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domingo, 14 de junho de 2015

Teorias sobre a Origem – Deixando de lado

14.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Alan Lohse

Teorias sobre a Origem – Deixando de ladoQueria falar um pouco sobre as teorias de origem, tanto do Universo quanto da vida. Apesar de serem ensinadas como a verdade absoluta, não passam de teorias que nunca foram provadas.

A teoria de origem do Universo, mais conhecida como Big Bang, não poderia ser considerada de origem, pois não explica a origem de tudo em si. Esta teoria foi originalmente criada de acordo com dados astronômicos que revelam que as galáxias estão se afastando de um ponto inicial. O ponto inicial, que seria uma singularidade, ou seja, toda a massa do Universo concentrada num único ponto bem pequeno, se expandiu, mas ninguém sabe de onde essa massa saiu.

A teoria de fato não consegue explicar com clareza como as partículas existentes hoje se formaram. Mas deixando isso de lado, há também o problema da massa total que há no Universo não ser o suficiente para produzir a expansão da forma a confirmar os dados astronômicos atuais. Cerca de 60% da massa do universo é faltante.

Por isso, para a teoria continuar a existir, precisaram criar uma matéria imaginária que ninguém sabe onde foi parar, chamada matéria escura. Tal matéria nunca foi vista, mas insistem que está lá… tenhamos fé. Atribuem fenômenos estranhos como o fato das galáxias estarem se afastando à também sumida energia escura. Outra explicação tirada da cartola de algum cientista.

Mas vamos fingir que tudo isto funciona, e também vamos deixar isto de lado. Logo vem a pergunta. Se no início era uma singularidade, o que havia antes? O universo se contrairia e depois se expandia em um ciclo infinito? Na verdade, o fato das galáxias estarem se afastando cada vez mais rápido parece não confirmar isto.

E hoje sabem que os buracos negros não são tão estáveis e perdem energia emitindo raios-x até se desintegrarem, não veríamos um buraco negro engolir outro até voltarmos a singularidade inicial. Então, se havia uma singularidade até certo dia, por que ela expandiu de repente? Alguns cientistas dizem que na singularidade do Big Bang não faz sentido falar em antes, porque o tempo não existia.

Mas se o tempo não existia, então o estado inicial seria imutável e nunca haveria expansão nem mudança alguma. Porque a “força” que faz tudo mudar é o tempo. Se alguma coisa ou alguém fez com que mudasse, ele não poderia estar na própria singularidade.

Deixando também isto de lado, vamos então nos perguntar “Porque o universo tem esta quantidade de matéria, porque as leis da física são assim?” O nosso universo existe nesta forma e isto é um fato. Mas qual a possibilidade de existir um universo ordenado como o nosso e com esta massa e leis da física? A quantidade de possíveis universos desordenados é infinitamente maior do que a de universos ordenados.

Então a possibilidade de que um universo como o nosso existisse é de 1 para infinito, ou seja, ZERO. Não há possibilidade de um universo ordenado existir por acaso. Seria como se eu jogasse toras de madeira aleatoriamente de cima de uma plataforma e construísse embaixo uma casa com as toras que eu joguei.

Mesmo com toda a impossibilidade de um universo ordenado existirem ao acaso, vamos nos perguntar como surgiu a matéria, de onde ela veio? Existem duas explicações, segundo os físicos. Uma é que as flutuações de energia no espaço vazio criariam matéria. Mas flutuações de energia só podem ocorrer onde há campos, elétrico, magnético, gravitacional etc.

E só podem existir estes campos onde há matéria. Se inicialmente não havia matéria, o que produziu os campos? Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Mas mesmo assim vamos nos esforçar para acreditar nisso.  E se isto é verdade e o universo sempre existiu, segundo estas teorias, estaríamos sempre observando a produção de matéria.

Imagine que a matérias vem sendo produzida desde tempos infinitamente anteriores, hoje estaríamos com uma quantidade infinita de matéria, o que contraria a realidade de que temos uma quantidade limitada de matéria no universo. Há também a outra teoria que diz que o Big Bang foi produzido pela colisão de duas P-Branas. Duas P-Branas seriam as “membranas” que separam grupos de dimensões na teoria de cordas.É razoável dizer que deveriam ocorrer outras colisões como essa desde tempos infinitamente antigos e deveriam ter ocorrido infinitos Big Bangs, também produzindo uma quantidade de massa infinita. Não há como explicar a existência da matéria e nem porque o Universo existe na forma como é hoje com estas teorias.

Vamos pensar agora nas teorias de origem da vida. A teoria que todo mundo conhece e é amplamente aceita é a teoria da evolução das espécies de Darwin. Esta teoria quando foi lançada não explicava como ocorriam as mutações e nem como surgiu a primeira forma de vida. Mas deixando isto de lado, com o tempo outros cientistas foram aumentando a teoria até chegar ao que é hoje. Para explicar como surgiu a primeira célula, os cientistas fizeram um experimento, a experiência de Miller e Urey.

Eles colocaram alguns gases que eles imaginaram existir na Terra naquela época remota em que não havia vida ainda. Metano, CO2, hidrogênio, amônia e água, sem oxigênio, oxigênio faria tudo dar errado, esses são os gases que estariam na atmosfera. Em uma parte a água ficava em ebulição e em outra gerava faíscas elétricas.

O experimento deveria produzir, segundo a teoria, moléculas orgânicas. A experiência foi um fracasso, não foram produzidas as moléculas orgânicas, aí então eles introduziram moléculas orgânicas (colocando um substrato de argila que contém moléculas orgânicas) e deu certo, apareceram alguns aminoácidos. Mas depois de conseguir uns poucos aminoácidos concluíram que a primeira célula se formou assim.

Sabe-se que a proteína mais simples contém cerca de cem aminoácidos, e em algumas a ordem dos aminoácidos muda tudo, mas vamos deixar isso de lado também. A célula precisaria de um DNA que fizesse algum sentido, a capacidade de se autocopiar e uma membrana lipoproteica, fora outras organelas que desempenham papeis essenciais nas células e tudo isto bem próximo, porque se o DNA surgisse aqui e a membrana na China, acho que não daria certo.

De acordo com o livro “A Caixa Preta de Darwin”, para que houvesse uma possibilidade de 50% disso ocorrer precisaríamos de mais tempo do que a idade do universo (segundo a teoria do Big Bang aproximadamente 14 bilhões de anos).

Mas tudo bem, podemos deixar isso de lado também. Vamos ver a figura abaixo.

Esta imagem é como um ícone da teoria da evolução. Mas o que muita gente não sabe é que estes caras na foto não têm nenhum parentesco. Exames de DNA mitocondrial já provaram que os ditos bibi-bisavôs dos homens não eram seus parentes, ou seja, tem origem diferente. O homo sapiens deve ter sido adotado por algum macaco e ninguém contou a ele que ele era adotado.

Mas deixando também isto de lado, vamos ver se houve alguma evolução. A teoria diz que vão ocorrendo pequenas mutações e que com muito tempo novas espécies são produzidas. Mas existem vários mecanismos biológicos que não podem ser produzidos por pequenas mudanças ao acaso.

Os mamíferos são um grande exemplo. Não é possível o mecanismo mamário funcionar sem que tenhamos 3 coisas. A mama que produz leite, o filhote com boca que possa sugar e o reflexo instintivo para mamar. Não há possibilidade das três coisas evoluírem juntas ao acaso por pequenas mudanças aleatórias e depois formarem este mecanismo.

Este é apenas um dos casos em que mecanismos biológicos não podem ser explicados, existem milhares. Uma das coisas que a teoria diz é que quando há grandes mudanças no ambiente novas espécies são produzidas. Desde que o homem apareceu na Terra, nada produziu tantas mudanças quanto ele, mas nunca observamos nenhuma nova espécie.

Mas deixando isso de lado… bom, melhor deixar todas estas teorias de lado. A matéria do Universo não poderia ter se autocriado, a vida não poderia ter surgido ao acaso. A verdade é que o Universo foi criado. A ciência moderna erra ao descartar esta hipótese. Esta explicação, a criacionista, é a melhor explicação para a existência de um universo com ordem e onde existe vida.

Alguém criou isso tudo. Não estou apenas transferindo a pergunta para “se alguém criou, quem criou este Criador?” Afirmar que o universo foi criado, responde a questão, apenas perde-se o controle de determinados pontos da teoria. E da mesma forma que nada se poderia afirmar sobre o universo antes do Big Bang, não se pode afirmar muito sobre o Criador, mas podemos tirar algumas conclusões.

E este Criador não poderia ter feito tudo isto sem uma inteligência incrivelmente superior a tudo o que conhecemos. Sabemos também que onde há inteligência também há consciência e, porque não, sentimentos. E ainda, ninguém se daria a tanto trabalho sem um propósito ou por mera distração.

Da teoria do Big Bang só podemos tirar as conclusões de que no final nada do que fazemos importa, todo o conhecimento, culturas será perdido e toda a vida vai cessar de existir um dia. Porém, ao contrário do Big Bang, o Criador pode se dar a conhecer às suas criaturas, revelando o que Ele quiser a elas. Assim, uma parte do que sabemos vem do que vemos e outra nos é revelada. Mas qual das revelações é a verdadeira?

É verdade que várias religiões criaram seus deuses, mas na maior parte não eram criadores. Por exemplo, os deuses da mitologia grega não eram criadores. Na verdade, muito poucas mitologias possuíam um deus criador. Mas aqui não estamos falando de mitologia, mas de alguém que realmente existe e criou tudo.

Quais são os atributos do Criador? Ele deveria existir antes do próprio Universo, assim descartamos revelações que falem que Deus faz parte do Universo; Precisa ter muita inteligência e meios para criar tudo; Outro atributo importante, o de ser Um. Porque se fossem vários seria de se esperar que houvessem conflitos de escala celestial aqui na Terra.

E a revelação que procuramos é aquela onde um Deus Criador se revela, por isto vamos descartar aquelas que não têm um Deus com os atributos que listei acima. Existem hoje três religiões onde é apresentado um Deus Criador. O Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. O Judaísmo e o Cristianismo têm a mesma escritura, com a diferença que o segundo possui o Novo Testamento.

Já o Islamismo teve sua origem com elementos do judaísmo e do cristianismo. Mas esta religião começa negando que os profetas e as escrituras do Judaísmo e Cristianismo fossem verdade. Porém esta afirmação não tem bases, a história contada na Bíblia foi escrita anteriormente, como poderia o “profeta” reconstruir toda a história sem nenhum documento antigo, sem nenhum recurso arqueológico tanto tempo depois?

Hoje a arqueologia confirmou várias das informações contidas na Bíblia, ela acerta locais e nomes. O corão não tem sido confirmado pela arqueologia, já foram contados erros em localizações e nomes.O Novo Testamento da Bíblia, ao contrário do que muitos dizem, é um documento histórico confiável, ela atende a todos os critérios utilizados por historiadores com documentos antigos. Existem mais de 26000 fragmentos datados dos séculos 1 e 2.

O corão só possui uma única cópia e bem tardia, ele só foi escrito mais de 100 anos após a morte de Maomé. A Bíblia possui diversas referências às suas passagens em documentos antigos e também alguns de seus relatos são confirmados por historiadores não cristãos.

O corão, 700 anos depois, conta outra estória totalmente diferente para Jesus que não é confirmada por nenhuma outra fonte. A doutrina básica do corão é que para ir para o paraíso há duas formas, uma incerta, fazendo boas obras e a outra certa que é matando os infiéis (todos os que não são do islã).

A doutrina básica do cristianismo é a de que Deus ama a sua criação, mas que os pecados afastam os homens d’Ele e recebendo o sacrifício do Seu Filho, o homem é perdoado e vai para o paraíso. Mas ainda fica a questão do propósito, o corão não diz qual foi o propósito do Criador.

De todas as religiões, as únicas que fornecem a resposta para qual seria o propósito do Criador são o cristianismo e o judaísmo. O cristianismo nada mais é do que uma continuação do judaísmo para aqueles que aceitaram que Jesus Cristo é o Messias esperado, os judeus ainda esperam o Messias.

Porém no judaísmo não fica tão claro quais seriam os propósitos, Jesus completou a explicação. E eu convido àqueles que quiserem encontrar este propósito a procura-lo.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/teorias-sobre-a-origem-deixando-de-lado/

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Você crê na doutrina da trindade?

11.02.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por  Marcos Aurélio Dos Santos

UM POUCO DA HISTÓRIA
Você crê na doutrina da trindade?A doutrina da trindade não é um tema muito fácil de ser compreendido tanto biblicamente como historicamente. Investigando a historia da igreja no período patrístico, não é difícil encontrar os erros que os teólogos cristãos cometeram a cerca da trindade. Orígenes, teólogo da igreja de Alexandria (185-254 Dc), desenvolveu a doutrina com erros grosseiros. Ele acreditava que Deus era triuno, mas de uma forma hierárquica, ou seja, o pai era maior que o filho que era maior que o Espírito Santo. Assim a trindade de Orígenes era de três camadas, Deus em três níveis diferentes.
Mais adiante no ano 325 Dc, surge o pensamento de Ário, um presbítero de Alexandria, que como Orígenes, ele cria que o pai era maior do que o filho. Ário não admitia uma hierarquia de três seres divinos. Ele afirmava que apenas o pai era Deus e que o filho foi criado. Entendendo que ele não era eterno que teve começo e fim. Segundo a historia da igreja cristã, a doutrina de Ário foi condenada pela igreja no concilio de Nicéia em 325 e excluída totalmente no concilio de Constantinopla em 381 Dc. Nesse período, os principais defensores da doutrina da trindade foram Atanásio, diácono, sucessor de Alexandre como bispo de Alexandria (328Dc) como também o próprio Alexandre.
BASE BÍBLICA
A doutrina da trindade, verdade bíblica é encontrada tanto no velho como no novo testamento. É importante considerar um fato relevante de Deus a cerca dessa doutrina. Partindo do pressuposto de que a revelação de Deus é progressiva, ou seja, começando no antigo e encontrando seu ápice no NT na pessoa de Cristo, não iremos encontrar clareza no AT sobre a doutrina da trindade. Como diz A.B Langston: ”no velho testamento não esperamos encontrar ensinamentos claros dessa doutrina, mas ao menos haveremos de encontrar, sem muito trabelho, sugestões apreciáveis.” Portanto, a examinar algumas passagens, no AT que ensinam a doutrina da trindade.
Podemos ler Gn 1. 26: “façamos o homem a nossa imagem conforme semelhança”. Observa-se no texto que o verbo fazer encontra-se no plural, como também a expressão “nossa semelhança”, sugere que a trindade é encontrada na criação do homem.
Lendo Gn 22.11,15, o anjo do Senhor é identificado como Jeová. Possivelmente ele pode ser identificado como a segunda pessoa da trindade.
Ainda em Gn 11.7, quando Deus confunde as línguas dos homens em Babel, ele não desse sozinho. A expressão “desçamos e confundamos” indica que os verbos descer e confundir encontram-se no plural dando a entender que a trindade agiu também no episódio da torre de babel.
Veja também: Gn 22.11; Gn 22.15; Gn 31.11; Gn 16.9; Ex 3.4,5; Jz 13.21,22; Sl 107.20; Iz 9.6; Sl 45.6-7.
Vejamos agora a base bíblica da doutrina da trindade no NT.

Como falamos anteriormente, é no novo testamento que a doutrina da trindade se revela de forma clara e completa. São várias as passagens que falam dessa verdade bíblica. Uma das passagens mais citadas é João1. 1 que fala sobre a deidade de Jesus que diz: No principio era o verbo, e o verbo estava com Deus.
O texto mostra claramente a deidade de Jesus Cristo, ou seja, Jesus é revelado como a segunda pessoa da trindade. Ele estava desde o principio com o pai, ele não foi criado, mas já existia com o pai antes criação. Em João 20.28 lemos “Tomé respondeu e disse: Senhor meu, e Deus meu” e Jesus ouviu estas palavras de Tomé sem protestar, aceitando o testemunho que ele dava de sua deidade.
No batismo de Jesus a trindade se manifesta na pessoa do pai como uma voz que vinha do céu que disse: este é o meu filho amado a quem me comprazo, no filho e no Espírito Santo em forma corpórea (Mt 3.16-17). Na primeira carta do apostolo Paulo aos Coríntios encontramos o envolvimento da trindade no exercício dos dons espirituais. Ele diz: Ora os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo, e há diversidades no serviço, mas o senhor é o mesmo, e há diversidades nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos (1Co 12.4-6).
Vejamos algumas citações feitas por A.B Langston a cerca da trindade no NT.
 Jesus possui os atributos de Deus (Jo 5.26; 3.16; Lc 1.35; Jo 1.1; Mt 28.18,20)
 As obras de Deus são atribuídas a Cristo (Jo 1.13; 1Co 8.6; Cl 1.17; Hb 1.10)
 Jesus recebe aceitação, honra e adoração devida somente a Deus (Jo 5.23; At 7.59; Rm 10.9,13; Hb1. 6).
 Passagens que ensinam a eternidade do Espírito Santo (Gn 1.2;Sl33.6)
 O espírito Santo em conexão com o filho (Mt 28.19).

CONCLUSÃO
Concluímos que doutrina da trindade é bíblica e fundamental para ensino Cristão. Negar essa doutrina é rejeitar todo o plano de redenção de Deus para a salvação do homem por intermédio do seu filho Jesus Cristo. A meu ver, todo cristão deve estudar essa doutrina que é de grande relevância para a fé em Cristo Jesus.
BIBLIOGRAFIA:
LANGSTON a.b, Esboço de Teologia Sistemática, Rio de janeiro: Juerp, 1994.305p.
BÍBLIA DE ESTUDOS SHEDD, São Paulo: Vida Nova, 1998. 1786p.
SHEDD Russell p. Criação e Graça. Reflexões sobre as revelações de Deus, São Paulo: Shedd publicações, 2003. 109p.
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/voce-crer-na-doutrina-da-trindade/

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O Domingo Cristão X o sábado judeu

21.01.2015
Do blog PREGAÇÔES E ESTUDOS BÍBLICOS
Por PR. WELFANY NOLASCO RODRIGUES

Muito se tem questionado sobre a questão da guarda ou não do dia de sábado como dia do Senhor, então vejamos algumas considerações a respeito:

O QUE ERA O SÁBADO?

Sábado significa descanso (schabat) e uma ordenança Divina para o bem estar do homem envolvendo sua saúde e também para impedir a ganância. Todo feriado e festa judaica era chamado de sábado não importando o dia em que caísse. Então havia semanas que tinham 2 ou até 3 sábados e em semanas como a da festa dos tabernáculos e dos pães asmos, todos os dias da semana eram chamados de sábado. Além disso, existiam meses e anos sabáticos estabelecidos pela lei judaica.

Qualquer dia de descanso pode ser chamado de sábado. Para Deus mais importa que o homem o sirva, do que o dia que vai descansar, porque “o sábado existe por causa do homem e não o homem por causa do sábado”(Lucas 2.27). Deus já havia avisado o fim do sábado a muito tempo dizendo:“Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades” (Ozéias 2.11). Esta profecia sobre o fim do sábado foi cumprida em Jesus, “o Senhor do sábado” (Marcos 2.28) que não guardou o sábado da forma que os judeus queriam.

Antes de saírem do Egito, o povo não guardava o sábado, assim como os patriarcas. Depois foi feita uma aliança entre Deus e Israel. Em Deuteronômio 5.15 diz que a ordenança de guardar o sábado foi como uma lembrança a Israel da libertação do Egito, quando o povo era escravo, mas depois se tornaram livres e poderia até descansar um dia na semana. Isso mostra que é exclusividade do povo judeu (leia Êxodo 31.16,17).

Se formos levar ao pé da letra, podemos interpretar que Deus também trabalhou no sétimo dia e depois descansou, pois “havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra da criação” (Gênesis 2.2).

A questão da lei: A igreja cristã poderia manter o dia de descanso no sábado e servir a Cristo, porém se guardasse um só preceito da lei seria obrigada de todos os outros (Tiago 2.10) e estaria servindo a dois senhores (Mateus 6.24). Então não guardamos sábado porque não estamos mais debaixo da lei e sim da graça (Romanos 6.14).

Qual foi a função da Lei?[1]

“Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fossemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gálatas 3.23-26).

A função da lei foi educar (aio = educador) e ensinar o que é certo e o que é errado para o povo que estava saindo do Egito e precisavam formar uma nação organizada. O Antigo Testamento nos ajuda a aprender sobre o pecado (Romanos 3.20; 28-31 e 7.7) e o evangelho (N.T.) ensina vencer o pecado pela fé através da Nova Aliança que temos em Cristo Jesus (Hebreus 9.15-20).

Paulo ensinou aos crentes não se preocuparem com os preceitos da lei para que “ninguém, pois vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra de coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16,17).

Os cristãos que guardavam o sábado foram repreendidos pelo apóstolo Paulo: “Mas agora que conheceis a Deus, ou antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando outra vez aos rudimentos fracos e pobres, aos quais quereis ainda escravizar-vos? Guardais dias e meses e tempos e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco” (Gálatas 4.9-11).

Como foi a mudança do sábado judeu para o domingo cristão?      

A transição do sábado para o domingo como dia de descanso e culto dominical, erroneamente se prega que foi uma instituição de Constantino (Imperador Romano que se converteu ao Cristianismo e oficializou a religião Cristã no império). Ele apenas confirmou a prática tradicional da igreja em guardar o domingo oficializando o dia de descanso no calendário do império. Na cultura romana se cultuava o deus Sol no primeiro dia da semana, daí se dizer que guardar o domingo provém de origem pagã. Porém, na mesma cultura romana, no sábado se cultuava o deus Saturno. Muito antes de Constantino se converter a Igreja Primitiva já fazia seus cultos no domingo.

“No cristianismo primitivo ainda existia a guarda do sábado, mas antes de chegar à noite já os fiéis se reuniam para preparar o domingo, dia do Senhor, quando se comemorava sua ressurreição e subida aos céus. A guarda dos dois dias era realmente pesada, o que levou Paulo a fixar o repouso no domingo, primeiro dia da semana, mas essa prática se impôs somente a partir do século IV” [2].

O 4º mandamento tem confirmação no Novo Testamento?

No Novo Testamento não encontramos nenhuma sequer vez a ordem de guardar o sábado, embora encontremos muitos questionamentos e reprovações observância do sétimo dia.

O novo concerto sob o qual estamos não existe ordem para guardar o sábado, embora encontremos todos os outros no decálogo.
Veja o quadro comparativo:

Ordenança
Antigo Testamento
Confirmação no Novo Testamento
1º Mandamento
Êxodo 20.2,3
I Coríntios 8.4-6 e Atos 17.23-31
2º Mandamento
Êxodo 20.5,6
I João 5.21
3º Mandamento
Êxodo 20.7
Tiago 5.12
4º Mandamento
Êxodo 20.8-11
?
5º Mandamento
Êxodo 20.13
Efésios 6.1-3
6º Mandamento
Êxodo 20.13
Romanos 13.9
7º Mandamento
Êxodo 20.14
I Coríntios 6.9,10
8º Mandamento
Êxodo 20.15
Efésios 4.28
9º Mandamento
Êxodo 20.16
Colossenses 3.9 e Tiago4. 11
10º Mandamento
Êxodo 20.17
Efésios 5.3

Algumas razões para guardarmos o Domingo como dia de descanso[3]:

Jesus ressuscitou dentre os mortos no primeiro dia da semana (João 20.1).

Jesus apareceu a dez de seus discípulos naquele primeiro dia da semana (João 20.19).

Jesus esperou uma semana e no outro primeiro dia da semana apareceu aos onze discípulos (João 20.26).

A promessa da vinda do Espírito Santo cumpriu-se no primeiro dia da semana no dia de Pentecostes, que pela lei caía no primeiro dia da semana (Levítico 23.16).

No mesmo primeiro dia da semana foi pregado pelo apóstolo Pedro o primeiro sermão evangelístico sobre a morte e ressurreição de Jesus (Atos 2.14).

Nesse dia os três mil conversos foram unidos à primeira eclesia neotestamentária (Atos 2.41).

No mesmo primeiro dia da semana o rito do batismo cristo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo foi ministrado pela primeira vez (Atos 2.41).

Em Trôade os cristãos reuniam-se para culto no primeiro dia da semana (Atos 20.6-7).

Paulo instruiu os cristãos em Corinto a fazer contribuições no primeiro dia da semana (I Coríntios 16.2).

No primeiro dia da semana Cristo veio ao apóstolo João na ilha de Patmos (Apocalipse 1.10).

CONCLUSÃO:

Esta é uma questão de se entender o Plano de Salvação, começando com os judeus através da lei e concluindo com todos os povos em Cristo através da Graça. Em Hebreus 4.7-9, fala a respeito de um “outro dia e do descanso” que Deus provê para o seu povo, um descanso muito superior a qualquer dia que tenhamos aqui na terra e esse descanso que nós cremos que vamos receber do Pai lá na glória. Em Cristo não importa o dia de folga que tiramos do serviço, mas sim nossa devoção a Ele TODOS OS DIAS da nossa vida (Salmo 118.24).

Assim como os demais cristos, não guardamos o dia de Sábado como dia do Senhor e sim o Domingo, porque vivemos pela graça de Cristo, comemoramos a sua ressurreição e não aceitamos a pregação da salvação pelas obras da lei.


[1] Revista Em Marcha, OS DEZ MANDAMENTOS, Imprensa Metodista, 2 Edição, 1993
[2] Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicaes Ltda.
[3] CABRAL, J. Religiões, seitas e heresias. Ed. Gráfica Universal, 1ª ed., São Paulo, 1998.
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Fonte:http://www.esbocosermao.com/2011/12/o-domingo-cristao-x-o-sabado-judeu.html

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O Servo Exaltado

15.09.2014
Do blog ESTUDOS BÍBLICOS
Por Dennis Allan
 
Isaías, um judeu que escreveu 700 anos antes de Cristo, era um dos mais famosos profetas da nação de Judá. Seu livro, conhecido apenas como Isaías, é citado muitas vezes no Novo Testamento por causa das suas mensagens sobre a fé e, principalmente, sobre a vinda do Messias. 
 
É nesse livro que encontramos quatro trechos chamados de Cânticos do Servo. São mensagens sobre o Messias (de uma palavra hebraica que significa Ungido, que é o sentido da palavra grega traduzida Cristo no Novo Testamento). Esses cânticos incluem expressões bem conhecidas por causa do seu uso no Novo Testamento, tanto nos Evangelhos quanto nas epístolas, para falar sobre Jesus e seu papel de Salvador.
 
O primeiro cântico introduz o Servo (Isaías 42:1-4). Deus disse: “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz” (42:1). O Pai falou assim do Filho quando este foi batizado e quando foi transfigurado diante dos seus apóstolos (Lucas 3:22; Mateus 17:5). O mesmo cântico fala sobre a justiça para os gentios (as outras nações) e sobre a mansidão desse Servo.
 
O segundo cântico fala sobre a missão do Servo (49:1-6). Neste cântico, o próprio Servo diz que foi chamado para seu papel como Servo do Senhor. Ele tem a boca como espada aguda (nos lembra da descrição de Jesus em Apocalipse 1:16; 2:12). O Servo fala do seu trabalho frustrante, mas é glorificado por Deus para ser exaltado sobre gentios, também (49:6).
 
O terceiro cântico focaliza a obediência do Servo (50:4-9). O contexto desse cântico trata da rebeldia do povo de Deus, que procurava suas próprias soluções quando deveria ter confiado em Deus. É desse meio que aparece o Servo, que ouve e pratica o que o Pai lhe diz, mesmo quando maltratado pelos outros: “O SENHOR Deus me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde, não me retraí. Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam” (50:5-6). Jesus foi obediente até a morte (Filipenses 2:8). É interessante observar que a defesa que Deus dá para o Messias é a mesma que o Senhor dá para seus servos humanos. Em Isaías, o Servo diz: “Perto está o que me justifica; quem contenderá comigo? Apresentemo-nos juntamente; quem é o meu adversário? Chegue-se para mim” (Isaías 50:8). Paulo usa a mesma linguagem para falar sobre a maneira que Deus protege os cristãos (Romanos 8:31-34).
 
O quarto e mais conhecido cântico descreve o sofrimento do Sofredor (52:13 – 53:12). Este cântico é rico em seu conteúdo messiânico, descrevendo o papel de Jesus em tomar sobre si as iniquidades dos outros e ser levado como cordeiro ao matadouro para sua morte. A comparação desse cântico com os Evangelhos mostra a importância do trecho e suas profecias sobre a crucificação de Cristo. O cântico se divide em cinco estrofes:
 
1) O Servo exaltado (52:13-15). Ele seria elevado por meio do sofrimento!
 
2) O Servo padecedor desprezado (53:1-3).
 
3) O Servo sofre pelos nossos pecados (53:4-6). Que trecho rico sobre o papel de Jesus como Salvador!
 
4) O Servo se submete em silêncio ao sofrimento (53:7-9). Foi a partir desse trecho que Filipe ensinou o etíope (Atos 8:32-35).
 
5) O Servo, depois de cumprir a sua missão, é exaltado (53:10-12). Paulo enfatiza o mesmo fato em Filipenses 2:9-11.
 
O Messias é o Servo descrito em profecias reveladas por meio de Isaías sete séculos antes da vinda de Jesus Cristo.
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Fonte: http://estudosdabiblia.net/jbd300.htm