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quinta-feira, 14 de maio de 2015

O nascimento de Jesus

15.05.2015
Do blog BELVEREDE, 11.05.15
Por Eliseu Antonio Gomes

A maternidade é um privilégio doloroso. A jovem Maria de Nazaré teve a honra inigualável de ser mãe do Filho de Deus. Contudo, as dores e os prazeres de sua maternidade podem ser entendidos por todas as mães, de todos os lugares.

Jesus veio ao mundo como um de nós para salvar os perdidos.

Jesus nasceu na plenitude dos tempos quando a Terra de Israel estava debaixo do jugo do Império Romano. César Augusto era o imperador e todos os imperadores eram visto como deus.

O decreto de César Augusto de que todos teriam que se alistar a princípio parece algo ruim para José e Maria, mas o episódio é uma prova de que Deus controla a história. O censo consistia no alistamento obrigatório dos cidadãos no recenseamento, o que servia de base de cálculo para os impostos. A determinação imperial contribuiu para que todas as profecias bíblicas se cumprissem e o Filho de Deus nascesse em Belém (Miqueias 5.2).

Diferente dos soberanos, o Rei dos reis nasceu um um lugar simples, dentro de um estábulo, e ao invés de ser colocado em berço de ouro foi posto em uma manjedoura - peça rústica feita de de madeira onde se coloca comida aos animais.

As duas narrativas sobre os dois anúncios natalícios (Lucas 1.57-80; 2.1-20). As narrações sobre chegada de Jesus e de João Batista têm o objetivo de deixar clara a diferenciação de origem e a importância do Filho de Deus para a humanidade. Enquanto João Batista tinha pai e mãe, era fruto do relacionamento de Isabel e Zacarias, o relato esclarece que Maria, a mãe de Jesus concebeu por obra e graça do Espírito Santo, em condição de virgindade.

Deus revela-se aos necessitados e carentes (Lucas 1.41-43).Aparentemente, o Espírito Santo disse a Isabel que Jesus era o Messias, porque Isabel chamou a sua jovem parente de "mãe do meu Senhor" ao saudá-la. Quando Maria correu para visitar sua prima, talvez cogitasse se os últimos acontecimentos seriam reais. A saudação de Isabel a Maria deve ter-lhe fortalecido a fé.

A gravidez de Maria podia parecer impossível, mas a sábia Isabel creu na fidelidade do Senhor e alegrou-se pela condição abençoada de Maria.

Maria sabia acerca de Jesus? (Lucas 1.46-55). O anjo Gabriel anunciou a Maria o nascimento do Filho de Deus e a deixou extremamente alegre e a impulsionou a louvar. O cântico de Maria é frequentemente chamado de Magnificat, palavras em que Deus é retratado como Salvador dos pobres, oprimidos e desprezados. Notamos que em seu louvor Maria compreendeu que Jesus era uma dádiva prometida por Deus, o Messias, conforme lemos nos versículos 51 a 55, mas o episódio relatado em 2.41-52 nos faz perceber que ela não entendeu que Jesus era Deus em carne humana.

Maria foi a única pessoa a presenciar tanto o nascimento como a morte do Senhor. Ela o viu chegar como o seu filhinho e a morrer como seu Salvador. Jamais devemos adorar Maria, apenas considerar que Deus a escolheu para abrigar Jesus em seu útero porque ela era uma serva valorosa, uma jovem saudável, digna e de bom caráter. Os cristãos devem tão-somente seguir seus exemplos de humildade, ternura e pureza.

Deus revela a realeza do Messias para toda a humanidade (Lucas 2.11-14). A obra de Jesus é maior do que alguém possa imaginar. Alguns judeus esperavam um Salvador que os libertasse do domínio romano; outros esperavam que os libertasse das enfermidades físicas. Mas enquanto Jesus curada as enfermidades do povo, estabelecia um Reino espiritual e livrava as pessoas do jugo do pecado. Cristo pagou o preço pelo pecado e pagou o preço para que possamos ter paz com Deus. Ele nos oferece mais do que mudanças políticas ou cura física, porque estas representa apenas mudanças temporárias; Cristo nos oferece um novo coração, para viver na eternidade.

Deus revela-se aos piedosos e às minorias (Lucas 2.25-26). Para o termo vertido ao idioma português como "consolação", encontramos a palavra grega "paraklesis". Neste versículo ela também pode ser entendida como equivalente à conforto e ânimo.

Deus revela-se aos humildes e piedosos (Lucas 36-38). Embora Simeão e Ana fossem muito piedosos jamais perderam a esperança de que veriam o Messias. Guiados pelo Espírito Santo, eles estão entre os primeiros a dar testemunho sobre Jesus.

Ao contrário da nossa sociedade que valoriza mais a energia da juventude do que a sabedoria dos idosos, na cultura judaica, os anciãos eram respeitados, então, a idade avançada de Simeão e Ana serviram para que as suas profecias fossem recebidas como uma confirmação-extra do plano de redenção efetuado por Deus através de Jesus Cristo.

Conclusão

A vinda de Jesus Cristo ao mundo é a uma prova do amor de Deus.

É digno de nota que os pastores foram os primeiros a saber do nascimento de Jesus, e não os sacerdotes e escribas no templo. Os pastores faziam parte de uma classe social simples. As Boas-Novas de salvação não foi comunicada primeiro aos ricos e nobres, mas a pessoas mais comuns do povo pobre, para ficar esclarecido que Cristo veio ao mundo para todos.

E.A.G.

Compilações

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, páginas 1342, 1343, 1345, 1349, edição 2004, Rio de Janeiro (CPAD)
Bíblia de Estudo Palavras Chaves, página 2339, edição 2011, Rio de Janeiro (CPAD).
Bíblia de Estudo Vida, páginas 1582, 1988, São Paulo (Editora Vida).
Ensinador Cristão, ano 16, nº 62, página 37, abril-junho de 2015 (CPAD)
Lições Bíblicas - Professor, José Gonçalves,  2º trimestre 2015, páginas 11-18, Rio de Janeiro (CPAD).

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Fonte:http://belverede.blogspot.com.br/2015/04/o-nascimento-de-Jesus-licoes-biblicas-cpad-licao-2-jose-goncalves.html

Simples: Fé, esperança e amor


14.05.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 16.05.2014

Por Marcos Honório
MH-221




“Agora, pois, permanecem a FÉ, a ESPERANÇA e o AMOR, estes três; porém o maior destes é o amor” (I Coríntios 13.13)
“Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa FÉ da abnegação do vosso AMOR e da firmeza da vossa ESPERANÇA em nosso Senhor Jesus Cristo” (I Tessalonicensses 1.3)
Em minha vida, eu busco, em todas as coisas, sempre simplificar. Acredito que quanto mais complexas as coisas, mais difícil fica a compreensão delas e, conseqüentemente, mais difícil a sua execução. Penso assim em tudo, inclusive na minha vida com Deus, sempre busco simplificar, para que fiquem simples de serem praticadas.
Certa vez, comecei a enumerar, baseado em mensagens que eu ouvia, quantos princípios são necessários para se ter uma vida vitoriosa. Como você deve imaginar, me deparei com uma lista interminável. Parece-me que todo pregador, para justificar seu ensino, estabelece o princípio que está pregando como vital para sermos bem sucedidos na vida com Deus.
Fiquei atônito com isso e, me perguntando: E se eu não conseguisse praticar todos, teria uma vida infrutífera? Não podia aceitar aquela situação angustiante. Então, me coloquei a buscar nas Escrituras, formas de reduzir a vida com Deus a poucos princípios que englobassem toda a vida cristã.
Foi quando me deparei com as cartas do apóstolo Paulo, que tanto explicavam a doutrina do que havia acontecido da cruz ao trono com o nosso Senhor e Jesus, e de como isso nos afetava, mas que também ensinava, sempre de forma simples, como viver a vida cristã decorrente da obra de Cristo.
Percebi que as cartas de Paulo constantemente têm uma seção doutrinária e também uma prática. Na carta aos Efésios, isso é mais facilmente percebido. Do capítulo 1 ao 3, temos a parte doutrinária. Do 4 ao 6, a parte prática. Mas, em todas as suas cartas, o leitor pode perceber sempre os dois aspectos.
Foi aí que os dois versos citado no início começaram a me chamar atenção, na verdade, não especificamente estes versos, mas os princípios neles expressos. Reparei que em todas as suas cartas eu sempre achava algum versículo ou dois com as três palavras chaves dos versos citados: Fé, esperança e amor.
Não foi difícil entender que esse era o caminho para a simplificação que eu tanto buscava. Na verdade, era exatamente o que eu queria, três princípios que englobam toda a prática da vida cristã. Conferi insistentemente nas Escrituras e percebi que, se eu me ocupasse em viver de acordo com essas três chaves, estaria caminhando seguro para aquilo que Deus tem para a minha vida, e para satisfazer as expectativas dele ao ter me criado.
Fé, esperança e amor vão manter o crente guardado de errar, vão levá-lo a uma vida de santidade e triunfo que, de fato, agrada a Deus. Esses princípios atingem tanto seu domínio pessoal como aquilo que lhe cerca. Vejamos isso olhando cada um individualmente.
A célebre frase dita por Habacuque e repetida em Romanos, Gálatas e Hebreus continua viva até hoje: “O justo viverá da sua fé”. Fé é o estilo de vida do crente e é como ele se relaciona com Deus, porque é pela fé que nos aproximamos dEle. A fé nos possibilita viver cada promessa de Deus, subjugar a carne e andar em espírito, ver o sobrenatural, orar eficazmente, deliciar o impossível e transportar os montes.
A fé trata com sua vida individualmente, seu domínio pessoal e vida com Deus. Tudo que tange a você é acessado pela fé. Sua salvação, cura, libertação, prosperidade, adoração. Todas as riquezas da graça de Deus dadas a nós são acessadas pela fé. “Pela fé temos acesso a essa graça”(Rm 5.2).
ESPERANÇA
A esperança cristã é o que nos faz olhar para o futuro. Antigamente, colocávamos nossa esperança em coisas que estavam sob o domínio da fé. Mas, ao descobrir isso, não podemos de forma alguma abandonar a santa esperança. O apóstolo Paulo afirma categoricamente que se vivemos uma vida sem a santa esperança somos os mais infelizes dos homens, e nada que fazemos para Deus tem valor, seria melhor voltar aos pecados do velho homem.
Saber que essa vida aqui é passageira e que uma eternidade nos aguarda, nos coloca em movimento, pois, afinal de contas, a primeira coisa que acontecerá ao entrarmos na eternidade será receber os galardões pela obra que realizamos em fé aqui na terra. Não vou aqui falar sobre os ventos escatológicos, mas apenas te lembrar que eles são reais e estão próximos.
A Bíblia ensina que a pregação das coisas do fim nos põe em movimento no nosso chamado. Fomos criados para cumprir um propósito em por fim seremos galardoados ou não de acordo com nossa obediência a esse chamado. “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (I João 3.3).
AMOR
O amor é cumprimento da lei, amor é o que move Deus. Quando amamos, nós imitamos a Deus da forma mais perfeita. O amor trata dos nossos relacionamentos em todos os sentidos e expressões.
Submissão, autoridade, caridade, fidelidade, lealdade e honra são palavras que evocam nobreza em como nos relacionamos com alguém, seja de que nível for, mas todas estas posturas só podem ser vividas de fato ao andarmos em amor. Assim, cumpriremos cada uma delas.
O amor se humilha, corrige para aproveitamento, valoriza, reconhece, diz a verdade, sofre os defeitos, abre mão do afastamento ou do caminho mais fácil. O amor anda outra milha, da a outra face, abençoa quem amaldiçoa ou pragueja, sofre o dano e segue crendo.
Amar é manifestar Deus.
“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta o amor jamais acaba” (I Coríntios 13.7,8)
Voltemos a simplicidade do Evangelho. Tenha cuidado com as novidades mirabolantes e novas revelações, se firme na Palavra e siga em frente. Tudo vai bem!
“Mas receio que assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (II Coríntios 11.3)
Pureza e simplicidade devidas a Cristo… não nos apartemos delas!
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/eusouoqueabibliadiz/simples-fe-esperanca-e-amor/

Jovens presos aos pecados sexuais

O Amor de Deus e o Amor por Deus

14.05.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 06.05.15
Por George M. Marsden (Ph.D)*

OAmorDeDeus

Um dos maiores tratados que Jonathan Edwards escreveu no relativo isolamento da vila missionária, em meados da década de 1750, foi chamado A Natureza da Verdadeira Virtude. Nesse tratado, ele argumentou que os padrões para a virtude derivados da razão natural, como eram postulados pelos filósofos iluministas de seus dias, definiam a virtude muito estreitamente. Através das eras, os filósofos haviam louvado virtudes como amor à família, amor à comunidade e amor à nação. Estes podem ser boas características, disse Edwards, mas são parte da verdadeira virtude somente se começam com amor a Deus. Todos os amores cujos objetos mais elevados são menos do que Deus são amores parciais e não universais. Alguém só pode participar do amor verdadeiramente universal se começar com o amor a Deus e, depois, estabelecer como alvo amar tudo que Deus ama. Se o objetivo de alguém é amar tudo que Deus ama, então, pode começar a realizar verdadeiro sacrifício pessoal.

Outra obra importante deste período foi O Fim para o qual Deus criou o Mundo. Nela, Edwards abordou a questão implícita no título: por que um ser perfeito como Deus precisava criar seres menos perfeitos? A resposta, disse Edwards, é que Deus é perfeitamente amoroso e, por isso, deseja compartilhar seu amor com criaturas capazes de amar. O ponto de partida de Edwards foi que um Deus amoroso está no âmago do universo. Portanto, para Edwards, o universo é essencialmente pessoal; é a expressão criativa de uma pessoa. A ênfase de Edwards em personalidade no centro da realidade apresenta um contrate acentuado com os pontos de vista modernos. Desde o Iluminismo, muitos pensadores modernos têm elaborado teorias baseadas na premissa de que o universo é essencialmente impessoal, controlado por leis naturais. Edwards desafiou esse ponto de vista com uma alternativa vital: que no âmago da realidade está um Deus amoroso e que esse amor é a dinâmica por trás da criação do universo e de tudo que há nele.

Começar com um senso do amor de Deus no centro da realidade muda a maneira como pensamos sobre a verdadeira virtude. No âmago da realidade está a beleza do amor de Deus se derramando, para que o bem mais elevado seja retornar esse amor a Deus. Se amamos verdadeiramente a Deus, devemos também amar o que Deus ama, que é toda a criação, excetuando o mal ou a negação do amor. As filosofias modernas, disse Edwards, começam tipicamente no lugar errado, com os seres humanos e suas necessidades. Elas veem a felicidade humana como o objetivo da criação e, depois, julgam a Deus por seus padrões limitados. Cada pessoa, comunidade ou nação tem suas próprias ideias do que lhes trará felicidade, e as pessoas entram em conflito umas com as outras porque seus padrões de virtude são muito limitados. Somente a verdadeira virtude, que começa com o amor ao Criador, pode unir as pessoas. Este amor universal pelos outros, que deve se desenvolver do verdadeiro amor a Deus, Edwards o chamou “amor ao ser em geral”.

*George M. Marsden (Ph.D) é historiador, professor e escritor prolífico. É professor emérito da Universidade Notre Dame, nos EUA, autor de várias obras de referência nas áreas de história da religião, cultura, igreja e evangelicalismo norte-americanos. Entre suas publicações, destaca-se a extensa e bem documentada biografia de Edwards: “Jonathan Edwards, a life”, publicada pela editora Yale e laureada com o renomado prêmio literário Brancroft Prize, concedido pela Universidade Columbia.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/o-amor-de-deus-e-o-amor-por-deus/

Conselhos de Stott sobre cristianismo e política

14.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 10.04.15
Por Jonh Sttot

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Os cristãos devem ser cuidadosos em não “batizar” qualquer ideologia política, seja de direita, de esquerda ou de centro, como se fosse um monopólio de verdade e bondade. Na melhor das hipóteses, uma ideologia política e seu programa são apenas uma aproximação da vontade e do propósito de Deus. Aqueles partidos que se rotulam explicitamente como cristãos também precisam estar cientes disso. O fato é que são encontrados cristãos na maioria dos partidos políticos e eles são capazes de defender sua participação a partir de fundamentos cristãos sensatos.
Assim, me deixando levar por uma grande simplificação, ouso afirmar que ambas as principais ideologias políticas ocidentais atraem os cristãos, por diferentes razões. O capitalismo atrai porque incentiva o empreendimento e a iniciativa humana, mas também causa aversão, pois parece não se importar com o fato de o fraco sucumbir à competição selvagem que ele produz. Por outro lado, o socialismo atrai porque demonstra grande compaixão pelo pobre e pelo fraco, mas também repele porque parece não se importar com o fato de a iniciativa e o empreendimento individual serem sufocados pelo grande sistema político que ele produz. Cada um atrai porque enfatiza uma verdade a respeito dos seres humanos: a necessidade de conceder liberdade à execução de suas habilidades criativas ou a necessidade de protegê-los da injustiça. Cada um cria aversão porque deixa de considerar, com a mesma seriedade, a verdade complementar.
Ambos podem ser libertadores. Ambos também podem ser opressivos. Como afirma o economista e estadista J. K. Galbraith, “no capitalismo, o homem explora o homem. No comunismo, é apenas o contrário”. É compreensível que muitos cristãos sonhem com uma terceira opção, que supere as atuais e incorpore as melhores características de ambas.
Na democracia somos convidados a ouvir humildemente uns aos outros e constatar que não temos um monopólio da verdade, enquanto continuamos perseguindo os propósitos de Deus para a nossa sociedade.
Devido ao homem ser caído, certamente existe uma lacuna entre o ideal divino e a realidade humana, entre o que Deus revelou e o que é possível à humanidade.
John Stott

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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/john-stott/category/blog/

O que a sociedade espera dos crentes?

14.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME
COSMOVISÃO
Por João Eduardo Cruz

Esses dias estive pensando no que realmente a sociedade espera de nós quando nos colocamos diante dela como seguidores de Jesus. Talvez pudéssemos entender isso melhor se parássemos pra analisar o que ela critica no comportamento de muitos de nós cristãos. Somos chamados de preconceituosos, hipócritas e retrógrados pela maioria, mas até onde isso pode ser verdade?
Os preceitos aos quais seguimos chocam uma sociedade que tem cada dia mais aprendido a não reconhecer verdades absolutas. Imaginem então o quanto podemos ser vistos como intolerantes por essa geração que mais do que todas as do passado resolveu relativizar tudo e se deparam com um grupo que acredita que há princípios inegociáveis ainda que pareçam ultrapassados.
Se nós cristãos cremos em uma verdade absoluta realmente sobra pouco espaço, em muitos casos, para atitudes politicamente corretas de nossa parte diante de determinadas opiniões por eles expressas. Mas mesmo não negociando nossas crenças por crermos que elas são indicadores de uma conduta que agrada a Deus e traz a nós uma vida mais plena, não foi nos dado o direito de tecermos julgamentos condenatórios sobre aqueles que não creem no que cremos (observe a atitude diferente de Jesus com os pecadores e a para com os Fariseus). Tal atitude condenatória não condiz com aquilo que nosso Mestre nos ensinou.
Em vários momentos do ensino de Jesus é possível percebermos que sua ideia acerca da propagação do Evangelho e natural expansão do Reino de Deus se daria de maneira silenciosa, humilde e sem grandes alardes (Mc 4.26-42), ainda que isso não impedisse que grandes transformações fossem realizadas na sociedade. Como sal e luz deveríamos trazer transformação da maneira sútil e isso não deixaria de ser relevante. Por isso a ordem de fazer discípulos envolve mais uma aproximação pessoal nossa de cada individuo que desejamos alcançar do que uma tentativa de convencer uma massa a seguir Jesus. Um falar ao pé do ouvido tem mais a ver com discipulado.
Cristãos como William Wilberforce que foi um político britânico, filantropo e líder do movimento abolicionista do tráfico negreiro. Ficou conhecido pelos seus discursos inflamados no parlamento inglês, cheios de paixão pelo ser humano e com o fervor espiritual que convém a um servo de Deus cheio do Espírito Santo. Ainda assim Wilberforce esperou anos para que a abolição da escravatura fosse aceita pelo parlamento, e durante esse tempo se comportou com humildade diante de seus adversários, nunca permitindo que seus aliados tomassem partido de sua causa de modo a criarem uma guerra interna dentro do parlamento, mesmo sendo esta tão justa. Sua ideia era a de que seus inimigos pudessem ser vencidos pelo convencimento, e isso quem traria a eles seria a própria sociedade que aos poucos iria absorver seu ponto de vista.
O mesmo pode-se dizer de Martin Luther King, pastor batista americano, que teve sua politica ativista baseada na “não violência”. Engajado na luta pelos direitos civis dos negros em seu país, King adotou um modelo baseado no Sermão do Monte para sua postura politica. Luther King acreditava que as armas do Evangelho postas em prática eram capazes de suplantar o ódio racial e trazer toda uma nação ao entendimento dessa abominável realidade.
E eu poderia citar centenas de servos de Deus espalhados por esse nosso país que não estão na mídia nem na grande rede, mas que, como uma semente jogada no solo, não chamam a atenção para si, mas fazem com que o Reino de Deus floresça nos lugares mais violentos, pobres e inóspitos desse país.
O que a sociedade espera de nós não poderemos dar como ela deseja. Não podemos abrir mão da nossa fé, nossas convicções, nossa verdade absoluta – ainda que esteja em tão descrédito o uso de verdades absolutas nessa geração em particular – apenas para nos tornarmos agradáveis a ela.
Mas o que podemos oferecer a essa sociedade brasileira é uma conduta que convém a verdadeiros seguidores de Jesus. Uma humildade, mansidão, honestidade, bondade, caridade e amor que não enfraquecem a defesa das nossas crenças, muito pelo contrário, às autenticam com muito mais força, pois quem crê não precisa convencer ninguém a crer. Crer e viver sinceramente a partir do que se crê, já é de grande valia para a transformação de uma nação. A sociedade necessita que nossos discursos, assim como os de Jesus, tornem-se reais por serem praticados por nós.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/o-que-a-sociedade-espera-dos-crentes/

Gospel Prime nas Terras Bíblicas: Jerusalém está sitiada!

14.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME, 13.05.15
PorJarbas Aragão

Décimo-quinto dia da Caravana

Gospel Prime nas Terras Bíblicas: Jerusalém está sitiada!GP nas Terras Bíblicas: Jerusalém está sitiada!
A viagem às Terras Bíblicas promovida pelo ministério Beth-Shalom/Chamada da Meia-Noite chegou a Jerusalém.Depois de dois dias participando do 41° Congresso Profético, pudemos conhecer melhor esta cidade que tem mais de 3 mil anos de existência.
Quem visita a cidade de Jerusalém verá que o “centro” turístico e histórico é a chamada cidade velha, que possui uma estrutura de muralhas com quase 500 anos. Elas são remanescentes do tempo em que o Império Otomano dominava o território de Israel.
Mesmo após o fim do Império Otomano em 1922, as muralhas edificadas em 1538 ainda permanecem de pé. Sua extensão é cerca de um quilômetro quadrado e, segundo a tradição, elas foram edificadas sobre os alicerces das muralhas que existiam nos tempos de Jesus. Ou seja, é possível se ter ainda hoje uma boa noção de como era a cidade, especialmente por que foram mantidos muitos de seus aspectos.
Muralhas em Jerusalém.
Muralhas em Jerusalém.
É justamente esta área que abriga um dos lugares mais sagrados tanto para judeus quanto para muçulmanos. Trata-se do Monte do Templo, ou Monte Moriá. Neste local, onde Abraão quase sacrificou seu filho Isaque (Gênesis 22), também foi onde Deus apareceu a Davi. O rei Davi, que conquistou Jerusalém dos jebuseus, queria construir ali um templo, mas isso só tornou-se realidade no reino de Salomão, seu filho (1 Crônicas 21:15-28; 2 Crônicas 3:1; 2 Samuel 24:16-25).
Monte do Templo.
Monte do Templo.
A tradição islâmica conta uma história diferente. Para os muçulmanos, o sacrifício no Monte Moriá teria sido o de Ismael. Ali é o lugar onde está a “pedra sagrada do sacrifício”. Foi também aqui que ocorreu o que eles chamam de “a viagem noturna”, relatada na 17ª sura do Alcorão. Um cavalo alado chamado Buraq Maomé transportou numa viagem mística no que o Alcorão chama de “visita à mesquita mais distante”. Se fosse feita por um cavalo comum, ida e volta demoraria um mês. Nesse episódio, Maomé foi e voltou de Meca (na Arábia Saudita) a Jerusalém numa noite.
Curiosamente, o texto corânico não cita Jerusalém especificamente. A identificação vem de documentos posteriores (hadiths). Por isso, Jerusalém é chamada de “Al Quds” (a Santa).
Terra Santa.
Terra Santa.
Tornou-se a terceira cidade mais sagrada do Islã, atrás de Meca e Medina. Não existe qualquer comprovação histórica que Maomé tenha estado em Jerusalém. Mais estranho ainda é o fato de que a primeira mesquita edificada na cidade foi por ordem do Califa abd al-Malik em 691. Ou seja, mais de 30 anos depois da morte de Maomé. Como ele poderia ter visitado uma mesquita que ainda não havia sido construída? Não há resposta para isso no Islamismo que não apele para a fé.
O templo de Salomão foi construído no alto do monte Moriá no ano 1005 antes de Cristo. Destruído pelos babilônicos durante a invasão de 587 a.C., um segundo templo somente foi surgir em 516 a.C. Após um longo período, foi restaurado com dimensões ainda maiores pelo governante romano Herodes, o Grande, no ano 65 a.C. Este era o Templo que existia nos dias de Jesus. Foi destruído juntamente com o restante de Jerusalém no ano 70 pelo exército romano, liderado pelo general Tito. Sobrou apenas um pedaço do muro que dava sustentação as muralhas que cercavam o Templo.
É o que até hoje é chamado “Muro das Lamentações”, local considerado sagrado pelos judeus.
Muro das Lamentações.
Muro das Lamentações.
Acima, no espaço onde antes ficava o templo de Salomão se encontra até hoje a “Esplanada das Mesquitas”. Construída entre os anos 688 a 691, o espaço abriga dois edifícios sagrados para os muçulmanos. No local onde outrora ficava o altar dos sacrifícios do Templo de Salomão está o Domo da Rocha, ou Mesquita de Omar. Sua abóboda feita de ouro acabou se tornando o “símbolo” da cidade de Jerusalém, mesmo não sendo uma construção judaica.
Do lado oriental, algumas dezenas de metros de distância está a Mesquita de Al-Aqsa (“a distante”). Segundo os estudiosos, está edificada sobre o local onde um dia esteve a parte mais importante do Templo, o Santo dos Santos. Os rabinos conservadores proíbem os judeus de visitarem o espaço do Monte do Templo justamente por causa disso.
Mesquita de Al-Aqsa
Mesquita de Al-Aqsa
Em resumo, isso explica por que este é o pedaço de terra mais conflituoso do planeta. A entrada dos visitantes não muçulmanos à esplanada das Mesquitas se dá pelo mesmo local de acesso ao Muro. Tanto Israel quanto a Autoridade Palestiniana reivindica a soberania sobre o local.
Desde a Guerra 1967, quando Israel retomou a Cidade Velha de Jerusalém, o controle do Monte do Templo pertence ao Waqf Islâmico, ligado ao governo da Jordânia. Sendo assim, encrustado no centro da cidade murada, no local mais sagrado para os judeus ergue-se um complexo muçulmano. Do alto das mesquitas ecoa sobre a cidade cinco vezes por dia o chamado para a oração. Entoa-se o cântico tradicional afirmando que só Alá é Deus e Maomé o seu profeta.
Ruínas na Cidade Velha de Jerusalém.
Ruínas na Cidade Velha de Jerusalém.
Para o judeu comum é a imagem da abominação. Um desafio constante à sua crença de que o Deus de seus pais daria a vitória sobre seus inimigos. O fato é que espiritualmente Jerusalém está sitiada. Esta cidade que foi completamente destruída duas vezes sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, capturada e recapturada 44 vezes. Mas chegou ao século 21, com as muralhas de pé, embora sem a posse do seu maior tesouro religioso. Do ponto de vista humano, mexer com o Monte do Templo é provocar uma guerra religiosa em escala mundial. Já na perspectiva espiritual, é inegável que a batalha é constante. Somente quem entende e crê nas profecias consegue imaginar que a situação poderá mudar no futuro.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/gospel-prime-nas-terras-biblicas-15/