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terça-feira, 23 de junho de 2015

SANTÍSSIMA TRINDADE: Monoteísmo capenga fora da Trindade

23.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME, 22.06.15

Eu conversava com Richard Shaull sobre seus interesses teológicos nos seus últimos anos de vida. Lembramo-nos de Paul Tillich. Este dizia que o Espírito de Deus não pode ser escorraçado da vida; ele é teimoso, persistente, vem na direção dos homens e das mulheres sem esperar que se voltem para ele. O rosto de Deus é refletido em três espelhos: Pai, Filho e Espírito Santo.

Desafiados a responder, se perguntados sobre a Trindade Divina numa linguagem compreensível, e não a dos teólogos e filósofos. “Quantas pessoas aqui estão pensando no ar”? Como dizia Rubem Alves, o ar é nossa vida e não precisamos pensar nele para respirar. E não precisamos pensar nele para que ele nos dê vida. No entanto, quem está se afogando só pensa no ar. Deus é assim. Não é preciso pensar nele, ou pronunciar o seu nome, para que sintamos a impossibilidade de negá-lo.

A forma pura de Deus é a suprema beleza, pensa o teólogo Jürgen Moltmann, pois a beleza reside na forma perfeita, se a medida é a essência íntima de um poder, ou de uma força criativa. Quando a forma é iluminada, e quando reflete a luz, então essa essência fica clara, brilhante. Assim é a Divina Trindade. É a isso que Paulo refere-se, frequentemente, à face de Deus como objeto clarificado.

Vemos o Deus trinitário nos espelhos diferentes. No entanto, os rostos do Pai, do Filho e do Espírito Santo são indescritíveis. Porém, a fé cristã sujeita e desenvolve-se dentro da cultura de símbolos e imagens, defenderia Richard Niebuhr. “O Espírito nos ajuda a compreender quem é o Filho e quem é o Pai, mas o Filho também nos ajuda a compreender quem é o Espírito e quem é o Pai”. Tertuliano, no terceiro século, encontrava a imagem decisiva da Trindade, enquanto buscava o teatro da época, quando um ator fazia um monólogo trocando as máscaras cenográficas (persona), conforme a fala. Tertuliano estabelecia a presença de três personagens interpretadas por um único ator diante da plateia. Maria Clara Machado, parece-me, escreveu peças infantis sob a mesma inspiração.

Deus não se conforma com a ingratidão e a indiferença da criatura quanto à sua salvação, por isso não nos abandona. Deus se apresenta face-a-face com o homem e a vida (disse Karl Barth, comentando a parábola do pródigo). A revelação da Trindade; a mais purificada concepção do amor de Deus pelos homens e mulheres, e o modo em três vias da revelação.

Da mesma forma, somos ajudados a compreender a criação e história do universo. Estas, distorcidas sob o prisma da corrupção, no próprio projeto humano e seu futuro de salvação sem Deus. Entendemos assim porque Ele criou espaço e companheirismo para que uma multidão imensa participe de sua vida, de sua glória e de sua felicidade (“Eis que faço novas todas as coisas” – Ap 21.5).

O Espírito Santo visa aos deserdados, despoderados, humilhados, esmagados, triturados pelos sistemas de pensar dominantes (Lc 4.16ss…), porque Jesus Cristo declarou aos seus discípulos: “vocês não ficarão órfãos”. O Espírito faz presente o Reino de Deus na restauração da vida e no alimento da esperança de um “um novo céu e uma nova terra” (Ap 21); o Espírito se apresenta, sempre, para dizer: “faço novas todas as coisas”!

Um monoteísmo pentecostalista do Espírito se torna um espiritualismo que desprezaria nossas realidades humanas — indivíduos, grupos, comunidades, sociedades, imersos em situações econômicas, políticas, religiosas, sob opressão permanente –; que negaria nossas realidades corporais, gerando uma confusa concepção de que somos tão somente anjos ou demônios, ora divinos, outras vezes diabólicos. Pentecostais, estaríamos equivocados plenamente, imaginando que somos seres abstratos e ao mesmo tempo inatingíveis e invulneráveis; que o Mal é fatal, irredutível e sem salvação.

Sem o Pai e sem o Filho desconhecemos a filiação que nos é anunciada pela graça, pela misericórdia e pela compaixão de Deus, que nos liberta desses determinismos intencionais, em favor da esperança. O Espírito faz presente o Reino de Deus em todas as formas de ações, atua contra e combate às muitas mortes impostas a toda a Criação, neste mundo devastado, poluído e desertificado sistematicamente.

Um monoteísmo do Filho se tornaria um heroísmo militante, uma exagerada confiança no homem e em nós mesmos, meramente uma obediência ética e um seguimento ético e político sem transcendência e sem permanência na consciência dos homens; uma libertação solitária e precária no tempo e na história da humanidade. Sem o Pai – que está no coração do Filho –, e sem o seu Espírito em nossos próprios corações, não teríamos a experiência incrível da filiação divina, mas apenas um mito e um esforço vão, comparativo aos panteões religiosos e suas divindades antropomórficas.

O Espírito faz presente o Reino de Deus na restauração da vida e no alimento da esperança de um “um novo céu e uma nova terra”; (Ap 21); o Espírito se apresenta, sempre, para dizer: “faço novas todas as coisas”! Devemos gostar da Trindade que os cristãos imaginam, movidos pela Fé, a Esperança e o Amor (também uma trindade!)? É por isso que nos alegramos em saudar os amigos da vida em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não compreendemos? O Reino de Deus está diante de nós, graças à Trindade Sagrada! Conforme testemunho do Espírito Santo, em Rm 8.26: “… o Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis”.

Foto: http://www.pexels.com/photo/bird-flying-clouds-cloudy-6642/

Leia também
Derval Dasilio. É pastor emérito da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor de livros como “Pedagogia da Ganância" (2013) e "O Dragão que Habita em Nós” (2010). 


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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/monoteismo-capenga-fora-da-trindade

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O preço de uma obra inacabada

25.05.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Anderson Cassio de Oliveira 

O mesmo Espírito que vivificou Ele, também nos vivificará (Romanos 8:11). 


 “Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro  suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão  dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’.”  (Lucas 14:28-30)

Recentemente eu e minha família alugamos uma casa, como costumeiramente fazemos para o feriado de  carnaval.  Deixamos a cargo do meu cunhado para providenciar o lugar. E tal não foi a minha surpresa quando  percebi que a casa que havíamos alugado era a mesma onde havíamos feito anos atrás o retiro de jovens da Igreja. Aquele retiro foi marcante, pois na época era líder de jovens e fizeram uma homenagem surpresa para mim, depois do feriado de 07 de setembro.

Porém, naquele dia que chegamos para descansar o feriado de carnaval, o que mais me impressionou naquela casa foi o estado que ela se encontrava atualmente. A parte superior daquela casa  estava no mesmo estágio de construção do que daquele retiro passado,ou seja, inacabada.  Porém a parte que era habitável no térreo estava cheia de sujeira e mofos nas paredes. Enfim, aquele não seria o melhor lugar para “desfrutar” e “descansar” no feriado, na verdade aquele lugar nem ao menos deveria ser alugado, pois aquela casa estava inacabada.

Conversando com conhecidos do dono da casa, fiquei sabendo que aquela casa havia sido construída por um homem que havia aceitado Jesus, bem como, alguns da sua família haviam abraçado a fé. Entretanto, a perda de uma filha, através de uma doença rara e terminal acabaram abalando a estrutura daquela família inteira, acarretando no abandono da fé por alguns deles e dos projetos que elaboravam como aquela construção.

Sabe queridos, Jesus nos ensina que nossa vida espiritual precisa ser construída, cuidada e planejada.  Nossa vida espiritual não deve ser construída na empolgação de um projeto humano ou de auto-realização como o  relato acima descrito.

Nossa “construção espiritual” deve ser firmada na Rocha que é Cristo onde nenhum vento forte contrário ou maré alta poderá destruir. (Mt 7:24-27).  Os alicerces do verdadeiro cristão devem estar fundamentados em Cristo, cujos projetos jamais perecem.   A questão é que muitas das vezes os fundamentos de alguns cristãos não passam de alicerces humanos de auto-realização, quando na verdade, as bases do verdadeiro cristianismo exige certa renúncia e abnegação.
Como está escrito:

 Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. (Mc 8:34)

Jesus foi bem claro nesta passagem, quando nos mostrou a 2 coisas:

1) A chance de escolher andar ou não com Ele
2) A condição para segui-lo.

Quando disse:  Aquele que  “quiser ” vir após Ele  “deve” negar a si mesmo, estava justamente falando isso, dando-nos a chance de escolha e a condição pra andar com Ele.

O Senhor não nos obriga a andar com Ele, nem a obedece-lo, porém é necessário que entendamos isso se quisermos agradá-lo.

Mas por causa disso, de projetos sem a participação de Deus é que  muitos pessoas tem desperdiçado tempo e dinheiro em obras inacabadas.  Muitos são os que acabam esquecendo dos planos que o Senhor tem para suas vidas e poucos são os cristãos que entendem o propósito de um vida cristã de renúncia.

Amados, cada compartimento da nossa vida, do nosso coração deve estar limpo e pronto para o acabamento do Senhor. Devemos lembrar que a transformação que Deus faz é de dentro para fora e cabe a todo cristão se submeter ao Dono da Obra.  Como disse a irmã Iara Diniz de Paula: “Existe uma grande diferença entre fazer a obra do Senhor e obedecer ao Senhor da obra”.  Muitos acham que podem fazer a obra do Senhor de qualquer forma e de qualquer jeito, porém quando vem as provas é que vemos se ela estava realmente firmada e sem defeito.

Deus não exige pessoas perfeitas, mas usa pessoas dispostas  a serem usados por Ele . A questão é que não sabemos os custos de uma construção complexa que é o viver cristão, mas devemos nos esforçar em agradar a Deus , pois sabemos o preço que foi pago pelo Dono da Obra. (1 Co 6:20;7:23; AP 1:5)

É claro que na caminhada cristã não é fácil para alguém sofrer de perdas como foi no caso do dono daquela construção inacabada. Porém é necessário entender que o preço de andar na fé nem sempre envolve realizações pessoais. Vemos isso na vida de Jó e suas inúmeras perdas.  Também quando enxergamos a vida de Abraão conseguimos visualizar um homem que teve a disposição sair da zona de conforto de sua vida, bem como, negar o seu próprio filho para seguir ao Senhor.

Tanto Jó, como Abraão foram pessoas dispostas a se negar por obediência a Deus.

A abnegação traz a verdadeira transformação e conversão, não apenas uma adesão ou convencimento.  Essa é a diferença entre um crente regenerado e convertido para um cristão nominal e convencido.

Diz as Escrituras que certa vez um homem resolveu seguir Jesus, mas fez um pedido inusitado a Cristo, que era de enterrar seu pai primeiro. A resposta do Messias foi:

“Segue-me , e deixa os mortos sepultarem seus mortos (Mt 8:21-22).

Amados, o objetivo de Cristo nunca foi desagregar famílias ou destruí-las, mas edificá-las através de um novo fundamento. O que Cristo estava dizendo para aquele homem é que a obra que Ele estava fazendo Nele era maior que qualquer outro projeto humano. Os planos que o Senhor tem para nossa vida é bem maior daquilo que podemos imaginar (Jr 29:11).

Muitas pessoas costumam culpar Deus pela tragédia que são  acometidos,esquecendo muitas vezes que o inimigo de nossas vidas veio roubar, matar e destruir. (João 10). E que foi ele, Satanás que incitou a pecar e que tivéssemos uma vida finita e limitada.

Porém, o Criador do universo nos deu Seu filho para tivéssemos vida eterna (João 3:16).

Aparentemente a morte do Filho do Homem significava uma obra inacabada, mas foi através dela que o plano do Senhor se concretizou em nossas vidas (Colossenses 1;22; ). A  obra de Cristo poderia ser motivo de zombaria e fracasso, mas ao final se tornou sinal de triunfo e vitória.  A morte Dele não foi o fim de uma obra terrena,mas a consumação de uma obra celestial de imortalidade que se iniciava, onde Ele é o Primogênito(Cl 1:18; Ap 1:5; 2 Tm 1:10) . O mesmo Espírito que consumou a obra na vida Dele também consumará a nossa obra Nele.

Como está escrito:

O mesmo Espírito que vivificou Ele, também nos vivificará (Romanos 8:11).

Por isso, não podemos deixar de “completar” aquilo que foi construído por Deus em nossa vida espiritual. Precisamos perseverar na fé em Deus. Também não podemos deixar que áreas que estão em bom estado sejam consumidas pela infiltração do pecado oculto. Numa construção espiritual de nada adianta disfarçar o mofo consumido pela iniqüidade e pecado, com uma pintura superficial de boa aparência.  Devemos pintar as paredes do nosso coração com o sangue do Cordeiro que tira de vez todo mofo e sujeira do pecado e do passado. (1 Jo 1:7). Precisamos rebocar as rachaduras do rancor com a argamassa do perdão.  Nessa construção espiritual somos pedras vivas , edificados como casa espiritual de Deus nesta Terra e como templo do Seu Espírito , ( 1 Pe 2:5; 1 Cor 3:16;)

Nessa construção devemos, acima de tudo, crescer em Deus  como está escrito:

No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.

No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito. (Efésios 2:21-22)

Meu desejo é que possamos consumar aquilo que o Senhor começou em nossas vidas.

Pois aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;(Filipenses 1:6)
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/o-preco-de-uma-obra-inacabada/

quinta-feira, 14 de maio de 2015

A oração antecede os Milagres

14.05.2015
Do blog VERBO DA VIDA, 19.02.15
Por Shirla Lacerda

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Recebemos uma Palavra de Deus através da nossa liderança, que este será o ano de milagres e o ano do sobrenatural!
Meditando sobre isto, recebi algumas instruções na Palavra de Deus de como desfrutar de tudo que Ele reservou neste tempo e gostaria de compartilhar com você.
Para realmente andarmos nos milagres e nas manifestações do Espírito Santo, precisamos valorizar alguns elementos importantes,como a unidade, a santidade e a oração.
Começarei este texto falando da importância da oração e nos textos seguintes falarei sobre a unidade e a santidade. Escolhi falar sobre oração primeiro porque a oração é uma chave importante que nos ajudará a termos a unidade uns com os outros e a andarmos em santidade.
É quando as pessoas deixam de orar que elas acabam se entregando às obras da carne como adultério, prostituição, contenda, inimizades, dissensões, brigas, inveja… E a lista só aumenta de acordo com Gálatas 5:19-21.
Como o nosso foco hoje é a oração, vamos começar o nosso texto lendo o que a Bíblia diz em Isaías 56:7 Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos”.
II Coríntios 3:16 nos diz “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”
À luz do evangelho, no Novo Testamento, podemos entender que nós somos o templo de Deus, ou a casa de Deus. Nós somos, portanto, a casa de oração que Deus se refereno livro do profeta Isaías capítulo 56.
É através da oração que a vontade de Deus é estabelecida na terra (Lucas 11:2).
Deus se deleita quando nós oramos de acordo com Provérbios 15:8 “O sacrifício dos ímpios é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento”.
E Provérbios 15:29 diz“O SENHOR está longe dos ímpios, mas a oração dos justos escutará”.
A palavra “escutar” no hebraico significa prestar atenção. Deus presta atenção às nossas orações, mesmo quando sentimos que Ele não está nos ouvindo, Graças a Deus não andamos pelo que sentimos! Quando oramos em linha com a Palavra de Deus estamos sendo ouvidos por Ele! (I João 5:14). Nós não estamos sozinhos. Glória a Deus!
Às vezes as pessoas dizem: “Eu gostaria que Deus prestasse atenção às coisas que estão acontecendo na minha vida”,mas posso dizer algo: a forma de você “chamar a atenção” de Deus é orando, sendo a casa de oração que Ele te chamou para ser.
Não existe uma fórmula mágica! A verdade é que, é a oração que vai encher a atmosfera para que o Espírito Santo se mova em nosso meio. A oração vai deixar os nossos corações mais sensíveis para ouvir de Deus, como também mais abertos para que haja uma rendiçãogenuína a Ele.
A oração vem antes de todo avivamento. Não existem manifestações, milagres e demonstrações do Espírito Santofluindo em nós e através de nós, sem que antes desenvolvamosuma vida de oração e comunhão com Ele.
Vemos nos primeiros capítulos do livro de Atos que a Igreja orava fervorosamente.Eles estavam todos reunidos em oração quando o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes em Atos capítulo 2. Acredito que este exemplo de oração fervorosa através do Nome de Jesus que a Igreja Primitiva tinha, deve ser seguido e não perdido por nós hoje.
Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. Atos 1:14
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Atos 2:42-43
Pedro e João estavam a caminho do templo para orar quando encontraram o paralítico em Atos 3:1-6 e manifestaram o sobrenatural através do Nome de Jesus.
Quanto mais ameaças e perseguição recebiam, mais oravam e o poder de Deus era manifesto entre eles. Atos 4:29-31 – Atos 12:5-8.
Acredito que quanto mais tempo estivermos em oração a Deus neste ano, mais seremos parecidos com Ele à luz da Sua Palavra. Quanto mais oração, mais demonstração e manifestação do sobrenatural de Deus acontecendo em nossa vida e ao nosso redor.
Paulo era um homem que orava muito. Podemos constatar isso em I Coríntios 14:18 que diz “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos”.
E este mesmo Paulo foi usado tremendamente para manifestar o sobrenatural e milagres de acordo com Atos 19:11 “E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias”. Isto era apenas o resultado de uma vida de oração e comunhão com Deus.
Que este seja o seu ano de milagres e manifestações sobrenaturais começando pelo seu tempo de qualidade na presença do Senhor.
Até breve!
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/shirla-lacerda/a-oracao-antecede-os-milagres/

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Tenho fé verdadeira, mas não sei se ela opera em mim como acho que deveria

15.04.2015
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Sady Santana*

Tenho fé verdadeira, mas não sei se ela opera em mim como acho que deveria
Contra fatos não há argumentos.
Aprendi no jornalismo que a palavra “Fato” deriva do latimfactum, particípio do verbo facere, que significa fazer. “Fato” designa, portanto, eventos ou episódios que realmente aconteceram. As notícias são fatos contados.
Uma foto de uma montanha não é a montanha em si, mas designa e aponta a existência dela. A foto é a imagem de um fato, alguém viu a montanha e a fotografou. O fotógrafo é o mediador entre a montanha, vista por ele, e o outro que a observa tempos depois através da imagem, de longe.
Penso que hebreus 11 está falando disso no seu primeiro versículo quando diz: “Que é fé? A fé e a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando e a prova de que existem coisas que não podemos ver adiante de nós. Pessoas, em tempos passados [fotógrafos], deram testemunhos [imagem] da sua fé.” (Grifo meu).
Sempre ouço que temos que desenvolver a fé. Mas temos que aprender, primeiramente, o que é fé. Neste campo, apesar de ser cristã da vida quase toda, sinto que ainda estou a engatinhar no tapete da sala da mamãe.
Como sei que estou vivendo por fé, e não por vista? Quando oro devo acreditar que meus pedidos serão atendidos? Ou, quando oro a minha fé está operando simplesmente por estar eu buscando, naquele momento, a Deus e o seu poder? E isso em si já é fé?
Resolvi fazer um pedido bem pessoal ao Senhor, bem íntimo mesmo. Algo que decidi pedir sozinha e não revelar a mais ninguém. Este seria o meu auto teste de fé.
Não desejei dividir este anelo com outros, nem com meu esposo, parceiro de oração, nem na minha igreja ou no meu Pequeno grupo, nem com as minhas irmãs com as quais sempre faço um propósito ou outro de orarmos por uma causa. Pois pensei cá comigo: Se o Senhor realizar o meu pedido, tal qual coloquei, Ele terá me ouvido, e terei exercido a minha fé!
Os dias foram passando, e enquanto aguardava a resposta muitas outras questões se avolumaram dentro de mim.  Comecei a me questionar quanto a minha fé e o produto dela. As seguintes questões começaram a brotar: Tenho pouca fé e por isso oro pouco? E quando comparada aos heróis bíblicos, ou mesmo a irmãos meus contemporâneos, fico bem lá no final da fila envergonhada? Ou, não oro o suficiente e esta é a causa da minha pouca e tímida fé?
Para resolver as questões surgidas arregacei as mangas e fui ler o livro escrito aos Hebreus.
Logo no inicio o autor diz que Deus falou de muitas maneiras, mas que agora falou de um modo todo especial. Ele trouxe seu próprio filho Jesus aqui à terra para revelar todas as palavras do seu Pai. Jesus é o mensageiro supremo. E ele nos trouxe a certeza de uma vida eterna. Que notícia!
Enquanto cristo esteve aqui na terra ele intercedeu por cada um de nós. E agora definitivamente, ele suplica por nós nos céus. E essa é a esperança, como âncora forte na nossa alma que nos liga ao próprio Deus Triúno. Ele, Jesus é o tabernáculo eterno, aberto, sem cortina. Depois de ele mesmo ter se oferecido na cruz, foi ressuscitado com a ajuda do Espírito Santo e entronizado nos céus novamente pelo o Pai de onde está neste exato momento a interceder pelos seus. O caminho vivo foi aberto por Cristo e nós podemos ter acesso ilimitado à presença de Deus, diante do trono da graça.
Depois que li tudo isso, cheguei a galeria da fé. Um verdadeiro álbum fotográfico em 3D. Personagens que viveram a dois mil, quatro mil, seis mil anos atrás, desfilam o relato dos fatos vividos por cada um.  Esses personagens, pela ousadia de terem vivido pela fé nos servem hoje de testemunhas oculares, como verdadeiros fotógrafos, de tão grande livramento e salvação.
Concluí que em toda a Bíblia a imagem é sempre a mesma, fé. E o que é fé mesmo?
Fé é dobrar os joelhos e o coração em oração. É chorar na presença de Cristo, como fez a mãe de Samuel. É expor toda a amargura de uma alma debilitada, cansada, fraca pela falta do fato não ter acontecido ainda. É mover os lábios freneticamente, num grito silencioso.
Fé é levantar-se ao comando da palavra do sacerdote: “Tenha bom ânimo, levante-se. Vá em paz, que o Deus de Israel te conceda o que você pediu”. Fé é levantar-se, enxugar as lágrimas e voltar a se alimentar e a se alegrar com o seu esposo e um ano depois retornar com o seu pedido no colo, o fato.
Fé é vigiar na Palavra, e de lá não sair, como fez Noé. Mesmo que todo o resto da raça humana estiver fazendo exatamente o contrário. Fé é a solidão do justo lutando para fazer, milimetricamente uma arca de julgamento e de salvação sua e de sua família. Fé é correr na direção contrária da maioria ensandecida pela operação do erro. Nadar contra a corrente, seguindo as palavras, o receituário das escrituras, sem mágoas ou sentimento de perdas. Fé é fechar a porta e ficar quieto, e ouvir ao longe o barulho das ondas tortuosas.
E finalmente, descobri que, fé é festejar as promessas na adoração. É no levantar das mãos, em rendição. E na mente uma recapitulação das promessas feitas, num verdadeiro remake do EspíritoSanto. Fé é a certeza de que o Senhor da Glória vai sim, primar, aparar e aprimorar em nós os detalhes da sua santa vontade até a eternidade. “Pois como ele disse nas Escrituras: ‘Um pouco mais de tempo, e virá aquele que há de vir; ele não vai demorar. E aqueles cuja fé os tornou justos aos olhos de Deus devem viver pela fé, confiando Nele em tudo. Do contrário, se eles recuarem, Deus não terá prazer neles.’” Hb 10. 38…
E quanto ao meu pedido secreto? Ele vai continuar na taça de ouro dos céus, e se Ele quiser trazê-lo á existência, toda a glória será dele, do meu Senhor. Se não acontecer, será mais um daqueles misteriosos cuidados do pai com uma filha que continua a viver por fé.
*Sady Santana Jornalista pelo Mackenzie, estudou teologia no IBEL onde descobriu o seu amor por missões e pela noiva de Cristo. Atualmente está ajudando seu esposo, pastor Nelson Ferreira, na implantação de uma igreja no Grajaú, SP.
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/fe-verdadeira-opera-deveria/

quinta-feira, 9 de abril de 2015

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

09.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Syclair Ferguson

ferguson-espirito

Introdução da Mensagem

Muitos cristãos já ouviram ou até mesmo balbuciaram a frase: “O Espírito Santo é a pessoa esquecida da Trindade”. Essa declaração deixa escapar o verdadeiro problema na igreja hoje, um problema que não existia em gerações passadas. Os cristãos sabem a respeito do Espírito Santo, mas, diferentemente do Pai ou do Filho, eles não sabem de fato quem é o Espírito Santo. Nesta série de palestras, o Dr. Sinclair Ferguson propõe remover essa ignorância ao explorar as questões da identidade do Espírito, da natureza do seu caráter, como nós, enquanto cristãos, podemos chegar a conhecê-lo e ter um relacionamento com ele, e mais.

Leitura bíblica

Gênesis 1.1–2, 26; 2.7; Êxodo 31.1–11; Lucas 1.8–17, 26–38; João 16.4–15; 1 Coríntios 6.19–20; 2 Coríntios 13.14; Apocalipse 22.17

Objetivos de aprendizado

  1. Apresentar os alvos da série de palestras:
  2. Que pessoa é o Espírito?
  3. Que tipo de caráter ele tem?
  4. Como podemos chegar a conhecê-lo e ter comunhão com ele?
  5. Como nos convêm que o Senhor Jesus tenha ido embora e que o Espírito Santo tenha vindo para a Igreja?
  6. Explicar como o Espírito é a expressão do mover interior e do desejo de Deus;
  7. Iluminar a função do Espírito em moldar e preencher a criação;
  8. Demonstrar como o Espírito trabalha para trazer o homem à comunhão com Deus.

Citação

Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. — João 16.7

Esboço da palestra

I. Quem é o Espírito Santo?
A.  A etimologia da palavra “espírito”
i. A palavra hebraica “ruah” e a palavra grega “pneuma”, que significam “espírito”, são onomatopaicas.
ii. Ambas as palavras descrevem um vento ou uma ventania.
iii. Essas palavras apontam para expressões de grande efetividade. Dito de outra forma, elas apontam para a energia motriz ou para as características de um indivíduo enquanto se expressa a outros em contato e comunicação pessoais.
B.   A revelação de Deus no Espírito Santo
i. O Espírito expressa o mover interior e o desejo de Deus tanto na criação quanto na redenção, além de comunicar Deus a nós.
ii. Deus revela a si mesmo no Espírito Santo.
1. Ele revela a si mesmo de uma maneira condescendente.
2. Ele faz isso para que a sua criação possa ter comunhão com ele.
II. A Presença do Espírito Santo na Escritura.
A. Toda a Escritura revela o Espírito Santo e a sua obra na história redentiva.
B.   Logo no início, a Escritura aponta para a atividade do Espírito.
i. Gênesis 1.2 descreve o Espírito Santo pairando sobre a massa criada original.
1. A massa criada original é sem forma e vazia.
2. O Espírito paira sobre a água para que ele possa trazer forma e plenitude à ausência de forma e ao vazio.
a. O Espírito executa a mesma atividade na salvação.
b. O Espírito traz forma às vidas informes que estão mortas em pecado.
ii. O Espírito traz forma e plenitude à criação para construir um templo, um local de encontro, para Deus encontrar e ter comunhão com a sua criação, especialmente o homem.
1. Salmo 19.1: o Espírito traz ordem e plenitude para que a criação possa receber o conhecimento de Deus e adorá-lo.
2. Gênesis 1.27 e 2.7: Esses versículos contêm expressões sobre o que Deus pretende fazer através do poder do Espírito.
a. Deus deseja que o homem lidere a adoração ao Senhor na sua criação 
b. A obra do Espírito, como relatada em diversas passagens (por exemplo, Êxodo 31.1–11; Lucas 1.8–17, 26–38; João 16.4–15; 1 Coríntios 6.19–20; 2 Coríntios 13.14; Apocalipse 22:17), está a serviço de levar o povo de Deus para um lugar onde eles possam adorá-lo e glorificá-lo.
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2014/05/ordem-a-partir-do-caos-quem-e-o-espirito-santo/

terça-feira, 7 de abril de 2015

Creio no Filho: A Ressurreição de Cristo como Fato Incontestável #páscoafiel

07.04.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por Hermisten Maia

CreioNoFilho

A primeira tentativa de se negar a ressurreição de Cristo foi feita pelos próprios sacerdotes judeus. Justamente aqueles que deveriam se arrepender de seus erros, tentam, diante das evidências dos fatos, ocultar a verdade mediante suborno (Cf. Mt 28.11-15). Entretanto, eles nada podiam fazer de eficaz contra a realidade do Senhor Jesus ressurreto.

Aqui não nos ocuparemos com as tentativas dos incrédulos em negar o fato da ressurreição; para nós, basta o que a Bíblia nos diz; todavia, apresentaremos alguns elementos bíblicos que manifestam com clareza a realidade da ressurreição de Cristo.

O TÚMULO VAZIO

Mateus registra que um anjo do Senhor removeu a pedra (de cerca de duas toneladas)[4] que fechara o sepulcro de Jesus (Mt 28.2-4); certamente isto não foi feito para que Jesus pudesse sair, visto que a matéria não servia de empecilho para o corpo glorificado do Senhor ressurreto (Cf. Jo 20.19,26); todavia isto foi feito, segundo me parece, a fim de que primeiramente Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27.56,61; 28.1), pudessem constatar com os seus próprios olhos o túmulo vazio (Lc 24.1-3) e, posteriormente, também o fizessem João e Pedro (Jo 20.1-10). O túmulo continuou vazio como evidência concreta da ausência do corpo de Jesus. Todavia, o túmulo vazio pode ser explicado de três formas: 1) Os discípulos de Jesus levaram o corpo; 2) Os inimigos de Jesus levaram o corpo; ou 3) ele realmente ressuscitou.

Analisemos rapidamente as possibilidades: Quanto à primeira, podemos observar que não aconteceu, pois eles ficaram desanimados e desesperados com a morte de Jesus, não esperando ressurreição alguma (Cf. Lc 24.17-21;36,37); e, mesmo que eles tentassem raptar o corpo de Jesus, isto seria impossível visto que havia uma escolta de sobreaviso guardando o túmulo (Cf. Mt 27.62-66). O mesmo é válido para a possibilidade dos inimigos de Jesus tentarem roubar o seu corpo; e, também, por que eles fariam isso? Para dar uma pista errada aos crédulos? Ora, se fosse assim, e o rapto tivesse ocorrido, quando os discípulos começassem a proclamar a ressurreição de Cristo, eles viriam a público apresentando o corpo morto de Cristo ou alguma evidência irrefutável, silenciando definitivamente a pregação apostólica e pondo fim à Igreja de Cristo; entretanto eles silenciaram; tentaram pela força fazê-los calar, visto que não tinham como argumentar contra a evidência do túmulo vazio. Jesus realmente ressuscitou!

AS APARIÇÕES DE JESUS

O Senhor ressurreto apareceu durante quarenta dias (At 1.3) a várias pessoas em cerca de 13 ocasiões diferentes, dando prova evidente da sua ressurreição. Paulo faz um sumário das aparições de Jesus ressurreto (1Co 15.3-8).

A TRANSFORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Apesar de sua a priori autoconfiança ingênua, os discípulos, diante da prisão de Jesus, fogem deixando-o em mãos de seus algozes (Mt 26.33-35;56). Após a sua crucificação, estão atemorizados, às portas trancadas (Jo 20.19,26); agora, após a confirmação da ressurreição de Cristo, Pedro – que antes negou a Cristo três vezes –, juntamente com João, dá testemunho corajoso diante das autoridades judaicas (At 4.13,18-20; 5.29). Esta transformação só pode ser explicada pela certeza da presença confortadora do Cristo vivo entre eles (Mt 28.20). Os apóstolos jamais extrairiam esta coragem de uma mentira por eles inventada; esta ousadia era fruto do Espírito de Cristo que neles habitava (2Tm 1.7).

A PREGAÇÃO APOSTÓLICA

A certeza e o significado da ressurreição de Cristo estavam tão nítidos na mente e nos corações dos discípulos, que todos os seus sermões tinham como clímax histórico, a ressurreição. A mensagem apostólica apontava para a vitória de Deus sobre o pecado e a morte, por meio da ressurreição de Cristo. A pregação apostólica se baseava nas Palavras e nos atos salvadores de Deus na História; e, a ressurreição foi um fato histórico (Ver: At 1.22; 2.24; 3.15; 4.10,33. 5.30; 10.39-41; 17.2,3,17,18; 26.23; 1Co 15.12).

Como temos enfatizado, Paulo em Atenas, “pregava (εὐαγγελίζομαι) a Jesus e a ressurreição” (At 17.18). A ressurreição era a tônica de toda mensagem apostólica; sem a ressurreição de Cristo não haveria pregação, nem fé, nem esperança. No livro de Atos, não encontramos nenhum sermão em que a ressurreição não fizesse parte da proclamação (At 8.5; Rm 10.8-10; 1Co 15.1,3,4,12; 2Tm 2.8). Mesmo que muitos estudiosos céticos não creiam na ressurreição de Cristo, têm de admitir: os discípulos criam e a proclamavam.

A CONVERSÃO DE MUITÍSSIMOS SACERDOTES

Humanamente falando, os sacerdotes judeus para aceitarem a pregação de Jesus como o Cristo, precisavam estar certos da realidade da sua ressurreição, já que tudo parecia ser o oposto (por exemplo: A crença predominante de um Messias militar, o boato forjado pelos principais sacerdotes de que os discípulos de Jesus roubaram o seu corpo, etc.). Entretanto, o Deus que age mediante a verdade, agiu em suas mentes e corações por meio da realidade da ressurreição histórica de Cristo (Cf. At 6.7).

A CONVERSÃO DE SAULO

Saulo teve a sua vida transformada pelo confronto com o Cristo ressurreto (At 9.1-6). Saulo, o perseguidor, agora é Paulo o perseguido, disposto a dar a sua vida – como de fato deu –, por amor ao Cristo vivo (Vejam-se: At 20.22-24; 21.13; 2Tm 4.6-8). Paulo transforma-se no pregador efetivo do Cristo ressurreto, o qual lhe aparecera no caminho de Damasco e, era uma realidade viva em sua existência (At 22.6-10; 26.8-18). Vinte anos depois do seu encontro com Senhor vivo, Paulo se inclui entre aqueles que viram o Senhor ressurreto, dizendo: “E, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.8).

A OBSERVÂNCIA DO DOMINGO [5]

É fato que no Novo Testamento não encontramos nenhuma ordem ou mesmo ensinamento para a Igreja se reunir no domingo; se isto é assim, por que, então, a Igreja substituiu o sábado pelo domingo? A resposta para esta pergunta encontra-se nas páginas do Novo Testamento e, também, na História da Igreja dos séculos posteriores. O Novo Testamento nos mostra que a ressurreição de Cristo deu-se “no primeiro dia da semana” (domingo) e, que algumas das suas aparições deram-se também no domingo (Cf. Mc 16.2,9; Jo 20.1,19,26).

O sábado está relacionado ao evento histórico da libertação do povo do Egito (Dt 5.15). Além, obviamente da lembrança desse fato histórico, o sábado assume um caráter de gratidão a Deus por sua libertação e preservação; é um convite irrestrito a meditarmos na bondade e misericórdia de Deus para com o seu povo. Guardar o sábado significa preservar a aliança (Ex 31.16).

No Novo Testamento, a associação do dia de descanso com a ressurreição de Cristo foi mais do que natural, visto que é em Cristo que encontramos a verdadeira e total liberdade (Jo 8.32,36) e o padrão que assinala “antecipadamente a perfeição da obra recriadora”.[6] “Na ressurreição, Deus trouxe ao cumprimento final seu programa criativo/redentivo. A criação original produziu o mundo. Mas a criação-ressurreição trouxe o mundo à sua destinada perfeição”.[7]

A Igreja do Novo Testamento era primordialmente composta de judeus, os quais jamais mudariam a guarda do sábado – que era um sinal da aliança feita entre Deus e o povo (Ex 31.13; Ez 20.12,20) –, pelo domingo, se não tivesse um motivo bastante consistente e, mais ainda, se não estivessem convictos da aprovação divina. Deve ser mencionado que mesmo as Igrejas estando sempre com um grande número de judeus, em Atos e nas Epístolas, não encontramos nenhuma discussão ou mesmo menção de problemas relacionados à substituição gradual do sábado pelo domingo.

O único motivo que nos parece plausível para esta mudança, é a certeza de que Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, passando aos poucos os cristãos a se reunirem em casas, no primeiro dia da semana, já que ainda não havia templo cristão (At 20.7; 1Co 16.2). Mais tarde, já no final do primeiro século, João narrando a visão que teve do Senhor, diz que a recebeu no “dia do Senhor” (Ap 1.10), provavelmente se referindo ao dia que a Igreja reservara para o culto cristão.

Outro documento que atesta a antiguidade da guarda do domingo por parte da Igreja Cristã, é o Didaquê(c. 120 AD), texto anônimo, o qual usa a mesma linguagem de João se referindo ao domingo como o “dia do Senhor”. Assim, aludindo à reunião da Igreja, diz: “Reunindo-vos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças….”.[8]

Do mesmo modo, em outro documento escrito por Justino (100-167 AD), por volta do ano 150 – no qual temos a mais completa descrição do culto na Igreja Primitiva –, temos a mesma referência.

“No dia que se chama do sol [domingo],[9] celebra-se uma reunião de todos os que moram nas cidades ou nos campos, e aí se lêem, enquanto o tempo o permite, as Memórias dos apóstolos [quatro Evangelhos] [10] ou os escritos dos profetas….”.[11]

Justino, explicando o motivo porque a Igreja se reunia para cultuar a Deus no domingo, diz: “Celebramos essa reunião geral no dia do sol, porque foi o primeiro dia em que Deus, transformando as trevas e a matéria, fez o mundo, e também o dia em que Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dos mortos”.[12]

Portanto, meus irmãos, a observância do primeiro dia da semana é um sinal evidente de que a Igreja sempre creu na ressurreição de Jesus Cristo.

OUTRAS EVIDÊNCIAS

1) A Existência da Igreja

A Igreja Cristã só pode ser explicada e compreendida à luz da ressurreição de Cristo, porque se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé (1Co 15.14,17). Ladd (1911-1984), de modo enfático afirma: “Não foi a esperança da continuidade da vida no além-túmulo, uma confiança na supremacia de Deus sobre a morte ou a convicção da imortalidade do espírito humano que deu origem à igreja e à mensagem a ser proclamada. Foi a crença em um evento acontecido no tempo e no espaço: Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos. Fé na ressurreição de Jesus é um fato histórico inevitável. Sem essa evidência não haveria igreja”.[13]

2) A Crença na Divindade de Cristo

Um dos elementos que atestam a divindade de Cristo é o cumprimento das suas promessas. Se Cristo não tivesse ressuscitado, os discípulos jamais aceitariam a sua divindade, pois, assim, Cristo teria sido o motivo de suas decepções (Ver: Lc 24.13-21).

3) A Existência do Novo Testamento

Se Cristo não tivesse ressuscitado, não haveria história a ser contada visto que o Novo Testamento é a narrativa do cumprimento das promessas de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor (1Co 15.1-5).

Estas são apenas algumas evidências que a Bíblia apresenta da ressurreição de Cristo. A ressurreição para nós é um fato que encontra o seu apoio no registro infalível da Palavra de Deus e, isto nos basta; por isso, a nossa confissão é como a de Paulo: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos….” (1Co 15.20).

[4] Cf. Josh McDowell, As Evidências da Ressurreição de Cristo, São Paulo: Candeia, 1985, p. 77-78.
[5] Veja-se: Hermisten M.P. Costa, Princípios Bíblicos de Adoração Cristã, São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
[6] Gerard Van Groningen, O Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo de Alegria Nele (II): In: Fides Reformata, 4/1 (1999), p. 132.
[7] O. Palmer Robertson, Cristo dos Pactos, Campinas, SP.: Luz para o Caminho, 1997, p. 66-67. Veja-se: Gerard Van Groningen, O Sábado no Antigo Testamento: Tempo para o Senhor, Tempo de Alegria Nele (II): In: Fides Reformata, 4/1 (1999), p. 136.
[8] Didaquê, XIV. In: J.G. Salvador, ed. O Didaquê, São Paulo: Imprensa Metodista, 1957, p. 75.
[9] Cf. Justino de Roma, I Apologia, São Paulo: Paulus, 1995, 67.7. p. 83-84. Essa prática que tornou-se comum no Novo Testamento, perpetuou-se na Igreja Cristã e, já no segundo século encontramos farto material atestando o culto dominical. (Veja-se: The Epistle of Barnabas, XV. In: Alexander Roberts; James Donaldson, eds. The Ante-Nicene Fathers, Peabody, Massachusetts, Hendrickson Publishers, 1995, Vol. I, p. 147; Carta aos Magnésios, 9. In: Cartas de Santo Inácio de Antioquia, 3ª ed. Petrópolis, RJ.: Vozes, 1984, p. 53).
[10] Esta expressão de Justino refere-se aos Evangelhos, conforme ele mesmo diz: “Foi isso o que os Apóstolos nas Memórias por eles escritas, que se chamam Evangelhos....” (Justino de Roma, I Apologia, 66.3. p. 82).
[11] Justino de Roma, I Apologia, 67. p. 83.
[12] Justino de Roma, I Apologia, 67. p. 83-84.
[13] George Eldon Ladd. Teologia do Novo Testamento, Rio de Janeiro: JUERP, 1985, p. 303.

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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/04/creio-no-filho-a-ressurreicao-de-cristo-como-fato-incontestavel-pascoa/