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domingo, 28 de dezembro de 2014

O Menino que nasceu para vencer a morte

28.12.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 23.12.14

“... O anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas 1.35). 

“Porque atentou na insignificância de sua serva;/Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,/Porque me fez grandes coisas o Poderoso;/ E santo é seu nome./E a sua misericórdia é de geração em geração /Sobre os que o temem. /Com o seu braço agiu valorosamente;/ Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações. /Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes./Encheu de bens os famintos, /E despediu vazios os ricos./Auxiliou a Israel seu servo,/ Recordando-se da sua misericórdia; /Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre”.1

Por isso, a festa da Natalidade do Senhor deveria invadir o cotidiano da Igreja, dos homens e das mulheres: O Menino que nasce traz a palavra final de Salvação! Podemos falar da vida que vence a morte. E que a justiça de Deus prevalecerá, será extirpada a injustiça e a violência sobre a face terra. Um novo nascimento para a vida é aguardado, Deus não desistiu, e continua atuando contra o cinismo, aliado da morte de tantos. É assim que Christoph Blumhardt (citando J.Moltmann) fala do renascimento da esperança, mais que nunca, válida na Natalidade do Senhor: "somos gente que protesta contra a morte", no Natal e em todos os tempos.

Os antigos falavam dos bens da vida, de outra totalidade, na igualdade de direitos para homens e mulheres, no gozo de bem-aventuranças, na via contrária onde a violência transita, na contramão da história da humanidade. Quando um projeto adversário do próprio homem, contra Deus, já se fazia conhecer. O gesto primordial que caracterizou o ser inteligente, solidário, cooperativo, era substituído pela ambição do "homo demens", oposto à linguagem libertária, corruptora da socialidade, da defesa dos interesses coletivos, enquanto convidava à violência, à dominação e à ganância. Harvey Cox nos lembra, então: “... que a serpente não decida por nós”.

Em Jesus se resgatam as utopias, os grandes valores da vida dos povos, das terras, do universo inteiro, que gemem sob a dor da opressão (Lc 4.16ss). Aos cegos, enfermos, cativos, aprisionados e escravos das ideologias totalitárias, de privilégios, estampam-se os valores da solidariedade, da cooperação, da partilha igualitária, da misericórdia, da compaixão e do cuidado. Herança dos pais abraâmicos e proféticos, segundo as Escrituras, muito depois do grande salto pré-histórico da animalidade comum para a humanização no ambiente onde o homem construiu sua casa (Gn 1 e 2). Essa casa seria acolhedora, abrigo para os que têm fome, os humilhados quando reclamam dignidade, os oprimidos que fogem da exploração ou do bloqueio, impedidos de acesso ao desenvolvimento. 

Nasceu o amigo de todos os humanos e do mundo (Jo 3.16), porque Deus se oferece como um nascituro redentor, a todas as criaturas, de maneira real, para que todos creiam que há salvação. Em Jesus se resgatam as utopias, os grandes valores da vida dos povos, das terras, do universo inteiro que geme sob a dor da opressão.

Assim, um homem ou uma mulher, diante da gloriosa criação, abre espaço e lugar à contemplação transcendente a respeito das responsabilidades éticas suscitadas desde os antigos. Contudo, o ser humano dificilmente se reconhece como senhor e como vassalo ao mesmo tempo, malgrado possa contemplar a grandiosidade da missão que lhe cabe.

O sonho da inclusão no projeto de Deus é propriedade de toda a família humana. Está no Menino que nasce para alimentar as utopias de integração das etnias, culturas, caminhos espirituais, na grande cadeia de relações que envolvem a vida sobre a terra. Jesus oferece o diálogo com o ser Profundo, que quer juntar-nos à Fonte da Vida (Lucas 1.48-55). Força e energia capazes de unir todos os que querem o bem uns dos outros, em todos os níveis, na sociedade, na economia, na cooperação, em total solidariedade, que culminará nas bem-aventuranças estendidas, por amor, a todos e ao mundo inteiro.

O Reino anunciado, no poema de Maria, a mulher gestante, na pessoa do nascituro Jesus, superando e projetando-se além das barreiras do tempo, não despreza a sustentabilidade, a tecnologia que dá empregos, no trabalho que construa novas relações; que constrói habitações e amplia a produção de alimentos. O Reino oferece espaço para a produção de bens essenciais, assim como os meios para sua eficiência, no transporte, na saúde e medicina igualitária, educação para o desenvolvimento. No Reino se cultiva a solidariedade irrestrita, a defesa do idoso, da mulher e da criança. Nele temos a antítese da impiedade, da violência, da ganância e disputas por supremacia.

O símbolo deste poema é a “luz” (... para iluminar aos que estão assentados em trevas e na sombra da morte, sob riscos permanentes; a fim de dirigir os nossos pés pelo caminho da paz [Lucas 1.79]). A luz traz vida; a luz traz a salvação, por isso a noite que antecede sua chegada é tão formosa. É dentro dela que se ouve o imperativo: “haja luz e solidariedade”! Por outro lado, a luz é o grande sinal de libertação que o profeta propõe ao povo, em nome de Deus. Deus se entrega aos que ama enquanto sua Luz se derrama sobre a escuridão da opressão. Somos iluminados, podemos vislumbrar a dignidade ferida dos pobres, das “viúvas” e “órfãos” deste mundo, por causa do dom da Graça e da Misericórdia de Deus.

"No mundo dos pobres a solidariedade - a força da acolhida entre homens e mulheres, atinge a todas as pessoas feridas - prejudicadas física, emocional e psicologicamente, por múltiplas experiências de precariedade, carência, solidão, fracasso, frustração, entre outras situações de desesperança" (Elizabeth Salazar). A experiência da Graça é uma experiência de descanso, de repouso em Deus: a Graça é o Deus Salvador conosco, agindo para tornar humana a vida de todos os homens e mulheres2.


Notas:
1. Poema de Maria, a Mãe do Senhor: Lucas 1.48-55.
2. Citando Paul Lehmann.

Leia também

O menino e o Reino (e-book) 
O Homem-Deus chamado Jesus (estudo bíblico) 

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-menino-que-nasceu-para-vencer-a-morte

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Bíblia Falada - Salmos 119

18.12.2014
Do Youtube, 21.03.13
Por Pr. Samuel Gomes

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https://www.youtube.com/watch?v=DGOQClUCscY Fonte:

Contenha o seu choro

18.12.2014
Do PORTAL FIEL
 
“Contenha o seu choro e as suas lágrimas, pois o seu sofrimento será recompensado, declara o Senhor...Por isso há esperança para o seu futuro...” (Jeremias 31.16-17 – NVI)
 
Há tempo para chorar, mas há um tempo para enxugar as lágrimas e conter o choro. Nosso tempo é determinado por Deus. Seja um tempo de lágrimas ou de alegria. Mas aqui nesses versos o Senhor declara que haverá recompensa para o nosso sofrimento. O próprio Deus declara isso. Quem poderia imaginar que até mesmo o sofrimento quando colocado diante de Deus tivesse recompensa? Só um Deus amoroso faria isso. Esse é o Deus que se importa conosco.
 
Há um propósito para tudo o que acontece conosco e Deus faz cooperar todas as coisas para o nosso bem. Por isso, mesmo diante de um momento de tristeza podemos erguer os olhos aos céus e renovar a esperança quanto ao nosso futuro. Quem sabe você acordou hoje com um sentimento de perda, frustração e decepção. Nossos sentimentos muitas vezes nos levam para longe das promessas de Deus. Não confie neles, mas na promessa de que você será recompensado pelo sofrimento e pelo trabalho feito para o Senhor.
 
Hoje Deus declara para você: “Filho, há esperança para o teu futuro. Contenha as tuas lágrimas e confia a mim todas as tuas preocupações. Aquilo que aparentemente pode parecer uma grande derrota é parte do Meu plano para te abençoar mais. Mesmo que os teus sentimentos venham dizer-te que és um perdedor, ouça meu Espírito segredando-te: Você é mais do que vencedor! Meu Filho morreu na cruz para fazer-te um grande vencedor. Mais uma vez te digo: não confie nos teus sentimentos. Deixe a ansiedade aos meus pés. Deixe-me agir!”
 
“Quem espera no Senhor jamais será decepcionado. Espera, pois no Senhor”.
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Fonte:http://portalfiel.com.br/palavra-amiga/32-contenha-o-seu-choro.html

Filme Questão de Escolha chega às telonas em defesa da família

18.12.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 11,12.14
Por Jarbas Aragão
 
O filme alerta as famílias brasileiras quanto à importância de haver respeito e fidelidade entre o casal


 Filme Questão de Escolha chega às telonas em defesa da família
 
Nesta semana (13/11), estreia nos cinemas do Brasil Questão de Escolha. O drama é a segunda coprodução da Graça Filmes e é fruto de parceria com a mesma produtora de Deus Não Está Morto, que alcançou mais de 290 mil espectadores nas salas de exibições do país.
 
Além disso, essa nova produção conta com a participação especial do Missionário R.R. Soares, que apoia a instituição familiar tradicional e faz o seguinte alerta: “Seja fiel à mulher da sua mocidade, porque, ao obedecer a Deus, você vai ter a Palavra do Senhor confirmada na sua vida”. O cenário brasileiro também está presente nessa película, com algumas cenas rodadas na cidade de São Paulo e no Rio de Janeiro.
 
O longa-metragem Questão de Escolha aborda um tema bastante banalizado na sociedade brasileira: a traição conjugal. Segundo o Pr. Nelson Junior, fundador da campanha Eu escolhi esperar, o assunto é responsável por, aproximadamente, 85% das separações matrimoniais. Esse líder também afirma que “os relacionamentos estão cada vez mais frágeis, pois as pessoas não sabem construí-los em fundamentos duradouros”.
 
De acordo com Nelson, “é muito difícil caminhar na contramão de uma cultura estabelecida, que vê a infidelidade como algo comum. Contudo, acreditamos que esse filme confrontará diretamente os casais e futuros casais de nossa nação a uma mudança de pensamento”.
 
Assista:
 
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Fonte:http://cinema.gospelprime.com.br/filme-questao-escolha-chega-telonas-defesa-familia/

Bíblia Falada em Português - Salmos Cap. 1 - 3

18.12.2014
Do YOUTUBE, em 02.08.14
Por Projeto IDE
 
 
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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=i88KDysMKZc&list=PLKIuUR9r5DtWxqUgIW29vdIp_SEpq5L0j

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Por que devemos ser gratos a Deus?

17.12.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Alessandro Brito

Por que devemos ser gratos a Deus?
Você conhece alguém que sempre reconhece o bem oferecido ou a ajuda concedida? Se sim, então você conhece uma pessoa grata, pois a gratidão é o ato de reconhecer um beneficio recebido sem nada dar em troca.
Existe, por outro lado, pessoas ingratas, que chegam ao ponto de serem contrarias a comemoração até de aniversários. Dizem que a celebração do aniversário é uma especie de contagem regressiva. Como ser grato pela morte que se aproxima?
Charles Plumb era uma pessoal assim. Piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã teve seu avião derrubado por um míssil. Depois de saltar de paraquedas, foi capturado pelo inimigo, passando seis anos numa prisão sem motivo para celebrar a vida. Solto, retornou aos Estados Unidos, e passou a dar palestras relatando sua odisseia, mas continuava ingrato com a vida.
Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem: “Olá, você é Charles Plumb? Era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo? Eu quem dobrava o seu paraquedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?”. Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu: “Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje. Muito obrigado!”.
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, lembrando-se de quantas vezes havia passado por aquele homem no porta-aviões e nunca lhe disse nem um “bom dia”. Nunca agradeceu aquele que tinha em suas mãos a sua própria vida. Depois disso, Plumb passou a iniciar suas palestras perguntando à sua plateia: “Quem dobrou seu paraquedas?”.
O piloto entendeu que não podemos ser contrários a celebração da vida ou mesmo de aniversários, pois celebrar a vida é olhar para trás em gratidão e para frente com fé. Mas quais são os motivos que nos levam a olhar para frente com fé e para trás em gratidão? Os motivos se encontram na passagem de Lucas 17.11-19 que nos relata a cura de dez leprosos.
Deus atende aquele que clama (Vs. 11-13)
No texto de Lucas 9.22 Jesus anuncia a seus discípulos que morreria e ressuscitaria após três dias. No verso 44 ele volta a falar sobre sua morte a seus discípulos e já no verso 51 inicia uma longa jornada até Jerusalém. O texto de Lucas 17.11 nos diz que Jesus continuava a sua viagem até Jerusalém, local onde cumpriria a sua missão, ou seja morte na cruz (Lucas 20.46). Pelo meio do caminho, entre Samaria e Galiléia, Jesus entra em uma aldeia cujo o nome não é mencionado. Talvez porque o que realmente importa aqui são os moradores desta aldeia. Mas quem são estes moradores?
Tudo indica que era um grupo de pessoas que possuíam uma doença de pele conhecida hoje por hanseníase. Essas pessoas viviam em uma espécie de comunidade, pois segundo a lei[1] eram considerados impuros e assim deveriam ficar separadas da população em geral.[2]
A alimentação era regrada, a condições de higiene precárias, e a aparição de doenças e até depressão era algo presente nestes locais.
Davis, um comentarista, diz que: “O leproso não podia manter relações com as pessoas sãs…e devia gritar de longe: ‘imundo, sujo’, sempre que alguém se aproximava…”.[3] Este era um alerta ao desavisados que não podiam se aproximar da aldeia. Todo esse sofrimento e a humilhação constante alimentava somente a esperança de receber uma única visita, a da morte.[4]
Algo, porém, me chama atenção, pois no verso 13, os leprosos gritaram: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!” ao invés de gritar: “imundo, sujo”. Diferente do que era comumente realizado, os leprosos pediram por piedade, ou seja, por ajuda. Alguns dirão que eles quebraram os “protocolos” por estarem carentes ou desesperados por alimento. Mas não concordo, porque antes de pedirem por auxilio disseram: “Mestre”.
Isto deixa claro que reconheceram Jesus. Provavelmente já tinham ouvido falar sobre a sua grande compaixão pelos necessitados, por aqueles que sofrem e pelo enfermos. Sabiam que Jesus tinha poder para curar. Assim, se antes os leprosos depositavam a esperança na morte, para alivio da dor e sofrimento, agora tinha em Jesus a esperança.
Você está vivendo um momento difícil em sua vida? Está enfrentando problemas financeiros, familiares ou até mesmo de saúde como enfrentavam os leprosos? É a morte a sua esperança hoje? Se sua resposta foi sim, clame a Deus, pois ele atende aquele que o clama com humildade. A dor, vazio interior, doenças ou qualquer outro tipo de sofrimento faz com que deixemos de lado todo orgulho e soberba para clamarmos por ajuda a Deus. Reconheço a minha necessidade e já clamei por ajuda, mas ainda não fui auxiliado. Por que? Porque Deus atende aquele que obedece.
Deus atende aquele que obedece (Vs. 14-16)
Era procedimento normal, depois da cura de um leproso, a sua apresentação aos sacerdotes como observamos em Levítico 14.2-3: “Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, E o sacerdote sairá fora do arraial, e o examinará…”. Porem estes homens foram ordenados da seguinte forma por Jesus: “Vão mostrar-se aos sacerdotes” e só foram curados no caminho. Não deveriam aguardar a cura antes de procurarem os sacerdotes? Será que eles não conheciam eles a lei?
Claro que conheciam a lei, os leprosos eram verdadeiros especialistas no assunto. Por que então se dirigiram ao encontro dos sacerdotes antes da cura? Simples, já tinham ouvido falar das curas realizadas por Jesus e sabiam que seriam atendidos, bastava obedecer. A questão é que um deles não obedece, e assim volta para a aldeia. No verso 16, Lucas diz que ele era um samaritano.
A fama que existia na época era a de que os samaritanos era considerados impuros, por não obedecerem a Deus como os judeus.[5] Nos parece que é verdade, pois os outros nove, provavelmente judeus, seguiram até o sacerdote a fim de obedecer a lei. Mas no verso seguintes observamos claramente que Jesus não o repreendeu, pelo contrário, perguntou porque os outros não fizeram o mesmo.
O samaritano não era judeu, mas diferente dos outros leprosos voltou para agradecer, não por ser desobediente. Ele deixou para ver os sacerdotes um pouco mais tarde, pois deveria cumprir o grande mandamento: “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Dt 6.5).
Sabemos que muitos judeus obedeciam a lei, mas de forma exterior, pois não entendiam que a lei foi criada para o homem e não o homem para a lei. Os judeus eram como aquela criança que come espinafre porque querem ser obediente aos seus pais, mas que na verdade detesta espinafre. Come resmungado e se queixando e no fim pensa, “fui obediente”.[6]
A obediência dos leprosos foi a chave para a cura, porém, Deus jamais considera as nossas boas ações como obediência, a não ser que isso seja realizada com alegria. A obediência nasce internamente, ou seja, procede do coração.
Muitos clamam no momento de precisão e dor clamam a Deus por ajuda, mas assim que atendidos deixam de obedecer a Deus. Você é obediente a Deus de todo coração? Na desobediência não é certo e nem mesmo didático agradar um filho desobediente. Se presenteamos os nossos filhos quando se comportam de forma incorreta ensinamos paralelamente que aquilo é o certo. Só presenteamos os nossos filhos quando merecem, mas esta obediência deve ser interior e não exterior, ou seja, deve ser espontânea e não religiosa. Existe outro motivo para a minha gratidão a Deus? Sim, pois Deus atende aquele que reconhece o seu filho como salvador.
Deus atende aquele que reconhece o seu filho como salvador (Vs. 17-19)
Observamos anteriormente que todos os leprosos estavam dispostos a implorar por ajuda, mas nem todos estavam dispostos agradecer. Isso não quer dizer que os outros não estivessem gratos pela cura recebida, pelo contrário, aquilo era o que mais queriam que acontecesse. A questão é que mesmo curados da doença de suas peles, ainda não estavam curados da cegueira espiritual.
Certo homem encontrou-se com um amigo, que era um grande e reconhecido poeta, e pediu-lhe: “Olá, meu amigo! Que bom encontrá-lo. Estava pensando justamente em você. Vou vender o meu sítio, que você conhece tão bem. Poderia redigir para mim o anúncio do jornal?”.
O poeta, prontamente, apanhou o papel e escreveu: “Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeiro. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda”. O homem então disse: “Ficou ótimo, meu amigo. Eu sabia que ninguém poderia fazer um anúncio melhor que você. Obrigado!”.
Meses depois, os dois se reencontraram e o poeta perguntou ao homem se já havia conseguido vender o sítio. Ele então respondeu: “Nem pense mais nisso, meu amigo. Quando cheguei em casa e li o anúncio para a minha esposa, descobrimos que somos donos de um pequeno paraíso”.
Este homem só reconheceu que morava em um paraíso depois que seu olhos foram abertos pela poesia.
Assim também aconteceu com o samaritano que ao perceber que estava curado “Prostrou-se aos pés de Jesus”. Esta expressão quer dizer “encurvar-se com rosto em terra” e normalmente é associada à adoração a Deus. A atitude do samaritano expressa mais do que uma demonstração de amor, respeito ou gratidão por alguém, pois só agimos assim diante de Deus.
Amo minha esposa, mas nem por isso me curvo com o rosto no chão para demostrar isso. Tenho respeito pelo meu chefe, mas não me lanço no chão quando estou diante dele. Sou grato por tudo que meus pais fizeram por mim durante toda minha vida, mas nunca me prostrei diante deles.
Hendriksen diz que Jesus realizou perguntas retóricas então por estar: “…profundamente preocupado com o fato de que seu pai celestial não recebeu o louvor que lhe correspondia”.[7] Todos criam em Deus e na possibilidade de uma cura miraculosa, “…pois do contrário, não teriam atendido às instruções de Jesus”.[8]Porem “A fé precisa constar algo mais do que crença no poder de Deus, para operar milagres”.[9] O samaritano reconheceu Jesus como sendo algo maior do que um “mestre”. A sua ação significava reconhecer Jesus como senhor e salvador. Fui justamente por isso que Jesus disse: “Levante-se e vá; a sua fé o salvou”.
Por causa da compaixão de Deus, seu único filho nos foi enviado a este mundo para pagar a nossa dívida. Para nos limpar da lepra chamada pecado. A morte de Jesus Cristo na cruz é o motivo que leva a ser grato, pois não merecíamos este favor de Deus. Por isso devemos ser gratos a Deus, pois Ele nos dá tudo o que precisamos.
Você já reconheceu a sua necessidade de receber o perdão? Já clamou a Deus por salvação? Muitos reconhecem Jesus como Senhor de suas vidas. Reconhecem Jesus como o filho de Deus que veio ao mundo para resgatar os pecadores das mãos de Satanás. Mas esse reconhecimento deve ser mais do que palavras.
Observamos isso claramente em Isaías 29.13: “Este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens”. Você tem vivido em gratidão e adoração? Tem demonstrado isso através de sua própria vida?
Conclusão
Devemos ser gratos a Deus, pois Ele nos deu o maior motivo de nossa fé e gratidão. Nada pior do que uma pessoa ingrata. Você talvez conheça alguém assim. Você talvez até seja uma pessoa ingrata. Mas observamos que temos muitos motivos para sermos gratos. Você pode ter entendido quais são os três maiores motivos que alimenta a nossa gratidão a Deus, mas se não reconhecê-los, não passará de uma pessoa ingrata. Para que isso aconteça siga três orientações simples.
Reconheça que esta doente: Muitos acham que não precisam de Deus por terem saúde plena, um família estruturada ou por ter muitos bens materiais. Mas na verdade todos nós somos como leprosos para Deus. Como assim, leprosos? Bem a Bíblia diz que que todos nós somos pecadores e para Deus o pecado é como uma doença que contamina todo a alma do individuo.
Reconheça que precisa de Deus: Os leprosos estavam afastados de todos e de tudo, vivendo como lixos humanos. Isso porque o leproso era considerado como morto. O homem anda afastado de Deus por conta do pecado vivendo uma vida pobre e miserável. Para Deus o pecador pode até estar vivo fisicamente, mas morto espiritualmente.
Reconheça que Jesus é a única ajuda: Somente o humilde pede por ajuda. Os leprosos clamaram por compaixão, pois tinham a plena noção de que precisavam de ajuda. Você já pediu a ajuda de Deus ou ainda acha que não precisa de auxilio? Tiago 4.10 nos dá a seguinte certeza sobre a humildade: “Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará”.
Notas
[1] Levítico 13.14
[2] “A lepra se tornou um tipo de pecado, asqueroso, propagador e incurável” Ver em: CHAMPLIN, R.N., O Novo Testamento Interpretado: Lucas & João. São Paulo, SP: Hagnos, 2002. p. 167
[3] DAVIS, John D., Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro, RJ: JUERP, 1980, p.358
[4] “A morte era a visitante e libertadora mais constante, pois ali havia doenças que seguiam seus cursos fatais”Ver em: CHAMPLIN, R.N., O Antigo Testamento Interpretado: Gênesis, Êxodo, Levíticos & Números. São Paulo, SP: Hagnos, 2002. p. 524
[5] Quando o Reino do Norte foi derrotado de vez pelos assírios, em 721 a.C., vários judeus foram levados ao exílio e vários estrangeiros trazidos a Samaria (2 Reis 17.24). Consequentemente estes estrangeiros se casaram com os israelitas dando origem aos samaritanos. Esta mistura ia além do âmbito físico, pois religiosamente estes samaritanos possuíam características semelhantes, mas não as mesmas dos judeus. Um bom exemplo disso era o templo que possuíam que não se situava em Jerusalém, pois o Monte Gerizim era para eles o verdadeiro local de adoração e não Jerusalém.
[6] Ryle diz que: “… quando somos obedientes, obtemos auxílio… Sempre faremos bem em obedecer, como dóceis crianças, ao preceitos de Cristo” diz Ryle em seu comentário. Ver em: Ibid, p. 260
[7] HENDRIKSEN, Willian. Comentário do Novo Testamento: Lucas. São Paulo. Editora Cultura Cristã, 2001, p.356
[8] BROADMAN – Comentário Bíblico Broadman: Lucas, Volume 10. Rio de Janeiro: JUERP, 1987, p.166
[9]Ibid, p. 166
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/devo-ser-grato-deus/

Governo nega emprego e educação aos cristãos na Índia

17.12.2014
Do portal PORTAS ABERTAS, 15.12.14
Por World Watch Monitor 
Tradução Junia Vasconcellos

O ministro da justiça social na Índia, Thavar Chand Gehlot, disse que não é do interesse do governo estender benefícios aos cristãos, pois isso causaria ainda mais conversões ao cristianismo
15_India_0320100107
O governo da Índia afirma que não se deve estender benefícios, como emprego e assistência educacional, aos cristãos mais pobres do país. “Por um lado”, ele disse, “não há cristãos entre os dalits* na Índia. Por outro, estender os benefícios do governo para os cristãos pobres encorajaria os também pobres índios hindus a se converterem na esperança de qualificação para os programas de assistência social”.
As declarações do ministro ao The Times of India, zombam de ativistas que trabalham com os dalits cristãos. Os advogados de cristãos e dalits muçulmanos já tentaram por décadas garantir a estes o acesso a emprego, educação e moradia concedidos pelo governo.
"Como líder de inúmeros dalits cristãos, eu tenho de afirmar que a posição do ministro é infeliz", diz o Rev. Kumar Swamy, secretário nacional do All India Christian Council, à World Watch Monitor.
"A Constituição diz claramente que os cidadãos não serão discriminados com base na religião", disse Swamy. A disposição do governo de benefíciar aos hindus dalits, por um lado, e a recusa de auxílio para dalits cristãos e muçulmanos por outro lado”, disse ele, “é a violação de um direito fundamental de igualdade perante a lei garantida no âmbito da Constituição."
*Nome dado aos cidadãos mais pobres e marginalizadas do país, às vezes chamados de "intocáveis".
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Fonte:https://www.portasabertas.org.br/noticias/2014/12/governo_nega_emprego_e_educacao_aos_cristaos_na_India