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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A vitória da Graça!

25.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
 
Porque a reforma espiritual nunca acaba, tanto em indivíduos quanto em instituições, vale a pena relembrar um dos marcos mais significativos da história cristã: a Reforma Protestante, iniciada oficialmente em 1517 na Alemanha, com o teólogo Martinho Lutero.
 
As discussões teológicas inerentes traduzem, na verdade, o grande dilema do coração humano: como um pecador se reconcilia com o Deus Santo? A Graça foi a resposta profundamente revolucionária da Reforma e afetou não somente a Igreja, mas também culturas, governos, economias, literatura etc. A Graça de Deus reconcilia definitivamente e nos conduz em direção à unidade de propósitos, de convicções, de fé: “Sola Gratia”, “Solo Christus”, “Sola Fide” e “Sola Scriptura”.

Reforma – A Vitória da Graça é o quinto e-book gratuito da série “45 Anos” da Ultimato. A série coloca à disposição dos leitores uma seleção de títulos em formato digital (e-book), dedicados à celebra¬ção de datas especiais – Natal, Páscoa, entre outros – em 2013. Assim, a Editora Ultimato quer compartilhar parte do seu acervo – além da contribuição dos seus autores – sobre temas importantes da fé cristã, no ano em que comemora 45 anos de publicação ininterrupta da revista Ultimato.

Reforma – A Vitória da Graça quer celebrar e relembrar a Reforma Religiosa do século XVI. Também apresenta algumas porções do pensamento e legado do reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546), além de um capítulo especial com as suas conhecidas (e nem sempre lidas) 95 Teses. Organizado pelo pastor Elben César, o e-book reúne ainda textos do (saudoso) Robinson Cavalcanti, de Emilio Antonio Nuñez, René Padilla, Ronaldo Lidório e Martin Weingaertner.
 
Leia mais
 
A Europa precisa de Jesus agora (revista Ultimato 337)
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/a-vitoria-da-graca

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Jesus e a re-Lei-tura

28.10.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO, 27.09.13
Por  Leonel Elizeu Valer Dos Santos        
 
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir.” Mat 5; 17

A diferença entre o caráter e ensino de Jesus e os religiosos era tal, que havia o risco de ser acusado de subversão; de estar atuando contra a Lei de Moisés. Por isso, apressou-se a eliminar tal suspeita.

Se não veio anular, mas, cumprir, como disse, por que fez releitura de quase todos os mandamentos? Bem, o legalismo é apenas a vitrine da hipocrisia, não o reflexo exato da Lei. Paulo ensina: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual;…” Rom 7; 14 disse mais: “E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.” V 16 Ele considerou um “não querer” refém da força do pecado na carne como uma aprovação íntima da Lei de Deus.

Se a Lei é espiritual, tem um espírito; uma intenção subjacente à superfície da letra. O fato que os judeus, Fariseus, sobretudo, faziam uma leitura superficial e nela se justificavam foi que demandou a releitura do Senhor. Avisou seriamente aos ouvintes: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mat 5; 20 Esse exceder não significava extrapolar, antes, aprofundar-se; entender a intenção da Lei, e observá-la.

Do “não matarás”, foi além; à raiz do assassinato, o ódio. “…porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo;…” v 22; quanto ao adultério, idem: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” V 28 Do sábado fez a mesma análise; seu fim era o bem estar humano, não um deleite Divino; “O sábado foi feito por causa do homem”. Ensinou. Por fim, facilitou a compreensão do espírito da Lei ensinando que, cada um tem na morada de seus anseios, a candeia dos seus deveres. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7; 12

Claro que um desnudar profundo da pretensão religiosa da época fatalmente o faria “persona nom grata” ante suas “vítimas”.

Espantoso é que, hoje, passados dois milênios de tão clara exposição ainda tenhamos os neo-Fariseus, intérpretes de superfície atuantes e convictos de suas idiossincrasias.

Dado que o sacerdócio levítico foi ineficaz, veio o Sumo Sacerdote de uma ordem superior e pôs ordem na casa. Porém, “…mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7; 12 Observando de modo prático, em quê consiste tal mudança? Ouçamos Paulo: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.” Rom 8; 1 e 2

Essa Lei do Espírito de Vida deve atentar a quais mandamentos? “fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado;” Mat 28; 19 e 20 Claro que as coisas que Ele mandou abrangem todas as faces de nosso viver; entretanto, o Mestre condensou-as em dois mandamentos apenas: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” Mat 22; 37 a 40

Em seus dias Paulo enviou dura diatribe aos Gálatas em face ao legalismo que se infiltrara; aos Colossenses não foi diferente. Também lá advertiu: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Col 2; 16 e 17

Claro que os legalistas desse tempo sempre terão suas “bases bíblicas” para defender; embora, os Adventistas usem até os sonhos de Ellen White; contudo, a origem do problema não é bíblica, antes, reside no orgulho carnal das seitas que se pretendem depositárias únicas da verdade. “…estando debalde inchados na sua carnal compreensão, e não ligados à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus.” Col 2; 18 e 19

Mesmo a carne implorando por ser santificada, o Senhor insiste que seja crucificada. E depois da cruz, a Lei é outra.
        
Soledade - RS
Textos publicados: 89
[ver]
Site: http://ofarol.blog.terra.com.br
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/jesus-e-a-re-lei-tura

O que é uma vida cristã desequilibrada?

28.10.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO, 08.10.13
Por  Zé Bruno *
 
Numa manhã de domingo quando fiz esta pergunta aos meus alunos da Escola Bíblica Dominical, algumas pessoas entendiam o desequilíbrio na vida cristã como quando um crente vive uma vida no pecado. Todavia, quando isso acontece não há um desequilíbrio, mas uma abandono da fé e da práxis cristãs. Ainda que a pessoa mantenha a crença no discurso do evangelho, sua conduta entra em contradição com ele.

O desequilíbrio acontece quando uma parte ou um lado é mais acentuado que outro, neste caso o que ocorre é uma caricaturização da vida cristã. Isso mesmo, a vida cristã é vivida como se fosse uma caricatura, onde o exagero destaca algumas características deformando a aparência, deixando-a, na melhor das intenções, cômica.

Segundo Stott, o equilíbrio está associado a compreensão da nossa identidade como discípulos de Jesus, visto que “a razão de quase todas as nossas falhas é a facilidade que temos de esquecer nossa identidade como discípulos.”[1] Partindo do texto de 1 Pedro 2.1-17, Stott nos apresenta seis facetas que compõe a vida cristã:

- Como crianças recém-nascidas, somos chamados a crescer;
- Como pedras vivas, somos chamados à comunhão;
- Como sacerdotes santos, somos chamados à adoração;
- Como povo de propriedade de Deus, somos chamados ao testemunho;
- Como estrangeiros e peregrinos, somos chamados à santidade;
- Como servos de Deus, somos chamados à cidadania.[2]

Stott conclui seu pensamento sobre identidade e equilíbrio dizendo: “Em cada par, somos chamados ao equilíbrio e não à ênfase de um em detrimento do outro. Assim, somos tanto discípulos individuais quanto membros da igreja, tanto adoradores quanto testemunhas, tanto peregrinos quanto cidadãos.”[3]

Outro anglicano com quem aprendi o que era uma vida cristã desequilibrada foi o saudoso Dom Robinson Cavalcanti, que no 36º Encontro da Sepal, comentou que no Brasil, percebia uma espécie de espiritualidade fragmentada em três grupos:

-os da espiritualidade mística – são aqueles que valorizam a adoração, limitando-a a algumas práticas ou disciplinas espirituais. Desprezam a reflexão, desconhecendo o seu valor. A expressão desta espiritualidade encontra-se apenas na experiência, nas emoções e o discernimento é resultado de uma sensação!

-os da espiritualidade academicista – são aqueles que supervalorizam a reflexão, mas possuem pouco ou nenhuma expressão ativa na igreja ou na sociedade. Muitos acabam sendo academicistas, conhecedores das doutrinas, de filosofias, da hermenêutica/exegese e outras ciências bíblicas, mas sem relevância, pois ficam enclausurados em suas torres de marfim.

-os da espiritualidade ativista – são aqueles que não são ociosos no serviço, são os workaholic da fé, muito atarefados em suas comunidades de fé ou naquilo que chamam/entendem como obra do Senhor, mas sem vida devocional. Os tais gastam tempo com a obra de Deus, mas não com o Deus da obra.

Essas propostas de espiritualidades que acabam representando o muito do que vemos em nossas igrejas, ou melhor, na vida de muitos irmãos e inclusive na nossa também, são doentias. A fragmentação, o fato de encarem a relação com Deus, consigo e com o outros apenas por um víeis acabam limitando a relação dessas pessoas com a realidade que as cercam.

Para tanto, uma espiritualidade centrada só na adoração, mas que despreza a reflexão é mística (baseado no oculto, no desconhecido, tudo é mistério!!!) e alienada, pois busca apenas o vertical. Uma espiritualidade centrada apenas na reflexão, mas que não age é apenas academicista. Uma espiritualidade centrada apenas em ações, mas que não adora, não valoriza a vida devocional é ativista. Logo, para que seja saudável precisa ser integral e para isso tem que estar estruturada sobre os pilares da adoração, da reflexão e da ação.

O interessante é que esses dois teólogos anglicanos não estão falando de pontos antagônicas, pois as facetas que compõem a identidade do discípulo apresentadas por Stott estão inclusas nos fragmentos que compõem a espiritualidade integral anunciada por Dom Robinson. Logo, se queremos alcançar ou manter o equilíbrio, precisamos aprender a conciliar esses fragmentos e aquelas facetas.

*Zé Bruno
Arapiraca - AL
Textos publicados: 22
[ver]
Site: http://www.zebruno.wordpress.com

 Notas


 [1]STOTT, John. O Discípulo Radical. Editora Ultimato: Viçosa. 2011, p.84
[2]Idem, p.83
[3] Idem, p.84
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-que-e-uma-vida-crista-desequilibrada

domingo, 27 de outubro de 2013

Primeiro vislumbre do reino dos céus

27.10.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C.S.Lews
 
domingo
 
Tenho plena consciência de que a expressão “entregar tudo a Deus” pode ser mal interpretada, mas ela deve ficar assim por enquanto. O sentido no qual um cristão entrega tudo a Deus é o de que ele coloca toda a sua confiança em Cristo, certo de que, de alguma forma, Cristo irá compartilhar com ele a perfeita obediência humana que ele cumpriu desde o seu nascimento até a sua crucificação; que Cristo o tornará mais parecido com ele e que, de certa forma, tornará as suas deficiências boas. Na linguagem cristã, ele há de compartilhar a sua “condição de Filho” conosco, tornando-nos, como ele mesmo, “Filhos de Deus”.
 
[...] Em outras palavras, Cristo oferece alguma coisa por nada; ele até oferece tudo por nada. Em certo sentido, toda a vida cristã consiste em aceitar essa notável oferta. Porém, a dificuldade está em alcançar o ponto de reconhecer que tudo o que fizermos e que podemos fazer não é nada. O que nós mais queríamos era que Deus contasse nossos pontos positivos e ignorasse os negativos. Novamente, em certo sentido, você poderia dizer que nenhuma tentação é superada até que deixemos de tentar superá-la — jogando a toalha. Porém, então você não conseguirá “parar de tentar” da maneira certa e pela razão certa até que tenha tentado o máximo possível.
 
Ainda, em outro sentido, entregar tudo a Deus não quer dizer, é claro, que você deve parar de tentar. Confiar nele significa tentar fazer tudo o que ele diz. Não faria sentido algum dizer que você confia em uma pessoa cujos conselhos você rejeita. Assim, se você realmente se entregou a Cristo, deduz-se que você está tentando ser obediente a ele — mas de uma nova maneira, menos desesperada. Então, você para de tentar fazer coisas para ser salvo, porque ele já começou a lhe salvar. Deixa de esperar o céu como recompensa por suas ações e inevitavelmente passa a querer agir da forma certa, porque o primeiro vislumbre do reino dos céus já está dentro de você.
 
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/27/autor/c-s-lewis/o-primeiro-vislumbre-do-reino-dos-ceus/

Novas todas as coisas

27.10.2013
Do portal REVISTA ULTIMATO, 25.01.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Stott
 
sexta-feira
 
Aquele que estava assentado no trono disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” [Apocalipse 21.5]
 
Os oito primeiros versículos de Apocalipse 21 são variações do tema da novidade, pois João viu um novo céu e uma nova terra, para os quais descia a Nova Jerusalém. Como consequência, “a antiga ordem já passou” e Deus pôde então declarar: “Estou fazendo novas todas as coisas!” (v. 5). A promessa de um novo universo foi feita primeiramente ao profeta Isaías (Is 65.17; 66.22). O próprio Jesus se referiu a ela como “a renovação de todas as coisas” (Mt 19.28, literalmente “o novo nascimento”), e Paulo escreveu sobre ela como a libertação da criação da escravidão da corrupção (Rm 8.18-25).
 
É importante, portanto, afirmar que nossa esperança cristã não é de um céu etéreo, mas de um universo restaurado, que se relaciona ao mundo presente pela continuidade e pela descontinuidade. O cristão, individualmente, é uma nova criação em Cristo, a mesma pessoa, porém transformada, e o corpo ressurreto será o mesmo corpo com sua identidade intacta (lembre-se das cicatrizes do Jesus ressurreto), porém revestido de novos poderes.
 
Assim também o novo céu e a nova terra não serão um universo substituto (como se criados de novo), mas um universo regenerado, purificado de todas as imperfeições atuais. João acrescenta o detalhe de que “o mar já não existia” (Ap 21.1), porque ele simboliza a agitação e a separação.
 
A seguir, João ouve a voz de Deus dirigida a ele e explica o significado da descida da nova Jerusalém: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus” (v. 3). Essa maravilhosa declaração é tão impressionante porque incorpora a fórmula da aliança, que aparece repetidas vezes em toda a Escritura: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo”.
 
O resultado desse relacionamento vivo entre Deus e o seu povo é que já não haverá dor, lágrimas, luto nem morte, pois essas coisas pertencem à velha ordem caída do mundo, que então terá passado. E somente Deus pode fazer isso, pois ele é o Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim (v. 6).
 
Para saber mais: Apocalipse 21.1-8
 
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/25/autor/john-stott/novas-todas-as-coisas/

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Conexão e oração

25.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 14.10.13
Por Tábata Mori

Muitos concordam que a universidade é um ambiente favorável para se mudar o mundo. Dr. J. Stanley Mattson, presidente da Fundação C. S. Lewis
quando perguntado por que dedicar-se à universidade e aos universitários, respondeu: “Porque acreditamos que é a principal força na formação da cultura moderna”.

Ecoa em nossos dias a famosa frase do Dr. Charles Malik, ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, filósofo, teólogo e professor: “A universidade é um claro ponto de apoio sobre o qual movimentar o mundo. Mude a universidade e você muda o mundo”.
Pensando nos desafios dessa fase é que a Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (IFES, sigla em inglês), conhecida no Brasil como
Aliança Bíblica Universitária (ABU), realiza há alguns anos, em 18 de outubro, o Dia Mundial do Estudante. O objetivo é, tanto celebrar o que Deus tem feito através do ministério presente em 157 países, como interceder pelos desafios vividos pelos estudantes universitários e secundaristas em seus diferentes contextos. Participam igrejas, organizações, famílias e estudantes - envolvidos ou não com o ministério universitário.

Conexões

A conexão será um diferencial deste dia. Haverá vários intercâmbios entre países e culturas, por meio da oração. Um estudante brasileiro, por exemplo, poderá orar por um estudante da Noruega e assim se envolver com os desafios próprios deste país.

No dia 18, especialmente, a tecnologia vai permitir com que esta conexão seja ainda maior. Estudantes vão se conectar com outros estudantes de todos os países por meio do


Estudantes evangélicos em evento de capacitação em Viçosa (MG)

Se você deseja participar, registre sua participação online e depois acesse informações em inglês, espanhol, francês (mais completo) ou português. Você ainda pode acessar o blog do Movimento e participar de grupos de discussão que ficam online o ano inteiro.

Nem Malik, nem C. S. Lewis chegaram a considerar a possibilidade de estudantes conectados pelas modernas ferramentas tecnológicas e pelo Espírito Santo ao mesmo tempo. Se eles já podiam mudar o mundo antes, imagine agora!
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Tábata Mori, jornalista, é mestranda em Missiologia pelo Centro Evangélico de Missões (CEM).

Leia mais
 
Deus espera por nossas orações! (revista Ultimato 336)A missão de interceder (Durvalina Bezerra)A oração nossa de cada dia (Carlos Queiroz)
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/conexao-e-oracao

A identificação e destruição de Babilônia

25.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 21.10.13
DEVOCIONAL
Por John Stott
 
segunda-feira                       
Um segundo anjo o seguiu, dizendo: “Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez todas as nações beberem do vinho da fúria da sua prostituição”! [Apocalipse 14.8]
 
Até aqui, “Babilônia” foi mencionada no Apocalipse brevemente e em apenas duas ocasiões, mas em nenhuma delas temos a explicação do que ela simboliza. Agora dois capítulos inteiros são dedicados ao fenômeno “Babilônia”. O capítulo 17 faz a sua identificação, enquanto o capítulo 18 descreve em vívidos detalhes a sua destruição.
 
Um dos sete anjos voluntariamente instruiu a João sobre a identidade da Babilônia. Ele lhe mostrou uma prostituta e lhe explicou o quadro. A mulher estava sentada sobre uma besta escarlate (logo reconhecida como a besta que saiu do mar). Como escreveu Richard Bauckham, “a civilização romana, como uma influência corruptora, cavalga nas costas do poder militar romano”. João viu que a mulher estava embriagada com o sangue dos mártires (17.6). Como conclusão, o anjo lhe disse: “A mulher que você viu é a grande cidade que reina sobre os reis da terra” (17.18).
 
Agora que a identidade da Babilônia foi revelada, João continua a descrever sua derrocada. A pilhagem literal de Roma sob Alarico, o Visigodo não ocorreria senão em 320 anos. No entanto, João usou o tempo profético passado, expressando a certeza do juízo de Deus como se ele já tivesse acontecido. “Caiu! Caiu a grande Babilônia” (14.8). Três grupos de pessoas são destacados no capítulo 18, a saber, reis, negociantes e marinheiros do mundo. Cada grupo lamenta a destruição da Babilônia: “Ai! A grande cidade!” (18.10). O capítulo termina com um misto de celebração e lamento — celebração da justiça de Deus no juízo e lamento pelo desaparecimento de todos os bons aspectos da cultura: a música, a habilidade dos artífices, a preparação do alimento para a família e o riso alegre da noiva e do noivo.
 
No primeiro século, “Babilônia” era Roma. Mas Babilônia floresceu por toda a história e por todo o mundo. Babilônia é o estilo de vida vão. Seu perfil pode facilmente ser traçado a partir desse capítulo — idolatria, imoralidade, extravagância, feitiçaria, tirania e arrogância. O urgente chamado ainda convoca o povo de Deus a fugir dela a fim de evitar a contaminação.
 
Para saber mais: Apocalipse 18.21-24
 
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/21/autor/john-stott/a-identificacao-e-destruicao-de-babilonia/

Lição da prática das virtudes cristãs

25.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 19.10.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por C. S. LEWIS
 
sábado
A principal lição que aprendemos com a tentativa séria de praticar as virtudes cristãs é que somos falhos. Se restou alguma ideia de que Deus nos tenha submetido a uma espécie de exame e que precisamos tirar notas boas por méritos próprios, devemos apagá-la. Se restou a ideia de que possa haver algum tipo de barganha — alguma sugestão de que nós estivéssemos em condições de pôr em prática a nossa parte do trato e, dessa maneira, colocar Deus em dívida conosco, como se não fosse mais do que obrigação dele, por uma simples questão de justiça, fazer a sua parte —, ela deve ser igualmente apagada.
 
Acredito que uma pessoa que tem apenas uma vaga fé em Deus, enquanto não se torna cristã de verdade, tem na mente a ideia de um exame ou de uma barganha. O primeiro fruto do cristianismo verdadeiro é o fim dessa ideia. Alguns, quando percebem que essa ideia foi reduzida a frangalhos, acham que o cristianismo é um erro e desistem. Pessoas assim parecem imaginar que Deus é muito ingênuo. Na verdade, é claro que ele sabe muito bem de tudo isso. Uma das coisas mais importantes que o cristianismo foi designado a fazer foi acabar com essa ideia. Deus estava esperando a hora em que você descobriria que não existe essa história de tirar nota boa para passar no exame ou de colocá-lo em dívida com você.
 
A outra descoberta costuma ser feita logo em seguida: todas as suas faculdades mentais e emocionais, toda a sua capacidade de pensar ou de mover os membros do seu corpo, tudo isso lhe foi dado por Deus. Mesmo se você devotasse cada segundo da sua vida toda ao serviço dele, não estaria dando nada a Deus que, de certa forma, já não era dele. Vou lhe dizer o que realmente acontece quando dizemos que uma pessoa fez alguma coisa para Deus ou que deu alguma coisa por ele. É como se uma criança fosse até o seu pai dizendo: “Papai, me dá um dinheiro para eu comprar um presente de aniversário para você”. É claro que o pai o faria e se alegraria com o presente do filho. É tudo muito próprio e correto, mas só um idiota pensaria que o pai ganharia algo nessa transação.
 
— de Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples]
 
>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/19/autor/c-s-lewis/licao-da-pratica-das-virtudes-cristas/

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

As brigas de Jesus por causa de crianças

24.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 07.10.13
Por Pr. Elben César*
 
Na Semana da Criança, nos lembramos do valor que Jesus deu aos "pequeninhos". Esta intrigante fase da vida é um tempo cheio de riquezas espirituais. Por isso, o trabalho de cuidado e proteção é antecedido pela reverência de que o “reino de Deus é delas”.

Durante toda esta semana, publicaremos artigos e recursos práticos para quem leva a criança a sério, assim como Cristo levou. A seguir, republicamos um artigo escrito pelo pastor Elben César e publicado há 16 anos, na revista Ultimato 249 (novembro, 1997). Boa leitura!
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http://www.sxc.hu/photo/1385005Em Hortolândia, a 120 quilômetros de Paulo, um pai de 26 anos mata a filhinha de um ano e meio com um tiro de pistola na cabeça. Foi sem querer. Em Pará de Mina, a 74 quilômetros de Belo Horizonte, um homem casado, de 71 anos, pai de seis filhos, é acusado de manter relações sexuais com menores até onze anos. Foi sem querer.

Os crimes contra as crianças não têm conta. Começam quando ela acaba de nascer, como acontece no Egito com os recém-nascidos do sexo masculino das hebreias que lá viviam na época de Moisés (Êx 1.15-22). Continuam quando a criança tem dois anos para baixo como aconteceu com “os filhos de Raquel”, em Belém e todos os seus arredores, na época de Jesus (Mt 3.16-18).

Ora as crianças são jogadas com vida no rio Nilo (Êx 1.22). Ora são oferecidas como sacrifício ao deus Moloque para serem queimadas pelo fogo, como se fazia entre os amonitas e, em época de grave crise, até os israelitas (Jr 32.35). Ora são imprudentes enviadas à Terra Santa para expulsar dali os infiéis, como aconteceu em 1212, com a denominada Cruzada das Crianças. Ora adoecem e morrem por falta de pão, por causa de consumismo de alguns. Ora adoecem e morrem por causa do álcool, das drogas e da AIDS, por não terem pais ou por terem pais separados ou irresponsáveis. Em meio a este cenário trágico que não pode ser desmentido, ouve-se uma voz retumbante por toda a terra que clama:

“Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Lc 18.16).

O grito de Jesus em solidariedade às crianças é bem conhecido. Mas as circunstâncias no meio das quais o Senhor pronunciou essas palavras candentes precisam ser mais conhecidas.

Alguns pais tiveram a feliz ideia de trazer suas crianças a Jesus para que Ele as tocasse, lhes impusesse as mãos e orasse por elas (Mt 19.13-15, Mc 10.13-16 e Lc 18.15-17). E os discípulos tiveram a infeliz ideia de repreender esses pais, talvez para poupar Jesus de algum trabalho. Diante do impasse público, Jesus se põe ao lado das crianças e contra os discípulos, mesmo estando eles investidos de autoridade. Ele fica indignado contra os discípulos, chama as crianças para junto de si, toma-as em seus braços, impõe sobre elas as mãos e as abençoa. Foi nessa ocasião que Jesus pronunciou as mais solenes palavras sobre a atenção que se deve dar às crianças: “Deixai vir a mim os pequeninhos, e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus”. E ainda acrescentou: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira alguma entrará nele”.

Esta não foi a única ocasião em que Jesus brigou com alguém por causa das crianças. No tumulto da expulsão dos que vendiam e compravam no templo, da derrubada de mesas e cadeiras e da cura de cegos e coxos, as crianças gritavam corajosamente no pátio: “Glória ao Filho de Deus!”. Os principais sacerdotes e os escribas ficaram indignados com o que Jesus fazia e com o que as crianças faziam. Então lhe perguntaram: “Ouves o que estes (os meninos, as crianças) estão dizendo?”. Jesus simplesmente respondeu, reportando-se ao Salmo 8: “Claro que sim. Vocês já não leram a passagem das Escrituras que diz: Deus ensinou as crianças e as criancinhas a oferecerem o louvor perfeito?” (Mt 21.12-17 em A Bíblia na Linguagem de Hoje).

Numa terceira ocaisão, Jesus se pronunciou em público sobre a integridade espiritual da criança e fez uma terrível ameaça: “Se alguém for culpado de um deles (os pequeninhos) me abandonar, seria melhor para essa pessoa ser jogada ao mar, com uma grande pedra amarrada ao pescoço” (Mt 18.6 em A Bíblia na Linguagem de Hoje).

Jesus é a salvação das crianças. Não só por causa da perfeita redenção operada por Ele na cruz do Calvário em favor delas e dos adultos. Mas, também, porque Ele levanta a sua voz contra qualquer crime ou qualquer injustiça cometida entre as crianças. Jesus sempre se põe ao lado delas e contra os culpados, seja quem for, não importa como, quando e onde!
 
           
*Elben M. Lenz César É Diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato, Elben César é autor de, entre outros, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para Melhor Enfrentar o SofrimentoConversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Ex-presidente da Associação de Missões do Terceiro Mundo e fundador do Centro Evangélico de Missões, do qual é presidente de honra, é também jornalista e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa.
Leia mais
Uma Criança os Guiará – por uma teologia da criança
Por amor a nossas crianças (Alderi Souza de Matos)Tornar-se criança (Ricardo Barbosa)
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/as-brigas-de-jesus-por-causa-de-criancas

Não esqueça da evangelização

24.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
Por Ében César
 
quinta-feira
 
Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia. [Lucas 14.23, NVI]
 
Preciso de sua ajuda. Quero dar uma grande festa para muita gente. Já arrumei o salão, as cadeiras e as mesas. Está tudo pronto. Embora eu tenha feito muitos convites, até agora ninguém chegou e o salão ainda está vazio. Os convidados não perceberam a natureza da festa que estou oferecendo. Não passa pela cabeça deles que se trata do banquete da salvação. Eles estão justificando a não-aceitação do meu convite com desculpas esfarrapadas. O primeiro alegou ter comprado um sítio; o segundo, ter comprado cinco juntas de bois; o terceiro, que estava em plena lua-de-mel. Estou surpreso e indignado.
 
Muito mais aborrecido do que decepcionado.
 
Quero que você se arrume e vá depressa pelos becos da cidade e traga os pobres e deficientes físicos. Se ainda estiver sobrando lugar, vá outra vez e obrigue a entrar os que você encontrar nas vias de acesso à cidade. Quero o salão repleto e não vazio, quero o salão cheio e não ocupado pela metade (Lc 14.16-24).
 
— Se ainda há lugar e se o banquete já está pronto, vou sair por aí afora para fazer convites!
 
> Retirado de Refeições Diárias com Jesus. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/24/autor/elben-cesar/nao-se-esqueca-da-evangelizacao/

Entregando tudo a Deus

24.10.2013
Do  portal da REVISTA ULTIMATO, 23.10.13
Por C. S. LEWIS

quarta-feira

Não temos como descobrir que somos falhos em manter a lei de Deus, a não ser que tentemos com todos os nossos esforços (para depois falhar).

Se não tentarmos realmente, não importa o que digamos, sempre teremos em nosso inconsciente a ideia de que, se tentarmos com mais força da próxima vez, talvez sucederemos em nos tornar perfeitamente bons. Assim, nesse sentido, a estrada de volta para Deus é a do empenho moral, de tentativas cada vez mais duras. Porém, em outro sentido, não são as nossas tentativas que nos levarão de volta para casa. Todas essas tentativas só podem nos levar àquele ponto vital em que você se volta para Deus e confessa: 

“Eu não sou capaz de fazer isso. Você precisa fazê-lo por mim”. Mas eu lhe imploro, não comece a se perguntar: “Será que eu já atingi esse ponto?”. Não fique sentado observando a sua própria mente para ver se está acontecendo. Isso coloca a pessoa em um barco furado. 

Quando as coisas mais importantes da nossa vida acontecem, geralmente não sabemos, no momento, o que está acontecendo. Uma pessoa nem sempre é capaz de dizer a si mesma: 

“Vejam! Eu estou crescendo”.

Muitas vezes é só quando ela olha para trás que se dá conta do que aconteceu e identifica o que as pessoas chamam de “crescimento”. Você pode observar isso até nas coisas mais simples. É bem provável que uma pessoa que fica ansiosamente se vigiando para ver se vai conseguir dormir permaneça bem acordada. É claro que essa coisa a que estou me referindo agora pode não acontecer a todos de forma repentina — como aconteceu com o apóstolo Paulo ou Bunyan; ela pode se dar de forma tão gradativa, que será impossível a qualquer um apontar uma hora ou mesmo um ano específico. O que importa é a natureza da mudança, e não como nos sentimos enquanto ela se processa. Trata-se da mudança do estado de confiança em nossos próprios esforços para aquele estado em que já desistimos de tentar fazer as coisas por nós mesmos, entregando-as completamente a Deus.

— de Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples]

>> Retirado de Um Ano com C. S. Lewis, Editora Ultimato.
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Fonte: http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/23/autor/c-s-lewis/entregando-tudo-a-deus/

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O RELATIVISMO PÓS-MODERNO

23.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 
Por  Gene Edward Jr., Editora Cultura Cristã*


Texto Básico: 1 Timóteo 3.14-15

Leitura Diária:

Domingo:  Sl 19 – O valor da verdade de Deus
Segunda:  Sl 119 – A lei e a verdade
Terça:  Rm 1.18-32 – O pecado e a verdade
Quarta:  Jo 14.1-14 – Jesus Cristo e a verdade
Quinta:  Jo 16.1-24 – O Espírito Santo e a verdade
Sexta:  1Jo 1.5–2.6 – O teste da verdade
Sábado:  2Jo – Santificação e verdade

Introdução

De maneira geral, é possível afirmar que a vida cristã possui características e objetivos comuns em todos os momentos da história. A ordem de “santificar a Cristo no coração” (1Pe 3.15), por exemplo, se aplica a todos os cristãos em todos os momentos históricos. No entanto, é possível afirmar que cada momento histórico apresenta desafios próprios para o cristianismo. Nóssomos chamados por Deus para viver a vida cristã num tempo específico. Por isso, no exercício de santificar a Cristo no coração, por exemplo, cristãos de diferentes épocas se deparam com diferentes dilemas e desafios.

Nesta lição procuraremos avaliar à luz da Bíblia, um desafio próprio para os cristãos contemporâneos, que vivem na chamada pósmodernidade.

I. O relativismo dos tempos pós-modernos

Estudiosos de nosso tempo têm o denominado de pós-modernidade. Esta nomenclatura revela que o momento histórico em que vivemos é um momento que segue o período moderno. No entanto, a relação entre um momento histórico (modernidade) e outro (pós-modernidade) não é apenas temporal ou histórica, mas também conceitual e cultural. Em outras palavras, a pósmodernidade não é apenas um período que segue a modernidade em termos temporais, mas um período que segue a modernidade conceitual e culturalmente, rompendo, de certa forma, com aspectos do modo de pensar, viver e se organizar, próprio da modernidade.

Uma das características mais marcantes da pós-modernidade é o rompimento com o que poderíamos chamar de universal ou geral, em prol do particular ou individual. Na modernidade se pensava na história humana de modo geral, em termos de uma história universal. Hoje em dia o que importa é a história individual, quando muito a de um grupo de pessoas, mas não se costuma falar mais em uma história da humanidade.Na modernidade se falava também em uma verdade universal e absoluta. Para nossos dias, no entanto, falar em uma verdade universal e absoluta é algo quase que inaceitável. Por fim, a modernidade podia falar de um modo de agir universal e norteado por valores absolutos, enquanto para a pós-modernidade este é um discurso ultrapassado. Isto não significa que a modernidade tenha sido necessariamente cristã, mas apenas que ela teve em comum com a visão de mundo cristã o fato de assumir o universal e absoluto.

Ao contrário da modernidade, nosso tempo tem como princípio o relativismo. Tendo valorizado o particular, em detrimento do universal, a pós-modernidade abandonou a ideia de absolutos e assumiu o relativismo. O relativismo é a teoria de que a base para os julgamentos sobre conhecimento, cultura ou ética difere de acordo com as pessoas, com os eventos e com as situações (Dicionário de Ética Cristã, Carl Henry, Editora Cultura Cristã).

Esse relativismo contemporâneo se aplica aos três elementos apresentados no parágrafo anterior: história, conhecimento e ética. A pós-modernidade questiona, primeiramente, a existência de uma história comum que possa, de alguma forma, identificar os homens de modo universal. Em segundo lugar, no âmbito do conhecimento, questiona a existência de uma verdade que seja universal e absoluta. Por consequência, questiona por fim a possibilidade de se estabelecer princípios morais que devam reger a conduta de todas as pessoas universalmente. Nosso tempo rejeitaqualquer critério universalmente aceito para se medir valores (Carl Henry).

Esta teoria consideravelmente complexa (o relativismo) pode ser vista nas palavras e ações do dia a dia das pessoas em nosso tempo. Provavelmente a maioria dos leitores já consegue perceber o quanto o homem contemporâneo se preocupa com a sua história individualmente, como se ela não estivesse relacionada à história de modo geral. Provavelmente, a maioria dos leitores deste texto já teve uma discussão encerrada com as seguintes palavras: “não vale a pena discutir, afinal, você tem a sua verdade e eu tenho a minha”. Ou, quem nunca foi perguntado de forma retórica, depois de ter emitido um juízo de valor sobre algo ou alguém: “quem é você para julgar?”. Essas palavras e ações revelam como o relativismo tomou conta de nossos dias.

A igreja, enquanto comunidade plantada e imersa em seu tempo histórico sofre as consequências deste relativismo. Uma das maiores evidências da influência do relativismo na igreja contemporânea é sua tendência ao ecumenismo. A defesa da aceitação indiscriminada de toda e qualquer crença revela o quanto o caráter exclusivista do evangelho soa mal aos ouvidos contemporâneos. Outra característica que tem se tornado cada vez mais comum no meio da igreja é o questionamento da necessidade e a ausência da disciplina eclesiástica. Esta prática revela que não apenas o relativismo quanto ao conhecimento tem adentrado a igreja, mas também o relativismo ético-moral.

II. O relativismo e a Bíblia

O relativismo é uma teoria coerente com os pressupostos que a definem. Mas seria coerente com a cosmovisão cristã? Uma rápida consideração das verdades bíblicas é suficiente para revelar que o relativismo não se sustenta diante de alguns elementos fundamentais da fé cristã.

A. A Bíblia e a história

Ao considerarmos a história à luz da Bíblia, concluímos que, embora seja possível falar em histórias individuais, existem elementos fundamentais que na história humana que identifica todos os indivíduos, universalmente.

Pense no tema bíblico básico: Criação, Queda, e Redenção. A narrativa bíblica afirma que Deus é o autor da realidade. Tudo aquilo que existe foi criado por Deus (Gn 1.1). O homem não é mero produto de uma evolução biológica, mas um ser criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). A origem do homem, portanto, identifica-nos todos uns com os outros. Além da criação, somos identificados pela queda em pecado. A rebeldia não fora uma característica específica do primeiro casal, mas é algo que se perpetua nas gerações. A Bíblia é contundente em afirmar que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23); ou ainda que “não há um justo sequer” (Rm 3.10). Deste modo, nossa história se identifica com a história de todos os demais homens, não apenas pela criação, mas também pela queda. Por fim, nossa história se identifica com a história de todos os demais pela redenção. É claro que a identificação, neste ponto, não se dá pelo fato de serem todos salvos, mas pelo fato de que nosso destino eterno se define pela nossa relação com Jesus Cristo e o plano redentor de Deus nele proposto. Mesmo distinguindo entre salvos e perdidos, a Bíblia identifica todos eles em termos finais, ao afirmar, por exemplo, que todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai (Fp 2.10-11).

A tríade Criação, Queda e Redenção é oelemento unificador da história humana. Embora existam particularidades na história dos indivíduos, existem aspectos em que a história é universal; a história do homem criado à imagem de Deus, que se rebelou contra ele, e foi alvo da graça de Deus em Cristo Jesus.

B. A Bíblia e a verdade

Segundo a Bíblia, Deus não apenas trouxe a realidade e o homem à existência, mas se revelou. Aliás, o próprio ato criador é revelação. Deus criou todas as coisas pela sua Palavra (E disse Deus… Jo 1.1-2). Esta é a razão pela qual a realidade criada revela quem Deus é; “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de suas mãos” (Sl19.1).

O Deus da Bíblia, portanto, não é imóvel, mudo, mas é um Deus que vai ao encontro do homem e fala com ele. Desde muito cedo somos informados pela Bíblia deste movimento de Deus em relação ao homem. De acordo com os capítulos iniciais do Gênesis, ouvir a voz de Deus, que andava no jardim pela viração do dia, parece ser algo com o qual Adão e Eva estavam acostumados (Gn 2.16; 3.8). Mesmo após a Queda, Deus fala com o homem (Gênesis 3.8). Durante toda a história, Deus continuou falando ao homem, e à medida que falava, Deus tomava providências para que suas palavras fossem preservadas para toda a posteridade (Êx 17.14; 34.27).

Até que ele falou de modo pessoal, pela pessoa de Cristo Jesus. Ele, a Palavra que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14) é a revelação maior de Deus. Ele é a expressão exata do seu Ser (Hb 1.3), que se apresentou dizendo: “quem me vê, vê aquele que me enviou” (Jo 12.45). Este mesmo Jesus se define como o caminho, a verdade e a vida (João 14.6), aquele cujo conhecimento significa liberdade (Jo 8.32).

Deus é a verdade, e ele se revelou a nós por meio de sua Palavra. Por isso, a verdade não é uma questão meramente subjetiva ou de construto social. Ainda que o homem atribua significados à realidade, a verdade é objetiva. Nós nos aproximamos da verdade, todas as vezes que nos aproximamos do que Deus revelou por sua Palavra. O contrário também é verdadeiro. Sempre que nos distanciamos da revelação que Deus deu por intermédio de sua Palavra, nos distanciamos da verdade. A Palavra de Deus é a verdade (Jo 17.17).

C. A Bíblia e a moralidade

Assim como o relativismo ético é resultado do relativismo no âmbito do conhecimento, assim também a crença de que Deus se revela em sua Palavra tem como consequência a existência de valores morais universais e absolutos. Ao se revelar, Deus demonstrou sua vontade ao homem; o modo como Deus deseja que o homem viva neste mundo.

Desde o princípio o relacionamento de Deus com o homem é marcado pelo fato de que Deus é Senhor, e o homem é servo. Este fato de que Deus tem direitos sobre o homem para requerer dele obediência, é uma implicação natural da crença na verdade bíblica da criação. É possível dizer que, como criador do homem, Deus tem direitos autorais sobre o homem, e este direito se revela no fato de que Deus se relaciona com o homem na posição de seu Senhor.

A narrativa bíblica da criação apresenta Deus não apenas criando o homem, mas definindo, por meio de ordenanças, seu propósito e significado. Logo em Gênesis 1, encontramos o imperativo: “sede fecundos, multiplicai-vos”. Apenas um capítulo depois encontramos a ordem divina, que por ter sido desobedecida, deu origem a toda sorte de males que experimentamos ainda hoje; “de toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17). Quando, depois da Queda, o mal havia se alastrado sobre a terra, e Deus se apresentou a Noé, foi com imperativos que ele o fez: “Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos” (Gn 6.18). Posteriormente, Deus se apresentou a Abrão, e mais uma vez o fez de forma imperativa: “Ora, disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei”(Gn 12.1). Todas estas passagens revelam que Deus se relaciona com o homem como Senhor, e o  tem como seu servo. E, na qualidade de Senhor, Deus estabelece os princípios por meio dos quais o homem deve viver neste mundo.

Os dez mandamentos são característicos desta vontade divina revelada em sua Palavra. Eles têm sido chamados de a lei moral de Deus, isto é, o conjunto de preceitos divinos absolutos e atemporais. A causa pela qual são atemporais e absolutos é o fato de que se fundamentam no caráter de Deus. E, sendo Deus imutável em seu ser, as perfeições de seu caráter, nas quais se baseiam os mandamentos, são imutáveis também. Essa é a razão pela qual se pode dizer que os dez mandamentos revelam a vontade atemporal e absoluta de Deus. “A tua justiça é justiça eterna, e a tua lei é a própria verdade” (Sl 119.142).

III. A igreja: coluna e baluarte da verdade

Como temos visto, uma visão cristã do mundo pressupõe a existência de absolutos. Deus se revelou e em sua Revelação apresenta a história universal, nos oferece a verdade e os padrões morais para a vida. 1Timóteo 3.14-15afirma que a igreja é coluna e baluarte da verdade. As duas palavras, “coluna” e “baluarte”, indicam algo que sustenta e dá firmeza. Se pensarmos na metáfora de um edifício, por exemplo, e considerarmos o papel das colunas, como parte das estruturas que mantém um prédio de pé, perceberemos bem o que a Escritura deseja ensinar nesta passagem.

Essa metáfora não ensina que a igreja seja a fonte originadora da verdade. Ao contrário do que pensa o romanismo, não é a igreja quem define e estabelece o que é a verdade. A fonte originadora da verdade é Deus mesmo. E a igreja é a guardiã, a protetora, a defensora da verdade revelada e estabelecida por Deus. Esta lição sobre a igreja chama a nossa atenção para a necessidade de avaliarmos nosso compromisso com a verdade em tempos em que ela é tão questionada. Um detalhe importante é que 1Timóteo 3.14-15não está falando sobre algo que a igreja deve se esforçar para ser, mas sim o que a igreja é. O texto está definindo a igreja. Isto significa que um dos maiores compromissos da igreja é seu compromisso com a verdade, de modo que, se uma comunidade não é uma coluna e fundamento da verdade, ela não é uma verdadeira igreja de Cristo.

Conclusão

Vivemos tempos de desconsideração para com a verdade. Cada um parece defender e viver de acordo com o que pensa ser mais correto. No entanto, a Bíblia nos ensina que temos uma história comum, uma Revelação absoluta e princípios éticos normativos. E Deus estabeleceu sua igreja como coluna e baluarte da verdade. Isto significa que uma caraterística fundamental da igreja de Cristo é seu apego à verdade e sua proclamação.

Aplicação

Lembre-sede seu papel enquanto membro da igreja do Senhor. Você é uma pedra desta coluna que deve sustentar a verdade de Deus. Para cumprir este ministério: conheça a verdade; estude a Escritura com afinco até que você domine a verdade de Deus e seja dominado por ela; viva a verdade; seja uma referência nesses tempos onde os valores éticos e morais estão se tornando cada vez mais vulneráveis.

Proclame a verdade com coragem e ousadia. Não tenha medo. Ainda que isto custe a você um alto preço, lembre-se de que Deus não tem nos dado espírito de covardia, mas de moderação.

Boa leitura!

Tempos pós-modernos, Gene Edward Jr., Editora Cultura Cristã.

Verdade, realidade, identidade individual, tudo foi implodido pelo pós-modernismo, como produtos da sociedade, prisões da linguagem, máscaras de poder. Essas ideias estão nas escolas, na televisão, nos filmes, jornais e revistas. Então passando para o cidadão comum. Desafiam e minam a fé cristã. Fomos chamados para testemunhar a esta época. Vamos conhecê-la.

*Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, 2013. Usado com permissão.

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