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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A humanidade a caminho do abismo!

17.02.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 09.02.15


No texto anterior [Você decide!] eu propus uma situação, uma espécie de pesquisa de opinião, um chamado à reflexão para o que havia apenas 2 alternativas:

- Avisar aos rapazes sobre o risco que corriam ao persistirem em ir até o final daquela trilha, induzindo-os a retornar enquanto era tempo de preservarem as suas preciosas vidas [houve unanimidade nesta opção];

- A segunda alternativa seria aquilo que vem se tornando comum de pensar e de agir [desagir]: “deixa p’ra lá, cada um na sua” (...) “afinal eles já têm idade, sanidade, maturidade para cuidar de suas próprias vidas responsavelmente; por certo, perceberão o precipício e retornarão seguros”.

Não pega, não vence, não prevalece, não progride a tese da indiferença, do descaso, do “laissez-faire”; a maioria dos que assim agem, bem como a maioria da sociedade, acha correta a postura atual de “não nos imiscuirmos na vida alheia;” de não discutirmos, principalmente, “religião.” 

Todavia, há uma tendência de unanimidade, sabiamente, de que nos casos de risco à vida tem que haver solidariedade; a neutralidade e a indiferença são impróprias, inadmissíveis, inaceitáveis; é, até, crime culposo [negligência], quase que doloso tipificado pela omissão de socorro. 

Nós, a humanidade, criados fomos à imagem e semelhança de Deus, logo Ele é uma pessoa, um Espírito, e não uma “energia” como se pensa hoje em dia; Ele ouve, Ele reflete, Ele decide, Ele fala!

Ele nos criou para a paz, para a felicidade, para a eternidade e colocou tudo o que é belo, que é bom, que é necessário à nossa disposição, mas o Seu desejo se frustrou: desobedecemos, caímos, pecamos [pecar é desagradar a vontade de Deus], e o sonho se desfez, sucumbiu.

Mas o Senhor nosso Deus é eterno e continua querendo que vivamos a eternidade com Ele, n’Ele, no que a Sagrada Escritura chama de “seio de Abraão” (Lc 16 22) na parábola do rico e do Lázaro, em cujo texto ficou claro que não há comunicação entre vivos e mortos e, também, não há uma segunda chance.

Mas Deus não descansou, o Senhor Jesus disse que “Ele trabalha até hoje” (Jo 5 17). E, creio, o fará até o fim porque não desiste de nós.

Deixando de lado o “enrolês,” quero me expressar com simplicidade, Deus “não entregou os pontos”, mas foi fazendo sucederem-se novas oportunidades para o ser humano alcançar a felicidade, a paz, a eternidade junto a Ele. 

Mas a humanidade se desviava e vinha o juízo [Sodoma e Gomorra, Dilúvio], até que Deus decidiu derramar, sobre nós, a Graça [favor imerecido], mediante a fé no Senhor Jesus Cristo, que DEU A SUA VIDA, espontânea e incondicionalmente em nosso lugar, o Justo pelos injustos, o Puro pelos pecadores.

Só nos cabe recebê-lo, em nós, pois “Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam, mas a TODOS quantos O RECEBERAM [no coração] deu-lhes o direito de SE TORNAREM FILHOS DE DEUS, a saber os que creem no seu nome, que não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, mas de Deus” (Jo 1 11-13).

E esse aceitá-lo, recebê-lo importa em seguir os seus preceitos, pois “Ele se tornou Salvador dos que lhe obedecem” (Hb 5 9).

Somos hoje, a humanidade viva, 7 bilhões e 200 milhões de pessoas, das quais cerca de apenas 1/3 são cristãs [mesmo que nominais em parte]. Dois terços ainda não receberam o Salvador, o único Caminho que nos leva a Deus segundo palavras d’Ele próprio: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai SENÃO POR MIM” (Jo 14 6).

Diz, ainda, a Palavra de Deus: “Porquanto há UM SÓ DEUS e UM SÓ MEDIADOR entre Deus e os homens, CRISTO JESUS, homem, o qual a si mesmo SE DEU em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos” (1Tm 2 5).

“A SEARA É GRANDE, MAS POUCOS SÃO OS TRABALHADORES” (Mt 9 37), temos que fazer a Obra que o Mestre nos designou a fazer, temos que fazer discípulos/ensinar (Mt 28 19), temos que pregar (Mc 16 15), temos que testemunhar até aos confins da terra (At 1 8), pois é a vontade de Deus “que NENHUM PEREÇA, senão que TODOS cheguem ao arrependimento” (2Pe 3. 9b).

Não contados os cristãos nominais, há cerca de 5 bilhões de criaturas de Deus que, ainda, não conhecem o Senhor Jesus, único, suficiente e eterno Salvador e Senhor de nossas almas!

Vamos [ou não] alertá-los do risco de uma morte eternamente distante de Deus? Vamos [ou não] avisá-los que há um só Salvador e que Ele está de braços abertos para nós?

“Se não avisarmos, ao que ainda não é do Senhor Jesus, para salvar-lhe a vida, ele morrerá na sua iniquidade, mas o seu sangue nos será cobrado; mas se o avisarmos e ele não se converter, ele morrerá na sua iniquidade, mas nós que o avisamos teremos as nossas almas salvas” [Ez 3 18-19].

Mas essa ação deve e tem que ser feita POR AMOR ao próximo e não visando o particular interesse de nos salvarmos; “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos” (1Jo 3 16). 

É hora de despertarmos do sono (Rm.13 11); e mãos no arado!

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/a-humanidade-a-caminho-do-abismo

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A Fé, A Lei e a Graça

16.02.2015
Do portal GNOTÍCIAS, 22.01.15
Por Amilcar Rodrigues*

A Fé, A Lei e a GraçaNo princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus e era Deus, Jo 1:1.
A Palavra ou  Verbo representa tudo o que precisamos de conhecer sobre Deus e os Seus desígnios.

A fé em Deus significa a fé na Palavra porque na sua substância é o próprio Deus.

Foi pela Palavra que Deus criou todas as coisas e é também por Ela que todas subsistem.

Sabemos que a Palavra encarnou no Homem da Galileia com o propósito de, humanamente se manifestar ao homem, Hb1:1.

Quando Deus chamou Abraão este O reconheceu como o Senhor. Sabemos que Abraão era filho de pais idólatras e que ele nunca tinha ouvido falar de Deus,  mas temos que  admitir que a voz de Deus lhe revelou que era o Senhor do Universo que com ele falava. A partir  desse dia estabeleceu-se um relacionamento entre  ele e Deus,  ou seja,  Abraão acreditava naquilo que ouvia e  obedecia.

O Criador tem um projeto com a criação e tudo está escrito como se tratasse de um roteiro de um filme.

Quando estudei televisão tudo o que precisava de  fazer, como  realizador, era seguir o roteiro em que estava determinado o tempo, o texto, as imagens ou pessoas e o som.

Um bom exemplo foi o encontro de Jesus com o cego de nascença. Quando perguntaram porque razão aquele homem tinha nascido cego, Jesus respondeu-lhes que era para que nele se cumprisse o desígnio de Deus.

A cena do encontro de Jesus com o cego de nascença e com os demais participantes e tudo o que disseram foi registado nas Escrituras, ainda que tudo já tivesse sido determinado antes da fundação do mundo.

Nada é o acaso, porque Deus vela para que se cumpra a Sua Palavra.

Quando o Leitor lê a Bíblia ou ouve uma pregação é como se estivesse num auditório a ver um filme. Por esta razão é que fala de Abraão, Moisés, Davi e de Jesus de Nazaré. Na verdade, Deus está a manifestar-se a cada um não para que sejamos somente conhecedores destes personagens mas Ele pretende que nos consideremos participantes singulares com Ele.

A fé, a Lei e a graça nos foram reveladas para que também nós instruídos pela Palavra Lhe obedeçamos.

O importante não é ter informação da Palavra mas o que você e eu fazemos quando a Palavra nos é dirigida e a isto chamamos de o nosso testemunho.
Fraternalmente,

casal com uma missão,

Amílcar e Isabel Rodrigues

*Amilcar Rodrigues foi ordenado pastor em 1978 na "Apostolic Faith Mission" na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão "Broadcast" pela "Geoffrey Connway Broadcast Academy" Toronto, Canadá, é filiado do "Crossroads Christian Comunication". Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro "Deus da Aliança" , Evangelho dos Sinais aos Hebreus" e "Contos do Apocalipse". Foi convidado pelo Gospel+ para participar como colunista em Maio de 2012.
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Fonte:http://colunas.gospelmais.com.br/fe-lei-e-graca_10662.html

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

7 motivos para não se preocupar

15.01.2015
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 14.01.15
Por Kevin Young*

Existe um pecado que bons cristãos de classe média cometem mais do que o pecado da preocupação?

7MotivosParaNaoSePreocupar

Você acorda dez minutos depois do que esperava e a ansiedade já começa a tomar conta de você: e se eu estiver atrasado? E o tráfego? Como está o clima? Você passa na frente do espelho e se preocupa que seu rosto tem mais rugas do que costumava ter. Desce as escadas correndo e, porque está com pressa, deixa seus filhos comerem qualquer coisa que queiram, e aí, então, você começa a se preocupar se o açúcar realmente causa câncer. Enquanto arruma as crianças, você se dá conta que um de seus garotos não fez o dever de casa, de novo. Você se preocupa por não saber se ele algum dia vai ter juízo e, enquanto deixa seus filhos na escola, você se preocupa com a possibilidade deles se envolverem com a galera errada ou se vão cair da escada horizontal.

Assim que chega em casa, você checa o Facebook apenas para relaxar. Lá você lê sobre quão incríveis são as crianças de todas as outras pessoas e sobre todos os fantásticos cupcakes que suas amigas fazem e você se preocupa com a possibilidade de ser um fracasso como mãe. Mais tarde, nessa mesma manhã, você sente aquela dor no seu joelho novamente. Você se preocupa com a possibilidade de ter que fazer uma cirurgia de substituição total da junta do joelho e se o seguro irá cobrir e como você irá pagar por isso e quem irá tomar conta das crianças se você estiver imobilizada por um mês. Então você se preocupa com a dor que talvez esteja um pouco pior, assim você checa todos os sites médicos e se dá conta de que você provavelmente tem um caso raro de coqueluche que se espalhou para seus membros.

Horas mais tarde, quando seus filhos estão na cama, você liga a televisão para se esquecer do que aconteceu no dia. À medida que passa os canais e se envolve com as notícias, você começa a se preocupar com a economia e o vórtice polar e o aumento da criminalidade na sua cidade. Você se preocupa com as divisões raciais no país e como irá falar com seu amigo que vê as coisas de modo pouco diferente e, talvez, você se preocupa por não saber se a polícia a trataria com justiça ou se preocupa com a segurança de seu irmão que é policial. Então, você desliga a TV e fala com seu esposo e se preocupa com a tosse dele que não parece melhorar e se preocupa com as demissões que estão acontecendo no trabalho. E, finalmente, ao se deitar para dormir você sente uma tremenda sensação de ansiedade e nem sequer sabe o porquê. Por razões que não consegue sequer entender, você começa a se preocupar com sua vida e seus filhos e seus pais e sua igreja e sua saúde e com voar e dirigir e dormir e comer e um medo generalizado de que os dias futuros poderiam ser realmente ruins.

Consegue se identificar?

Jesus pode ajudar.

Preocupação pode ser o pecado mais comum entre as pessoas “normais” da igreja. Agora, você pode achar que isso não é muito encorajador. “Ótimo, eu me preocupo com tudo. E agora, além da minha preocupação, eu vou me sentir mal por me preocupar e vou me preocupar com isso.” Mas seja encorajado: Se preocupação é apenas uma parte de sua personalidade ou parte do que envolve ser mãe (ou um estudante ou um empresário ou o que quer que seja), Deus pode não fazer nada para ajudá-lo. Mas se preocupação é um pecado, então Deus pode perdoá-lo por isso e ajudá-lo a superar isso.

Mateus 6.25-34 é uma das grandes passagens da Bíblia sobre preocupação. Jesus diz três vezes “não andeis ansiosos” (25, 31, 34). Mas ele não para aí. Jesus está interessado em mais do que transmitir comandos. Ele quer trabalhar com os nossos corações. E então ele dá sete razões por que não deveríamos ser ansiosos.

Razão #1: A vida é importante demais (Mt 6.25). Nós precisamos endireitar nossas prioridades. Realmente importa que você tenha as coisas boas da vida; comida, bebidas extravagantes, roupas luxuosas? Você está vivendo toda sua vida por uma etiqueta na parte de trás de suas calças ou no interior de sua camisa que a faz se sentir a “tal”? Você vai olhar para o seu passado e desejar ter sido mais exigente quanto às suas escolhas de vestuário? A vida não é mais do que um aglomerado de células tentando conseguir seu sustento, tentando se sentir bem, tentando ter uma boa aparência?

Vivemos em uma era na qual as pessoas enlouquecem por causa de comida. Enquanto a maioria das pessoas ao longo da história mundial tem se preocupado em saber se conseguirão alguma coisa para comer, nós nos preocupamos com o tipo de vida que a galinha teve antes de a comermos. Eu não estou dizendo que não deveríamos nos preocupar com a maneira como os animais são tratados. Porém, vamos nos lembrar de que a vida é mais do que o alimento e o corpo é mais do que as vestes.

Razão #2: Você é importante demais (Mt 6.26). Nós não apenas insultamos Deus quando nos preocupamos com comida e roupas e dinheiro, insultamos nós mesmos. A preocupação diz ao mundo, “Eu não tenho valor”. A ansiedade é uma afronta a bondade de Deus e ao valor do homem e da mulher feitos à sua imagem. Deixem os pássaros e esquilos serem seus pregadores. Deus os está alimentando. Quando os vir a encarando através da janela, eles estão dizendo: “O que você está olhando? Confie em Deus.” Quando você ouvir os pássaros cantando, eles estão cantando uma canção para lembrá-lo da provisão de Deus. Deus cuida dos pequenos animais; ele cuidará de você.

Razão #3: Não faz bem algum (Mt 6.27). Você já refletiu sobre os tempos difíceis da vida e pensou: “Não sei como teria conseguido fazer aquilo se não tivesse me preocupado?” Ninguém reflete sobre o passado e conclui: “O dinheiro estava curto, mas a preocupação realmente me fez superar.” “O ensino fundamental foi difícil. Eu apenas gostaria de ter me preocupado mais.” “O diagnóstico foi assustador, mas então eu consegui que todos os meus amigos se preocupassem juntamente comigo.”

Se agora todos nós fizéssemos uma pausa por alguns segundos e nos preocupássemos com o pagamento do carro, o pagamento da hipoteca ou com a possibilidade de estarmos sem seguro, não viveríamos nem um segundo a mais. Eu não chequei isso com os médicos que conheço, mas não acho que eles, em momento algum, se aproximem do leito e digam ao paciente: “Bem, senhora, o quadro não parece bom. Tudo que podemos fazer neste momento é nos preocuparmos.”

O homem não sabe sua hora. Não cabe a nós dirigirmos os nossos passos (Jr 10.23). Todos os nossos dias foram escritos no livro de Deus quando nem um deles havia ainda (Sl 139.16). Você e eu precisamos admitir que somos impotentes com relação a certas coisas. Eu sou impotente para fazer todo tipo de coisa. Não posso fazer alguém crer no evangelho. Não posso ressuscitar os mortos. Não posso sentar ao lado do berço por toda uma noite para garantir que o bebê continue respirando. E certamente não posso viver nem mais um nanossegundo além do que devo viver. Ninguém jamais viveu uma hora a mais por ter se preocupado com quando iria morrer.

Razão #4: Deus se importa com você (Mt 6.28-30). Deus faz as flores do campo crescerem. Por quê? Porque ele quer. Porque elas são bonitas. Porque ele é criativo. Porque ele gosta de beleza. Porque ele quer que as pessoas desfrutem delas. Porque ele se importa com as flores. E ele cuida até mesmo da relva. A relva vai morrer. Seu gramado ficará marrom. Vai ficar frio, congelado, morto – provavelmente já está. Mas em alguns meses, tudo vai reverdecer. E você não terá nada a ver com isso. Talvez você plante algumas outras sementes. Talvez você contrate um especialista em cuidado de gramados para ajudar a deixar tudo excelente. Mas mesmo se você não fizer nada, a relva voltará a crescer. Porque Deus é Deus e ele gosta de grama verde.

Você vê o que Jesus chama de preocupações? Ele nos chama de “os de fé pequena.” Nossa preocupação é um insulto para o caráter de Deus. Quando nos preocupamos, não estamos acreditando na verdade sobre Deus. Nós estamos duvidando que ele vê, que ele sabe, que ele se importa, que ele é mais do que capaz. Fé é mais do que uma vaga noção de que Jesus existiu e que vamos para o céu se pedirmos para ele entrar em nossos corações. Fé é uma maneira prática de olhar para o mundo. A fé bíblica se estende para toda a vida, não meramente a salvação de nossas almas. Quando nos preocupamos, estamos dizendo a Deus: “Não confio em você para conduzir a minha vida. Eu não acho que você realmente esteja no controle. É melhor eu me preocupar com essas coisas. Preciso fazer tudo para tomar conta de mim mesmo porque não tenho certeza de que você irá.” Mas pense sobre isso: Deus cuida de animais selvagens. Ele toma conta de flores do campo. Ele cuida até mesmo da relva. Por que ele não cuidaria de você?

Razão #5: Os pagãos se preocupam (Mt 6.30-32a). Alguns de nós nos preocupamos tanto que podemos até ser ateus. Estamos vivendo como se Deus realmente não existisse. É isso que os pagãos fazem.

Um pagão não tem que ser alguém que adora ídolos e sacrifica sapos. Um pagão é alguém que acha que a vida consiste em que se vai comer, em que se vai beber, em que se vai vestir. Pagãos pensam que a vida consiste na abundância de suas posses. Pagãos gastam e acumulam seu dinheiro como se não houvesse um Deus no universo os protegendo e cuidando deles.

Deixe-me pausar aqui porque alguns de vocês estão fazendo a pergunta que o resto de nós tem medo de dizer: “Mas e se Deus não cuidar de mim? E os cristãos morrendo de fome? E os cristãos sendo expulsos de suas casas? E os milhares de bons cristãos que, nesse ano, irão morrer de câncer e por causa de acidentes de carro ou ataques cardíacos? Deus não promete cuidar deles também?”

Essas são perguntas aceitáveis – e perguntas que não iriam surpreender Jesus ou qualquer dos escritores da Bíblia. O livro do Apocalipse fala sobre um determinado número de mártires. Paulo disse aos Romanos que mesmo em meio à tribulação, perseguição, fome, nudez, perigo, espada e matança, nós seríamos mais do que vencedores. Jesus disse aos seus discípulos: “E sereis entregues até por vossos pais, irmãos, parentes e amigos; e matarão alguns dentre vós. De todos sereis odiados por causa do meu nome. Contudo, não se perderá um só fio de cabelo da vossa cabeça. É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma.” (Lucas 21.16-19). Jesus nunca disse aos seus discípulos que ser um cristão era um vale gratuito para sair do sofrimento.

Então, podemos contar com Deus ou não?

Primeiro, precisamos nos lembrar do contexto. Jesus está falando sobre pessoas que servem a mamom ao invés de servirem a Deus (Mt 6:24). No relato de Lucas 12, Jesus está falando sobre ricos tolos construindo celeiros maiores e sobre pessimistas preocupados acumulando tesouros na terra. O que ele está tentando provar é que nós não morreremos por causa de generosidade elevada. Essa é a primeira coisa a notar.

Mas isso é apenas parte da resposta. Eu acho que o resto da resposta é encontrado no versículo 32: “Vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas”. O que são “elas”? Os versículos 30 e 31 sugerem que “elas” sejam comida e bebida. E para quê nós precisamos dessas coisas? Para viver. Deus sabe o que nós precisamos para continuar a viver… tão longo ele quer que vivamos. Deus sabe que precisamos de roupas, comida e bebida para viver e nos dará todas as roupas, comida e bebida para vivermos até que ele queira que morramos.

Isso é baseado em uma profunda verdade teológica: Deus não é estúpido. Deus nos vê. Ele sabe que estamos aqui. Ele não saiu para almoçar. Ele não está tirando um cochilo. Ele não é como um pai que perde um filho em alguma outra parte do supermercado. Ele é por você, não contra você. Jesus não promete que todos os seus sonhos mais mirabolantes irão se concretizar, mas promete que Deus irá lhe dar o que você precisa para glorificá-lo e para viver todos os dias que ele escreveu em seu livro.

Isso pode soar meio bobo, mas é realmente profundo. Há mais na vida, Jesus está dizendo, do que viver. Nós iremos morrer. Então, não faça com que seu objetivo na vida seja simplesmente permanecer vivo; você irá falhar nesse aspecto. Nós estamos aqui para fazer mais do que evitar a morte. “Deus lhes dará toda a comida e bebida e roupas que vocês precisam para viver”, diz Jesus. “E quando eu quiser que parem de viver, vocês irão parar de viver. Eu estou no controle. Vocês foram colocados aqui por uma razão maior do que apenas viver.” Seja consumido, diz o v. 33, com o reino. Seja consumido com o vislumbre do reinado e do domínio de Deus sobre sua vida, sua família, sua igreja, e os povos perdidos do mundo. Afinal de contas, você não é um pagão.

Razão #6: O reino é mais importante (Mt 6:33). Jesus quer libertar os pessimistas preocupados. Quando nós temos carros, barcos, tratores e casas bacanas, nós nos preocupamos com eles. E se um acidente acontecer, ou um raio cair, ou um ladrão invadir a casa? Jesus diz “Que tal um tesouro melhor? Por que não perder sua vida pelas coisas que permanecem?” Como diz Randy Alcorn, “Você não pode levar o dinheiro com você, mas pode enviá-lo antecipadamente.”

Não se livre de todos os seus alvos: substitua seus alvos pagãos por alvos piedosos. Seja consumido com o reino. Seja consumido com o vislumbre do reinado e do domínio de Deus sobre sua vida, sua família e sua igreja. Gaste-se pelos povos perdidos do mundo. Faça de sua prioridade apresentar mais pessoas ao Rei, traga mais pessoas para o reino, treine pessoas para viverem sob a autoridade desse Rei e de seu reino.

Jesus pode não tornar sua vida fácil, mas ele fará sua vida feliz. Ele quer nos libertar da busca por becos sem saída aos quais temos nos metido. Se você vive por causa do dinheiro, tem razão de estar ansioso. Se a coisa mais importante em sua vida é sua carreira, isso pode dar errado. Se sua saúde ou sua aparência ou seus filhos são suas paixões reais, você pode se decepcionar grandemente. Você tem razão para se inquietar. Mas se você busca o reino em primeiro lugar, você não pode perder.

Razão #7: O amanhã estará ansioso por si mesmo (Mt 6:34). A graça de hoje foi para as provações de hoje. E quando as provações de amanhã chegarem, então Deus terá uma nova graça esperando por você.

Ansiedade é viver o futuro antes que ele chegue. “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.” (Lm 3:22-24).

O que irá acontecer amanhã?

Eu posso lhe dar mil exemplos de coisas que não sabemos – diagnósticos, acidentes, empregos, testes, encontros, bebês, críticas, conversas difíceis, até a morte. Nós não sabemos o que irá acontecer amanhã. Mas aqui está uma coisa com a qual você e eu podemos contar: haverá novas misericórdias do Senhor quando chegarmos lá.

Como posso parar de me preocupar? Conte com o apoio de Jesus. Mas também olhe para Jesus. Ele vê. Ele sabe. Ele se importa. Ele é um compassivo sumo sacerdote. E ele nunca irá deixá-lo nem abandoná-lo.

*KevinYoung é o pastor principal da University Reformed Church, em East Lansing (Michigan). Obteve sua graduação pelo Hope College e seu mestrado em teologia pelo Gordon-Conwell Teological Seminary. É preletor em conferências teológicas e mantém um blog na página do ministério ­ The Gospel Coalition.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/01/7-motivos-para-nao-se-preocupar/

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Poema: Jesus de Nazaré

24.11.2014
Do blog VERSOS DE GRATIDÃO
Por Irineu Messias, 21.10.13


Sinto cá dentro mim
Um desejo tão profundo
Que ninguém aqui neste mundo
Nao imagina como é;
Conhecer melhor o Filho Deus
Que por mim, no Calvário morreu,
Seu nome é Jesus de Nazaré !

Seu Nome é tão milagroso
Que do velho homem faz um novo
E aos caídos põe de pé;
O coração triste enche de gozo,
Seu nome é Jesus de Nazaré !

Sua Graça Infinita;
Trouxe para todos
A bênção inaudita,
A salvação pela fé.
Pode escrever em qualquer vida,
 Uma linda e nova  história;
Por isso  te damos   glórias
Oh!Jesus de Nazaré !

Subiu ao céu Ressureto
Deixou-nos Seu Espírito Santo,
O Divino Consolador,
Que  enxuga todo o pranto
Do arrependido pecador,
Que humilhado a Ele vier.

Seu nome maravilhoso
Inunda meu ser de tanto gozo,
Bendito seja, Jesus de Nazaré !

Jesus de Nazaré,
Unigênito Filho do Pai,
És  o Caminho que tanto procurava
Agora não procuro  mais,
Pois Teu Espírito Glorioso
Consola sempre a minha vida
Firma meus pés nas Tuas trilhas
E enche m'alma com Tua   paz!

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Fonte:http://versosdegratidao.wordpress.com/2014/11/24/jesus-de-nazare/

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Por que eu preciso da Igreja?

15.10.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 24.10.14


Igreja não é um templo feito por mãos humanas, que será o “local da benção de Deus”. Porque somos bombardeados de informações erradas que procuram “vincular” a presença de Deus a lugares “santos”. Tentando resgatar o conceito vetero-testamentário do templo como habitação de Deus. Mas nós somos o templo do Espírito Santo (cf. Ef. 6:19) e Deus não habita em templos feitos por mãos humanas (cf. At 7:48).

Esse conceito tem afastado muitas pessoas do amor de Deus. Criando apenas um vínculo religioso, uma obrigação religiosa e não uma verdadeira caminhada como cristão. Resgatando o sacerdócio nos moldes do Antigo Testamento e anulando a graça de Cristo.
No entanto, isso não significa que devemos abdicar de congregar na Igreja, como instituição. Pelo contrário, é apenas estabelecer nossa fé da maneira correta. Porque um indivíduo, sozinho, ao contrário do que muitos têm pregado, não é igreja. Todos somos parte da Igreja. Somos parte do Corpo.

“Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.” 1º Coríntios 12:12

“Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros, De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular." 1º Coríntios 12:25-27

Mas, é fundamental ressaltar que o Corpo de Cristo, a Igreja, são as pessoas e não os templos. O templo é apenas o local da nossa reunião, de nos congregarmos. O templo em si não é santo, nós é que devemos ser.

A analogia de Paulo referindo-se a Igreja como um corpo, não somente me agrada como me parece a melhor definição que temos. Os membros do corpo precisam e dependem uns dos outros. Eles não podem viver separados, precisam estar ligados.

Há ainda em Efésios outra definição que nos dá a dimensão do que isso significa.

“E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus, Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.” Efésios 1:19-23

Ele, Cristo, é o cabeça da Igreja. A Igreja é o seu corpo, sua plenitude. E o que isso significa? Plenitude é o estado do que se acha completo, inteiro, cheio. Superabundância, grandeza. Logo, concluímos que é na Igreja que se manifesta a grandeza e o cuidado de Deus na vida de seus filhos. Ela é a Sua plenitude. Nela se completa a manifestação do Senhor, o seu amor e o seu cuidado. E todos nós precisamos do amor e do cuidado do Senhor. Nós precisamos da Sua Igreja.

Por isso, eu preciso da Igreja. Eu não sou igreja sozinho, sou parte de um todo, sou parte de um corpo. O Corpo de Cristo. Nós precisamos da Igreja de Cristo, nós precisamos uns dos outros. O problema de meu irmão tem que ser meu também, da mesma forma o meu problema deve ser dele. Temos que aprender, a cada dia, o significado de "levar as cargas uns dos outros" (cf. Gal. 6:2) e assim caminharmos em unidade e amor.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/por-que-eu-preciso-da-igreja

sábado, 27 de setembro de 2014

O que Deus fez por nós e o que Ele espera que façamos

27.09.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Ildo Mello

Introdução:

a) Apresentação de Pedro:

  1. Pedro introduz a si mesmo, primeiro, como um convertido: “Simão Pedro”, ele usa o nome composto daquele que era seu nome original, como era chamado antes de seu encontro com Cristo juntamente com o seu novo nome que lhe foi dado por Jesus, apresentando-se como um testemunho vivo do Poder Transformador de Deus. Simão tornou-se Pedro!
  2. Depois, introduz a si mesmo como “Servo”. Sinal de que nunca perdeu a humildade e a consciência de sua condição primária de servo de Cristo, que é Rei e Senhor.
  3. Por fim, apresenta-se também como “Apóstolo”, reivindicando a autoridade proveniente do fato de ter sido testemunha ocular e discípulo direto de Cristo para combater os hereges que estão deturpando a Verdade e desviando os crentes do reto caminho.

b) A importância da Verdade (o conteúdo e objeto da fé)

Pedro afirma que boa parte de seu ministério consiste em relembrar os cristãos daquilo que eles já sabem (1.12). Ele sente a urgência em repetir continuamente as mesmas verdades (2.13 e 15; 3.1,2 e 8). Às vezes, não nos sentimos inspirados a falar sobre temas que consideramos batidos, muitos chegam a sentir a tentação em sair a caça por novidades místicas e esotéricas que possam atrair multidões. Mas não devemos nos desviar da verdade. Os ensinos cristãos merecem e precisam ser repetidos. Pregadores fiéis e competentes aprendem a ensinar coisas antigas de modo novo e interessante.
Verdade baseada em fatos históricos e testemunhas oculares e não em lendas ou especulação filosófica (1.16)

Pedro quer que as pessoas creiam e ajam não simplesmente porque tais ensinos fazem parte de nossa confissão e herança religiosa, ou porque contém coisas boas e sábias, mas, sim, porque são verdadeiros!
Verdade baseada em revelação bíblica: “Porque nunca jamais qualquer profecia bíblica foi dada por vontade humana, entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.”
Precisamos nos dedicar ao estudo da Bíblia e da teologia para melhor poder ensinar. Toda prática, experiência e ensino devem estar firmemente calcados na Palavra da Verdade! Para nós, como cristãos, não importa se funciona, se dá resultado, se promove o crescimento da igreja, pois, o que importa mesmo é se está de acordo com a Verdade revelada nas Sagradas Escrituras.
Pedro está preocupado com as heresias destruidoras daqueles falsos profetas e mestres que deturpam os ensinos de Paulo e as demais Escrituras(2 Pe 3.15-16), transformando a graça de Deus e a liberdade cristã em libertinagem (2 Pe 2.2, 10, 13-19).

1) O que Deus fez por nós?

Carta endereçada aqueles que “receberam a fé”

“Fé” que significa:
  1. o ato de crer propriamente dito
  2. e a substância e conteúdo do que é crido

“Pela Justiça de Nosso Deus e Salvador” (1.1).

Interessante notar que Pedro atribui a salvação não apenas à misericórdia, mas também à fidelidade e justiça de Deus, que é fiel e justo para perdoar os nossos pecados por causa da obra expiatória de Cristo, o Justo e Justificador, que é a propiciação pelos nossos pecados (1 Jo 1.9; 2.1-2)

Deus chama e capacita.

“Deus nos concedeu todas as condições necessárias para a vida e a piedade” (1.3).
“Assim como faz cair a chuva, propiciando por sua graça as condições necessárias para que a terra produza os seus frutos” (Hb 6.7).
Deus nos chama através de sua glória e virtude. A glória de Deus atrai e conquista. Exemplo:
  1. Moisés (Ex 33.19-19 e o cap. 34 mostra Moisés vendo a glória de Deus protegido na rocha);
  2. Pedro testemunhou a transfiguração,
  3. “Vimos sua glória cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).
Através de sua glória e virtude, Deus nos deu grandes e preciosas promessas.

Quais são estas promessas?

  1. Não são promessas mundanas, efêmeras e falsas, tais como: “trabalhe duro e você prosperará”; “economize e você terá uma aposentadoria tranquila”, pois, promessas deste tipo, frequentemente, não se cumprem devido a diversos fatores como desemprego, crises econômicas, traição, enfermidades, acidentes, morte precoce. Na melhor das hipóteses, tais conquistas são transitórias. (Não acumuleis tesouros na terra… Louco, hoje, pedirão a tua alma e o que tens preparado para quem será?… De que aproveita ao homem ganhar o mundo todo e perder a alma… Tudo é vaidade!)
  2. As promessas de Deus são preciosas e eternas: Vida Eterna, Ressurreição, Céu, Dom do Espírito, que estaria conosco até o fim, participar da natureza divina, tornar-se filho de Deus.

“Participar da natureza divina” (1.4)

O que não significa tornar-se deus, pois Deus é único, e nem significa ser absorto em Deus numa espécie de panteísmo, mas tem a ver transformação moral, “Deus nos concedeu todas as condições necessárias para uma vida de santidade e piedade “ (1.3), para vivermos como filhos de Deus, e para “escaparmos da corrupção deste mundo” (1.4). O Evangelho é poderoso não apenas para perdoar, mas também para transformar, pois Deus já nos deu tudo de que precisamos para um novo viver.

2) O que devemos fazer, agora?

“Por isso, façam todo o esforço”… (1.5)

O trabalho de Deus a nosso favor e em nós deve ser a base e o incentivo para o nosso próprio esforço para o crescimento espiritual. Deus nos deu graça e todas as condições para a vida e a piedade (1.3), “por isso” devemos nos esforçar para cumprir a nossa parte. Paulo ensinou mesmo a Igreja de Corinto “Caríssimos, já que temos tais promessas, vamos purificar-nos de toda mancha do corpo e do espírito. E levemos a cabo a nossa santificação no temor de Deus” (2 Co 7.1). Assim, compreendemos melhor o que Jesus quis dizer com a frase: “…o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele” (Mt 11:12) e também o que está registrado em Lucas 13:23-30 “E alguém lhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão”. Jesus advertiu seus discípulos dizendo: “Se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus (Mt 5.20). “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” Fl 2.12, pois “…de Deus somos cooperadores” (I Cor 3:9). “Empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis” (2 Pe 3.14). “Não sabeis que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? correi de tal maneira que o alcanceis” (1Co 9.24,25). “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus” (Hb 12.14-15).
Devido ao fato de Deus já ter nos dado gratuitamente todo o necessário para uma vida piedosa, inclusive preciosas promessas e a participação na natureza divina, devemos agora nos esforçar para fazer nossa parte no aprimoramento das 8 virtudes cristãs aqui mencionadas:

8 Virtudes a serem nutridas e aperfeiçoadas em nós:

  1. fé,
  2. virtude moral,
  3. conhecimento (discernimento moral e espiritual),
  4. autocontrole (comida, bebida, sexo, comunicação, temperamento, uso do tempo (2 Tm 1.7),
  5. perseverança (na fé, na esperança e no amor em meio as provações),
  6. piedade (temor e reverência decorrentes da consciência da presença de Deus em toda a esfera da vida),
  7. afeto mútuo e fraterno e, por fim,
  8. o amor que é a essência de Deus.
Começamos pela fé e terminamos no amor! “Sem fé é impossível agradar a Deus” e o amor é o Grande Mandamento, a essência de Deus e o sinal do verdadeiro cristão “…Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor… e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele” (Jo 4.8,16).

Não é errado questionar nossa experiência de salvação:

Pois o próprio Paulo exorta: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A não ser que tenham sido reprovados” (2Co 13.5). E João escreveu seu livro para levar certeza para os salvos, afirmando que existem frutos como evidência para a salvação: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos aos irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1Jo 3.14); A fé salvadora é aquela que opera por meio do amor (Gl 5.6), pois a “fé sem obras é morta” (Tg 2.26); crentes sem frutos não encontram base para segurança da sua salvação (Jo 15.2). Temos que entender que a natureza da salvação não se resume a justificação, mas também inclui regeneração, santificação e, por fim, glorificação.
Fomos chamados para ser e fazer discípulos e não apenas “crentes”
Pedro combate a heresia de que é possível aceitar a Jesus apenas como Salvador, mas não necessariamente como Senhor, apenas pela fé, sem que seja necessário o arrependimento, o erro de pensar ser possível ser apenas “crente” sem ser discípulo, ensinando também que não seria necessário tomar cuidados para conservar e desenvolver a salvação. Mas a fórmula correta para a salvação é fé + arrependimento. A razão porque um só destes elementos é citado em alguns textos deve-se ao fato do outro já estar implícito, como no caso da conversão do centurião em Atos 16. Salvação envolve tanto justificação quanto regeneração. Não se pode ter um sem o outro (Tt 3.5-7). Jesus nos enviou para fazer discípulos e não apenas “crentes” ou cristãos nominais, batizando e ensinando a obedecerem tudo o que Jesus ordenou (Mt 28.18-20).
Salvação e discipulado são idênticos. Responder ao chamado de Cristo é tornar-se Seu discípulo. O Novo Testamento enfatiza o Senhorio de Cristo e o discipulado. São 664 registros de Jesus como Senhor e 24 como Salvador; e 284 vezes aparece o termo discípulo e 3 vezes o termo cristão. Sendo artificial qualquer distinção entre discípulo e cristão (At 5.14; 6.1). Evangelismo que omite a mensagem de arrependimento e o preço do discipulado não merece ser chamado de Evangelho. Fé e obediência são inseparáveis. Paulo escreveu a Tito a respeito daqueles que professam conhecer a Deus, mas que por sua desobediência provam sua falta de fé (Tt 1.16). Para ser salvo a pessoa precisa confessar o senhorio de Cristo (Mt 7.21-23; Lc 6.46-49, Rm 10.9, 13, 1 Co 12.3). É necessário renunciar ao ego, como exortou Jesus “Se alguém quiser ser meu discípulo, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt 16.24-26). Jesus não pode ser Salvador sem Ser Senhor. Ele é Senhor, e aqueles que o rejeitam como Senhor não podem usá-lo como Salvador. É necessário tê-lo como Senhor e não apenas Salvador, arrependimento e não apenas fé, ser discípulo e não apenas crente, segui-Lo e não apenas encontrá-Lo, obedecê-lo e não apenas amá-lo da boca pra fora, tornar-se uma bênção, e não apenas receber as bênçãos, dar e não apenas recceber, amar e não apenas ser amado, perdoar e não apenas ser perdoado, esforçar-se e não apenas esperar em Deus, multiplicar o talento e não apenas preservá-lo, buscar o Reino e não apenas aguardar, permanecer e não apenas iniciar o caminho, vencer e não apenas apenas contemplar a vitória de Cristo e dos heróis da fé, tudo isto com a capacitação do Espírito gracioso de Cristo.

Devemos ser frutíferos, senão…

As 8 virtudes mencionadas por Pedro não são um fim em si mesmas “porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais inativos, inúteis e nem infrutíferos” (v.8). “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20). “Pois aquele que não possuem estas virtudes é cego e míope e esqueceu da purificação de seus pecados” (v.9).
Precisamos tomar cuidado para confirmar o nosso chamado e eleição, precisamos cuidar para não tropeçar (v.10), pois é desta maneira que nos será amplamente suprida a entrada no reino eterno (v.11). “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mc 13.13; Jo 8.31), “ao vencedor, que guardar até o fim as minhas obras…” (Ap 2.26). E Paulo disse: “. . . mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser reprovado. . . ” (1 Co 9:27). No capítulo seguinte, ele diz que a incredulidade do povo de Israel no deserto, a idolatria e os pecados morais que os israelitas cometeram, acabaram atraindo o juízo de Deus, de modo que a maioria dos israelitas ficaram reprovados e prostrados no deserto (1 Co 10:1-5). Paulo adverte que essas coisas serviram de exemplo para nós que fazemos parte da Igreja (1 Co 10.6). Ele disse em 1 Co 10:14 – “Amados, fugi da idolatria”. Fica claro que Paulo tinha a preocupação de que a Igreja de Corinto agisse tal como os israelitas e, conseqüentemente fosse reprovada. Veja 1 Co 10:11 – “Essas coisas lhes sobrevieram como exemplos, e foram escritas para advertência nossa. . .” e “Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuide para que não caia” (1 Co 10:12). “Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará: e o apanham, lançam no fogo e o queimam” (Jo 15.6).
Por esta razão é que Pedro também adverte nesta mesma carta: “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, foram outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviaram-se do santo mandamento que lhes fora dado. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao lamaçal” (2 Pe 2:20-22). O autor de Hebreus também adverte para o risco de se perder a salvação e da necessidade da perseverança para se alcançar a promessa (Hb 6.4-8, 12; 10.26-38). O autor de Hebreus apresenta uma boa ilustração sobre o relacionamento da graça de Deus e as boas ações humanas, demonstrando que aqueles que recebem a graça devem produzir os respectivos e esperados frutos: “Porque a terra que absorve a chuva que frequentemente cai sobre ela e produz erva útil para aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus, mas, se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é ser queimada” (Hb 6.7-8). Esta é a mesma lição que Jesus dá nas parábolas do Talentos (Mt 25.14-30), dos Lavradores Maus (M 21.17-44), Servo Infiel (Mt 24.45-51; Lc 12.35-48), Dez Virgens (Mt 25.1-13), Julgamento das Nações (Mt 25.31-46), Parábola da Figueira infrutífera (Lc 13.6-9). O ensino é claro, quem não multiplica o talento, os lavradores maus, os servos infiéis, as virgens imprudentes, os mau feitores, a figueira infrutífera, o que não está dignamente trajado (Mt 22), o que é morno em sua conduta e devoção cristã (Ap 2.15-16), todos estão sujeitos à condenação no juízo final. O ramo, mesmo estando ligado a Videira Verdadeira, se não der fruto, está pronto para ser cortado e lançado fora (Jo 15.2), assim também o sal que se tornar insípido e imprestável é jogado fora (Mt 5.13), e aquele que é morno em sua conduta cristã está prestes a ser vomitado por Deus (Ap 2.15-16).

Onde foi parar o Temor do Senhor?

A Bíblia dá muita ênfase ao temor do Senhor tanto no Antigo como também no Novo Testamento. Foi a primeira coisa que Deus exigiu de Israel quando o chamou para ser seu povo e andar condignamente (Dt 10.12,13). Devemos temê-lo pois Deus é Santo, reto, justo, imenso, todo poderoso, majestoso e esplendidamente belo e incomparável: “Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em feitos gloriosos, autor de maravilhas?!” (Ex 15.11). Pedro está lidando com esta falta de temor a Deus: “Em primeiro lugar, vocês devem saber que nos últimos dias aparecerão pessoas que zombaram de tudo e se comportarão ao sabor de seus próprios desejos” (2 Pe 3.3). Quando não há o devido temor a Deus, as pessoas sentem-se livres para pecar. Deus é santo, mas as pessoas não estão dando a devida atenção a questão do pecado, que é algo tão contrário a natureza divina. Não há mais temor do Juízo Final. Mas Pedro adverte: “O dia do Senhor chegará como um ladrão, e então os céus se dissolveram com estrondo, os elementos se derreteram, devorados pelas chamas, e a terra desaparecerá com tudo o que nela se faz. Em vista dessa desintegração universal, qual não deve ser a santidade de vida e piedade de vocês, enquanto esperam e apressam a vinda do Dia de Deus? Nesse dia, ardendo em chamas, os céus se dissolverão, e os elementos se fundirão consumidos pelo fogo.” (2Pe 3.10-11). É de arrepiar também a descrição do grande dia da Ira de Deus, quando os impenitentes clamaram aos montes e as pedras, dizendo: “desmoronem por cima de nós, e nos escondam da Face daquele que está no trono, e da ira do Cordeiro. Pois chegou o grande Dia da sua ira. E quem poderá ficar de pé?” (Ap 6.12-17).
Hoje em dia, há uma falta de temor tão grande, que tem até muito crente falando como se fosse divertido encontrar o olhar do Deus Todo Poderoso. Quanta irreverência! É melhor pensarem com mais seriedade. Deus não é brincadeira. Onde foi parar a percepção da sublime majestade de Deus? Como bem observou Pratney em seu livro A Natureza e o Caráter de Deus (Editora Vida, 2004, p.290): “Estão tratando Deus como se ele fosse uma amigo informal e mortal, aproximando-se dele de forma superficial, com a irreverência de um tapinha nas costas. As pessoas pensam pouco ou nada ao blasfemar seu nome repetidamente em uma conversa comum, os comediantes zombam dele publicamente numa toada profana, e a mídia lida com questões de vida ou morte como se o julgamento e a eternidade fossem mitos populares e simples entretenimento ameno. Não há senso apropriado algum de deferência e honra, nenhuma sensibilidade à dignidade e à glória de Deus.” No entanto, o profeta Isaías diante de uma visão de Deus, gritou: “Ai de mim!” (Is 6.1-5); o Apóstolo João, apavorado, caiu como se estivesse morto ao contemplar o fulgor glorioso da face de Cristo (Ap 1.16,17); e os que foram para prender Jesus, recuaram e caíram por terra quando ele disse: “Eu sou” (Jo 18.6); os anciãos se prostraram cinco vezes diante daquele que está assentado no trono (Ap 4.10), a voz do Senhor é poderosa e majestosa como trovão e faz tremer o deserto (Sl 29.3-8) e é também sublime a ponto de fazer arder os corações dos discípulos no caminho de Emaús! (Lc 24.32).
Pedro está procurando em sua carta restaurar o temor do Senhor, sabendo que este temor afasta os homens do mal. Ele chama atenção para o juízo de Deus que é certo sobre os perversos (2 Pe 2.3-22 e ver também 1 Pe 4.17). Paulo, semelhantemente adverte: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá. Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos” (Gl 6.7-9). O temor do Senhor ainda é o princípio da Sabedoria e o conhecimento do Santo ainda é entendimento! (Pv 9.10).

Conclusão:

Tendo Deus nos concedido tudo o que necessitamos para a vida cristã, portanto o cristão precisa fazer a sua parte, começando pela fé que é a porta de entrada para o desenvolvimento das virtudes morais que, nutridas em nós, confirmam nosso chamado e nos garantem a entrada nos céus. Podemos dizer que a salvação é dádiva de Deus, recebida por fé e mantida e desenvolvida com cuidado, dedicação, empenho e perseverança pessoal possibilitados pela capacitação do Espírito Santo. Como disse Andrew Murray “Em primeiro lugar, preciso aceitar, confiar e regozijar-me na obediência de Cristo para cobrir, engolir e aniquilar terminantemente toda minha desobediência. Essa precisa ser a base inabalável, invariável, jamais esquecida, da minha aceitação por Deus. E, depois, a obediência dele torna-se o poder de vida da nova natureza em mim – assim como a desobediência de Adão era o poder que me governava até então. A minha sujeição à obediência é a única maneira que posso manter a minha relação com Deus e com a justiça. A obediência de Cristo à justiça é o único começo de vida para mim; minha obediência à justiça é sua única continuação. Tão certamente como a desobediência e a morte foram a lei para Adão e sua semente, a obediência e a vida o são para Cristo e sua descendência.”
“Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.” (2 Pe 3.17 e 18)

Bibliografia:

Carson, D. A. Becoming conversant with the emergin church. 
Pratney, W. A. A Natureza e o Caráter de Deus: A magnífica doutrina da salvação ao alcance de todos. Tradução Marson Gudes. São Paulo, Editora Vida, 2004.
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/deus-fez-espera-facamos/