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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Você anda por vista?

30.10.2013
Do portal VERBO DA VIDA, 17.05.13
Por Sâmia Rocha
 

Olá gente. É uma grande responsabilidade, mas também um grande privilégio fazer parte do time de blogs do portal. Sei que, para algumas pessoas, é algo simples escrever e postar, mas para mim é uma experiência nova e desafiadora, até porque não tenho essa prática! Só peço a ajuda do Espírito Santo para me ajudar, inspirando-me, e a você para entender a essência por trás das letras, entendendo o “espírito da coisa”.
 
Nessa primeira publicação, eu gostaria de falar sobre alguns aspectos da nossa vida espiritual que não estamos considerando muito, e um desses aspectos é o fato de NÃO ANDARMOS POR VISTA.
 
Geralmente, quando falamos sobre “não andar por vista”, implica num posicionamento de crer em algo da parte de Deus e, independente das circunstâncias que se levantarem, não atentar para o que é visto, ouvido ou sentido, porque isso poderá comprometer o recebimento daquilo que estamos crendo.
 
Isso é a parte mais comum quando falamos no aspecto de não nos movermos por vista.
Mas, aqui, eu gostaria de falar sobre outro aspecto do que também pode ser “não andar por vista”.
 
Se aplicamos a cautela sobre não sermos movidos por vista em um aspecto, porque também não a aplicarmos ao fato de não nos impressionar com os dons que operam por uma pessoa, ou a quantidade de bens que outros possuem, ou quão eloqüente alguém é, tomando estas coisas como base ou prova de sustentação ou aprovação do caráter ou da conduta de vida destas pessoas?!
 
Estamos nos impressionando rápido demais com o que VEMOS e OUVIMOS.
 
Por exemplo, às vezes, medimos o sucesso de um culto pela aceitação das pessoas ou vibração delas durante o mesmo, quando, muitas vezes, o que elas realmente estavam precisando ouvir não era algo que as levou a vibrarem nas suas cadeiras.
 
A profecia sobre Jesus, em Isaías 11.3, fala que “Ele não julgaria segundo a vista dos seus olhos, e nem repreenderia segundo o ouvir dos seus ouvidos”. Já que estamos nEle e também temos a operação do Espírito de Deus dentro de nós, não deveríamos andar da mesma forma?
 
 
O problema é que estamos andando muito no natural e estamos perdendo a sensibilidade por dentro. Aquela capacidade que nós temos de sermos guiados pela verdade, pelos critérios certos, de frutos, de vida e de caráter.
 
“As coisas do Espírito de Deus… se discernem espiritualmente…” (I Coríntios 2.14)
 
Se as coisas do Espírito são loucura para o homem natural, então isso significa que para nós (espirituais) essas coisas não deveriam ser loucura, mas sim, algo normal, “entendível”, algo totalmente discernido, algo claro! Até mesmo porque a continuação do texto diz exatamente isso:
 
“…O homem espiritual julga (investiga, examina, verifica, analisa cuidadosamente) todas as coisas…” (I Coríntios 2.15)
 
Podemos concluir com isso que aquele que anda guiado pelo Espírito não é enganado e nem pego de surpresa.
 
“O prudente vê (ver, examinar, inspecionar, perceber), o mal e esconde-se; mas os simples passam adiante e sofrem a pena” (Provérbios 22.3)
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Fonte:http://verbodavida.org.br/blogs-gerais/samia-rocha/voce-anda-por-vista/

ESTRATÉGIA MUNDIAL DE SATANÁS

30.10.2013
Do portal CHAMADA.COM.BR, 08.2002
Por Renaldo E. Showers

A Estratégia Mundial de Satanás

Deus entregou à humanidade o domínio sobre a terra e estabeleceu a teocracia como a forma de governo original deste mundo (Gn 1.26-29). Numa teocracia, o governo divino é administrado por um representante. Deus designou o primeiro homem, Adão, para ser Seu representante. Adão recebeu a responsabilidade de administrar o governo de Deus sobre a parte terrena do Reino universal de Deus.
 
Pouco tempo depois de ter dado esse poder ao homem, Satanás induziu Adão e Eva a se aliarem a ele em sua revolta contra Deus (Gn 3.1-13). Como resultado, a humanidade afastou-se de Deus e a teocracia desapareceu da face da terra. Além disso, com a queda de Adão, Satanás usurpou de Deus o governo do sistema mundial. A partir de então, ele e suas forças malignas passaram a governar o mundo. Conforme veremos a seguir, muitos fatores revelam essa terrível transição.

A Negação da Revelação Divina

O reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível, incentivando o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade.
 
O diabo tinha autoridade para oferecer o domínio sobre o sistema do mundo a quem ele quisesse, inclusive a Jesus Cristo, pois essa autoridade lhe tinha sido entregue por Adão (veja Lc 4.5-6). Foi por isso que Jesus chamou Satanás de “príncipe [literalmente, governador] do mundo” (Jo 14.30). João disse que o mundo inteiro jaz no maligno (1 Jo 5.19) e Tiago declara que todo aquele que é amigo do atual sistema mundano é inimigo de Deus (Tg 4.4).
 
Até este ponto de nossa história, o reinado de Satanás sobre o mundo tem ocorrido de forma invisível. Trata-se de um domínio espiritual que incentiva o surgimento de cosmovisões e filosofias contrárias à verdadeira realidade. As Escrituras nos ensinam que, no futuro, Satanás irá tentar converter esse domínio espiritual e invisível em um reino político, visível e permanente – dominando o mundo inteiro. Para alcançar seu objetivo, Satanás precisa induzir a humanidade a buscar a unificação sob um governo mundial. Ele também tem de condicionar o mundo a aceitar um governante político supremo que terá poderes únicos e fará grandes declarações a respeito de si mesmo.
 
Utilizando-se da tendência secular e humanista da Renascença e de algumas ênfases propagadas pelo Iluminismo, o diabo conseguiu minar a fé bíblica de porções importantes do protestantismo e também determinadas crenças do catolicismo romano e da Igreja Ortodoxa. O resultado foi que, no final do século XIX e no início do século XX, o mundo começou a ouvir que a humanidade nunca havia recebido a revelação divina da verdade.
 
No entanto, o único modo pelo qual a existência de Deus, Sua natureza, idéias, modos de agir, ações e relacionamento com o Universo, com a Terra e com a humanidade podem ser conhecidos é através da revelação divina da verdade. Por isso, a negação dessa revelação fez com que durante o século XX muitas pessoas concluíssem que o Deus pessoal, soberano e criador descrito na Bíblia não existe; ou, se existe, que Ele é irrelevante para o mundo e para a humanidade.
 
Essa negação da revelação divina da verdade resultou em mudanças dramáticas, que tiveram graves conseqüências na sociedade e no mundo. Em primeiro lugar, ela levou muitas pessoas ao desespero. Deus criou os seres humanos com a necessidade de terem um relacionamento pessoal com Ele, para conhecerem o sentido e propósito supremos desta vida. A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas. Esse vazio levou ao desespero e à extinção da perspectiva de alcançar o sentido e propósito supremos desta vida. Satanás, então, ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher esse vazio e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.

A Negação dos Absolutos Morais


A declaração de que Deus não existe ou é irrelevante provocou um vazio espiritual dentro das pessoas.
A negação da revelação divina da verdade resultou também na negação dos absolutos morais. O argumento mais usado é: se os padrões morais não foram revelados por um Deus soberano que determinou que os indivíduos são responsáveis por suas ações, então os absolutos morais tradicionalmente aceitos foram criados pela humanidade. Assim sendo, uma vez que a humanidade é a fonte desses absolutos, ela tem o direito de rejeitar, mudar ou ignorá-los.
 
O resultado dessa racionalização falaciosa é que a sociedade acabou testemunhando uma tremenda decadência moral. Ela passou a rejeitar a idéia de que apenas as relações heterossexuais e conjugais são moralmente corretas, passando a desprezar e ameaçar cada vez mais os que defendem essa idéia. Movimentos estão surgindo em todo o mundo para redefinir legalmente o conceito de matrimônio e para forçar a sociedade a aceitar essa nova idéia, a abolir ou reestruturar a família e proteger a propagação da pornografia.
 
O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado em muitos países. Algumas pessoas ainda insistem em dizer que não existe questão moral nenhuma envolvida no suicídio assistido, na clonagem humana e na destruição de embriões humanos em nome da pesquisa de células-tronco. O assassinato e a mentira passaram a ser aceitos como norma. Essa falência moral ameaça as próprias bases da nossa sociedade.

A Negação da Verdade Objetiva e de Seus Padrões

A negação da revelação divina da verdade resultou na conclusão de que não existe uma verdade objetiva que seja válida para toda a humanidade. Cada indivíduo seria capaz de determinar por si mesmo o que é a verdade. Assim sendo, aquilo que é verdade para uma pessoa não é, necessariamente, verdadeiro para outra. A verdade passou a ser algo subjetivo e relativo.
 
A racionalização nos levou à conclusão de que não há padrão objetivo pelo qual uma pessoa seja capaz de avaliar se algo está certo ou errado. Agora ninguém mais pode dizer legitimamente a outra pessoa que algo que ela está fazendo é errado. Seguindo essa racionalização, nunca se deve dizer a outra pessoa que seu modo de vida é errado, mesmo que, vivendo dessa maneira, ela possa morrer prematuramente. Também não será permitido que alguém diga a um adolescente que o sexo não deve ser praticado antes do casamento. Afinal de contas, ninguém tem o direito de impor seus conceitos de certo ou errado sobre os outros.
 
Essa negação da verdade objetiva e do padrão objetivo de certo e errado é propagada através de uma “redefinição de valores” promovida por escolas, por universidades, pela mídia, pela internet, por várias publicações, por alguns tipos de música e pela indústria do entretenimento como um todo. Algumas universidades, inclusive, já adotaram uma política que abafa qualquer expressão do que é certo ou errado por parte de seus alunos e professores. Esse tipo de atitude resulta em censura e intolerância.
 
A negação da verdade objetiva e dos padrões objetivos de certo e errado motivaram alguns a defenderem que os pais devem ser proibidos de bater nos filhos quando estes fizerem algo que os pais acreditam ser errado.

A Redefinição da Tolerância


Satanás ofereceu a bruxaria, o espiritismo, o satanismo, outras formas de ocultismo, a astrologia, o misticismo oriental, os conceitos da Nova Era, as drogas, algumas formas de música e outros substitutos demoníacos para preencher o vazio espiritual e fazer com que as pessoas sejam influenciadas por ele.
Isso tudo também resultou em um movimento que visa forçar a sociedade a aceitar um novo conceito de tolerância. A visão histórica da tolerância ensinava que as pessoas de opiniões e práticas diferentes deveriam viver juntas pacificamente. Cada indivíduo tinha o direito de acreditar que a opinião ou prática contrária à sua estava errada e podia expressar essa crença abertamente, mas não podia ameaçar, aterrorizar ou agredir fisicamente aqueles que discordavam dele.
 
Porém, a tolerância passou por uma redefinição. O novo conceito diz que acreditar ou expressar abertamente que uma opinião ou prática de uma pessoa ou de um grupo é errada equivale a um “crime de ódio” e, portanto, deve ser punido pela lei. Grupos poderosos estão pressionando o Congresso americano, por exemplo, para fazer com que esse novo conceito torne-se lei. Isso ocorrerá se for aprovado o que passou a ser conhecido como “lei anti-ódio”. Uma vez que nos EUA já existem leis contra ameaças ou prejuízos físicos causados a pessoas ou grupos de opiniões e práticas distintas, é óbvio que o objetivo desse projeto é tornar ilegal a liberdade de crença e de expressão. Se esse projeto for aprovado, os EUA passarão a ser mais um Estado totalitário, comparado àqueles que adotaram a Inquisição e o comunismo. [Tendências semelhantes se verificam na maior parte dos países ocidentais – N.R.]
 
Já que o mundo foi levado a acreditar que não há verdade objetiva válida para toda a humanidade e nenhum padrão objetivo que sirva para verificar se algo está certo ou errado, cada vez mais defende-se a idéia de que todos os deuses, religiões e caminhos devem ser aceitos com igualdade. Por isso, todas as tentativas de converter pessoas de uma religião para outra devem ser impedidas e as afirmações de que existe apenas um Deus verdadeiro, uma religião verdadeira e um único caminho para o céu são consideradas formas visíveis de preconceito. O pluralismo religioso está se tornando lugar-comum hoje em dia.
 
Se não há nenhum padrão objetivo para determinar o certo e o errado, então qual base uma sociedade ou um indivíduo pode usar para concluir que matar é errado? Isso incluiu os assassinatos praticados por médicos que fazem abortos ou os massacres provocados por psicopatas em escolas e em lugares públicos? Pois, talvez alguns desses atos violentos sejam resultantes do fato de seus autores terem concluído que, se não existe um padrão objetivo para determinar o que é certo e o que é errado, para eles é correto assassinar.
 
Se essa espécie de lei anti-ódio for aprovada, ela terá conseqüências drásticas. As pessoas que virem esse tipo de lei sendo posta em prática acreditarão que esse é o caminho correto. Mas, durante as campanhas eleitorais e nas sessões legislativas, os políticos poderão fazer acusações uns aos outros ou dizer que as ações dos seus oponentes são erradas?

O Desejo de Unidade

A negação da revelação divina da verdade gerou uma crescente convicção de que o objetivo da humanidade deve ser a unidade. O Manifesto Humanista II diz:
Não temos evidências suficientes para acreditar na existência do sobrenatural. Trata-se de algo insignificante ou irrelevante para a questão da sobrevivência e satisfação da raça humana. Por sermos não-teístas, partimos dos seres humanos, não de Deus, da natureza, não de alguma deidade.[1]
O argumento prossegue:
Não somos capazes de descobrir propósito ou providência divina para a espécie humana... Os humanos são responsáveis pelo que somos hoje e pelo que viermos a ser. Nenhuma deidade irá nos salvar; devemos salvar a nós mesmos.[2]
À luz do pensamento de que a salvação da destruição total depende da própria humanidade, o Manifesto continua:
Repudiamos a divisão da humanidade por razões nacionalistas. Alcançamos um ponto na história da humanidade onde a melhor opção é transcender os limites da soberania nacional e andar em direção à edificação de uma comunidade mundial na qual todos os setores da família humana poderão participar. Por isso, aguardamos pelo desenvolvimento de um sistema de lei e ordem mundial baseado em um governo federal transnacional.[3]

O assassinato de seres humanos parcialmente formados (aborto) já foi legalizado em muitos países.
Finalmente, o documento declara:
O compromisso com toda a humanidade é o maior compromisso de que somos capazes. Ele transcende as fidelidades parciais à Igreja, ao Estado, aos partidos políticos, a classes ou raças, na conquista de uma visão mais ampla da potencialidade humana. Que desafio maior há para a humanidade do que cada pessoa tornar-se, no ideal como também na prática, um cidadão de uma comunidade mundial?[4]
A existência de instituições internacionais, como a Corte Internacional de Justiça e as Nações Unidas, os meios de transporte rápidos, a comunicação instantânea e a internacionalização crescente da economia fazem com que a formação de uma comunidade mundial unificada pareça ser possível. O tremendo aumento da violência, incluindo a ameaça de terrorismo que paira sobre todo o mundo, pode levar a civilização a uma governo mundial unificado em nome da sobrevivência.

A Deificação da Humanidade

A negação da revelação divina da verdade criou uma tendência em deificar-se a humanidade. Thomas J. J. Altizer, um dos teólogos protestantes do movimento “Deus está morto” da década de 60, alegava que, uma vez que a humanidade negou a existência de um Deus pessoal, ela deve alcançar sua auto-transcendência como raça, algo que ele chamava de “deificação do homem”.[5] O erudito católico Pierre Theilhard de Chardin ensinava que o deus que deve ser adorado é aquele que resultará da evolução da raça humana.[6]
 
Com tais mudanças iniciadas com a negação da revelação divina, Satanás está seduzindo o mundo para que caminhe em direção à unificação da humanidade. Ela ocorrerá quando todos estiverem sob um governo mundial único que condicionará o planeta a aceitar seu líder político máximo, o Anticristo, o qual terá poderes únicos e alegará ser o próprio Deus. (Renald E. Showers - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)
Notas:
  1. Humanist Manifesto II, American Humanist Association [www.americanhumanist.org/about/manifesto2.html].
  2. Idem.
  3. Ibidem.
  4. Ibidem.
  5. John Charles Cooper, The Roots of The Radical Theology, Westminster, Philadelphia, 1967, p. 148.
  6. Idem.
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Fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/estrategia_satanas.html

ENFRENTANDO O LEÃO

30.10.2013
Do portal CHAMADA.COM.BR,11.2009
Por Peter Colón

Enfrentando o Leão

Um terrível brado penetra o acampamento. Os nativos aterrorizados gritam: ‘Tomem cuidado, irmãos, o diabo está chegando!’. Porém, o clamor do aviso não ajudará em nada e, mais cedo ou mais tarde, gritos agudos e agonizantes quebrarão o silêncio, e outro homem não responderá à lista de chamada na manhã seguinte.[1]
 
Era março de 1898 e o estudante de engenharia John Henry Patterson, de 31 anos, estava no Quênia para construir uma ponte ferroviária sobre o rio Tsavo. Logo após a sua chegada, dois cruéis leões devoradores de homens começaram a aterrorizá-lo e a seus trabalhadores. Patterson escreveu em seu diário: “Nada os perturba ou assusta, e eles mostram um completo desprezo por seres humanos, exceto como alimento”.[2]
 
Essas feras eram tão perspicazes que os trabalhadores nativos começaram a acreditar que realmente eram o Diabo no corpo de leões. Até serem mortos, tinham devorado cerca de 140 trabalhadores.
 
As Escrituras alertam que Satanás, como um leão, também é um predador que ataca incansavelmente suas vítimas. O apóstolo Pedro, que aprendeu por experiência própria o que é ser usado pelo Diabo, avisou: “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8, cf. Mt 16.23).
 
Vencer Satanás requer vigilância diária, a cada momento. Uma vida de fé em Jesus Cristo é uma vida de implacável conflito espiritual. Se você falhar em equipar-se para ele, colherá as conseqüências. O alvo de Satanás é devastar a humanidade; mas, ainda mais, aniquilar a vida dos cristãos.
 
Portanto, os cristãos precisam aprender e usar três princípios essenciais para posicionar-se contra o Maligno: todo cristão precisa (1) manter uma posição firme no conflito, (2) empregar a proteção apropriada para o conflito, e (3) sempre manter uma perspectiva correta do conflito.

Uma Posição Firme

Os leões de Tsavo eram os reis de sua própria terra. Eles enfrentavam qualquer um. As Escrituras chamam Satanás de “o príncipe deste mundo” e “o deus deste século” (Jo 12.31; 2 Co 4.4). Porém, o seu reino está sujeito à vontade de Deus (Jó 1.12). Com isso em mente, a primeira lição na luta é aprender tudo o que você pode sobre seu inimigo: “Nem deis lugar ao Diabo...”; “...para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (Ef 4.27, 2 Co 2.11).
 
Infelizmente, muitos cristãos são ignorantes, principalmente na doutrina bíblica. Como os leões, Satanás e seus demônios rondam procurando oportunidades de espalhar idéias falsas. A maior defesa é estudar, conhecer e praticar a Palavra de Deus diariamente. Jesus disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.31-32). Satanás é um mentiroso (Jo 8.44). O segredo é avaliar todas as coisas pela Palavra de Deus.
 
Foi uma visão terrível encontrar restos repulsivos dos trabalhadores que haviam sido atacados pelos leões de Tsavo. Patterson prometeu eliminar os leões do local e terminar a sua ponte. Os cristãos precisam ter a mesma resolução e permanecer firmes contra Satanás. Primeiro, ter certeza em seu coração de que o Senhor Jesus verdadeiramente é o seu Salvador pessoal (Jo 3.16). Confesse todos os pecados conhecidos (1 Jo 1.9). Deseje, com a ajuda de Deus, abandonar a prática habitual de todo pecado (Pv 28.13). E, finalmente, renda sua vida e tudo o que você tem a Deus: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

A Proteção Adequada

“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
 
John Patterson caçou os leões usando um rifle inglês de calibre .303 bolt-action e uma espingarda de caça calibre 12. Ele os avistou diversas vezes, e até os surpreendeu em uma ocasião. Mesmo assim, eles escaparam. Em desespero, ele sabia que precisava usar todo o seu treinamento e sua habilidade com armas para ser capaz de matá-los.
 
Nós, também, precisamos usar armas específicas contra Satanás. Apesar de diferentes, elas requerem prática e habilidade para serem usadas competentemente:
 
“Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas...” (2 Co 10.3-4).
 
Nossa armadura de guerra encontra-se em Efésios 6.11-18. A imagem usada é a de um valente soldado romano. Para prevalecer contra o Maligno, os cristãos precisam, necessariamente, vestir “toda a armadura de Deus” (Ef 6.11):

Cinto

A primeira linha de defesa é a “verdade” (Ef 6.14). O termo significa ter a mente livre de fingimento e falsidade. Satanás depende de mentiras e engano. “Cingir-nos com a verdade” é a proteção forte contra a hipocrisia.

Couraça

Um soldado romano vestia uma couraça para proteger seu coração e seus órgãos vitais. Um cristão precisa vestir a “couraça da justiça” (Ef 6.14b). Satanás é um acusador, que aponta constantemente a falta de merecimento dos seguidores de Cristo (Ap 12.10). Essa tática pode ser extremamente desencorajadora.
 
Porém, Cristo tratou das acusações contra nós concedendo-nos Sua justiça: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.21). Assim, não há necessidade de desespero: “Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas” (1 Jo 3.20).
 
Permitindo que Deus nos torne “conformes à imagem de Seu Filho” (Rm 8.29), Sua santidade é revelada em nossa vida na forma de uma defesa forte e diária; e podemos nos revestir “do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24).

Calçado

Sandálias robustas e com cravos nas solas davam uma base confiável ao guerreiro. Em superfícies lisas, porém, elas eram perigosas por falta de boa tração. Os seguidores de Cristo obtêm a segurança de um fundamento confiável através do Evangelho da paz: Jesus Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado, ressurgiu ao terceiro dia, e foi visto por muitos (1 Co 15.3-6). O inimigo quer muito fazer você deslizar, com programas e doutrinas falsas. Os crentes precisam tomar cuidado para não escorregarem em suas emboscadas. A Boa Nova de Cristo é a única base sólida para firmar-se.

Escudo

Um soldado da infantaria romana nunca ia à batalha sem seu escudo. Geralmente ele era grande e retangular, com uma leve curvatura nos lados para a proteção corporal.
 
As Escrituras nos contam que Satanás atira constantemente “dardos inflamados” na forma de muitas tentações. O propósito principal de embraçar “sempre o escudo da fé” é apagar os seus dardos (Ef 6.16). Um escudo romano também servia para encaixar-se com outros escudos, para criar uma eficiente “formação tartaruga” na batalha. A junção de escudos da fé com outros crentes cria uma defesa formidável contra os assaltos espirituais (Sl 37.40).

Capacete

O capacete também era bem projetado. Ele tinha uma aba traseira para proteger a nuca de qualquer golpe. As abas de cada lado protegiam a face, e a da frente protegia contra pancadas direcionadas à cabeça ou à face. Obviamente, esse equipamento era vital.
 
O “capacete da salvação” aponta para nossa “esperança de salvação” (1 Ts 5.8). A palavra esperança significa “expectativa alegre e segura da libertação eterna”. O Maligno procura golpear nossas cabeças para plantar nelas sementes de dúvida e desespero. Entretanto, o capacete dos crentes verdadeiros está firmemente posicionado. Primeiro, a fé na obra consumada na cruz garante a salvação da pena do pecado (2 Tm 1.9). Segundo, andando pela fé no Senhor, temos salvação do poder do pecado (Fp 2.12-13). E, finalmente, podemos aguardar nossa futura salvação da presença do pecado : “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13).

Espada

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12).
 
Na cintura de cada soldado romano estava pendurada sua arma principal: o gladius. Esta era uma espada relativamente curta, afiada nos dois gumes. Em mãos de guerreiros treinados, ela era mortal. A espada dos crentes é a Bíblia. De fato, foi apenas a Palavra que Jesus usou com eficiência contra o ataque de Satanás no deserto (Mt 4.1-11).
 
Quando estudada e aplicada, a Palavra de Deus é a defesa máxima contra os artifícios do Maligno. Falar a Palavra com autoridade é a melhor ofensiva para arrasar a fortaleza de Satanás (Is 49.2).

Ataques Sorrateiros

Satanás procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no conflito.
 
Os leões de Tsavo espreitavam e aproximavam-se silenciosamente de suas vítimas. O terrível rugido vinha depois que suas vítimas estavam acuadas ou mortas. Satanás também é persistente e silencioso. Ele não alerta os filhos de Deus a respeito da sua presença.
 
Porém, quando consegue enganar sua vítima, através do pecado, ele ruge com satisfação.
 
Portanto, um cristão que se protege adequadamente deve estar alerta em todo o tempo “com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18).

A Perspectiva Correta

Os leões de Tsavo eram aterrorizantes. Do nariz à cauda eles mediam cerca de três metros. Patterson escreveu que eles tentavam assustá-lo com um olhar irritado em sua direção, mostrando seus dentes e rangendo-os furiosamente.
 
Satanás também procura nos intimidar com o seu rosnar feroz. Precisamos ter a perspectiva de Cristo no conflito. Satanás não é igual a Deus. Como é um ser criado, ele tem limitações (Ez 28.12-19). Ele é poderoso, mas não é todo-poderoso (Ap 12.8; 20.2).
 
Ele não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo (não é onipresente). Em vez disso, ele governa sobre demônios subordinados que andam pelo mundo, obedecendo às suas ordens (Mt 12.24; Ef 6.12). Ele também não tem a onisciência de Deus (1 Cr 28.9). Ele não sabe de todas as coisas.
 
Conseqüentemente, embora o Diabo seja um antagonista furioso, ele não deve nos aterrorizar. Ele não é páreo para Cristo, que já providenciou nossa vitória através do poder do Seu sangue derramado (Ap 12.11). Somente em Cristo há libertação do poder de Satanás (At 26.18; Cl 1.13). Cristo, que vive naqueles que verdadeiramente nasceram de novo, é maior que Satanás (1 Jo 4.4).
 
John Henry Patterson finalmente acabou com seus leões. Eles estão em exibição no Field Museum em Chicago, Illinois (EUA). Ainda agora, ao olhar para eles, seus olhos escuros e inertes evocam terror. Contudo, eles estão mortos e não podem ferir ninguém. Um dia o Diabo será lançado na escuridão eterna do Lago de Fogo, para nunca mais atormentar os fiéis (Ap 20.10).
 
Até aquele dia, não importa quantas dificuldades e provações passemos na vida, podemos estar seguros de que temos a armadura necessária para enfrentar o “leão” e para sermos mais que vencedores. Além do mais, nada pode nos separar do amor de Deus, que está em Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 8.37-39). (Peter Colón - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. J. H. Patterson, The Man-Eaters of Tsavo and Other East African Adventures.
  2. Ibid.
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Fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/leao.html

Encontrando Jesus, o Caminho

01.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan
 
Seguir Jesus como o Caminho significa seguir seu exemplo e ensinamento. Ele disse:
"Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" (João 8:31).
 
Jesus censurou as pessoas do seu tempo que diziam aceitá-lo como Senhor, mas negligenciavam seu ensinamento.
 
"Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?"(Lucas 6:46).
 
A Bíblia é a única fonte confiável de informação sobre Jesus. Produtores de filmes e autores de romances tomam muitas liberdades ao contarem histórias sobre ele. Muitos pais e conhecidos que nos falam sobre Jesus jamais fizeram um estudo sério da Bíblia.
 
Freqüentemente, pregadores e professores que estudaram a Bíblia por muitos anos, acrescentam tantas das próprias opiniões e filosofias, que dificilmente podemos saber o que é da Bíblia e o que não é. O fato de que eles diferem tão largamente é prova de que muitos estão enganados. É essencial, então, que cada um de nós faça seu próprio estudo da fonte original da verdade sobre Jesus.

Jesus no Velho Testamento

A Bíblia está  dividida em duas partes principais, o Velho Testamento e o Novo Testamento. A escrita do Velho Testamento foi completada 400 anos antes de Jesus nascer; entretanto, contêm muitas coisas sobre ele.
 
O Velho Testamento nos dá vislumbres de Jesus, num estado pré-carnal. Quando Deus estava a ponto de fazer o homem, ele disse a outro ser divino: "Façamos o homem à nossa imagem" (Gênesis 1:26).
 
O Novo Testamento identifica este ser divino como "o Verbo." "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez" (João 1:1-3).
 
O Velho Testamento profetiza seu nascimento de uma virgem. "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará  Emanuel" (Isaías 7:14).
 
O nome Emanuel significa "Deus conosco" (Mateus 1:23). O Velho Testamento até prediz o lugar de seu nascimento em Miquéias 5:2.

Jesus nos Evangelhos

O Novo Testamento registra o cumprimento das predições do Velho Testamento. João testifica: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1:14).
 
Quatro escritores dão relatos sobre sua vida. Estes relatos são chamados comumente os Evangelhos, uma palavra que significa "boas novas." Cada um dos escritores parece ressaltar alguma coisa diferente sobre Jesus.
 
Mateus frisa seu ensinamento, especialmente aquele relativo ao "Reino do céu."
Marcos apresenta os milagres de Jesus, mostrando seu poder.
 
Lucas parece sublinhar a perfeita humanidade de Jesus sem desvalorizar sua divindade.
 
João parece realçar a perfeita divindade de Jesus, sem desvalorizar sua humanidade. 

 
Ninguém pode conhecer Jesus, o caminho, se não tiver lido estes registros cuidadosamente. Lendo-os, podemos até ser surpreendidos ao ver o quanto Jesus difere daquele ser imaginário, que foi criado em nossas mentes pela má informação tão comumente circulada entre nós.

Jesus no Livro de Atos e nas Epístolas

Os evangelhos não contêm todo o ensinamento de Jesus. Eles relatam somente o que ele ensinou quando estava na terra. Isto tinha que ser limitado ao que seus discípulos poderiam compreender, no pouco tempo em que Jesus esteve com eles. Antes que ele os deixasse, contou-lhes a maneira pela qual continuaria a falar-lhes:
 
"Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará  por si mesmo, mas dirá  tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará , porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar" (João 16:12- 14).
 
O Espírito Santo veio sobre eles logo depois que Jesus retornou ao Céu. "Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedeu que falassem" (Atos 2:4).
 
Isto significa que o ensinamento e os escritos dos apóstolos inspirados, que encontramos no restante do Novo Testamento, são o ensinamento de Jesus tanto quanto o que lemos nos evangelhos. O apóstolo Paulo escreveu: "Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo" (1 Coríntios 14:37).

Nenhuma Outra Revelação

A revelação de Jesus e seu ensinamento no Novo Testamento é completa. Os escritores advertiram: "Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema"(Gálatas 1:8). O escritor do último livro do Novo Testamento dá este aviso: "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará  os flagelos escritos neste livro"(Apocalipse 22:18).

Velho ou Novo Testamento?

Ainda que muitas coisas sobre Jesus foram preditas e prefiguradas no Velho Testamento, é no Novo que Deus nos fala através dele. "Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho"(Hebreus 1:1,2). Isto significa que não devemos voltar ao Velho Testamento para aprender como seguir Jesus, o caminho.A lei do Velho Testamento foi dada simplesmente para conduzir homens a Jesus. "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio"(Gálatas 3:24,25).

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Fonte:http://estudosdabiblia.net/2auto.htm

O CÓDIGO DA VINCI: A história começa em uma noite no Museu do Louvre, em Paris

30.10.2013
Do portal CHAMADA.COM.BR, 06.2005
Por Samuel F. M. Costa

 
"Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo" (1 Coríntios 3.11).
 
Dan Brown
 
Quando minha esposa me deu de presente de aniversário o livro "O Código Da Vinci" (Editora Sextante) em maio de 2004, eu sabia que estava diante de um best-seller americano de 2003 que continuaria vendendo milhões de exemplares nos próximos anos. Não tinha ignorado as revisões e resenhas desse livro na internet e estava consciente de que se tratava de um daqueles livros que dizem que o cristianismo está todo errado e a adoração à deusa é o caminho.
 

 
Dan Brown, autor do romance, não nos revela, no decorrer de suas quase 500 páginas, um novo evangelho, mas apenas antigas colocações gnósticas e nova-erenses sobre a vida de Jesus Cristo e os primórdios da igreja cristã.
 
Eis suas fontes principais: O Evangelho de Filipe e O Evangelho de Maria (ambos são textos gnósticos descobertos em Nag Hammadi, no Alto Egito, em 1945); o livro Holy Blood and Holy Grail e sua linhagem de sangue, de Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, publicado inicialmente em 1981; o livro The Templar Revelation: Secret Guardians of the True Identity of Christ, de Lynn Picknett e Clive Prince. Um outro livro do gênero pesquisado por Brown foi: The Woman with The Alabaster Jar: Mary Magdalene and the Holy Grail, de Margaret Starbird. Estudiosos respeitáveis encontraram defeitos insuperáveis em todos esses livros. Todos eles têm um forte teor especulativo e um alto apelo a favor das doutrinas da Nova Era.
 
O fato é que o livro é um sucesso de vendas em todo o mundo. A Columbia Pictures adquiriu os direitos para transformá-lo em filme e contratou o famoso diretor Ron Howard (o mesmo de Uma Mente Brilhante) para dirigir essa película.
 
A propósito, o autor Dan Brown está sendo judicialmente processado de plagiar o livro Daughter of God (Filha de Deus), de Lewis Perdue. Segundo Perdue, existem "trinta elementos" de semelhanças significativas entre Daughter of God e "O Código Da Vinci". Bem, se Dan Brown plagiou ou não as idéias de outros autores é problema dele.
 
Um livro alicerçado nas doutrinas da Nova Era
 
Antes de passarmos para uma análise mais detalhada do romance, é muito importante o querido leitor entender que o autor está imbuído em passar doutrinas da Nova Era e que acredita piamente no que escreve como se fosse verdade.
 
Dan Brown é muito vivo ou muito covarde. Ele não responde às acusações dos vários padres, teólogos, historiadores, jornalistas e artistas que literalmente descredenciaram "O Código Da Vinci". Brown dá entrevistas em redes nacionais, faz palestras, mas não participa de debates. Vive sossegado escrevendo outros romances, em sua casa no estado de New Hampshire, enquanto escuta músicas da Nova Era, dos CDs da cantora Enya.
Segundo o romance, "as verdades" sobre Maria Madalena deveriam ter vindo à tona na virada do milênio, entre "o final da era de Peixes e o início da era de Aquário" (p.423).
 
Veja esse relato sobre a importância da revelação da "verdade" durante a era de Aquário:
 
"Estamos entrando na era de Aquário, cujos ideais rezam que o homem irá conhecer a verdade e ser capaz de pensar por si mesmo" (p.285). O que Dan Brown não diz é que a suposta verdade da Nova Era é a velha mentira proclamada pela serpente no Éden. Aquela farsa de que o homem descobriria que ele próprio é Deus: "sereis iguais a Deus" (Gênesis 3.5).
 
O repórter Charlie Gibson, em entrevista no programa Good Morning America, da Rede de Televisão ABC, em novembro de 2003, perguntou a Brown: se escrevesse um outro livro só contendo os fatos sobre "O Código Da Vinci", ele seria muito diferente? O autor respondeu:
 
"Não iria ser diferente [...] Fiz muitas pesquisas para esse livro. A teoria descrita no meu livro é muito antiga e hoje sou um crente dessa teoria [...] Essa teoria faz muito mais sentido para mim do que o que me foi ensinado quando era criança".[1]
 
Em outras palavras, Dan Brown acredita que os personagens do seu romance são fictícios, mas a mensagem contida nele é verdadeira.
 
O romance


A história começa em uma noite no Museu do Louvre, em Paris
 
A história começa em uma noite no Museu do Louvre, em Paris, onde Silas, um monge albino vestido com um manto, atira no estômago do curador Jacques Saunière. Silas é um membro numerário da ultra-conservadora seita Opus Dei da igreja católica. Ele trabalha para um homem que conhece apenas como o "mestre" (mais tarde ficamos sabendo que se trata de Sir Leigh Teabing, um bretão ultra-rico e obcecado em encontrar o Santo Graal). A Opus Dei, a igreja católica, e Sir Leigh Teabing fazem parte do grupo do mal no romance, são os bandidos da história.
 
Jacques Saunière é um especialista em adoração à deusa e é o grão-mestre do Priorado de Sião, uma organização secreta que esconde e protege o "Santo Graal" (das lendas arthurianas) e os manuscritos que provam que Maria Madalena era mulher de Jesus Cristo e juntos tiveram uma filha chamada Sarah. Na sequência, Madalena e seus seguidores fugiram para a França e talvez até para a Inglaterra, evitando assim a perseguição que lhe foi imposta pelos apóstolos, especialmente por Pedro.
 
Jacques Saunière, baleado, só pensou em uma coisa antes de morrer no Louvre: passar em forma de enigmas e anagramas as informações secretas do Priorado de Sião para a sua neta Sophie Neveu, uma agente do Departamento de Criptologia da Polícia Judiciária francesa e especialista em decodificação.
 
De alguma maneira, Jacques Saunière consegue ficar despido, faz um círculo no chão e se posiciona dentro do círculo de forma semelhante ao desenho "O Homem Vitruviano", de Leonardo da Vinci. Saunière ainda conseguiu escrever com o seu próprio sangue e com tintas visíveis e invisíveis ao olho humano alguns símbolos e mensagens para a sua neta. Em uma dessas mensagens, pede a Sophie Neveu que encontre Robert Langdon, um professor de simbologia religiosa da universidade de Harvard que se encontra palestrando em Paris naqueles dias.
 


 

O desenho "O Homem Vitruviano", de Leonardo da Vinci
 
Juntos, Sophie e Robert, conseguem resolver o assassinato e posteriormente o mistério do Santo Graal. Nesse romance, o Santo Graal é Maria Madalena, mais especificamente o seu útero, e seus restos mortais encontram-se sepultados na pequena pirâmide, sob a pirâmide invertida, dentro do Museu do Louvre.
 
Jacques Saunière, Sophie Neveu e Robert Langdon são os mocinhos do romance, a turma boa da história.
 
Quase todas as colocações contrárias ao cristianismo, à história e às artes, conforme conhecemos hoje, nos são passadas nessa saga através das bocas dos dois personagens mais cultos e estudiosos, a saber: Professor Robert Langdon e Sir Leigh Teabing.
 
Resumindo, o romance nos leva por toda uma noite e um dia a pontos turísticos de Paris e de Londres só para tentar nos ensinar que a igreja cristã (especialmente a católica) tem reprimido o conhecimento acerca do casamento de Jesus com Maria Madalena e que isso, caso fosse descoberto, destruiria o cristianismo (pp. 261-267).
 
O que incomoda é o cinismo do autor em relatar na página preliminar algumas falsas considerações como se fossem fatos. Brown proclama como se fosse verdade: "Todas as descrições de obras de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos neste romance correspondem rigorosamente à realidade". Então, meu prezado Dan Brown, passarei deste ponto em diante a checar o seu romance para ter a certeza se o mesmo corresponde "rigorosamente à realidade".
 
Dan Brown: historicamente desautorizado
 
a) No romance: Pierre Plantard, o Priorado de Sião e os dossiês secretos são autênticos (página preliminar, pp. 221 e 345-346):
 
Segundo o romance: "O Priorado de Sião – sociedade secreta européia fundada em 1099 – existe de fato. Em 1975, a Biblioteca Nacional de Paris descobriu pergaminhos conhecidos como Os Dossiês Secretos, que identificavam inúmeros membros do Priorado de Sião, inclusive Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo da Vinci" (página preliminar).
Ops! O autor confundiu o "Priorado de Sião" com a "Ordem ou Abadia de Sião".  
 
Pierre Plantard confessou à justiça francesa em 1992 ter sido o criador de todas as peças do Priorado de Sião com o intuito de pô-lo no trono da França como um suposto descendente merovíngeo e de Jesus Cristo.
 
O "Priorado de Sião" é um movimento religioso mais recente, que surgiu após a II Guerra Mundial. Sua existência foi anunciada em 1962 após ter sido formalmente estabelecido em 1956. O "Priorado de Sião" não tem qualquer conexão com a "Ordem ou Abadia de Sião" da Idade Média, como o livro reivindicou ser um "fato" na sua página preliminar. O grupo da Abadia foi dissolvido pelo rei Luís XIII da França em 1619.

 
Mais um erro: Dan Brown acredita na autenticidade dos "Dossiês Secretos" que contêm os nomes de todos os supostos grão-mestres do priorado e se encontram arquivados na Biblioteca Nacional de Paris, quando, na verdade, não passam de uma fraude. O fato que Brown não menciona é que o líder do priorado, Pierre Plantard (1920-2000), conhecido como um mascate, anti-semita, católico e fraudulento foi quem criou os falsos "Dossiês Secretos" e quem os depositou na Biblioteca. Os ditos "pergaminhos conhecidos como os Dossiês Secretos" foram uma invenção de Pierre Plantard, conforme desmascarado no programa The History of a Mystery (A História de um Mistério) levado ao ar pela Time Watch BBC em 1996.
 
E mais, o próprio Pierre Plantard confessou à justiça francesa em 1992 ter sido o criador de todas as peças do Priorado de Sião com o intuito de pô-lo no trono da França como um suposto descendente merovíngeo e de Jesus Cristo. Há na França três locais onde qualquer pessoa pode obter documentação judicial e criminal sobre Pierre Plantard, a saber: a Prefeitura de Polícia de Paris, a Sub-Prefeitura de St. Julien em Geneveis e o Tribunal de Grande Instância de Thonon les Bains.
 
Então o Priorado de Sião, do qual o autor nos transmite a imagem de ser uma sociedade secreta séria, não passa de uma farsa armada pelo senhor Pierre Plantard.
 
b) "Os Manuscritos do Mar Morto foram encontrados na década de 50" (página 251):
 
Brown errou na década! Os manuscritos do Mar Morto que confirmam a autenticidade de vários textos do Velho Testamento foram descobertos a partir da segunda metade da década de 40, em onze cavernas na região de Qumram.
 
c) "Mais de 80 evangelhos foram estudados para compor o Novo Testamento" (página 248):
 
Puxa! O autor é ruim em números! Dos 52 textos gnósticos e filosóficos descobertos em Nag Hammadi, no Alto Egito, apenas cinco eram evangelhos, a saber: Verdade, Tomé, Filipe, Egípcios e Maria.
 
E mais: os evangelhos de Tomé, Filipe e Maria não foram escritos pelos respectivos personagens bíblicos. Foram escritos mais de um século após a morte de Cristo e só Deus sabe quem eram esses autores que se passaram por Tomé, Felipe e Maria. O próprio apóstolo Paulo nos alertou sobre autores fraudulentos: "epístolas (cartas) supostamente vindas de nós" (2 Tessalonicenses 2.1-2).
 
d) "Jesus só se tornou divino a partir do Concílio de Nicéia", em 325 d.C., convocado pelo imperador romano Constantino (p.248-252):
 
Com essa afirmação, Brown revela o seu profundo desconhecimento histórico. Na verdade o Concílio de Nicéia apenas reafirmou a divindade de Jesus Cristo, que já era aceita em textos e testemunhos pessoais desde o século I. Vejamos:
 
O testemunho do próprio Jesus Cristo: "Eu e o Pai somos um" (João 10.30).
 
O testemunho dos evangelhos e epístolas: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus [...] E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai" (João 1.1 e 14). Dos israelitas "são os patriarcas, e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para todo o sempre. Amém!" (Romanos 9.5). "Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino" (Hebreus 1.8).
 
Flávio Josefo conhecia algo sobre Jesus, Suas reivindicações e Seus seguidores.
 
O testemunho de vida e morte dos apóstolos: todos os apóstolos de Jesus foram presos e/ou mortos sustentando a verdade de que Jesus Cristo era o Messias e ressuscitou. Caro leitor, ninguém sustenta uma mentira sabendo que aquela mentira vai condená-lo à morte. Os apóstolos morreram pelo que acreditavam ser verdade.
 
 
O testemunho do historiador judeu Flávio Josefo, que viveu algumas décadas após a crucificação de Jesus: no Testimonium Flavianum (Ant. 18:63-64) Jesus é chamado de "um homem sábio". Essa afirmação é seguida por uma breve explicação de que Jesus foi "aquele que realizou feitos surpreendentes"; que era um professor e o Messias que foi condenado por Pilatos para ser crucificado e ao terceiro dia aparentemente recuperou a sua vida; e que "a tribo de cristãos, como seus seguidores são chamados, até o presente momento não desapareceram" (18:63-64). Parece claro que Josefo pelo menos conhecia algo sobre Jesus, Suas reivindicações e Seus seguidores. Ele não era um seguidor de Jesus, mas apenas relatou o que tinha ouvido.
 
O testemunho dos pais da igreja: bem antes do Concílio de Nicéia, muitos foram aqueles que morreram confessando que Jesus Cristo é Deus: Policarpo de Esmirna era discípulo do apóstolo João, enviou carta à igreja de Filipos entre 112 e 118 e foi martirizado em 160 d.C.[2] Justino, o Mártir, nasceu em Israel, ficou impressionado com a capacidade dos cristãos de enfrentarem a morte de forma heróica, converteu-se ao cristianismo e testemunhou acerca de Jesus até o seu martírio em 165 d.C.[3] Vários outros líderes da igreja de Cristo consideraram Jesus divino muito antes do Concílio de Nicéia, a saber: Inácio (105 d.C.), Clemente (150 d.C.), Irineu (180 d.C.), Tertuliano (200 d.C.), Orígenes (235 d.C.), Novatian (235 d.C.), Cipriano (250 d.C.), entre outros.[4]
 
O testemunho dos cristãos que passavam pelo Panteão, em Roma: esse templo aos deuses foi concluído em 126 d.C. (cerca de dois séculos antes do Concílio de Nicéia). Cristãos eram levados para o Panteão e aqueles que não se curvavam diante da estátua de César e não confessavam César como "Senhor", eram mortos. Não foram poucos os cristãos que confessaram que só Jesus Cristo é o Senhor e preferiram morrer em vez de negar a Sua divindade.
 
e) No Concílio de Nicéia, o resultado da votação a favor da divindade de Jesus Cristo foi "meio apertado" (página 250):
 
Que conversa mole de Brown! O resultado foi uma lavagem a favor da divindade total de Jesus! Dos 318 participantes, 16 se abstiveram de assinar o "Credo de Nicéia". O resultado: 300 votos a favor da divindade total e irrestrita de Cristo (posição já existente na igreja cristã) e 2 votos a favor da divindade parcial e inferior de Cristo (posição defendida pelo padre Ário).
 
f) "Os descendentes de Cristo geraram a dinastia que hoje é conhecida como merovíngia e fundaram Paris" (página 274):
 

 
Cada igreja redonda construída pelos templários na Europa é, na verdade, uma referência à Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
 
Nossa! Que besteira! Paris não foi fundada pelos supostos descendentes de Jesus Cristo, ela já existia séculos antes do nascimento de Jesus Cristo! Em meados do século III a.C., a parisii, uma tribo gaulesa, colonizou a ilha Seine Île de la Cite e fundou a colônia de Lutuhezi, que depois também passou a ser chamada de Lutetia Parisorum. Os merovíngeos apenas tornaram Paris a capital da França em 508 d.C.
 
 
g) A "Temple Church, em Londres, é redonda em honra ao sol" (pp. 359 e 364):
 
Ao associar a forma redonda da Temple Church com o deus pagão do sol, Brown comete um estrondoso erro arquitetônico. Cada igreja redonda construída pelos templários na Europa é, na verdade, uma referência à Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém. A Temple Church consagrada em 1185 não foge a essa regra. A redonda Igreja do Santo Sepulcro contém um túmulo que os católicos acreditam ter sido o local onde Jesus foi sepultado. Ela era considerada o lugar mais santo na época das cruzadas.[5]
 
h) "Durante 300 anos de caça às bruxas, a igreja queimou na fogueira a quantidade impressionante de cinco milhões de mulheres" (página 135):
 
Que hipérbole! Brown está se baseando em pesquisas desatualizadas e desacreditadas. Na verdade, na melhor estimativa, foram mortos 30 a 50 mil homens e mulheres, acusados de feitiçaria durante quatro séculos (1400 a 1800). Calcula-se que 25% dessas execuções eram de homens. Sem dúvida, um número muito significante, mas nada em comparação com 6 milhões de judeus mortos durante o Holocausto, nem com os 50 milhões eliminados pelo regime de Mao Tse Tung e muito menos com os 60 milhões dos expurgos de Josef Stalin.
 
Bem, quem acreditar nas colocações históricas de Dan Brown como verdadeiras, corre um sério risco de ficar burro.
 
Alguns outros erros históricos foram cometidos no livro, mas não irei salientá-los. Acredito que os que foram relatados já são suficientes para afirmar que os fatos históricos não estão do lado de Dan Brown e que esse romancista não passa de um sofrível professor de história.
 
Dan Brown: artisticamente desautorizado
 
A "Virgem dos Rochedos".
 
Leonardo da Vinci (1452-1519) viveu durante a Renascença, mas foi um homem à frente de sua época. Foi pintor, inventor, visionário, matemático, filósofo e engenheiro. Dan Brown acrescenta a essa lista que Leonardo era também "homossexual" (pp.54 e 130). As biografias de Leonardo salientam que, em abril de 1476, ele foi anonimamente acusado de sodomia com o assistente de pintura Saltarelli (conhecido homossexual) e que em 7 de julho do mesmo ano o caso foi arquivado por falta de provas.[6, 7] Portanto, não se pode afirmar que era ou não homossexual. Do que temos certeza mesmo são os erros grosseiros cometidos por Brown quando analisou algumas pinturas de Leonardo tentando nos fazer crer que há um código oculto nelas.

 
a) A Madona das Rochas (também conhecida como "A Virgem dos Rochedos"):
 
Quando a personagem Sophie Neveu retira esse quadro dos cabos de sustentação e o põe em sua frente, o autor narra: "Com um metro e cinqüenta, a tela quase escondia o corpo da moça" (p.143). Bem, basta entrar no site oficial do Museu do Louvre para identificarmos logo de cara que o quadro mede 199 x 122 cm e não "um metro e cinqüenta".[8]
 
Na seqüência, Dan descreve que foram "as freiras" da Confraria da Imaculada Conceição que encomendaram a pintura para Leonardo (p.148). Na verdade, a encomenda foi feita pelos padres da Confraria, já que não existia "freira" nessa instituição.
 
Em seguida, Brown relata: "A tela mostrava a Virgem Maria de túnica azul, sentada com o braço em torno de um bebê, presumivelmente o Menino Jesus. Diante dela se encontrava sentado Uriel, também com um menininho, presumivelmente o pequeno João Batista. O estranho, porém, era que, em vez da cena que costumeiramente se vê, de Jesus abençoando João Batista, era João que estava abençoando Jesus... E Jesus mostrava-se submisso à sua autoridade!" (p.148). O autor inverteu a identidade de João Batista e de Jesus Cristo. Na verdade, Maria está com o braço em torno do bebê João Batista. Já o bebê Jesus Cristo está à esquerda de Maria, abençoando João Batista.[9]
 
Logo após, o autor começa a ver o invisível, e diz: "O mais preocupante, porém, era que Maria estava com uma das mãos sobre a cabeça do pequeno João e em um gesto decididamente ameaçador – os dedos pareciam garras de águia agarrando uma cabeça invisível. Por fim, a imagem mais amedrontadora e clara: logo abaixo dos dedos curvos de Maria, Uriel fazia com a mão o gesto de quem corta uma cabeça – como se cortasse o pescoço da cabeça invisível que a mão de Maria, em forma de garra, segurava" (pp. 148-149).
 
Se você estudar o que os historiadores das artes descrevem sobre esse quadro, vai descobrir que não existe nada do que é narrado por Dan Brown. Essa conversa da "cabeça invisível" de João Batista é mera esquizofrenia artística do autor do romance. O que sabemos de fato é que a mão esquerda de Maria sobre a cabeça de Jesus (e não de João) simboliza proteção. O anjo Uriel seria o "anjo da guarda de João Batista" e aponta em direção a ele.
 
A pintura foi intitulada ‘Monna’ Lisa, sendo Monna uma contração da Madonna (mia donna, minha senhora).
 
O autor acertou quando disse que há duas versões de "A Virgem dos Rochedos" (até que enfim acertou uma), mas errou logo em seguida quando tentou explicar o motivo dos dois quadros: "Da Vinci acabou convencendo a confraria a ficar com uma segunda pintura, versão "açucarada" da Madona das Rochas, em que todos se encontravam em posições mais ortodoxas" (p.149). Na verdade, a primeira versão produzida durante os anos de 1483-1486 encontra-se hoje no Museu do Louvre, já a segunda, feita cerca de 20 anos mais tarde (1503-1506) encontra-se na National Gallery, em Londres. Mas, por que duas versões? "Ocorreu uma complicada e amarga discordância em relação ao pagamento: o artista ameaçou vender a obra a um amante de arte que lhe oferecera obviamente muito mais que aquilo que a Irmandade estava preparada para pagar. Esta disputa foi provavelmente a razão de uma segunda versão da Virgem dos Rochedos – a versão que é possível observar presentemente em Londres e que na verdade decorou a capela dos monges em S. Francesco Grande em Milão no século XVI". A versão mais antiga foi provavelmente adquirida com rapidez pelo amante de arte, possivelmente Ludovico Sforza".[10] Posteriormente, Sforza ofereceu o quadro ao Rei da França ou ao Imperador Maximiliano.
 
 
b) A Mona Lisa:
 
Dan Brown não deixou incólume a mais famosa e mais visitada pintura do mundo. Conhecida na França como La Joconde, na Itália, como La Gioconda, e em todos os demais lugares como Mona Lisa, é o quadro número 779 do Louvre.
 
Quando o professor Robert Langdon, personagem criado por Dan Brown, é questionado se "é verdade que a Mona Lisa é o retrato do próprio Da Vinci, só que travestido?", responde: "É bem possível [...] Mona Lisa não é homem, nem mulher. Traz uma mensagem sutil de androginia. É uma fusão de ambos" (p.130).
 
Na seqüência, Langdon ensina que as palavras "Mona Lisa" são uma junção do deus egípcio Amon com a deusa egípcia Ísis, "cujo pictograma antigo era L’ISA [...] Amon L’isa" (p.131). E conclui suas considerações com a afirmação: "E esse, meus amigos, é o segredo de Da Vinci, o motivo do sorriso zombeteiro da Mona Lisa" (p.131).
Bem, vamos por etapas, pois é muito devaneio para uma pessoa só.
 
Primeiro, quem é a modelo na pintura? Algumas hipóteses foram levantadas, mas com certeza, não é Leonardo da Vinci travestido. A alegação mais consistente é de que seja Lisa Gherardim.
 
"O registro do Battistero di San Giovanni confirma que ela nasceu em Florença, numa terça-feira, em 15 de junho de 1479. [...] Aos 16 anos, Lisa casou-se com um homem dezenove anos mais velho e duas vezes viúvo: Francesco di Bartolomeo di Zanobi Del Giocondo, um dignitário florentino. [...] Na época em que Leonardo começou a pintá-la, ela já tinha tido três filhos, e um deles, uma menina, havia morrido em 1499. [...] E até onde se pode verificar, Lisa não fez nada de excepcional durante sua vida inteira, exceto sentar-se imóvel enquanto Leonardo a desenhava".[11]
 
Segundo, de onde vem o nome Mona Lisa? Com certeza não é a contração de nomes de divindades egípcias. "A pintura foi intitulada ‘Monna’ Lisa, sendo Monna uma contração da Madonna (mia donna, minha senhora). A grafia "Mona" é incorreta, de origem incerta, mas é a que ficou estabelecida na Inglaterra".[12]
 
Terceiro, por que o sorriso comedido da Mona Lisa? Não tem nada de "sorriso zombeteiro". Qualquer estudioso ou curioso sobre os quadros de Leonardo vai perceber que aquele sorriso discreto da Mona Lisa não é exclusivo dela. Leonardo pintou outros quadros onde os modelos exibem sorrisos semelhantes, a saber: "São João Batista" (1513-1516); "João Batista com atributos de Baco" (1513-1516); "A Virgem com o menino de Santa Ana" (1510); "Dama com Arminho" (1483-1490). De acordo com Donald Sasson, pesquisador e escritor sobre a Mona Lisa, esse tipo de sorriso discreto fazia parte da etiqueta dos quadros do Renascimento: "Risos – em oposição a sorrisos – são raros nos quadros do Renascimento, e nunca são usados quando a aristocracia e as classes mais altas são representadas. Mona Lisa não ri; ela mostra comedimento e decoro. Um sorriso pode ser considerado como um riso atenuado, como a palavra francesa, sou-rire – "sub-riso" – e a raiz etimológica do latim, subridere, sugerem. No mundo altamente codificado da vida da corte italiana do século XV, sorrisos não são deixados por conta da iniciativa pessoal. Havia numerosos livros à disposição daqueles que desejassem ser introduzidos no código apropriado de comportamento.[13]
 
Já Giorgio Vasari, biógrafo de artistas e comentarista sobre a Mona Lisa, citou em 1550: "músicos, palhaços e outros artistas ficaram entretendo a modelo, enquanto Leonardo a pintava".[14] Vasari alega ser esse o motivo do discreto sorriso.
 

"A Última Ceia" - essa pintura mural de 460 X 880cm, com técnica de óleo e têmpera sobre gesso, na parede do refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão
 
O fato é que o sorriso chamava pouca atenção e ninguém o considerava misterioso, mas a partir do século XIX várias teorias conspiratórias surgiram e o marketing do sorriso da Mona Lisa cresceu.

 
c) A Última Ceia:
 
Essa pintura mural de 460 X 880 cm, com técnica de óleo e têmpera sobre gesso, na parede do refeitório do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, é uma das obras-primas de Leonardo da Vinci. Hoje bastante deteriorada, está em processo de restauração.
E lá vai Dan Brown outra vez: na página 252, o autor chama "A Última Ceia" de "afresco" quatro vezes. Brown desconhece que o artista, quando optou por pintá-la, renunciara à técnica conhecida por "afresco" e escolheu a técnica de óleo e têmpera sobre gesso.[15]
Na seqüência, o "culto" Sir Leigh Teabing insinua que na pintura deveria haver, mas não há, um cálice de vinho sobre a mesa. Ele conclui que a ausência do cálice demonstra que o Santo Graal não é o cálice: "O Santo Graal não é um objeto. Na verdade... trata-se de uma pessoa" (p.253).
 
Tudo bem, vamos explicar porque não existe o cálice na "A Última Ceia", já que os personagens do livro de Dan Brown desconhecem a história dessa pintura. Os três primeiros evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), relatam que Jesus após cear, tomou um cálice e tendo dado graças, o deu a Seus discípulos. Já o texto de João 13.21-24, apenas revela Jesus indicando que entre eles há um traidor e não mostra Cristo ceando ou bebendo com os discípulos. Foi baseado nesse texto joanino que Leonardo da Vinci pintou esse quadro e, por esse motivo, não aparece o cálice. A ênfase tanto do texto bíblico quanto da pintura não é no pão e no vinho, mas, sim, na surpresa dos apóstolos ao tomarem conhecimento de que entre eles havia um traidor.
 
Na seqüência, Teabing fala à deslumbrada Sophie que a pessoa à direita de Jesus é uma mulher – "Maria Madalena!" (p.260). E mais: que Pedro, com sua mão esquerda próxima ao pescoço de Maria Madalena, é um sinal de ameaça caso ela passe a ser a líder da igreja (p.265).
 
Puxa! Dan Brown sofre de alucinações. Primeiro: todos os esboços dessa pintura mural revelam que nela não existe mulher alguma e que a pessoa ao lado direito de Jesus Cristo é João, o amado. Se não for João, onde este estaria na pintura? Segundo: era típico do Renascimento retratar as pessoas supostamente "mais puras e mais santas" com um aspecto efeminado, motivo porque Leonardo o retratou assim (apesar de sabermos que João, o amado, não tinha nada de tão santo assim). Terceiro: se João parece uma mulher, o que dizer de Filipe (o terceiro à esquerda de Jesus)? Quarto: o texto de João 13.24 diz que Simão Pedro fez um sinal a João, "dizendo-lhe: Pergunta a quem ele se refere". Essa falácia de Pedro ameaçando uma suposta Maria Madalena não tem nenhum fundamento.
 
As considerações de Brown sobre as pinturas de Leonardo são um desprezo solene ao conhecimento dos fatos.
 
Bem, meu conselho é que se algum dia Dan Brown quiser ser seu professor de artes, dê um pinote e saia correndo para não se tornar inculto.
 
Brown comete ainda outros erros artísticos, mas os relatados já são suficientes.
 
O hilariante é que nos agradecimentos do livro, Brown revela a profissão da sua esposa: "E minha esposa, Blythe – historiadora de arte, pintora, editora de primeira linha e, sem dúvida, a mulher mais incrivelmente talentosa que jamais conheci". Mesmo?? Pare de me fazer cócegas, Dan Brown!
 
Dan Brown: teologicamente desautorizado
 
a) "O tetragrama judaico YHWH – o nome sagrado de Deus – na verdade derivava de Jeová, uma união física andrógina entre o masculino, Jah, e o nome feminino pré-hebraico de Eva, Havah" (pp. 328-329):
 

No Santo dos Santos só entrava o Sumo Sacerdote, uma vez ao ano, para derramar sangue de animal no propiciatório como remissão dos pecados do povo de Israel.
 
Está tudo troncho! YHWH não deriva de Jeová. Pelo contrário, Jeová é que é uma adaptação da palavra YHWH. O tetragrama hebraico YHWH, sem qualquer vogal, era impronunciável. A sua provável vocalização era "YAHWEH". Foram os escritores cristãos, no século 16, que "introduziram Jeová sob a noção errônea de que as vogais que usavam eram as corretas. Jeová é um substantivo artificial criado a menos de 500 anos, e certamente não é um substantivo antigo e andrógino do qual YHWH deriva".[16]

 
b) "O Santo dos Santos do Templo de Salomão abrigava não só Deus como também sua poderosa consorte feminina, Shekinah". Homens vinham ao Templo fazer amor com as sacerdotisas e assim experimentavam o divino (p. 328):
 
O que o autor está afirmando é que Deus tinha relação sexual com sua consorte feminina (Shekinah) dentro do Santo dos Santos. Mais: que os judeus faziam sexo ritualístico com sacerdotisas no mesmo templo. Isso é terrivelmente estranho! E não tem o respaldo de nenhum texto hebraico sério!
 
Bem, no Santo dos Santos só entrava o Sumo Sacerdote, uma vez ao ano, para derramar sangue de animal no propiciatório como remissão dos pecados do povo de Israel. Qualquer pessoa que ousasse entrar no Santo dos Santos, além do Sumo Sacerdote, era prontamente eliminada por Deus. Deus se manifestava como uma nuvem que cobria o tabernáculo (Êxodo 40.34-38; Números 9.15-23; 1 Reis 8.10-11). Apesar da palavra Shekinah não aparecer na Bíblia Sagrada, é a palavra hebraica para designar "a manifestação da presença de Deus" sobre a arca da aliança. Os israelitas chamam a nuvem sobre o Santo dos Santos de "Shekinah" (a manifestação da presença de Deus).
 
Shekinah não é um dos nomes de Deus e muito menos de sua "consorte feminina". A propósito, essa história de divindade com sua consorte feminina é doutrina hindu e não acha guarida na teologia judaico-cristã.
 
Na verdade, Dan Brown tentou transformar o local mais santo do Velho Testamento (o Santo dos Santos) em um quarto de motel.
 
c) "Maria Madalena é o Santo Graal [...] a esposa de Jesus [...] e não era prostituta (pp. 260-267):
 
Na verdade, há séculos, quando se fala sobre Maria Madalena, três hipóteses são logo levantadas:
 
A primeira: Maria da cidade de Magdala (Madalena), foi exorcizada por Cristo (Lucas 8.2) e passou a seguí-lO desde então. Não existe evidência para afirmar que era uma ex-prostituta. Eu acredito que ela não era.
 
A segunda: Maria da cidade de Magdala (Madalena), foi exorcizada por Cristo (Lucas 8.2) e era uma ex-prostituta. Esse ponto de vista só é possível quando se faz a fusão (costumo chamar de confusão) entre Lucas 7.36-50 (fala de uma prostituta, seu nome não é mencionado, que ungiu os pés de Jesus), Lucas 8.2 (fala sobre a ex-endemoninhada Maria Madalena) e João 12.1-8 (fala sobre Maria, provavelmente a irmã de Marta, que ungiu os pés de Jesus). Acredita-se que as mulheres mencionadas em Lucas 7 e em João 12 são Maria Madalena. A associação da mulher de Lucas 7 com Maria Madalena foi feita pelo papa Gregório I em um sermão em 591 d.C. Essa hipótese errônea é defendida pela igreja católica e por alguns pastores evangélicos.
 
A terceira: Maria da cidade de Magdala (Madalena), era amante de Jesus, teve uma filha dele e tornou-se a líder da igreja. Essa hipótese é baseada em alguns textos gnósticos, a saber: Evangelho de Filipe, Evangelho de Tomé e Evangelho de Maria. É essa calúnia que nos é ensinada no "O Código Da Vinci".
 
No romance, orientada pelo erudito Sir Teabing, Sophie leu um trecho do Evangelho de Filipe: "E a companheira do Salvador é Maria Madalena. Cristo amava-a mais do que a todos os discípulos e costumava beijá-la com freqüência na boca" (p.263).
 
Acerca dessa passagem que descreve o beijo de Jesus em Maria Madalena (Evangelho de Filipe 63:32-64:10), o pesquisador e professor cristão Darrell L. Bock relata:
Este texto foi composto na segunda metade do século III, cerca de 200 anos após a época de Jesus. Descreve Maria como ‘companheira’ de Jesus. Dentre todas as passagens que podem sugerir que Jesus tenha sido casado, esta é a mais importante.
 
Porém, o ponto central do texto está fragmentado em 63:33-36 e diz: ‘E a companheira de [...] Maria Madalena. [... amou] a ela mais que a [todos] os discípulos e [costumava] beijá-la [sempre] na [...]’. Os colchetes indicam lacunas no texto, pontos em que a leitura não é possível devido a estragos no manuscrito. Aqui temos um mistério para desvendar![17]
 
Elaine Pagels, pesquisadora não-cristã dos evangelhos gnósticos, também confirma as lacunas no texto: "a que acompanhava o [Salvador é] Maria Madalena. [Mas Cristo a amava] mais que [todos] os discípulos, e costumava beijá-la [freqüentemente] nos [lábios].
 
Os outros [discípulos se ofenderam com isso...]".[18] Releia agora esse texto do Evangelho de Filipe sem as palavras em colchetes e veja quão especulativo ele realmente é. Por essas e outras é que os evangelhos gnósticos são descredenciados.
 
Os textos gnósticos têm autoria espúria (por exemplo, ninguém sabe quem é o autor do Evangelho de Filipe).[19] Suas datas são tardias (nenhum texto gnóstico se situa antes de 150 d.C. e, conseqüentemente, não foram escritos por testemunhas oculares).[20] Mais: seus conteúdos são fraudulentos, sem senso cronológico, sem qualquer pesquisa geográfica ou contexto histórico e cheios de discrepâncias com os textos do Novo Testamento que são confirmados historicamente.[21] Os evangelhos gnósticos são desconexos e indicam aversão aos fatos. Uma constelação de disparates.
 
Querido leitor, permita-me ser mais sincero: Dan Brown como aspirante a teólogo é um calhorda e seu romance parece mais um daqueles tablóides londrinos, mexeriqueiro, anticristão e tosco. Entre esse suposto teólogo e sua obra, não sei qual é o pior.
d) Sobre a adoração à "Mãe Terra" (pp. 135-136):
 
No que diz respeito à adoração à "Mãe Terra" versus ecologia cristã, sugiro a leitura do artigo "Ecologia Esotérica".
 
Conclusão: quase tudo que nos ensinaram sobre Jesus é mentira?
 
Ao término do romance, constatei que Dan Brown nos entregou um cruel chiqueiro com o rótulo de uma pesquisa séria e erudita. Então, por que teria de me preocupar com um romance sem valor histórico, artístico e teológico? A resposta é simples: "O Código Da Vinci" nos ensina uma linhagem gnóstica-esotérica. Até arriscaria dizer que esse romance e o filme popularizarão a aceitação do gnosticismo com a mesma intensidade que o livro e o filme "As Brumas de Avalon" fizeram a favor do paganismo.
 
A esmagadora maioria dos seus leitores aceitou suas mentiras cadavéricas como sendo verdades preciosas. Poucos são aqueles que o questionaram. A maioria pratica uma leitura anestesiada. Por esse motivo, quando minha esposa me presenteou "O Código Da Vinci" no dia do meu aniversário, colocou em um trecho do oferecimento: "Que o conteúdo nele tratado possa ser desautorizado pelas verdades bíblicas". Saber desautorizar esse livro é dever do cristão para que cada vez menos pessoas sejam enganadas por essa fraude!
 
O romance de Brown é desprovido da verdade, mas muito ousado, ao ponto de colocar a seguinte afirmação na boca do seu respeitável historiador Sir Teabing: "Quase tudo o que nossos pais nos ensinaram sobre Jesus Cristo é mentira" (p.252). Baseado em que prova sólida ele faz tal afirmação? Quais são as credenciais desse autor para que possamos aferi-las?
 

Assim como não é possível ganhar a final olímpica dos 100 metros rasos com um medíocre condicionamento físico, de igual modo, não é racional aprender sobre a boa história, as refinadas artes e a teologia equilibrada com um romance pífio!
 
Vejam bem, Brown escreveu um livro acerca de Jesus Cristo, citou várias fontes e interpretou-as do jeito que lhe aprouve. No entanto, em nenhum momento mencionou qualquer trecho dos evangelhos neo-testamentários que são a principal fonte fidedigna sobre a vida do nosso Senhor e Salvador.
 
 
O Dr. Tony Carnes, jornalista evangélico e professor da Columbia University, nos adverte: "Brown leva o leitor por caminhos traiçoeiros com um estilo de ‘ficção dominadora’. Ele tenta atropelar as faculdades mentais do leitor com falsificações grosseiras proferidas por autoridades fictícias de prestigiosas universidades como Harvard e Oxford. Cita fontes incorretamente ou refere-se a outras de que ninguém jamais ouviu falar, apresenta fatos não comprováveis e insulta com apelações como ‘todas as pessoas inteligentes sabem sobre isso"’.[22]
 
Invente outra, Dan Brown! Pois essa sua farsa não deu certo! Assim como não é possível ganhar a final olímpica dos 100 metros rasos com um medíocre condicionamento físico, de igual modo, não é racional aprender sobre a boa história, as refinadas artes e a teologia equilibrada com um romance pífio!
 
Aos cristãos que lerem o livro ou assistirem ao filme e ficarem em dúvida sobre a divindade de Jesus Cristo: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema" (Gálatas 1.6-8).
 
Que seja assim. Amém! (Dr. Samuel Fernades Magalhães Costa -
 
Notas:
  1. The official web site of bestselling author Dan Brown. Video: Good Morning America (Host: Charlie Gibson). http://www.danbrown.com/novels/davinci–code/breakingnews.html
  2. Lutzer, Erwin, A Fraude do Código Da Vinci. Editora Vida. São Paulo, SP, 2004, páginas 34-35.
  3. Id.
  4. Garlow, James L.& Peter Jones, Desmascarando o Código Da Vinci. A. D. Santos Editora. Curitiba, PR, 2004, página 78.
  5. The History of The Temple Church. http://www.templechurch.com/pages/history/church/churchhistory8.htm
  6. Frère, Jean-Claude. Pintor, Inventor, Visionário, Matemático, Filósofo, Engenheiro Leonardo da Vinci. Editions Pierre Terrail. Paris, França, 2001, página 204.
  7. Zöllner, Frank, Leonardo. Benedikt Tashen Verlag GmbH. Koln, Alemanha, 2000, página 92.
  8. The Louvre Museum Official Website – Paintings. http://www.louvre.fr/anglais/collec/peint/inv0777/peint–f.htm
  9. Zöllner, Frank, Leonardo. Página 30.
  10. Id., página 33.
  11. Sasson, Donald, Mona Lisa – A história da pintura mais famosa do mundo. Editora Record. Rio de Janeiro, RJ, 2004, páginas 34 e 35.
  12. Id., página 14.
  13. Ibid., página 25.
  14. Ibid., página 23.
  15. Frère, Jean-Claude. Pintor, Inventor, Visionário, Matemático, Filósofo, Engenheiro Leonardo da Vinci. Página 9.
  16. Welborn, Amy, Decodificando Da Vinci. Editora Cultrix. São Paulo, SP, 2004,
  17. Bock, Darrell L., Quebrando o Código Da Vinci. Novo Século Editora Ltda. Osasco, SP, 2004, páginas 35-36.
  18. Pagels, Elaine, Os Evangelhos Gnósticos. Editora Cultrix. São Paulo, SP, 1990, página 91.
  19. Lutzer, Erwin, A Fraude do Código Da Vinci. Páginas 51-53.
  20. Id., páginas 53-54.
  21. Ibid., páginas 54-58.
  22. Artigo "The Wiccan Holy Grail", by Tony Carnes. SCP Newsletter. SCP Inc., Berdeley, CA, USA, Fall 2003, volume 28:1, páginas 8-9.
*Samuel F. M. Costa É médico gastroenterologista com parte de sua formação acadêmica nos Estados Unidos. Dr. Samuel Costa é um pesquisador minucioso e há muito tempo se dedica à analise e estudos de idéias controvertidas quanto à fé cristã. Em 1996, lançamos sua primeira obra literária: “A Nova Era: Um Passo Para a Manifestação do ‘Maitreya’ e da Prostituta Babilônia”. Aprofundando-se ainda mais no estudo do esoterismo, escreveu “Os Anos Obscuros da Mocidade de Jesus Cristo”. Samuel Costa reside
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Fonte:http://www.chamada.com.br/mensagens/codigo_da_vinci_2.html