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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Três equívocos dos muçulmanos sobre os cristãos

13.05.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO
Por J.D. Greear

TresEquivocos

A história do islã e do cristianismo não é nada amigável. Muitas pessoas de ambas as religiões veem as outras com suspeitas (na melhor das hipóteses) ou com medo e ódio (na pior). Tal suspeita existiu desde o primeiro dia, e séculos de violência só serviram para aumentá-la. Tragicamente, a fronteira entre o cristianismo e o islã sempre foi muito sangrenta.

Um passado incerto, é claro, produz um presente incerto. Mas não é apenas a nossa história que transforma a fronteira entre cristãos e muçulmanos em uma perigosa falha sísmica. Muito também repousa em equívocos causados por desinformação. Existem, é claro, diferenças teológicas substanciais entre as duas religiões, e essas diferenças podem levar a uma colisão legítima. Mas o diálogo não pode avançar a menos que afastemos alguns mitos sutis. Eu aprendi isso da maneira mais difícil, através de dezenas de conversas constrangedoras e, às vezes, dolorosas com muçulmanos no sudeste da Ásia. Você pode fazer o que eu nunca pude — aprender com os meus erros sem chegar a cometê-los.

Muitos obstáculos se colocam diante dos muçulmanos que vêm à fé em Jesus — confusão teológica e o custo da conversão são dois dos mais intimidadores. E, é claro, a razão mais comum para os muçulmanos não virem a Cristo é porque a maioria simplesmente nunca ouviu o evangelho.

Dito isso, há um conjunto de equívocos que a maioria dos muçulmanos têm a respeito dos cristãos que evita que eles sequer considerem o evangelho. No próximo artigo olharemos o outro lado da moeda: equívocos cristãos sobre muçulmanos. Mas aqui estão três dos maiores equívocos que os muçulmanos têm com relação aos cristãos:

1. Os cristãos adoram três deuses

Essa me pegou de surpresa. Eu sabia que a doutrina da Trindade era difícil para muçulmanos (assim como o é para cristãos). Mas eu nunca havia percebido por completo o quão erroneamente os muçulmanos a entendem, e o quão ofensiva ela é para eles.

Muitos muçulmanos me perguntaram como eu podia acreditar que Deus fez sexo com a Virgem Maria para conceber Jesus. “Cristãos são blasfemos”, me diziam, “pois eles adoram três deuses: deus pai, deus filho, e deus mãe”. Essa era nova para mim, é claro, então eu perguntei onde eles haviam aprendido isso. Eles me diziam que aprenderam do imã local, o líder religioso islâmico.

Obviamente, cristãos acham essa representação da Trindade tão ofensiva quanto os muçulmanos, e esse é um bom ponto de início. A ideia de Jesus como resultado da cópula entre Deus e Maria é blasfema, e devemos nos sentir livres para expressar a nossa repugnância e ultraje contra a “trindade” assim erroneamente descrita. O monoteísmo é central ao cristianismo, assim como o é para o islã. Assim, os cristãos podem concordar sinceramente com os muçulmanos que só há um Deus digno de adoração. Nossa concepção dele é dramaticamente diferente, mas a ofensa aqui, normalmente, é mal orientada.

2. O cristianismo é moralmente corrupto

A MTV era uma sensação na parte do mundo em que eu vivi. Videoclipes ocidentais sempre mostravam estrelas do rap ou mulheres seminuas usando crucifixos. Meus amigos muçulmanos presumiam, naturalmente, que aqueles eram cristãos, e que aquele comportamento era típico dos cristãos.

Certa vez fui até questionado por uma das minhas amigas, uma universitária muçulmana, se eu podia organizar uma festa de aniversário “cristã” para ela. Quando perguntei o que ela queria dizer, ela respondeu que queria uma festa com muita bebida e dança picante, assim como ela tinha visto na televisão. Equívocos como o dela, infelizmente, são a regra, e não a exceção.

Muitos muçulmanos sequer consideram o evangelho, pois consideram (corretamente) que tal comportamento é ofensivo a Deus. Contudo, você pode usar isso para a nossa vantagem. Quando os muçulmanos descobrirem que você não é daquele jeito, eles vão querer saber o que o torna diferente. Essa é a sua oportunidade para explicar a eles do que se trata uma fé viva em Cristo.

3. “O ocidente” e “a igreja” são sinônimos

“Separação entre igreja e Estado” é parte do fundamento cultural dos ocidentais. Muçulmanos, contudo, não entendem tal distinção. O islã é, em sua própria natureza, uma entidade política, repleta de inúmeros códigos sociais. Não existe conceito paralelo no islã, como a “separação entre a mesquita e o Estado”. Assim, quando os muçulmanos olham para as nações ocidentais, como o Estados Unidos, a Alemanha, a França ou o Reino Unido, eles veem “países cristãos”. Eles presumem que nossos presidentes são os líderes cristãos, e nossas políticas são reflexo da política da igreja. O que o governo faz, a Igreja faz. Por exemplo, certa vez me perguntaram: “Por que ‘a Igreja’ bombardeou o Iraque?”

Para atrair os muçulmanos ao evangelho, você deve delinear essas duas entidades, e você provavelmente terá que, em muitas situações, colocar o seu patriotismo de lado. Se você quer ser um defensor de políticas norte-americanas, você provavelmente não ganhará ouvidos para o evangelho. Há um lugar para a discussão de ambos, mas só temos espaço suficiente para representar um certo número de questões e, para mim, como representante da igreja, simplesmente não vale a pena sacrificar uma plataforma para o evangelho em nome de defender decisões políticas norte-americanas. Recentemente um muçulmano turco me disse que “todos os problemas do mundo são causados pelo Estados Unidos”. Eu concordo com ele? Não. Mas é ali que eu firmarei a minha base? Não. Por amor do evangelho, nosso patriotismo deve morrer quando servimos em países muçulmanos.

Como sempre dizemos na nossa igreja, o evangelho é ofensivo. Nada mais deve ser. Visto que grande parte da nossa mensagem repele os muçulmanos, precisamos nos equipar para desmascarar as falsas ofensas do cristianismo. Só então a ofensa que dá vida, a cruz, pode brilhar como deveria.

Quando o ocidental comum ouve “muçulmano”, várias imagens vêm à mente — principalmente imagens negativas. Mas a maioria dos muçulmanos ficariam tão horrorizados como nós com o que presumimos a respeito deles. No meu próximo post, eu discutirei três dos mais comuns equívocos que ocidentais têm a respeito dos muçulmanos.

No meu último post, discuti três equívocos comuns que muçulmanos têm sobre cristãos. Hoje exporarei três equívocos que cristãos muitas vezes têm a respeito dos muçulmanos.

Quando o ocidental em geral ouve “muçulmano”, várias imagens vêm à mente — a maior parte negativa. Mas a maioria dos muçulmanos ficariam tão horrorizados quanto nós com o que presumimos a respeito deles. Eis alguns dos equívocos mais comuns que ocidentais têm a respeito de muçulmanos:

Equívoco 1: A maioria dos muçulmanos apoia o terrorismo

Cristãos normalmente não saem dizendo que pensam que todos os muçulmanos são terroristas. Mas muitos presumem que a maioria dos muçulmanos apoia o terrorismo, embora em silêncio. Muito tem sido escrito sobre como o islã foi fundado “pela espada”, ou como muçulmanos que se comprometem com atividades terroristas estão simplesmente obedecendo o que o Corão manda. Certamente é fácil encontrar muçulmanos usando o Corão para justificar a violência. Mesmo quando você dá ao Corão uma leitura indulgente, perguntar “O que Maomé faria?” levará a um lugar muito diferente do que “O que Jesus faria?”

Dito isso, a maioria dos muçulmanos que você encontra — quer seja em países ocidentais ou islâmicos — não são pessoas violentas. São pessoas gentis e pacíficas que, muitas vezes, se envergonham das ações dos muçulmanos ao redor do mundo. Embora haja uma boa chance de elas verem políticas internacionais de forma muito diferente do ocidental em geral, é mais provável que você as ache calorosas, hospitaleiras e gentis.

Sim, muçulmanos sinceros creem que o Islã um dia dominará o mundo, e podemos certamente nos queixar dos muçulmanos não falarem mais contra o terrorismo. Mas não iremos estender muito o diálogo quando presumimos coisas a respeito deles que não são verdade. Assim como nós odiamos ser caluniados, eles também odeiam.

Equívoco 2: Todas as mulheres muçulmanas se sentem oprimidas

Ocidentais muitas vezes pensam na mulher islâmica como gravemente oprimida. Eles têm um retrato mental de uma mulher curvada, caminhando dois metros atrás de seu marido, olhando obedientemente para baixo. Ela mal sabe ler, não sabe escrever e anseia por liberdade do domínio opressor do islã e de seu marido ditador.

Muitas vezes isso está muito longe da verdade. Eis três coisas para se ter em mente com relação às mulheres do islã:

A. Muitos homens e mulheres muçulmanos têm casamentos felizes.

Os casais que conheci quando vivi em um país muçulmano certamente não eram “românticos” como ocidentais estão acostumados. Mas as mulheres também não eram as escravas sexuais humilhadas que muitos ocidentais muitas vezes presumem.

Havia, é claro, algumas exceções. Tive amigos cujas esposas raramente eram permitidas sair dos fundos da casa, menos ainda fora de casa, e há certas culturas (no Afeganistão, por exemplo) nas quais a opressão parece mais a norma do que a exceção. Mas é um exagero dizer que todas as mulheres muçulmanas se veem como oprimidas.

B. Mulheres, muitas vezes, são as mais ardentes defensoras do islã.

É irônico, mas é verdade: apesar do histórico do islã de opressão, mulheres são, muitas vezes, as mais ardentes adeptas. Muitas mulheres islâmicas, especialmente no mundo ocidental, clamam por reforma em como as mulheres são tratadas na cultura islâmica, mas raramente por um fim do próprio islã.

C. Não há como negar, contudo, que o Corão e o Hádice falam de maneira depreciativa sobre as mulheres.

O Hádice diz que 80% das pessoas no inferno são mulheres. Ao explicar o motivo de o testemunho de uma mulher valer apenas metade do testemunho de um homem num tribunal, ele diz: “Por causa da deficiência em seus cérebros”. O Corão diz que as esposas muçulmanas “são como um campo a ser lavrado”, o que é muitas vezes usado para legitimar o patriarcado e o domínio masculino, e nada disso leva em conta práticas que, muitas vezes, excedem o Corão em brutalidade.

Alguns estudiosos islâmicos dirão que estou lendo esses textos de maneira errada, mas o fato permanece: muitos dos piores casos de opressão acontecem em países muçulmanos. O islã carece do ensino robusto judaico-cristão que assevera a igualdade de homens e mulheres como ambos sendo feitos à imagem de Deus. Pode não ser universal, mas muitas mulheres islâmicas se sentem sim aprisionadas. Em contraste, mostrar às mulheres muçulmanas a sua dignidade em Cristo tem, em muitos lugares, provado ser uma estratégia de evangelismo imensamente eficaz.

Equívoco 3: Muçulmanos buscam conhecer um deus diferente do Deus cristão

Isso é controverso, mas deixe-me explicar. Muçulmanos afirmam adorar o Deus de Adão, de Abraão e de Moisés. Assim, muitos missionários acham útil começar a trabalhar os muçulmanos usando o termo árabe para Deus, “Alá” (que significa, literalmente, “a Deidade”) e, a partir daí, explicar que o Deus que os muçulmanos buscam adorar, o Deus dos Profetas, era o Deus presente em forma corpórea em Jesus Cristo, revelado mais plenamente por ele; e Aquele que é adorado pelos cristãos pelos últimos dois milênios. Isso não é o mesmo que dizer que se tornar um muçulmano é como um “primeiro passo para se tornar um cristão”, e certamente não significa que o islã é um caminho alternativo para chegar ao céu. Simplesmente significa que ambos estamos nos referindo a uma única Deidade quando dizemos “Deus”.

Podemos perguntar: “Mas o deus islâmico não é tão diferente do Deus cristão que eles não podem ser, apropriadamente, chamados pelo mesmo nome?” Talvez. A pergunta de se Alá se refere ao deus errado (ou a ideias erradas de Deus) é uma pergunta com muitas nuances, e não existe resposta fácil. Não há dúvidas de que os muçulmanos creem em coisas blasfemas a respeito de Deus, e suas crenças sobre Alá nasceram a partir de uma visão distorcida do cristianismo. O mesmo pode ser dito, embora em grau menor, da visão do deus dos saduceus do primeiro século, assim como o deus da mulher samaritana e, em um grau ainda menor, o deus dos hereges pelagianos do século 5 — sem mencionar vários dos estudiosos medievais.

A pergunta é se a presença dessas crenças heréticas (e qual grau de heresia nelas) exige que digamos:“Você está adorando um deus diferente”. Claramente, os apóstolos não disseram isso a respeito dos judeus do primeiro século que rejeitaram a Trindade (muito embora Jesus tenha dito que o pai deles era o diabo!). E Jesus também não disse à mulher samaritana em sua visão étnica, de justiça pelas obras e distorcida de Deus que ela estava adorando um deus diferente. Ao invés disso, ele insistiu que ela o estava adorando incorretamente e buscando salvação erroneamente. Nunca ouvi ninguém dizer que os hereges Pelagianos adoravam um deus diferente, ainda que eles tenham sido considerados (corretamente) como hereges.

Ao mesmo tempo, Paulo nunca disse: “O nome verdadeiro de Zeus é Jeová”, como se o gregos estivessem adorando o Deus verdadeiro erroneamente. Assim, a pergunta é: a visão muçulmana de Alá é mais como Zeus ou como a concepção herege da mulher samaritana de Deus? Essa é uma pergunta difícil, e uma pergunta que precisamos deixar o contexto determinar. Por exemplo, muitos cristãos acham que o uso de “Alá” gera mais confusão do que ajuda. Para eles, “Alá” cai na categoria de “Zeus”.

Por outro lado, contudo, estão muitos cristãos fiéis trabalhando entre muçulmanos que abordam a questão de Alá muito semelhante a como Jesus corrigiu a mulher samaritana. 

“Vocês buscam adorar o único Deus, mas têm uma visão errônea dele e de como buscam salvação dele. A salvação vem dos judeus”.No meu tempo com os muçulmanos ao longo dos anos, descobri ser esse um ponto inicial mais útil. Isso não vem de um desejo de ser mais politicamente correto, mas de um desejo de começar onde os muçulmanos estão e trazê-los à fé naquele que é o único Filho de Deus, Jesus.

Quando conversamos com muçulmanos sobre o evangelho, precisamos eliminar quaisquer distrações desnecessárias. As necessárias, afinal de contas, serão difíceis o suficiente. 

Devemos ver os muçulmanos com amor, nos recusando a estereotipá-los. Nós vivemos em um mundo de estereótipos, mas o amor pode conquistar o que o politicamente correto não pode. Ouvir alguém sem preconceito é o primeiro passo para amá-los. Em outras palavras: 

“Faça ao próximo” se aplica aqui também: vejamos o próximo como ele gostaria de ser visto.

O Evangelho para Muçulmanos

Como pregar o evangelho a um muçulmano?
O islamismo é uma religião que cresce em escala global. Para auxiliar o cristão a anunciar as boas novas de Jesus Cristo, o livro “O Evangelho para Muçulmanos” afirma o poder transformador do evangelho, encoraja o leitor na tarefa evangelística e o equipa com os meio necessário para comunicar o caminho de Cristo com clareza, ousadia e sabedoria.
Thabiti Anyabwile, sendo alguém que se converteu do islamismo ao cristianismo, é qualificado para ajuda-lo a compartilhar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo a seus amigos e conhecidos muçulmanos.
J. D. GreearJ.D. Greear é pastor presidente das Summit Churches em Raleigh-Durham, Carolina do Norte. É autor, mais recentemente, do Stop Asking Jesus Into Your Heart: How to Know for Sure You Are Saved (Pare de Pedir que Jesus Entre em Seu Coração: Como ter Certeza de que Você é Salvo).
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/tres-equivocos-dos-muculmanos-sobre-os-cristaos/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+voltemosaoevangelho+%28Voltemos+ao+Evangelho%29

Deus esmagou Jesus Cristo para salvar pecadores miseráveis – Paul Washer

13.05.2015
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO, 12.05.15

DeusEsmagou
“Para que você seja um verdadeiro crente, para que você seja um filho de Deus, o Filho Santo de Deus foi desamparado por Seu próprio Pai e então esmagado debaixo da punição Dele.” – 
Paul Washer
Entenda mais assistindo a esse vídeo de Paul Washer:
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Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/05/deus-esmagou-jesus-cristo-para-salvar-pecadores-miseraveis-paul-washer/

terça-feira, 12 de maio de 2015

De Frequentadores a Membros



12.05.2015
Do blog MINISTÉRIO FIEL, 27.04.15
Por Thabiti Anyabwile

MembresiaDeIgrejaFrequentUm desafio prático que nós enfrentamos enquanto pastores é como encorajar um frequentador de igreja a tornar-se um membro de igreja ativo. Como devemos ajudar indivíduos a entenderem a necessidade e a alegria de pertencer a uma assembleia local de crentes?
Seis sugestões para estimular frequentadores a tornarem-se membros
Aqui estão seis sugestões. As quatro primeiras visam criar um ambiente no qual a membresia seja valorizada e compreendida. As duas últimas envolvem cuidar de indivíduos específicos que precisem fazer a transição de meros frequentadores para membros ativos.
1. Conheça os membros atuais.
Antes de podermos efetivamente conduzir pessoas de frequentadores a membros de igreja, precisamos conhecer nossos atuais membros. De outro modo, a ideia de “membresia” permanecerá amorfa até mesmo para o pastor que a promove.
Imagine convidar um visitante para jantar com você e sua família na noite de sábado. O visitante chega, esperando encontrar sua esposa e seus filhos, mas então você o conduz pela casa perguntando a todos os presentes seus nomes e se são visitantes também ou se moram ali. A tal “introdução” à sua família desmente por completo a reivindicação de ser uma família.
Do mesmo modo, quando falamos sobre pertencer a uma igreja local, precisamos ter em mente pertencer a uma família de pessoas em particular – pessoas reais, que se conhecem e se amam. Nós estamos convidando um frequentador a tornar-se parte dessa família viva e vivaz. O nosso convite tem rostos e nomes. Se nós conhecemos esses rostos, nomes e vidas, então estaremos mais aptos a introduzir o frequentador à família.
2. Expresse genuíno apreço pelos atuais membros.
Sinceramente, eu desperdicei essa oportunidade ao tornar-me pastor principal na First Baptist Church of Grand Cayman.[1] Cheguei cheio de zelo e pronto para pôr a mão na massa. Eu pretendia amar e servir as pessoas, mas falhei em reconhecer suficientemente que as pessoas da igreja estavam lá muito antes de eu chegar. Elas já estavam servindo ao Senhor de incontáveis maneiras. E não precisavam simplesmente do tipo de amor que eu desejava lhes dar. Elas precisavam de um tipo de amor que diminuísse o ritmo para ver o serviço deles, o tipo de amor que expressa genuína gratidão pela graça de Deus que já estava em operação neles.
Em vez disso, a congregação muitas vezes me ouviu fazer sugestões de melhoras e ideias de novos projetos. Isso demonstrava insatisfação e falta de apreço. Machuquei algumas pessoas e afastei outras. Algumas me concederam muita graça, presumindo que eu tinha boas intenções. E eu tinha. Mas a melhor maneira de expressar esses bons intentos teria sido demonstrando gratidão e apreço por tudo de positivo que eu visse.
Eu gostaria de ter dedicado os primeiros dois ou quatro anos de meu ministério para, de um modo específico, genuíno e insistente, encorajar, agradecer e demonstrar apreço pelas muitas pessoas maravilhosas e pelos muitos atos de serviço na igreja. Nós temos professores de escola dominical que têm servido por vinte anos consecutivos, indivíduos que silenciosamente têm cuidado de mães solteiras pobres, líderes que têm resistido a fortes tempestades durante anos de liderança, sobreviventes de câncer que enfrentaram a enfermidade com fé genuína, esposas e maridos que têm permanecido fieis a cônjuges descrentes e, às vezes, perversos, membros que têm ofertado alegre e sacrificialmente e tantos outros que têm buscado viver à semelhança de Cristo.
Se eu houvesse tido o cuidado de conhecer a congregação e de observar a sua fé em ação, teria acumulado anos de ilustrações para sermão, oportunidades para escrever notas de encorajamento e oportunidades para louvar a obra de Deus. E se eu houvesse usado essas ilustrações, escrito essas notas e expressado louvor pessoal e publicamente, teria estabelecido um clima de encorajamento, graça e gratidão. Isso teria não apenas edificado os membros existentes, mas também tornado a membresia atrativa ao frequentador. As pessoas desejam pertencer a grupos que as encorajam e estimulam. Igrejas e pastores deveriam ser melhores em fazer isso.
3. Apresente uma visão bíblica da vida cristã saudável.
Uma coisa que podemos presumir acerca do cristão que frequenta regularmente uma igreja, mas não se torna membro, é que a sua visão da vida cristã é de algum modo defeituosa.
Podemos presumir isso? Sim, porque as Escrituras dizem que a igreja local é o plano de Deus para o nosso discipulado e para a nossa maturidade espiritual (Efésios 4.11-16; cf. Mateus 28.18-20). Como seres sociais, nós precisamos de comunidade. Deus nos provê isso na igreja local, onde nos alegramos com os que se alegram, choramos com os que choram e demonstramos semelhante cuidado uns para com os outros (1 Coríntios 12.12-27).
Por razões que exigirão a investigação do pastor, o frequentador de igreja não abraçou completamente uma visão da vida cristã centrada na igreja. A nossa tarefa enquanto pastores é pregar e ensinar de uma maneira que apresente a visão bíblica da igreja local, tornando a igreja local bela e desejável ao povo de Deus.
Nós precisamos ajudar o frequentador – assim como os membros existentes – a entender o que significa estar “dentro” da igreja e por que estar “fora” não é saudável. Se não fizermos isso, os deixaremos com suas ideias incompletas acerca da igreja. Ou, o que é pior, podemos deixá-los pensando que o único “benefício” da membresia sejam a disciplina e o desprazer.
Nós podemos responder a essa necessidade pregando uma série temática sobre a igreja ou a comunhão espiritual. Ou podemos fazer uma caminhada mais longa por cartas como Efésios ou 1 Timóteo, nas quais a Bíblia apresenta imagens penetrantes da vida da igreja. Ou, enquanto expomos outros livros da Bíblia, podemos fazer aplicações relacionadas à membresia sempre que for legítimo, de modo que os membros e frequentadores vejam como a filiação e a comunidade perpassam toda a Bíblia. Em tudo isso, nosso desejo é apresentar uma visão elevada e atrativa da igreja local em toda a sua glória e confusão.
4. Fortaleça as fronteiras da igreja.
Uma das consequências de ensinar às pessoas os “dentros” e “foras” da membresia deve ser o fortalecimento das fronteiras entre a igreja e o mundo, ao restringir certas atividades aos membros.
Por toda a Escritura, a comunidade da aliança de Deus é separada do mundo. E ele dá à comunidade certas atividades, como a circuncisão ou a Páscoa, as quais, com seus outros propósitos, a distingue do mundo. As fronteiras entre Israel e o mundo deveriam ser claramente demarcadas e pertencer à comunidade da aliança assumia uma forma e um significado definidos. Era algo terrível ser “separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2.12).
Mesmo organizações seculares e empresas têm regras sobre quem está “dentro” e quem está “fora”. No Natal, um dos meus presbíteros participou de uma confraternização natalina de escritório num restaurante local. Ele observou uma mesa onde alguns clientes bebiam. De tempo em tempo, um dos clientes passava uma caneca de cerveja pela janela do restaurante para outro homem do lado de fora. Depois ele descobriu que o homem do lado de fora estava proibido de entrar no restaurante por causa de comportamento inadequado no passado. Meu amigo presbítero riu alto, reconhecendo que até mesmo pessoas mundanas têm parâmetros de pertencimento e reservam certos benefícios aos que são de dentro.
Do mesmo modo, para que os frequentadores percebam a importância da membresia e para que os de fora da fé também vejam que estão “separados de Cristo”, as fronteiras entre a igreja e o mundo precisam ser reforçadas. Para esse fim, pastores e congregações devem identificar quais atividade e oportunidades são restritas a membros. Podem não membros ensinar na escola dominical? Podem participar do coral? Podem participar de pequenos grupos ou viajar com equipes missionárias? Você convidará cristãos professos que não sejam membros de nenhuma igreja local para participarem da Ceia do Senhor?
Decidir quais privilégios e responsabilidades pertencem apenas aos membros da igreja ajuda a demonstrar por que estar “dentro” importa e o que as pessoas perdem ao permanecerem de “fora” da membresia da igreja.
5. Faça o trabalho pessoal de responder objeções e encorajar as pessoas a tornarem-se membros.
Depois de trabalharmos por alguns anos a fim de criar um ambiente no qual a membresia seja valorizada e significativa, podemos realizar um trabalho pessoal muito mais efetivo com nossos frequentadores. De fato, esperamos que, havendo crescido em seu apreço pela igreja local, a própria congregação fará a maior parte do trabalho pessoal.
Esse trabalho pessoal envolve pelo menos duas coisas:
1. Desenvolver um modo de identificar e conhecer os frequentadores.
2. Responder as objeções do frequentador que o impedem de tornar-se membro.
Quando eu trabalhava com ativismo político,[2] nós utilizávamos uma ferramenta simples chamada de “diagrama de posições”. Um diagrama de posições era uma planilha que listava os principais atores políticos em uma coluna à esquerda e, no topo, a posição atual deles quanto a uma questão política em particular. Na forma mais simples, nós nomeávamos as posições deles de “forte oposição” a “neutro” a “forte apoio”. Enquanto lidávamos com esses atores políticos, observávamos como eles se movimentavam ao longo do espectro.
Quer os pastores criem um “diagrama de posições” num papel ou em suas mentes, eles precisam de um modo de identificar se os frequentadores têm “forte oposição” à membresia, “nunca pensaram no assunto” ou “planejam tornar-se membros na próxima semana”. Espera-se que a pregação e a comunidade farão o trabalho pessoal em muitos casos, especialmente entre os frequentadores que já estão motivados a tornarem-se membros. Mas, entre os frequentadores com dúvidas e hesitações, mais cuidado é necessário.
É aqui que o mandamento de “ser hospitaleiro” (Romanos 12.13; 1 Pedro 4.9) é de grande proveito em ajudar as pessoas a se comprometerem com a igreja. Lares abertos tendem a produzir corações abertos – ou, pelo menos, bocas abertas! Podemos passar de rápidas conversas depois dos cultos para discussões mais intencionais durante refeições. Se formos pacientes e cuidadosos nessas conversas, podemos pastorear o frequentador em meio a dores, desapontamentos, questões e temores que o afastam de um pertencimento com compromisso. O objetivo não é “ganhar” um debate sobre membresia, mas amar a pessoa de forma prática, em palavras e obras, até que o Senhor conceda luz e amor.
6. Encoraje o frequentador a estabelecer-se em outra igreja local, se não na sua própria.
Por fim, devemos nos lembrar de que o Senhor tem outros pastores e congregações fiéis. Devemos nos alegrar nesse fato. Não estamos em competição com essas igrejas, mas somos parceiros delas no evangelho.
Algumas vezes podemos encontrar um frequentador cujas objeções a tornar-se membro de nossa igreja se mostrem intransponíveis. Talvez ele discorde de nós acerca de alguma doutrina ou prática importante. Ou talvez more mais perto de outra congregação fiel e possa estar mais ativamente envolvido lá. Nesses casos, ajudar tais pessoas a passarem de frequentadoras a membros pode envolver ajudá-las a se juntarem a uma outra igreja que não a sua.
Isso pode ser delicado para algumas pessoas – especialmente aquelas que desenvolveram um vínculo com a igreja, mas que nunca se tornaram membros. Tais situações exigem paciência e empatia do pastor. Mas nós fazemos isso pelo bem do frequentador, desejando aquilo que sabemos ser a vontade de Deus para ele ou ela – a membresia ativa –, o que é infinitamente melhor. Estamos tentando promover o evangelho, não nossa própria igreja. Estamos tentando fazer os crentes crescerem, não o nosso rol de membros. Algumas vezes, isso significa ajudar indivíduos a tornarem-se membros em outro lugar, ao mesmo tempo que continuamos a pastorear o rebanho que o Senhor pôs sob nosso cuidado (1 Pedro 5.1-4).
Conclusão
É tentador para os pastores ficarem incomodados com aqueles crentes que frequentam a igreja, mas nunca se tornam membros. Podemos ficar frustrados quando coisas que nos parecem fundamentais são negligenciadas por outros. Precisamos guardar nossos corações da impaciência e da justiça própria. Enquanto dedicamos todo o nosso tempo aos nossos membros, porque somos responsáveis por eles de um modo mais específico, os frequentadores de nossa igreja também precisam de nosso ministério. Conduzir as pessoas de frequentadores a membros é uma oportunidade para amar. Num sentido real, isso é o ministério.
Notas:
[1] N.T.: Primeira Igreja Batista de Grand Cayman, em George Town, capital das Ilhas Cayman.
[2] N.T.: No original, policy advocacy (literalmente, “advocacia de políticas”), uma expressão que designa a atividade de gerenciar estrategicamente informações e conhecimentos para mudar e/ou influenciar políticas públicas. Trata-se de uma espécie de lobby(considerada lícita) em favor de certas causas sociais ou ambientais.
Tradução: Vinícius Silva Pimentel
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
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Fonte:http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/800/De_Frequentadores_a_Membros

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Uma ressurreição atrás da outra

11.05.2015
Do portal ULTIMATO ON LINE

O cristianismo nos Estados Unidos está passando por um período crítico. De acordo com o Grupo Barna, em vinte anos (de 1993 a 2013) o número de americanos céticos aumentou entre as pessoas de 30 anos para baixo, entre as pessoas mais instruídas e entre as pessoas do sexo feminino (de 18% para 34% no primeiro caso, de um terço para a metade no segundo e de 16% para 43% no terceiro). Já a quantidade de céticos entre pessoas de idade avançada (de 65 para cima) caiu drasticamente e hoje representa 7% do segmento (o que é razoável, dada a maior proximidade da morte). Os céticos estão hoje espalhados em todas as regiões dos Estados Unidos, enquanto que na década de 1990 eles se concentravam no Nordeste e Oeste do país.

Para dois terços dos céticos, a Bíblia deixou de ser a Palavra de Deus para ser apenas “um livro de histórias escritas por pessoas cuja sabedoria é igual à de outros autores de autoajuda”. Perdendo-se a fé na inspiração e autoridade da Bíblia, nada resta senão um Jesus meramente histórico, apenas humano. Tudo mais desmorona. Mas não devemos ficar apavorados porque Deus é teimoso e continua ressuscitando a figura de Jesus nas mentes e nos corações no decorrer da história.

Com esta edição de Ultimato, temos a alegria de contribuir para trazer à tona mais uma vez a figura de Jesus, o enviado de Deus, por meio de quem -- exclusivamente -- podemos ser salvos. Optamos por ilustrar a matéria de capa com obras de arte clássicas. Ao fazer isso, notamos que a maior parte delas apresenta um Jesus sério ou tristonho, e, para contrabalançar, incluímos aqui uma ilustração de Jesus sorrindo, para lembrar que “ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito” (Is 53.11).

Coincidentemente, na capa de “Veja” de 8 de abril aparecem um dos “eu sou” de Jesus -- “Eu sou a ressurreição e a vida” -- e o título “O poder da ressurreição -- como o grande dogma do cristianismo resiste em um mundo cada vez mais cético”.

Na seção Mais do que Notícias,
damos destaque ao Paralelo 10, projeto que há sete anos vem promovendo a aproximação e integração dos cristãos do Norte e Nordeste com o restante do país.

Há muita riqueza nas páginas desta edição! Depois da leitura, conte-nos suas impressões.

Equipe Ultimato

Leia também
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Fonte:http://www.ultimato.com.br/conteudo/uma-ressurreicao-atras-da-outra

Dr John Lennox I:A Origem da Vida e os Novos Ateus

10.05.2015
Do YOUTUBE,22.02.2013

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=RTEZxD8xM1Q

John Lennox analisa o livro de Stephen Hawking

10.05.2015
Do Youtube
Por Jesper Sampaio


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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=Djj4XKE7uwc

domingo, 10 de maio de 2015

Debate na Universidade de Oxford: Deus existe SIM! - Prof. John Lennox

10.05.2015
Do YOUTUBE, 08.01.2014



Na casa de debates da Universidade de Oxford, o professor matemático e filósofo irlandês, John Lennox, inicialmente declara a si mesmo como um crente em Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele diz que não se envergonha de ser um cientista e um cristão, mas está cansado da constante escolha forçada entre Deus e a Ciência.

A força motivacional por traz da ciência é que o universo e a mente humana, em última análise, provém de uma mesma mente inteligente e divina.

Ele continua dizendo que a ciência pode encontrar respostas para quase tudo no universo, fora o porquê de ter sido feito; somente Deus pode revelar esta informação a nós. A prova da existência de Deus vem diretamente de Jesus Cristo, Deus encarnado em forma humana. Portanto, Deus não é uma teoria, mas ele é uma pessoa.

Vídeo gravado em Oxford Union, 8 de novembro de 2012.

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Fonte: The Oxfort Union ( http://www.youtube.com/watch?v=otrqzI... )
Tradução e Legendas: Ministério de Comunicação, Primeira Igreja Batista em Londrina 

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Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=WWrTHF_eSO4