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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Cristãos estão sendo crucificados na Síria

01.11.2013   
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Jarbas Aragão

Perseguição implacável ameaça presença cristã no país 

Cristãos estão sendo crucificados na Síria
Amir, 55 anos, é um comerciante que vive na Síria. ”A vida aqui é muitas vezes bem difícil”, lamenta. Durante uma entrevista ao Washington Post, ele conta como morteiros atingiram repetidamente no bairro al-Qassaa, na capital Damasco. A grande maioria de seus moradores é cristã. Pelo menos 32 pessoas morreram e dezenas de outras ficaram feridas somente nas últimas duas semanas.

A situação de Amir e de milhares de cristãos como ele, tem se tornado cada vez mais perigosa. Enquanto a guerra civil continua arrasando o país, multiplicam-se os relatos de ataques de muçulmanos jihadistas a cidades predominantemente cristãs. O país está vendo a tentativa de extermínio do cristianismo ser o alvo principal dos guerrilheiros rebeldes.

Youssef Naame e sua esposa Norma, um casal cristão de Maaloula, contam como tiveram de fugir de sua cidade após a chegada de extremistas islâmicos no início do mês passado. “Os jihadistas gritavam: converta-se ao Islã ou vocês serão crucificados como Jesus”. O casal se escondeu, junto com outros cristãos, em uma pequena casa ao lado da igreja da cidade. Ficaram três dias sem comida nem eletricidade.

Agora, Youssef está refugiado no apartamento de sua filha, em al-Qassaa, mas teme que em breve precisará fugir de novo. Os cristãos são uma minoria, menos de 10% dos 23 milhões de habitantes da Síria.

O missionário Tom Doyle faz um apelo: “Nós ouvimos de líderes da região que os jihadistas estavam crucificando os cristãos no norte da Síria. Sabemos que as pessoas que têm fotos disso. Os pastores estão clamando por ajuda, frustrados por que nada disso é divulgado pela mídia ocidental”.

As áreas cristãs passaram a ser recentemente o maior foco da luta armada. Há uma semana, os rebeldes do grupo Jabhat al-Nusra atacaram a cidade cristã de Sadad, ao norte de Damasco. Após violentos combates, foram expulsos dias depois por forças do governo. De maneira similar, milhares de pessoas fugiram da antiga cidade de Maaloula, também de maioria cristã.

Ali, um número grande de não muçulmanos foram decapitados e tiveram suas casas e igrejas incendiadas ou destruídas.

Os cristãos de Damasco estão convencidos de que os extremistas estão deliberadamente alvejando seus bairros para enfraquecer os aliados do presidente sem atingir outros muçulmanos. Como é comum em vários países do Oriente Médio, muçulmanos e cristãos vivem em áreas diferentes, por isso para os rebeldes é fácil identificar os alvos preferencias.

“Todos os domingos, eles lançam mais de 15 morteiros ao longo do dia”, disse Amir. “Eles estão bombardeando as áreas especificamente cristãs.” Os líderes da Igreja da Síria temem que a queda de Assad transformará o país em um Estado islâmico, o que significaria o fim da existência milenar de cristãos em solo sírio.

Quase todos os 50 mil cristãos da cidade de Homs tiveram de fugir. Outros 200.000 foram expulsos da cidade de Aleppo. Em todas as cidades que invadem, os rebeldes exigem que os cristãos se convertam, caso contrário morrerão.  Mais de um terço dos cristãos da Síria estão refugiados ou mortosCom informações de Washington Post e MN Online.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/cristaos-crucificados-siria/

JOHN STOTT: A Cidade Santa

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO,29.10.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por John Stott
 
terça-feira
 
Ele… mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus. [Apocalipse 21.10]
 
Vimos (p. 425) como João facilmente mistura suas metáforas. Quando ele primeiro viu a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, ela estava “preparada como uma noiva adornada para o seu marido” (v. 2). Agora, convidado para ver a noiva do Cordeiro, ele enxerga “a Cidade Santa, Jerusalém” (v. 10). Grande parte do capítulo 21 é dedicada a uma descrição elaborada da Cidade Santa, a nova Jerusalém, que resplandecia com a glória de Deus.
 
Suas doze portas traziam escritos nelas os nomes das doze tribos de Israel, e em suas fundações estavam escritos os nomes dos doze apóstolos. A cidade tinha forma cúbica, como o Santo dos Santos no templo. Embora devamos concordar com Bruce Metzger, do Seminário Teológico de Princeton, que a Nova Jerusalém é “arquitetonicamente absurda” (com aproximadamente dois mil e quinhentos quilômetros cúbicos, equivalente à distância de Londres a Atenas), o simbolismo é claro. A cidade santa é uma fortaleza sólida, intransponível, que representa a igreja completa do Antigo e do Novo Testamentos, e simboliza a segurança e a paz do povo de Deus.
 
A cidade que João viu não era apenas enorme e sólida, mas também bela. Cada uma de suas doze fundações era decorada com uma joia diferente, cada uma de suas doze portas era feita de uma pérola única e sua rua principal era pavimentada com ouro puro. Tendo compreendido as vastas dimensões e a magnificência colorida da Nova Jerusalém, João volta sua atenção para algumas consequentes ausências. Primeiro, ele não viu nenhum templo na cidade. Claro que não! O Senhor e o Cordeiro são seu templo. Sua presença permeia a cidade; eles não têm necessidade alguma de edifício especial. Segundo, ela não precisa nem de sol nem de lua, uma vez que a glória de Deus a ilumina, e sua luz será suficiente até mesmo para as nações.
 
A essa altura, precisamos notar os versículos 24 e 26: “Os reis da terra lhe trarão a sua glória” e “a glória e a honra das nações lhe serão trazidas”. Não podemos hesitar em afirmar que os tesouros culturais do mundo adornarão a Nova Jerusalém. Ao mesmo tempo, nada impuro jamais entrará na cidade, nem ninguém que pratique o que é enganoso ou vergonhoso, mas somente aqueles cujos nomes estiverem escritos no Livro da Vida do Cordeiro (v. 27).
 
Para saber mais: Apocalipse 21.15-27
 
>> Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott].  Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2013/10/29/autor/john-stott/a-cidade-santa/

O que é Missão Integral?

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
Por  C. René Padilla
 
“A FIM DE PROCLAMAREM AS VIRTUDES DAQUELE QUE OS CHAMOU DAS TREVAS PARA A SUA MARAVILHOSA LUZ.”

Ainda que a expressão “missão integral” esteja na moda, o modelo de missão que ela representa não é recente. Além disso, há muitas igrejas que a praticam sem necessariamente usar a expressão para referir-se ao que estão fazendo. O que aconteceu nos últimos anos foi uma recuperação da perspectiva bíblica segundo a qual não basta falar do amor de Deus em Cristo Jesus: é preciso vivê-lo e demonstrá-lo em termos de serviço.

Em O Que é Missão Integral?, René Padilla mostra que a igreja que se compromete com a missão integral entende que seu propósito não é chegar a ser grande, rica ou politicamente influente, mas sim encarnar os valores do reino de Deus e manifestar o amor e a justiça, tanto em âmbito pessoal como em âmbito comunitário.
* * *
“Nos últimos anos, a causa da missão integral se expandiu de modo admirável, tanto na América Latina como ao redor do mundo, especialmente nos países em desenvolvimento. Os textos aqui reunidos são “escritos de trincheira". Quase todos surgiram no calor das circunstâncias, em resposta às exigências do momento. A vantagem é que o que alguém escreve assim é mais simples e espontâneo e reflete melhor a realidade que o rodeia. A desvantagem é que há o risco de improvisação e generalizações. No entanto, nada do que escrevi parece ter sido tão usado em grupos de reflexão, igrejas e instituições de educação teológica como estes ensaios. Acredito que a explicação para isto é que a leitura deles não requer muito tempo e, além disso, cada um é acompanhado de um guia de atividades para facilitar o diálogo e o estudo em grupo.”
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/o-que-e-missao-integral

Igreja: uma comunidade que sofre e reage à oposição

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO
 
I
IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE SOFRE E REAGE À OPOSIÇÃO
 
Texto Básico: Judas
 
Para ler e meditar durante a semana
 
Domingo: Gn 3.15 – Perseguição antiga;
Segunda: Sl 95 – A soberania de Deus;
Terça: Jo 15.18-20 – Inimizade irreconciliável;
Quarta: Tg 4.4 – Amigo de Deus ou do mundo?;
Quinta: 2Tm 3.1-9 – Igreja perseguida;
Sexta: Cl 3.12-17 – Exortai-vos uns aos outros;
Sábado: Mt 5.10-12 – Igreja bem-aventurada
 
INTRODUÇÃO
 
>> 1. Cite três das principais formas de oposição que a igreja enfrenta hoje.
 
Uma das características comuns à igreja de Cristo em todas as épocas é o fato de que ela caminha enfrentando oposição. Nunca houve, e nunca haverá, antes da consumação dos séculos, um tempo em que a igreja de Cristo caminhará sem adversários. Por isso, uma das coisas mais importantes à igreja de Cristo em todas as épocas e lugares é saber como lidar com as perseguições e opressões inimigas. Tratar desse assunto é o propósito desta lição.
 
I. A CARTA DE JUDAS
 
>>2. Quem foi o autor e o destinatário, e qual o propósito da Carta de Judas?
 
A Carta de Judas foi escrita provavelmente por um judeu cristão, que revela conhecer escritos judaicos (v. 9,14). Ao que tudo indica, foi um dos irmãos de Jesus (Mc 6.3). Embora a carta tenha sido direcionada a um grupo específico, íntimo do autor, a quem ele se dirige por “amados”, ela possui uma destinação ampla “aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo (v. 1)”. Isso aponta para o fato de que a mensagem dela atinge as igrejas de modo geral. O objetivo da carta é incentivar os cristãos a batalhar “diligentemente pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos” (v.3) e lutar contra os falsos mestres que estavam infiltrados na igreja – cuja arma principal era distorcer o ensino da verdade (v.4) – e encorajá-los a algumas atitudes diante da Oposição.
 
II. A IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE SOFRE OPOSIÇÃO
 
>> 3. Por que a igreja está sempre sofrendo oposição?
 
A primeira lição importante ensinada pela carta de Judas é que a igreja está sempre sofrendo oposição. A linguagem no início da carta sugere que a igreja se encontra envolvida em uma batalha.
A oposição à igreja é resultado da inimizade que há entre Deus e a semente da impiedade. Em última instância, a inimizade do reino das trevas é contra o próprio Deus, e a igreja é atingida por essa hostilidade, por ser o povo que ama a Deus e deseja viver para a sua glória. Essa é a razão da irreconciliável inimizade entre o povo de Deus, e a semente da apostasia. Embora a causa seja única, as estratégias usadas pelo império das trevas para opor-se à igreja são diversas. Nesta lição, dividiremos a oposição do mundo à igreja de duas maneiras:
>> 4. Quais são os dois modos do mundo opor-se à igreja? Explique-os, e cite exemplos de como eles acontecem em nosso país.
 
A. A oposição externa
 
Primeiramente, a igreja sofre uma pressão  externa. Parte  da  estratégia  de Satanás é opor-se à igreja e fechar o cerco em volta dela, a fim de pressioná-la a não cumprir  o  seu ministério. Em muitos momentos da história, o povo de Deus foi tolhido de diferentes modos. Essa perseguição, no entanto, não se  dá  apenas mediante  ações  violentas, mas  também  por  táticas  dissimuladas. O  fato  de  não  sermos  perseguidos fisicamente, em nosso país, não significa que  não   estejamos  vivendo  em  um ambiente  de  oposição  e  hostilidade. A história e os valores do reino são questionados e tidos como escória da humanidade nos dias atuais. Todos aqueles que se esforçam por defendê-los, e vivê-los  são  também vistos  desse modo.  Além  disso,  essa oposição  pode  ser  vista  no  cultivo  de costumes  contrários  ao  estilo  de  vida cristão,  e  na  institucionalização  desses costumes por meio da aprovação de leis que  os  autorizem  e  os  incentivem  e planejem até forçá-los sobre os crentes.
 
B. A oposição interna
 
Além da oposição externa, a igreja também sofre oposição interna. É  arte das estratégias do reino das trevas utilizar soldados infiltrados para minar as forças da igreja. Jesus já nos advertiu de que joio e trigo crescem juntos (Mt 13.24-30). A igreja deve não apenas estar preparada para lidar com a oposição externa, mas também com a que ocorre dentro dela, dissimulada e ardilosa. No  caso  dos  leitores  da Carta  de Judas,  esse  era  o  tipo  de  oposição  que sofriam. A hostilidade era em relação à Palavra de Deus e seus ensinos. Judas fala de indivíduos que se introduziram com dissimulação  e negavam  o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo (v. 4). É possível que Judas esteja se referindo a um grupo de judaizantes. Eles formavam um  grupo  de  judeus  cristãos  que defendiam  a  tese  de  que  os  gentios convertidos  ao  cristianismo  deveriam, além  de  sua  conversão,  submeter-se  a algumas das leis mosaicas, a fim de receber a salvação. A ênfase era colocada,  sobretudo, na  necessidade  da  circuncisão.  Os judaizantes  não  negavam  que  a  fé  em Cristo era necessária, mas proclamavam, em alta voz, que a circuncisão e a obediência a certos preceitos da lei também o eram (Gl  4.9-10). Esse  era  outro  evangelho (Gl 1.6); uma visão legalista da vida cristã, que acrescentava ao evangelho de Cristo, a necessidade de obediência aos preceitos da lei de Moisés. Não se tratava de uma negação da necessidade e importância de Cristo, mas  de  uma  negação  de  sua suficiência, e da consequente afirmação de um  complemento  à obra  redentora de Jesus.
 
III. A IGREJA: UMA COMUNIDADE QUE REAGE À OPOSIÇÃO
 
Diante da presença desses opositores, Judas encoraja a igreja a quatro atitudes:
 
>> 5. Explique as quatro atitudes que a igreja precisa ter ao combater seus opositores.
 
A. Não assumir uma atitude de espanto (v. 17-19)
 
A  primeira  atitude  que  Judas sustenta que a igreja deveria adotar diante da oposição é que ela não se espante com a oposição. Isso está de acordo com a orientação de Pedro em sua primeira carta, quando diz: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1Pe 4.12-13).
A igreja não deve se espantar com as oposições internas sofridas por ela durante a sua caminhada neste mundo porque a oposição não é algo novo. Nos v. 5-14, Judas mostra que, no passado, o povo de Israel havia experimentado a mesma oposição, e que até mesmo os anjos provaram da sementre da apostasia (v. 5-6). Além disso, a igreja não deveria se assustar com a oposição sofrida, por causa da palavra profética dos apóstolos.
Eles mesmos já haviam alertado à igreja quanto à realidade da oposição. Por exemplo, escrevendo a Timóteo, Paulo orientou ao jovem pastor: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade.
São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles” (2Tm 3.1-9).
 
B. Não assumir uma atitude de conformismo (v. 3)
 
Se por um lado, Judas nos orienta a não assumir uma atitude de espanto diante da oposição, por outro, ele afirma que não devemos assumir uma atitude de conformismo diante dela. Isto significa, que embora não devamos nos vitimar diante da perseguição, como se algo sobrenatural estivesse acontecendo, não somos chamados a uma atitude de indiferença diante dela. No início de sua carta, Judas afirma que seu objetivo central é exortar os crentes a que batalhem com todas as suas forças pela fé que lhes foi entregue. Jesus disse certa vez que ele está edificando a sua igreja e que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Essas palavras de Jesus pressupõem não apenas uma ação defensiva da igreja em relação ao império das trevas, mas  uma ação ofensiva em relação a ele. A igreja deve ir contra a oposição fazendo uso dos meios de graça dispostos pelo Senhor da igreja, sobretudo a pregação da Palavra, chamada na Escritura de espada do Espírito (Ef 6.17).
 
>> 6. Como você pode fazer uso da Palavra de Deus para combater a oposição contra a igreja?
 
“Esta carta fala ao mundo contemporâneo como falou a todas as eras precedentes. Em nosso século, é normal ser tolerante com qualquer coisa que se denomine cristã, não importa o quão distante esteja do evangelho. É claro que a tolerância é importante, e existe perigo sempre que os cristãos estejam tão seguros de sua própria retidão, e doutrina que passam a se colocar na condição de juízes de todos os que deles divergem, mesmo em questões relativamente pouco importantes. Existem muitas maneiras de olhar para a vida cristã, e o cristianismo autêntico pode encontrar uma variedade de modos [legítimos] de expressão na igreja contemporânea. É importante não se colocar em posição de juiz; é importante tratar como irmãos e irmãs as pessoas cujo pensamento e prática constituem manifestações um tanto diferentes [mas biblicamente sustentáveis] do evangelho autêntico. Judas nos lembra, porém, de que existem limites. A igreja contemporânea deve perceber que é possível remodelar o evangelho de uma forma tão radical que ele perde a sua essência. É possível reinterpretar a vida cristã de tal forma que ela deixa de ser exigente demais e degenera num estilo de vida que não se distingue daquele do mundo. Diante de atitudes assim, as advertências de Judas são de importância permanente” (Introdução ao Novo Testamento, D. A. Carson, Vida Nova).
 
C. Assumir uma atitude de confiança e esperança (v. 20-21)
 
Deus é justo (Sl 7.11). Um dos resultados da justiça de Deus é que o Senhor retribui ao ímpio aquilo que corresponde à sua incredulidade e impiedade. Ao apresentar os exemplos passados de oposição, Judas se esforça para mostrar que Deus não deixa impunes aqueles que agem de maneira injusta contra a sua igreja. Há alguns que ele castiga ainda durante esta vida (v. 5), outros ele haverá de punir na eternidade (v. 6). Tendo em vista a justiça de Deus, a igreja é encorajada a assumir uma atitude de confiança e esperança nele.
 
D. Assumir uma atitude de misericórdia (v. 22-23)
 
A prática da exortação e do encorajamento mútuos é, vez por outra, apresentada na Escritura como uma característica da igreja de Cristo. Paulo, por exemplo, orienta os colossenses com as seguintes palavras: “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” (Cl 3.16).
Dentre as muitas razões da existência da igreja, está o fato de que ela existe a fim de que possamos ajudar uns aos outros no desenvolvimento de nossa salvação. Por isso, por fim, a igreja é conclamada por Judas a pensar nos irmãos mais fracos, que podem ser influenciados pelos falsos profetas a negociar os princípios da Palavra de Deus e a abandonar a fé. Quanto a esses, a igreja deve procurar ensinar, exortar e animar, a fim de que não se desviem do caminho da verdade.
 
CONCLUSÃO
 
A caminhada, da igreja neste mundo, sempre se dará com oposição. Ora essa oposição se manifesta externamente, ora internamente, mas as hostes do mal sempre voltarão suas armas contra a igreja de Cristo. Diante dessa oposição, a igreja não deve se espantar, como se algo extraordinário estivesse acontecendo. Ao mesmo tempo, não deve assumir uma atitude de conformismo, mas deve, isso sim, lutar pela verdade, esperando no Senhor e se esforçando por encorajar os mais fracos para que não caiam na apostasia.
 
Aplicação
 
>> 7. O que você faz quando alguém fala da igreja com desdém, por causa da disseminação do falso evangelho?
 
>> 8. Quando as casas de leis do país se levantam para aprovar leis contrárias aos princípios da Palavra de Deus, você se sente atingido? E o que você faz?
 
>> 9. De que modo você poderá intensificar sua luta pela verdade?
 
Há muitos crentes que não sentem mais  a  oposição  contra  a  verdade. Eles estão  tão distantes da  igreja  e  tomados pelo individualismo de nosso tempo, que sofrem com as oposições no trabalho, na escola, contudo, não se sentem perseguidos  quando  a  igreja  de Cristo  é  perseguida. Você está entre esses? Assuma suas armas e batalhe pela fé cristã, fazendo uso dos meios de graça deixados pelo Senhor, vivendo de acordo com eles. E lembre-se de  seus  irmãos. Há muitas  pessoas próximas a você que estão sendo tentadas a dar ouvidos aos opositores e a mudar de exército. Há  jovens  ao  seu  lado  sendo tentados a abandonar a fé na Palavra de Deus  pelo  que  eles  têm  aprendido  na escola. Há  casais  ao  seu  lado  sendo tentados a dar um fim no casamento, por causa da influência recebida pelas novelas da TV.  Lembre-se  de  que  você  é  um missionário. Esteja atento às  necessidades de  seus  irmãos. Encoraje-os. Corrija-os com amor. Anime-os, a fim de que eles tenham seus pés fortalecidos no caminho do evangelho.
 
>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão – Cartas aos Líderes das Igrejas e Cartas Gerais. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/igreja-uma-comunidade-que-sofre-e-reage-a-oposicao/

Lutero e o pavor do pecado

01.11.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO, 31.01.13
Extraído do livro Conversas com Lutero*

“Não haverá justiça em nós se antes nossa justiça própria não sucumbir e perecer” (Martinho Lutero)

Repórter – Atribuem ao doutor este desabafo: “Que Deus terrível! Oxalá não existisse!”. O doutor teria mesmo dito tal coisa?1

Lutero – Não me lembro quando, não me lembro onde, mas é provável que tenha falado algo assim em uma das minhas crises de pavor, provocada pela noção da santidade absoluta de Deus e pela noção da minha própria pecaminosidade.

Repórter – Seria mais confortável para o doutor se não houvesse Deus?

Lutero – Deus é tão necessário que, se não existisse, teríamos de inventar um.

Repórter – Inventar um Deus menos santo do que o tal “Deus terrível” do seu desabafo?

Lutero – Um Deus semelhante a nós, atraído pelo pecado, sujeito ao pecado, conivente com o pecado, embaçado pelo pecado, vencido pelo pecado e propagandista do pecado, não nos interessaria.

Repórter – Parece-me que o doutor tem uma ideia fixa de pecado. Só agora fez uso dessa palavra seis vezes...

Lutero – Não, eu não tenho nem tive mania de pecado. Exceto naquele tempo em que eu enxergava apenas o pecado e não a graça, considerava somente a severidade e não a bondade de Deus, como São Paulo escreve aos Romanos (11.22).

Repórter – Esse pavor do pecado tem algo a ver com a educação recebida no lar?

Lutero – Talvez. Apanhei muito em casa e na escola. Meus pais trataram-me com dureza, implantando em mim a timidez. Ambos acreditavam que faziam isso com acerto, mas não souberam colocar uma fruta gostosa ao lado da vara.2 Uma vez eu peguei uma simples noz que não era minha e apanhei de minha mãe até sangrar. Em outra ocasião meu pai me castigou fisicamente de maneira tão rude, que fugi dele. Meus pais e meus professores seguiam ao pé da letra o conselho de Salomão: “Castiga o teu filho enquanto há esperança” (Pv 19.18). Mas não equilibravam a pancadaria com o conselho de São Paulo: “Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem” (Cl 3.21). Apesar de tudo, desde cedo, eles geraram em mim o tal temor do Senhor, que é “o
princípio da sabedoria” (Pv 9.10) e o instrumento pelo qual “o homem evita o mal” (Pv 16.6).

Repórter – Pavor do pecado e temor do Senhor são a mesma coisa?

Lutero – O temor do Senhor é mais sadio e benéfico do que o pavor do pecado.

Repórter – O pavor do pecado diminuiu no convento agostiniano de Erfurt?

Lutero – Aumentou, e muito! A começar pelo ambiente religioso da cidade. Entre igrejas, conventos, hospitais e outras obras do gênero, havia mais de cem edifícios religiosos. Erfurt era chamada de “a pequena Roma”. Antes de eu me mudar para lá, houve uma reforma nos conventos da Saxônia, liderada por um tal de André Prolês, que não cheguei a conhecer. Nem todos aceitaram a nova disciplina, bem mais severa. Os eremitas “observantes” eram mais comprometidos do que os “conventuais”, mais soltos e numerosos. Meu convento pertencia ao primeiro grupo e tinha como vigário geral o professor João von Staupitz, sucessor de Prolês.

Repórter – O doutor se submeteu à austera disciplina dos “observantes”?

Lutero – Se jamais houve frade que entrasse no céu por seu espírito fradesco, eu de certo, seria um deles.3

Repórter – Sempre a custo do pavor do pecado?

Lutero – Nem sempre. Depois de muitas lutas, orações, lágrimas, buscas e repetidas leituras da Sagrada Escritura, especialmente das Epístolas de São Paulo, o temor do Senhor desalojou o pavor do pecado, ocupando seu lugar.

Repórter – Deve ter sido uma experiência maravilhosa!

Lutero – Foi sublime demais para descrever. Todo o pavor, o poder, a culpa e a feiura do pecado saíram de sobre os meus ombros e caíram sobre o nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Repórter – Como assim?

Lutero – Talvez você não consiga compreender — eu mesmo gastei muito tempo para entender —, mas as boas-novas do evangelho (perdoe-me a redundância, pois evangelho significa boas-novas em grego) dizem que Jesus tomou o nosso lugar para que nós pudéssemos tomar o lugar dele. Em outras palavras, ele, o justo, tornou-se pecador, e nós, os pecadores, tornamo-nos justos. Ele morreu, nós vivemos.

Repórter – O doutor está afirmando que Jesus é pecador? Parece-me uma blasfêmia!

Lutero – Eu não falei que ele é. Afirmei que Cristo tornou-se o supremo e único pecador; ele que era e ainda é a eterna e inexcedível justiça. Todo o pecado do mundo se abateu, com toda a ira e virulência, contra a sua justiça. Foi, literalmente, uma luta de vida ou morte. O pecado lançou-se contra a justiça, a maldição contra a bênção, a morte contra a vida. Tudo caiu sobre Jesus. Nosso amado Senhor e Salvador tornou-se simultaneamente maldito e bendito, vivo e morto, padecente e exultante.4 Jesus ocupou o lugar daqueles tiranos e carcereiros que me atormentavam: o pavor do Deus santo, da lei, do pecado, da morte, do inferno. Antes, eu só enxergava o pecado e a severidade de Deus; hoje eu enxergo a graça e a bondade de Deus. Antes, fixava os meus olhos só no “alto e sublime trono” (Is 6.1); agora fixo os meus olhos na rude cruz e no túmulo vazio. Antes, olhava para dentro de mim e encontrava um homem encurvado ou encarquilhado sobre si mesmo; agora, “olho para os céus e vejo o Filho do Homem em pé, à direita de Deus” (At 7.56).

Repórter – Essa mudança radical aconteceu de uma hora para outra?

Lutero – Foi um processo ora consciente, ora inconsciente. Fui subindo os degraus, um por um, até chegar ao topo, de fé em fé.

Repórter – Há mais degraus para subir?

Lutero – Quanto ao alívio que a redenção produz, quanto à certeza da salvação, quanto ao pavor do pecado e da morte, não há mais degraus para subir. Mas, quanto à santidade interior e exterior, quanto à mortificação do pecado, quanto às três virtudes teologais (fé, esperança e amor), há muitos degraus pela frente. Neste corpo e neste mundo nunca chegarei ao topo do mais alto monte. Fui justificado e estou sendo santificado, porém ainda não fui glorificado. Só com a ressurreição do corpo chegarei ao cume do mais alto monte, e não sozinho, mas na companhia de todos aqueles de cujos ombros Deus tirou, em Cristo, o peso do pecado.

Repórter – Se foi um processo, então o doutor não tem como localizar e datar a experiência redentora...

Lutero – Um dos meus alunos da Universidade de Wittenberg, que participava de nossas refeições e conversas à mesa, divulgou a informação de que eu teria descoberto a justificação pela fé no banheiro, isto é, “in cloaca”. Chegou a fantasiar dizendo que, enquanto eu aliviava o ventre, estaria aliviando também a consciência do pavor do pecado. Usei aqui a expressão “in cloaca” no sentido folclórico, no jargão dos monastérios, que quer dizer “na pior”. A verdade é que a descoberta da obra vicária de Cristo em sua profundidade ocorreu quando eu estava triste e deprimido.5 Outros têm dito por aí que a experiência aconteceu na torre do mosteiro agostiniano em Erfurt. Devemos encerrar de uma vez por todas as diferentes conjecturas. Nada disso é importante. Pouco a pouco, na minha cela, na torre do mosteiro, na minha sala de aula em Wittenberg, no meu quarto, na sacristia da Igreja do Castelo ou em minhas andanças de um lugar a outro, a luz do evangelho luziu em meu coração e Cristo foi gerado em mim. Portanto, é impossível datar a bem-aventura da passagem do esforço próprio para o esforço do meu graciosíssimo Deus, que deu o seu Filho unigênito para minha salvação.

Repórter – Alguém o ajudou a caminhar até o topo?

Lutero – Por volta dos meus 22 anos, quando eu era monge em Erfurt, morria de medo de ter esquecido de confessar algum pecado mortal. Então, alguém me recomendou a leitura de um manual escrito pelo teólogo francês João Gérson, morto em 1429. Ali, encontrei que não se deve considerar cada falta da vida monástica como um pecado mortal. Esse e outros livros me fizeram muito bem. Entre os autores que li, cito Agostinho, São Bernardo e João Tauler. O já citado vigário geral da ordem, João von Staupitz, mais tarde meu colega em Wittenberg, me ajudou bastante. Ele me aconselhou a não me preocupar com a predestinação, mas a me apegar às feridas de Cristo e colocar Jesus diante dos meus olhos. A facada final da graça, no entanto, aconteceu quando eu li na Epístola aos Romanos que Deus nos aceita pela fé, porque, como está escrito, “o justo viverá por fé” (Hc 2.4 ; Rm 1.17). Entendi que não haverá justiça em nós se antes nossa justiça própria não sucumbir e perecer. Cheguei à conclusão de que não ressurgiremos se antes não morrermos. Para mim ficou claro que quanto mais alguém se condenar profundamente e engrandecer seus pecados, tanto mais estará apto para a misericórdia e a graça de Deus.6

Repórter – Como o doutor define a justificação pela fé?

Lutero – Quando Deus nos imputa a justiça de Cristo, esta age como um guarda-sol contra o calor da ira divina. A justificação é, antes de tudo, o decreto de absolvição que Deus pronuncia sobre nós, declarando--nos justificados, a despeito de nossa pecaminosidade. Digo mais, a justificação não é a resposta de Deus à nossa justiça, mas a amorosa e perdoadora declaração de Deus de que nós, a despeito do nosso pecado, somos agora absolvidos — quer dizer, declarados justos.7

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*Trecho retirado do livro Conversas com Lutero. Trata-se de uma série de trinta conversas fictícias com o reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546). Embora fictício, todo o texto é rigorosamente baseado em fatos históricos.

Notas

1. GREINER, Albert. Lutero. São Leopoldo: Sinodal, 1983. p. 29.
2 LESSA, Vicente Themudo. Lutero. 4 ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1960. p. 9. 3. Id. Ibid. p. 32.
4. ALTMANN, Walter. Lutero e libertação. São Paulo: Ática, 1994. p. 68-69.
5. KITTELSON, James M. The breakthrough. Christian History, Minneapolis, MN,
Estados Unidos, v. XI, n. 2, p. 15, 1992.
6. LIENHARD, Marc. Martin Lutero — tempo, vida e mensagem. São Leopoldo: Sinodal,
1998. p. 45-46.
7. GONZALEZ, Justo L. Uma história do pensamento cristão. São Paulo: Cultura Cristã,
2004. v. 3. p. 57.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/lutero-e-o-pavor-do-pecado

Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos?

01.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Alllan

Se é bem-sucedido, obviamente vem de Deus. Certo? Se traz benefício espiritual, não resta dúvida! É assim que muitas pessoas julgam pessoas e obras dos homens, imaginando que o fim justifique o meio, e até prove a aprovação de Deus das pessoas usadas para o bem dos outros. Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos? Ele pode permitir que alguém sirva para ajudar outros, e ainda reprovar aquele mensageiro?

As aplicações deste raciocínio são muitas. Alguns justificam o adultério porque Davi era homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Outros defendem práticas erradas nas igrejas (mulheres pregando, todo tipo de show musical, atividades de entretenimento, apelos materialistas, etc.) porque servem para encaminhar algumas pessoas para Cristo. Num mundo de marketing e comércio, não deve nos surpreender que o “lucro” no final da folha de balanço se torne o único medidor importante.

Mas o estudo da palavra deixa bem claro que o julgamento de Deus é outro. Ele frequentemente usa pessoas com falhas, e até atos errados destas pessoas, para cumprir seus planos. Jamais devemos distorcer este fato para justificar o erro. Considere:

Perez era filho de Judá e Tamar, e se tornou antepassado de Jesus (Mateus 1:3). Mas a relação deles envolvia promessas quebradas, engano e prostituição (veja Gênesis 38). Deus usou estas pessoas, mas não aprovou os pecados delas. A genealogia de Deus inclui adúlteros, assassinos, idólatras, etc. Deus usou pessoas com falhas para trazer Jesus ao mundo!

Deus pode usar o pecado do homem para cumprir seus planos, mas isso não justifica o erro. Os irmãos de José pecaram nas suas más intenções, mas Deus usou o erro deles para salvar uma nação (Gênesis 50:20). Judas pecou, mas Deus usou sua traição para um fim proveitoso (Mateus 26:24).Os judeus mataram Jesus, mas Deus usou este pecado para cumprir seus planos (Atos 3:13-19).

Se refletir um pouco, perceberá que Deus constantemente usa pessoas com falhas para cumprir seus propósitos, porque ele trabalha por meio de pessoas imperfeitas – como você e eu! Ele escolheu sacerdotes imperfeitos (Hebreus 7:23,27), apóstolos imperfeitos (2 Coríntios 4:7; Gálatas 2:11; Filipenses 3:12), etc.

O fato de alguém servir para pregar a verdade aos outros não significa que a própria pessoa necessariamente chegará ao céu (1 Coríntios 9:27). Cada um será julgado pelo reto Juiz (2 Coríntios 5:10; João 12:48).
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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/bd15_06.htm

Cristãos estão sendo crucificados na Síria

01.11.2013
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Jarbas Aragão

Perseguição implacável ameaça presença cristã no país 

Cristãos estão sendo crucificados na Síria

Amir, 55 anos, é um comerciante que vive na Síria. ”A vida aqui é muitas vezes bem difícil”, lamenta. Durante uma entrevista ao Washington Post, ele conta como morteiros atingiram repetidamente no bairro al-Qassaa, na capital Damasco. A grande maioria de seus moradores é cristã. Pelo menos 32 pessoas morreram e dezenas de outras ficaram feridas somente nas últimas duas semanas.

A situação de Amir e de milhares de cristãos como ele, tem se tornado cada vez mais perigosa. Enquanto a guerra civil continua arrasando o país, multiplicam-se os relatos de ataques de muçulmanos jihadistas a cidades predominantemente cristãs. O país está vendo a tentativa de extermínio do cristianismo ser o alvo principal dos guerrilheiros rebeldes.

Youssef Naame e sua esposa Norma, um casal cristão de Maaloula, contam como tiveram de fugir de sua cidade após a chegada de extremistas islâmicos no início do mês passado. “Os jihadistas gritavam: converta-se ao Islã ou vocês serão crucificados como Jesus”. O casal se escondeu, junto com outros cristãos, em uma pequena casa ao lado da igreja da cidade. Ficaram três dias sem comida nem eletricidade.

Agora, Youssef está refugiado no apartamento de sua filha, em al-Qassaa, mas teme que em breve precisará fugir de novo. Os cristãos são uma minoria, menos de 10% dos 23 milhões de habitantes da Síria.

O missionário Tom Doyle faz um apelo: “Nós ouvimos de líderes da região que os jihadistas estavam crucificando os cristãos no norte da Síria. Sabemos que as pessoas que têm fotos disso. Os pastores estão clamando por ajuda, frustrados por que nada disso é divulgado pela mídia ocidental”.

As áreas cristãs passaram a ser recentemente o maior foco da luta armada. Há uma semana, os rebeldes do grupo Jabhat al-Nusra atacaram a cidade cristã de Sadad, ao norte de Damasco. Após violentos combates, foram expulsos dias depois por forças do governo. De maneira similar, milhares de pessoas fugiram da antiga cidade de Maaloula, também de maioria cristã.

Ali, um número grande de não muçulmanos foram decapitados e tiveram suas casas e igrejas incendiadas ou destruídas.

Os cristãos de Damasco estão convencidos de que os extremistas estão deliberadamente alvejando seus bairros para enfraquecer os aliados do presidente sem atingir outros muçulmanos. Como é comum em vários países do Oriente Médio, muçulmanos e cristãos vivem em áreas diferentes, por isso para os rebeldes é fácil identificar os alvos preferencias.

“Todos os domingos, eles lançam mais de 15 morteiros ao longo do dia”, disse Amir. “Eles estão bombardeando as áreas especificamente cristãs.” Os líderes da Igreja da Síria temem que a queda de Assad transformará o país em um Estado islâmico, o que significaria o fim da existência milenar de cristãos em solo sírio.

Quase todos os 50 mil cristãos da cidade de Homs tiveram de fugir. Outros 200.000 foram expulsos da cidade de Aleppo. Em todas as cidades que invadem, os rebeldes exigem que os cristãos se convertam, caso contrário morrerão.  Mais de um terço dos cristãos da Síria estão refugiados ou mortosCom informações de Washington Post e MN Online.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/cristaos-crucificados-siria/