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domingo, 10 de março de 2024

Como posso ter certeza de que a Bíblia está falando a verdade?

12.03.2024



Centenas de livros já foram escritos sobre as evidências da inspiração divina da Bíblia. Estas evidências são muitas e variadas. Infelizmente, esses livros não são tão lidos atualmente o quanto seria desejável. Na verdade, a maioria das pessoas que questionam a veracidade da Bíblia nunca a leram! Estas pessoas tendem a aceitar a crença popular de que a Bíblia está cheia de erros e que não é mais importante em nosso mundo moderno.

Entretanto, os escritores da Bíblia afirmam repetidas vezes que eles estavam transmitindo a própria Palavra de Deus: infalível e tendo autoridade em si própria no mais alto grau possível. Este é uma afirmação muito forte para um escritor e se os cerca de quarenta homens que escreveram as Escrituras estavam errados em fazê-la, então eles estavam ou mentindo, ou eram loucos, ou as duas coisas.

Mas, por outro lado, se o maior e mais influente livro de todas as épocas - um livro que contém a mais bela literatura e o mais perfeito código moral já imaginado - foi escrito por um bando de fanáticos, então há alguma esperança de encontrar sentido e propósito neste mundo?

Se alguém investigar seriamente as evidências bíblicas, esta pessoa irá descobrir que a afirmação de ser divinamente inspirada (declarada cerca de 3000 vezes na Bíblia de diversas formas) é amplamente justificada.

Profecias cumpridas

Uma das mais incríveis evidências para a inspiração divina da Bíblia são as profecias que se cumpriram. Centenas de profecias feitas na Bíblia vieram a se cumprir até o último detalhe. E a maioria delas foi cumprida quando o seu escritor já havia morrido.

Por exemplo: Em cerca de 538 AC (Daniel 9:24-27), Daniel, o profeta, predisse que Jesus viria como o Salvador e Príncipe prometido para Israel exatamente 483 anos depois que o imperador persa desse aos judeus permissão para reconstruir a cidade de Jerusalém que estava em ruínas nesta época. Essa profecia foi clara e definitivamente cumprida no tempo exato.

A Bíblia também contém uma abundância de profecias tratando de nações e cidades específicas ao longo da história, todas as quais foram literalmente cumpridas. Mais de 300 profecias foram cumpridas pelo próprio Jesus Cristo durante a sua primeira vinda. Outras profecias lidam a difusão do Cristianismo pelo mundo, falsas religiões e muitos outros assuntos.

Não há outro livro, antigo ou moderno, como a Bíblia. As profecias vagas e geralmente errôneas, feitas por pessoas como Jeanne Dixon, Nostradamus, Edgar Cayce e outros como eles, não podem, nem de longe, serem colocadas na mesma categoria das profecias bíblicas. Nem outros livros religiosos como o Alcorão, os escritos de Confúcio e literatura religiosa similar. Somente a Bíblia manifesta esta evidência profética e ela a faz em uma escala tão gigantesca que torna absurda qualquer outra explicação que não a sua inspiração divina.

Uma precisão histórica única

A acurácia histórica das Escrituras é também uma classe de evidências por si só, infinitamente superior aos registros escritos deixados pelo Egito, Assíria e outras nações antigas. As confirmações arqueológicas do registro bíblico são quase inumeráveis. O Dr. Nelson Glueck, a maior autoridade em arqueologia israelita, disse:

“Nenhuma descoberta arqueológica jamais contradisse qualquer referência bíblica. Dezenas de achados arqueológicos foram feitos que confirmam em exato detalhe as declarações históricas feitas pela Bíblia. E, da mesma maneira, uma avaliação própria de descrições bíblicas tem geralmente levado a fascinantes descobertas no campo da arqueologia moderna.”

Precisão científica

Outra espantosa evidência da inspiração divina da Bíblia é o fato de que muitos princípios da ciência moderna foram registrados como fatos da natureza na Bíblia muito antes que qualquer cientista os confirmasse experimentalmente. Uma amostra destes fatos inclui:

A redondeza da terra(Isaías 40:22)
A quase infinita extensão do universo (Isaías 55:9)
A lei da conservação de massa e energia (II Pedro 3:7)
O ciclo hidrológico (Eclesiastes 1:7)
O vasto número de estrelas (Jeremias 33:22)
A lei do aumento da entropia (Salmo 102:25-27)
A suma importância do sangue para a vida (Levítico 17:11)
A circulação atmosférica (Eclesiastes 1:6)
A campo gravitacional (Jó 26:7)
E muitos outros

Estes fatos obviamente não são declarados no jargão da ciência moderna, mas em termos da experiência básica no homem no dia-a-dia. Ainda assim, eles estão completamente conforme os fatos modernos da ciência.

É significativo também que nenhum erro jamais foi demonstrado na Bíblia, seja em ciência, história ou qualquer outro assunto. Muitos erros foram de fato declarados, mas eruditos bíblicos conservadores sempre foram capazes de encontrar soluções para esses problemas.

Estrutura única

A incrível estrutura da Bíblia deve ser colocada em perspectiva também. Embora ela seja uma coleção de 66 livros, escritos por cerca de quarenta homens ao longo de um período de cerca de 2000 anos, a Bíblia ainda assim é um só Livro, em perfeita unidade e consistência.

Os escritores individuais, na época em que escreviam, não tinha ideia de que, eventualmente, seus escritos seriam incorporados em um só livro. Entretanto, cada um desses escritos individuais preenche perfeitamente o seu lugar e serve a um único propósito. Qualquer pessoa que estude diligentemente a Bíblia irá encontrar padrões estruturais e matemáticos cuidadosamente bordados em seu tecido com uma intrincácia e simetria que não são passíveis de explicação através do acaso ou coincidência.

E o tema que a Bíblia desenvolve consistente e grandiosamente de Gênesis ao Apocalipse é o majestoso trabalho de Deus na criação do universo e a redenção de todas as coisas através de seu único filho, o Senhor Jesus Cristo.

O efeito único da Bíblia

A Bíblia também é única em seu efeito sobre homens em individual e sobre a história das nações. Ela é o livro mais vendido de todas as épocas, tocando corações e mentes, amada por pelo menos uma pessoa em qualquer raça, nação ou tribo para a qual foi levada. Ricos ou pobres, educados ou simples, reis ou plebeus, homens de qualquer origem ou modo de vida já forma atingidos por esse livro. Nenhum outro livro jamais teve tal apelo universal ou produziu efeitos tão duradouros.

Uma evidência final de que a Bíblia é verdadeira é o testemunho dos que acreditaram nela. Multidões, no passado e no presente, descobriram por experiência própria que suas promessas são verdadeiras, seu conselho é confiável, seus comandos e restrições são sábios e que sua maravilhosa mensagem de salvação vai ao encontro de qualquer necessidade para todo o tempo e eternidade.


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Fonte:https://christiananswers.net/portuguese/q-eden/edn-t003.html

A Importância de Estudar Teologia

10.03.2024
Do blog UNIVERSIDADE DA BÍBLIA,02.06.2015


É inadmissível que haja pessoas que sustentem que o estudo da Teologia não tem importância alguma. Esta é uma visão retrograda que desconsidera que estamos vivendo num mundo de mudanças e crescimento na área humana. E que para tanto, é preciso que se tenha uma visão relativista de tudo o que nos cerca e que fazemos parte dessa época. É diferente daqueles dias antes do Renascimento, onde perdurava a ignorância, não no sentido pejorativo, mas no que concerne a falta do conhecimento.

E é justamente nesta visão que conscientizamos alguns obreiros, ou qualquer pessoa que queiram adquirir conhecimento. Isto é, tanto na área bíblica e teológica como secular. Quem estuda teologia, além de obter conhecimento aprofundado das “Doutrinas Sistemáticas”, tem também ou obtém uma visão maior no campo teológico, ou seja, adquire conhecimento Geográfico, Sociológico, Cultura, Filosófico e Bíblica Geral.

O PRECONCEITO DE ALGUNS CRISTÃOS SOBRE A TEOLOGIA

O problema ainda é visto no meio evangélico com certo preconceito. Estudar Teologia para alguns cristãos é correr risco. Há quem afirme que o obreiro ou quem estuda teologia pode se tornar um cristão frio, formalista ou que pode até se desviar da fé.

Ora, os textos que citamos neste comunicado são críveis do ponto de vista bíblico e espiritual, e negar a educação é uma estupidez.
Infelizmente há muitos cristãos que estão mais propícios ao fanatismo porque não estudam do que quem procura adquirir conhecimento. O mais espiritual não é prova de que a “ignorância” foi ou será o correto, ou melhor, que o ignorante tem que permanecer na ignorância porque isso expressa ser espiritual.

Precisamos saber que o conhecimento sem o espiritual pode levar alguns ao formalismo, e o espiritual sem o conhecimento também pode levá-lo ao fanatismo religioso. Portanto, tudo tem que ter ponderação, e isso aprendemos estudando e adquirindo o conhecimento, pois é como disse Jesus: “E conhecereis a Verdade, e a Verdade vos Libertará” – Jo 8.32.

Não podemos admitir que no pleno século XXI, ainda há cristãos, obreiros e pastores que não têm a visão do reino de Deus. Estão enclausurados em seus templos conformados com a rotina de cultos mal administrados, ou seja, sem uma linha lógica da liturgia. E passam os anos e nada muda, pois o povo está estagnado e acostumado com as mesmices, destarte sem perspectiva de crescimento por parte, e quando não a decadência espiritual.

ESTUDAR TEOLOGIA É SABER AS COISAS DE DEUS

Estudar teologia é se aprofundar e adquirir o conhecimento para um crescimento na Palavra de Deus. Por mais que haja intenções que visem a adequação sistemática, ou que cooperem para o bom andamento da Igreja com sua administração, mesmo assim, não podemos nos eximir de que se deve por regra adquirir o conhecimento bíblico-teológico.

Todavia, as inverdades perduram na mente e coração de quem não olha sem perspectiva futurística. Mas quando diferente disso, as coisas andarão de acordo a vontade de Deus. Aprendemos a vontade de Deus através da sua Palavra. Deus revelou sua vontade na sua Palavra, a Bíblia Sagrada.

Vamos analisar alguns pontos, pense você em alguém abrindo a Bíblia num culto onde exista uma multidão. E naquela ocasião o ministrante é um “leigo” na concepção da palavra. E pega um texto obscuro, ou seja, de difícil compreensão ou sem fazer uma exegese do texto.

Aplica-o de forma contundente sem olhar o texto e nem o contexto, e todos os pormenores teológicos, e na ocasião você como participante do culto e conhecendo aquela passagem bíblica fica concomitantemente estarrecido.

E daí, você sabe que a pregação ou ensino está fora da verdadeira exegese, podemos aceitar como uma verdade revelada de Deus? Bem, se a sua resposta é sim, talvez diga lhe que infelizmente essa é a situação de muitos dentro de suas respectivas igrejas, onde se mutila a Bíblia de forma absurda e a expõem de forma mentirosa aos ouvidos de pessoas que precisam ouvir Deus falar.

Finalizo dizendo que há muita gente se dizendo pregadores e mestres, ou seja, são pessoas que nunca se sentaram para aprender. Pois, ler livros e sair por aí pregando as ideias alheias é falta de maturidade cristã, quero ver é quem de anos vem labutando e adquirindo conhecimento e tem Deus como seu ajudador.
Digo que, um pregador não se faz muito rapidamente, e sim, nos bancos de Igrejas onde se ensinam a Palavra de Deus, e nos bancos de seminários, e por fim, começando pela Escola Bíblica Dominical.

O CONSELHO DE PAULO AO JOVEM OBREIRO TIMÓTEO:

Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem tens “Aprendido”. E que desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. II Tim 3.14 e 15-16.

Timóteo era filho de Paulo na fé, porém, filho de pai grego, sua mãe Eunice, e sua avó Loíde, ambas criaram Timóteo ensinando-o as verdades de Deus. Então, fica claro porque Paulo lembra-lhe de tudo o que o Jovem Obreiro precisava pôr em prática, ou seja, o conhecimento que adquiriu na sua infância e adolescência…

E por fim, diz o Senhor Deus: Os entendidos, pois, resplandecerão, como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a Justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente. Dan 12.3.                                                                      (Pr. José R. Melo)


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sábado, 9 de março de 2024

Encontrando Paz e Proteção com Jesus

09.05.2024

Por pr. Irineu Messias*

Introdução:

Descubra o poder transformador de aceitar Jesus como seu pastor, guiando você através dos desafios e bênçãos da vida.

O dever do pastor

A imagem de um pastor no Salmo 23 reflete o cuidado e a proteção que Deus oferece, inspirando-se nas próprias experiências de Davi ao proteger suas ovelhas do perigo.

Deus como nosso pastor

O papel de Deus como nosso pastor reflete a Sua provisão e orientação, garantindo que nada nos falte e estejamos protegidos do perigo em meio às provações da vida.

Ovelhas de Jesus

Ao aceitar Jesus como seu pastor, você se alinha com Sua orientação, encontrando alimento espiritual e proteção contra perigos espirituais.

Jesus, o Bom Pastor

Jesus personifica o bom pastor, buscando os perdidos e proporcionando disciplina e correção para o benefício de seus seguidores, enfatizando a importância de ouvir e seguir sua orientação.

Abraçando Jesus como seu pastor

Escolher ser ovelha de Jesus implica confiança e obediência, distinguindo os crentes daqueles que rejeitam a orientação e permanecem perdidos na turbulência espiritual.

Conclusão:

Aceite o conforto e a proteção oferecidos por Jesus, o Bom Pastor, alinhando sua vida com Sua orientação e cuidado. Abrace o papel de ovelha, encontrando paz e realização em Sua presença.


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sexta-feira, 8 de março de 2024

O Livro de Êxodo e o cativeiro de Israel no Egito

07.03.2024

Do blog ESTUDANTES DA BÍBLIA

Por Pr. Antonio Gilberto*


Estudaremos o segundo livro das Escrituras Sagradas, Êxodo. Destacamos a aflição pela qual o povo hebreu passou no Egito por 430 anos. O povo escolhido do Senhor foi cruelmente oprimido por Faraó. Porém, Deus jamais se esquece das suas promessas. Ele vela por sua Palavra. Diante das atrocidades cometidas por Faraó, os israelitas clamaram a Deus. O Senhor ouviu a aflição do seu povo e enviou um libertador para redimi-los. Veremos ao longo das lições que o livro de Êxodo é o livro da redenção efetuada pelo Senhor.

I. O LIVRO DE ÊXODO

1. Seu propósito. O vocábulo êxodo significa saída. O livro de Êxodo foi escrito por Moisés e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais, Israel foi liberto do Egito”. Este livro figura a redenção. Segundo o Dicionário Wycliffe, “o conceito de libertação da morte, da escravidão e da idolatria é encontrado ao longo de todo o livro”.

2. A escravidão. O livro de Êxodo foi escrito entre 1450 e 1410 a.C. Nesse livro vemos como os hebreus foram duramente afligidos por Faraó (Êx 1.14). Como escapar de tão grande opressão? Para os israelitas seria impossível. Somente Deus poderia resgatá-los e libertá-los do jugo do inimigo. Somente o Pai também poderia ter nos resgatado do pecado e do mundo. Cristo morreu na cruz para nos libertar do poder do pecado. Ele morreu em nosso lugar.

3. Clamor por libertação. O povo hebreu, ao ser cruelmente oprimido pelos egípcios, em grande angústia clamou ao Senhor, e a Palavra de Deus nos diz que ouviu o Senhor o gemido do seu povo (Êx 2.24). Não desanime! O Senhor ouve suas súplicas e está atento às suas dores. Deus já estava providenciando um libertador para o seu povo. Como nos ensina a Verdade Prática desta lição: “Os propósitos de Deus são imutáveis e se cumprirão no tempo determinado por Ele”.

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Moisés é o autor do livro de Êxodo e, segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, ele foi “escrito para que tivéssemos um registro permanente dos atos históricos e redentores de Deus, pelos quais, Israel foi liberto do Egito”.


II. O NASCIMENTO DE MOISÉS

1. Os israelitas no Egito. Eles “frutificaram, aumentaram muito, e multiplicaram-se, e foram fortalecidos grandemente, e a terra se encheu deles”. Estas mesmas bênçãos Deus têm hoje para a sua igreja. Observe com atenção as seguintes palavras do texto bíblico de Êxodo 1.7:

a) Frutificaram, aumentaram muito, multiplicaram-se (At 9.31; Lc 14.22,23). Este foi um crescimento vertiginoso. Que Deus nos faça crescer na igreja em quantidade e qualidade.

b) “Fortalecidos grandemente”. Na esfera espiritual, uma igreja deve sempre se fortalecer em Cristo (1Pe 5.10; Fp 4.13). Lembremo-nos sempre de que a nossa fonte suprema e abundante de poder é o Espírito Santo (Ef 3.16; Zc 4.6).

c) “A terra se encheu deles”. A igreja precisa se encher não só em determinado distrito, município, estado, região, país e continente, mas em todo o mundo (Mc 16.15; At 1.8).

2. Um bebê é salvo da morte. Preocupado com o crescimento dos hebreus. Faraó deu uma ordem às parteiras no Egito para que todos os meninos israelitas recém-nascidos fossem mortos. Porém, as parteiras eram tementes a Deus e não mataram as crianças (Êx 1.17,21). Então, Faraó voltou à cena macabra, ordenando aos egípcios que todos os meninos dos hebreus fossem lançados no rio Nilo (a fim de que se afogassem ou que fossem devorados por crocodilos) (Êx 1.22). Isso mostra o quanto esse rei era cruel e maligno. Atualmente esta atrocidade está generalizada. Muitas crianças estão sendo mortas, vítimas do aborto. É o infanticídio generalizado e legalizado pelas autoridades. O bebê Moisés foi salvo da morte porque seus pais eram tementes a Deus. Precisamos de pais verdadeiramente cristãos para poderem zelar pela vida de seus filhos, como Moisés foi preservado da morte. Os pais de Moisés, pela fé em Deus, descumpriram as ordens do rei e esconderam o bebê em casa (Hb 11.23). Por mais um milagre de Deus, o nenê Moisés continuou sendo criado pela própria mãe (Êx 2.3-10).


3. A mãe de Moisés (Êx 6.20). Joquebede aproveitou cada minuto que passou ao lado do seu filho para ensiná-lo acerca de Deus, da sua Palavra, do seu povo, do pecado, das promessas divinas e da fé no Criador. Sem dúvida, é um exemplo a ser seguido.

4. A Filha de Faraó (Êx 2.5,6). A filha de Faraó desceu para se banhar no rio Nilo e teve uma grande surpresa — havia ali um cesto com um bebê. Não sabemos como, mas Deus tocou no coração da filha de Faraó para que adotasse o menino hebreu. Certamente a princesa sabia das ordens do seu pai contra os israelitas. Porém, operando o Senhor, quem impedirá? (Is 43.13).

Deus, em sua bondade, usou a filha de Faraó para que encontrasse alguém, a fim de criar o bebê Moisés. Tal pessoa foi justamente Joquebede, a mãe de Moisés (Êx 2.9). Há uma recompensa para os pais piedosos e obedientes. Você tem ensinado a Palavra de Deus aos seus filhos? Então, persevere em conduzi-los no caminho correto (Pv 22.6).

***Pastor Antonio Gilberto, foi pastor da Assembleia de Deus. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 30 de julho de 2018. Ele se destacou como educador, jornalista, teólogo, autor de best-sellers e articulista. Além disso, também era uma referência na área de Escola Dominical e de Teologia Pentecostal no país.


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Fonte:https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2014/2014-01-01.htm

quinta-feira, 7 de março de 2024

C. S. Lewis e a identidade cristã

13.03.2024
Do portal ULTIMATO, 08.02.24
Por Rosifran Macedo*

Para C. S. Lewis, a solução para as consequências letais do individualismo solitário e do coletivismo ideológico massificante é a vida cristã

Um tema muito debatido atualmente é a identidade. Por um lado, encontramos uma ênfase no individualismo com o discurso que cada um deve navegar no mar das ideias predominantes e criar sua própria identidade a partir de si mesmo. Neste sentido, uma corrente define que nossos sentimentos constituem o nosso verdadeiro “self” e para ser “autêntico” é necessário sempre expressá-los.

Por outro lado, há os que defendem que a identidade individual está sempre ligada à comunidade1, sendo atualmente a comunidade digital uma das maiores influenciadoras na construção da identidade. Vivendo numa sociedade tão polarizada, com polos antagônicos, somos forçados a definir nossa identidade nos identificando, obrigatoriamente, com um deles. Não há muito espaço para um pensamento independente dos opostos predominantes e somos forçados a “nos posicionarmos” entre os dois extremos. Se questionarmos a veracidade dos extremos nos encontraremos no calabouço dos discriminados sendo alvo de tiros dos dois lados.

Para C. S. Lewis a solução para as consequências letais do individualismo solitário e do coletivismo ideológico massificante é a vida cristã “O cristão não é chamado ao individualismo, mas para ser membro do Corpo Místico. Uma consideração das diferenças entre o coletivismo secular e o Corpo Místico é, portanto, o primeiro passo para compreender como o Cristianismo, sem ser individualista, pode ainda contrariar o coletivismo.” 2

Segundo Lewis, a palavra “membro” é um termo de origem cristã que, na sociedade, foi esvaziado do seu significado bíblico. O uso atual de “membro de uma classe ou de um clube” se refere a unidades iguais dentro de um grupo, e é quase o oposto do significado paulino, que tem a ideia de “órgão”, partes “essencialmente diferentes e complementares entre si” que difere tanto na estrutura quanto na função. As diferenças reforçam a individualidade e geram a verdadeira unidade orgânica.

A sociedade na qual adentramos através do batismo não é uma coletividade, mas sim um Corpo, no qual o Cabeça é tão diferente dos seus membros que eles não partilham nenhuma qualidade com “Ele” exceto por analogia. Como criaturas somos “unidos” ao Criador, como mortais ao imortal, como pecadores redimidos ao Redentor impecável. A vida que derivamos da nossa união com Ele deve ser o fator dominante no nosso cotidiano e é, de fato, o que estabelece a nossa verdadeira “identidade”. Como disse Jesus:
“Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo.15.5).

Lewis afirma: “O sacrifício da privacidade egoísta que diariamente nos é exigido, é diariamente recompensado cem vezes mais no verdadeiro crescimento da personalidade que a vida do Corpo encoraja. A obediência é o caminho para a liberdade, a humildade o caminho para o prazer, a unidade o caminho para a personalidade.” 3

A vida cristã defende a nossa identidade pessoal do coletivismo não por isolamento, mas ao nos dar, no corpo místico, um status de órgão, o qual é cósmico, eterno e partilha da imortalidade do Cabeça. Mas Lewis enfatiza que esta conquista gloriosa não nos é concedida como a “indivíduos em si,” mas sim porque a partilhamos com o Vencedor. E ela só é alcançada através da renúncia diária do “self” natural. Assim o cristianismo resolve a antítese entre o individualismo e o coletivismo, com uma personalidade eterna e inextinguível: “Por um lado, ele se opõe implacavelmente ao nosso individualismo natural; por outro lado, devolve àqueles que abandonam o individualismo a posse eterna do seu próprio ser pessoal, até mesmo dos seus corpos”.4

Lewis defende a ideia de que a “identidade pessoal” não é um ponto do qual iniciamos e que iremos desenvolvê-la de dentro para fora. A individualidade inicial é “apenas uma paródia, uma sombra desta”. A verdadeira identidade nos vai sendo dada ao assumirmos diariamente na vida da Igreja o lugar na “estrutura do cosmos eterno para o qual fomos desenhados”. Somos como um bloco de mármore sendo lapidados, ou como o metal sendo moldado, mas mesmo agora já temos uma noção do formato que estamos sendo trabalhados. O nosso valor individual e nossa identidade não estão em nós, mas os recebemos pela união em Cristo. Não adianta tentar ficar procurando um lugar no Templo Vivo que seja adequado às nossas características. Só teremos nossa verdadeira identidade quando formos moldados para ocupar o lugar preparado para nós, já há muito tempo. “Seremos pessoas verdadeiras, eternas e realmente divinas somente no Céu, assim como somos, mesmo agora, corpos coloridos somente quando estamos na luz” 5. Então, nos tornaremos a coluna no templo de Deus, descrita em Apocalipse 3.12:
“Farei do vencedor uma coluna no templo do meu Deus, de onde jamais sairá. Escreverei nele o Nome do meu Deus e... igualmente escreverei nele o meu novo Nome”.

E assim, “como órgãos do Corpo de Cristo, como pedras e pilares no Templo, temos a certeza da nossa identidade eterna e viveremos para nos lembrarmos das galáxias como um conto antigo.”

Notas
1. Timothy Keller, God’s Wisdom for Navigating Life, p.95.
2. C. S. Lewis, The Weight of Glory, p.163.
3. Ibid, p.167.
4. Ibid, p.172.
5. Ibid, p.174.

*Rosifran Macedo é pastor presbiteriano, mestre em Novo Testamento pelo Biblical Theological Seminary (EUA). É missionário da Missão AMEM/WEC Brasil, onde foi diretor geral por nove anos. Atualmente, dedica-se, junto com sua esposa Alicia Macedo, em projetos de cuidado integral de missionários.

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Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/c-s-lewis-e-a-identidade-crista

quarta-feira, 6 de março de 2024

Livro de Gênesis: Desvendando as Origens

05.03.2024

Postado por pr Irineu Messias 

Introdução:

O livro de Gênesis, o primeiro da Bíblia, é um portal para a história da criação, da humanidade e do povo de Israel. Através de suas narrativas poéticas e rica simbologia. Gênesis nos leva a uma jornada épica que explora temas como a origem do universo, a natureza humana, a relação entre Deus e o homem, a promessa da redenção e a formação da nação israelita.

Tópicos Explicativos:

1. A Criação (Gênesis 1:1-2:4a):

  • A narrativa da criação em seis dias, com Deus como criador soberano e ordenador do cosmos.
  • A distinção entre Deus e o mundo, e a santidade do sétimo dia como um símbolo de descanso e comunhão com Deus.

2. A Queda do Homem (Gênesis 2:4b-3:24):

  • A criação de Adão e Eva à imagem de Deus e sua colocação no Jardim do Éden.
  • A tentação da serpente, a desobediência do homem e a consequente queda da graça.
  • As maldições que recaem sobre a humanidade e a promessa de um Redentor.

3. As Consequências da Queda (Gênesis 4-11):

  • A história de Caim e Abel, revelando a inclinação do homem para o pecado e a violência.
  • A genealogia dos descendentes de Adão e a crescente corrupção da humanidade.
  • O dilúvio como um julgamento divino sobre a Terra e a preservação de Noé e sua família.

4. A Torre de Babel e a Dispersão dos Povos (Gênesis 11:1-9):

  • A tentativa frustrada de construir uma torre que chegasse ao céu, simbolizando a rebelião humana contra Deus.
  • A dispersão dos povos como forma de Deus controlar a soberba humana e preservar a diversidade cultural.

5. A Promessa a Abraão (Gênesis 12:1-25:18):

  • O chamado de Abraão e a promessa de Deus de fazer dele uma grande nação e abençoar todas as famílias da Terra.
  • A fé de Abraão, mesmo diante de desafios e provas, como a peregrinação a Canaã e o sacrifício de Isaque.
  • O nascimento de Isaque e a promessa de que através dele a descendência de Abraão seria abençoada.

6. Jacó e Esaú: A Escolha da Fé (Gênesis 25:19-36:43):

  • A história dos gêmeos Jacó e Esaú, ilustrando a escolha entre a fé e a bênção material.
  • O engano de Jacó e a obtenção da primogenitura, demonstrando a astúcia humana e as consequências do pecado.
  • A reconciliação entre Jacó e Esaú, revelando a misericórdia de Deus.

7. José e Seus Irmãos: Do Poço ao Palácio (Gênesis 37:1-50:26):

  • A história de José, vendido como escravo pelos seus irmãos e posteriormente elevado a governador do Egito.
  • A providência divina em meio ao sofrimento de José, mostrando como Deus pode transformar o mal em bem.
  • O perdão de José aos seus irmãos, exemplificando a graça e o amor de Deus.

Conclusão:

O livro de Gênesis é um alicerce fundamental para a compreensão da fé judaico-cristã. Através de suas histórias inspiradoras e ensinamentos profundos. Gênesis nos revela o caráter de Deus, a origem do pecado e da redenção, e a promessa de um futuro glorioso para a humanidade.

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LIÇÃO 13 – O DESTINO FINAL DOS MORTOS

04.03.2024
Do blog AMIGO DA EBD, 25.03.2016


INTRODUÇÃO

Ao contrário do que muita gente pensa, a vida não termina na sepultura. Pelo contrário, após a morte, todos os seres humanos vão para o Estado Intermediário aguardar a ressurreição, para serem conduzidos ao seu destino eterno. Nesta lição, veremos o sentido do termo Estado Intermediário; explicaremos a condição dos justos e dos ímpios após a morte física; destacaremos algumas heresias sobre o Estado Intermediário; e, finalmente, estudaremos a doutrina da ressurreição dos mortos e o destino final dos justos e dos ímpios.


I. O QUE É O ESTADO INTERMEDIÁRIO

O Estado Intermediário é a situação em que se encontram todos os mortos, quer tenham morrido salvos, ou não. Dá-se o nome de "intermediário" porque as almas nesse estado aguardam o dia em que ressuscitarão, para a vida eterna ou para a perdição eterna (Dn 12.2; Jo 5.28,29). Noutras palavras, é o estado das pessoas entre a morte física e a ressurreição. “A história do rico e Lázaro dá-nos um panorama bastante claro desse Estado (Lc 16.19-31). Para os que dormiram em Cristo, o período intermediário há de terminar com o Arrebatamento da Igreja (1Ts 4.13-17). Já para os que morreram em seus pecados, há de perdurar até a última ressurreição, quando eles serão submetidos ao Juízo Final (Ap 20.11-15)” (ANDRADE, 2006, p. 106).

1.1 Antes da morte de Cristo. 

De acordo com Lc 16.19-31, o Sheol (hebraico) ou Hades (grego) dividia-se em três partes distintas. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada “seio de Abraão” ou “lugar de consolo” (Lc 16.22,25; 23.43). A segunda é a parte dos ímpios, denominada “lugar de tormento” (Lc 16.23). A terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como “lugar de trevas” ou “abismo” (Lc 16.26; 2Pe 2.4; Jd v.6). Portanto, antes da morte de Jesus, todos os mortos eram conduzidos ao Sheol, mas ficavam em lugares opostos e em situações distintas.

1.2 Depois da morte de Cristo. 

“Jesus, antes de morrer por nós, prometeu aos seus que as portas do inferno (hades) não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias de Jesus, não mais desceriam ao hades. Esta mudança ocorreu entre a morte e ressurreição do Senhor, pois Ele disse ao ladrão arrependido: ‘Hoje estarás comigo no paraíso’ (Lc 23.43). Paulo diz a respeito do assunto: ‘Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens’ (Ef 4.8,9). Entende-se, pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do Antigo Testamento que estavam no "Seio de Abraão", conforme prometera em Mateus 16.18”. (GILBERTO, 1985, p. 17). Mas, os ímpios continuam indo para o lugar de tormentos. De acordo com o texto de Lc 16.19-31, tanto justos como ímpios estão vivos, acordados, conscientes e tem lembrança da vida na terra. Porém, existem algumas diferenças entre ambos. Vejamos:

 Vejamos:

O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS JUSTOS
O ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS ÍMPIOS

No AT, após a morte, eram levados pelos anjos para o Seio de Abraão (Lc 16.22). No NT são levados ao paraíso (Lc 23.42,43).

Tanto no AT como no NT continuam sendo levados para o Sheol ou Hades, após a morte (Lc 16.22).


O justo é consolado (Lc 16.25).

O ímpio é atormentado (Lc 16.24).

Hão de ressuscitar por ocasião do Arrebatamento (1 Co 15.51-53; 1Ts 4.13-18).

Hão de ressuscitar após o Milênio, por ocasião do Juízo Final, o Grande Trono Branco (Ap 20.11-14).

Aguardam a ressurreição para estar com Cristo para sempre (1 Ts 4.17).

Aguardam a ressurreição para serem lançados no Lago de fogo onde estrão na eternidade (Ap 20.15).


II. HERESIAS ACERCA DO ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS

2.1 Purgatório. 

“A Igreja Católica Romana ensina que mesmo os mais fiéis precisam dum processo de purificação antes de se tornarem aptos para entrar na presença de Deus. Todavia, não existem nas Escrituras evidências para tal doutrina, e existem muitas evidências contrárias a ela. O Novo Testamento reconhece apenas duas classes de pessoas: as salvas e as não-salvas. O destino de cada classe determina-se na vida presente (Mt 7.13,14; Hb 9.27)” (PEARLMAN, 2006, p. 295).

2.2 Sono da alma. 

“Certos grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, crêem que a alma permanecerá num estado inconsciente e/ou dormindo até à ressurreição. Essa crença, conhecida como “sono da alma”, é também adotada por indivíduos em outros grupos religiosos. É fato que a Bíblia denomina de maneira metafórica a morte física como um sono (1Co 15.51; 1Ts 4.13). No entanto, ela também nos ensina que, quem “dorme” é o corpo, e não a alma e o espírito (Lc 16.20-25; Ap 6.9-11). Logo, embora o corpo entre na sepultura, o espírito e a alma que se separou do corpo entra no Sheol, onde vive em estado completamente consciente (Is 14.9-11; Sl 16.10; Lc 16.23; 23.43; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 6.9)” (PEARLMAN, 2006, p. 297 – acréscimo nosso).

2.3 Reencarnação. 

“Os espíritas e os adeptos de diversas religiões orientais (Hinduismo, Budismo, etc) pregam que existem oito esferas pelas quais os espíritos devem passar para se purificarem. Ensinam a reencarnação dos mortos, que recebem outra identidade, podendo reencarnar como seres humanos, animais, plantas ou como um deus. Mas, a Bíblia condena essa crença herética (Jo 5.24; Hb 9.27). Ensinam também os espíritas, que os mortos comunicam-se com os vivos, através de ‘médiuns’. Mas, Deus proíbe tal prática (Lv 19.31; 20.6,7; Dt 18.9-12; Is 8.19-22). Na parábola do rico e Lázaro, vemos que não é permitida a comunicação dos vivos com os mortos (Lc 16.27-30)” (LIMA, 2016, p.156).

2.4 Aniquilacionismo. 

“Sustenta esta doutrina estarem todas as almas sujeitas à extinção ou aniquilação após a morte física. As Escrituras são claras sobre o fato de que tanto os ímpios como os justos viverão para sempre, e que no caso dos ímpios sua existência será de sofrimento e castigo consciente (Ec 12,7; Mt 25.46; Rm 2.8-10; Ap 14.11; 20.10,12-15)” (PFEIFFER, 2007, p. 694 – acréscimo nosso).

2.5 Universalismo. 

Doutrina divorciada das Escrituras, segundo a qual, no final dos tempos Deus, reconciliará todos os seres humanos e até os anjos caídos a si mesmo, independentemente das obras e dos méritos de cada um, ou seja, é a ideia de que ninquém será condenado, mas todos serão salvos, inclusive o Diabo e seus anjos caídos (ANDRADE, 2006, pp. 353,354).

III. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS

A palavra ressuscitar significa “levantar”, “voltar à vida”. Assim como a morte física é a separação da alma e espírito do corpo (Tg 2.26), a ressurreição é a reunião da alma e espírito ao corpo (Lc 8.55). Todos que morrem, justos e injustos, hão de ressuscitar, sendo que, em ocasiões distintas e para destinos diferentes.

3.1 A Primeira Ressurreição. 

“É a ressurreição dos salvos. A Bíblia diz que é bem aventurado aquele que tem parte na primeira ressurreição (Ap 20.6). Esta é a ressurreição ‘para a vida eterna’ (Dn 12.2) e dos que fizerem o bem para a ‘ressurreição da vida’ (Jo 5.29)” (LIMA, 2016, p. 151). Ela ocorre em três fases distintas, a saber: (a) Primeira fase. Já ocorreu. Trata-se da ressurreição de Cristo (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-18) e de um grupo de santos que ressuscitaram com Ele (Mt 27.52,53); (b) Segunda fase. Ocorrerá no futuro, por ocasião do arrebatamento da Igreja, onde os santos do AT e NT hão de ressuscitar (1Co 15.23,24,51-53; 1Ts 4.16,17); e, (c) Terceira fase. Diz respeito a ressurreição as duas Testemunhas, durante a Grande Tribulação (Ap 11.11,12); aos mártires, no final da Grande tribulação (Ap 14.13-16; 15.2; 20.4) e também aos justos que hão de morrer durante o Milênio (Ap 20.12).

3.2 A Segunda Ressurreição. 

Abrangerá os ímpios, de todas as épocas. Ocorrerá após o Milênio, por ocasião do Juízo Final (Ap 20.5,11-15). “No Apocalipse, fica claro que haverá uma segunda ressurreição, que será para aqueles que passarão pela ‘segunda morte’, ou seja, os ‘perdidos’ ou ‘ímpios’ (Ap 20.6). O salvo só morre uma vez. Mas, o ímpio morre duas vezes: a morte física e a espiritual” (LIMA, 2016, p.151).


IV. O ESTADO FINAL DOS JUSTOS E ÍMPIOS

4.1 O Destino final dos justos. 

Por ocasião do Arrebatamento da Igreja, os justos que já morreram hão de ressuscitar, e se unirão aos vivos, que serão arrebatados (1Co 15.51-53; 1Ts 4.13-18). Eles serão conduzidos ao céu, onde participarão do Tribunal de Cristo (Rm 10.14; 2Co 5.10; Ap 22.12) e da celebração das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Depois, voltarão com Jesus à Terra, para participarem do Milênio (Ap 19.11-14; 20.1-6). Após o Milênio, habitarão na Nova Jerusalém (Ap 21,22), onde estarão, por toda eternidade, na presença do Deus Trino (Jo 14.1-3; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 21.3); e estarão livres de todo sofrimento, pois, ali não haverá mais morte, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem coisa alguma que contamine (Ap 21.8,27; 22.15).

4.2 O destino final dos ímpios. 

“O destino dos ímpios é estar eternamente separados de Deus e sofrer eternamente o castigo que se chama a segunda morte (Sl 9.17; Ap 2.11). Devido à sua natureza terrível, é um assunto diante do qual se costuma recuar; entretanto, é necessário tomar conhecimento dele, pois é uma das grandes verdades da divina revelação. O inferno é um lugar de: extremo sofrimento (Ap 20.10), onde é lembrado e sentido o remorso (Lc 16.19-31), inquietação (Lc 16.24), vergonha e desprezo (Dn 12.2), vil companhia (Ap 21.8) e desespero (Pv 11.7; Mt 25.41) (PEARLMAN, 2006, p. 297). O sofrimento será terrível (Mt 13.42,50; Mc 9.47,48; 25.30) e também eterno (Dn 12.2; Mt 7.13; 25.46).


CONCLUSÃO

Após a morte física, as almas dos homens vão para o Estado Intermediário, que já é um lugar de gozo para os salvos, e de tormentos para os pecadores. Os ímpios são conduzidos ao Hades, e, os justos ao Paraíso, onde aguardam a ressurreição. Após a ressurreição e o julgamento do Trono Branco, os ímpios serão lançados no lago de fogo. E os justos, depois de haverem ressuscitado, desfrutarão de uma eternidade feliz com Cristo.



REFERÊNCIAS
Ø  GILBERTO, Antônio. O Calendário da Profecia. CPAD.
Ø  LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de profecia Bíblica. CPAD.
Ø  PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.
Ø  PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wyclliffe. CPAD.
Ø  RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas. CPAD.
Ø  STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
Ø  ZIBORDI, Siro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD. 

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