Pesquisar este blog

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Discipulado: o que é, o que fazer e como começar

29.07.2015
Do portal do Ministério Fiel, 20.07.15
Por Bobby Jamieson    

 DiscipuladoEIgreja-ComoComecarE
Novos membros de igreja têm muitas perguntas. Uma muito comum é: Como eu me envolvo em um relacionamento de discipulado?

Que importante pergunta! Discipulado é crucial para o nosso crescimento cristão enquanto indivíduos, assim como para tornar o evangelho visível em nossa vida comunitária como igreja. Assim, nós fazemos todo o possível para cultivar uma cultura de discipulado em nossa igreja.

1. O que queremos dizer por “discipulado”?

Em certo sentido, quase tudo o que fazemos como igreja local é sobre ser e fazer discípulos. Os cânticos cantados, as orações oradas e, certamente, os sermões pregados todos almejam nos edificar para sermos discípulos que glorifiquem a Deus.

Mas, neste folheto, temos algo mais específico em mente ao usarmos a palavra “discipulado”. 

Estamos pensando particularmente em relacionamentos individuais. Mais formalmente, estamos falando sobre o encorajamento intencional e o treinamento de discípulos de Jesus com base em relacionamentos deliberadamente amorosos.

Jesus nos diz para acompanharmos uns aos outros deste modo: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15.12). Como Jesus amou os seus discípulos de maneiras que possam ser imitadas? Ele os amou intencional, propositada, humilde, alegre e normalmente. Vamos pensar nessas descrições.

Intencional: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros [...]” (João 15.16a). Jesus não simplesmente esbarrou em seus discípulos; ele tomou uma amorosa iniciativa. Ele os escolheu. O amor semelhante ao de Cristo não é passivo; ele toma iniciativa. Amar outros cristãos como Cristo nos amou significa tomar a iniciativa.

Propositado: “e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (João 15.16b). O amor de Cristo por seus discípulos é propositado. Ele os chamou a darem fruto para a glória de Deus. Em outras palavras, o seu amor não é meramente sentimental, mas tem o compromisso maravilhoso de glorificar a Deus. Se havemos de amar uns aos outros como Cristo nos amou, certamente iremos compartilhar os objetivos de Jesus para conosco, isto é, o bem espiritual dos nossos amigos e a glória de Deus por meio da alegria deles no evangelho.

Humilde: Jesus diz: “Como o Pai me amou, também eu vos amei” (João 15.9) e “Já não vos chamo servos, [...] mas tenho-vos chamado amigos” (João 15.15a). Jesus condescende em ser nosso amigo, muito embora esteja ele infinitamente acima e além de nós em majestade, santidade e honra. Certamente, então, nós devemos nos relacionar com toda a humildade com nossos irmãos e irmãs com quem compartilhamos a queda. Nós os tratamos como amigos a quem amamos, não como “projetos” ou “inferiores”. Nós não nos colocamos por cima, antes honramos e cuidamos.

Alegre: “Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós” (João 15.11, ARC). Jesus nos ordena a amarmos uns aos outros a fim de conhecermos a sua alegria. 

Cuidar de outros cristãos e encorajar o seu crescimento na graça pode ser trabalho árduo. Mas é um trabalho maravilhoso e Jesus diz que é um trabalho que traz alegria!

Normal: Jesus torna esse tipo de discipulado amoroso o seu mandamento básico para todo o seu povo e, assim, algo normal para todos os cristãos. Ouça novamente: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. Não é surpreendente que você encontre essa conversa sobre o discipulado cristão básico ao longo da Palavra de Deus:
  • “Exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado” (Hebreus 3.13).
  • “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros” (Romanos 12.10).
  • “Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo” (1 Tessalonicenses 5.11).
O Novo Testamento está cheio de tais exortações. Jesus e os apóstolos não desejavam que o discipulado entre cristãos fosse excepcional, e sim normal.
Como um membro de nossa igreja, nós desejamos que você seja
  • intencional,
  • proposital,
  • humilde
  • e alegre
à medida que nós trabalhamos juntos para tornar normal esse tipo de relacionamento entre indivíduos.

Faça isso deixando que as pessoas o conheçam. Faça isso trabalhando para conhecê-las. De fato, todo o nosso trabalho consiste em cultivar uma cultura de discipulado neste lugar.

2. O que queremos dizer por uma “cultura de discipulado”?

Você provavelmente ouvirá bastante essa expressão entre nós. A maioria dos dicionários define “cultura” mais ou menos como “os valores, objetivos e práticas compartilhados que caracterizam um grupo”. É basicamente isso o que temos em mente no que se refere ao discipulado em nossa igreja. Nós não queremos apenas um programa, queremos que o amor e o encorajamento mútuos sejam um valor, um objetivo e uma prática que caracterizem cada um de nós de maneira crescente.

Programas formais não são necessariamente ruins, mas nós queremos ter certeza de que não nos desviamos do ideal bíblico. E o ideal bíblico, como dissemos, é nos tornarmos um lugar em que seja normal tomar a iniciativa de fazer o bem espiritual uns aos outros. Nós não precisamos nos inscrever em nada nem obter permissão alguma para começarmos a amar nossos companheiros de membresia dessa maneira. Tampouco você deseja uma igreja na qual o discipulado ocorre apenas quando sustentado pela liderança. Essa não é uma igreja saudável! Não, nós queremos que você ore e pense em como pode se envolver. E então converse com um presbítero ou algum outro membro sobre suas oportunidades e mordomias peculiares.

3. O que eu devo fazer em um relacionamento de discipulado?

O aspecto mais significativo de qualquer relacionamento de discipulado, com frequência, não é exatamente o que vocês fazem ao se encontrarem, mas o fato de vocês edificarem um relacionamento que tenha a verdade bíblica em seu âmago. Desse modo, não há um “programa estabelecido” para relacionamentos de discipulado em nossa igreja. Os membros fazem uma variedade de coisas:
  • Reúnem-se semanalmente para discutir o sermão de domingo, um livro cristão ou um livro da Bíblia.
  • Participam juntos de um Seminário Essencial[1] e discutem aplicações específicas para a vida uns dos outros.
  • Convidam membros solteiros para se ajuntarem às devoções familiares.
  • Acompanham mães com crianças pequenas em suas caminhadas.
  • Ajudam pais no trabalho de jardinagem e buscam conselhos.
  • Agendam “dias de jogos” para as crianças e conversam sobre o sermão dominical da noite.
Os exemplos abundam e os locais de encontro são flexíveis. O que é importante, de novo, é que você busque uma ocasião na qual tenha tempo para se relacionar com outro membro com o alvo intencional de encorajar e ser encorajado pela verdade da Palavra de Deus.

Então, seja criativo! Mas seja intencional com respeito a amar uns aos outros do melhor modo, o mais elevado e mais bíblico – almejando fazer o bem espiritual a outra pessoa.

Se você necessitar de ainda mais ajuda para pensar em relacionamentos de discipulado, nós temos um Seminário Essencial de treze semanas a respeito de discipulado. Participe dele na próxima vez que for oferecido, nas manhãs de domingo, às 9h30min. Ou baixe a apostila da aula sobre discipulado em www.capitolhillbaptist.org.[2]

4. Como eu posso entrar em um relacionamento de discipulado?

Há três maneiras de estabelecer um relacionamento de discipulado em nossa igreja. 

Primeiro, tome a iniciativa pessoal de tentar construir um relacionamento de discipulado com qualquer outro membro (do mesmo gênero seu, por favor). Não é preciso nenhuma permissão da liderança! Em vez disso, chegue cedo à igreja. Fique até tarde. Participe das refeições após os cultos nas noites de domingo. E comece a conhecer outras pessoas. Com o tempo, esperamos que você começará a construir o tipo de relacionamento no qual essas coisas acontecem naturalmente.

Segundo, peça ao líder do seu pequeno grupo sugestões e auxílio, se você participar de um pequeno grupo (o que não é obrigatório). Eles podem não estar livres para se encontrar com você regularmente, mas, à medida que o conhecerem melhor, possivelmente eles poderão ajudá-lo a se conectar com outro membro que possa fazê-lo.

Terceiro, se nenhum desses caminhos resultarem num relacionamento de discipulado regular, sinta-se livre para contatar um dos líderes da igreja para obter ajuda. Sempre há um número de membros que, por causa da agenda, da geografia ou de outras razões, têm dificuldade em se conectarem individualmente a outros membros. Nesses casos, a liderança da igreja tem o prazer de ajudar. Apenas ligue para o gabinete e agende com um dos pastores auxiliares.

Nós o encorajamos, de fato, a começar por sua própria iniciativa. Isso pode levá-lo a alongar, ou até mesmo desenvolver, os músculos da disciplina e do evangelismo que irão servir a você mesmo e a outros por anos a fio. Você pode descobrir que fazer isso é uma das experiências mais satisfatórias em sua vida como cristão. E você pode se ver compreendendo mais claramente o que Jesus pretendia ao dizer: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13.35).

Nota do editor: Este é um folheto que a liderança da Capitol Hill Baptist Church distribui a novos membros. Pensamos que pode ser útil também a outras igrejas, embora você precise alterar os detalhes necessários.

Notas:

[1] N.T.: Seminários Essenciais (Core Seminars) são classes de escola dominical para adultos, oferecidas na Capitol Hill Baptist Church, com o objetivo de ajudar os membros a compreenderem “as sutis complexidades e as abrangentes verdades do nosso Deus e da teologia, do ministério e da história que ele escreveu”.

[2] N.T.: Em inglês.

Tradução: Vinícius Silva Pimentel
Revisão: Vinícius Musselman Pimente
l

*****
Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/829/Discipulado_o_que_e_o_que_fazer_e_como_comecar

O dízimo não é uma invenção da teologia da prosperidade

29.07.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 20.07.15

ODizimoNaoE
Como sabem, entendemos no VE que o dízimo é uma porcentagem exigida ao povo judeu que não se transfere como mandamento para a igreja. Cremos que é um bom padrão para guiar aquilo que o Novo Testamento enfatiza: contribuições voluntárias. Porém, é importante entendermos que dar ou não o dízimo, defender ou não os 10%, não é o pilar sobre o qual se sustenta a fé cristã e que o erro fundamental da teologia da prosperidade é a barganha com Deus através do dízimo (e não o dízimo em si).
 
Assim, cremos que as palavras de Paulo em Romanos 14.4-6 podem se aplicar a esta situação também: “Quem és tu que julgas o servo alheio? […] Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente.” Isso significa, que alguns de vocês devem parar de condenar de herege todo pastor que fala sobre o dízimo ou de ludibriado todo dizimista. E outros, devem parar de julgar como infiel o que oferta generosamente, mas entende que o dízimo não é para os dias de hoje. Ambos o fazem para o Senhor e lhe dão graças.

Dito isto, há irmãos amados em Cristo, como o presbítero Solano Portela, que entendem a validade do dízimo para manter a proporcionalidade no que é dado. Leia abaixo:
Introdução – Mordomo e Mordomia.

Mordomo? Quando ouvimos esta palavra, vem à mente uma figura antiquada; uma pessoa de idade vestida com um fraque, servindo refeições em um castelo; ou, muitas vezes, o culpado dos crimes cometidos em histórias policiais. A palavra mordomo, entretanto, significa simplesmente administrador. Na Bíblia, no livro de Gênesis (39.4), lemos que José recebeu a confiança do alto oficial da corte de Faraó, “de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha”. Temos outros exemplos, também na Bíblia, entre esses o do Eunuco, o alto oficial etíope, (Atos 8.27), a quem Filipe pregou o evangelho. Ele é chamado de mordomo principal da rainha da Etiópia. Veja a extensão de suas responsabilidades no próprio verso: ele “era superintendente de todos os seus tesouros”. Ser mordomo, portanto, é algo muito importante. A palavra, no original grego, significa literalmente – “aquele que coloca a lei na casa”, ou o que administra a casa de acordo com a lei.

Mordomia é o exercício dessa capacidade de administração. Essa palavra é ouvida com freqüência em igrejas, normalmente referindo-se às obrigações sobre contribuições. O seu sentido, entretanto, é muito mais amplo. Da mesma forma como Potifar colocou nas mãos de José a administração de todos os seus bens, Deus, ao criar o homem, colocou em suas mãos toda a criação para ser administrada. Isso pode ser constatado. Você pode constatar isso, lendo Gênesis 1.28 – “Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra”. Nesse sentido, somos mordomos de Deus sobre o tempo, que recebemos dele; sobre os bens que ele nos dá e sobre tudo mais que ele nos concede, em nossa vida.

Inserido, portanto, na definição de mordomia está o conceito de responsabilidade. Somos responsáveis pela utilização correta de tudo que provém de Deus e isso se inicia com o reconhecimento de sua pessoa e de que temos que glorificá-lo no todo de nossa vida (1 Coríntios 10.31). Somos bons mordomos se demonstramos responsabilidade no uso de nosso tempo, de nosso dinheiro e até nas escolhas de nossas amizades.

Esse é o estudo de mordomia, nesse sentido abrangente. Queremos focalizar nossa atenção apenas no reconhecimento de que somos mordomos; de que tudo o que temos pertence ao Senhor; e de como temos o privilégio de indicar o reconhecimento da bondade e misericórdia, através de nossas contribuições. Gostaríamos, portanto, de focalizar o aspecto tradicional do tema mordomia – o das contribuições, mas com uma abordagem um pouco diferente da tradicional.

As bases da contribuição decimal (Gênesis 14.18-20)

Registros antigos, na Palavra de Deus, que antecedem a Lei Cerimonial e Judicial do Povo Judeu, mostram que dar dez por cento das posses, ou seja, o dízimo, era uma prática religiosa abraçada pelas pessoas tementes a Deus, como forma de adoração e reconhecimento de que nossos bens procedem da boa vontade de Deus. Nesse sentido, Abraão, quando deu o dízimo ao sacerdote do Deus altíssimo – Melquizedeque (Gênesis 14.18-20), estava exatamente dando extensão à sua compreensão de mordomia, demonstrando reconhecimento a Deus pelas bênçãos recebidas nesta vida. Assim, simbolicamente, testemunhava que tudo era de Deus.

Essa foi também a compreensão de Jacó (Gn 28.20-22) quando faz um voto a Deus. Ali, lemos: “Fez também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo e me guardar neste caminho que vou seguindo, e me der pão para comer e vestes para vestir, de modo que eu volte em paz à casa de meu pai, e se o Senhor for o meu Deus, então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”. 

Dentre os muitos textos encontrados na Bíblia sobre contribuições e, mais especificamente sobre o dízimo, este entrelaça o conceito de bênçãos materiais advindas de Deus, com o reconhecimento da oferta proporcional como adoração e expressão da nossa mordomia. Jacó estava em uma jornada, comissionado por seu pai, Isaque, para encontrar uma esposa (28.1,2). Após haver sonhado (28.10-15) com a presença de Deus, no qual ele lhe promete proteção, acompanhamento e a formação de uma descendência, Jacó se atemoriza (28.16) e ergue um memorial a Deus (28.18-19).

A seguir, Jacó faz o seu voto. Deus já havia reafirmado: “eis que estou contigo” (28.15), Jacó indica (28.20,21) que, mediante as dádivas divinas da:

presença (“for comigo”),
proteção (“me guardar”),
pão (“me der pão”),
provisão (“roupa que me vista”) e
 paz (“que eu volte em paz”) – ele o adoraria
 declarativamente (“o Senhor será o meu Deus”),
 demonstrativamente (“pedra, que erigi por coluna, será a casa de Deus”) e
dizimalmente (“certamente eu te darei o dízimo”).

Com isso, Jacó, antes da Lei Cerimonial e Judicial de Israel, dava continuidade à prática já demonstrada por Abraão, de que, em reconhecimento à segurança, que vem de Deus; ao alimento, que vem de Deus; às vestimentas, que vêm de Deus e à paz, que vem de Deus, o dízimo será dado. Esses registros antecedem a dádiva das leis específicas aos Hebreus, no Antigo Testamento. A prática, portanto, não parece estar limitada aos aspectos formais da Nação de Israel. Estava presente na humanidade, como um todo.

Assim, nem a Lei Cerimonial, nem a Judicial, da teocracia de Israel, são a base para a prática do dízimo, pois as determinações dessas leis foram cumpridas em Cristo. A defesa do dízimo utilizando prescrições específicas da Lei Mosaica carece de uma base exegética mais sólida. A base antecede as leis de Israel, entretanto, o estudo dessas leis mostra, pelo menos, um grande e importante aspecto: a seriedade com a qual Deus apresentava e tratava essa questão do dízimo. Não somente ele entrelaçou, na Lei de Israel, a prática que a antecedia, mas castigos caíram sobre a nação exatamente pela quebra dessa determinações. Esquecê-las era a mesma coisa que “roubar a Deus” (Ml. 3.7-10).

No Novo Testamento também encontramos princípios que nos levam a deduzir a continuidade da contribuição decimal. Vamos analisar pelo menos dois desses.

Contribuir Planejadamente (2 Coríntios 9.7)

O primeiro princípio neo-testamentário, é que a Bíblia ensina que deve-se contribuir planejadamente. Escrevendo aos coríntios, Paulo diz: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento (Atualizada: “necessidade”); porque Deus ama ao que dá com alegria”.

Freqüentemente este trecho é estudado apenas em seu entendimento superficial, e sendo interpretado de que ele fala simplesmente da voluntariedade da contribuição. Mas o fato, é que ele ensina que a contribuição deve ser alvo de prévia meditação e entendimento. Isso indica, com muito mais força, que ela deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da emoção do momento (todos esses elementos são válidos, mas não são os únicos e principais determinantes).

Deus ensina que o “mover do coração” não significa a abdicação de responsabilidades. O alerta é para que não é possível que portas abertas, colocadas à frente, sejam esquecidas. 

No que diz respeito à contribuição, muitos ficam esperando o “mover do espírito”. Tudo isso soa muito piedoso e espiritual, mas propor no coração, significa que deve-se considerar com seriedade que a contribuição deve ser planejada. O próprio verso 5, neste capítulo, reforça esse entendimento, indicando que a contribuição deveria ser “preparada de antemão”, ou seja deveria haver planejamento.

Como será esse planejamento? Individualizado? Dependente da cabeça de cada um? Talvez seja possível se achar excelentes formas de planejar. Mas será que será encontrada melhor forma do que a estabelecida na Bíblia: que é a dádiva do dízimo, o reconhecimento simbólico de que tudo o que temos pertence a Deus?

O dízimo representa a essência da contribuição planejada e sistemática. Conseqüentemente, será que não deveríamos propor no nosso coração dar o dízimo? Vêem como isso muda a compreensão que tantos têm do verso? Alguns dizem: “o dízimo constrange”; “com obrigação não pode haver alegria na contribuição”. Mas o ensinamento é justamente o contrário: proponha no seu coração, sistematize sua contribuição e a dádiva fluirá de você sistematicamente, sem constrangimentos, com alegria. Não procure inventar: contribua na forma ensinada pelo próprio Deus.

Contribuir Proporcionalmente (1 Coríntios 16.2-3)

Um segundo princípio neo-testamentário, é que Deus espera que a contribuição seja proporcional aos ganhos, ou seja, deve-se contribuir proporcionalmente. O trecho bíblico, também de uma carta de Paulo, relacionado acima, diz: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o, para que se não façam coletas quando eu chegar”.

O ensinamento é, mais uma vez muito claro. É óbvio que Paulo espera uma contribuição sistemática, pois ele diz que ela deveria ser realizada aos domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os cristãos se reuniam. O trecho é muito rico em instrução, demonstrando até a propriedade de reunião e culto aos domingos, contra até alguns setores do neo-pentecostalismo contemporâneo, que insistem que deve-se continuar guardando o sábado, o sétimo dia da semana.

Mas o ponto que chama a nossa atenção, é o fato de que Paulo ensina que a contribuição deve ser conforme Deus permitir que se prospere, ou seja, conforme os ganhos de cada um. Essa é a grande forma eqüitativa apontada por Deus: as contribuições devem ser proporcionais, ou seja um percentual dos ganhos. Assim, todos contribuem igualmente, não em valor, mas em percentual.

Verificamos que é possível se inventar um percentual qualquer. Talvez isso fosse possível se nunca tivéssemos tido acesso ao restante da Bíblia, mas o percentual que o próprio Deus confirmou e registrou: dez por cento dos ganhos individuais, é por demais conhecido! Isso parece satisfatório e óbvio. Não é preciso se sair procurando por outro meio e forma de contribuição. Se isso for feito, pode-se até dizer, “eu contribuo sistematicamente com o percentual que eu escolhi”, mas nunca será possível dizer que isso é feito em paridade e justiça com as outras pessoas. Quem vai garantir que o percentual do outro é igual ao meu? Essa aleatoriedade destruiria o próprio ensinamento da proporcionalidade que Deus ensina através de Paulo. A grande pergunta que tem que ser respondida é essa: “Se Deus já estabeleceu, no passado, uma forma de porporcionalidade, por que não seguir a forma, o planejamento e a proporção determinada por Deus?”

Conclusão e Aplicação

As contribuições dizimais refletem apenas o reconhecimento de que tudo provém de Deus. Em paralelo, é preciso se estar alerta a dois pontos:

1. O exercício correto da mordomia é muito mais abrangente do que simplesmente contribuir. Envolve a responsabilidade total sobre todos os recursos que são recebidos como bênçãos de Deus nas nossas vidas.

2. A contribuição não é “ponto de barganha” com Deus. Por mais sistemática, proporcional e planejada que ela deva ser, permanece uma plataforma de adoração. Ela não tem eficácia para expiar pecados, nem para angariar “favores” de Deus. Deus condena aqueles que se esmeram no contribuir, mas se apresentam à adoração em pecado (Amós 4.4 – “… multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e de três em três dias os vossos dízimos”).
******
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/07/o-dizimo-nao-e-uma-invencao-da-teologia-da-prosperidade/

“Evidências confirmam existência de Adão e Eva”, diz geneticista

29.07.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
Por Jarbas Aragão

Especialista defende que os cristãos devem estudar as informações científicas, para defender a confiabilidade da Bíblia 

 

Uma conceituada geneticista molecular decidiu fazer um documentário para mostrar a historicidade de Adão e Eva. Para ela, as descobertas modernas no campo da genética confirmam os ensinamentos da Bíblia que todos os seres humanos descendem de um casal original.

A doutora Georgia Purdom possui Ph.D. em genética molecular pela Universidade Ohio State. Já publicou artigos em uma série de revistas científicas, incluindo Journal of Neuroscience e Journal of Bone and Mineral Research. Além de trabalhar como professor de biologia, tem se dedicado a apoiar o ministério de apologética cristã Answers in Genesis (AiG).

Já fez diferentes palestras sobre o assunto nos EUA e seu mais recente trabalho, disponível agora em DVD chama-se “A Genética de Adão & Eva”. Seguindo a perspectiva da genética, ela examina o relato de Gênesis sobre as origens da humanidade.

“Um dos maiores debates no cristianismo diz respeito às duas primeiras pessoas, Adão e Eva, se eram reais ou o produto de mitos”, escreveu Purdom em um artigo recente.

“Aqueles que afirmam que evoluímos ao longo de milhões de anos acreditam que Adão e Eva, conforme a Bíblia ensina sobre eles, não têm lugar na história da humanidade. Eles argumentam que a ciência da genética prova que não podemos ser descendentes de apenas duas pessoas. Muitos cristãos aceitaram esta posição e propõe que a sua existência histórica é irrelevante para o cristianismo e o evangelho”.

Porém, a doutora Purdom defende que aceitar a existência histórica de Adão e Eva é imprescindível para uma compreensão adequada do evangelho. “Entender que Adão e Eva eram pessoas reais ajuda as pessoas a perceberem a necessidade de um salvador, por que foram eles que trouxeram o pecado”, explica.

“Jesus é a solução para o problema do mal, que começou em Gênesis 3. Paulo fez essa conexão muito clara em Romanos 5 e 1 Coríntios 15″, defende.

Para a doutora, os cristãos devem estudar as informações científicas, para que possam defender a confiabilidade da Bíblia, começando por Gênesis. No documentário, ela estuda algumas descobertas recentes da genética, que colaboram para um entendimento maior do relato da criação na Bíblia.

Ela aponta para a pesquisa de DNA mitocondrial feito pelo geneticista Nathaniel Jeanson. “Ele mostra claramente que o ancestral humano comum de todos nós (Eva bíblica) viveu dentro do período bíblico de apenas milhares de anos atrás.”

Aos que pedem “provas” para contradizer as reivindicações dos evolucionistas, Purdom esclarece que “A genética mostra claramente que humanos e chimpanzés não compartilham um ancestral comum. Há muitas, muitas diferenças em seu DNA que minam completamente a possibilidade de ancestralidade compartilhada”. Com informações de Christian News
Assista (em inglês):
 
Video Player
 

*****
Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/evidencias-existencia-adao-e-eva/

É possível ser cristão e Maçom?

29.07.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE,

Quantos são os que pensam estar na verdade mas estão no caminho do engano atrasando sua própria benção...... É muito importante dizer que ninguém pode servir a dois senhores e não existe nenhuma maneira que possibilita alguém ser maçom e cristão ao mesmo tempo. Um cristão que se preze obedece e segue a palavra de Deus e percebe como deve ser sua conduta e assim não erra na escolha.

Para os maçons a bíblia é simplesmente um símbolo da vontade de Deus, porém está escrito assim em João 17:17: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”. Com isso se percebe a primeira incoerência: a bíblia é a vontade de Deus e não um símbolo. Também chamam Deus de Gadú. Onde está escrito isso? Deus é conhecido desde o antigo testamento como Jeová, pai de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.

Não podemos advertir os irmãos da maçonaria de maneira á satanizá-los, mas devemos orientá-los que no dia em que Jesus voltar, muitos deles serão pegos de surpresa, por que é muito comum encontrarmos neste seguimento e também no kardecismo a afirmação de que a salvação vem pelas obras de caridade, mas não é esta a realidade. Na maçonaria infelizmente não se ensina a doutrina do juízo como em Romanos 14:2: “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”, portanto não adianta um indivíduo ajudar á muitos assistencialmente e não caminhar pautado na bíblia verdadeiramente.

Algo muito importante que deve ser ressaltado é que não se deve defender a tese da imortalidade da alma como ensinam; por que as pessoas só retomarão a consciência após a morte quando forem ressuscitadas por Cristo: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” 1 Tessalonicenses 4:16. Você que lê este texto entenda Hebreus 9:27-28: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.”

Concluímos com os exemplos citados acima que não há harmonia em ser cristão e maçom ao mesmo tempo, pois o manual do cristão (bíblia) nos revela isto. Agora quer conhecer o Deus verdadeiro, o Senhor dos exércitos, procure-o em um lugar onde só adoram e reverenciam á Ele. Na igreja de Deus não é necessário indicação para ir. A palavra diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Mateus 11:28, e também não é necessário guardar informações sobre o que viu e deixou de ver lá dentro, pois não há o que esconder por que não é secreta, é aberta para adoração á Deus.
****
Fonte:http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/e-possivel-ser-cristao-e-macom

O pentecostalismo não é um apêndice do Evangelho

29.07.2015
Do portal da CPADNEWS, 26.07.15
Por Valmir Nascimento

Valmir NascimentoNo ano passado o instituto Pew Research apresentou o resultado de uma pesquisa realizada na América Latina, apontando que a maioria dos protestantes nessa região identifica-se com o Pentecostalismo. Em 18 países e em Porto Rico, 65% de protestantes diz pertencer a uma igreja que é parte de uma denominação pentecostal, ou identifica-se pessoalmente como um cristão pentecostal, independentemente de sua denominação.
Esse fenômeno, chamado pelos especialistas de “pentecostalização”, também faz parte da realidade brasileira. Afinal, o crescimento da população evangélica no Brasil deve-se em grande parte ao desenvolvimento das igrejas de tradição pentecostal. Segundo o Censo/IBGE de 2010 seis de cada dez evangélicos são de igrejas pentecostais, representando o grupo que mais cresceu em relação ao Censo de 2000: passaram de 10,4% em 2000 para 13,3% em 2010.
Se por um lado esses dados nos trazem alegria, com a constatação do florescimento do pentecostalismo moderno -  a partir de 1900, nos Estados Unidos, por Charles Parham, prosseguindo para Los Angeles (na famosa Azusa Street, 312), em 1906, com Willian Joseph Seymour e, finalmente, Chicago, em 1907, com Willian Durham, e depois no Brasil, nos idos de 1910 - por outro, nos chamam também à responsabilidade para o resgate do pentecostalismo clássico, diante do surgimento de práticas, doutrinas e experiências que destoam dos seus postulados bíblicos originais.
Na obra Panorama do Pensamento Cristão Gregory J. Miller escreve que “acentuando a experiência de Deus na conversão e também uma dotação especial pelo Espírito Santo para o serviço e ministério cristãos (Atos 2.4; 1 Coríntios 12), os pentecostais trouxeram energia para o evangelismo e missões mundiais”[1]. Miller ainda diz que:
“devido à forte ênfase em missões, os movimentos pentecostais e carismáticos são agora numericamente maiores fora dos Estados Unidos que dentro. Isto não só tem ajudado a formar a cosmovisão cristã pela “desocidentalização” do cristianismo, mas também legou uma fé vibrante e sobrenatural ao cristianismo global nesta conjuntura importante da história do mundo”.[2]
De igual modo, Rick Nañes assevera que o movimento pentecostal-carismático é um fenômeno, e como corrente eclesiástica que nos dias de hoje acha-se entrelaçada no tecido de muitas nações. De acordo com Nañes, “sua influência tem ajudado a preencher o vazio espiritual frequente de centenas de milhares, trazendo esperança e provendo um escape pelo qual se torna fácil ter uma experiência direta com Deus”[3]. E mais: “Sem sombra de dúvida, o movimento pentecostal-carismático está cumprindo papel decisivo no resgate de multidões das águas congeladas da religião convencional, muitas vezes morta”.[4]
Todavia, o pentecostalismo não deve ser visto simplesmente como “movimento” ou “fenômeno” religioso, caracterizado tão somente pela vivacidade na pregação, pelo “poder no Espírito” ou por seu dinamismo missionário, estribado – apenas e tão somente – na experiência, sem fundamentos teológicos e interpretação bíblica consistente. Erroneamente, há quem afirme, como lembrou Gary McGee, que “o Pentecostalismo é um movimento à procura de uma teologia, como se não estivesse ele radicado à interpretação bíblica e à doutrina cristã”. Ciente dessa realidade, o pentecostalismo tem pegado o caminho do fortalecimento teológico, e por isso, como afirmam James H. Railey Jr e Benny C. Aker, em sua maior parte, a teologia pentecostal encaixa-se confortavelmente nos limites do sistema evangélico.
Somente por meio do fortalecimento bíblico-teológico o pentecostalismo poderá afastar dos seus arraiais as principais ameaças modernas à sua identidade, a saber: o misticismo como fuga da realidade sociocultural; a experiência hedonista e egocêntrica como busca do êxtase espiritual; a antiintelectualidade como aversão ao saber epistemológico; o legalismo e o esquecimento das bases da sua teologia da salvação.
Para tanto, é preciso entender que o pentecostalismo não é um apêndice ou uma versão diferenciada do Evangelho. Ele faz parte do Evangelho do Reino e, como tal, a ele se submete, extraindo os fundamentos e princípios básicos, em sintonia com a tradição cristã.
Logo, um pentecostalismo genuinamente bíblico é também um Pentecostalismo Cristocêntrico. Cristo é a primeira credencial do seu próprio Evangelho. Nem mesmo os mais importantes personagens bíblicos representam o fundamento do Cristianismo, a não ser o próprio Cristo. Ele é o fundamento, a viga-mestra, a pedra de esquina da fé cristã. Quando menosprezamos o senhorio e a soberania de Cristo sobre todas as coisas, desfazemos o cristianismo, transformando-o em uma religião comum (Cl 1.15-17; Fp. 2.9-11; Hb 1.1-2)
Em segundo lugar, o pentecostalismo é bíblico e ortodoxo. Segundo Railey e Aker, os pentecostais levam a sério a operação do Espírito Santo como comprovação da veracida­de das doutrinas da fé, e para outorgar poder à proclamação destas. Esse fato leva frequentemente à acusação de que os pentecostais se baseiam exclusivamente na experiência. Tal acusação não procede; o pentecostal considera que a experiência produzida pela operação do Espírito Santo acha-se abaixo da Bíblia no que tange à autoridade. A experiência corrobora, enfatiza e confirma as verdades da Bíblia, e essa função do Espírito é importante e crucial”[5].
Por essa razão, os autores citados dizem que é importante que o pentecostal tenha uma base e um ponto de referência realmente bíblicos e pentecos­tais[6]Primeiro, deve crer no mundo sobrenatural, especial­mente em Deus, que opera de forma poderosa e revela-se na história, na existência dos milagres e nos outros poderes no mundo sobrenatural, quer angelicais (bons), quer demoníacos (maus), penetram em nosso mundo e aqui operam[7]. “O pentecostal não é materialista nemracionalista, mas reconhece a reali­dade da dimensão sobrenatural”[8].
Desse modo, para superar a falsa compreensão do movimento pentecostal é necessário resgatar o ensino da Palavra e incentivar o ensino teológico de qualidade. Conforme o título do livro de Osiel Gomes, precisamos de “Mais palavra, menos emocionalismo”[9]. Há muito sentimentalismo, espetáculo e confissão positiva sendo propagado em alguns púlpitos e causando danos à igreja, sob o falso título de “mover do Espírito” e pentecostalismo.

Referências:


[1] PALMER, Michael D. (Org.). Panorama do Pensamento Cristão.1a.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 143.
[2] PALMER, Michael D. (Org.), 2001, p. 144.
[3] NAÑES, Rick, 2007, p. 101.
[4] NAÑES, Rick, 2007, p. 101.
[5] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 55-56.
[6] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[7] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[8] RAILEY JR.; AKER, Benny C. In: HORTON, Stanley M (Ed.), 1996, p. 61.
[9] GOMES, Osiel. Mais palavra, menos emocionalismo. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
*****
Fonte:http://www.cpadnews.com.br/blog/valmirnascimento/enfoque-cristao/114/o-pentecostalismo-nao-e-um-apendice-do-evangelho.html

terça-feira, 28 de julho de 2015

Na contramão de Thalles e Baby do Brasil, Chris Duran descarta músicas seculares: “Absurdo”

28.07.2015
Do portal GNOTÍCIAS, 27.07.15
Por Tiago Chagas 

Chris Duran, cantor gospel que teve uma carreira bem-sucedida na música secular nos anos 1990, afirmou que considera um absurdo que artistas convertidos ao Evangelho continuem interpretando canções populares.
Na contramão de Thalles e Baby do Brasil, Chris Duran descarta músicas seculares: “Absurdo”Na contramão de um movimento recente entre alguns cantores gospel, como Thalles Roberto – que anunciou que iria dedicar seu próximo álbum para o público não cristão – e Baby do Brasil, que voltou a cantar suas músicas da época em que integrava o grupo Novos Baianos, Duran frisou que não há possibilidade de interpretar músicas que não sejam gospel.
O artista francês, convertido em 2001, já acumula sete álbuns de música gospel: “Não me arrependo da minha carreira. Foi ela que me levou à salvação. Ela foi necessária para que eu encontrasse a verdade. Me arrependo é dos pecados que cometi, do estilo de vida que levava”, contextualizou.
“Acho um absurdo certos cantores continuarem a cantar música secular. Jesus disse que numa fonte não jorra água doce e salgada. Posso até aparecer em programas seculares, mas firmando minha postura. O correto é fazer tudo para Deus”, afirmou o cantor, destacando seu “posicionamento radical”: “Não gravaria em hipótese alguma uma música romântica, sem chance. A finalidade dos homens não é trabalhar para si. É viver e trabalhar para Deus. Não se deve usar o dom recebido para ser bajulado”, frisou.
Hoje, aos 40 anos de idade, Duran afirma que também não aceitaria fazer um dueto com um padre-cantor: “Não creio no ecumenismo. Segundo a Bíblia, nem todos os caminhos levam a Deus […] Também não faria duetos com alguns evangélicos que não vivem de fato a palavra. Já vieram me procurar, mas não me interessei, por mais famoso que fosse. Não entrei no ramo gospel atrás de fama”, ponderou.
A conversão do hoje pastor aconteceu após um acidente de trânsito, quando voltava de um show com a cantora Gloria Estefan e o motorista dormiu, colidindo com um ônibus. A recuperação levou meses, e Chris Duran foi apresentado ao Evangelho nessa época.
Após se converter, Duran decidiu deixar a carreira: “Havia um vazio existencial dentro de mim, como acontece com quase todos os artistas […] O mundo em que eles vivem não é real, há muita bajulação. Eu vivia cercado por pessoas que não me completavam. Amy Winehouse, Whitney Houston… Por que tiveram um fim tão drástico mesmo com tanto sucesso? Porque ali havia um vazio. Procurei a Palavra para suprir minha vida”, resumiu, em entrevista ao site Ego.
*****
Fonte:http://noticias.gospelmais.com.br/chris-duran-descarta-cantar-musicas-seculares-absurdo-78158.html