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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Como superar a ansiedade e o medo

28.10.2015 
Do portal ULTIMATO ON LINE
ESTUDOS BÍBLICOS
Por Pastor Luiz Cézar Nunes de Araújo


Texto básico: Filipenses 4.2-8

Texto devocional: 2Crônicas 20.3-12

Versículo-chave


Então, Josafá teve medo, e se pôs a buscar ao Senhor; e apregoou jejum em todo o Judá… e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2Cr 20.3,12).


Alvo da lição

Você perceberá que todos nós estamos sujeitos a momentos de ansiedade e medo e, como o rei Josafá, precisamos aprender a colocar sempre os nossos olhos em Deus.

Leia a Bíblia diariamente

SEG Sl 121.1-8

TER 1Jo 4.17-18
QUA Mt 8.23-27
QUI Sl 46.1-11
SEX Is 41.10-13
SÁB Sl 40.1-4
DOM Js 1.6-9


Introdução

Ainda que tenhamos recebido a Cristo como Salvador, e com Ele o perdão de todos os nossos pecados (1Jo 1.7), continuamos vulneráveis em nossos sentimentos e emoções. Já somos novas criaturas (2Co 5.17), mas a nossa velha natureza ainda é suscetível às circunstâncias que nos advêm. Sendo assim, não é anormal ficarmos ansiosos, com medo, desanimados e abatidos. O próprio apóstolo Paulo experimentou tais sentimentos em sua vida cristã (2Co 6.4-10; 7.5-6). Mesmo o Senhor Jesus, nos Seus últimos dias, revelou a nós a tristeza do Seu coração (Mc 14.34); contudo, essa tristeza não provém de uma velha natureza no caso de Jesus e nem havia vulnerabilidade Nele.

Qual de nós não se sente ansioso e com medo diante de uma enfermidade, do desemprego, de uma crise familiar, da violência que nos cerca, dos desafios que temos que assumir ou mesmo diante das lutas pelas quais a nossa igreja passa?

O terapeuta cristão Gary R. Collins faz uma distinção entre a ansiedade normal, que é uma reação natural diante dos perigos e ameaças, que é controlada ou diminuída quando as circunstâncias exteriores se modificam; e a ansiedade aguda ou neurótica, que desenvolve sentimentos exagerados de desespero e medo, mesmo quando o perigo é inexistente. Para ambas Deus providenciou recursos para nos ajudar nestes momentos. No texto de Filipenses 4, a partir do versículo 2, notamos que a igreja ou alguns de seus membros estavam em crise de relacionamento. Aparentemente, as irmãs Evódia e Síntique andavam em desacordo. Tal desavença estava entristecendo demais os irmãos. Paulo, então, pediu a um obreiro amigo que promovesse a reconciliação (v.3) e à igreja que, resolvida a questão, voltasse a se alegrar no Senhor (v.4). Vejamos, nos versículos 6 e 7, o apóstolo Paulo ensinando o que fazer para vencer a ansiedade e o medo.

I – IDENTIFICAR A CAUSA DO PROBLEMA

Talvez a dor dos irmãos e a sua ansiedade tivessem como origem a briga das duas irmãs (v.2), e Paulo foi direto ao ponto de tensão. Ou seja, descobrir a causa da ansiedade dá início à solução do problema. Através da observação, reflexão, autoanálise, leitura da Bíblia, aconselhamento, podemos descobrir o que de fato nos preocupa. Às vezes, não é fácil esse exercício, mas pode nos fazer muito bem, se feito adequadamente. Você sabe bem as causas da sua ansiedade quando a sente? Davi, certa vez, pediu que Deus vasculhasse o seu coração e fizesse aflorar os males que ali estavam (Sl 139.23-24).

II – CONSIDERAR A AJUDA DE UM IRMÃO EM CRISTO

Depois de descobrirmos a causa de nossa ansiedade, devemos atacá-la. O apóstolo Paulo não teve dúvida, repreendeu as irmãs e as admoestou a pensarem concordemente no Senhor.

Para ajudar na resolução do conflito, pediu ajuda de um obreiro. Não sabemos quem era esse “companheiro de jugo” (v.3), mas o certo é que a sua ajuda foi muito importante naquela hora. 

Todo crente deve ter os seus companheiros de jugo, aquelas pessoas que, em momentos difíceis, ajudam-no em oração e aconselhamento. Esse apoio fraternal é de especial significado quando o problema é o tratamento do medo e da ansiedade. A Bíblia afirma que o “perfeito amor lança fora o medo”. Collins, já citado, afirma que o inimigo do medo é o amor. Especialmente, demonstrar o amor de Cristo é ajudar também aqueles que sofrem de ansiedade e medo. Pregar o evangelho do Salvador com paciência e amor é a melhor maneira de levar outros a expulsar de sua vida o medo e a ansiedade.

III – ALEGRAR-SE SEMPRE NO SENHOR

Possivelmente a crise de relacionamento das duas irmãs estava tirando a alegria da igreja. De fato, toda divisão no corpo de Cristo traz consigo uma tristeza imensa. Talvez seja por isso que Jesus orou tanto pela unidade de Seus filhos ( Jo 17.11).

No entanto, em meio às lutas, os irmãos foram exortados a se alegrar no Senhor (v.4). Por  maiores que sejam as lutas sempre haverá no Senhor, motivo de alegria. No versículo 6, no meio da ansiedade e medo, deveria, ainda assim, haver ações de graças. Se olharmos somente para os problemas, ficaremos mais ansiosos ainda. Se olharmos para alegrar sempre Nele.

Segundo Collins, alegrar-se, para os cristãos, é uma ordenança permanente do Senhor, pois Ele disse que jamais nos deixaria. Temos ainda a expectativa de Sua volta e da vida com Ele num lugar especialmente feito para nós, Seus filhos. Baseados nessa promessa, podemos viver livres do medo. Precisamos conhecer a palavra do Senhor para que sejamos consolados e fortalecidos!

IV – CONFIAR EM DEUS EM ORAÇÃO

Em Filipenses 4.6, está escrito que a oração é o melhor remédio à ansiedade e ao medo. Foi em oração que muitos dos heróis da Bíblia aprenderam a confiar no Senhor.

Jó orou muito durante a sua crise existencial. Foi crescendo tanto em confiança em Deus que, no final de suas provações, ele declara: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” ( Jó 42.5). Ana, por sua vez, foi embora contente após ter orado com tanta dedicação ao Senhor e ouvido as palavras do sacerdote Eli (1Sm 1.9-18). Asafe se mostrou confiante na soberania de Deus após entrar no santuário e orar (Sl 73.17-28). À medida que confiamos mais no Senhor em oração, menos a ansiedade e o medo habitam em nós. Em Mateus 6.25-34, o Senhor Jesus ensina que não devemos ficar ansiosos com a nossa vida. O que devemos fazer é buscar o reino de Deus e a Sua justiça (v.33). A oração vence a ansiedade. Quem ora bastante vive bem.

Conclusão

O texto de Filipenses começa relatando uma crise de relacionamento (v.2), mas termina com uma promessa de paz (v.7). É possível ter a paz de Cristo ocupando o lugar do medo e da ansiedade em nossa mente e coração, mesmo que as circunstâncias externas não mudem.

O que determina a paz no barco não é a ausência da tempestade lá fora, mas a presença de Jesus do lado de dentro (Mt 8.23-27). Jesus nos prometeu uma paz que o mundo não pode dar ( Jo 14.27), no entanto, afirmou, também, que no mundo teríamos aflições ( Jo 16.33). Paz não é a ausência de problemas e aflições, mas é uma dependência completa do cuidado de nosso Pai Celeste. Que os recursos espirituais citados neste texto nos ajudem a vencer a ansiedade e o medo. Que o Espírito Santo aplique em nosso coração Filipenses 4.2-8, o que nos fará muito bem. Faz-nos bem refletir esta estrofe de um hino que diz: “Com Tua mão segura bem a minha, e pelo mundo alegre seguirei. Mesmo onde as sombras caem mais escuras, Teu rosto vendo, nada temerei” (H.M. Wright).

Autor do Estudo: Pastor Luiz Cézar Nunes de Araújo



>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica, na revista Conflitos da Vida, da série Vida Cristã. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/como-superar-a-ansiedade-e-o-medo/#comment-985

O Deus que nos cativou!

28.10.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

quarta-feira
Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e mandou o seu Filho. (1Jo 4.10)
Paulo diz que somos mais do que vencedores (Rm 8.37), mas somos também mais do que vencidos. Vencidos no bom sentido – vencidos pelo amor – pelo amor de Deus. Esse amor nos desmanchou, quebrou nossa cerviz dura, dobrou nossos joelhos, acabou com a nossa resistência, fez desaparecer misteriosamente nossa indiferença para com ele. Às vezes, Deus nos vence pela dor, pelo vendaval, pela tempestade. Outras vezes, por um vento suave, pelo dedilhar de uma lira, pelo canto de um passarinho. O que João está afirmando é que, se hoje amamos a Deus, é porque ele nos amou antes. Nosso amor é uma resposta positiva ao amor de Deus.
Essa figura tem correspondente no Antigo Testamento. Quando Israel (o reino do norte) estava numa situação muito ruim, pouco antes da conquista da cidade de Samaria pelos assírios em 721 antes de Cristo, Deus fez de tudo para trazer o povo de volta para si por meio do amor. Por boca do profeta Oseias, o Senhor disse ao povo de Israel: “Vou seduzir minha amada e levá-la de novo para o deserto onde lhe falarei do meu amor” (Os 2.14). Deus tenta comover Israel como que mostrando-lhe um álbum de fotografias: “Quando Israel era criança, eu já o amava e chamei o meu filho, que estava na terra do Egito. Porém, quanto mais o chamava, mais ele se afastava de mim […]. Mas fui eu que ensinei o meu povo a andar; eu o segurei nos meus braços, porém eles não sabiam que era eu que cuidava deles. Com laços de amor e de carinho, eu os trouxe para perto de mim. Eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo. Eu me inclinei e lhe dei de comer” (Os 11.1-4).
O Senhor não somente nos corteja, nos traz flores, nos atrai, cuida de nós, nos fala carinhosamente, mas também mandou o seu Filho, “para que, por meio dele, os nossos pecados fossem perdoados!”. Hoje, vencidos pelas cordas de amor de Deus, somos crentes!
A verdade é que nós o amamos porque ele nos cativou primeiro!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2015/10/28/autor/elben-cesar/o-deus-que-nos-cativou/

O que é Missão Integral?

28.10.2015
Do portal  ULTIMATO ON LINE, 15.10.15


A “Missão Integral” é mais velha e menos complicada do que imaginam alguns leitores.

É o que o leitor vai perceber na edição de novembro-dezembro da revista Ultimato, que entra em circulação no próximo dia 30, quando ler a entrevista com os pioneiros ou "pais" da Missão Integral. 

Reunimos e conversamos com Samuel Escobar, René Padilla, Pedro Arana e Tito Paredes. Valdir Steuernagel foi o entrevistador.

Aliás, em entrevista ao portal, o colunista da revista Ultimato e teólogo René Padilla, não poderia ser mais simples: “Ela é, na verdade, uma aproximação à fé cristã que tenta relacionar a revelação do Deus trino com a totalidade da criação e com todo aspecto da vida humana, e tem como propósito a obediência da fé para a glória de Deus”. Para ler a entrevista na íntegra, acesse abaixo "10 perguntas fundamentais sobre Missão Integral".

Veja um "gostinho" do que vem por aí:

 

Confira também o vídeo com os colunistas da revista Ultimato Ariovaldo Ramos, Ed René Kivitz e Valdir Steuernagel no “Missão na Íntegra”.

O que é Missão Integral? (René Padilla)

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/o-que-e-missao-integral-1

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Conhecendo Deus pessoalmente

09.10.2015
Do blog SUA ESCOLHA


O que é preciso para se iniciar um relacionamento com Deus?
Esperar que um raio caia? Devotar-se a obras de caridades em diferentes religiões? Tornar-se uma pessoa melhor para ser aceita por Deus? NADA disso. Deus deixou muito claro na Bíblia como podemos conhecê-lo. Aqui estão Quatro Princípios que irão explicar como você pode iniciar um relacionamento pessoal com Deus, agora mesmo…

PRIMEIRO PRINCÍPIO: Deus ama você e tem um plano maravilhoso para sua vida.

O AMOR DE DEUS
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
O PLANO DE DEUS
Cristo afirma: “…eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” [Uma vida completa e com propósito] (João 10.10).
Por que a maioria das pessoas não está experimentando essa “vida em abundância”?
Porque…

SEGUNDO PRINCÍPIO: O homem é pecador e está separado de Deus; por isso não pode conhecer nem experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.

O HOMEM É PECADOR
“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23).
O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua desobediência e rebeldia, escolheu seguir seu próprio caminho e seu relacionamento com Deus se desfez. Esse estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia chama de pecado.
O HOMEM ESTÁ SEPARADO

Porque o salário do pecado é a morte…”[separação espiritual de Deus] (Romanos 6.23).
Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante, através de seus próprios esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc…
A Terceira Lei nos mostra a única resposta para o problema dessa separação…

TERCEIRO PRINCÍPIO: Jesus Cristo é a única solução de Deus para o homem pecador. Por meio dele você pode conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para sua vida.

ELE MORREU EM NOSSO LUGAR
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8).
ELE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS
“…Cristo morreu pelos nossos pecados… foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos..” (1 Coríntios 15.3-6).
ELE É O ÚNICO CAMINHO

“Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”(João 14.6).
Deus tomou a iniciativa de ligar o abismo que nos separa dele ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pagando o preço de nossos pecados.
Mas não é suficiente conhecer essas três leis…

QUARTO PRINCÍPIO: Precisamos receber a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, por meio de um convite pessoal. Só então podere- mos conhecer e experimentar o amor e o plano de Deus para nossa vida.

PRECISAMOS RECEBER A CRISTO
“Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (João 1.12).
RECEBEMOS A CRISTO PELA FÉ
“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
RECEBEMOS A CRISTO POR MEIO DE UM CONVITE PESSOAL
Cristo afirma: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei…” (Apocalipse 3.20).
Receber a Cristo implica arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para nos salvar, crendo que Cristo é o único que pode perdoar nossos pecados. Apenas saber que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos pecados, não é suficiente. É necessário receber a Cristo pela fé, por meio de uma decisão pessoal.
Há dois círculos representando dois tipos de vida:
A vida controlada pelo “EU”. O “EU” no centro da vida. Cristo fora da vida. Interesses controlados pelo “EU”, geralmente, causando discórdias e frustrações.
A vida controlada por Cristo. CRISTO no centro da vida. O”EU”  fora do centro. Interesses controlados por Cristo, resultando em harmonia com o plano de Deus.
Qual dos dois círculos representa melhor sua vida? Qual deles você gostaria que representasse sua vida?
Gostaria de explicar como você pode receber a Cristo.

VOCÊ PODE RECEBER A CRISTO AGORA MESMO EM ORAÇÃO (ORAR É FALAR COM DEUS)

Deus conhece seu coração e está mais interessado na atitude de seu coração do que em suas palavras. A oração seguinte serve como exemplo:
“Jesus, eu preciso do Senhor. Abro a porta da minha vida e O recebo como meu Salvador e Senhor. Obrigado por ter morrido na cruz para perdoar meus pecados, por me dar a vida eterna, e por me aceitar como eu sou. Toma conta da minha vida e faça de mim a pessoa que deseja que eu seja. Amém”.
Você gostaria de receber  a Cristo agora?  Se for assim, faça essa oração e Cristo entrará em sua vida, como prometeu.
O que vem a seguir é uma longa jornada de mudança e crescimento enquanto você conhece melhor a Deus, lendo a Bíblia, orando e interagindo com outros Cristãos, durante toda a sua vida.
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Fonte:http://www.suaescolha.com/experiencia/pessoalmente/

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Os refugiados, as migrações e o propósito do Criador

29.09.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE, 24.09.15


Compreendamos a experiência dos movimentos populacionais e migratórios na história, a partir do discurso de Paulo em Atenas:


... de um só fez a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós .... (At 17.26,27). 

A raça (etnia) humana é uma só e originou-se de um só (Eva e Adão), mas diferenciou-se em milhares de etnias sujeitas às épocas (oportunidades, tempos, estações) e aos espaços geográficos (limites, fronteiras) de sua ocupação (habitação, formas sociais e construções culturais). As mudanças de lugar nos tempos e nas épocas serviram e servem ao propósito último de buscarem e encontrarem ao Criador, pois Ele não está longe de ninguém.

Foram inúmeras e distintas as experiências da humanidade em termos de migrações e deslocamentos, até chegarmos aos refugiados de nossos dias. Como demonstração disso, apresentamos nesse artigo algumas migrações na história a fim de mostrar o quanto esse fenômeno foi contínuo. 

Comecemos pelo Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que reúne centenas de registros arqueológicos da presença humana que remonta entre 10 a 20 mil anos a. C., ou mais, uma das regiões mais antigas da morada do homem americano. Grupos humanos em levas oriundas no norte ou no sul do continente atravessaram florestas, cânions, serras e paredões a fim de encontrarem um lugar com abrigo, alimento, caça e fontes de água. 

O resfriamento da região deu origem a uma floresta tropical com um clima favorável à fixação humana. Nos seus boqueirões são encontrados traços da cultura forjada durante milênios como os restos de fogueiras, as pedras esculpidas, os artefatos de uso cotidiano, os esqueletos de enterramentos em rituais religiosos, as pinturas rupestres nas paredes das cavernas, os vestígios de alimentos como grãos secos e fósseis de animais. 

Nossos ancestrais desenvolveram formas de vida complexas a procura de condições de vida. Construíram, até a chegada dos espanhóis e portugueses, povoados, cidades e civilizações com graus de sofisticação superiores ao dos europeus no século XV, a exemplo dos maias, astecas e incas. E é fascinante conhecer essas vivências dos povos antigos com seus modos rudimentares de sobrevivência e expressões criativas de arte, de cultura e de religião. A humanidade sempre foi plural.

Desde as populações mais simples, em termos de organização social, até às civilizações mais complexas, migrações e deslocamentos foram permanentes provocadas por variados fatores, não somente pelo nomadismo em busca de regiões férteis: pilhagens, saques, invasões, capturas, fugas e diásporas. Sobre os povos indo-europeus, Mircea Eliade afirmou que “o nomadismo pastoril, a estrutura patriarcal da família, o gosto pelas razias e a organização militar com vistas à conquistas [foram seus] traços característicos”. 1

Os contatos interculturais e transculturais, de trocas constantes de valores e de práticas culturais, sempre marcaram a raça humana. Sob o imperativo da conquista ou das relações políticas e comerciais, culturas se hibridizaram gerando desde as sociedades singulares até aos grandes impérios. As visões de mundo, os imaginários e as ideologias foram forças conjuntas que sustentaram essas ações pelas mediações culturais, também definidas pela desigualdade entre conquistadores e conquistados.

Grandes impérios foram responsáveis pelo deslocamento de populações com objetivos comerciais, expansionistas e civilizadores. Os assírios misturavam pessoas de diferentes lugares, tal como aconteceu com o Israel do norte em 722 a. C.. Os babilônios se apropriavam das elites e as transportavam para as suas cidades, a exemplo do reino do Sul, Judá, em 587 a. C. Os persas interligaram os povos sob os seus domínios respeitando as culturais locais, mas impondo suas práticas comerciais e administrativas. Os gregos conquistavam cidades impondo o comércio e escravizando os derrotados. Os macedônios expandiram a cultura helênica com seus avanços territoriais, unindo o ocidente ao oriente.

Uma variedade de povos veio, nos séculos I-VI d. C., desde o extremo oriente e varreu os limites de um já fragilizado império romano erigido em torno do mar mediterrâneo. Aqueles bárbaros refizeram as fronteiras culturais, linguísticas e físicas do que viria ser a Europa moderna. Tribos e clãs árabes islamizadas engendraram conquistas na Ásia menor até a capital bizantina e rumaram pelo norte da África adentrando a península ibérica nos séculos VII-IX. Inicialmente, as dinastias muçulmanas respeitaram os costumes, as religiões e as práticas locais, mas impuseram gradativamente a sua religião. 

A Europa central no medievo barrou esse avanço e cristianizou suas cidades e feudos, partindo, nos sécs. XI-XIII para o oriente em cruzadas de reconquista da terra santa, acirrando o ódio histórico. No alvorecer da modernidade, essa civilização dita cristã partiu para as índias em reação à ameaça turca e à ruptura da cristandade causada pela Reforma Protestante, impulsionada pelos interesses comerciais. Indígenas e africanos foram explorados e escravizados, aqueles domesticados em nome da religião e esses arrancados da África dos séculos XVII a XIX. Diásporas africanas. 

Uma nova expansão imperialista europeia se deu no século XIX, tendo o cristianismo como força religiosa identificada com a civilização tomada como superior, resultando em duas grandes guerras europeias e mundiais. Após a segunda guerra, o fenômeno dos refugiados se agravou no contexto da guerra fria, da descolonização e dos conflitos locais étnicos e religiosos, acirrados pela dominação europeia e norte-americana. 

-- Este é o primeiro artigo de uma série de três sobre o assunto.

Nota:

1. ELIADE, Mircea. História das crenças e das Ideias Religiosas: Da Idade da Pedra aos mistérios de Elêusis. Trad. Roberto Cortes de Lacerda. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

Foto: Portas Abertas.

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Lyndon de Araújo Santos é historiador, professor universitário e pastor da Igreja Evangélica Congregacional em São Luiz, MA. É o atual presidente da Fraternidade Teológica Latino-americana - Setor Brasil (FTL-Br).

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/os-refugiados-as-migracoes-e-o-proposito-do-criador

Chamados para ganhar vidas

29.09.2015
Do portal VERBO DA VIDA, 02.03.15
Por Luana Mayara

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No início da minha vida cristã fui despertada a ganhar vidas para Jesus, e desde então, sempre estive envolvida com atividades de evangelismo, pregava em ônibus, em praças, hospitais, liderei departamentos de evangelismo, nos Adolescentes e Jovens Mais de Deus. É possível que alguém esteja pensando: “Você deve ser evangelista Luana e por isso sempre buscou evangelizar!”.

Sinceramente, eu não tenho convicção que sou evangelista, mas, sem sombra de dúvida, sei que independente de ser chamada nos cinco dons ministeriais, recebi de Cristo o ministério da reconciliação.

Mas, o tempo vai passando e, tenho a impressão que quanto mais sabemos, ao invés de ganharmos mais vidas para o Senhor, retemos a verdade que liberta em nosso próprio benefício; E o evangelismo se torna uma atividade secundária, ou apenas para quem está começando a caminhada cristã.

No entanto, não é assim que aprendemos, observando a vida de Jesus, verificamos que a sua prioridade máxima era ganhar vidas, Ele estava sempre ensinando, pregando e curando enfermos. A nossa prioridade tem sido ganhar vidas, ou construir uma carreira profissional, ministerial?

Não é errado desejarmos crescimento em todas as áreas da nossa vida. Mas, não podemos esquecer que recebemos de Jesus a ordenança “ide e pregai o evangelho” (Marcos 16.15). Recebemos uma ordenança e não uma mera sugestão, sobre nós pesa essa responsabilidade, ai de nós se não pregarmos o evangelho! (I Coríntios 9: 16)

O Apóstolo Paulo instruiu o jovem pastor Timóteo “Faça o trabalho de um evangelista!”. O interessante é que ele não disse “seja um evangelista”, isso porque não podemos escolher exercer um dos cinco dons do ministério, eles são concedidos por Jesus. Mas, todos nós, podemos fazer o trabalho de um evangelista, pregar a Palavra em tempo e fora de tempo e, ganhar vidas!

Eu tenho vivido dias de inconformismo, no sentido que posso fazer mais, posso fazer a diferença, todos os dias eu tenho confessado Sou sal e luz onde estiver e vou pregar a Palavra, e orar pelos enfermos!”As minhas confissões estão avivando o desejo de ganhar vidas, todos os dias sei que posso pregar a Palavra, minhas amigas de estudo estão sendo alcançadas pelas palavras que saem da minha boca.  Podemos pregar, na padaria, no supermercado, na fila do banco etc.

Irmãos, não espere o amanhã para viver uma vida extraordinária, não espere a tão sonhada promoção ministerial, decida hoje fazer sua vida valer apena! Estude, trabalhe, construa sua família, edifique seu ministério, mas, não se esqueça de “fazer o trabalho de um evangelista!”. Gilson Lima, constantemente anunciava “Fomos chamados para saquear os infernos e povoar os céus!”
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/luana-mayara-blog/chamados-para-ganhar-vidas/