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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Uma Apreciação Crítica do livro de Rudolf Bultmann, "JESUS CRISTO E MITOLOGIA"

19.04.2024
Do blog de TIAGO ABDALA, 19.06.09
Por Tiago Abdala

O livro de Rudolf Bultmann "Jesus Cristo e Mitologia" é uma coletânea de palestras proferidas em diversas faculdades e universidades, muita delas situadas no continente norte-americano.[1] A obra é concisa, mas explica e defende importantes pontos da hermenêutica da desmitologização,[2] proposta por Bultmann, em sua abordagem do Novo Testamento. Dentro disso, questões como escatologia, mito e história, existencialismo filosófico e revelação são tratadas pelo autor.

No primeiro capítulo do livro (p. 11-18), procura-se mostrar a concepção, tanto de Jesus quanto da comunidade cristã primitiva, de que o reino de Deus se constituía num grande drama cósmico escatológico, que traria o julgamento sobre os injustos e inauguraria o novo tempo de felicidade para os justos. Tal perspectiva é entendida por Bultmann como mitológica e antiga, portanto, totalmente incompreensível para o homem moderno, o qual possui uma concepção de mundo científica e enxerga os eventos como uma relação de causa e efeito. Assim, ele propõe a necessidade e possibilidade de se interpretar o significado mais profundo por trás das concepções mitológicas da pregação neotestamentária, a fim de que esta continue a ser relevante para o homem moderno.

Sem dúvida, é importantíssima a percepção de Bultmann acerca da distinção entre a cosmovisão da época dos autores bíblicos e da era moderna. Qualquer método hermenêutico bíblico que se preze, precisa compreender o abismo histórico, científico e cultural interposto entre o leitor moderno e o autor bíblico. Além disso, o autor destaca com propriedade a necessidade de se perceber qual a relevância da mensagem do Novo Testamento para o mundo de hoje. Isto, certamente, é uma resposta à escola da “história das religiões”, a qual por meio do método histórico-crítico se preocupava em compreender o passado sem dar importância ao seu relacionamento com o presente.[3] Ele demonstra sensibilidade e perspicácia, ao questionar o uso meramente ético da mensagem de Jesus e, também, em reconhecer que há algo mais na pregação do reino de Deus além de sua redução ao evangelho social. Tais observações confrontam diretamente o liberalismo teológico, especialmente as propostas de Schleiermacher, Ritschl e Harnack que reduziram o cristianismo à ética do amor e justiça, e à preocupação com questões sociais.[4]

Em contraparte, a ligação direta que o autor faz do conceito de reino de Deus escatológico de Jesus com os círculos judaicos de sua época requer consideração. A única distinção que Bultmann faz entre as duas perspectivas escatológicas, diz respeito aos detalhes das descrições apocalípticas, presentes nos escritos judaicos, mas ausentes na mensagem de Jesus. Com exceção disto, para Bultmann, Jesus “não deixou de participar da expectação escatológica de seus companheiros”.[5] Porém, o autor falha em não observar que há diferenças profundas por trás das semelhanças superficiais.

Uma delas é a perspectiva exclusivista refletida nos escritos apocalípticos judaicos, pós-exílicos, a respeito do reino de Deus como pertencente a Israel e que promove sua soberania sobre as demais nações (Ver Assunção de Moisés 10.8-10; Jubileu 15.31; 31.7-17). Enquanto isso, o reino de Deus proclamado por Jesus requer o arrependimento e confiança nas boas novas do reino por parte de todos, sejam judeus ou gentios (Mc 1.15; 10.15; Lc 5.27-32). Os próprios filhos naturais do reino poderão ficar fora dele, ao passo que muitos gentios entrarão e participarão de seu banquete (Mt 8.11-12).

Outro exemplo que revela uma diferença marcante entre o judaísmo e a mensagem de Jesus é o conceito messiânico. Para o judaísmo, o Messias possui um caráter fortemente político (cf. Salmos de Salomão 17.21ss; 4 Edras 7.26ss; Apocalipse de Baruque 72ss), em nada se assemelhando ao Servo Sofredor, proclamado e vivenciado por Jesus, que dá a sua vida como resgate de muitos (Mt 20.28; Mc 8.29-31; 10.45).

O significado da mitologia desenvolvido por Bultmann, ainda no primeiro capítulo, requer avaliação e crítica. Especialmente, por igualar a visão mitológica antiga com a cosmovisão bíblica:

A mitologia ... Crê que o mundo e a vida humana têm seu fundamento e seus limites em um poder que está mais além de tudo aquilo que podemos calcular ou controlar. A mitologia fala deste poder de forma inadequada e insuficiente, porque o considera um poder humano. Fala de deuses, que representam o poder situado mais além do mundo visível e compreensível...
Tudo o que acontece é igualmente válido para as concepções mitológicas que se dão na Bíblia.

Os evangelistas, inclusive João, não parecem retratar a vida e obra de Jesus de Nazaré em termo míticos ou simbólicos. Sua preocupação é mostrar que são testemunhas reais ou pesquisadores de um evento que se deu no tempo e espaço, passível de constatação humana. Lucas, no início de seu evangelho, ressalta que sua obra é fruto de investigação cuidadosa acerca dos fatos ocorridos durante a vida, morte e ressurreição de Jesus (Lc 1.1-4). João mostra que a visão humana do primeiro século não era exclusivamente mitológica como Bultmann afirma, pois, diante do anúncio acerca da ressurreição de Jesus pelos discípulos, Tomé demonstra um ceticismo digno do homem moderno (Jo 20.24-25) e só crê quando se depara com o fato diante de seus olhos (20.26-29).

No Novo Testamento, a Primeira Carta de João tem como um dos focos principais refutar a perspectiva mitológica do gnosticismo incipiente e, para isso, o apóstolo descreve Jesus como um ser humano histórico, capaz de ser visto, ouvido e apalpado (1 Jo 1.1-4). Quando Paulo afirma a ressurreição física de Cristo, não deixa espaço para a idéia de mito, mas, fundamenta este fato no testemunho de várias pessoas que se encontraram com o Jesus ressurreto (1 Co 15.3-8). Igualar a perspectiva mítica de religiões antigas à cosmovisão do kerygma bíblico é um equívoco grotesco.

No segundo capítulo do livro (p. 19-28), o autor desenvolve o significado da escatologia neotestamentária, traçando paralelos e distinções entre o pensamento bíblico e o grego. Como resultado, Bultmann destaca que dentro do pensamento escatológico cristão se encontra a concepção de que este mundo carece de valor, por causa da maldade humana e devido ao juízo iminente de Deus. Assim, os homens são chamados ao arrependimento e ao cumprimento da vontade de Deus, na expectativa da felicidade futura e eterna, após a morte, que trará liberdade do pecado e comunhão serena com Deus. Para o autor do livro, tal perspectiva é entendida como mitológica, cujo sentido mais profundo significa estar aberto ao futuro de Deus para cada ser humano, o qual será de juízo para aqueles que se prendem a este mundo e não se abrem ao futuro divino.

A desmitologização da escatologia bíblica implica em ver o reino escatológico em seu início na vinda de Jesus e como um acontecimento presente. Assim, Bultmann entende que tanto Paulo, de modo parcial, e João, de maneira radical, iniciaram este processo hermenêutico em seus escritos. No capítulo seguinte (p. 29-35), de modo mais específico, propõe-se a demonstração da diferença entre a visão bíblica, que cria em milagres mediante a intervenção direta do sobrenatural sobre o mundo natural, e a perspectiva moderna que busca compreender os acontecimentos do mundo de forma racional, indagando a respeito de suas causas e recorrendo aos resultados das diversas ciências.

O autor chega à conclusão de que é necessário abandonar a visão de mundo mitológica bíblica, a fim de perceber a importância de seu sentido mais profundo, o qual consiste num chamado ao homem moderno para que abandone toda a segurança em suas próprias capacidades e recursos científicos e se disponha a encontrá-la somente em Deus. Assim, diante da invisibilidade e incompreensibilidade de Deus no âmbito do mundo e pela razão humana, a fé consiste em estar aberto para encontros existenciais e pessoais com Deus, o qual permanece um mistério.

As observações e propostas de Bultmann nestes dois capítulos, resumidos acima, mostram-se deficientes em alguns pontos. Primeiramente, não se pode dizer que Paulo e João iniciaram o processo de desmitologização da pregação escatológica de Jesus, pois, ainda que enxergassem certos acontecimentos ocorridos com Cristo e a partir de sua ressurreição como cumprimento das esperanças proféticas, isso não os levou a descartar a cosmovisão bíblica de milagres e da ação do sobrenatural neste mundo. É verdade que para Paulo a ressurreição de Cristo marcava o início da era escatológica (1 Co 15.20-23; 2 Tm 1.10), mas seu cumprimento pleno é visto, ainda, como futuro, na segunda vinda dele e na ressurreição/transformação dos que lhe pertencem (1 Co 15.23, 50-57; cf. 2 Tm 4.1; Tt 2.13). Já participamos dos últimos dias, mas ainda não completamente. Portanto, a citação de 1 Coríntios 15.54 pelo autor do livro,[6] como indicação de uma compreensão paulina do cumprimento presente das expectativas escatológicas, é totalmente inadequada e fora de contexto, já que Paulo faz este pronunciamento diante de algo que ainda está por se cumprir, não como uma realidade completamente presente (tóte genésetai ho lógos ho gegramménos, katepóthe ho thánatos eis nîkos).

Além disso, a suposta desmitologização radical de João, interpretando o julgamento e ressurreição escatológicos como ocorridos totalmente na ressurreição de Jesus (“Para João, a ressurreição de Jesus, Pentecostes e a parousia são um só e mesmo acontecimento”[7]), conforme defende Bultmann, não pode ser sustentada diante de um exame mais acurado da escatologia joanina. Por exemplo, no evangelho há a menção da ressurreição futura no “último dia” (Jo 6.39-40, 44, 54) e de um juízo ainda por se dar no “último dia” (Jo 12.48). Na primeira Epístola, a parousia é um acontecimento futuro que se aguarda com esperança, não um evento concretizado no passado (1 Jo 3.2-3).

Outro ponto baixo, dos dois últimos capítulos resumidos, se dá quando o autor busca explicar o significado de fé na proclamação neotestamentária. Sem dúvida, ele acerta em dizer que fé implica em deixar a confiança em si mesmo e depositá-la exclusivamente em Deus (cf. Gl 3.1-13). Todavia, a fé na pregação bíblica não se perfaz simplesmente num abandono abstrato da própria seguridade para se lançar num encontro existencial com o divino, mas, requer, também, atitudes específicas como a confissão de que os pecados pessoais ofendem a santidade de Deus e afastam o ser humano dele, além da confiança na salvação oferecida por Ele, em sua infinita graça, mediante seu Filho, que torna possível a reconciliação entre o homem e Deus (Rm 3.9-26; Ef 2.1-18).

Portanto, a fé não subentende o abandono da razão, como propõe Bultmann, mas o uso desta para entender a mensagem clara e inteligível do evangelho, depositando a confiança em tal mensagem. A mudança de vida mediante a fé em Cristo se caracteriza pela compreensão da verdade e uma transformação radical no modo de pensar, conforme o ensino paulino (Ef 4.17-24). Ainda que Deus seja incompreensível, Ele é cognoscível e sua ação redentora pode ser vista na história humana mediante a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo (Rm 5.8; Hb 1.1; 1 Jo 4.9-16).

[1] BULTMANN, Rudolf. Jesus Cristo e Mitologia. São Paulo: Novo Século, 2003. p. 7.
[2] Idem. p. 37
[3] HASEL, Gerhard. Teologia do Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Academia Cristã, 2007. p. 329-330.
[4] Ver síntese do pensamento destes teólogos em OLSON, Roger. História da Teologia Cristã. São Paulo: Vida, 2001. p. 557-568.
[5] BULTMANN, Rudolf. Op cit. p. 12.
[6] BULTMANN, Rudolf. Op cit. p. 26.
[7] BULTMANN, Rudolf. Op cit. p. 27.
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Fonte:http://tiagoabdalla.blogspot.com/2009/06/jesus-cristo-e-mitologia.html

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Pentecostal: que tipo de pregador e mensagem você tem ouvido e recebido em sua igreja?

01.02.2018
Do portal GOSPEL MAIS, 15.11.17
Por Silvio Costa*
Eu posso escrever sobre os pentecostais porque também sou um pentecostal. E testemunho que os melhores dias da minha vida foram e estão sendo vividos neste meio cristão (meio em que pretendo permanecer, pois foi nessa família que encontrei as maiores experiências e exemplos de ser integrante da igreja de Cristo). O poder, autoridade e consequente ousadia conferida as testemunhas de Jesus (Mt 10:8; Mc 16:15-18; At 1:8) podem se notar vigorosamente entre os pentecostais tais como: conversões, pessoas realmente sendo transformadas pelo poder de Deus, curas, batismo no Espírito Santo, dons espirituais, libertações, milagres e maravilhas conforme descritos em o Novo Testamento para os nossos dias (At 2:38, 39), pois não cessaram!
O que expus acima, visa evitar que algum imprudente – geralmente o que opina mesmo antes de conferir a exposição na íntegra – não cometa o pecado de julgar-mecomo mais um crítico externo ao movimento e portanto, sem conhecimento do assunto ou desprovido de autoridade para falar dos problemas e ameaças que existem e rondam este grande e particular segmento da fé evangélica no Brasil. Dito isso, passo a expor minhas observações quanto ao que tenho assistido e ouvido como pregação da Palavra de Deus em grande parte dos nossos eventos e festividades, principalmente.
Falando a verdade, para ser “pregador bom” (o contrário de bom pregador) para a sincera e simples massa pentecostal, você precisa ser conferencista internacional, adornar-se com uma bela e escandalosa pedra de ametista encravada num bonito anel (ou seja, manifestar que você é bacharel em teologia. Infelizmente, para um monte desses conferencistas, isso é apenas faz de conta – pois se quer sabem o que são o método histórico crítico, análise retórica, análise narrativa ou semiótica). Mas o que começou nos dedos desceu aos pés dos mais famosos e abastados e passaram a usar uns sapatos de escamas (couro) de cobra; mas aos aspirantes que ainda não tem grana para exibir essas questionáveis extravagâncias – passam a usar sapatos brancos ou vermelhos – pois quanto mais chamarem a atenção a si mesmos, melhor. E continuando, orquestrar o timbre de voz, ser apelativo às emoções do auditório e ser meio esquisito. Sim, principalmente esquisito mesmo, daqueles que chutam e esbofeteiam o ar, que saem de si (pois é o que insinuam) quando rodopiam, olham para o vazio, elevam o olhar e dizem: “eu vou falar Papai”, como se naquele momento estivem recebendo uma nova revelação para a igreja. Mas a performance só se completa com caras, bocas e contrações faciais. Te pergunto: isso é ou não é incoerente e esquisito para quem se diz um sério e comprometido pregador do Evangelho?
Porque a grande parte dos “conferencistas internacionais” que dizem ser pregadores pentecostais, precisam agir assim? Resposta: porque a maioria dos crentes pentecostais gostam de pregadores assim. E se gostam, seus pastores mais inconsequentes ainda (sem generalizar é claro) convidam os tais oradores, pagam os cachês que os tais insistem em taxar de oferta, mas sabemos que é cachê mesmo (pois se propor valor abaixo do que pedem, eles simplesmente não vão ao evento). E aí meu irmão, se o sujeito é PAGO e CONTRATADO como ATRAÇÃO dessas festividades polvorosas – é só acender o estopim que o SHOW literalmente vai acontecer – e mais que isso, vão explodir exageros, implodir a ordem da celebração e o que era para ser um CULTO DE GRATIDÃO transforma-se num ESPETÁCULO DE ESTRANHEZAS com gente caindo, rodando e correndo para tudo quanto é canto do ambiente com o pretexto litúrgico de que a glória de Deus desceu.
De onde esses profissionais do púlpito tiraram essas composições e performances? Acaso aprenderam na bíblia com Cristo e seus apóstolos sobre os trejeitos da face, a ostentação das vestes e a na maioria das vezes a notória e deliberada distorção das Escrituras? Claro que não! Essa estirpe de pregadores nada mais é que o espectro dos “expositores showman” de um importante congresso missionário que anualmente ocorre em Camboriú-SC, e com versões menores em suas sucursais representativas país afora.
O trabalho da igreja e da entidade por trás do aludido congresso, de fato tem feito a diferença na obra missionária e devemos louvar a Deus por isso, mas do ponto de vista bíblico, hermenêutico e homilético (referência específica a grande parte do conteúdo das mensagens que nesse congresso são apresentadas), é uma ofensa a genuína e boa pregação evangélica. Muitas exposições que lá são apresentadas podem ser classificadas como heresias do tipo: a última transferência das riquezas em que se afirmou que Deus tiraria a riqueza das mãos dos ímpios e as transferiria para as mãos dos crentes (de onde tiraram isso senão de algum compêndio herético da teologia da prosperidade). Ou algum absurdo do tipo: Jesus tinha uma grande casa na praia (praticamente uma mansão).
Sem falar de devaneios interpretativos. Lembra da polêmica pregação “Somos deuses” em que o deputado-pregador apresentou no congresso de Camboriú? Dispensa comentários – pois a aberração interpretativa – que o deputado explanou – realça o tipo fraco de pregador incapacitado de bíblia que anda ocupando os altares pentecostais para ministrar (é fraco porque a pregação é mais feita de conjecturas e achismos do que das Escrituras propriamente). Como um pregador que de fato conhece a Palavra de Deus em sã consciência vai afirmar: “o homem é um deus pequeno, diminuto, um deus em essência de poder”. Pois o pregador deputado fez isso, você acredita?
E a parte mais grave: se grande parte desses pregadores, personalistas, polêmicos e famosos do meio pentecostal e seus admiradores ministeriais (que funcionam como papagaios dos grandes em nossas congregações e eventos locais), estão a pregar o que o “povão” gosta, a violar regras de interpretação bíblica, a distorcerem passagens das Escrituras a ponto de inserir nelas condenáveis heresias. Esses realmente são perigosos à minha e a sua fé. Desse modo, comportam-se como “apresentadores contratados”; e pregador pago entrega um pseudo-evangelho que gera crentes de araque; oferecem pregações continuamente triunfalistas que por sua vez conceberão o cristão fantasia (que nunca vai ser levado à sério por ninguém – pois ignora a berrante realidade que o cerca); mensagens só de vitória, prosperidade e sucesso são na verdade meias verdades – porque o que está escrito na bíblia contém muito mais que isso: derrotas, pobreza, doenças e rejeição e a melhor de todas as mensagens: a salvação do indivíduo – fato ignorado na maioria dessas mega e incompletas pregações.
É preciso fazer uma distinção entre esses pregadores pentecostais. 
Existem aqueles que são dependentes e aprisionados as facilidades e apelos do mundo gospel (2 Tm 4:3 Ap 3:15-18); afinal não precisa de muita coisa para impressionar essas multidões, emocionalmente manobráveis (tem muitos desses pregadores que nem bíblia levam mais para o púlpito, quanto mais uma mensagem bíblica coerente, esquece). Esses primeiros não vão mudar, vão continuar com o show e manterão suas agendas lotadas – e o povão vai continuar dando glória a Deus e aleluia e sendo enganado – por esses falsificadores da palavra de Deus (2 Co 2:17; 2 Pe 2:1).

Mas, tem um segundo grupo, influenciado pela fama e glória dos primeiros; e estes estão a PAGAR PARA PREGAR em eventos de algumas sucursais daquele evento missionário que mencionei acima – ou em outros da mesma natureza. Bom, quem paga para pregar – tem segundas intenções nada cristãs – e na boa: esse “pregador” não confia em Cristo – pois se confiasse que o Senhor tem realmente uma chamada dirigida a ele para o ministério da Palavra jamais pagaria para apresenta-la dessa forma (a meu ver esse já foi reprovado aí).
E finalmente, tem um terceiro grupo de jovens sonhadores que desejam pregar a Palavra de Deus mesmo – mas nos moldes dos conferencistas internacionais – tão questionados neste artigo. A estes digo, se espelhem em outros exemplos e não nos desses comerciantes da Palavra. Pratiquem o evangelho que lhes está sendo ensinado nas classes da EBD, estudem a palavra (se possível, matriculem-se num bom curso ou faculdade teológica), orem, jejuem e sirvam a igreja local de vocês e fiquem tranquilos (esperando no Senhor), pois se o Senhor vos chamou – Ele mesmo trará grandes oportunidades até vocês!
*Silvio Costa mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; é administrador de empresas por profissão; estudou teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. É membro do conselho editorial da revista Seara News. Contribui como colunista em outros portais evangélicos e é palestrante em escolas bíblicas realizadas em seu Estado. Escreve também para o seu blog Cristão Capixaba e é o editor responsável pelo portal Litoral Gospel.
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Fonte:https://colunas.gospelmais.com.br/pentecostal-que-tipo-de-pregador-e-mensagem-voce-tem-ouvido-e-recebido-em-sua-igreja_32702.html

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Augustus Nicodemus e Mauro Meister – Apostasia Liberal no Brasil e no Mundo

25.07.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 18.02.2012


Introdução

Todos nós que conhecemos a Bíblia sabemos que ela nos adverte contra o que ela chama de apostasia. Apostasia significa basicamente “afastar-se de uma posição”, “se desviar de um marco estabelecido”. Este verbo composto, na Bíblia, fala de se afastar da verdade de Deus como Ele a revelou. O apostata, na Palavra, é uma pessoa que um dia tomou conhecimento da verdade, mas mudou o pensamento sobre o que considerava verdadeiro.
Deixe-me citar dois exemplos. Primeiro, Barth Erman: era cristão declarado, completou várias graduações em áreas teológicas mas hoje declara-se agnóstico. Considerado uma sumidade sobre o Cristianismo, hoje ele fala contra o novo testamento e nega a possibilidade de se conhecer de fato quem era Jesus.
Outro exemplo menos conhecido é William Barclay. Ele escreveu vários comentários bíblicos que impressionam pelo seu conhecimento de grego e da cultura. No entanto, em sua autobiografia, ele revelava que foi mudando de opinião sobre o que cria e sobre o que escreveu nos comentários. Ele já não acreditada que Jesus era Deus, que Ele teria morrido por nós, não acreditava no inferno e cria que todos seriam salvos no final. Em seu ultimo livro, ele se declara agnóstico.
Na Bíblia, há vários motivos para que alguém se desvie da fé. Na parábola do semeador há aqueles que ouvem, mas que depois esquecem. Paulo fala sobre os que dão ouvidos às doutrinas de demônios e se apartam da fé e sobre os que abraçavam a, falsamente chamada, ciência. Existem vários casos de apostasia na igreja, de pessoas que amaram o mundo e que se afastaram do conhecimento do Deus vivo. Em resumo, os motivos externos são vários: dinheiro, sexualidade, insubmissão, problemas não resolvidos etc. Nesta palestra, quero falar de uma causa externa da apostasia: a crença em doutrinas diferentes da verdade de Deus.

O Liberalismo Teológico

Não que ao Liberalismo seja a maior causa de apostasia, mas é a mais importante para nosso momento.
Esse movimento tem uma origem bem antiga. Em linhas gerais, o liberalismo é o resultado do iluminismo, caracterizado pela revolta contra a religião e o cristianismo particular. Seu referencial teórico era o racionalismo e o empirismo – filosofias antagônicas, mas que concluem juntas que Deus precisa ser excluído do universo humano. O resultado disto na academia foi muito profundo, pois os milagres bíblicos eram considerados fatos de modo quase unânime e, a partir destes novos critérios para a observação da verdade mudou muito disso.
Começou-se a crer que Deus não interfere na história, que as histórias bíblicas são meros mitos e interpretações de um povo ignorante e pré-científico e que o miraculoso não existe. Com isso, criaram-se dois tipos de “história”, a do mundo e a salvífica – esta, referente às “coisas sobre Deus”, não provada e não crível. Com isto, a Bíblia deixou de ser um livro historicamente confiável. Ela passa a ser um mero livro de teologia, ignorante historicamente. Passou-se a considerar a Bíblia como um livro cheio de contrições e de incoerências.
Neste contexto que surgiu o método histórico crítico de analisar a Bíblia – método nitidamente liberal e anticristão. Considerou-se a diferença entre “escritura” e “palavra de Deus”. Segundo essa separação, a Escritura é o livro escrito, com erros humanos, subjetividades e interpretações incorretas. A Palavra de Deus é que é válida e infalível, e que precisava ser encontrada dentro da Escritura.
A igreja reagiu a este radicalismo. Ora, o que o liberalismo havia deixado para o povo de Deus? Nada! Eles desconstruíram a fé, mas não colocaram nada no lugar. Segundo eles, Jesus era um camponês, reformador do judaísmo e só, que impressionou tantos seus discípulos que foi elevado por eles como messias, senhor e Deus. A reação contra isto foi a chamada Neo-Ortodoxia. O maior expoente foi Karl Barth, que se levantou para protestar contra aqueles que estavam, segundo ele, tirando Deus da igreja, colocando a Bíblia e segundo plano e matando o povo de Deus. Se por um lado devemos ser gratos a Barth por ter lutado contra o liberalismo, por outro devemos tomar cuidado com ele. Por que Barth concordava que a Bíblia era cheia de erros, mas que, mesmo assim, Deus falava por meio desta Bíblia imperfeita através de um encontro existencial. Ele não solucionou o problema por completo por que assumiu muitos pressupostos ainda liberais. O liberalismo teve um grande impacto na igreja, apesar da neo-ortodoxia. Como resultado, surge o ecumenismo, o feminismo, a teologia gay e o esvaziamento das igrejas.

Os Impactos Gerais

O ecumenismo começa com liberais protestantes. A ideia era de que todas as religiões tinham o sentimento de busca a Deus e de transcendência. Como todos estavam buscando a mesma coisa, todos devem ser reais. Isso é evidentemente apostasia. Igualar Jesus a outros lideres é blasfemo. Dizer que Cristo não é O salvador, mas UM salvador é antideus e anticristo.
O movimento feminista começa também com o liberalismo. Quando iniciou, este movimento tinha ideais justos. Eles queriam que a mulher pudesse votar, recebesse salários dignos e pudesse ir para a faculdade. No entanto, uma mulher chamada Kathleen Bliss escreveu um livro chamado “O Trabalho e o Status da Mulher na Igreja” (1952), onde ela tentou convencer o povo a aplicar os ideais feministas dentro das igrejas cristãs. Foi assim que as mulheres começaram a ser ordenadas pastoras e em posições de autoridade nas igrejas, o que vai contra muitas declarações bíblicas sobre o complementarismo entre os papeis do homem e da mulher.
Este contexto abriu a porta para o movimento homossexual. O método histórico crítico relativizava os conceitos bíblicos teológicos e morais, o que permitiu interpretações homossexuais do texto sagrado. Segundo as bases deste movimento, Paulo é contra o homossexualismo por que ele não conhecia a verdade científica sobre a genética homossexual e pontos do tipo.
O resultado disto foi o esvaziamento da Igreja. Muita gente não concordou com esses movimentos e saíram do meio deste movimento, buscando igrejas verdadeiramente centradas na Palavra de Deus.

Um Pouco de História

O liberalismo teológico começou a dar passos mais firmes no Brasil nas décadas de 50 e 60. Hoje, está cada dia mais presente em nossa nação. Isto tem invadido nossas redes sociais, tem sido publicado em livros e estado presente nos sermões. Vamos olhar um pouco para a história para entramos no nosso contexto atual.
 Nos EUA, iniciou-se, nesta época, o debate contra o “modernismo”, em três vertentes: Um debate contra a teologia (com a neo-ortodoxia), contra a eclesiologia (com o ecumenismo) e contra a sociedade (com o marxismo). Como as escolas teológicas eram fracas e quase inexistentes no Brasil, os jovens e pastores estudavam nos Estados Unidos e, com isso, traziam ideais liberais e neo-ortodoxas. Como na primeira metade do século o mercado editorial evangélico era pouquíssimo, as coisas ficaram até paradas, mas a partir da década de 50 e 60 algumas denominações começaram a absorver as ideias liberais. Alguns seminários conservadores começaram a adotar o método crítico de interpretação bíblica, fazendo com que algumas pessoas começassem a crer no liberalismo e na neo-ortodoxia. Quando estes pastores pregavam estas ideias em suas igrejas, foram muitas vezes desprezados; porém, ainda tiveram muito alcance em várias igrejas locais.

O Impacto no Brasil

20 anos após a controvérsia americana, o liberalismo chegou às igrejas locais através das instituições de ensino. A busca por respeitabilidade acadêmica destruiu a consciência ministerial dos seminários teológicos.
As denominações históricas (luteranos, batistas, presbiterianos, congregacionais, metodistas, etc.) começaram a adotar teologias mais liberalizantes, como a neo-ortodoxia, por causa de pastores e seminarista que levavam estas ideias para seus rebanhos.
O “abaixo ao fundamentalismo” começou a ganhar espaço por meio da juventude. Naquele primeiro momento, as igrejas presbiterianas e algumas outras resistiram muito a este fato. Houve muitas lutas, seminários foram fechados e membros foram expulsos. Vários pastores de influencia produziram vários liberais famosíssimos, como Rubem Alves, aqui no Brasil. Segundo ele, “a igreja não deve converter o mundo à igreja, mas a igreja ao mundo”.
Por fim, a literatura cristã foi afetada por este contexto. As grandes editoras católicas romanas adotaram o liberalismo como método de interpretação bíblica e começaram a divulgar material neo-ortodoxo, material consumido até pelos ditos evangélicos.

Como Encarar o Liberalismo

Liberalismo é outra religião, já que nega tudo que o Cristianismo afirma. Assim, para vencermos essa heresia, precisamos enfatizar:
1. A inerrância da escritura
2. A literalidade dos milagres
3. A exclusividade do Cristianismo
4. A centralidade de Jesus
5. O método histórico-gramatical de interpretação bíblica
Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade escrever-vos, e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. (Judas 1:3) .
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/02/augustus-nicodemus-e-mauro-meister-apostasia-liberal-no-brasil-e-no-mundo-cc2012/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Católicos não devem tentar converter os judeus, decide Vaticano

18.01.2016
Do portal GOSPEL PRIME
Por Jarbas Aragão

Se o papa é, como diz a tradição católica, o sucessor do Pedro, ação contraria o livro de Atos  

Resultado de imagem para PAPA FRANCISCO FOTOSSe o papa é, como diz a tradição católica, o sucessor do Pedro, ação contraria o livro de Atos  por Jarbas AragãoOs católicos não devem tentar converter judeus. Além disso, devem trabalhar com eles para combater o antissemitismo, afirmou um documento publicado pelo Vaticano nesta quinta (10).
Redigido pela Comissão de Relações Religiosas do Vaticano com os judeus, e sancionado pelo pontífice, o documento afirma que o cristianismo e o judaísmo estão correlacionados, e Deus nunca anulou sua aliança com o povo judaico.
“A Igreja Católica é, portanto, obrigada a ver a evangelização de judeus, que acreditam no Deus único, de uma maneira diferente daquela de pessoas de outras religiões e visões de mundo”, afirma o texto.
O pedido é para que os católicos sejam mais sensíveis ao significado do Holocausto para os judeus e se comprometam a “fazer todo o possível com nossos amigos judeus para repelir tendências antissemitas”.
Parte das ações que lembram o 50º aniversário da Nostra Aetate – declaração do Vaticano que repudiou o conceito de culpa coletiva dos judeus pela morte de Jesus – o material assevera: “Um cristão nunca pode ser antissemita, especialmente por causa das raízes judaicas do cristianismo”.
O Vaticano lançou um diálogo teológico com os judeus a partir do Concílio Vaticano II, que é rejeitado pela linha mais tradicionalista dos católicos. Segundo especialistas, esta é a primeira vez que o repúdio à conversão de judeus foi tão claramente exposto em um documento papal.
Um alto funcionário do Vaticano afirmou à imprensa que “Em termos concretos, isto significa que a Igreja Católica não realiza nem apoia qualquer trabalho missionário institucional específico entre os judeus”.
Os termos do novo documento, lançado nesta quinta resumem-se a afirmar que os católicos devem dar testemunho de sua fé em Jesus Cristo aos judeus “de maneira humilde e sensível, reconhecendo que os judeus são portadores da Palavra de Deus…”.
De acordo com os rabinos ortodoxos, no entanto, isso deve levar hoje os judeus também a questionarem-se sobre quem são os cristãos no plano de Deus para o mundo: “Como já fizeram Maimonide e Yehudah Halevi – continua o documento – reconheçamos que o cristianismo não é nem um incidente ou um erro, mas fruto da vontade divina e um dom para as nações. Separando entre eles o judaísmo e o cristianismo Deus quis criar uma separação entre companheiros com significativas diferenças teológicas, e não uma separação entre inimigos”.
Uma espécie de resposta foi dada por 25 rabinos ortodoxos. Eles pedem que os judeus questionem-se sobre quem são os cristãos no plano de Deus para o mundo: “Como já fizeram Maimonide e Yehudah Halevi, reconheçamos que o cristianismo não é nem um incidente ou um erro, mas fruto da vontade Divina e um dom para as nações. Separando entre eles o judaísmo e o cristianismo Deus quis criar uma separação entre companheiros com significativas diferenças teológicas, e não uma separação entre inimigos”.

Caminho para o ecumenismo mundial

Se o papa é, como diz a tradição católica, o sucessor do Pedro, esse tipo de ação contraria o relato do Livro de Atos, onde apóstolo é visto repetidas vezes pregando aos judeus. Iniciando no Pentecostes, milhares deles aceitaram a Cristo como salvador. A Igreja Primitiva era formada, majoritariamente, por judeus convertidos.
Além disso, o papa Francisco disse poucos dias atrás que cristãos e mulçumanos são “irmãos”. Embora seja bonito para os padrões politicamente corretos do mundo atual, também contraria a revelação bíblica.
Não por acaso, cresce no mundo a tentativa de união de todas as religiões em uma só (ecumenismo),partindo do princípio que todos servem ao mesmo DeusCom informações de Jerusalém Post
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Fonte:https://noticias.gospelprime.com.br/catolicos-nao-converter-judeus-vaticano/

quinta-feira, 4 de junho de 2015

HERESIA TEOLÓGICA Alguém vai para o inferno?

04.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Alessandro Brito

Ano após ano no Natal Roberto Carlos, durante os seus shows transmitidos pela TV aberta, diz: “São tantas emoções”. Mesmo não sendo um admirador do “rei”, tenho que concordar com ele, pois no Natal desse ano de 2014 fiquei com os meus sentimentos a flor da pele.
Claro que não estou tratando do enjoativo Especial Roberto Carlos, mas do programa, The Noite, apresentado por Danilo Gentili, que convidou para a sua ceia de Natal o pastor Ed René Kivitz e dois padres para discutirem o significado do Natal.
O momento em que fiquei mais “emocionado” foi quando Murilo Couto, comediante do programa, questionou a partir do minuto 28:11, o seguinte: “Eu vou para o inferno por não acreditar em nada?”.[1]Kivitz com sua maestria, semelhante a de seu mentor Brian McLaren[2], não revelou o que pensa e nem mesmo respondeu a pergunta, não diretamente. Fez como fazem os teólogos liberais que não querem sair do armário. Falou, falou e não respondeu a pergunta.
Você talvez esteja pensando: “Isso é normal, a final de contas ele estava se sentindo intimidado com os holofotes e tantas câmeras”. Pois bem, eu concordaria com você se não soubesse que ele é um dos pastores mais bem preparados e um dos maiores comunicadores que temos no Brasil. Em outras palavras, ele é uma pessoa que jamais  se sentiria acuada em situações como essa.
Mesmo sendo um homem preparado e um grande comunicador, esse pastor batista, é um universalista. Ou seja, o inferno para ele não existe e Cristo morreu para que todos, eu disse todos, sejam salvos.[3]Ele sabia muito bem o que estava fazendo, ao não ser direto e objetivo, pois expor o seu pensamento na TV aberta o colocaria no alvo das críticas como aconteceu no passado.
Em uma de suas pregações, por exemplo, Kivitz diz que antes acreditava que apenas os cristãos seriam salvos, mas que agora acredita que o Espirito de Deus está em toda a humanidade, que os seres humanos anseiam por Deus e que  isso efetivamente vem de Jesus.[4] Afirma também que ficaremos surpresos quando chegarmos ao céu e percebermos lá toda a humanidade, isto é,  crentes, incrédulos, pessoas que nunca acreditavam em Cristo, juntas louvando ao Senhor. Para ele as pessoas perguntarão as outras como chegaram ali? E todos dirão, foi Jesus.
O pastor da Igreja Batista de Água Branca disse também, em sua página pessoal, o seguinte:
“Pessoalmente, das três principais opções: calvinismo, arminianismo e universalismo, tenho simpatia pela última. Mas não me atrevo a dizer que essa teologia é a correta e a única que pode ser sustentada biblicamente, até porque na história do pensamento cristão sempre foi a menos popular”.[5]
Parece piada, mas é justamente esse o pensamento de um dos maiores ícones “gospel” da atualidade, pastor que se negou a responder a mais básica pergunta do Cristianismo. Espero que Murilo Couto encontre um cristão mais objetivo e que acredite no que a Bíblia ensina. Um cristão que simplesmente diga:
“Jesus nasceu, por isso celebramos o Natal. Porém não nasceu para ser celebrado e sim para salvar. Jesus é o Cristo que nasceu para morrer no lugar de todo aquele que nele crê, a fim de que esses salvos não pereçam no inferno, mas tenham vida eterna”.
Quem se sentiria ofendido com essa mensagem de salvação, satanás? Sei que alguns não gostarão, como também sei que não é politicamente correto falar mal do “rei” Roberto Carlos, assim como também não é “permissivo” falar do “ungido” do fã clube do Kivitz. Porém, como disse um amigo meu: “Se os discípulos do Ed René Kivitz não querem encarar a verdade, fale para aqueles que estão buscando a verdade.
Escrevo então a fim de alertar, não os fãs do Roberto Carlos ou de Kivitz, mas aqueles que as vezes se iludem com bons comunicadores como Rob Bell, Brian McLaren e Kivitz, pois querem crescer espiritualmente. Saibam que existem muitos outros bons comunicadores como John Piper, Augustus Nicodemus, Tim Keller, Luiz Sayão, Matt Chandler, Jonas Madureira, Paul Washer, Russell Shedd e tantos outros que, ao contrário dos universalistas, pregam o puro e simples evangelho sem jamais minimizar o sacrifício de Cristo na Cruz.
Notas
[1] https://www.youtube.com/watch?v=9NX-nHh0b9E
[2]Faço essa afirmação, pois quando lemos um livro e escrevemos o prefacio, do mesmo, estamos concordando com os pensamentos do artor, certo? Ed René Kivitz escreveu o prefacio do livro de Brian McLaren traduzido como “Uma Ortodoxia Generosa”. Não recomendo a leitura deste livro sem que você antes faça a leitura do livro de D. A. Carson, “Igreja Emergente”, publicado pela Vida Nova.
[3] O universalismo é a crença de que todos serão salvos e o inferno não existe. Foi promovido por autores como Gerrard Winstanley, Richard Coppin e George de Benneville no século 17: portanto, não é novo. Na América do Norte, os que aderiram a essa linha teológica passaram a ser chamados de universalistas. Há até uma Igreja Universalista, que abriga tais ensinos. George Knight tornou-se o maior defensor do universalismo sob influência dos escritos de Friedrich Schleiermarcher e George MacDonald. Ver em: http://www.cristianismohoje.com.br/artigos/especial/doutrina-que-garante-a-salvacao-de-todos-ganha-adeptos-mas-contraria-frontalmente-as-escrituras?fb_action_ids=10200415719543688&fb_action_types=og.likes&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582
[4] Assista a partir do minuto 35. Ver em: https://www.youtube.com/watch?v=_Jnu2AdH-iE&feature=player_detailpage
[5] https://www.facebook.com/edRenéKivitz/posts/850802188270275
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/kivitz-murilho-couto-alguem-vai-inferno/