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quinta-feira, 6 de março de 2014

Não, você não é a Igreja!

06.03.2014
Do blog BEREIANOS
Por  Frank Brito


E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar”. (Atos 2.46-47)

“Contudo, uma vez que agora nosso propósito é discorrer acerca da Igreja visível, aprendamos, mesmo do mero título mãe, quão útil, ainda mais, quão necessário nos é seu conhecimento, quando não outro nos é o ingresso à vida, a não ser que ela nos conceba no ventre, a não ser que nos dê à luz, a não ser que nos nutra em seus seios, enfim, sob sua guarda e governo nos retenha, até que, despojados da carne mortal, haveremos de ser semelhantes aos anjos (Mt 22.30). Porque nossa habilidade não permite que sejamos despedidos da escola até que tenhamos passado toda nossa vida como discípulos. Anotemos também que fora de seu grêmio não há de esperar-se nenhuma remissão de pecados, nem qualquer salvação”. (João Calvino, Institutas da Religião Cristã, 4:1:5)

Um movimento que cresce cada vez mais em nosso país é o dos “cristãos desigrejados”. São pessoas que professam o Cristianismo, mas que, por diversos motivos, abandonaram a Igreja. Muitos são os argumentos utilizados para justificar o abandono. O objetivo deste artigo é analisar uma destas justificativas: a ideia de que a Igreja de Jesus Cristo não é visível e institucional, mas que cada cristão faz parte da Igreja, ainda que ele se recuse a frequentar qualquer culto ou se submeter a qualquer autoridade eclesiástica.

Um erro frequente entre cristãos modernos é o menosprezo e ignorância em relação ao que a Bíblia ensina sobre a Igreja visível e institucional. É uma heresia que se manifesta de muitas maneiras, mas, basicamente, se resume a ideia de que não temos a obrigação de frequentar e ser membro de uma igreja, pois, supostamente, cada cristão já “é igreja” onde quer que estejam e qualquer aglomeração de cristãos também “é igreja” e, consequentemente, basta se encontrar ocasionalmente com outros “desigrejados” para bater um papo sobre Deus que as obrigações bíblicas relacionadas à “comunhão dos santos” já terão sido cumpridas.

Na segunda vez em que a palavra “igreja” aparece no Novo Testamento, já podemos constatar o absurdo de dizer que cada cristão individualmente “é igreja” ou que qualquer aglomeração de cristãos seja uma igreja:

Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutara igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”. (Mateus 18.15-18)

Aqui Nosso Senhor explicou como deve ser o procedimento por parte daqueles que foram seriamente ofendidos por alguém que, presume-se, é cristão. Inicialmente, o ofendido não deve expor o ofensor. Deve procurar resolver o problema a sós com o ofensor. O segundo passo, caso o ofensor não se arrependa do que fez, é chamar duas ou três testemunhas para buscar resolver o problema. Novamente, o ofensor não foi exposto publicamente. A diferença é que agora há a presença de duas ou três outras pessoas. É somente depois destes dois passos que o problema é finalmente levado a Igreja.

É aqui que devemos notar algo crucial. Todo o processo descrito por Jesus incluiria somente cristãos. A parte ofendida e as duas ou três testemunhas são cristãs e, segundo Jesus, deve-se presumir que o ofensor também seja até que todas as tentativas de conduzi-lo ao arrependimento tenham se esgotado. Mas, ainda assim, é somente no terceiro passo que Jesus falou na igreja. Ainda que Jesus tenha falado de cristãos o tempo inteiro, ele não reconheceu cada um desses cristãos como sendo igreja. A parte ofendida era um cristão. Mas, ele não era a igreja. As duas ou três testemunhas também eram cristãs. Todavia, eles também não eram a igreja. Jesus diz que eles deveriam falar a igreja. Isso demonstra que é a falsa a ideia de que cada cristão individualmente seja igreja ou que qualquer aglomeração de cristãos seja igreja. Se cada cristão individualmente fosse a igreja, então o problema já estaria sendo tratado pela igreja desde o momento em que o indivíduo que foi conversar com seu ofensor. Se qualquer aglomeração de cristãos fosse uma igreja, então o problema já estaria sendo tratado pela igreja desde o momento em que as duas ou três testemunhas foram acompanhar o indivíduo que foi ofendido. O indivíduo ofendido junto de duas ou três testemunhas somam três ou quatro cristãos. Eles eram uma igreja? Não. Pois, caso o ofensor não os escutasse, só então é que o problema seria levado à igreja. Isso mostra que a Igreja não é simplesmente as pessoas. A Igreja inclui as pessoas, mas não é simplesmente isso. A Igreja é maior do que as pessoas. A Igreja é uma instituição.

Para perceber como a visão dos desigrejados sobre a “igreja” é falsa, basta se fazer a seguinte pergunta: “Como um desigrejado poderia obedecer a Mateus 18? Como seria possível cumprir o terceiro passo da ordem de Jesus?”

O Governo Eclesiástico

A Igreja de Cristo não é uma anarquia. Ela tem um governo. Acima de tudo, há o governo de Cristo, pois Deus “sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da Igreja” (Ef 1.22). E, abaixo de Cristo, Deus instituiu também um governo humano para Sua Igreja:

E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, [Paulo e Barnabé] voltaram para Listra, Icônio e Antioquia, confirmando as almas dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus. E, havendo-lhes feito eleger presbíteros em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido”. (Atos 14.21-23)

Aqui nós aprendemos que os apóstolos, neste caso Paulo e Barnabé (At 14.14), depois de estabelecerem novas igrejas em novos lugares, promoviam uma eleição em cada igreja para que homens fossem ordenados a presbíteros. Antes da eleição, eles eram membros comuns das igrejas. Depois da eleição, recebiam a autoridade para governar a Igreja. A palavra presbítero é πρεσβύτερος (presbuteros) no grego bíblico. A palavra também pode ser traduzida como ancião. Em outros textos, aprendemos também que o ofício do presbítero (πρεσβύτερος – presbuteros) era equivalente ao ofício do bispo (ἐπίσκοπος – episkopos) e ao de pastor (ποιμήν – poimēn). As três palavras eram usadas como sinônimas:

E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os presbíteros (πρεσβύτερος – presbuteros) da igreja… Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho (ποίμνιον – poimnion) sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos (ἐπίσκοπος – episkopos), para apascentardes (ποιμαίνω – poimainōa) a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. (Atos 20.17,28-30)

Aqui o Apóstolo Paulo falou às autoridades eclesiásticas de Efésios sobre como os presbíteros/bispos/pastores foram instituídos por Deus para governar Sua Igreja, o que inclui a necessidade de protegê-la de falsos mestres. Ele escreveu essencialmente o mesmo nas cartas a Tito e Timóteo:

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros (πρεσβύτερος – presbuteros), como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo (ἐπίσκοπος – episkopos) seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes”. (Tito 1.5-9)

Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado (ἐπισκοπή – episkopē), excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo (ἐπίσκοπος – episkopos) seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo”. (I Timóteo 3.1-7)

Aqui nós vemos o Apóstolo Paulo estabelecendo os critérios para que alguém fosse presbítero/bispo/pastor. Primeiro, ele menciona características morais. O presbítero/bispo/pastor deve ser um cristão moralmente “irrepreensível” (Tt 1.7; I Tm 3.2). Caso o candidato seja demasiadamente dominado por fraquezas, ele não é não é apto para se tornar “despenseiro da casa de Deus” (Tt 1.7). Além disso, Paulo compara a função que o presbítero/bispo/pastor exerce na igreja com a função que o pai de família exerce em casa: “que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com todo o respeito. pois, se alguém não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?”. (I Tm 3.4-5) Assim como o pai tem a responsabilidade de governar sua esposa (Ef 5.24; I Co 11.3) e filhos (Ef 6.1; Cl 3.20), o presbítero/bispo/pastor tem a responsabilidade de governar a igreja de Deus.

Desigrejados que negam que a Igreja tenha um governo humano e autoridades humanas terão negar também a autoridade do pai de família, algo que foi explicitamente ordenado no quinto mandamento – “Honra a teu pai e a tua mãe” (Ex 20.12). Paulo deixou claro que a autoridade do presbítero/bispo/pastor sobre a igreja não é edificada sobre qualquer preferência ou consenso humano, mas é expressamente ordenada por Deus. Ele explicitamente comparou a autoridade do presbítero/bispo/pastor sobre a igreja com a autoridade do pai sobre sua própria família de maneira que não é possível negar uma coisa sem negar outra. Os membros da igreja não têm a mesma autoridade. “Os presbíteros… governam” (I Tm 5.7). Os outros membros da igreja não governam, mas são governados. É assim que Jesus Cristo estabeleceu Sua Igreja para ser. Como está escrito:

Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino”. (I Timóteo 5.17)

Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obras”. (I Tessalonicenses 5.12-13)

Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”. (Hebreus 13.17)

Não Preciso de Ti!

Se Deus estabeleceu alguns na Igreja para governarem e outros para serem governados, segue-se que se alguém não governa um rebanho, ele necessariamente tem que estar submetido à autoridade daqueles que governam. Se alguém não governa, isto é, se não é presbítero/pastor/bispo, mas também, por consentimento próprio, não é governado, tal pessoa está excluída da Igreja de Deus, do corpo de Cristo e, consequentemente, deve ser, a priori, reconhecida como “gentio e publicano” (Mt 18.17). Não há alternativa lógica. A Igreja de Cristo não é uma anarquia onde “cada um [faz] o que [parece] bem aos seus olhos”. (Jz 17.6) Cristo estabeleceu Sua Igreja com um governo. Aqueles que não se submetem ao governo, não fazem parte da Igreja. Este é um dos grandes pecados dos desigrejados. Eles não se submetem as autoridades constituídas por Deus. Eles acreditam que não precisam das autoridades.

Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito… E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós”. (I Coríntios 12.13, 21)

Aqui o Apóstolo Paulo deixou claro que aqueles que se tornam cristãos são batizados pelo Espírito no corpo. Isto é, são incluídos na Igreja. Não existe Cristianismo sem Igreja. O cristão, quando se torna cristão, é incluído na Igreja de maneira que se ele se aparta da Igreja, ele está se rebelando contra a obra do Espírito. Com base nisso, o Apóstolo explica que os cristãos, como membros da Igreja, têm dons e vocações diferentes. Mas, ainda que sejam dons e vocações diferentes, o Deus que chama é o mesmo e a Igreja é a mesma. O fato de um cristão ser chamado a exercer um dom para uma coisa não significa que ele possa desprezar aqueles que não foram chamados com a mesma vocação. “E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?” (I Co 12.19) Dentre os diversos dons que o Apóstolo cita, ele menciona os “governos” (I Co 12.28). Aqueles que foram chamados para governar são parte do corpo. “E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti”. Aqueles que são governados não podem dizer aos que governam: Não preciso de ti! Deus estabeleceu alguns na Igreja para governarem e outros para serem governados. Aqueles que não se submetem aos que governam – presbíteros/bispos/pastores – pecam severamente contra Deus em sua “independência”. Deus não estabeleceu a Igreja para que cada cristão fosse independente. Ele estabeleceu a Igreja para ser governada por presbíteros/bispos/pastores. A Igreja não é cada cristão individualmente em sua própria casa onde “cada um [faz] o que [parece] bem aos seus olhos” (Jz 17.6). A Igreja é uma instituição com um governo legitimamente instituído por Deus. O Apóstolo Pedro não mediu palavras contra aqueles que se recusam a se submeter às autoridades:

O Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados; especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas concupiscências, e desprezam toda autoridade. Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das dignidades”. (II Pedro 2.9-10)

A carta de Judas chega ao ponto de chamar aqueles que ensinam a rejeitar as autoridades de falsos mestres:

Contudo, semelhantemente também estes falsos mestres, sonhando, contaminam a sua carne, rejeitam toda autoridade e blasfemam das dignidades”. (Judas 1:8)

O Culto Público

As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja”. (I Coríntios 14.34-35)

Aqui, novamente, podemos constatar o absurdo de dizer que cada cristão individualmente é a igreja em qualquer lugar ou que qualquer aglomeração de cristãos seja uma igreja. Se cada cristão individualmente fosse igreja ou se qualquer aglomeração de cristãos fosse uma igreja, segue-se que, neste verso, Paulo estaria proibindo as mulheres de falarem em qualquer circunstancia e em qualquer lugar. Evidentemente, não é sobre isso que Paulo estava falando. A palavra igreja nestes versos, evidentemente, se refere especificamente à reunião publica especial. O que Paulo disse é que as mulheres não podem ensinar e pregar no culto público. Elas podem falar em qualquer outro lugar e situação, como, por exemplo, em suas casas, simplesmente porque neste caso elas não estão na reunião pública da igreja.

Desigrejados e outros hereges anarquistas têm dificuldades de entender isso porque eles não aceitam qualquer diferença entre o que acontece na igreja e o que acontece fora da igreja. Eles acreditam na mentira de que cada um de nós “é igreja em todo lugar” e, portanto, que não acreditam que há um momento especial para uma reunião pública especial com regras especiais que não vigoram em outros momentos. Diferente deles, o Apóstolo Paulo cria que em situações normais, as mulheres poderiam falar, mas que o culto público é uma ocasião especial com regras especiais, dentre as quais existe a seguinte regra: “as vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam sujeitas”. Com isso, Paulo claramente demonstra que as igrejas devem promover cultos públicos, que os cristãos tem a obrigação de frequentá-los, que essas reuniões são distintas de situações comuns do dia a dia (já que nelas vigoram regras diferentes de situações normais) e que estas reuniões devem ser reguladas pela vontade revelada de Deus e não pelo desejo do homem (I Co 14.36). Com isso, vemos claramente que não é possível “sermos igreja” cada um em sua própria casa. Deus estabeleceu sua Igreja de forma que cada cristão tem a obrigação de frequentar reuniões públicas especiais promovidas pelas autoridades da Igreja com o propósito de cultuar ao Senhor. Na carta aos Coríntios lemos que um dos propósitos destas reuniões era o de celebrar o sacramento da Ceia do Senhor:

“Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão… Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo. Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros. Mas, se alguém tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação”. (I Co 10.16-17; 11.23-34)

Aqui o Apóstolo Paulo escreveu sobre o rito da Ceia do Senhor. Ele diferenciou as refeições comuns, que comemos em casa, da Ceia do Senhor. Assim como a reunião da igreja não é uma reunião comum, mas é uma reunião especial na qual vigoram regras especiais, a Ceia do Senhor não é uma refeição comum, mas é uma refeição especial e, portanto, vigoram regras especiais. O cálice, diz ele, é o “cálice da benção”, “a comunhão do sangue de Cristo” e o pão é “a comunhão do corpo de Cristo”. Diferente de nossas refeições comuns, o propósito da Ceia do Senhor não é matar nossa fome. “Se alguém tiver fome, coma em casa” (I Co 11.34). O propósito da Ceia do Senhor é se alimentar espiritualmente.

Além disso, devemos notar que se a Ceia do Senhor é “a comunhão do corpo de Cristo”, segue-se que este rito somente pode ser celebrado sob a autoridade da Igreja. Não é uma celebração do mundo, mas daqueles que “sendo muitos, [são] um só pão e um só corpo” (I Co 10.17). Isso, por si só, explica porque desigrejados não podem celebrar a Ceia do Senhor. Eles não fazem parte do corpo porque se recusam a se submeter às autoridades do corpo e, portanto, não podem comer do pão e beber do vinho. “Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão”. Aqueles que não fazem parte do corpo, por não se submeterem às suas autoridades, não podem se alimentar do corpo e do sangue do Senhor.

Quanto aos que participam da Ceia do Senhor, o Apóstolo Paulo ameaçou “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor” (I Co 11.29). Em seguida, ele explica que muitos daqueles que Deus pune com doenças e até mesmo com morte alguns dos que participam indignamente: “Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (I Co 11.30-31). Se a questão é tão séria assim para aqueles que de fato participam de algo que foi ordenado por Deus, o que se dirá então daqueles que se dizem cristãos, mas pensam ser autossuficientes e por isso não frequentam os cultos da igreja, não se submete as autoridades e não tomam a Ceia do Senhor? Como Deus vê a arrogância daqueles que pensam que podem ser independentes das ordenanças que Deus estabeleceu para Sua Igreja?

O Mito da Igreja Primitiva

Muitos desigrejados se defendem argumentando que o problema é que a igreja hoje, diferente da igreja primitiva, é muito corrompida; que eles não teriam problema em fazer parte das igrejas do Novo Testamento, mas que os tempos agora são outros. É o mito da Igreja Primitiva. O fato é que o Novo Testamento não esconde a quantidade de problemas que assolava a Igreja Primitiva. Na Igreja Primitiva havia quem matinha relações sexuais com a própria madrasta (I Co 5), quem promovia bebedeiras na Ceia do Senhor (I Co 11.23), cultos desorganizados (I Co 14) incluindo mulheres que queriam pregar e exercer autoridade na Igreja (I Co 14.34-35), quem não cria na ressurreição dos mortos (I Co 15), quem defendia a idolatria e a participação em cultos pagãos (I Co 10, Ap 2.14, 2.20-21), quem queria reinstituir a necessidade das cerimonias judaicas (Cl 2), quem defendia que a circuncisão era um critério para a salvação (At 15, Gálatas), quem defendia a justificação com base nos méritos de cumprir a Lei (Gálatas), quem defendia o racismo (Gl 2.11-12) quem pregava com segundas intenções e interesses desonestos (Fp 1.15, II Ti 6.5), quem prestava culto a anjos (Cl 2.18), quem queria favorecer os ricos e desprezar os pobres na igreja (Tg 2.1-5), quem se apresentava como cristão mas na verdade era um anticristo (I João 2.18-19) e muitas outras coisas.

O fato é que, mesmo em meio a todos esses problemas, os apóstolos nunca justificaram os desigrejados. O Novo Testamento nem sequer cogita a possibilidade de um cristão genuíno ser um desigrejado. Nas páginas do Novo Testamento, ser cristão inclui ser membro da Igreja e não ser membro da Igreja significa ser pagão. O Novo Testamento desconhece a noção de Cristianismo sem Igreja e invariavelmente trata aqueles que não fazem parte da Igreja ou que abandonam a Igreja como rebeldes contra o Senhor. E isso em nenhum momento se baseia em um conceito utópico de Igreja. A Igreja era o corpo de Cristo. Mas, ao mesmo tempo, havia igrejas em diversos níveis espirituais diferentes. Havia igrejas maravilhosas, mas havia também igrejas afundadas no pecado. A Igreja era a congregação dos santos, mas era também um lugar em que havia facções, brigas e falsos mestres. O mesmo é verdade hoje. Há igrejas maravilhosas e há igrejas extremamente problemáticas. A reação dos apóstolos diante das problemáticas nunca foi a de abandonar tudo o que foi a de anular a verdade que a Igreja visível e institucional foi estabelecida por Jesus Cristo. A reação dos apóstolos era a de lutar pela purificação e santificação da Igreja, por meio da oração, do jejum e do ensino da Palavra. É exatamente isso o que os desigrejados não querem. Preferem acreditar que isso não fazia parte do Cristianismo Primitivo e, portanto, que estão muito acima de tudo isso. Isso é quando sequer dão justificativas. Na maioria dos casos nem se importam em se justificar.

Resumo

I – A Igreja visível e institucional foi estabelecida por Deus.

II – Ela é governada por autoridades humanas.

III – Ela promove reuniões públicas para cultuar a Deus, pregar Sua Palavra e celebrar os sacramentos.

IV – Todo cristão tem a obrigação de fazer parte da Igreja, se submetendo às suas autoridades e participando das reuniões publicas.

V – O Novo Testamento não reconhece a validade de um Cristianismo fora da Igreja visível e institucional.

Confissão Belga, um dos mais importantes documentos do protestantismo, resumiu bem a questão no Artigo 28, “O Dever de Juntar-se à Igreja”

Cremos, então, que ninguém, qualquer que seja a posição ou qualidade, deve viver afastado dela e contentar-se com sua própria pessoa. Mas cada um deve se juntar e se reunir a ela, mantendo a unidade da Igreja, submetendo-se a sua instrução e disciplina, curvando-se diante do jugo de Jesus Cristo e servindo para a edificação dos irmãos, conforme os dons que Deus concedeu a todos, como membros do mesmo corpo… todos os que se separam desta Igreja ou não se juntam a ela, contrariam a ordem de Deus”.

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Fonte:http://bereianos.blogspot.com.br/2013/11/nao-voce-nao-e-igreja.html#.UxfyMvmwKGA

Seguir a Jesus não é uma tarefa Fácil

06.03.2014
Do blog GOSPEL HOME BLOG, 03.03.2010

Jesus nunca disse que ser servo e segui-lo seria uma tarefa fácil. Ele sempre preveniu seus discípulos sobre o que viria ao encontro daquele que o seguissem e fossem fiéis a Ele. “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; (...)”. (João 15:20)

Ser discípulo de Jesus é uma tarefa das mais difíceis, pois o cristianismo vai de encontro a nossa vontade, a nossa carne: jejuns, abstinência sexual para os solteiros, abstinência de bebidas fortes, de drogas, moderação na alimentação, ter disciplina, e, sabemos que nada disso traz prazer para nosso físico.

Ser cristão é ir de encontro a nossa alma, lutar contra nossos sentimentos mais fortes como a ira, raiva, medo, orgulho e vaidade. Teoricamente, são apenas dez mandamentos, e parecem coisa simples, afinal, o que são dez regrinhas para uma sociedade que possui milhares de leis e códigos de conduta?

Observamos que para algum de nós é fácil não matar ou roubar, mas muito difícil não mentir, alguns poderiam até passar uma vida inteira sem tomar o nome de Deus em vão, embora cobicem ou cometam adultério.

Ser discípulo de Jesus não é uma tarefa fácil, constantemente somos pressionados a ceder, embora saibamos que temos de resistir. As tentações nos atraem, e sabemos claramente que devemos nos desviar delas, devemos fugir do pecado. Infelizmente, o imoral e o errado está diante de nós em toda parte neste mundo moderno.

Ser discípulo de Jesus não é uma tarefa fácil, é vencer medos, pagar o preço, que muitas vezes será a incompreensão das pessoas, seremos rejeitados, criticados, desprezados, e sofreremos com isso. É carregar a nossa cruz, cada discípulo fiel e temente a Deus, obediente a Sua palavra, sabe que a cruz o espera. Ele não se engana, não espera elogios, repudia os “tapinhas nas costas”, os aplausos ele abomina, o reconhecimento e a glória transfere imediatamente para Jesus, ele sabe que deve levar a sua própria cruz, como o Mestre levou a Dele.

Ser discípulo de Jesus não é uma tarefa fácil, é ter ausência de interesses pessoais, é seguir mesmo que ninguém esteja olhando ou sabendo o que está fazendo, para ele, importa apenas o testemunho de Deus em sua vida. Mesmo que a recompensa não seja imediata, e que, talvez, nem seja nessa vida. É desistir de si mesmo, é tomar a cruz, é aceitar o convite: “segue-me”.

Ser discípulo de Jesus não é uma tarefa fácil, é caminhar o caminho íngreme e acidentado, porém, aprendendo, é chorar confiando, é questionar equivocando-se, é desejar e negar-se dizendo: “seja feita a Tua vontade!” É ter mente e coração mudados, aceitar uma nova proposta de vida com novas ações e critérios, um novo proceder. É andar após Jesus enquanto promove novos imitadores de Cristo.

Não importa o quão difícil possa parecer, acredite que é possível seguir e servir Jesus agora mesmo. Aceite o convite, permaneça fiel, à sua frente está Jesus Cristo, aquele que um dia dirá e você ouvirá:

“Bem está servo bom e fiel, sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei, entra no gozo do seu senhor” (Mateus 25:21).
Fonte: Adaptação de Paulo Cesar Amaral do devocional do Pr. Alex Ribeirão
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Fonte:http://gospelhomeblog.blogspot.com.br/2010/03/seguir-jesus-nao-e-uma-tarefa-facil.html

CONSCIÊNCIA CRISTÃ: UMA VISÃO CRISTOCÊNTRICA , 27 de fevereiro a 04 de março de 2014

05.03.2014
Do portal  Consciência Cristã, 04.03.14

Watch live streaming video from vinacc at livestream.com
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Fonte:http://www.livestream.com/vinacc/video?clipId=pla_22f8c392-ea4d-49ee-8955-749a2c66ce4a&utm_source=lslibrary&utm_medium=ui-thumb

quarta-feira, 5 de março de 2014

Congresso Conectare discute o uso de redes sociais por evangélicos

05.03.2014
Do portal GOSPEL PRIME, 07.01.14
Por Leiliane Roberta Lopes

O evento terá a participação de ministérios e profissionais que usam as redes para propagar a Palavra de Deus

De 9 a 11 de janeiro a Igreja Batista Candeias, em Fortaleza (CE), sediará o Conectare, um congresso cristão sobre redes sociais.
O evento terá como tema “Comunicação WEB Cristã” e durante os três dias os participantes e convidados discutirão sobre como utilizar os meios digitais para propagar a palavra de Deus.
Os temas tratados serão: “Redes Sociais: Influência das Mídias Sociais, crescimento e abrangência”; “Blogs, vlogs e Youtube: Criação, atuação e bom conteúdo”; “Internet: Influência, como temos usado as ferramentas que a internet oferece” e “Como a Igreja tem feito a diferença e o que mais podemos fazer”, além de outras discussões.
Diversos ministérios estarão participando do congresso, entre eles Eu Escolhi Esperar, Coisa de Crente, Sal e Luz, Na Igreja, Evangelho Urbano,  Profetirando, Magnata Ronnieli e Não Morda a Maçã.
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Fonte:http://noticias.gospelprime.com.br/congresso-conectare-fortaleza/

"O que é a doutrina da suficiência das Escrituras? O que significa que a Bíblia é suficiente?"

05.03.2014
Do portal GOT QUESTIONS


Resposta:A doutrina da suficiência das Escrituras é um princípio fundamental da fé cristã. Dizer que as Escrituras são suficientes significa que a Bíblia é tudo de que precisamos para nos equipar para uma vida de fé e serviço. Ela fornece uma apresentação clara da intenção de Deus em restaurar o relacionamento quebrado entre Ele e a humanidade através do Seu Filho Jesus Cristo. A Bíblia nos ensina sobre a eleição, fé e salvação pela morte de Jesus na cruz e Sua ressurreição. Nenhum outro livro é necessário para que essa boa nova seja entendida, assim como nenhum outro livro é necessário para nos equipar a viver uma vida de fé.

Quando se usa a palavra "Escritura", os cristãos estão se referindo ao Antigo e ao Novo Testamentos. O apóstolo Paulo declarou que as Escrituras "podem fazer-te sábio para a salvação, pela que há em Cristo Jesus. Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Timóteo 3:15-17). Se a Escritura é "inspirada por Deus", então ela não é uma obra da vontade humana. Apesar de ter sido escrita por homens, os "homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Nenhum livro escrito pelo homem é suficiente para nos equipar para toda boa obra; somente a Palavra de Deus pode fazer isso. Além disso, se as Escrituras são suficientes para nos equipar completamente, então nada mais é necessário.

Colossenses 2 discute os perigos que uma igreja enfrenta quando a suficiência das Escrituras é contestada ou quando a Escritura é mesclada com escritos não-bíblicos. Paulo advertiu a igreja de Colossos: "Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Colossenses 2:8). Judas é ainda mais direto: "Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre foi entregue aos santos" (Judas 1:3). Observe a frase "de uma vez para sempre". Isso deixa claro que não há outros escritos, independente de quão piedoso o pastor, teólogo ou igreja denominacional de onde venham, que devem ser vistos como iguais ou complementares da Palavra de Deus. A Bíblia contém tudo o que é necessário para que o crente possa compreender o caráter de Deus, a natureza do homem e as doutrinas do pecado, céu, inferno e salvação através de Jesus Cristo.

Talvez os versículos mais fortes sobre a questão da suficiência bíblica venham do livro de Salmos. No Salmo 19:7-14, Davi se alegra na Palavra de Deus, declarando que ela é perfeita, digna de confiança, certa, radiante, iluminada, verdadeira e inteiramente justa. Já que a Bíblia é "perfeita", então nada mais é necessário.

A suficiência da Escritura está sob ataque hoje em dia e, infelizmente, esse ataque com muita frequência vem de nossas próprias igrejas. Técnicas administrativas seculares, métodos de atrair multidões, entretenimento, revelações extra-bíblicas, misticismo e aconselhamento psicológico declaram que a Bíblia e seus preceitos não são adequados para a vida cristã. Entretanto, Jesus disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem" (João 10:27). Sua voz é tudo o que precisamos ouvir, e as Escrituras são a Sua voz, completa e absolutamente suficientes.

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O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje

05.03.2014
Do portal VERBO DA VIDA, 09.01.14
Por Marcos Honório Jr.

Sou um entusiasta da vida de fé. Acredito mesmo na palavra que pregamos, creio mesmo que nossas palavras e confissões podem transformar ou transtornar nossa vida. Tenho certeza que a fé é não só, um estilo de vida, mas o melhor estilo de vida que existe.
Recentemente, ensinando em um Centro de Treinamento Bíblico RHEMA, me peguei dizendo algo que me surpreendeu. É curioso como essas coisas acontecem. É muito comum me pegar dizendo algo que tenho certeza que não foi a minha inteligência que gerou aquilo.
Eu disse: Muitos irmãos estão crendo para uma benção que os possibilitarão não crerem para mais nada. Chamo isso de fé de loteria esportiva. É como se os crentes colocassem toda a sua força para crer em uma solução, ou um desejo que faria com que eles não tivessem mais a necessidade de exercer fé. Eles dizem: se Deus quiser, aquele dinheiro sai, aí vai dar tudo certo, ou, acontecendo isto ou aquilo, não teremos mais problemas.
É exatamente assim que pensam aqueles que fazem uma fezinha na loteria, sonham com algo que os tirarão a necessidade de trabalhar e lutar todos os dias para ganharem a sua vida.
Mas, por quatro vezes, a Palavra de Deus afirma: o justo viverá da sua fé. A fé é para todo dia. Jesus nos ensinou isso na oração modelo, ao indicar que deveríamos crer para o pão daquele dia, confiar no Senhor hoje. Ele mesmo disse que basta a cada dia o seu próprio mal, por isso não devemos andar ansiosos com o amanhã, sobre o que vestir ou comer, pois o Pai celestial cuida de nós.
O mestre incentivou ainda, a não ajuntarmos tesouro na Terra e sim no céu. Indicando com isso que o nosso tesouro é aquilo que possui nosso coração. Fomos criados para dominar e possuir a terra, se ela se torna o nosso tesouro, então o dominador passou a dominado.
Jesus garantiu que todo o que pede, recebe; e que o Pai cuida de nós e sabe do que necessitamos, além de aquele que deixa tudo por amor dele, ganha a vida. Ele é nossa segurança e provisão, nosso porto seguro e lugar de descanso. Aliás, a Palavra garante que aqueles que creem, entram no descanso. Às vezes, algumas pessoas pensam que a vida de fé é dura e difícil, mas Deus disse que ela é de descanso e que podemos descansar em suas asas. Temos garantia de fardo suave e jugo leve. Viver pela fé não significa sofrimento e angústia, mas alegria.
Irmão, nunca chegará o dia em que não precisaremos crer ou o dia em que teremos estabilidade ou segurança tais, que nos possibilitem não exercer nossa fé. Pelo contrário, essa estabilidade é a fé. Por causa da obra da cruz fomos curados, redimidos, feitos prósperos e santos, mas sempre precisaremos crer nessas verdades e nos firmarmos nelas contra as astutas ciladas do diabo e as intempéries do dia a dia neste mundo.
Não defendo aqui uma vida sem planejamento, organização financeira e até bons investimentos, pois esse tipo de vida não é de fé, mas de relaxamento. Até mesmo essas atitudes serão sempre tomadas de acordo com a nossa fé. Para planejar é preciso crer que se chegará a algum lugar. Organizar finanças é se preparar para que chegue mais, e se você já fez algum investimento, sabe que é necessária uma boa dose de fé para colocar seu dinheiro em qualquer coisa.
É preciso entender que tudo que, aquele que foi justificado pela obra da cruz faz, é pela fé. Nos relacionamos  pela fé, congregamos pela fé, cantamos, oramos, pagamos nossas contas, cumprimos nossas obrigações sempre pela fé. Não temos licença para não usar fé em determinadas situações da vida.
Um dia, seremos glorificados, mas enquanto aquele que vem não chega, temos que nos firmar em fé e triunfar sobre as circunstâncias, tribulações e perseguições. Como temos aprendido, Deus é um Deus de fé e, soberanamente, não vai criar outra forma de chegarmos a Ele e às suas bênçãos que não seja a fé.
Portanto, busque em primeiro lugar o reino de Deus e toda a sua justiça e creia que o pão de hoje, de amanhã e depois já chegou.
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/eusouoqueabibliadiz/o-pao-nosso-de-cada-dia-da-nos-hoje/

A lei da semeadura

05.03.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Sidnei Osvaldo Ferreira

A lei da semeaduraA lei da semeadura

A lei da semeadura

Introdução: A lei da semeadura segue a uma ordem natural da vida que foi estabelecida por Deus para todo o sempre: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão”. (Gn 8.22). Precisamos entender essa lei e observar atentamente a seus princípios, baseando-nos sempre no fato, de que podemos até escolher o que semeamos, mas sempre seremos obrigados a colher dos mesmos frutos.
                  I.            O princípio da atitude:
A – Semear exige iniciativa:
“Quem observa o vento, não semeará e o que atenta para as nuvens não colherá”. (Ec 11.4).
 B – Semear exige dedicação:
 “Pela manhã semeia a tua semente e à tarde não retenhas a tua mão, pois tu não sabes qual das duas prosperará, se esta, se aquela, ou se ambas serão igualmente boas”. (Ec 11.6).
 C - Semear exige perseverança:
“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.” (Gl 6.9).
              II.            O princípio do tempo:
 A – Existe um tempo de investimento:
“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer produz muito fruto”. (Jo 12.24).
 B - Existe um tempo de sacrifício:
“Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão, quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo seus feixes”. (Sl 126.5,6).
 C - Existe um tempo de recompensa:
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu… tempo de semear e ceifar”. (Ec 3.1-2).
           III.            O princípio da compensação:

 A – A compensação depende da qualidade do terreno.
“… eis que o semeador saiu a semear. E outra caiu em boa terra, e deu fruto…”. (Mt 13. 3b;8a).
 B – A compensação depende da qualidade da semente:
“… aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”. (Gl 6.9).
 C - A compensação depende da proporcionalidade das sementes:
“Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará” (II Co 9.6).
 Conclusão: O Reino de Deus é um reino de legalidades, regido por princípios vigentes e irrevogáveis. De modo, que os frutos que ceifaremos no futuro dependem tão somente das sementes que estamos lançando no presente.
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/lei-semeadura/