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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Como Estudar um Texto Bíblico

22.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

Deus usou palavras para comunicar sua vontade aos homens. Ele deu a algumas pessoas a tarefa especial de registrar suas palavras, que nós temos hoje no conjunto de livros que conhecemos como a Bíblia ou as Escrituras. Vivemos numa época privilegiada na qual estes textos transmitidos de Deus aos homens são facilmente acessíveis em qualquer idioma escrito. Quase todos nós temos oportunidades de adquirir uma Bíblia com pouco ou nenhum custo. Uma vez que adquirimos uma Bíblia, o que faremos com ela?

A coisa mais óbvia é ler o conteúdo, e a leitura bíblica deve fazer parte do nosso dia a dia. Mas além da leitura, é importante estudar a Bíblia, procurando entendimento dos livros, analisando a estrutura dos textos, procurando compreender as mensagens comunicadas ao leitor. Neste artigo, vamos focalizar algumas dicas práticas para ajudar no estudo de textos bíblicos. Vamos usar a primeira epístola de Pedro como exemplo, mas as mesmas dicas servem para o estudo de outros livros ou textos menores (capítulos, parágrafos, etc.).

1. Ler o texto várias vezes. Antes de começar a analisar detalhadamente, leia o texto várias vezes. Comece com a Bíblia que você usa no dia a dia. Se tiver acesso a outras versões das Escrituras, leia o mesmo texto nestas outras versões. Pela leitura repetida, você vai se familiarizar com o texto e vai desenvolver uma noção geral dos pontos principais desenvolvidos. Quando se usa várias versões, traduções um pouco diferentes podem esclarecer o sentido de algumas palavras ou expressões difíceis.

2.  Identificar assuntos e palavras chaves. Em cada leitura, você perceberá com mais facilidade as palavras repetidas e os assuntos frisados pelo autor. Em 1 Pedro, perceberá a ênfase na relação de pessoas santificadas com o Senhor, o contraste entre coisas temporárias e coisas eternas, encorajamento para pessoas que sofrem injustiças por causa da sua fé, etc. Ajuda anotar temas e palavras importantes, talvez em um caderno, para facilitar a compreensão das mensagens principais do texto.

3.  Analisar a organização do texto. Agora, entramos na fase de estudar realmente o texto. As etapas anteriores serviam como preparos, mas ainda não entramos no estudo mais detalhado do conteúdo. Na análise da organização, é fundamental prestar atenção na gramática, especialmente na pontuação do texto. Normalmente nós falamos e escrevemos em frases relativamente pequenas, talvez com uma média de menos de 30 palavras cada. Mas muitos textos bíblicos têm frases bem maiores, e não vamos entendê-los se não observar estas frases e sua estrutura. Na maioria dos casos, podemos ver a separação das frases pelos pontos finais (.), pontos de interrogação (?) ou de exclamação (!). A pontuação correta faz parte do trabalho dos tradutores, e geralmente eles tem feito bem nisso. Por esta razão, pode ter variações na pontuação de uma versão para outra, que podem nos dar motivos para pesquisar mais e entender estas diferenças.

É importante notar que as divisões em capítulos e versículos servem principalmente para facilitar a localização dos trechos, e não para mostrar bem a estrutura. Estas convenções são o trabalho de homens para ajudar, não são divisões inspiradas por Deus! Também deve observar que quase todos os subtítulos em negrito foram acrescentados pelos redatores das versões, e não fazem parte do texto original. Podem ajudar a entender a estrutura, mas também podem refletir as tendências teológicas dos redatores.

Olhando para o conteúdo, e não para as divisões dos versículos, poderia analisar a estrutura básica de 1 Pedro capítulo 1 desta forma:

 Saudação (1:1-2)

   ○ Pedro escreveu esta epístola
   ○ Escreveu para servos de Deus espalhados em regiões que ele identifica


 A esperança em Cristo (1:3-12)

   ○ Em Jesus, Deus mostrou a misericórdia para nos dar esperança (1:3-5)
   ○ Pela fé incorruptível, podemos suportar as aflições temporárias (1:6-9)
   ○ Profetas e anjos queriam compreender as coisas que Deus revelou para nós (1:10-12)


 O procedimento de peregrinos santificados (1:13-21)

   ○ Nosso entendimento do plano de Deus é a base da nossa esperança (1:13)
   ○ Os filhos de Deus devem imitar sua santidade (1:14-16)
   ○ Esta vida se baseia no sangue de Cristo, e não nas coisas passageiras deste mundo (1:17-21)


● A palavra permanente e eterna deve nos levar a amar de verdade (1:22-25)

4. Compreender as palavras usadas. Depois de enxergar a estrutura básica do trecho, é preciso compreender este texto. Obviamente, esta compreensão depende do vocabulário usado. Muitas das melhores traduções bíblicas empregam palavras que bem refletem o sentido das palavras originais que traduzem, mas algumas destas palavras não fazem parte do vocabulário cotidiano de muitos de nós. Se você não costuma ouvir e entender palavras como galardão, propiciação e imarcescível, precisará de um dicionário no seu estudo das Escrituras.


Para isso, há várias opções. Na maioria dos casos, um dicionário comum resolverá as dúvidas. Mas precisa lembrar que estes dicionários apresentam os sentidos das palavras no contexto atual, e não necessariamente seu significado no contexto bíblico. Por exemplo, as primeiras duas definições da palavra igreja no dicionário Aurélio Século XXI são “Templo cristão” e “Autoridade eclesiástico”, mas estes sentidos modernos da palavra não representam o seu significado nas Escrituras. No mesmo dicionário, os principais sentidos dados à palavra batismovem das tradições católicas e de usos derivados da palavra, e não do sentido da palavra grega assim traduzida no Novo Testamento. Um dicionário comum ajuda em muitos casos, mas nem sempre!

Para estudantes que querem mais clareza, há dicionários bíblicos que procuram apresentar melhor os sentidos das palavras bíblicas no seu contexto original. Algumas Bíblias incluem pequenos dicionários deste tipo entre os auxílios para o leitor. Alguns destes dicionários se baseiam nos idiomas originais usados para escrever a Bíblia (o Novo Testamento foi escrito no grego, e quase todo o Antigo Testamento, em hebraico). O Dicionário Vine é um bom exemplo deste tipo de auxílio. Alguns dicionários bíblicos são escritos num estilo enciclopédico, ou seja, apresentam artigos de explicação sobre os temas abordados, e não somente definições técnicas das palavras em si.

Estudantes mais avançados podem utilizar ainda outros recursos, como textos gregos e hebraicos e léxicos (um tipo de dicionário das palavras dos idiomas originais). Mas o uso correto destes auxílios exige algum entendimento das línguas originais, entendimento que poucos têm. Estudo dos idiomas usados para escrever a Bíblia pode esclarecer algumas coisas, mas não devemos imaginar que tal conhecimento seja necessário para compreender a vontade de Deus. Com um pouco de esforço, é possível encontrar e compreender traduções que transmitem bem a mensagem das Escrituras.

5. Compreender as frases completas. Quando entendemos todas as palavras numa frase, a compreensão do texto se torna mais fácil. Para entender uma frase, precisamos observar os elementos básicos da gramática (fazemos isso constantemente, mesmo sem saber como identificar por nome a função de cada palavra). É importante observar quem fala e para quem ou sobre o que. Devemos prestar atenção no tempo dos verbos, pois é muito diferente dizer “ela veio” ou “ela virá”.

6. Entender o conjunto de frases. Quando escrevemos, usamos palavras para fazer frases e juntamos algumas frases para fazer parágrafos. Normalmente um parágrafo explica um certo fato, tema ou argumento, juntando vários pedaços de informação. É comum um parágrafo levar a outro, assim desenvolvendo um assunto maior e mais complexo. Às vezes, estes parágrafos são bem organizados e fáceis de seguir. Em outros casos, precisamos ler várias vezes para compreender bem o ponto. Cada escritor tem seu estilo, e alguns são mais fáceis do que outros. Não é diferente na Bíblia. Encontramos alguns trechos bem organizados, e outros onde o autor se desvia de um ponto e insere outro assunto antes de voltar ao ponto original. O Espírito Santo, ao revelar as Escrituras, escolheu autores com características e estilos diferentes para comunicar a sua mensagem a leitores com diversos atributos. São motivos como estes que nos motivam a dedicar as horas necessárias para realmente estudar e buscar entendimento dos textos bíblicos. E cada minuto de estudo cuidadoso será bem investido!

Considere, como exemplo, 1 Pedro 2:11-17. Antes de chegar a este trecho, observamos a ênfase na santidade dos servos de Deus e a posição deles como o povo especial de Deus. Neste trecho, Pedro explica um tema já introduzido em 1:17 – o procedimento do santo povo de Deus durante o tempo aqui nesta vida terrestre. Os cristãos são cidadãos do céu, mas residentes deste mundo, e assim devem se ver como peregrinos e forasteiros. Como deve ser o comportamento destes peregrinos? Nestes versículos, ele responde a esta questão, enfatizando a pureza (2:11), o bom exemplo diante dos outros (2:12), o respeito para com as autoridades governamentais (2:13-14) e o tratamento de todos (2:15-17). Cada frase tem seu lugar no parágrafo, e o parágrafo faz parte do contexto maior da epístola toda.

7. Procurar entender o texto no seu contexto maior. É fundamental entender palavras, frases e parágrafos, mas o estudo não termina aqui. Quase todos os livros da Bíblia tratam de diversos assuntos, e assim os parágrafos se enquadram como partes do todo em cada livro. No exemplo citado acima, ele começou uma parte do livro em 1 Pedro 2:17 quando falou sobre o comportamento dos cristãos no mundo. Os parágrafos subsequentes, porém, continuam com aspectos mais detalhados deste tema, falando sobre o procedimento de servos, esposas, maridos, etc. A relação proposital entre estes trechos se torna evidente pelo uso de palavras como porquanto (2:21), porque (2:25), igualmente (3:1,7), finalmente (3:8), etc.
Ainda há mais um passo importante na consideração do contexto. Além do próprio livro, há outros livros da Bíblia que podem incluir informações relevantes. Quando consideramos as Escrituras como um todo, percebemos a importância de interpretar cada trecho de acordo com o resto da Bíblia. Pedro mesmo comentou sobre este fato quando comparou seus ensinamentos com os de Paulo (2 Pedro 3:15-16). Um trecho complementa o outro e facilita nossa compreensão.

Conclusão

Não é a minha intenção neste pequeno artigo apresentar um curso completo sobre análise de textos bíblicos. Com certeza, outros poderiam acrescentar outras sugestões valiosas. O propósito deste artigo é incentivar o estudo cuidadoso no qual cada leitor busca entender o que Deus tem revelado. Vamos cultivar hábitos de ler, estudar, meditar e aplicar as mensagens das Escrituras!
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Fonte:
http://www.estudosdabiblia.net/d188.htm

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

As Cartas de Paulo a Timóteo e Tito

21.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan



Antes de estudar as cartas que Paulo enviou para Timóteo e Tito, é bom conhecer um pouco da história da vida destes dois evangelistas que muito ajudaram na divulgação do evangelho de Jesus e na edificação das igrejas do primeiro século. Uma aula de 31 minutos apresentada por Dennis Allan. 


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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/video_55b.htm

domingo, 20 de outubro de 2013

ANDANDO COM DEUS

20.10.2013
Por Dennis Allan

20 de outubro  Dia 293  

Leituras: João 5:31-47; Hebreus 10:26-39; Salmo 97; Provérbios 23:29-35; Oséias 7-9.  

Versículo Especial“Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão” (Hebreus 10:35).  

Pensamento BíblicoIsrael de Cabelos Grisalhos (Oséias 7:8-10). Israel (Efraim) estava quase para ser destruído, mas não percebia isso. Deus comparou a nação com: 1) Um bolo não virado, que já está queimando por baixo (como uma panqueca não virada); 2) Um homem muito fraco para a batalha, mas não ciente da sua fraqueza; 3) Um homem cujos cabelos grisalhos revelam sua idade avançada, mas que não vê este sinal de que a morte se aproxima.  

Ação: Você conhece pessoas ignorantes do fim que se aproxima. Diga-lhes a verdade antes que seja muito tarde!

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Amar a Quem não Merece

20.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

Oséias retrata a profundidade do amor de Deus mais vivamente do que qualquer outro livro do Velho Testamento. Usando as experiências de um homem que perdoou e se reconciliou com sua esposa adúltera e que amou os filhos nascidos das traições dela, Deus mostrou como podia amar e perdoar o povo infiel de Israel.

A vida de Oséias era cheia de sofrimento e dor. A mulher que ele amava desprezava-o. Em vez de lhe agradecer por sua bondade em susten-tá-la, ela gastava os bens dele na prostituição. Em vez de ficar com o único homem que realmente a amava, ela procurava homens inúteis que a usavam apenas para seu próprio prazer. Ela partiu repetidamente o coração de seu esposo fiel e amoroso.

Mas Oséias ainda amava Gômer, a mulher que o traía. Quando ela estava em dificuldade, ele foi socorrê-la. Quando ela tinha perdido o rumo na vida, ele a retirou para um lugar isolado para conquistar novamente o coração dela. Em vez de odiar a mulher que o tinha tratado tão mal, Oséias continuou a amar esta esposa que não merecia amor e a oferecer aceitá-la de volta.

Oséias, talvez melhor que qualquer outro homem, entendia como Deus se sente quando olha para um pecador. Sendo perfeito e santo, Deus tem todo direito de odiar e desprezar qualquer pessoa dominada pelo pecado. O pecado é feio para ele, tão repulsivo que ele não pode suportar sua presença. Mas Deus, com Oséias, olha além do pecado para ver a pessoa que errou. Paulo pegou o significado desse amor num único versículo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8).

Deus não nos salva porque sejamos bonitos ou mereçamos seu amor. Ele olha além da terrível feiura de nosso pecado para ver uma alma que ele ama. Ele não vê alguém dominado pelo pecado, mas alguém que pode ser restaurado em sua comunhão com o Criador. Assim como Oséias amava sua esposa infiel e queria resgatá-la de sua vida lamentável, assim Deus nos ama e quer proteger-nos do pecado. Agradeça a Deus porque ele é capaz de amar a quem não merece amor!

Leia mais sobre este assunto:

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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/esc58.htm

O Temor do Senhor

20.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan
                                          
“O temor do SENHOR é fonte de vida para evitar os laços da morte” (Provérbios 14:27). Encontramos expressões semelhantes a esta, frisando a importância do temor do Senhor, mais de 25 vezes na Bíblia, a maioria no livro de Provérbios. O temor de Deus não é pavor irracional. É o medo, respeito ou reverência que vem de uma apreciação das qualidades de Deus. Ele é santo, justo e poderoso, e qualquer ser humano deve sentir respeito profundo para com o Criador e Juiz de todos (2 Crônicas 19:7-9).

O temor de Deus traz entendimento e nos protege dos maus caminhos (Jó 28:28; Provérbios 19:23; 22:4). O respeito a Deus nos dá motivo para evitar o pecado em nossa vida – “Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa; e pelo temor do SENHOR os homens evitam o mal” (Provérbios 16:6). Vários trechos o descrevem como a base da sabedoria (Provérbios 1:7; 9:10; Salmo 111:10).

Qualquer doutrina ou prática que desvia os nossos olhos de Deus pode destruir o temor do Senhor. Esta foi a preocupação dos israelitas quando pensaram que alguns de seus irmãos estivessem caminhando para a idolatria (Josué 22:25). Da mesma forma, materialismo e doutrinas que minimizam a importância de Deus diminuem a reverência por parte de suas criaturas.

Cada pessoa tem a opção de buscar o conhecimento de Deus para aumentar o seu temor do Senhor: “Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do SENHOR” (Salmo 34:11). Da mesma maneira, podemos rejeitar este entendimento e desprezar o temor de Deus: “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.... Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR” (Provérbios 1:7,29).
 
Esse respeito para com Deus é essencial para o crescimento da igreja, como observamos na igreja primitiva (Atos 9:31). Pessoas que já conhecem a palavra e demonstram o temor do Senhor, naturalmente falarão a outros, oferecendo-lhes a mesma esperança (2 Coríntios 5:11).
–por Dennis Allan

Leia mais sobre este assunto:
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Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/esc11_06.htm

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Jesus, o Caminho para o Perdão dos Pecados

15.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan
 
O pecado é uma ameaça mais séria contra nosso bem-estar do que qualquer perigo físico, econômico ou social, que enfrentemos. Entretanto, todos nós somos culpados de pecado e incapazes, por nós mesmos, de remover sua mancha. O pecado é violação da lei de Deus e somente Deus pode perdoá-lo. Ele providenciou nosso perdão através de Jesus.
 
"No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça" (Efésios 1:7).
 
"Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pedro 2:24).
 
Depois de seu sacrifício por nós, Jesus explicou como aqueles que estão perdidos no pecado podem ter a remissão dos pecados e serem salvos.
 
"Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém" (Lucas 24:46,47).
 
"Quem crer e for batizado ser  salvo" (Marcos 16:16).
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/1auto.htm

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"Senhor, Ensina-nos a Orar"

14.10.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

"De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos pediu; Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos" (Lucas 11:1).

A oração é importante. Todos os que querem seguir o Senhor sabem que a oração é parte essencial da vida do discípulo. Entretanto, poucos oram e muitas vezes, quando oramos, parece que lutamos para nos expressarmos a Deus. Embora possa parecer que a oração deveria vir a nossa boca como uma expressão confortável de nossa fé e confiança em Deus, ela freqüentemente parece difícil, talvez ineficaz.

Os primeiros seguidores de Jesus observaram seus hábitos de oração. Eles o viram freqüentemente procurando um lugar deserto para falar com seu Pai. Numa ocasião dessas, eles pediram sua ajuda. Também desejamos comunicar- nos com Deus como seu filho estava fazendo. "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11:1).

Jesus fez como eles pediram. Ele os ensinou como orar, tanto por suas palavras como por seu exemplo. Ele orava freqüentemente, fervorosamente e com grande fé naquele que estava ouvindo aquelas orações. Através do exemplo de sua vida, ele está ainda nos ensinando a orar.

Palavras de oração

A resposta imediata de Jesus ao pedido dos apóstolos é encontrada em Lucas 11:2-4.

Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; o pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia; perdoa-nos os nossos pecados, pois também perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixes cair em tentação.

Nem esta oração, nem a semelhante encontrada em Mateus 6:9-13, são destinadas a repetição palavra por palavra. Jesus não estava ensinando palavras para serem memorizadas e recitadas; ele estava ensinando a orar. Ele deu um exemplo que mostra que tipo de coisas devemos incluir em nossas orações. Devemos:

1. Reverenciar e glorificar a Deus: "Pai, santificado seja o teu nome". Grandes orações de grandes homens e mulheres são sempre proferidas com grande respeito a Deus. Quando Moisés, Ana, Davi, Daniel, Neemias e outras importantes personagens da era do Velho Testamento oraram, começaram com declarações de genuína reverência a Deus, como criador e comandante do universo.

2. Buscar a vontade de Deus: "Venha o teu reino". A oração não é um instrumento para manipular Deus para que faça nossa vontade. Aqui, Jesus orou pelo reino de Deus, sabendo que esse reino só poderia vir com todo o seu poder através da avenida de sua própria morte. Aqui, como na oração agonizante no Getsêmani, Jesus colocou a vontade do Pai acima de seus próprios interesses: "Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39). Quando vemos a oração como nada mais do que uma oportunidade de fazer pedidos a Deus, colocamos a vontade do servo indevidamente acima da vontade do Senhor. Deveremos sempre procurar fazer a vontade de Deus.

3. Reconhecer nossa dependência de Deus para as necessidades físicas: "O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia". Esta não é uma exigência de abundância e riqueza. Jesus nem praticou, nem ensinou a noção materialista de que o discípulo pode "dizer e exigir" o que quer na oração. Diferentemente das orações de certas pessoas hoje em dia, que se aproximam de Deus como pirralhos mal criados exigindo tudo o que querem, Jesus mostrou aqui uma dependência de Deus para as necessidades básicas da existência diária. Precisamos de Deus todos os dias.

4. Reconhecer nossa depen-dência de Deus para as bênçãos espirituais: "Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve. E não nos deixeis cair em tentação". Encontramos algumas lições valiosas no versículo 4. Primeiro, precisamos do perdão. As palavras de João 8:7 e Romanos 3:23 nos recordam nossa culpa. Pecamos. 

Necessitamos do perdão. Só Deus tem o direito e o poder para perdoar (Marcos 2:7). Segundo, precisamos perdoar. Nossa comunhão com Deus é condicionada a várias coisas, incluindo-se como tratamos as outras pessoas. Quem se recusa a perdoar outro ser humano simplesmente não será perdoado por Deus (Mateus 6:14-15; 18:15-35). Terceiro, precisamos do auxílio de Deus para que não pequemos. Deus não é apenas um guarda-livros registrando os pecados cometidos e apagando-os depois. Ele tem poder para nos auxiliar a derrotar o inimigo. Paulo garantiu que há um jeito de escapar de cada tentação (1 Coríntios 10:13). 

Jesus "é poderoso para socorrer os que são tentados" (Hebreus 2:18). Ele nos deixou um exemplo perfeito de obediência para encorajar nossa fidelidade (1 Pedro 2:21-24). Na hora de sua mais difícil tentação, Jesus voltou-se para seu Pai em oração fervorosa. Depois daquelas orações ele saiu do Getsêmani preparado para suportar o poder das trevas, e sofreu o ridículo e a morte para cumprir a vontade de seu Pai. Jesus encontrou o auxílio necessário quando apelou para seu Pai, em oração.

Exemplos de oração

Pouco é registrado das palavras específicas com que Jesus orou. Podemos aprender muito simplesmente observando quando, onde e por quê Jesus orou.

1. Quando Jesus orou? Ele orou em horas de grandes provações, tais como o exemplo já citado de suas orações no Getsêmani, poucas horas antes de sua morte. Ele orou momentos antes de grandes decisões. Lucas 6:12-16 conta o dia em que Jesus escolheu os doze homens aos quais seria dada a responsabilidade de levar o evangelho ao mundo. Note o que ele fez antes de selecioná-los; "Retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus" (Lucas 6:12). Ele orou antes de grandes obras. Quando Jesus se preparou para ressuscitar Lázaro dentre os mortos, ele primeiro se dirigiu ao seu Pai, em oração (João 11:41-43). Ele orou quando sua obra terminou (João 17:4).

2. Onde Jesus orou? Embora as orações de Jesus nunca fossem limitadas pelo tempo ou pelo espaço, é claro que ele freqüentemente procurou um lugar e uma hora livre e sem interrupções para falar com seu Pai em oração. Ele freqüentemente subiu a montes, ou saiu para um jardim, e tipicamente escolheu a noite ou o amanhecer, quando haveria menos distração com o mundo apressado. Tais hábitos eram tão típicos da vida de Cristo que Judas sabia exatamente onde encontrá-lo embora só estivesse estado em Jerusalém poucos dias (João 18:1-3).

3. Por que Jesus orou? As circunstâncias das orações de Jesus sugerem motivos imediatos para oração: tentações, provações, tristeza, momentos decisivos, etc. Mas estes são realmente apenas o reflexo de uma razão maior pela qual Jesus orou. Jesus valorizava sua comunhão com o Pai. Como alguém que entendia melhor do que qualquer outro homem jamais entendeu o privilégio de andar com Deus, Jesus queria manter essa íntima relação com seu Pai. Tendo a escolha entre multidões de homens e seu Pai, Jesus freqüentemente escolheu a companhia de Deus. Quando tinha que escolher entre o sono e a oração, Jesus encontrava o profundo rejuvenescimento de que necessitava, não no descanso físico, mas na conversa espiritual com seu Pai.. Estas orações de Jesus nos ensinam algumas lições muito valiosas sobre o privilégio de sermos chamados filhos de Deus.

O que os discípulos aprenderam?

Os apóstolos pediram instruções sobre como orar. Jesus deu-lhes mais do que palavras, quando mostrou um exemplo consistente de fé em suas orações. Teriam eles aprendido? Dois breves episódios na parte inicial do livro de Atos mostram que eles aprenderam a importância da oração.

Depois que Pedro e João foram perseguidos e passaram algum tempo na prisão por causa de sua pregação, eles encontraram outros cristãos e oraram juntos com confiança, pedindo coragem para continuar sua obra (Atos 4:23-31). Sua citação da poderosa mensagem do Salmo 2 mostra que eles entenderam que o poder da oração é encontrado no poder daquele que ouve essas orações: o Deus que se assenta nos céus.

Quando confrontados com as necessidades físicas das viúvas na igreja de Jerusalém, os apóstolos reconheceram a importância desse serviço e guiaram a igreja na seleção de homens adequados para cuidar do assunto. Mas note, no texto, a razão pela qual os próprios apóstolos não desviaram sua atenção: "E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra" (Atos 6:4). O cuidado das viúvas não era para ser negligenciado, mas os apóstolos cuidadosamente reservaram tempo em suas vidas para a oração. Eles tinham aprendido bem a importante lição do exemplo de Jesus e de seus hábitos de oração.
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