do que em qualquer outro livro da Bíblia.
Lucas não menciona a presença de algum crente na sala de julgamento. Os acusadores são o sumo sacerdote Ananias, alguns líderes religiosos de Jerusalém e o advogado Tértulo. Os judeus contam com o auxílio de um advogado de acusação. Mas o preso parece não ter um advogado de defesa. A pessoa que vai ouvir os dois lados é o governador Félix.
No exercício da fé, o crente tem um acusador e um advogado de defesa. O primeiro aponta seguidamente a fraqueza, a inclinação pecaminosa, os equívocos, os escândalos e os pecados do crente. É um verdadeiro massacre, um verdadeiro bombardeio. Embora seja mentiroso e pai da mentira (Jo 8.44), o acusador nem sempre fala mentira. Algumas vezes ele acerta e menciona uma falta realmente cometida. O acusado teme mais a acusação que não pode negar do que a acusação que não tem fundamento. Se o crente não souber lidar tanto com uma quanto com outra, ele cai em depressão e definha. O acusador é um excelente catador de misérias. Todos os dias ele comparece diante de Deus para acusar não os ímpios, mas os salvos. Ele é chamado de “o acusador dos nossos irmãos” (Ap 12.10).
O que o crente precisa saber com certeza é que ele tem um Advogado, que o defende do pecado de fato cometido e do pecado jamais cometido. Pecando ou não, o crente pode contar com esse Advogado. Ele sabe que os pecados cometidos ou a cometer são lavados no sangue de Jesus. E os pecados não cometidos serão retirados da cabeça do acusado pelo mesmo Advogado. O nome desse Advogado é Jesus (1Jo 2.1).
>> Retirado de Refeições Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato.
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terça-feira, 5 de novembro de 2013

DEVOCIONAL DIÁRIA: Na paz

05.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 04.11.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.LEWIS
 
segunda-feira
 
Lewis lamenta a morte de sua esposa, Joy
 
Eles me dizem que H. está feliz agora. Dizem que ela está em paz. O que os faz ter tanta certeza disso? Não estou querendo dizer que temo o pior de tudo. Suas quase últimas palavras foram: “Estou em paz com Deus”. Ela nem sempre esteve, e nunca mentia. E também não se enganava facilmente, muito menos em seu próprio favor. Não é isso que estou querendo dizer. Porém, por que eles estão certos de que toda a agonia termina com a morte? Mais da metade do mundo cristão e milhões de pessoas no leste pensam diferente.
 
Como eles sabem que ela entrou para “o descanso”? Por que a separação (se nada mais), que traz tanta agonia ao amante que foi deixado para trás, deveria não envolver dor para o amante que partiu? “Porque ela está nas mãos de Deus.” Mas, se for assim, ela estava nas mãos de Deus o tempo todo e eu vi o que elas fizeram a ela por aqui. Será que elas se tornam de uma hora para outra mais gentis conosco assim que saímos do nosso corpo? E, se for assim, por quê?
 
Se a bondade de Deus consente em nos ferir, então, ou Deus não é bom, ou não há Deus; pois na única vida que conhecemos ele nos fere além dos nossos piores medos e além de tudo o que somos capazes de imaginar. Se há consentimento em nos ferir, então ele pode muito bem nos ferir depois da morte de maneira tão duradoura quanto antes.
 
Às vezes é difícil não dizer: “Deus, perdoe a Deus”. Outras vezes é difícil dizer isso. Mas se a nossa fé é verdadeira, ele não o fez. Ele se crucificou.
 
— de A Grief Observed [A Anatomia de Uma Dor]
 
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/04/autor/c-s-lewis/na-paz/

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Igreja: uma comunidade que sofre e reage à oposição

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
 
I
IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE SOFRE E REAGE À OPOSIÇÃO
 
Texto Básico: Judas
 
Para ler e meditar durante a semana
 
Domingo: Gn 3.15 – Perseguição antiga;
Segunda: Sl 95 – A soberania de Deus;
Terça: Jo 15.18-20 – Inimizade irreconciliável;
Quarta: Tg 4.4 – Amigo de Deus ou do mundo?;
Quinta: 2Tm 3.1-9 – Igreja perseguida;
Sexta: Cl 3.12-17 – Exortai-vos uns aos outros;
Sábado: Mt 5.10-12 – Igreja bem-aventurada
 
INTRODUÇÃO
 
>> 1. Cite três das principais formas de oposição que a igreja enfrenta hoje.
 
Uma das características comuns à igreja de Cristo em todas as épocas é o fato de que ela caminha enfrentando oposição. Nunca houve, e nunca haverá, antes da consumação dos séculos, um tempo em que a igreja de Cristo caminhará sem adversários. Por isso, uma das coisas mais importantes à igreja de Cristo em todas as épocas e lugares é saber como lidar com as perseguições e opressões inimigas. Tratar desse assunto é o propósito desta lição.
 
I. A CARTA DE JUDAS
 
>>2. Quem foi o autor e o destinatário, e qual o propósito da Carta de Judas?
 
A Carta de Judas foi escrita provavelmente por um judeu cristão, que revela conhecer escritos judaicos (v. 9,14). Ao que tudo indica, foi um dos irmãos de Jesus (Mc 6.3). Embora a carta tenha sido direcionada a um grupo específico, íntimo do autor, a quem ele se dirige por “amados”, ela possui uma destinação ampla “aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo (v. 1)”. Isso aponta para o fato de que a mensagem dela atinge as igrejas de modo geral. O objetivo da carta é incentivar os cristãos a batalhar “diligentemente pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos” (v.3) e lutar contra os falsos mestres que estavam infiltrados na igreja – cuja arma principal era distorcer o ensino da verdade (v.4) – e encorajá-los a algumas atitudes diante da Oposição.
 
II. A IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE SOFRE OPOSIÇÃO
 
>> 3. Por que a igreja está sempre sofrendo oposição?
 
A primeira lição importante ensinada pela carta de Judas é que a igreja está sempre sofrendo oposição. A linguagem no início da carta sugere que a igreja se encontra envolvida em uma batalha.
A oposição à igreja é resultado da inimizade que há entre Deus e a semente da impiedade. Em última instância, a inimizade do reino das trevas é contra o próprio Deus, e a igreja é atingida por essa hostilidade, por ser o povo que ama a Deus e deseja viver para a sua glória. Essa é a razão da irreconciliável inimizade entre o povo de Deus, e a semente da apostasia. Embora a causa seja única, as estratégias usadas pelo império das trevas para opor-se à igreja são diversas. Nesta lição, dividiremos a oposição do mundo à igreja de duas maneiras:
>> 4. Quais são os dois modos do mundo opor-se à igreja? Explique-os, e cite exemplos de como eles acontecem em nosso país.
 
A. A oposição externa
 
Primeiramente, a igreja sofre uma pressão  externa. Parte  da  estratégia  de Satanás é opor-se à igreja e fechar o cerco em volta dela, a fim de pressioná-la a não cumprir  o  seu ministério. Em muitos momentos da história, o povo de Deus foi tolhido de diferentes modos. Essa perseguição, no entanto, não se  dá  apenas mediante  ações  violentas, mas  também  por  táticas  dissimuladas. O  fato  de  não  sermos  perseguidos fisicamente, em nosso país, não significa que  não   estejamos  vivendo  em  um ambiente  de  oposição  e  hostilidade. A história e os valores do reino são questionados e tidos como escória da humanidade nos dias atuais. Todos aqueles que se esforçam por defendê-los, e vivê-los  são  também vistos  desse modo.  Além  disso,  essa oposição  pode  ser  vista  no  cultivo  de costumes  contrários  ao  estilo  de  vida cristão,  e  na  institucionalização  desses costumes por meio da aprovação de leis que  os  autorizem  e  os  incentivem  e planejem até forçá-los sobre os crentes.
 
B. A oposição interna
 
Além da oposição externa, a igreja também sofre oposição interna. É  arte das estratégias do reino das trevas utilizar soldados infiltrados para minar as forças da igreja. Jesus já nos advertiu de que joio e trigo crescem juntos (Mt 13.24-30). A igreja deve não apenas estar preparada para lidar com a oposição externa, mas também com a que ocorre dentro dela, dissimulada e ardilosa. No  caso  dos  leitores  da Carta  de Judas,  esse  era  o  tipo  de  oposição  que sofriam. A hostilidade era em relação à Palavra de Deus e seus ensinos. Judas fala de indivíduos que se introduziram com dissimulação  e negavam  o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo (v. 4). É possível que Judas esteja se referindo a um grupo de judaizantes. Eles formavam um  grupo  de  judeus  cristãos  que defendiam  a  tese  de  que  os  gentios convertidos  ao  cristianismo  deveriam, além  de  sua  conversão,  submeter-se  a algumas das leis mosaicas, a fim de receber a salvação. A ênfase era colocada,  sobretudo, na  necessidade  da  circuncisão.  Os judaizantes  não  negavam  que  a  fé  em Cristo era necessária, mas proclamavam, em alta voz, que a circuncisão e a obediência a certos preceitos da lei também o eram (Gl  4.9-10). Esse  era  outro  evangelho (Gl 1.6); uma visão legalista da vida cristã, que acrescentava ao evangelho de Cristo, a necessidade de obediência aos preceitos da lei de Moisés. Não se tratava de uma negação da necessidade e importância de Cristo, mas  de  uma  negação  de  sua suficiência, e da consequente afirmação de um  complemento  à obra  redentora de Jesus.
 
III. A IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE REAGE À OPOSIÇÃO
 
Diante da presença desses opositores, Judas encoraja a igreja a quatro atitudes:
 
>> 5. Explique as quatro atitudes que a igreja precisa ter ao combater seus opositores.
 
A. Não assumir uma atitude de espanto (v. 17-19)
 
A  primeira  atitude  que  Judas sustenta que a igreja deveria adotar diante da oposição é que ela não se espante com a oposição. Isso está de acordo com a orientação de Pedro em sua primeira carta, quando diz: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1Pe 4.12-13).
A igreja não deve se espantar com as oposições internas sofridas por ela durante a sua caminhada neste mundo porque a oposição não é algo novo. Nos v. 5-14, Judas mostra que, no passado, o povo de Israel havia experimentado a mesma oposição, e que até mesmo os anjos provaram da sementre da apostasia (v. 5-6). Além disso, a igreja não deveria se assustar com a oposição sofrida, por causa da palavra profética dos apóstolos.
Eles mesmos já haviam alertado à igreja quanto à realidade da oposição. Por exemplo, escrevendo a Timóteo, Paulo orientou ao jovem pastor: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade.
São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles” (2Tm 3.1-9).
 
B. Não assumir uma atitude de conformismo (v. 3)
 
Se por um lado, Judas nos orienta a não assumir uma atitude de espanto diante da oposição, por outro, ele afirma que não devemos assumir uma atitude de conformismo diante dela. Isto significa, que embora não devamos nos vitimar diante da perseguição, como se algo sobrenatural estivesse acontecendo, não somos chamados a uma atitude de indiferença diante dela. No início de sua carta, Judas afirma que seu objetivo central é exortar os crentes a que batalhem com todas as suas forças pela fé que lhes foi entregue. Jesus disse certa vez que ele está edificando a sua igreja e que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Essas palavras de Jesus pressupõem não apenas uma ação defensiva da igreja em relação ao império das trevas, mas  uma ação ofensiva em relação a ele. A igreja deve ir contra a oposição fazendo uso dos meios de graça dispostos pelo Senhor da igreja, sobretudo a pregação da Palavra, chamada na Escritura de espada do Espírito (Ef 6.17).
 
>> 6. Como você pode fazer uso da Palavra de Deus para combater a oposição contra a igreja?
 
“Esta carta fala ao mundo contemporâneo como falou a todas as eras precedentes. Em nosso século, é normal ser tolerante com qualquer coisa que se denomine cristã, não importa o quão distante esteja do evangelho. É claro que a tolerância é importante, e existe perigo sempre que os cristãos estejam tão seguros de sua própria retidão, e doutrina que passam a se colocar na condição de juízes de todos os que deles divergem, mesmo em questões relativamente pouco importantes. Existem muitas maneiras de olhar para a vida cristã, e o cristianismo autêntico pode encontrar uma variedade de modos [legítimos] de expressão na igreja contemporânea. É importante não se colocar em posição de juiz; é importante tratar como irmãos e irmãs as pessoas cujo pensamento e prática constituem manifestações um tanto diferentes [mas biblicamente sustentáveis] do evangelho autêntico. Judas nos lembra, porém, de que existem limites. A igreja contemporânea deve perceber que é possível remodelar o evangelho de uma forma tão radical que ele perde a sua essência. É possível reinterpretar a vida cristã de tal forma que ela deixa de ser exigente demais e degenera num estilo de vida que não se distingue daquele do mundo. Diante de atitudes assim, as advertências de Judas são de importância permanente” (Introdução ao Novo Testamento, D. A. Carson, Vida Nova).
 
C. Assumir uma atitude de confiança e esperança (v. 20-21)
 
Deus é justo (Sl 7.11). Um dos resultados da justiça de Deus é que o Senhor retribui ao ímpio aquilo que corresponde à sua incredulidade e impiedade. Ao apresentar os exemplos passados de oposição, Judas se esforça para mostrar que Deus não deixa impunes aqueles que agem de maneira injusta contra a sua igreja. Há alguns que ele castiga ainda durante esta vida (v. 5), outros ele haverá de punir na eternidade (v. 6). Tendo em vista a justiça de Deus, a igreja é encorajada a assumir uma atitude de confiança e esperança nele.
 
D. Assumir uma atitude de misericórdia (v. 22-23)
 
A prática da exortação e do encorajamento mútuos é, vez por outra, apresentada na Escritura como uma característica da igreja de Cristo. Paulo, por exemplo, orienta os colossenses com as seguintes palavras: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16).
Dentre as muitas razões da existência da igreja, está o fato de que ela existe a fim de que possamos ajudar uns aos outros no desenvolvimento de nossa salvação. Por isso, por fim, a igreja é conclamada por Judas a pensar nos irmãos mais fracos, que podem ser influenciados pelos falsos profetas a negociar os princípios da Palavra de Deus e a abandonar a fé. Quanto a esses, a igreja deve procurar ensinar, exortar e animar, a fim de que não se desviem do caminho da verdade.
 
CONCLUSÃO
 
A caminhada, da igreja neste mundo, sempre se dará com oposição. Ora essa oposição se manifesta externamente, ora internamente, mas as hostes do mal sempre voltarão suas armas contra a igreja de Cristo. Diante dessa oposição, a igreja não deve se espantar, como se algo extraordinário estivesse acontecendo. Ao mesmo tempo, não deve assumir uma atitude de conformismo, mas deve, isso sim, lutar pela verdade, esperando no Senhor e se esforçando por encorajar os mais fracos para que não caiam na apostasia.
 
Aplicação
 
>> 7. O que você faz quando alguém fala da igreja com desdém, por causa da disseminação do falso evangelho?
 
>> 8. Quando as casas de leis do país se levantam para aprovar leis contrárias aos princípios da Palavra de Deus, você se sente atingido? E o que você faz?
 
>> 9. De que modo você poderá intensificar sua luta pela verdade?
 
Há muitos crentes que não sentem mais  a  oposição  contra  a  verdade. Eles estão  tão distantes da  igreja  e  tomados pelo individualismo de nosso tempo, que sofrem com as oposições no trabalho, na escola, contudo, não se sentem perseguidos  quando  a  igreja  de Cristo  é  perseguida. Você está entre esses? Assuma suas armas e batalhe pela fé cristã, fazendo uso dos meios de graça deixados pelo Senhor, vivendo de acordo com eles. E lembre-se de  seus  irmãos. Há muitas  pessoas próximas a você que estão sendo tentadas a dar ouvidos aos opositores e a mudar de exército. Há  jovens  ao  seu  lado  sendo tentados a abandonar a fé na Palavra de Deus  pelo  que  eles  têm  aprendido  na escola. Há  casais  ao  seu  lado  sendo tentados a dar um fim no casamento, por causa da influência recebida pelas novelas da TV.  Lembre-se  de  que  você  é  um missionário. Esteja atento às  necessidades de  seus  irmãos. Encoraje-os. Corrija-os com amor. Anime-os, a fim de que eles tenham seus pés fortalecidos no caminho do evangelho.
 
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – Cartas aos Líderes das Igrejas e Cartas Gerais. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/igreja-uma-comunidade-que-sofre-e-reage-a-oposicao/

Lutero e o pavor do pecado

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 31.01.13
Extraído do livro Conversas com Lutero*

“Não haverá justiça em nós se antes nossa justiça própria não sucumbir e perecer” (Martinho Lutero)

Repórter – Atribuem ao doutor este desabafo: “Que Deus terrível! Oxalá não existisse!”. O doutor teria mesmo dito tal coisa?1

Lutero – Não me lembro quando, não me lembro onde, mas é provável que tenha falado algo assim em uma das minhas crises de pavor, provocada pela noção da santidade absoluta de Deus e pela noção da minha própria pecaminosidade.

Repórter – Seria mais confortável para o doutor se não houvesse Deus?

Lutero – Deus é tão necessário que, se não existisse, teríamos de inventar um.

Repórter – Inventar um Deus menos santo do que o tal “Deus terrível” do seu desabafo?

Lutero – Um Deus semelhante a nós, atraído pelo pecado, sujeito ao pecado, conivente com o pecado, embaçado pelo pecado, vencido pelo pecado e propagandista do pecado, não nos interessaria.

Repórter – Parece-me que o doutor tem uma ideia fixa de pecado. Só agora fez uso dessa palavra seis vezes...

Lutero – Não, eu não tenho nem tive mania de pecado. Exceto naquele tempo em que eu enxergava apenas o pecado e não a graça, considerava somente a severidade e não a bondade de Deus, como São Paulo escreve aos Romanos (11.22).

Repórter – Esse pavor do pecado tem algo a ver com a educação recebida no lar?

Lutero – Talvez. Apanhei muito em casa e na escola. Meus pais trataram-me com dureza, implantando em mim a timidez. Ambos acreditavam que faziam isso com acerto, mas não souberam colocar uma fruta gostosa ao lado da vara.2 Uma vez eu peguei uma simples noz que não era minha e apanhei de minha mãe até sangrar. Em outra ocasião meu pai me castigou fisicamente de maneira tão rude, que fugi dele. Meus pais e meus professores seguiam ao pé da letra o conselho de Salomão: “Castiga o teu filho enquanto há esperança” (Pv 19.18). Mas não equilibravam a pancadaria com o conselho de São Paulo: “Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem” (Cl 3.21). Apesar de tudo, desde cedo, eles geraram em mim o tal temor do Senhor, que é “o
princípio da sabedoria” (Pv 9.10) e o instrumento pelo qual “o homem evita o mal” (Pv 16.6).

Repórter – Pavor do pecado e temor do Senhor são a mesma coisa?

Lutero – O temor do Senhor é mais sadio e benéfico do que o pavor do pecado.

Repórter – O pavor do pecado diminuiu no convento agostiniano de Erfurt?

Lutero – Aumentou, e muito! A começar pelo ambiente religioso da cidade. Entre igrejas, conventos, hospitais e outras obras do gênero, havia mais de cem edifícios religiosos. Erfurt era chamada de “a pequena Roma”. Antes de eu me mudar para lá, houve uma reforma nos conventos da Saxônia, liderada por um tal de André Prolês, que não cheguei a conhecer. Nem todos aceitaram a nova disciplina, bem mais severa. Os eremitas “observantes” eram mais comprometidos do que os “conventuais”, mais soltos e numerosos. Meu convento pertencia ao primeiro grupo e tinha como vigário geral o professor João von Staupitz, sucessor de Prolês.

Repórter – O doutor se submeteu à austera disciplina dos “observantes”?

Lutero – Se jamais houve frade que entrasse no céu por seu espírito fradesco, eu de certo, seria um deles.3

Repórter – Sempre a custo do pavor do pecado?

Lutero – Nem sempre. Depois de muitas lutas, orações, lágrimas, buscas e repetidas leituras da Sagrada Escritura, especialmente das Epístolas de São Paulo, o temor do Senhor desalojou o pavor do pecado, ocupando seu lugar.

Repórter – Deve ter sido uma experiência maravilhosa!

Lutero – Foi sublime demais para descrever. Todo o pavor, o poder, a culpa e a feiura do pecado saíram de sobre os meus ombros e caíram sobre o nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Repórter – Como assim?

Lutero – Talvez você não consiga compreender — eu mesmo gastei muito tempo para entender —, mas as boas-novas do evangelho (perdoe-me a redundância, pois evangelho significa boas-novas em grego) dizem que Jesus tomou o nosso lugar para que nós pudéssemos tomar o lugar dele. Em outras palavras, ele, o justo, tornou-se pecador, e nós, os pecadores, tornamo-nos justos. Ele morreu, nós vivemos.

Repórter – O doutor está afirmando que Jesus é pecador? Parece-me uma blasfêmia!

Lutero – Eu não falei que ele é. Afirmei que Cristo tornou-se o supremo e único pecador; ele que era e ainda é a eterna e inexcedível justiça. Todo o pecado do mundo se abateu, com toda a ira e virulência, contra a sua justiça. Foi, literalmente, uma luta de vida ou morte. O pecado lançou-se contra a justiça, a maldição contra a bênção, a morte contra a vida. Tudo caiu sobre Jesus. Nosso amado Senhor e Salvador tornou-se simultaneamente maldito e bendito, vivo e morto, padecente e exultante.4 Jesus ocupou o lugar daqueles tiranos e carcereiros que me atormentavam: o pavor do Deus santo, da lei, do pecado, da morte, do inferno. Antes, eu só enxergava o pecado e a severidade de Deus; hoje eu enxergo a graça e a bondade de Deus. Antes, fixava os meus olhos só no “alto e sublime trono” (Is 6.1); agora fixo os meus olhos na rude cruz e no túmulo vazio. Antes, olhava para dentro de mim e encontrava um homem encurvado ou encarquilhado sobre si mesmo; agora, “olho para os céus e vejo o Filho do Homem em pé, à direita de Deus” (At 7.56).

Repórter – Essa mudança radical aconteceu de uma hora para outra?

Lutero – Foi um processo ora consciente, ora inconsciente. Fui subindo os degraus, um por um, até chegar ao topo, de fé em fé.

Repórter – Há mais degraus para subir?

Lutero – Quanto ao alívio que a redenção produz, quanto à certeza da salvação, quanto ao pavor do pecado e da morte, não há mais degraus para subir. Mas, quanto à santidade interior e exterior, quanto à mortificação do pecado, quanto às três virtudes teologais (fé, esperança e amor), há muitos degraus pela frente. Neste corpo e neste mundo nunca chegarei ao topo do mais alto monte. Fui justificado e estou sendo santificado, porém ainda não fui glorificado. Só com a ressurreição do corpo chegarei ao cume do mais alto monte, e não sozinho, mas na companhia de todos aqueles de cujos ombros Deus tirou, em Cristo, o peso do pecado.

Repórter – Se foi um processo, então o doutor não tem como localizar e datar a experiência redentora...

Lutero – Um dos meus alunos da Universidade de Wittenberg, que participava de nossas refeições e conversas à mesa, divulgou a informação de que eu teria descoberto a justificação pela fé no banheiro, isto é, “in cloaca”. Chegou a fantasiar dizendo que, enquanto eu aliviava o ventre, estaria aliviando também a consciência do pavor do pecado. Usei aqui a expressão “in cloaca” no sentido folclórico, no jargão dos monastérios, que quer dizer “na pior”. A verdade é que a descoberta da obra vicária de Cristo em sua profundidade ocorreu quando eu estava triste e deprimido.5 Outros têm dito por aí que a experiência aconteceu na torre do mosteiro agostiniano em Erfurt. Devemos encerrar de uma vez por todas as diferentes conjecturas. Nada disso é importante. Pouco a pouco, na minha cela, na torre do mosteiro, na minha sala de aula em Wittenberg, no meu quarto, na sacristia da Igreja do Castelo ou em minhas andanças de um lugar a outro, a luz do evangelho luziu em meu coração e Cristo foi gerado em mim. Portanto, é impossível datar a bem-aventura da passagem do esforço próprio para o esforço do meu graciosíssimo Deus, que deu o seu Filho unigênito para minha salvação.

Repórter – Alguém o ajudou a caminhar até o topo?

Lutero – Por volta dos meus 22 anos, quando eu era monge em Erfurt, morria de medo de ter esquecido de confessar algum pecado mortal. Então, alguém me recomendou a leitura de um manual escrito pelo teólogo francês João Gérson, morto em 1429. Ali, encontrei que não se deve considerar cada falta da vida monástica como um pecado mortal. Esse e outros livros me fizeram muito bem. Entre os autores que li, cito Agostinho, São Bernardo e João Tauler. O já citado vigário geral da ordem, João von Staupitz, mais tarde meu colega em Wittenberg, me ajudou bastante. Ele me aconselhou a não me preocupar com a predestinação, mas a me apegar às feridas de Cristo e colocar Jesus diante dos meus olhos. A facada final da graça, no entanto, aconteceu quando eu li na Epístola aos Romanos que Deus nos aceita pela fé, porque, como está escrito, “o justo viverá por fé” (Hc 2.4 ; Rm 1.17). Entendi que não haverá justiça em nós se antes nossa justiça própria não sucumbir e perecer. Cheguei à conclusão de que não ressurgiremos se antes não morrermos. Para mim ficou claro que quanto mais alguém se condenar profundamente e engrandecer seus pecados, tanto mais estará apto para a misericórdia e a graça de Deus.6

Repórter – Como o doutor define a justificação pela fé?

Lutero – Quando Deus nos imputa a justiça de Cristo, esta age como um guarda-sol contra o calor da ira divina. A justificação é, antes de tudo, o decreto de absolvição que Deus pronuncia sobre nós, declarando--nos justificados, a despeito de nossa pecaminosidade. Digo mais, a justificação não é a resposta de Deus à nossa justiça, mas a amorosa e perdoadora declaração de Deus de que nós, a despeito do nosso pecado, somos agora absolvidos — quer dizer, declarados justos.7

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*Trecho retirado do livro Conversas com Lutero. Trata-se de uma série de trinta conversas fictícias com o reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546). Embora fictício, todo o texto é rigorosamente baseado em fatos históricos.

Notas

1. GREINER, Albert. Lutero. São Leopoldo: Sinodal, 1983. p. 29.
2 LESSA, Vicente Themudo. Lutero. 4 ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1960. p. 9. 3. Id. Ibid. p. 32.
4. ALTMANN, Walter. Lutero e libertação. São Paulo: Ática, 1994. p. 68-69.
5. KITTELSON, James M. The breakthrough. Christian History, Minneapolis, MN,
Estados Unidos, v. XI, n. 2, p. 15, 1992.
6. LIENHARD, Marc. Martin Lutero — tempo, vida e mensagem. São Leopoldo: Sinodal,
1998. p. 45-46.
7. GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão. São Paulo: Cultura Cristã,
2004. v. 3. p. 57.

Leia mais
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/lutero-e-o-pavor-do-pecado

Não se esqueça do custo do discipulado

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elbe César

sexta-feira

Qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo. [Lucas 14.33, NVI]

Não tenho escondido isso de ninguém. Ao contrário, tenho deixado bem claro que o discipulado não é para qualquer um. Ele custa um preço muito alto. O preço é alto porque você está mergulhado no pecado, porque a cultura que o rodeia e exerce pressão sobre você é maligna e também porque as potestades do ar têm certo poder e encobrem a verdade.

Deixe-me falar com toda franqueza. Se você amar os familiares e a si mesmo mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Se você não estiver pronto para morrer como eu morri, não pode ser meu discípulo. Se você não quiser deixar tudo o que tem, não pode ser meu discípulo.

Não pretendo desanimá-lo. Só quero dizer-lhe a verdade. Não se esqueça de tantos, ontem e hoje, que deixaram isso e aquilo para me seguir. Lembre-se de Tiago e João, de Pedro e André, de Mateus e Paulo — todos deixaram tudo para serem meus discípulos. Assim como eu também deixei tudo em benefício de vocês.

— Se Jesus deixou tudo por amor a mim, o que me resta senão deixar tudo por amor a ele?

>> Retirado de Refeições Diárias com Jesus. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/11/01/autor/elben-cesar/nao-se-esqueca-do-custo-do-discipulado/

Acreditar ou não acreditar?

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 30.10.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César
 
quarta-feira
 
Mas não acredite nisso, pois mais de quarenta deles vão ficar escondidos esperando Paulo para o matar. (Atos 23.21a)
 
Um moço fornece uma informação sigilosa ao comandante de um destacamento militar e ainda pede que ele não acredite em outra versão, senão a que ele acaba de dar. À primeira vista parece arrogância do jovem que, acima de tudo, é sobrinho da pessoa que corre perigo de vida. Cláudio Lísias dá crédito ao rapaz e pede que não diga a ninguém o que lhe havia segredado.
 
Acreditar ou não acreditar — eis a questão! Ambas as coisas são difíceis. Para quem não quer acreditar, por exemplo, na ressurreição de Jesus, como Tomé, é difícil acreditar. Para quem quer acreditar, por exemplo, nas notícias falsas de dez dos doze espias enviados por Moisés à terra de Canaã, é difícil não acreditar (Nm 13.27-33).
 
Às vezes Jesus manda crer; em outras, a ordem é não crer. É para crer que “Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que todo aquele que crer nele não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). À samaritana, Jesus disse com absoluta clareza e simplicidade: “Creia em mim, mulher” (Jo 4.21, NBV). Aos discípulos, reunidos no cenáculo, o Senhor declarou com a mesma clareza: “Vocês creem em Deus; creiam também em mim” (Jo 14.1). Em outros discursos, Jesus ordena o contrário: “Se alguém disser para vocês: ‘Vejam! O Messias está aqui’ ou ‘O Messias está ali’, não acreditem” (Mt 24.23).
 
Não era para acreditar na mentira da serpente, e nossos primeiros pais acreditaram (Gn 3.1-7). Não era para acreditar na mentira dos gibeonitas, e Josué acreditou (Js 9.15). Não era para acreditar na hipocrisia de Judas e os apóstolos acreditaram (Jo 12.4-7; Mc 14.3-9). O apóstolo João é enfático: “Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus” (1Jo 4.1).
 
>> Retirado de Refeições Diárias: no Partir do Pão e na Oração. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/30/autor/elben-cesar/acreditar-ou-nao-acreditar/

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fé ou obras

31.10.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.LEWIS

quinta-feira

Os cristãos já discutiram demais se o que leva o homem de volta ao lar são as boas obras ou a fé em Cristo. Na verdade, eu não tenho direito algum de tocar em uma questão tão difícil, mas, ao que me parece, isso é o mesmo que perguntar qual das lâminas de uma tesoura é mais necessária. Um esforço moral sério é a única coisa capaz de levá-lo ao ponto em que você desiste. A fé em Cristo é a única coisa que pode lhe salvar do desespero nesse ponto; e as boas ações inevitavelmente emergirão dessa fé nele.

Há duas paródias da verdade em que diferentes grupos de cristãos no passado foram acusados por outros cristãos de acreditar; quem sabe elas tornem a verdade mais clara. Um grupo foi acusado de afirmar: “As boas ações são tudo o que importa. A melhor boa ação é a caridade. A melhor forma de fazer caridade é doar dinheiro. O melhor lugar para se doar dinheiro é na igreja. Então, vá passando a bagatela de 10 mil libras que daremos um jeito no seu caso”. A resposta a esse absurdo é que qualquer boa ação realizada por esse motivo, baseada na ideia de que o céu possa ser comprado, não seria uma boa ação, e sim uma especulação comercial. O outro grupo é acusado de defender: “A fé é tudo o que importa. 

Consequentemente, se você tem fé, não importa o que faça. Peque à vontade, meu chapa, e divirta-se; Cristo dará um jeito para que isso não faça diferença no final”. A resposta a esse absurdo é que, se o que você chama de “fé” em Cristo não envolve dar a mínima atenção ao que ele diz, então não se trata de fé alguma — não seria fé ou confiança nele, mas somente aceitação intelectual de alguma teoria sobre Cristo.

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/31/autor/c-s-lewis/fe-ou-obras/