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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Não se esqueça de agradecer

27.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 25.11.13
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Elben César

segunda-feira
Bendigam o Senhor todas as suas obras em todos os lugares do seu domínio. Bendiga o Senhor a minha alma! [Salmos 103.22, NVI]
A pergunta que fiz ao ex-leproso que veio me agradecer a cura, faço-a diariamente: “Onde estão os outros nove?” (Lc 17.17, NTLH, NVI). Até hoje há pessoas que clamam a mim por algum problema, por alguma angústia, por alguma doença, e que, depois de agraciadas, não dizem uma palavra de agradecimento. Não quero que você faça o mesmo!
A rigor, você deve aprender a gastar tanto tempo agradecendo quanto gasta suplicando. Na verdade, você deve começar suas orações glorificando e dando graças a meu Pai — não com os clamores de cada dia. Não há nenhum pecado em pedir. Eu o tenho encorajado a fazê-lo e tenho prometido ouvir. Ninguém resolve os dramas sem oração. O problema é a ausência de palavras, gestos e obras de ações de graças.
Nas ações de graças, você se dá ao trabalho de agradecer nominalmente (e não por atacado) as manifestações de misericórdia, de amor e de poder do meu Pai em sua vida, na família e na comunidade. Não se esqueça do salmista: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios” (Sl 103.2).
— Farei uma lista dos favores recebidos tão extensa quanto a lista de favores a pedir!
>> Retirado de Refeições Diárias com Jesus. Editora Ultimato.
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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Desafio das Eras

21.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Matt Qualls

Um grupo de cientistas se reuniu recentemente para discutir como fazer a camada de ozônio da terra que estava se acabando voltar ao estado original.  Várias soluções foram apresentadas, como aplicar ozônio de volta na atmosfera.  Apesar de algumas propostas ambiciosas e de amplo alcance, o consenso era que qualquer plano parece um tiro no escuro, mas algum plano é essencial se a vida como a conhecemos vai continuar.

As conseqüências do pecado no Éden devem ter parecido igualmente insuperáveis.  Assim que Deus tinha acabado de tirar as mãos de uma criação perfeita o primeiro casal humano se rebelou, arruinando o seu jardim perfeito.  Deus deve ter sentido profunda angústia quando expulsou Adão e Eva do jardim, assim como um pai justo se machuca quando o filho que ele instruiu espiritualmente cresce e cai vítima da dependência das drogas ou da imoralidade.

A diferença entre Deus e o pai decepcionado é que Deus já previu a possibilidade, até mesmo a probabilidade, de seus filhos se rebelarem.  Desejando ter comunhão com os que o amam, mas sabendo que o pecado poderia romper esse relacionamento, Deus traçou um plano misericordioso para estender uma ponte sobre o abismo.  Esse objetivo estava em sua mente antes dele formar a criação por meio de sua palavra.  Sua planta detalhada, desvendada em Romanos 8:29-30, revela tanto o amor quanto a complexidade de Deus em restaurar o homem ao seu estado original.  Paulo afirma:  "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.  E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, esses também justificou."

Sermos conformes ao Filho, justificação, glorificação S quão impossível esses alvos elevados devem ter parecido quando se deu o pecado.  Milligan observa com muita propriedade:  "Durante muito tempo, esse foi o mistério dos mistérios . . . Quando os anjos pecaram, esse foi o fim do período de sua prova.  A esperança deles então se esvaneceu para sempre . . . E é bem provável que, quando o homem pecou e caiu, as maiores inteligências criadas do universo que conheciam o evento tenham considerado seu caso igualmente desesperado".

Assemelhar-nos com o Filho. João revela que no princípio "e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1).  Aí estava uma pessoa da divindade, um participante da criação (João 1:3), santo e exaltado, mas no céu.  Assim como a supremacia de Oscar numa quadra de basquete inspire os jovens a praticar e dominar o jogo, o homem também precisava mais que nunca de um exemplo de verdadeira obediência na terra.  O fluxo da influência ímpia do pecado precisava ser exterminado.

Os capítulos iniciais de Gênesis refletem esse espiral que se volta para baixo nos descendentes de Adão.  A ira e a violência de Caim ao matar seu irmão devem ter sido alimentadas pela desobediência de seus pais.  Embora dos descendentes de Sete tenha saído o servo de Deus excepcional que era Enoque, a linhagem de Caim ficou cada vez mais corrompida.  A miscigenação dos descendentes de Caim com os de Sete causaram uma perversidade que levou Deus a se arrepender de ter criado o homem.  Noé e sua família foram os únicos indivíduos por quem Deus poupou a criação, sem exterminá-la da face da terra.

Justificação. Um só exemplo de santidade não daria certo sem que se arranje um modo de perdoar o homem.  Deus não poderia fechar os olhos para o pecado do homem e compactuar com ele, da mesma forma que um juiz jamais poderia perdoar um assassino culpado, sem prejudicar a sua integridade.  Mais uma vez, Milligan realça o dilema, afirmando que os anjos "sabiam que Deus era justo, que era imparcial, e seu governo deve ser e vai ser mantido; e, portanto, é muito provável que os anjos, bons e maus, considerassem o homem perdido S para sempre perdido S no momento em que ele transgrediu no Éden".  Além do mais, a base do perdão teria de ser estendida a cada ser humano por todo pecado que cometesse.

Glorificação. 
Para que o homem glorifique a Deus, ele deve se dedicar em fazer a sua vontade.  O perdão e a imitação requerem um meio de se erguer acima da tentação.  O exemplo de Noé serve de lembrete.  Deus deu condições a ele e a sua família para que sobrevivessem ao dilúvio e saíssem vitoriosos da arca para uma terra que tinha sido purificada eliminando-se todos os homens pecaminosos (Gênesis 8:15-22).  Mas, até mesmo no capítulo seguinte, há um registro de Noé se embriagando, o que deu margem para que Cam pecasse mais ainda, ocasionando a ira de Deus sobre os seus descendentes.

Apesar desse contexto lamentável, o que fica claro é que Deus tinha aceitado o desafio de pôr o seu plano em funcionamento.  Este tema é desenvolvido por todo o restante da Bíblia, à medida que Deus cumpre a execução de seu desígnio divino.
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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/a13_3.htm

Fé e Ciência: gêmeas amigas, ou inimigas?

21.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 10.02.13

O divórcio entre a fé e a ciência, ou entre a física e a metafísica, marcou o fim da Idade Medieval e o início do Iluminismo. Não me entenda mal. Creio que este divórcio trouxe inestimáveis benefícios para ambos os lados, mas não sem um alto preço. Como os divórcios são caraterizados por brigas, mal entendidos, rotulações preconceituosas ou até mesmo xingações dos dois lados, também a ciência e a teologia sofrem de grande dificuldade de comunicação. Além disto, com o amadurecimento da ciência, cresce a convicção popular que a ela pertence o campo de fatos enquanto à religião pertence o campo de valores. 

Curiosamente ao campo de fatos se aplica a regra de singularidade e dogma. Isto é, a respeito de determinado fenômeno, cientificamente falando, os fatos são únicos, e uma vez estabelecidos, se tornam dogmas. O inverso ocorre na percepção do papel da religião para quem é relegado campo de valores. Estes valores, não como fatos, são múltiplos e por isso culturalmente não devem ser entendidos como dogmas universais, apenas do gosto do freguês.

Digo isso a princípio só para ilustrar a dificuldade de intercâmbio que historicamente existe entre estes dois paradigmas. Uma uma parábola vai ajudar (a primeira regra da teologia é se não souber da resposta, conte uma parábola!).

Em julho de 1979, na famosa universidade, Massachusetts Institute of Technology na cidade de Cambridge, Massachusetts, igrejas do mundo inteiro, protestantes, católicos romanos e católicos ortodoxos, se-reuniram (com o apoio do Concílio Mundial de Igrejas) para discutir o tema, “Fé e ciência num mundo injusto”. O astrônomo australiano eminente, Robert Hanbury Brown, foi convidado para dar início à conferência com uma definição da ciência e uma interpretação da sua natureza. Dois dos seus temas eram especialmente interessantes.

Começando com uma definição clássica, ele descreveu como a “industralização” da ciência – sua aliança com instituições políticas e econômicas – modificou a compreensão clássica como uma busca pela verdade objetiva e verificável. Mesmo assim, como o bom cientista que é, Brown afirmou a importância da objetividade e a verifiabilidade para toda tarefa científica.

Ao mesmo tempo, Brown enfatizou que os conceitos científicos são metáforas e abstrações relacionadas a uma realidade essencialmente misteriosa. Disse ainda, que dentro da própria ciência, há metáforas e abstrações diferentes que podem ser consideradas “complimentares” e não antagônicas. Com base neste último ponto, ele argumentou que uma ciência devidamente modesta e a fé podem ser vistas como respostas complimentares aos mistérios últimos da existência.

Depois da palestra de Brown, havia duas reações convidadas. Uma veio duma cientista africana, Matu Maathai, que era basicamente uma aprovação entusiástica da ciência, mesmo com algumas ressalvas a respeito do perigo do abuso da ciência no terceiro mundo, especialmente para o aumento de armas de destruição.

A segunda reação veio dum teólogo e filósofo social brasileiro, Rubem Alves, então professor da UNICAMP e atualmente psicanalista e meu vizinho do lado da minha casa. Típico do espírito brasileiro poético e brincalhão, Rubem Alves deu sua resposta contando a seguinte estória:
Era uma vez um cordeiro, que amando o conhecimento objetivo, resolveu descobrir a verdade sobre os lobos. Já sabia de muitos contos ruins sobre os lobos. Eram verdadeiros? Resolveu investigar de primeira mão. Então ele escreveu uma carta para um lobo filósofo com uma pergunta simples e direto: O que é um lobo? O lobo filósofo respondeu a carta explicando o que os lobos são: seus formatos, seus tamanhos, suas cores, seus hábitos sociais, seu pensamento, etc. Pensou, entretanto, que era irrelevante falar dos seus hábitos alimentícios já que tais hábitos, de acordo com a própria filosofia do lobo filósofo, não pertenciam à essência dos lobos. Pois bem, o cordeiro ficou tão impressionado com a carta que resolveu fazer uma visita na casa do seu novo amigo, o lobo. Foi somente então que aprendeu para sua infelicidade que os lobos têm uma fraqueza por churrasco de cordeiro.
Seria fácil confundir as personagens da parábola de Rubem Alves. Poderia imaginar que para ele, o lobo representa o cientista puro e o cordeiro o religioso. Também não seria difícil imaginar o contrário. Mas o próprio Dr. Alves explica: o lobo somos todos nós que pretendemos nos definir com objetividade e distância pessoal. Os lobos são os cientistas, religiosos, políticos, economistas e até professores universitários. Entretanto o tom bastante negativo de Alves ilustra a difícil relação entre a ciência e a religião. Esta relação tênua tem uma longa história que não dá para relatar adequadamente aqui. Mas é um relacionamento que não precisa ser, e não é o único relacionamento possível. Gostaria de propor um outro, não de incompatibilidade entre lobo e cordeiro, mas do desconhecimento mútuo entre dois gêmeos que são criados separadamente.

Já aparece nas reportagens na televisão: dois gêmeos, ou duas gêmeas que eram separados logo depois do nascimento se encontram décadas depois. A alegria é enorme, mas na própria reportagem dá para perceber que os dois já são bem diferentes, devido a influência não só de fatores psicológicos que levam quaisquer irmãos, gêmeos ou não, a terem suas próprias personalidades, mas também devido a criação em contextos totalmente diferentes que os gêmeos sofrearam. Talvez eu esteja exagerando na analogia, mas prefiro ver a fé e a ciência como gêmeos criados separados. Deveriam ter mais em comum do que de fato têm, não idênticos, pela mesma razão que gêmeos idênticos não são idênticos na sua personalidade. Faço esta fantástica afirmação que a fé, certamente a fé cristã, literalmente começa e termina com uma preocupação cosmológica, uma preocupação que normalmente relegamos a ciência. Enquanto isso, a ciência sem dúvida está fazendo perguntas cada vez mais teleológicas e estéticas, que se refere à finalidade e a beleza da realidade conhecível.

A prioridade cosmológica da fé bíblica

fé, pelo menos a fé bíblica, não é de maneira alguma, contra a ciência. Pelo contrário, do ponto de vista teológica, a fé incentiva e exige a ciênciano que se refere geralmente de qualquer busca pela verdade e no que se refere especificamente da incumbência humana de classificar, compreender, e explicar abstratamente a natureza (Gênesis 2.19-20).

1. A busca da verdade
 
(Salmo 25.1-5; Provérbios 1.7; 2.1-6; 23.23; Daniel 2.20-21; João 14.6; Romanos 12.1-2; Filipenses 4.8)

Paul Tillich definiu uma vez a religião como qualquer “procupação última” que alguem tenha. 

Assim foi além das definições tradicionais que restringia a religião ao campo do místico, ou do sobrenatural. Mesmo com esta definição ampla de Tillich, não é difícil associar a fé bíblica com uma preocupação com o divino. Interessantemente as Escrituras antigas fazem uma nítida ligação entre o divino e a verdade. Em João 14.6, Jesus alega ser a verdade, não só saber ao seu respeito, mas de ser a verdade. Não estava inovando. No Antigo Testamento já dizera que o conhecimento (daath) pertence a Deus (1 Samuel 2.3). E onde a sabedoria é personificada, ela adquire caraterísticas divinas. Alías, em Provérbios 1-8 ela é ao mesmo tempo personificada e divinizada. Agora, é importante esclarecer que a afirmação teológica “Deus é a verdade”, deve ser entendido inclusivamente, não exclusivamente. Não é uma negação da ciência. Pelo contrário, é uma afirmação de tudo na ciência e em qualquer paradigma humana que é verdadeiro. Quem busca a Deus, busca a verdade. E quem de fato busca a verdade, está no caminho a Deus, mesmo que não intencionalmente, quer seja teísta, deísta ou ateu. Portanto a fé, pela sua busca pela verdade e de modo geral, incentiva e exige a ciência.

2. A incumbência científica
Também especificamente a fé cristã, nas primeiras páginas da sua constituição, a Bíblia, começa com uma preocupação cosmológica: “no princípio criou Deus os céus e a terra.” E nas suás últimas páginas lemos da recriação dos mesmos. Os diversos relatos da Bíblia sobre o início do universo (só em Gênesis há duas versões logo no início e há outras nos salmos, nos profetas e também no Novo Testamento) demonstram um interesse nos elementos da natureza em si e por si só que em muito supera o interesse que se encontra nos escritos teológicos e que em muito coincide com as descrições científicas.

Agora esta última frase, “a preocupação bíblica…em muito coincide com as descrições científicas” precisa de explicação. Duas observações quanto à linguagem não científica da Bíblia e o papel de auxílio que ciência presta para uma leitura retrospectiva da Bíblia.

Primeiro, tem havido verdadeiras revoluções a partir do fim do século passado e especialmente nas últimas duas décadas sobre métodos de interpretação da Escrituras. 

Alguns métodos são mais controvertidos que os outros. Mas de grosso modo tem havido uma compreensão e apreciação cada vez mais dos meios culturais e historicamente limitados da composição literária dos diversos livros da Bíblia. Sem necessariamente abrir a mão da autoridade das Escrituras (alguns abrem, outros não), e baseado na analogia da encarnação do divino no ser humano Jesus, e francamente com o auxílio do desenvolvimento da antropologia cultural e social, os teólogos começam a apreciar e dar espaço cada vez mais para a expressão de verdades divinas através de forças de expressão culturalmente influenciadas. Talvez para muitos de vocês estou falando o óbvio. Mas para outros não é tão óbvio. Por exemplo, se Davi não era o pai de Jesus, por que Jesus é chamado constantemente “filho de Davi”? A resposta é simples: a palavra “filho” (ben) em hebraico se refere à descendência, não apenas filiação imediata. Semelhantemente o arranjo de eventos na vida de Jesus varia entre os Evangelhos simplesmente porque aqueles que relataram os eventos – Mateus, Marcos, Lucas, e João – não seguiram, por razões óbvias, a metodologia da historiografia moderna e ocidental. Escreveram dentro das normas culturais da sua época e a inspiração divina veio através de tão humanidade, não ultr-passando-a.

Tendo isto em vista, volto a afirmação anterior: “a preocupação bíblica,dentro da linguagem bíblica, …em muito coincide com as descrições científicas” Por exemplo, Gênesis fala do surgimento de toda a raça humana, não apenas dum indivíduo. A palavra, “Adão” significa simplesmente “ser humano” e é uma derivação da palavra “terra”, de onde o ser humano surgiu. Não é isto a perspectiva científica: que a raça humana se constitue dos mesmos elementos da terra?

Em segundo lugar, a perspectiva bíblica, nem sempre a mesma dos teólogos, não se restringe à criação da terra, muito menos da raça humana, mas começa numa escala mais abrangente, a criação do universo. E apesar de tudo que alguns cristãos bem intencionados dizem, a linguagem hebraico a respeito dos “dias” da criação não só permite mas exige o conceito de períodos longos, não somente de 24 horas (como já acreditavam os pais da igreja: Irineu, Orígenes, Basil, Agostinho nos primeiros séculos (1-5), e Tomás Aquinas no século 13, certamente não sob a influência da modernidade). Dentro do campo semântico da palavra, yom, está o cnceito de períodos. Só para dá um exemplo, pelo menos mil anos depois do relato da criação, o autor de Hebreus no Novo Testamento, disse que podemos entrar no descanso de Deus, a nomenclatura do sétimo dia da criação, dia este no qual ainda passamos conforme o autor de Hebreus.

Em terceiro lugar, todos os relatos da criação na Bíblia pressupõem um alto grau de ordem num relacionamento dinâmico com o caos (Josué 10.12; Juízes 5.20; Gênesis 49.25; Êxodo 15.8,11; Números 16.30; Deuteronômio 33.14ss; Jeremias 31:35-36 e Salmo 29 e 8). A construção ordeira da criação sobressai em Provérbios 8.22-36 como a arquitetura da sabedoria personificada. Também, a ordem é imediatamente evidente no relato de Gênesis 1 da ação inicial de Deus sobre e contra todo o caos (compare Gênesis 1.2 com Isaías 45.18!). Essa ordem, ou subordinação da criação, continuamente recebe destaque em vários salmos, especialmente Salmo 18.7-15. Hoje, as teorias de caos e especialmente de complexidade (fenômenos de estudo interdisciplinar) confirmam esta relação necessária para o surgimento de sistemas complexos (talvez a relação entre a entropia e as forças kenéticas ilustre este ponto).

Antigamente, os teólogos tinham basicamente duas opções para a interpretação do relato cosmológico de Gênesis 1 e 2. Alguns trataram os relatos de Gênesis 1 e 2 como pura invenção sem nenhuma relação com acontecimentos históricos. Isto parecia-lhes a única solução a tantas incompatibilidades com a ciência moderna. Outros estudiosos, no intuito de ser fiel a autoridade das escrituras, forçam uma seqüência restritamente cronológica nos relatos propondo interpretações cada vez mais fantásticas e inacreditáveis.

Hoje, com a lições da antropologia, é mais fácil descartar estas duas interpretações tão preocupadas com a cronologia (ou pela sua negação ou pela afirmação) ambas partindo de conceitos contemporâneos e ocidentais do tempo e da história, em contraposição aos conceitos hebraicos antigos. Nos relatos da criação, Israel não estava interessado na natureza física da criação em si, como nós hoje em dia procuramos entender pela ciência natural a origem das coisas. Para Israel, o relato da criação era importante à medida que explicava seu relacionamento com o plano de Deus, para este mundo todo. Isto é, devemos entender os relatos não cronológicamente mas topicamente, o tópico sendo o propósito de Deus para a sua criação, ou mais precisamente, o reino de Deus.

Desta perspectiva, Deus primeiro cria três grupos básicos de reinos, ou domínios, durante os primeiros três dias. Nos próximos três dias, Deus cria os reis para governarem nos reinos, anteriormente criados. O último rei a ser designado (constituindo a primeira Grande Comissão!) é o homem, que recebe o mandato representativo e real como governador-administrador sobre todos os outros reis e reinados. Por representativo, quer dizer que a humanidade foi criada por Deus à sua imagem (çelem) e semelhança (dêmûth), isto é, segundo a sua espécie (Gênesis 1.26,11).

O importante no relato, então, é ressaltar o propósito da criação do homem, e não tanto a forma que assumiu. Semelhantemente, o relato se importa mais com o propósito do resto da criação, do que com a forma e com a natureza desta origem em si, sendo estas últimas, preocupações da ciência moderna.

Dentro do esquema apresentado a humanidade tem um chamamento representativo para reinar como Deus reina. Por esta razão, o ser humano é não somente o servo do Senhor, como também representante dele. Assim como Deus faz, o representante deveria fazer, refletindo as características do Criador. Nisto, a realeza e o domínio de Deus são refletidos no domínio e na administração apropriados da humanidade sobre a criação. A função que a imagem de Deus no ser humano tem, portanto, é exatamente o que o texto bíblico elabora em Gênesis 1.28, “ter domínio” (râdhâh) e “sujeitar” (kôbhash) a terra. Isto é o seu status como senhor no mundo. Deus coloca a humanidade no mundo como sinal da sua soberania. E de acordo com Gênesis 2.19-20, esta soberania é exercida pela incumbência (divina) de classificar, compreender, e explicar abstratamente a natureza. A incumbência e o destino do ser humano estão ligados ao universo e vice versa (Romanos 8.19-21).

O Salmo 8 concorda com este conceito de Gênesis 1 de que a humanidade realiza sua comissão como rei do reino terrestre, assim como Deus é Rei do reino celeste, e o status do ser humano sendo por um pouco menor do que Deus. Daniel Thambyrajah Niles, teólogo e missionário indiano ilustra esta relação da seguinte forma:
O homem é a única criatura que Deus fez cujo ser não está em si mesmo, e que por si mesmo não é nada. A “canicidade” do cão está no cão, mas a “humanidade” do homem não está no homem. Está na sua relação com Deus. O homem é homem porque reflete Deus, e somente quando ele assim o faz [tradução] (1958:60-61).
O ser humano é homo Dei, ou está aquém da sua própria humanidade. As implicações desta incumbência divina do ser humano para a tarefa da ciência são grandes. Repare, por exemplo, que tal incumbência é da essência da humanidade, e não um derivado da sua salvação. Pois em Gênesis 1 e 2 não se fala da salvação simplesmente porque não havia ainda a queda. A queda aparece somente no capítulo 3. Novamente afirmo: a incumbência divina para governar o mundo natural especialmente através da sua classificação nominal das suas diversas partes (sem dúvida a ciência é campião na fabricação de palavrões!) É da essência de toda a humanidade, não só dos religiosos. Precede a queda. Aliás, mesmo depois da queda a incumbência permanece em pé (Gênesis 9.1-7). Na teologia esta incumbência comum é denominada “graça comum” ou “revelação comum” e se distingui da “graça especial” pela salvação, ou a “revelação especial” através das Escrituras. Só que “especial” não significa que a revelação é verdadeira que a revelação comum (por exemplo, através da ciência). A qualificação, “especial”, se refere ao meio da revelação – as Escrituras – não a sua qualidade.

O interesse estético e teleológico da ciência

Acima usei a analogia de gêmeos criados separadamente para descreve a relação entre a ciência e a fé. Disse que a fé, certamente a fé cristã, literalmente começa e termina com uma preocupação cosmológica, uma preocupação que normalmente relegamos a ciência e elaborei um pouco sobre isso. Também disse que a ciência está fazendo perguntas cada vez mais teleológicas e estéticas, que se refere à finalidade e a beleza da realidade conhecível, perguntas que geralmente relegamos à religião. Já que tal afirmação foge da minha competência profissional, não vou arriscar uma elaboração deste ponto. Vou apenas ilustrá-lo através de alguns cientistas mundialmente conhecidos e respeitados.

Primeiro, algumas citações do astrônomo John Barrow (co-autor com Frank Tipler do livro que elabora o princípio cosmológico antrópico), no seu livro, The Artful Universe (Oxford: Oxford University, 1995):
da contra-capa: “incrivelmente, descobrimos que algumas das propriedades do Universo que são esseciais para a existência de qualquer forma de vida fazem um papel chave na determinação de respostas psicológicas e religiosas para o Cosmos.”
Página viii: “a fascinação científica com o fruto da complexidade organizada em todas as suas formas deveria levá-los às artes criativas aonde se encontra m exemplos extraordinários de precisão estruturada.”
Segundo, John Holland, um dos maiores matemáticos e simuladores de inteligência no cumputador de MIT, no seu livro, Hidden Order: How Adaptation Builds Complexity (Reading, Massachusetts: Addison-Wesley, 1995):
Página 146: “a construção de modelos é a arte de selecionar aqueles aspectos dum processo que são revelantes para a pergunta sendo feita…esta seleção é guiada por gosto, por elegância e por metáfora; é uma questão de indução ao invés de dedução. A alta ciência depende desta arte.”
Terceiro, o prêmio nobel, Steven Weinberg, no seu livro, Dreams of a Final Theory (New York: Pantheon Books, 1992):
Página 17: “o progresso na física é frequentemente guiado por julgamentos que somente podem ser chamados de estéticos”
Página 98: “acredito que a aceitação geral da relatividade geral se deve em grande parte à atração da teoria em si – em síntese, à sua beleza.”
Página 104: “cientistas e historiadores da ciência já há muito tempo desistiram da perspectiva antiga de Francis Bacon, que as hipóteses científicas deveriam se desenvolver pela observação patente e sem preconceito da natureza.”
Página 149: “não somente nosso julgamento estético é um meio para chegar às explanações científicas e julgando sua validade – faz parte daquilo que queremos dizer por uma explanação.”
Página 219: “o alvo da física no seu nível mais fundamental não é somente descrever o mundo mas explicar por que ele é do jeito que é.”
Conclusão

Portanto é tanto pelo interesse científico – explicar por que o mundo é do jeito que é – quanto pelo interesse da fé bíblica – que de grosso modo incentiva e apoia a investigação cientifica, que prefiro ver a fé e a ciência como gêmeos, ou para diminuir o exagero, pelo menos como irmãos. Mas ainda não falamos dos métodos e muito menos das conseqüências dos dois paradigmas que tanto os distinguem. Quem sabe, tanto Rubem Alves quanto eu, no fim, temos a razão e devemos ver os agentes da fé e da ciência, isto é os religiosos e os cientistas como lobos gêmeos, embora criados separadamente.

Passagens bíblicas para meditação:
  • Salmo 25.1-5
  • Provérbios 1.7; 2.1-6; 23.23
  • Daniel 2.20-21
  • João 14.6
  • Romanos 12.1-2
  • Filipenses 4.8
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2012/02/10/fe-e-ciencia-gemeas-amigas-ou-inimigas/#more-918

Gênesis: O Livro de Começos

21.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por Dennis Allan

No princípio. Estas são as primeiras palavras do primeiro livro nas nossas Bíblias. A partir desta introdução, o relato descreve, em termos muito resumidos, a criação do Universo e a história dos primeiros seres humanos. O livro de Gênesis abrange um período de tempo maior do que qualquer outro dos livros bíblicos, e apresenta informações fundamentais para compreender os demais. Vamos conhecer um pouco deste livro.

Gênesis é um dos livros atribuídos a Moisés, personagem importante dos quatro livros que o seguem. Serve para explicar ao povo judeu suas raízes genealógicas e, mais importante, o propósito de Deus para este povo. Este livro responde, também, a questões naturais de pessoas de quaisquer nações que buscam entendimento de suas origens e da vontade do seu Criador.

Vamos ver resumidamente o conteúdo dos capítulos de Gênesis.

Capítulos 1 e 2 falam sobre a criação do Universo pela palavra de Deus. O autor não apresenta argumentos filosóficos nem explicações científicas deste processo. Ele afirma que Deus falou e, pela força da sua palavra, criou todas as coisas. O primeiro capítulo descreve a criação geral e o segundo volta a destacar mais detalhadamente o que Deus fez para criar o homem e a mulher, o casal que passa a ser conhecido como Adão e Eva. Deus criou este casal com a capacidade de compreender palavras faladas e de escolher entre o amor e o ódio. O amor seria manifestado em atos de obediência para agradar o Criador, enquanto a rebeldia seria prova do desrespeito para com ele. Descobrimos no capítulo 2, também, a vontade de Deus sobre o casamento. Antes de existir qualquer tipo de igreja ou religião organizada, Deus explicou sua intenção de um homem e uma mulher se unirem no casamento (Gênesis 2:24; compare Marcos 10:5-8).

Capítulos 3, 4 e 5 destacam a separação do homem de Deus em consequência do pecado. Adão e Eva desobedeceram a palavra de Deus e sofreram várias consequências deste erro. 

O mais grave dos resultados foi a separação de Deus na expulsão do casal do paraíso terrestre do Éden. Depois, outros também pecaram e sofreram consequências.

Capítulos 6 a 9 relatam um dilúvio mundial que Deus usou para limpar o mundo do pecado e começar novamente com a família de Noé. Oito pessoas foram salvas pela água (1 Pedro 3:20).

Capítulos 10 e 11 descrevem a dispersão dos descendentes de Noé depois do dilúvio. Foram espalhados pela confusão dos idiomas que Deus fez quando alguns tentaram se exaltar contra o Senhor. No final do capítulo 11, a lista dos descendentes de Noé chega a Abraão, o personagem principal do resto do livro de Gênesis.

Capítulos 12 a 50 contam a história de quatro gerações da família pela qual Deus prometeu cumprir seus propósitos para com os homens. Deus prometeu fazer dos descendentes de Abraão uma grande nação que receberia uma terra especial. Mais importante, ele disse que um dos descendentes deste patriarca abençoaria todas as famílias da terra. Esta profecia de Gênesis 12:1-3 predisse a vinda de Jesus Cristo uns 2.000 anos antes do seu nascimento. 

Nestes capítulos, aprendemos sobre a fé obediente de Abraão, Isaque, Jacó e José. Também descobrimos como esta família chegou ao Egito, onde passou gerações na escravidão. 

Desta maneira Moisés apresentou o pano de fundo para o povo israelita de sua geração compreender seu lugar no plano de Deus.

Uma das principais mensagens do livro de Gênesis foi bem resumida em um comentário no Novo Testamento sobre os patriarcas: “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma pátria” (Hebreus 11:13-14). O primeiro livro da Bíblia está cheio de esperança!
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Fonte: http://www.estudosdabiblia.net/jbd047.htm

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

E Deus viu que era bom! Terra, um vídeo que você precisa ver

07.11.2013
Do blog ROCHA FERIDA
Terra, um vídeo que você precisa ver

Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.” (Salmos 19:1).

Um belíssimo vídeo realizado por David Bayliss, que tem um amargo gosto de "quero mais" e que deve ser visto obrigatoriamente em HD com tela cheia.

O poder de Deus controla a natureza.  “Ele lhes respondeu: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se grande bonança.” (Mateus 8:26)

A natureza prova a existência de Deus. “Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis.” (Romanos 1:20)

A natureza aguarda com expectativa a sua própria redenção dos efeitos de pecado. “Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora.”(Romanos 8:19-22)

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O significado da doutrina bíblica da criação

04.11.2013
Do blog ESTUDOS DA BÍBLIA
Por  David E. Pratte
 
Introdução:
 
Gênesis 1:1 – No princípio, criou Deus os céus e a terra. A Bíblia claramente e repetidamente afirma que Deus criou os céus, a Terra e tudo que tem na natureza.
 
Alguns parecem acreditar que esta doutrina não é uma parte essencial da fé cristã.
 
Algumas pessoas ensinam que os dias da criação tenham sido períodos de milhares ou milhões de anos, ou que tais períodos podem ter ocorridos entre os dias de Gênesis 1. Na tentativa de defender estas pessoas, outras dizem que devemos tolerar estas crenças pois a criação não é uma doutrina tão importante. Alguns dizem que o importante é a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus, o nosso batismo e a maneira que o imitamos. Dizem que o relato da criação tem pouco a ver com esses princípios essenciais, então não deve ser visto como algo fundamental para nossa fé.
 
O propósito deste estudo é considerar por que a doutrina da criação é importante para os cristãos.
 
Por que importa se acreditarmos nela ou não?
 
Veremos que entender e aceitar a criação são fundamentais para nossa fé que Deus existe e que a Bíblia é a vontade dele.
 
Esses assuntos têm de ser resolvidos antes mesmo de considerarmos o significado da morte de Jesus. Se não acreditarmos em Deus e na Bíblia, por que consideraríamos acreditar no sacrifício de Jesus?
 
Professores no Novo Testamento às vezes lidavam com idólatras que não acreditavam no Deus verdadeiro. Antes mesmo de discutir a morte de Jesus, começaram dando provas que tais pessoas deveriam acreditar em Deus (Atos 14 e 17). Estas provas incluíam a doutrina da criação. A criação definitivamente é fundamental para a fé de um cristão.
 
Qualquer crença que debilita, deprecia ou enfraquece a doutrina bíblica da criação nisso debilita, deprecia ou enfraquece a fé na existência e natureza de Deus e da Bíblia como palavra de Deus.
 
Isso é a verdade, não apenas sobre a evolução, mas sobre qualquer visão que enfraquece a doutrina da criação.
 
Considere algumas maneiras que a própria Bíblia fala que a doutrina da criação é fundamental para nossa fé em Deus e na sua palavra.
 
A criação demonstra a posição do homem.
 
Antes de considerar o que a doutrina da criação prova sobre Deus, considere o que prova sobre o homem.
 
● O homem foi criado à imagem de Deus, um pouco menor do que os anjos.
 
O ensinamento da criação
 
Gênesis 1:26-27 – O homem foi criado por Deus na sua semelhança e à sua imagem.
Salmo 8:3-5 – Deus fez o homem um pouco menor do que os anjos, coroado com glória e honra.
 
A falha em apreciar isso leva ao mau trato de outras pessoas.
 
Gênesis 9:5-6 – O assassinato de seres humanos é proibido porque os humanos foram feitos à imagem de Deus.
 
Tiago 3:9-10 – Amaldiçoar os homens é errado porque os homens foram feitos à semelhança de Deus.
 
A razão pela qual é errado maltratar um outro ser humano é que são à imagem de Deus. Eles são tão importantes para Deus quanto nós. Maltratá-los é maltratar um que é semelhante a Deus.
 
É por isso que Jesus dizia freqüentemente que a maneira com que tratamos outras pessoas é a maneira que o tratamos (Mateus 25:31-46).
 
A falha em entender isso leva a prática de conceitos evolucionários como a “sobrevivência dos mais aptos”, por isso “o poderoso é certo”. As pessoas acreditam que se conseguem dominar os outros, então eles têm o direito de fazer isso porque são mais “aptos”. Manifestações extremas disso foram o Holocausto e os massacres comunistas: eliminar os “inaptos”!
 
Quando entendermos a doutrina bíblica da criação, aprendemos porque é errado maltratar outros seres humanos. Não os fizemos. Não nos pertencem. Pertencem a Deus – o mesmo Deus que nos fez e a quem pertencemos. Compartilham de várias maneiras da sua natureza, então não devemos maltratá-los.
 
[Malaquias 2:10; Jó 31:13-15; Provérbios 14:31; 17:5; 22:2]
 
● O homem foi criado para ter autoridade sobre os animais e a terra.
 
O ensinamento da criação
 
Gênesis 2:7 – Contrário à evolução, o homem não foi criado dos animais. Nós somos fundamentalmente diferentes dos animais. Fomos criados diretamente da terra à imagem de Deus.
 
Gênesis 1:26, 29 – O Senhor criou o homem para dominar sobre as coisas que Deus fez. Todas as coisas vivas estão sob os nossos pés (sujeitos a nós).
 
Salmo 115:14-16 – O Deus que fez o céu e a terra deu a terra ao homem. Ou seja, está sujeita ao nosso controle para usarmos para nossos propósitos. Deus tinha o direito de nos dar este controle porque ele nos fez e fez a Terra.
 
A falha em entender isso leva à desvalorização das pessoas e à supervalorização dos animais e da Terra.
 
Evolucionistas, grupos de direitos dos animais, o Movimento da Nova Era e pagãos falham em ver o domínio correto do homem sobre os animais e a Terra.
 
Alguns vêem a Terra como algo vivo, uma deusa chamada Gaia, então dizem que devemos tentar agradá-la e cuidar dela. Alguns até adoram a Terra.
 
Para outros matar animais é moralmente igual a matar pessoas, então nós não devemos comer carne, usar roupas de pele, etc. Um aluno da Internet recentemente disse que sua esposa é contra ele caçar porque ela não quer que ele mate animais. Ela quer que ele compre carne no mercado!
 
Gênesis 9:2-6 – Os animais foram dados nas nossas mãos (nosso controle) e podem ser usados como comida. Os animais não foram feitos à imagem de Deus, mas as pessoas foram.
 
1 Timóteo 4:3-4 – Algumas pessoas proíbem comer carne mas Deus criou-os para serem recebidos com ações de graça.
 
Matar um animal não corresponde moralmente a matar um homem. Por que? Por causa da doutrina da criação! Os animais e a Terra foram criados por Deus para estarem sujeitos ao nosso controle. Isso não justifica crueldade, desperdício ou outras formas de má administração, mas justifica usarmos eles para o nosso bem.
 
A falha em entender e acreditar na doutrina bíblica da criação leva à falha em entender nossa posição no universo. O que poderia ser mais básico que isso?!
A criação prova o poder da palavra de Deus.
 
● A Criação foi Realizada Pela Palavra Falada Por Deus.
 
Gênesis 1:3,6,9,11,14,20,24,26 – Deus criou pela simples fala. Ele disse o que devia ser criado e assim se fez!
 
Salmo 33:6-9 – Os céus foram criados pela palavra de Deus, pelo sopro de sua boca. Então a respeito da Terra e seus habitantes: ele falou, ordenou e assim se fez.
 
Salmo 148:3-5 – Deus mandou e as legiões celestiais foram criadas.
 
Hebreus 11:3 – Pela fé entendemos que o universo foi criado pela palavra de Deus.
 
Deus fez outros milagres falando. Desta maneira Deus prova o poder e a autoridade de sua palavra. Obs.: Mateus 8:5-13; 2 Pedro 3:5-7. Veja Salmo 105:31,34; 106:9; João 11:39-44; 5:28-29.
 
A criação é a prova incrível do poder da palavra de Deus.
 
● Da mesma forma, a salvação é revelada no evangelho pelo poder da palavra de Deus.
 
1 Coríntios 1:18-25 – A palavra (mensagem- NTLH) da cruz é loucura para o mundo, mas para nós é a palavra de Deus. Nós pregamos que Cristo foi crucificado, que é o poder e a sabedoria de Deus.
 
Hebreus 4:12 – Sua palavra é eficaz e poderosa como uma espada de dois gumes
 
Romanos 1:16 – O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
Que razão temos para acreditar que o evangelho pode nos salvar? Que evidência há que devemos acreditar nele e entregar as nossas vidas a obedecê-lo na esperança de recebermos a vida eterna no final?
 
A razão pela qual devemos acreditar no evangelho é que é a palavra de Deus. O mesmo poder da palavra de Deus que falou a existência do Universo é o mesmo poder que funciona na palavra escrita. O propósito dos milagres é para confirmar quem é Deus e confirmar que sua mensagem é verdadeira. Se Deus não nos fez pelo poder da sua palavra, então por que devemos confiar no poder da sua palavra no evangelho? (Marcos 16:20; Atos 2:22; 14:3; 2 Coríntios 12:11-12; Hebreus 2:3-4).
 
Resulta que qualquer crença que debilita ou deprecia a doutrina bíblica da criação da mesma forma debilita ou deprecia a fé no poder da Bíblia, inclusive na fé no poder do evangelho para nos salvar dos nossos pecados! O que poderia ser mais básico do que isso? Como isso pode não ser essencial para nossa salvação?
 
[2 Coríntios 4:6; Isaías 55:6-11; Apocalipse 1:16; 1 Pedro 1:22-25]
 
A criação prova que Deus é a fonte viva de toda vida.
 
● Deus deu a vida a todas as criaturas vivas.
 
Gênesis 1:11,12,20,21,24-27; 2:7,21-23 – Deus criou todas as formas de vida no começo: plantas, aves, peixes, animais terrestres e pessoas. Toda a vida veio de Deus.
 
Isaías 42:5 – Deus criou os céus e formou a Terra. Ele dá fôlego de vida ao povo que está nele e espírito aos que andam nela.
 
1 Timóteo 6:13 – Deus dá vida a todas as coisas.
 
Toda passagem que diz que Deus criou o homem da mesma forma confirmaria que Deus dá a vida. A doutrina da criação afirma que toda vida vem de Deus. Sem Deus não haveria vida.
 
[Jó 33:4; Salmo 100:3;139:13-16; Provérbios 22:2; Isaías 64:8; Jeremias 27:5; Hebreus 12:9; 1 Coríntios 8:6]
 
Isso prova que Deus é o Deus vivo.
 
Nossa vida vem da vida dele. Nós temos vida porque ele está vivo eternamente (veja o próximo item) e ele nos deu a vida.
 
Gênesis 1:26-27 – Nós fomos criados à imagem de Deus. Qualquer outra coisa inclusa em ser à imagem de Deus, com certeza requer que ele esteja vivo. [9:6]
 
Atos 14:15 – Paulo ensinou aos idólatras a abandonarem estas coisas inúteis (ídolos) e voltarem para o Deus vivo que fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há. Se Deus criou a vida, então Deus tem de ter a vida. Ele é o Deus vivo. Ídolos não se qualificam.
 
Atos 17:24-29 – Mais uma vez os idólatras foram ensinados que Deus fez o mundo e que ele dá a vida, o fôlego e todas as coisas a todos. Nele vivemos, nos mexemos e existimos. Somos seus descendentes então não devemos pensar que Deus é algo morto como ouro, prata ou pedra.
 
Apocalipse 10:6 – O Deus que vive para sempre criou os céus, a terra, o mar e as coisas neles.
 
Como a vida poderia vir de uma fonte não-viva? O sol, o oceano, as montanhas, etc. Não podem ser Deus. Nem podem estátuas feitas de metal, pedra ou madeira. Elas não estão vivas. Se somos a descendência de Deus, que nos deu a vida, então ele tem que ter vida. É por isso que tantas passagens se referem a Deus como “o Deus vivo”.
 
A criação prova que Deus está vivo.
 
[Jó 33:4; Mateus 16:16; 1 Tessalonicenses 1:9; 2 Coríntios 6:16]
 
Da mesma forma Deus é a fonte da vida eterna e espiritual.
 
Ao dar a vida aos homens na criação, Deus avisou que o pecado levaria à morte, tanto física como espiritual. Quando Adão e Eva pecaram causaram a morte física na humanidade. Também foram separados espiritualmente de Deus (morte espiritual) e a mesma coisa acontece a todas as pessoas quando pecam. (Gênesis 2:16,17; 3:1-19; Romanos 5:14-21; Efésios 2:1-19)
 
Então Deus deu a vida ao homem, mas o homem provocou a sua própria morte. Agora só Deus pode dar vida ao homem novamente.
 
Jesus é o caminho para a vida espiritual (comunhão com Deus).
 
João 1:1-4 – O Verbo (Jesus) estava no princípio e todas as coisas foram feitas através dele. A vida estava nele. Ele possuía a vida e é a fonte da vida - não apenas da vida física mas também da vida espiritual.
 
João 14:6 – “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Após ser apartado de Deus pelo pecado, ninguém pode voltar a comunhão com Deus a não ser através de Jesus que dá a vida.
 
Romanos 6:4 – Após o batismo nós andamos na novidade de vida. Isso se chama nascer de novo. Nos torna um filho espiritual de Deus. Quem poderia dar esta vida nova a não ser aquele que dá a vida? (Veja 2 Coríntios 5:17; João 1:12-13; 3:1-7; 1 Pedro 1:22-25; Gálatas 3:26-27).
 
Jesus é quem dá a vida eterna.
 
Romanos 6:23 – “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” Aqueles que são fiéis ao Senhor viverão com Deus para sempre na vida eterna. Deus é quem dá a vida.
 
João 6:63;68 – As palavras de Jesus são espírito e vida. Elas dão a vida eterna. Já que Jesus é quem dá a vida eterna, a única maneira de saber como receber a vida eterna é através dos seus ensinamentos.
 
Mateus 25:46 – No julgamento os perversos receberão o castigo eterno mas os justos receberão a vida eterna.
 
Se Deus não nos criou, por que devemos vê-lo como a fonte da vida? Por que devemos confiar nele como aquele para nos dar vida após a morte ou a vida eterna? Em vez disso devíamos achar aquele que nos deu a vida antes de tudo e confiar nele como a fonte da vida futura!
 
Toda crença que debilita ou deprecia a doutrina bíblica da criação da mesma forma debilita a nossa fé em Deus como quem dá a vida. Isso debilita nossa confiança de que ele é a fonte da vida espiritual, da ressurreição e da vida eterna. Como isso pode não ser essencial aos cristãos?
 
[Efésios 4:24; Colossenses 3:10; 1 Timóteo 4:10; João 11:25; 1 João 5:11-12,20; João 3:16]
 
A criação prova a existência eterna de Deus.
 
 
● Deus existia na eternidade, antes da criação.
João 1:1-3 – O Verbo (Jesus - vs. 14) estava com Deus no princípio e era Deus. Todas as coisas foram feitas através dele.
 
Colossenses 1:16,17 – Todas as coisas foram feitas por ele (Jesus) e ele é antes de todas as coisas. Obviamente se Deus fez todas as coisas, ele tinha que existir antes de todas as coisas que fez.
 
Isaías 40:28 – O Deus eterno é o Criador dos fins da terra. (Veja também Salmo 90:2 abaixo).
 
O fato que Deus criou todas as coisas implicaria que ele mesmo é o eterno. Caso contrário, seria razoável perguntar quem o criou. A doutrina da criação afirma que ele é o Criador eterno que não foi criado.
 
Deus viverá eternamente, após a destruição da criação.
 
Salmo 102:25-27 (Hebreus 1:10-12) – Em tempos remotos, Deus lançou os fundamentos da terra. São obras das suas mãos. Eles perecerão, mas Deus permanece. Seus anos não têm fim.
 
As coisas físicas vêm e vão. Têm um começo e um fim. Mas Deus é eterno tanto no futuro como no passado.
 
Salmo 90:2 – “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.
 
Apocalipse 10:6 – Aquele que vive pelos séculos dos séculos é o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe.
 
A doutrina bíblica da criação é inerentemente ligada à nossa fé de que Deus é eterno. Qualquer crença que deprecia ou debilita a nossa fé na criação da mesma forma deprecia ou debilita nossa fé de que Deus é eterno.
 
[Jeremias 10:11-12]
A criação prova a sabedoria sem limites de Deus.
 
A criação mostra a sabedoria de Deus.
 
Salmo 136:5-9 – Pela sabedoria Deus criou os céus e os corpos celestiais.
Jeremias 51:15 – Ele estabeleceu o mundo pela sua sabedoria e estendeu o céu pelo seu entendimento. [10:12]
 
Provérbios 8:22-31 – A sabedoria fala dizendo que ela estava com Deus antes do mundo ser criado e estava lá quando Deus fez o universo.
 
Claramente sabedoria notável seria exigida para fazer o universo: corpos celestiais, terra, plantas, animais e o homem. Como poderiam ter sido feito por alguém que não tivesse sabedoria incrível?
 
[Provérbios 3:19; Salmo 104:24]
 
Esta sabedoria é além da capacidade de compreensão do homem.
 
Eclesiastes 11:5 – “Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.”
 
Isaías 40:28 – O Criador dos fins da terra não se cansa, nem se fatiga, O seu entendimento não pode ser esquadrinhado.
 
Romanos 11:33-36 – Todas as coisas são dele e por meio dele (isso é, criadas por ele) e para ele. Seus caminhos e seus juízos são insondáveis e inescrutáveis. Quem conheceu a mente do Senhor ou quem pode lhe dar conselho?
 
Ao observar o universo podemos saber que seu Criador tinha de ser muito sábio. Mas além disso, podemos saber que sua sabedoria deve ser infinita além da nossa. Embora homens estudam a criação, ainda há muitas coisas sobre ela que nem conseguimos entender como funcionam, muito menos poderíamos ter planejado e criado em primeiro lugar!
 
O universo mostra a sabedoria suprema de Deus.
[Jó 38]
 
Como criaturas de Deus, devemos nos voltar a ele como a fonte de sabedoria suprema
 
Salmo 119:73 – “As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; ensina-me para que aprenda os teus mandamentos.” Quando reconhecemos que fomos criados por Deus, aí reconheceremos sua sabedoria. Aí devemos nos voltar a ele como a fonte de sabedoria de como devemos viver nossas vidas.
 
Provérbios 8:30-36 – Deus fundou a terra com sabedoria e estabeleceu os céus com inteligência. Então devemos guardar a sabedoria e bom siso. Nos ajudarão a andar seguros e viver sem medo de desviar.
 
Por que devemos acreditar no poder da sabedoria de Deus? Por que devemos confiar na sabedoria de Deus para guiar as nossas vidas? Devido à evidência da sua sabedoria nas grandes obras que ele fez, principalmente na criação. Quando você vê a evidência da grande sabedoria na criação, quem mais você ia querer para guiar sua vida? Por que confiaria na sua própria sabedoria ou na de qualquer homem? [Provérbios 1:7]
 
Salmo 19:7; 2 Timóteo 3:15-17 – Mas não se esqueça que sua sabedoria para guiar nossas vidas está revelada nas Escrituras.
 
Se Deus não nos criou, então por que devemos confiar na sua sabedoria? Por que devemos seguir as instruções na sua palavra? Em vez disso não devíamos descobrir quem nos fez e por a nossa confiança em sua sabedoria?
 
Então mais uma vez, qualquer crença que deprecia ou debilita a doutrina da criação da mesma forma deprecia e debilita nossa fé na sabedoria de Deus. Isso, por sua vez, debilita nossas razões para seguir a Bíblia como a revelação da sabedoria de Deus. Como isso pode não ser essencial aos cristãos?
 
A criação prova o poder sem limites de Deus.
 
A criação demonstra o grande poder de Deus.
 
Salmo 89:11-13 – Deus fundou o mundo. Ele tem um braço armado de poder e uma mão forte. [Salmo 65:6; 86:8-10]
 
Jeremias 10:12 – Ele fez a Terra pelo seu poder. [51:15]
 
Jeremias 27:5 – “Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder e com o meu braço estendido.”
 
Romanos 1:20 – “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis.”
 
Qualquer um que observa o universo deve se perguntar de onde veio. Não há explicação que faça sentido a não ser que foi criado por um Ser Supremo que é poderoso e sábio. Isso claramente requer grande poder, de tal forma que qualquer pessoa que não acredita neste Deus e no seu poder é indesculpável.
 
Tal poder é imensamente superior à força humana.
 
Jó 9:8-10 – Deus fez o céu e as constelações. Ele faz grandes coisas, que se não podem esquadrinhar, e maravilhas tais, que se não podem contar.
 
Jeremias 32:17 – “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa.”
 
Jó 26:7-14 – Descrevendo várias obras que Deus tem feito no universo, Jó disse, “Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?
 
Não foi preciso apenas um grande poder para fazer o universo, mas tinha de ser um poder muito maior do que qualquer um que as pessoas têm. Nós nunca poderíamos fazer um universo assim. Nós nem poderíamos fazer uma única coisa e fazê-la viver! Não é possível compreendermos um poder tão supremo, muito menos o reproduzir.
[Salmo 33:6-9]
 
Como criaturas de Deus devemos confiar na sua força para cuidar de nós e nos salvar.
 
Salmo 119:73 – “As tuas mãos me fizeram e me afeiçoaram; ensina-me para que aprenda os teus mandamentos.” Quando reconhecemos que fomos criados por Deus, aí reconheceremos sua sabedoria. Aí devemos nos voltar a ele como a fonte de sabedoria de como devemos viver nossas vidas.
 
Provérbios 8:30-36 – Deus fundou a terra com sabedoria e estabeleceu os céus com inteligência. Então devemos guardar a sabedoria e bom siso. Nos ajudarão a andar seguros e viver sem medo de desviar.
 
Por que devemos acreditar no poder da sabedoria de Deus? Por que devemos confiar na sabedoria de Deus para guiar as nossas vidas? Devido à evidência da sua sabedoria nas grandes obras que ele fez,
principalmente na criação. Quando você vê a evidência da grande sabedoria na criação, quem mais você ia querer para guiar sua vida? Por que confiaria na sua própria sabedoria ou na de qualquer homem? [Provérbios 1:7]
 
Salmo 19:7; 2 Timóteo 3:15-17 – Mas não se esqueça que sua sabedoria para guiar nossas vidas está revelada nas Escrituras.
 
Se Deus não nos criou, então por que devemos confiar na sua sabedoria? Por que devemos seguir as instruções na sua palavra? Em vez disso não devíamos descobrir quem nos fez e por a nossa confiança em sua sabedoria?
 
Então mais uma vez, qualquer crença que deprecia ou debilita a doutrina da criação da mesma forma deprecia e debilita nossa fé na sabedoria de Deus. Isso, por sua vez, debilita nossas razões para seguir a Bíblia como a revelação da sabedoria de Deus. Como isso pode não ser essencial aos cristãos?
 
A criação prova o direito de Deus de controlar o universo.
 
Já que Deus criou o universo, ele tem o direito e poder para controlar e fazer o que ele achar melhor com ele.
 
O universo pertence a Deus porque ele o fez.
 
Salmo 24:1-2 – A Terra e todos que vivem nela pertencem a Deus porque ele a fundou e estabeleceu.
 
Salmo 89:11-12 – Os céus, a Terra e toda a sua plenitude são seus porque o Senhor os fundou e os criou.
 
Já que Deus fez o universo e o universo pertence a ele, conclui-se que seu poder deve controlá-lo.
 
Já que criou o universo, Deus reina sobre ele como Senhor.
 
Isaías 29:16 - O barro não tem direito de criticar a maneira que o oleiro o fez. Então nós não temos o direito de negar nem criticar nosso Criador. Ele nos fez, então tem o direito de fazer de nós o que ele quer que sejamos. Tem que nos submeter à vontade do criador. [45:9,10; 64:8; Romanos 9:20-24]
 
Atos 17:24 – Deus, que fez o mundo e tudo que nele há, é o Senhor (Soberano) do céu e da Terra. Ele domina porque ele o criou.
 
Colossenses 1:15-17 – Assim como Jesus fez a igreja e tem primazia sobre ela (versículo18), ele tem primazia sobre sua criação. Foi feita por ele (pelo seu poder) e para ele (para servir seus propósitos). [Hebreus 2:10]
 
1 Pedro 4:19 – Nós encomendamos as nossas almas na prática do bem, porque ele é o Criador.
 
Romanos 1:25 – É um erro fundamental “servir” a criatura no lugar do Criador. Servir aqui significa obedecê-lo como Deus (veja versículos 20-35 e o contexto).
 
Por que devemos temer a Deus e guardar seus mandamentos (Eclesiastes 12:13)? Porque ele nos criou para esse propósito. Como nosso Criador, ele tem todo direito de exigir nosso serviço. Como suas criaturas, somos obrigados a darmos qualquer serviço que ele requerer. Até entendemos a criação, nós não temos entendimento nem mesmo do propósito ou razão da nossa existência!
 
[Deuteronômio 32:5-6; Romanos 11:36; 1 Crônicas 16:26,36; Salmo 96:2-10; 100:2-3; Jeremias 27:5; 5:22; Êxodo 4:11; 20:9-11; 31:16-17; Números 16:22; Isaías 51:12-13]
 
Ele tem o poder de nos punir ou recompensar, conforme o nosso procedimento.
 
Gênesis 6:6-7; 7:4 – Deus decidiu destruir os homens, pois eles tinham se corrompidos tanto que Deus se arrependeu de ter os criado. Já que Deus fez o homem, quando o homem falhou em servir o propósito pelo qual foi criado, Deus teve o direito de destruir o que ele criou.
 
Isaías 27:11 – Alguns se tornaram tão corruptos que Deus que os fez não se compadecerá deles, e aquele que os formou não lhes perdoará. Deus é o criador. Ele pode castigar aqueles que não o aceitam.
 
Muitas pessoas negam que Deus tem o direito de punir ou destruir a humanidade por causa do pecado. “Não acredito num Deus que faria aquilo.” Sinceramente se você acredita nisso ou não, isso irá mudar a realidade de tudo? Se Deus realmente nos criou, ele tem o poder de fazer conosco o que ele quiser, independente do que queremos ou do que acreditamos.
A criação é um fato simples da história. Logo, se Deus nos criou, ele tem o direito e o poder de nos recompensar ou nos destruir. Se ele fosse um tirano, não teria nada no mundo que poderíamos fazer para mudar isso. Devemos glorificá-lo todos os dias pois ele não é apenas nosso Criador, mas ele é um Deus de misericórdia e paciência!
 
Se o Deus da Bíblia não nos criou, então porque ele teria o direito de nos controlar? Por que em vez disso não descobrimos quem nos fez o que ele diz?
 
Qualquer teoria que deprecia ou debilita a doutrina bíblica da criação nisso debilita nossa fé no poder de Deus para mandar nas nossas vidas. Isso enfraquece ou destrói nosso entendimento de nossa obrigação para servi-lo.
 
Entender a doutrina da criação é fundamental até para entender o propósito da nossa existência. Quem pode dizer que isso não é de importância essencial para os cristãos?
 
A criação prova o direito de Deus de ser adorado.
 
Deus merece a adoração do homem porque ele nos criou.
 
O fato que ele nos criou demonstra poder e sabedoria tão grande que devemos adorá-lo, não dando o nosso louvor a outros (como ídolos, etc.).
 
Deuteronômio 32:15-18 – As pessoas são repreendidas porque abandonaram o Deus que os criou. Serviram a outros deuses e esqueceram o Deus que os criou.
 
Salmo 86:8-10 – Todas as nações devem adorar e glorificar a Deus, porque ele as criou. Ele sozinho é Deus. Nenhum outro deus é grande como ele, porque não fazem obras como suas obras (inclusive a criação).
 
Salmo 149:1-2 – As pessoas devem louvar o Senhor e regozijar seu Criador.
 
A coisa que foi criada deve dar glória ao seu criador. O poder de Deus para criar prova indiscutivelmente que ele merece a nossa adoração. Mais ninguém nos fez; portanto mais ninguém deve ser adorado.
[Salmos 139:13-14; 8:3-9]
 
Deus merece a nossa adoração devido à grandeza de tudo que ele criou.
 
Salmo 95:1-7 – Vinde, adoremos diante do nosso Criador, pois ele é Deus. Suas mãos formaram os continentes.
 
Salmo 148:1-6 – Legiões celestiais devem louvar o nome do Senhor, pois mandou ele, e foram criados.
 
Romanos 1:25 – Já que a divindade e o poder de Deus são claros através das coisas que ele criou, as pessoas são indesculpáveis (vs. 20) quando elas adoram e servem a criatura ao invés de servir o Criador.
 
Note cuidadosamente que esta verdade é absolutamente essencial para todos os cristãos: qualquer coisa que foi criada não merece ser adorada. Somente o Criador deve ser adorado, pois só ele tem o poder supremo.
 
Romanos 11:36 – “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente.” Por que a glória pertence a Deus? Porque todas as coisas são dele e por meio dele – isto é, ele é o Criador. Isso em si já é razão suficiente para darmos glória a ele para sempre!
 
Apocalipse 4:11 – Deus deve receber glória, honra e poder. Por que? Porque ele criou todas as coisas. Pela sua vontade vieram a existir e foram criadas.
 
Apocalipse 14:6-7 – O evangelho eterno diz que o povo de cada nação, tribo e língua deve adorar aquele que fez o céu e a Terra.
 
Considere cuidadosamente que não adoramos e servimos a Deus apenas porque Jesus morreu na cruz para nos oferecer a vida eterna. A humanidade já devia adoração a Deus muito antes daquele evento acontecer, e ainda devemos nossa adoração a Deus porque ele nos criou.
 
Se o Deus da Bíblia não tivesse criado o Universo, por que devemos adorá-lo? Em vez disso não devíamos descobrir quem foi que criou os céus e a terra, e então adorar a ele?
 
Qualquer teoria que deprecia ou debilita a doutrina bíblica da criação nisso debilita nossas razões para adorar a Deus. Isso debilita nossa fé no direito que Deus tem de ser adorado!
[Neemias 9:6; 1 Crônicas 16:25-29; Salmo 96:2-9; 33:6-9; 19:1; 103:22; Eclesiastes 12:1; Isaías 43:7,21; 1 Coríntios 8:5-6]
 
Resumindo, a criação prova que Deus é Deus!
 
A conclusão da evidência precedente é que a criação é a prova definitiva de que o Deus da Bíblia é o Deus verdadeiro. É por isso que o reconhecemos como Deus, e por isso que seria errado reconhecer qualquer outra coisa ou pessoa como Deus.
 
Estas conclusões resultam de tudo que já aprendemos. Também são afirmados ou subentendidos nas seguintes passagens:
 
Passagens do Velho Testamento.
 
2 Reis 19:15 – Ezequias orou que Deus somente é Deus. Ele fez o céu e a Terra. [Isaías 37:16]
 
Salmo 86:8-10 – Só ele é Deus. Não há outro semelhante a ele entre os deuses. Todas as nações devem adorá-lo porque ele as criou.
 
Salmo 95:1-7 – “O SENHOR é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses.” Ele fez o mar e as suas mãos formaram os continentes. Adore o Senhor, nosso Criador pois ele é Deus.
 
Isaías 45:18 – “Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro.”
 
Jeremias 10:11-12 – “Deuses” que não fizeram o céu e a Terra perecerão! Se o Deus da Bíblia não fez o Universo, então ele é um deus falso! Ele perecerá. Então por que devemos servi-lo como Deus?
 
Veja as conclusões abaixo para 1 Crônicas 16:25-35 e Salmo 96:2-10.
 
O Velho Testamento claramente ensina que Deus é claramente provado a ser Deus porque ele fez o céu e a Terra. Mais nada nem ninguém podem ser Deus porque eles não criaram o céu e a Terra. A criação é uma característica que define quem é Deus!
 
O ponto crucial é: Quem é ou não é Deus? Certamente não é uma questão do ensinamento do Velho Testamento que poderia mudar no Novo Testamento. Mandamentos de como servir a Deus mudaram, mas não quem é Deus nem como podemos saber que ele é Deus (Hebreus 13:8). Como aquilo pode não ser essencial para nossa fé?
 
[Neemias 9:6; Salmo 100:3; 8:3-9; Isaías 17:7; 40:25, 26; 42:5-9; Jeremias 14:22; 51:15-19]
 
Passagens do Novo Testamento.
 
Atos 4:24 – Os discípulos levantaram a voz a Deus e disseram: “Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.”
 
Atos 14:15 – As pessoas que adoram ídolos devem ser ensinadas a se converterem destas coisas vãs ao Deus vivo, que fez o céu a terra, o mar e tudo que neles há.
 
Atos 17:24-29 – Mais uma vez os idólatras foram ensinados que não deviam adorar ídolos de ouro ou prata. O Deus verdadeiro que reina o céu e a terra é aquele que fez o mundo e nos dá a vida. Nós somos a sua descendência. Então devemos buscá-lo, pois ele não está longe de nós.
 
Romanos 1:20 – As coisas que foram criadas por Deus claramente revelam, não só seu poder mas também sua divindade. Eles provam que ele é Deus e aqueles que falham em reconhecer ele como Deus são indesculpáveis. Aqueles que rejeitam estas verdades cairão mais e mais profundamente no erro e serão rejeitados completamente por Deus (veja versículos 18-32).
 
No Novo Testamento, como no Velho, a criação é a evidência de quem é o Deus verdadeiro. O Deus verdadeiro é aquele que criou o céu e a Terra. Mais nada nem ninguém podem ser Deus porque não criaram o céu e a Terra.
 
Se o Deus da Bíblia não fez o céu, a Terra e a humanidade então por que devemos lhe reconhecer como Deus? Se ele não fez o Universo então ele não é Deus! Ele seria um falso deus e nós devemos nos desviar dele e procurar e servir aquele que nos fez.
 
Qualquer teoria que deprecia ou debilita a doutrina bíblica da criação nisso debilita toda a nossa capacidade de até mesmo reconhecer quem Deus é! Como então a doutrina da criação pode não ser uma parte fundamental do evangelho?
 
Conclusão
 
1 Crônicas 16:25-36 (também Salmo 96:1-10) – Como sabemos que devemos louvar, temer e adorar a Deus, reconhecer que ele reina, invocá-lo para nos salvar e acreditar que ele irá nos julgar? Por que não confiar em nós mesmos ou em alguma coisa na natureza ou em algum ídolo? Porque Deus fez os céus e estabeleceu a Terra. É por isso!
 
Podemos argumentar que outros milagres provam o poder de Deus e eles o confirma sim. Mas todos os outros milagres são apenas demonstrações adicionais do poder que Deus mostrou na criação. Que outro milagre mostra poder e sabedoria maior do que foi demonstrado pela criação?
 
Jeremias 32:17 – “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa.” Se Deus pode criar o Universo, ele pode fazer qualquer coisa. Nenhum outro milagre poderia provar um poder maior do que a criação provou.
 
Outros milagres simplesmente demonstram o poder de Deus de controlar aquilo que foi ele mesmo que criou. Até a ressurreição é apenas dar a vida novamente a alguém que já tinha. Como isso é um milagre maior ou mais difícil do que criar todos os tipos de vida?
 
Se a doutrina bíblica da criação como é ensinada em Gênesis 1 não é essencial para a fé dos cristãos então por que devemos nos opor à evolução teísta? Por que os cristãos deveriam se opor a tal visão se a criação não é essencial para nossa fé?
 
De fato, a doutrina bíblica da criação é essencial para o evangelho porque é absolutamente essencial aos assuntos a respeito da Bíblia ser ou não a palavra de Deus e do Deus da Bíblia ser ou não o Deus verdadeiro! Como isso não seria uma doutrina essencial para os cristãos?
 
Ensinar o que a doutrina da criação não é essencial para os cristãos é negar as verdades básicas do evangelho. Tais visões compreendem pregar “um outro evangelho” e falhar em permanecer no evangelho de Cristo (Gálatas 1:8-9; 2 João 9).
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Fonte:http://estudosdabiblia.net/2003319.htm