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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O único fundamento da igreja

11.10.2017
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 09.10.17
Por R. C. Sproul

Há mais de quarenta anos, Los Angeles experimentou um terrível terremoto, um dos piores na história da cidade. Lembro-me do evento porque, pouco antes do terremoto, eu tinha levado um amigo ao aeroporto para pegar um vôo para Los Angeles, onde ele era pastor. O terremoto afetou a sua igreja. Depois ele me disse que no começo tudo parecia estar bem com a construção do santuário. Porém, embora não houvesse nenhum dano visível de qualquer importância, uma inspeção posterior revelou que a fundação da igreja tinha se movido a tal ponto que eles tiveram que fechar a igreja e reconstruir o santuário, porque ele já não era seguro. Para qualquer observador desatento, parecia que o santuário era estável. Entretanto, na realidade era impróprio para o uso, e precisou ser demolido e reconstruído sobre um fundamento seguro.

No Salmo 11.3, Davi faz a seguinte pergunta: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?”. Davi extrai uma analogia do reino físico para descrever uma preocupação espiritual particular que ele tinha. Se o fracasso de um fundamento físico de um edifício implica no fim de todo o edifício, o fracasso do povo de Deus em manter o fundamento da verdade indica um desastre para sua saúde e bem-estar espiritual.

Podemos aplicar essa ideia à igreja. Se o fundamento da igreja for abalado, a igreja pode sobreviver? Não. Mas qual é o fundamento da igreja? Responder corretamente essa pergunta nos ajudará a proteger o fundamento e a preservar a verdade de Deus.

Ensinei muitas vezes sobre esse assunto — o fundamento da igreja — em meus anos de ministério. Muitas vezes sinalizei que, embora o autor da frase “o único fundamento da igreja é Jesus Cristo, nosso Senhor” tinha o seu coração posto no lugar certo quando estava escrevendo o seu hino, o verso em si é um canal de desinformação. Com respeito ao fundamento da igreja, a Escritura, de fato, fala sobre Jesus como o fundamento: “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3.11). No entanto, isso não é tudo o que o Novo Testamento diz sobre a fundamento da igreja. Paulo diz em Efésios 2.20 que Jesus é, na verdade, “a pedra angular”. Jesus é chamado de fundamento porque ele é o elemento-chave de todo o fundamento. Mas há outras pedras nessa fundação.

Qual é, então, o restante do fundamento? O fundamento, Paulo nos diz, consiste dos profetas e dos apóstolos (Efésios 2.18-21). Em Apocalipse 21, lemos sobre a visão magnífica da Nova Jerusalém, a cidade celestial que desce do alto. O versículo 14 nos diz que “A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”. Mesmo a Jerusalém celestial é baseada no fundamento dos apóstolos.

Historicamente, a igreja cristã é, em sua essência, apostólica. O termo apóstolo vem da palavra grega apostolos, que significa “aquele que é enviado”. Na cultura grega antiga, um apostolos era antes de tudo um mensageiro, um embaixador ou um emissário. Mas ele não era apenas um mensageiro. Ele era um emissário que estava autorizado pelo rei a representá-lo em sua ausência, e ele carregava a autoridade do rei.

O primeiro apóstolo no Novo Testamento foi, na verdade, Jesus, porque ele foi enviado por seu Pai ao mundo. Temos o quadro mais completo do que é ser um apóstolo ao olhar para o que Jesus diz no Novo Testamento sobre esta sua função. Jesus disse: “nada faço por mim mesmo; mas falo como o Pai me ensinou” (João 8.28). Cristo disse aos seus discípulos: “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar” (12.49). Ele disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mateus 28.18). Jesus recebeu autoridade de Deus Pai para falar em nome do Pai e anunciar a Palavra do seu Pai, de modo que o ensinamento de Jesus tinha autoridade de Deus.

Os apóstolos falaram com uma autoridade transferida de Cristo para anunciar os seus ensinamentos. Os apóstolos ensinaram com a autoridade de Jesus, que, por sua vez, ensinou com a autoridade de Deus. Portanto, como o pai da igreja Ireneu argumentou há muito tempo, rejeitar a autoridade apostólica é rejeitar a autoridade de Jesus. E, em última análise, rejeitar a autoridade de Jesus é rejeitar a autoridade de Deus.

Este conceito de autoridade apostólica é de vital importância para a fé cristã. Mas como reconhecemos a autoridade apostólica? Pela submissão à tradição apostólica. Em 1 Coríntios 15.3, Paulo nos afirma: “Eu vos entreguei antes de tudo o que também recebi”, e ele usa a palavra paradosis, que é o termo grego que traduzimos como “tradição”. Paradosis significa literalmente “uma doação, uma transferência”, e é isso que o Novo Testamento é. Trata-se da tradição apostólica que a igreja recebeu. A igreja a recebeu dos apóstolos, que a receberam de Cristo, que a recebeu de Deus. É por isso que quando rejeitamos o ensinamento dos apóstolos — a tradição apostólica do Novo Testamento — estamos rejeitando a própria autoridade de Deus.

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/10/o-unico-fundamento-da-igreja/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Perdoando as feridas feitas por uma amiga

19.09.2017
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 18.09.17
Por Kristie Anyabwile*

perdoando-as-feridas

Pensei que éramos amigas. O sofrimento por trás dessas palavras pode ofuscar anos de vida, amor e memórias. Todos os bons momentos desaparecem na escuridão quando uma amizade é traída. O investimento vai por água abaixo, a vulnerabilidade é restringida, a confiança é abalada e o amor é questionado.

Amigas ferem amigas. Isso é inevitável porque cada amiga é uma pecadora, e as pecadoras pecam umas contra as outras e se machucam — intencional ou involuntariamente. De qualquer forma, é sempre mais difícil se recuperar da dor infligida por uma amiga.

A dor da convicção que vem por meio da repreensão piedosa de uma amiga que fala a verdade em amor é uma dádiva genuína (Provérbios 27.6). Mas, e se alguém pecou contra você, e está ferida por causa de palavras, traição ou manipulação de uma pessoa que considera uma amiga? Como você trata disso com sua amiga e como você se move da dor em direção à reconciliação?

Ignore uma ofensa

Em meio à sua dor, confie que Deus está trabalhando em seu relacionamento para que você cresça tanto na graça quanto no conhecimento de Cristo: “Confiai nele, ó povo, em todo tempo” (Salmo 62.8).

É a glória (ou a beleza) de alguém ignorar uma ofensa (Provérbios 19.11). Isso requer prudência, paciência, maturidade e sabedoria. Ignorar uma ofensa adorna o evangelho e é uma resposta amorosa que demonstra que somos de fato discípulas de Cristo (João 13.35).

No filme da Disney “Frozen”, Elsa abandonou a cautela e a prudência, renunciando a sua característica de “boa menina” para desencadear a sua fúria congelante na cidade de Arendelle. Suas ações afetaram negativamente a todos e a tudo ao seu redor. Em nossa carne, somos tentadas a manifestar a nossa fúria reprimida e “fria” em nossa amiga ao invés de confiar em nosso Senhor. A sabedoria não deixa “let it go” (“livre estou”) como uma rainha do gelo. Em vez disso, morre para o eu, demonstrando constrangimento e levando a dor até Jesus, quem mais se identifica conosco em nosso sofrimento e quem nos assiste em nossos momentos de necessidade.

Uma advertência: ignorar uma ofensa não é uma licença para usar o silêncio como uma arma, ou para abrigar sentimentos maus que voltarão a atacar o relacionamento posteriormente. Antes, é ter uma consciência pura diante de Deus de que essa dor não está em um nível que precisa ser abordada (pelo menos não agora), mas uma resolução de “perdoar e esquecer”. É muito melhor ganhar a sua amiga do que ganhar um argumento.

Quando a ofensa não pode ser ignorada

Às vezes, você não pode simplesmente ignorar uma ofensa. Se o seu primeiro pensamento é “elas precisam ser faladas”, isso pode ser a sua justiça própria falando e não o Espírito. Nosso objetivo deve ser a reconciliação que nasce do amor.

Contudo, encontraremos ocasiões e momentos legítimos em que precisamos lidar com um ferimento. Podemos tentar corrigir o erro, mas lembre-se de que a vingança pertence ao Senhor e ele retribuirá (Romanos 12.19). Então, esse não é um chamado para atacar e para lutar em revide. Trata-se de um chamado amoroso à repreensão bíblica.

No ensino de Jesus sobre o pecado, ele diz aos discípulos:

“Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lucas 17.3-4).

Repreender é argumentar de modo sincero com o seu próximo (Levítico 19.17), relatar-lhe a sua ofensa (Mateus 18.15) com um espírito de bondade (Gálatas 6.1) na esperança de que a sua amiga se arrependa.

Mas o ensino de Jesus vai muito além, dizendo que podemos ser feridas novamente e que devemos estar preparadas para perdoar sempre. O perdão pode parecer quase impossível se esquecermos de Cristo. Ele perdoou “todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós” (Colossenses 2.13-14). Quando estávamos em rebelião aberta contra Jesus, ele morreu por nós (Romanos 5.8). Mesmo agora, como aquelas cujos pecados foram encravados na cruz com Cristo e cujas vidas foram ressuscitadas com Ele, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9).

Cinco maneiras de orar

Se você foi ferida por uma amiga, derrame o seu coração a ele em oração por sabedoria, por perdão e por reconciliação (Salmo 62.8). Aqui estão alguns motivos de oração que podem ajudá-la a lidar com o ferimento com sabedoria e graça:
  • Ore para que Deus sonde o seu coração ferido (Salmo 139.23). Você foi ferida porque o seu pecado foi exposto? Você foi excessivamente sensível a algo que foi dito? Você estava aborrecida? Você foi ferida por um comportamento padrão de sua amiga ou por uma ofensa que ocorreu pela primeira vez?
  • Ore pela graça de pensar sobre o que é verdadeiro, honesto, justo, puro, amável, de boa fama, excelente e digno de louvor em você mesma e em sua amiga (Filipenses 4.8).
  • Ore por discernimento: Deus quer que você ignore ou lide com a ofensa?
  • Se você precisar lidar com a ofensa, ore para que seja sincera e graciosa com a sua amiga sobre a forma como você foi ferida e ore para que a sua amiga responda com humildade.
  • Ore para que você ame a sua amiga em todos os momentos, mesmo nos difíceis, e para que vocês possam viver em harmonia uma com a outra (Romanos 12.16).

A graça de Deus brilha através de nós

Vale a pena ignorar uma ofensa se você puder — e confiar que Deus está trabalhando em você e no coração de sua amiga — orar por sabedoria, amor e reconciliação, repreender com bondade e estar pronta para perdoar. Cristo ensina que, “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15.13). Em seguida, ele chama os seus discípulos de seus amigos (João 15.14-15), e um pouco depois, ele literalmente morreu por seus amigos.

Se Jesus realizou um sacrifício tão radical e amoroso por seus amigos — amigos que duvidariam dele e o negariam — certamente podemos nos esforçar para restaurar as nossas amizades rompidas. Amizades piedosas são um testemunho ao mundo. Nelas, manifestamos o nosso amor por Cristo e umas pelas outras.

*Kristie Anyabwile é esposa de pastor e mãe de Afiya, Eden e Titus. Há 24 anos ela alegremente auxilia seu marido, Thabiti, que pastoreia a igreja Anacostia River Church, no sudeste de Washington, DC. Kristie gosta de passar tempo com a família, de cozinhar e de discipular mulheres, bem como falar e escrever sobre casamento, maternidade e ministério. Você pode ler o seu blog e segui-la no Twitter. 
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/09/perdoando-as-feridas-feitas-por-uma-amiga/?utm_source=inf-resumo-diario-ve&utm_medium=inf-resumo-diario-ve&utm_campaign=inf-resumo-diario-ve

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Mudança de sexo só mascara problemas psicológicos, afirma ex-transexual

03.05.2017
Do portal GOSPEL PRIME, 02.05.17
Por  Jarbas Aragão

 Walt Heyer hoje lidera ministério cristão dedicado a ajudar trans arrependidos

Mudança de sexo só mascara problemas psicológicos
Walt Heyer já mudou de sexo duas vezes. Nascido homem, ele conta que aos quatro anos sua avó o obrigava a colocar vestidos. Isso gerou nele uma confusão que prejudicaria toda a sua vida.
“A partir deste vestido, começou uma vida cheia de disforia de gênero, abuso sexual, alcoolismo, drogas e, finalmente, uma cirurgia de mudança de sexo desnecessária. A minha vida foi destruída por um adulto de confiança que gostava de me vestir como uma menina”, relata ele em seu testemunho.
Aos 7 anos seu tio abusou dele sexualmente, o que agravou a sua confusão sobre sexualidade. O menino, maltratado e ferido, chegou a idade adulta com uma série de problemas psicológicos. Casou-se com uma mulher e teve dois filhos, mas em 1977, aos 42 anos, decidiu fazer uma operação de mudança de sexo e adotou o nome de Laura Jensen.
“Tudo começou como uma fantasia e continuou do mesmo modo, porque a cirurgia não te converte em uma mulher. Não se pode mudar biologicamente um homem para uma mulher”, desabafa.
Oito anos depois, Heyer teve um encontro com Jesus em uma igreja evangélica. Com o apoio do pastor e uma equipe de conselheiros, ele passou por uma fase de muitas lutas. Certa vez, quando um amigo orava em voz alta por ele, Heyer disse ter uma visão onde Jesus o tomava nos braços e dizia: “Agora você está agora, para sempre”.
Decidido a voltar a viver como homem, fez uma nova cirurgia, basicamente para desfazer a primeira. Apesar de ter um corpo “maculado”, ele reassumiu o nome de Walt Heyer e até casou de novo.
Seu ministério consiste em pregar nas igrejas e despertá-las sobre como tratar os transexuais. Também escreveu diversos livros e artigos sobre o assunto.
Aos 76 anos de idade, ele mantém o site sexchangeregret.com, onde comunica-se com centenas de pessoas a cada ano, compartilhando suas experiências e aconselhando pessoas que se arrependeram da mudança de sexo.
Em um artigo publicado recentemente, afirmou: “A cirurgia não corrige nada, apenas mascara problemas psicológicos”. “Se mais pessoas estivessem cientes da história escura e conturbada da cirurgia de mudança de sexo, talvez não seríamos tão rápidos a empurrar as pessoas para isso”, assegura.
Ele lembra que a igreja deveria estar pronta para ajudar os transgêneros que a procuram.
“Precisamos estar conscientes de que a igreja é um hospital para pessoas quebradas.”, sublinha. “Nós não queremos deixá-los onde estão. Queremos que sejam curados e encontrem a Cristo em sua vida, para que possam ser restaurados como eu fui”, acrescentou.
Heyer afirma que “uma cirurgia não te converte em uma mulher”. Para o pregador, a Igreja não poderia apoiar os casos de “disforia de gênero”, mas desafiar essas pessoas com delicadeza e ao mesmo tempo firmeza.
Acredita que os líderes cristãos precisam se informar melhor sobre as consequências físicas e emocionais a longo prazo da cirurgia de mudança de sexo. “Se os apoiamos na mudança de gênero, na verdade, estamos sendo desobedientes a Cristo, porque não estão vivendo de acordo com o que eles são. Deus criou o homem e a mulher”, insiste. Com informações CBN
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Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br/mudanca-sexo-mascara-problemas-psicologicos-ex-transexual/

sábado, 21 de janeiro de 2017

A importância da leitura para o alicerce da fé cristã

21.01.2017
Do blog COSMOVISÃO CRISTÃ, 21.11.16
Por Valdir Nascimento*

As pessoas que desejam ter uma fé sólida e aprender a defender consistentemente as doutrinas do Cristianismo precisam desenvolver o hábito da leitura. Embora as Escrituras Sagradas sejam, como já disse, a fonte primária da defesa da fé cristã, os livros – de bons autores – servem como guias e nos ensinam a entender melhor alguns pontos da fé cristã, lançando luz sobre questões bíblicas complexas e, por via de consequência, contribuindo para uma boa formação apologética.
Infelizmente o brasileiro lê pouco. Não obstante o analfabetismo tenha recrudescido em nosso país nos últimos anos, o hábito de leitura ainda é tímido. A questão é que muitos dos nossos compatriotas foram do analfabetismo à TV sem passar na biblioteca[1]. O brasileiro lê, em média, 1,8 livro/ano. Um estudo realizado em 2005 pelo Instituto Paulo Montenegro apontou que 74% da população brasileira, entre 16 e 64 anos de idades, não sabem ler ou possuem muita dificuldade em entender o que leem[2]. Em 2011, o Instituto Pró-Livro apontou que em 2007 55% da população era considerada leitora (havia lido pelo menos um livro, inteiro ou em partes, nos três meses anteriores à pesquisa). Já em 2011 o índice diminuiu para 50% da população.
Sobre o ambiente religioso, Altair Germano também adverte em seu livro O cristão e o hábito da leitura que “o líder cristão ainda não reconhece no ato de ler o seu valor para o desenvolvimento intelectual, adequação de comportamentos à nova realidade cultural e social, sem falar da possibilidade de conduzir a igreja, o ministério ou grupo que lidera a um processo de desenvolvimento e entendimento a realidade”, o que segundo ele produziria uma igreja mais atuante, conhecedora dos grandes desafios deste século e capaz de adequar suas práticas ao novo contexto[3].
Não podemos generalizar. Muitos líderes cristãos compreendem o valor e a importância do ato de ler para o crescimento intelectual e espiritual da igreja. Mas, poucos incentivam ou idealizam algum programa em suas congregações com o objetivo de disseminar esse hábito. A criação de pequenas bibliotecas no ambiente da igreja seria uma importante ação eclesiástica, que certamente beneficiaria a vida de muitos crente, inclusive jovens.
É preciso reacender em nossas igrejas o apreço pela leitura, afinal, ela é ingrediente vital no processo de tomada de consciência e até mesmo fervor espiritual. Em seu livro, Altair Germano demonstra como a leitura foi importante no Antigo e Novos Testamentos, entre os pais da igreja, na Reforma Protestante, nos períodos de reavivamento e das missões modernas.
Altair Germano escreve:
“Os benefícios da leitura, uma vez revelados, poderão influenciar positivamente na tomada de consciência sobre a necessidade de ler. O interesse pela leitura tende a crescer quando se sabe que, além da emancipação crítica e da autonomia como indivíduo, o hábito de leitura proporciona o desenvolvimento intelectual, o enriquecimento do vocabulário, a fluência verbal, a apropriação dos bens culturais, a informação e o conhecimento, a saúde emocional e psíquica, o estímulo e saúde mental e comunhão com as grandes mentes”.[4]
No clássico A vida intelectual, A.D. Sertillanges propõe que a leitura é o meio universal para o aprendizado, e é a preparação próxima e remota para a produção. Ele escreveu:
“Nunca pensamos isoladamente: pensamos em sociedade, em colaboração imensa; trabalhamos com os trabalhadores do passado e do presente. Graças à leitura, pode comparar- se o mundo intelectual a uma sala de redacção ou repartição de negócios, onde cada qual encontra no vizinho a sugestão, o auxílio, a crítica, a informação, o ânimo de que carece. Portanto, saber ler e utilizar as leituras, é necessidade primordial que o homem de estudo não deve esquecer”.[5]
Quando lemos, nos beneficiamos da pesquisa e do conhecimento de pensadores do presente e do passado. Eles abrem nossas mentes, instrui nosso pensamento e nos fornecem informações valiosas. Nesse sentido, Sertillanges vai dizer que o contato com escritores geniais nos faz granjear vantagens imediatas de elevar-nos a um plano alto; somente pela sua superioridade eles conferem um benefício sobre nós mesmos antes que nos ensinem alguma coisa[6].
Quanto à forma de leitura, cabe aqui dois conselhos: um de Sertillanges e outro de C. S. Lewis.
Sertillanges dizia que embora a leitura seja importante, ela deve ser feita na quantidade adequada. Por isso, ele diz: Leia pouco!. Esse conselho parece paradoxal, já que estamos falando da importância e da necessidade de leitura. Mas o que Sertillanges tem em mente é a qualidade da leitura, e nem tanto a quantidade. Ele diz que a leitura deve ser feita com inteligência, pois
“(…) a leitura desordenada não alimenta, entorpece o espírito, torna-o incapaz de reflexão e concentração e, por conseguinte, de produção; exterioriza-o no seu interior, se assim se pode dizer, e escraviza-o às imagens mentais, ao fluxo e refluxo das ideias que ele se limita a contemplar na atitude de simples espectador. É embriaguez que desafina a inteligência e permite seguir a passo os pensamentos alheios e deixar-se levar por palavras, por comentários, por capítulos, por tomos.
A série de excitações assim provocadas arruína as energias, como a constante vibração estraga o aço. Não esperemos trabalho verdadeiro de quem cansou os olhos e as meninges a devorar livros; esse encontra-se, espiritualmente, em estado de cefalalgia, ao passo que o trabalhador, senhor de si, lê com calma e suavidade somente o que quer reter, só retém o que deve servir, organiza o cérebro e não o maltrata com indigestões absurdas”. [7]
Por seu turno, o conselho de Lewis é o seguinte: Leia livros antigos. Ele dizia que depois de ler um livro novo, “nunca se permitir outro novo até que se leia um antigo entre os dois. Se isso for demais para você, então leia um velho pelo menos a cada três novos”. Lewis não está menosprezando os livros novos. Ele diz que devemos contrabalancear nossas leituras com livros novos e livros antigos – os clássicos da literatura. Nañez captou essa mesma ideia ao afirmar que somente depois de apreciar os mestres da prosa e poesia do passado, consegue-se meditar a qualidade de obras mais recentes. Ele nos incentiva a deleitarmos em Cícero, Calvino, Dickens, Dillard, Dostoievski; partir o pão com Buechner, Burroughs, experimentar Tolstói ou Newman, Carnell ou Merton, O’Connor ou Chesterton. Poderia acrescentar Jacob Armínio, Agostinho, Tomás de Aquino, John Bunyan e muitos outros. Não levará muito tempo e então perceberemos, diz Nañez, a profundidade marcante de autores e reconhecer o abismo significativo que separa a literatura cristã popular de hoje do concentrado de informações espirituais e cognitivas das penas de antigamente.[8]
O Cristão e a Universidade
Fonte: Nascimento, Valmir (O Cristão e a Universidade, CPAD, 2016).
Referências
[1] SOEIRO, Rafael. Por que o brasileiro lê pouco. Disponível em http://super.abril.com.br/cultura/brasileiro-le-pouco-610918.shtml. Acesso em 14 de janeiro de 2015.
[2] GERMANO, Altair. O líder cristão e o hábito da leitura. CPAD: Rio de Janeiro, 2011, p. 12.
[3] GERMANO, Altair, 2011, p. 12.
[4] GERMANO, Altair, 2011, p. 86.
[5] SERTILLANGES, A.D. A vida intelectual. Cópia disponível na internet. p. 48.
[6] SIRE, James, 2005, p. 203.
[7] SERTILLANGES, A.D. A vida intelectual. Cópia disponível na internet. p. 48.
[8] NÃNEZ, Rick, 2007, p. 342.
*Valmir Nascimento. Jurista e teólogo. Mestrado em Teologia. Professor universitário. Comentarista de Lições Bíblicas de Jovens da CPAD.
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Fonte:https://comoviveremos.wordpress.com/2016/11/21/a-importancia-da-leitura-para-o-alicerce-da-fe-crista/

sábado, 14 de janeiro de 2017

A COSMOVISÃO CRISTÃ E O SECULARISMO:O desafio da transmissão da fé

14.01.2017
Do portal ULTIMATO ON LINE, 05.01.17
Por  Ricardo Barbosa de Sousa*

Duas pesquisas feitas há pouco tempo, uma nos Estados Unidos e a outra no Canadá, mostram que entre 60 a 70% dos jovens que cresceram na igreja se afastam da fé e da instituição religiosa no início da fase adulta, e metade deles não reconhecem a tradição religiosa em que foram criados, considerando-se ateus ou agnósticos. As razões para o abandono da fé e da igreja são várias e, de certa forma, complexas.

Muitos jovens entrevistados admitiram que, em algum momento, começam a questionar o significado da fé e da Igreja. Isso deve nos levar a refletir sobre a credibilidade da fé cristã. Estudiosos definem a secularização como o processo por meio do qual as instituições religiosas, bem como o pensamento religioso perdem sua relevância social. Porém, antes de perder a relevância social, perde-se a relevância pessoal da fé. A pergunta que devemos nos fazer é: “Quão pessoal é nossa fé?”. Se os cristãos conseguirem reconquistar o valor pessoal da fé, decerto reconquistarão sua credibilidade.

Não basta termos instituições sofisticadas, dinâmicas e funcionais, precisamos de mais que isso. Precisamos de uma fé viva, de corações aquecidos pela verdade do evangelho, da alegria de Cristo que se expressa na serenidade e segurança de um relacionamento pessoal e profundo com Deus. Precisamos também da transcendência que nos leva a olhar para além do nosso mundo reduzido e limitado.

Diante do desafio de transmitir a fé para novas gerações, precisamos considerar com seriedade três dimensões que demonstram a natureza pessoal de nossa fé em Cristo. A primeira é a necessidade de sermos intelectualmente íntegros. Os cristãos têm o compromisso de argumentar e falar em favor da verdade. Muitos jovens abandonam a fé porque encontram respostas evasivas aos grandes questionamentos, o que os leva a uma crise de confiança. O compromisso com a integridade intelectual exige de nós uma mente cristã e a disposição de pensar, de forma honesta, com nossos jovens, sobre qualquer assunto que envolva sua fé em Cristo.

A segunda é a necessidade de sermos moralmente íntegros. A fé cristã requer de nós uma coragem moral como expressão do caráter transformado que experimentamos em Cristo. Os escândalos envolvendo líderes cristãos, o moralismo de uns e o silêncio de outros nos grandes temas éticos e morais, têm provocado nas novas gerações um enorme descrédito em relação ao significado da fé.

A terceira é a necessidade de sermos espiritualmente íntegros. A fé cristã é um chamado para nos relacionarmos com a Trindade -- Pai, Filho e Espírito Santo. O convite de Jesus para segui-lo envolve estar com ele e não somente aprender com ele. Não podemos viver constantemente agitados e inquietos, uma vez que a justificação é um presente da graça de Deus a nós. Muitos jovens abandonam a fé porque se cansam do pragmatismo agitado, que não os inspira a uma vida de devoção. A prática da oração e da meditação e expressiva na vida daqueles que amam a Deus de todo o coração e alma.

A fé no Deus vivo da Bíblia, no Deus de nossos pais, só pode ser abraçada num relacionamento pessoal e íntegro com ele. A transmissão da fé se dá de coração para coração. É lamentável que muitos jovens estejam abandonando a fé por causa da hipocrisia de seus líderes, da superficialidade consumista de seus pais, do pragmatismo tecnológico de suas igrejas, da ausência de respostas honestas a seus dilemas e dúvidas. O sábio diz que “não havendo profecia, o povo se corrompe” (Pv 29.18). Sem uma visão clara de quem somos e para onde desejamos ir, sem a consciência de que somos um povo peregrino em terra estranha, caminhando em direção à terra que Deus nos prometeu, seremos facilmente absorvidos pela cultura que nega seu passado e não tem proposta alguma para o futuro.

*Ricardo Barbosa de Souza,é pastor plebisteriano.

Nota: Texto publicado originalmente na edição 362 da revista Ultimato.

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-desafio-da-transmissao-da-fe

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Apaixonado por Deus e pela verdade

11.01.2017
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 10.01.17
Por John Piper*



    

Versículo do dia: E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado. (Romanos 3.3-4)

Nossa preocupação com a verdade é uma expressão inevitável de nossa preocupação com Deus. Se Deus existe, então ele é a medida de todas as coisas, e o que ele pensa sobre todas as coisas é a medida do que nós devemos pensar.

Não se preocupar com a verdade é não se preocupar com Deus. Amar a Deus com paixão é amar a verdade apaixonadamente. Ser centrado em Deus na vida significa ser conduzido pela verdade no ministério. O que não é verdade não procede de Deus.

Medite nestes quatro conjuntos de textos sobre Deus e a verdade:

1) Deus é a verdade

Romanos 3.3-4 (Deus Pai): “E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando fores julgado”.

João 14.6 (Deus Filho): “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

João 15.26 (Deus Espírito): “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim”.

2) Não amar a verdade é eternamente prejudicial

2Tessalonicenses 2.10: Eles perecerão, “porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos”.

3) A vida cristã baseia-se no conhecimento da verdade

1Coríntios 6.15-16: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne”.

4) O corpo de Cristo é edificado com verdade em amor

Colossenses 1.28: “O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”.
Que Deus nos torne pessoas apaixonadas por ele e pela verdade.

 

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2017/01/11-de-janeiro-apaixonado-por-deus-e-pela-verdade/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

domingo, 18 de dezembro de 2016

Igreja Uber ou Táxi

18.12.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Alan César Corrêa

 A igreja também não fica isenta das transformações da sociedade atual, ela precisa mudar, se reinventar e se adaptar para o novo perfil de pessoas

Igreja Uber ou Táxi
Igreja Uber ou Táxi
Dizer que os tempos mudaram é chover no molhado, já estamos cansados de ouvir sobre pós-modernidade, modernidade liquida, hipermodernidade e outros termos que se resumem em uma mesma conclusão para todo neologismo empregado a esse novo tempo que estamos vivendo.
O que precisamos fazer agora não é mais se gastar provando que o tempo não é mais o mesmo, mas partir do pressuposto que os tempos mudaram e traçarmos um caminho para seguir, ou seja, se de fato os tempos mudaram, o que vamos fazer com essa informação? Mais um artigo ou um plano de ação?
Se você está acostumado a correr em uma esteira as chances das coisas ao seu lado (paisagem) mudarem é quase nula, agora se você sai para correr pela rua tudo ao seu redor está em constante mudança, e você precisa mudar para melhor se adequar as mudanças.
Uma corrida que começa na pista de um condomínio, mas chegando em um determinado ponto a pista continua para fora dos portões (na rua), você não pode correr na rua como quem corria dentro do condomínio, a rua vai exigir maior atenção, pausas para farol e etc., caso você corra na rua como quem corre no condomínio isso pode custar a sua vida.
No mundo hoje o acomodamento diante das relevantes mudanças que vivenciamos eu não diria que pode custar sua vida, mas certamente vai resultar em sua estagnação (correr em esteira).
Alguns sinais na sociedade evidenciam bem essas mudanças, como por exemplo no caso do transporte individual o famoso aplicativo UBER, que percebendo a invariabilidade do TAXI veio com uma enorme evolução para o mercado.
O TAXI foi o mesmo durante muito tempo, diria que durante décadas, mas ele era o mesmo em uma sociedade em constante mudanças de tecnologia e de valores éticos e morais, e não mudou para atender a sociedade, pensou estar correndo em uma esteira, e por não acompanhar essas mudanças do meio em que estava; hoje sofre com a concorrência (UBER) que chegou contextualizado com o mercado.
Os empreendedores da UBER não fizeram uma nova pesquisa para provar que a era digital chegou, mas usando a informações e o percebimento que o tempo mudou, reinventaram uma das principais ferramentas de transporte.
A igreja também não fica isenta das transformações da sociedade atual, ela precisa mudar, se reinventar e se adaptar para o novo perfil de pessoas da cidade em que está realizando a missão de Deus. Do contrário, se entenderem que estão em uma esteira, onde nada ao redor muda, e que por isso nada que faz precisa mudar, vai estar literalmente em uma esteira, não vai chegar a lugar nenhum.
Eu sei que falar que a igreja precisa mudar e se ajustar a sociedade em seu torno é entregar pedras aos fundamentalistas para por eles ser apedrejado, para tanto permita me defender, a mudança proposta não é no que se restringe aos pilares da fé, credo, evangelho, o plano de Deus na salvação do homem, mas ao que se diz respeito ao seu formato, liturgia e organização. Enquanto sacralizarmos o formato de nosso culto, a sua organização e liturgia diante de uma sociedade em constante mudanças estaremos correndo em esteiras e provando para todo mundo o quanto somos religiosos.
O TAXI poderia ter mudado sua forma de atuação, mas a filosofia do “que sempre foi assim e deu certo” o levou ao declínio que enfrenta hoje. Frases desse tipo que usamos para justificar a mesmas ações de décadas passadas são a armadilha a armadilha de hoje.
Algumas igrejas vivem em uma outra realidade e talvez não carece de muitas mudanças, mas igrejas instaladas em grandes centros urbanos e que são exatamente a mesma desde a sua inauguração “a 35 anos atrás”, certamente é necessário revitalizar, torná-las “Igrejas UBER” e deixar de ser “Igreja TAXI”.

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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/igreja-uber-ou-taxi/

O cristão e a obediência

18.12.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Leandro Bueno

Isso é importante ter em mente, sob pena da obediência a Deus virar um mero legalismo vazio  

O cristão e a obediênciaHoje à noite, eu estava lendo a notícia de que o Superior Tribunal de Justiça, por meio de uma de suas turmas, deixou de considerar o desacato a funcionário público como crime. Desacatar alguém significa ofender, menosprezar, humilhar, desrespeitar, menoscabar.





Pensando sobre isso, fiz uma ligação direta com o momento atual que o mundo vive e a ideologia que o domina, totalmente afastada dos preceitos cristãos. É uma ideologia que vê a obediência e o respeito aos demais como coisas desnecessárias, limitador das pessoas.
Ou seja, algo que vai contra o hedonismo, a busca desenfreada por um prazer muitas vezes indizível e vazio. Portanto, as barreiras que se sobreponham a essa angustiada procura devem ser minadas, derrubadas.
Por outro lado, a lógica bíblica é de que se vemos a Deus como nosso Pai e acreditamos, de fato, que Ele tem o melhor para nós, devemos obedecer aquilo que Deus tem para nós. É o que se extrai de Romanos 8:28 quando diz que tudo cooperar para o bem daqueles que amam a Deus.
Ocorre que eu penso que a obediência a Deus, ela deve se dar pela aquisição de uma consciência madura de que o caminho do Senhor é algo essencial na nossa vida, e não ver essa obediência como uma mera imposição vinda de cima para baixa, uma espécie de apanhados de coisas que são certas e erradas.
Isso é importante ter em mente, sob pena da obediência a Deus virar um mero legalismo vazio e que tira a alegria de viver da pessoa, quando não vira um farisaísmo do tipo que se passa mais tempo querendo “enquadrar” o outro, ainda que ele tenha uma visão de mundo diferente, do que em amá-lo.
Na minha caminhada na igreja, uma das coisas que eu já vi mais ocorrer são pessoas que ficavam obcecadas em seguir regras impostas por líderes abusivos, e que nada tinham a ver com o verdadeiro Evangelho, pois muita gente confunde a instituição igreja com o que é de fato as boas-novas de Jesus, colocando tudo em um mesmo saco.
Um exemplo, sem querer generalizar ou fulanizar, é de uma igreja aqui em minha cidade, que se vale do sistema de células, o qual o líder praticamente controla tudo na a vida de todos os demais, que devem prestar contas com quem andam, com quem se relacionam, o que devem falar, etc. Uma espécie de “sharia” cristã. Aí, eu pergunto: Onde está a liberdade em Cristo ou isso é só uma balela de boca para fora?
É quando a fé se deixa manipular, fazendo pessoas virarem presas fáceis de toda sorte de abuso, estando machucados emocionalmente. Há, inclusive, um excelente livro acerca do tema chamado Feridos em Nome de Deus, da Editora Mundo Cristão, escrito pela jornalista cristã Marília de Camargo César.
Concluindo este texto, me fez lembrar de um senhor japonês amigo de minha esposa que me contava dias desses como na língua japonesa temos formas diferentes para se referir às crianças, adultos e idosos, como sinal de obediência e respeito. Ou seja, é algo internalizado de um povo em que o respeito pelas tradições e aos mais velhos e à tradição têm peso.
Infelizmente, no nosso mundo ocidentalizado atual, tradição é visto como velharia e para muitos descrentes a Bíblia seria apenas um livro de gente ignorante e analfabeta da época do bronze.

Nada mais longe da verdade, quando se tem a visão de que as verdades de Deus são eternas e imutáveis, queira o homem, na sua ignorância, admitir ou não, e a tradição um conjunto de coisas testadas ao longo dos tempos, com acertos e erros, que moldaram a própria unidade formadora de um povo.
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Fonte:https://artigos.gospelprime.com.br/o-cristao-e-obediencia/

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Os 5 Segredos dos Grandes Pregadores

06.12.2016
Do blog SEMINÁRIOS DE PREGADORES, 23.08.16
Por  Claudio Neri


Segredo 1 – Avalie se você tem o chamado para esse ministério

Todos nós temos o chamado de Deus para pregar o Evangelho, para anunciar as boas novas da salvação (Marcos 16:15). No entanto, algumas pessoas são chamadas por Deus para pregar esse Evangelho de uma forma especial, através da exposição da Palavra de Deus seja em um púlpito de uma igreja, num pequeno grupo, numa célula ou até mesmo em uma reunião evangelística ao ar livre. É muito importante que a pessoa que deseja ser uma pregadora da palavra entenda se tem realmente esse chamado.
Uma das formas de se saber isso é analisando o próprio coração: Você tem um grande desejo de ensinar as pessoas sobre as coisas de Deus? Gosta muito de estudar a Bíblia e de aprender os significados das passagens bíblicas? Fica torcendo para que alguém te chame para ministrar a palavra de Deus em algum lugar? Ora muito a Deus pedindo que te ajude a ser um bom pregador? Se você respondeu sim a essas perguntas é porque dentro do seu coração arde essa chama que Deus colocou em você para ser um pregador da Palavra.

Segredo 2 – Vida com Deus em ordem

Aquele que deseja ser um pregador deve saber que terá muita responsabilidade sobre si. Isso porque o pregador tem muito maior conhecimento sobre as verdades de Deus e, por isso, tem muito mais responsabilidade de ser um praticante delas. O pregador não é alguém que apenas comunica a mensagem de Deus, antes, ele a vive. Por isso, para ser um grande pregador é essencial que a vida do pregador esteja em ordem.
É preciso ter comunhão constante com Deus, proximidade com o Pai, pois Deus é a fonte de onde o pregador tira as suas mensagens. Um pregador sem uma vida cheia do Espírito Santo fatalmente pregará mensagens vazias e ficará envergonhado. Por isso, vale alertar que as disciplinas espirituais como oração, meditação na palavra, jejum, comunhão, serviço, etc., precisam fazer parte da vida do pregador.

Segredo 3 – Estudar a Bíblia todos os dias

A fonte das mensagens do pregador é Deus. E Deus deixou a Sua Palavra como a base do trabalho do pregador. Por isso, para ser um bom pregador é preciso muita, mas muita Bíblia. A vida de um bom pregador deve conter o estudo sistemático da Bíblia, ou seja, o estudo da Palavra deve fazer parte da rotina do dia a dia dele, mesmo que não tenha uma mensagem para preparar naquele momento.
O estudo da Bíblia prepara o coração do pregador para viver na presença de Deus e também para entregar a mensagem de Deus com unção e poder quando for solicitado pelo Senhor. Daí a importância de estar sempre preparado.

Segredo 4 – Pedir a Deus oportunidades

Um bom pregador não é alguém passivo, ou seja, que fica à espera de oportunidades para expor a palavra de Deus. O bom pregador é ativo, buscando sempre em oração a Deus oportunidades para ministrar a palavra da salvação, e sempre se colocando à disposição de seus líderes e da sua igreja para ser usado sempre que surgir oportunidades.
Sabendo disso o bom pregador está sempre estudando a Bíblia, sempre buscando a direção de Deus, anotando o que Deus fala com Ele para estar preparado para entregar uma pregação cheia das verdades da Palavra aonde Deus o enviar.

Segredo 5 – Preparar-se com bons recursos

Um bom pregador não pode achar que já nasceu pronto. Deus nos dá o Espírito Santo, mas também deseja que avancemos como cooperadores (1 Coríntios 3:9). Isso implica em fazermos a nossa parte. Sim, o bom pregador precisa estudar, precisa se preparar. Quando eu comecei a sentir o desejo de pregar a Palavra era muito, mas muito tímido. Só de falarem meu nome ficava todo vermelho. Cheguei a questionar o meu chamado diante de Deus.
Como alguém tão tímido poderia pregar a Palavra? Foi aí que Deus me fez entender que eu estava sendo lapidado. Deus colocou em meu caminho um pastor que me deu um curso de homilética (A arte de pregar) e também me ensinou muito sobre oratória. Com os vários treinos que fizemos a minha confiança foi aumentando e também o meu conhecimento. Foi aí que Deus foi me usando cada vez mais. É por isso que hoje indico a todos os que desejam ser bons pregadores que invistam um pouco em sua preparação.
Para quem não tem um curso presencial em sua cidade, eu indico o curso online “Seminário de Pregadores – Formando Mensageiros de Cristo”. Para sem um bom pregador o caminho da preparação é obrigatório!

Conclusão

Para ser um bom pregador é preciso muito mais do que vontade. É preciso entender o chamado de Deus e fazer a sua parte. Nada vai cair do céu. As dificuldades irão aparecer, mas vencer cada uma delas e entregar a mensagem de Deus as pessoas vale cada luta.
Investir em seu preparo é imprescindível. Tempo com Deus, leitura e estudo da Bíblia, muita oração e consagração, além de fazer a sua parte e estudar com bons cursos de pregação é algo muito importante!
Que Deus te use muito para honra e glória Dele!

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Fonte:https://www.seminariodepregadores.com.br/dicas/segredos-grandes-pregadores/