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quarta-feira, 20 de abril de 2022

Bíblia Sagrada, a sempre atual Palavra de Deus

20.04.2022

Do portal da CPADNEWS, 31.10.2020

Por Claudionor de Andrade

A Bíblia Sagrada, por ser a inspirada, a inerrante e a eterna Palavra de Deus, é o livro mais perseguido e atacado de todos os tempos. No passado, seus inimigos tentaram destrui-la fisicamente, confiscando-a e lançando-a ao fogo. Em nossos dias, Satanás vem agindo de forma mais sutil e refinada. Ao invés de queimar e interditar a Palavra de Deus, intenta tirar Deus da Palavra, através de hermenêuticas iníquas e de versões tendenciosas e débeis. Não bastassem essas invectivas astutas e quase veladas, o Diabo usa, ocasionalmente, um aprendiz mais afoito, a fim de desferir ataques frontais, diretos e blasfemos contra as Sagradas Escrituras.

Nesta humilde apologia, apresentarei 10 razões por que acredito que a Bíblia Sagrada, por ser a inspirada Palavra de Deus, jamais perdeu a sua atualidade, suficiência, relevância e poder. Aliás, é o único livro contemporâneo de todas as épocas, porquanto foi escrito para ser lido e entendido por todos os povos, em todos os tempos e lugares.

Primeira razão.

A Bíblia é, de fato, a inspirada Palavra de Deus, porque, ao lê-la, sentimos o Deus da Palavra falar-nos direta e profundamente ao coração. Aliás, a própria Escritura comprova a sua inspiração única e divina: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm 3:16,17).

A Bíblia foi-nos dada pelo sopro do Deus Único e Verdadeiro. 

Sendo um livro divino, e não apenas humano, a Bíblia Sagrada vem transformando indivíduos e nações, desde que começou a ser escrita, por Moisés, há 3.500 anos, no deserto do Sinai. Embora seja a obra mais perseguida e odiada, é, paradoxalmente, a mais lida, a mais estudada e a mais amada de todos os tempos.

Segunda razão.

A perene atualidade da Bíblia Sagrada está vinculada diretamente à sua inspiração. Deus assoprou-a na alma e no coração dos santos profetas e dos apóstolos de Nosso Senhor, “para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2Tm 3:17).

Sendo contemporânea de todas as épocas, lugares e povos, a Bíblia Sagrada jamais deixou de falar a uma geração humana. A mesma Palavra de Deus que transformou o jovem Timóteo, na era apostólica, converteu Tertuliano, no século 2; Martinho Lutero, no século 16; John Wesley, no século 18; Daniel Berg, no século 20 e os pecadores que, neste momento, ao redor do mundo, ao ouvi-la e ao lê-la, compungem-se arrependidos, e aceitam Jesus Cristo como o seu Único e Suficiente Salvador.

Terceira razão.

Ora, sendo a Bíblia Sagrada a inspirada Palavra de Deus, e sendo, de igual forma, a única obra contemporânea de todas as épocas, lugares e povos, conclui-se, com irrecorrível razão, que estamos diante de um livro absolutamente inerrante e perfeito, conforme a própria Escritura testifica de si mesma.

Eis um dos testemunhos internos de sua inerrância: “As palavras do Senhor são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes” (Sl 12:6).

Vejamos, agora, o depoimento do Salmista concernente à sua consumada perfeição: “Tenho visto que toda perfeição tem seu limite; mas o teu mandamento é ilimitado” (Sl 119:96).

A Bíblia Sagrada, por ser a Palavra de Deus, é superior a razão humana, mas não a contradiz, quando esta é usada de forma correta e legítima. Afinal, o próprio Deus nos intima a um culto racional (Rm 12.1,2).

Quarta razão.

Visto que a Bíblia Sagrada é divinamente inspirada, inerrante, perfeita e jamais deixou de ser atual, conclui-se logicamente que ela também seja infalível. Logo, tudo quanto ela diz, ou prediz, acontece necessariamente, conforme não só a Escritura, mas a História testifica, desde os tempos canônicos até hoje.

Eis o que a própria Bíblia testemunha acerca de um de seus autores: “E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra” (1Sm 3:19).

Daniel, um dos profetas canônicos do sétimo século a.C., certifica outras profecias e oráculos bíblicos. Ao registrar os arcanos das 70 semanas, referenda um outro mensageiro de Jeová: “No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus. No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de cumprir-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Dn 9:2).

A fim de reafirmar a infalibilidade da Bíblia Sagrada, transcreveremos o testemunho do próprio Cristo: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13:31). 

Quinta razão.

A Bíblia Sagrada é suficiente para suprir-nos todas as carências espirituais, morais, emocionais e culturais. Somente ela tem as respostas completas e definitivas no que concerne à nossa comunhão com Deus, à nossa conduta pessoal e social e, sobretudo, quanto à salvação de nossas almas. Não precisamos de outro cânone além do Antigo e do Novo Testamentos, conforme adverte-nos a própria Palavra de Deus, por meio de Moisés: “Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4:2). 

Reportando-se à suficiência das Escrituras, o apóstolo é taxativo e claro: “Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15:4).

Sexta razão.

Tendo em vista ser a Bíblia Sagrada suficiente, em si mesma, elegemo-la como a única regra infalível no que concerne à fé, à doutrina e à conduta do ser humano, em geral, e a do seguidor do Senhor Jesus Cristo, em particular. Noutras palavras, as Escrituras Sagradas são absolutas e inquestionáveis no que diz respeito à teologia, à moral e à ética.

O profeta Isaías mostra quão soberana é a Palavra de Deus respeitante à nossa conduta e às sendas que devemos trilhar: “Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda” (Is 30:21). Portanto, seguem vigendo soberanamente não apenas os Dez Mandamentos e o Sermão da Montanha, como também a Bíblia toda – do Gênesis ao Apocalipse, continua ele atualíssima.

Sétima razão.

A Bíblia Sagrada não requer atualização alguma, porquanto é claríssima, inteligível e perspícua, conforme ela própria testemunha acerca de sua perfeita compreensibilidade. Consideremos esta declaração de Davi: “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices” (Sl 19:7).

Aliás, as palavras do Santo Livro são de tal forma claras e transparentes, que até mesmo os mentalmente fragilizados são capazes de entendê-las, conforme profetiza Isaías: “E ali haverá uma estrada, um caminho, que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para aqueles; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão” (Is 35:8).

Oitava razão.

A Bíblia Sagrada, por ser a Palavra de Deus, é eterna. Nenhum outro livro, a não ser o Livro dos livros, há de sobreviver ao fim da história como a conhecemos. Além deste tempo, já na Jerusalém Celeste, a Bíblia continuará a testemunhar acerca do Cordeiro de Deus morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8). Ao cantar a eternidade das Escrituras Sagradas, declara o Salmista: “Para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Sl 119:89).

Nona razão. A canonicidade da Bíblia Sagrada é inviolável. Sua integridade não pode ser violada nem pelo corpo dos fiéis, nem pelo santo ministério e muito menos pela comunidade teológica. Ninguém está autorizado a acrescentar ou a tirar qualquer letra, palavra, frase, sentença, oração, parágrafo ou livro do Sagrado Cânon, porquanto a advertência do Senhor é severíssima:

“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Ap 22:18,19).

Décima razão.

Por favor, não mexam no cânon da Bíblia Sagrada. Os 66 livros da inspirada e inerrante Palavra de Deus são inalteráveis. Não os violente a pretexto de atualizações falaciosas, ímpias e desnecessárias, intentando conformá-los às suas concupiscências, pecados e ganas malignas. Não se deixe usar por Satanás. A Bíblia, volto a repetir, já foi concebida atualizada, porquanto o seu inspirador não é um ser obsoleto e ignorante. O Espírito Santo, querido irmão, é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

O profeta Isaías descreve a Bíblia Sagrada, realçando a sua perene contemporaneidade: “Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40:8). Ora, se a Palavra de Deus subsiste para todo o sempre, por que atualizá-la? Só o que não resiste à voragem do tempo é que precisa de adendos, subtrações, alterações e correções. 

Quem sustenta a nefasta ideia de que Bíblia Sagrada carece de atualizações doutrinárias, teológicas e éticas, está a professar, inspirado por Satanás, que a Sagrada Bíblia é falível, errante, inadequada e confusa. Noutros termos, está a defender que a Escritura não é a Palavra de Deus, e, sim, meros termos e vocábulos mortos de homens já defuntos.

 Até mesmo as atualizações gráficas, vocabulares e semânticas têm de ser procedidas com temor e tremor, porque estamos a lidar com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. Sejamos santos, reverenciosos e tementes ao Eterno Senhor, pois no princípio era o Verbo e o Verbo era a Palavra de Deus.

Finalmente, com o fiel cumprimento das profecias, a cada hora, a Bíblia Sagrada faz-se mais atualizada do que nunca. Se você ainda duvida da contemporaneidade da Palavra de Deus, aconselho-o a que estude, com afinco e redobrada atenção, os acontecimentos que precedem a volta de Jesus Cristo. O que tudo nos mostra? Que o Rei dos reis está voltando. Quer um livro mais atual do que a Bíblia Sagrada? 

Querido irmão, eis como Deus magnifica a sua Palavra, Confessa o Salmista: “Inclinar-me-ei para o teu santo templo, e louvarei o teu nome pela tua benignidade, e pela tua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome” (Sl 138:2).

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Fonte: http://cpadnews.com.br/blog/claudionorandrade/posts/143/biblia-sagrada-a-sempre-atual-palavra-de-deus.html

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Qual o peso da Palavra na sua vida?

 24.02.2022

Do portal VERBO DA VIDA,19.09.2021

Por Guto Emery

 Existem santos que rejeitam o serviço que uma liderança quer prestar para elas. Eu já tive pessoas que rejeitaram o que eu tinha de bom para dar pra elas. Às vezes, a gente está com uma boa atitude para com as pessoas, mas elas rejeitam. Nem sempre o que a gente quer dar para as pessoas, elas recebem. A igreja não é um restaurante, a igreja é o lugar que você recebe o que precisa. 

Muitas vezes, para lhe dar o que é preciso, é necessário confrontarmos você com a Palavra, fazer você vê um caminho alternativo para a vida que você está levando. Existem pessoas cheias de si mesmo, cheias de orgulho e precisamos estourar aquele balão de orgulho para que elas possam andar no que Deus tem para vida delas. Eu tive que ser confrontado muitas vezes, mudar a minha maneira de pensar, agir, mesmo que fosse contrário às minhas vontades, e assim eu fui crescendo para aquilo que Deus queria. 

Eu amo os dons espirituais, eu fico maravilhado com Deus, Ele falou com Paulo através de um anjo, falou com José através de um sonho, mas nada disso substitui a Palavra de Deus. A Palavra deve ter primazia em nossa vida. Ela deve ser aquele recurso que a gente sempre busca na hora da dificuldade. Não busque manifestações, busque a Palavra de Deus. 

Em um tempo em que tudo é relativizado, querem relativizar até a Palavra, mas a Bíblia deve ser aceita como ela é. A Bíblia é a vontade de Deus. Algumas coisas não acontecem na nossa vida porque não estamos levando a sério o que a Palavra de Deus diz. O problema é que as experiências, hoje em dia, estão falando mais alto do que a Bíblia. Eu não creio em cura porque vi pessoas serem curadas, eu creio em cura porque a bíblia diz. 

Por que não vemos algumas coisas acontecerem? Porque ficamos intimidados ao ver coisas acontecerem na vida de pessoas que a gente não sabe explicar. Como por exemplo, pessoas que estamos orando para serem curadas e elas partem para o Senhor antes do tempo. O que podemos fazer a respeito disso? Uma coisa eu sei, não podemos perder a nossa convicção na Palavra de Deus. Quando a notícia que João Batista foi decapitado chegou para Jesus, Ele se recolheu para orar, depois disso Ele saiu para pregar sobre cura. Jesus não abalou as suas convicções.

O que faz você não perder as suas convicções? Voltar para as raízes, voltar para a Palavra. 

Hoje em dia, a gente tem tanto material de fácil acesso. Lembro de que no meu tempo, em 1989, quando me converti, não tínhamos muitos livros do Irmão Kenneth Hagin, tínhamos cópias dos livros e eu lia repetidamente, hoje temos uma fartura de material. A gente lança mais livros do que você consegue ler. No entanto, nada substitui a Bíblia. Às vezes, não estamos vendo os mesmos resultados da Igreja Primitiva, porque não estamos fazendo o que eles faziam, com a mesma força e intensidade. 

Qual a consideração que temos pela Bíblia? Precisamos gastar tempo com elas, ler, fazer anotações. A Palavra não precisa de atualização, ela é a Palavra de Deus. Podemos nos sentir pressionados pela geração atual a trabalhar a Bíblia de forma diferenciada, mas a Palavra não precisa ser atualizada, ela é a Palavra de Deus. Precisamos estar satisfeitos com a escritura sagrada. Quando estamos ancorados em fé, a Palavra nos basta. Com ela aprendemos a passar pelas dificuldades com alegria. A revelação da Palavra traz graça e poder para nos mantermos bem em meio a dificuldades e pressões.

A Bíblia é a nossa fonte, ela é suficiente. É nela que nós cremos. As pressões da vida vêm para todos, mas nós passamos e encaramos de forma diferente. Paulo, quando estava indo para Roma, tinha uma percepção no seu coração de que algo iria acontecer. No entanto, as pessoas deram mais crédito ao capitão do barco. Vamos receber, em nossos corações informações que são mais valiosas do que as informações que temos naturalmente. Existem informações na Palavra que superam o que é natural.

Precisamos eleger a bíblia como a palavra final em nossa vida.

Deus pode tratar conosco alguma direção, porém o que vai fazer com que não alcancemos o plano de Deus, não é algo da parte do Senhor, porque Ele não muda e não erra, mas nós podemos ser influenciados a tomar decisões erradas durante o caminho. A Palavra de Deus nos traz orientações, e nós decidimos se aceitamos ou não. O Apóstolo Bud sempre teve abertura para me corrigir. Hoje, temos uma geração tão frágil que se dissermos que estão errados eles podem até sair da igreja. Uma geração que não aceita a negativa.

Deus coloca pessoas em nossa vida como um balizador, pessoas para nos conduzir e nos auxiliar na nossa caminhada. Deus falou sobre isso a respeito de Moisés, ele foi estabelecido como chefe e libertador.

Existe uma autoridade dada por Deus às lideranças para conduzi-lo num caminho de segurança.

Não podemos ter desprezo pelas pessoas que Deus instituiu como autoridade.

O revestimento de autoridade dada por Deus se trata de uma unção divina. Os nossos líderes não usurpam, mas têm prazer em dar, em conduzir nosso povo num caminho de sucesso. Vai acontecer nas nossas vidas como Deus tem dito, sabemos quem somos, sabemos a quem servimos. Precisamos nos abrir para a influência da Palavra e receber o que Deus diz, mesmo sem ver ou sentir algo. Devemos considerar a Palavra como se fosse Deus presente em nossa vida. Podemos passar pelo vale da morte sem temer porque a Palavra nos garante isso (Salmos 23). Eu tinha pensamentos muito pequenos que me tornaram uma pessoa amarga no início do Evangelho por conta da timidez. Eu precisei transformar a minha mente e isso abriu a minha visão. Quando me posicionei na Palavra, isso mudou. 

Hoje, eu trabalho para construir na vida das pessoas, o que Deus construiu em mim. Se você está firmado na Palavra para construir as coisas, vai acontecer.

A Palavra é a nossa verdade absoluta, precisamos estar alinhando a nossa vida, pensamentos e escolhas à Palavra todos os dias. A meditação vai construir na nossa mente o que Deus quer, precisamos nos esforçar para pensar correto. Isso não acontece por imposição de mãos, apenas nós mesmos conseguimos mudar nossos pensamentos.

Um pensamento negativo sai, quando um pensamento bom entra em seu lugar. Precisamos nos posicionar, isso sendo agradável ou não. 

Quando nos vemos como Deus quer, nada nos intimida, levamos a vida com ousadia, seguros do que precisamos fazer. Podemos alertar pessoas para o caminho certo através da Palavra. Paulo tinha a Palavra de Deus e ainda assim tinha pessoas querendo abandonar o barco e Paulo disse que se essas pessoas saíssem ele não poderia fazer nada por elas. Devemos ficar plantados onde Deus nos quer.

Certa vez, o Pr. Bud plantou um pé de abacaxi e não frutificou. Um engenheiro agrônomo disse que o solo não tinha os nutrientes necessários para que ele frutificasse. O pé de abacaxi ficaria vivo, mas não tinha condições de frutificar porque não estava no solo adequado. Pessoas podem ficar atrofiadas no Corpo de Cristo porque diante de um desgosto, uma decepção, acabam saindo do lugar em que foram plantadas. Assim, muitas vezes, elas ficam sem dar os frutos que nasceram para dar, apenas se mantendo vivas, como o pé de abacaxi do Pr. Bud. 

Escutar a Palavra nos mantém firmes, sem perder a ousadia e o ímpeto da Palavra da Fé. Scott Webb diz que não recebemos fé de quem não tem fé para dar. Se associe com pessoas da fé, isso é contagioso, coisas vão acontecer e se manifestar na sua vida. Deus tem interesse que essas coisas aconteçam. 

Eu aprendi com o Pr. Bud e Jan, a ser generoso. Precisamos transmitir a generosidade de Deus a outras pessoas. É muito melhor dar do que receber. Precisamos viver assim, sendo uma bênção, dando frutos para alcançar outras pessoas com a nossa generosidade.

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Fonte: https://verbodavida.org.br/lista-blogs/blog-gutoemery/qual-o-peso-da-palavra-de-deus-na-sua-vida/

quinta-feira, 28 de julho de 2016

A Bíblia e a Homossexualidade

28.07.2016
Do blog O PREGADOR, 2009
Por Pr.  


A Bíblia e a HomossexualidadeVamos ter um momento para ver o que Bíblia diz sobre a homossexualidade e também sobre, casamento homossexual.

Vamos começar pela definição de homossexualidade (sim, acredite ou não existem pessoas que irão discutir sobre a definição).

De acordo com o dicionário Merriam-Webster dictionary, a homossexualidade é definida como:
"A qualidade ou estado de ser homossexual" e "atividade erótica com outra pessoa do mesmo sexo".Continuando, homossexual é definido como: “relativo a, ou caracterizado por uma tendência para dirigir o desejo sexual para outra do mesmo sexo" e " de, relacionadas com, ou envolvendo relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo".

O próprio termo "homossexual" não foi inventado até o final de 1800, mesmo embora a prática já existe há milhares de anos.


Em Gênesis capítulos 18 e 19, testemunhamos a destruição de Sodoma e Gomorra devido à sua perversão sexual. Nesse relato, Ló, o sobrinho de Abraão, vivia em Sodoma. Dois anjos em viagem a Sodoma, depois de terem sido convidados para a casa de Ló para passar a noite, a casa foi rodeado por "homens de toda parte da cidade de Sodoma, tanto jovens como velhos... Eles chamaram a Ló e disseram: "Onde estão os homens que a ti vieram nesta noite? Traga-os fora a nós para que possamos ter relações sexuais com eles.”

Deus nunca escolheu e destruiu outras cidades dessa maneira. O pecado da homossexualidade era tão ofensivo a Deus que Ele aniquilou tanto a cidades como os habitantes.   

O livro de Levítico é o lugar onde Deus estabeleceu Suas leis para os israelitas.A homossexualidade é abordada tanto em Levítico 18:22 e 20:13.
Levítico 18:22: "Não te deitarás com um homem como se deita com uma mulher, é uma abominação.”
Levítico 20:13: "Se um homem se deitar com outro homem, como aquele que se deita com uma mulher,ambos cometeram um ato abominável, pois eles certamente serão condenados à morte.Seu sangue cairá sobre eles".
Aqui Deus está claramente dizendo aos israelitas que o homossexualismo é detestável, e uma abominação para ele, que aqueles que praticam deveriam ser condenados à morte e que a culpa está nos seus próprios ombros.

Eu gostaria de analisar dois pontos aqui:
1. O termo "culpados do sangue" na Bíblia diz "o seu sangue será sobre suas próprias cabeças" indica que uma pessoa decide entrar no homossexualismo. Muitos ativistas homossexuais querem nos fazer crer que a homossexualidade é um traço genético e não uma escolha consciente. Nós falaremos mais sobre este aspecto da homossexualidade mais tarde neste artigo.
2. Deus nos diz que Ele é imutável. Ele é o mesmo, "Eu, sou o Senhor e não mudo". 
3. A pergunta que devemos fazer é: "Se Deus disse que algo é detestável, e uma abominação em tempos passados, seria um Deus imutável dizer que as mesmas coisas são para ele boas e normais hoje em dia? "Claro que não. Ele é imutável!   
Alguns podem tentar fazer com que a alegação de que, Deus, em Êxodo 21:17, também ordenou que qualquer filho que amaldiçoa seu pai ou mãe deveria ser condenado a morte, isto de alguma maneira diminui a lei referida no Levítico, desde que é claro que hoje em dia, ninguém condena uma criança à morte por maldição aos seu pais.   

Na verdade ele não diminui as leis do Levítico em nada.
Jesus disse em Mateus 5:17-18: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim destruir, mas cumprir. Eu digo a verdade, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido".
Um dos argumentos complicados que eu já ouvi é "que Jesus nunca falou especificamente contra a homossexualidade.” Bem, Jesus nunca falou especificamente contra o assassinato, mas há quem acredita que o assassinato é aceitável porque Jesus nunca falou especificamente sobre isso? Acho que a maioria de nós diria "não". Porque Jesus não falou especificamente sobre algo não nos exime de tentar determinar, a partir da Palavra de Deus (a Bíblia), o que Deus (e Jesus) quer que façamos sobre isso.
Deve fazer-nos muito feliz que Jesus morreu na cruz por nossos pecados, eliminando assim a necessidade que temos de ser condenado à morte por violar a lei.
O Novo Testamento é também muito claro sobre o que Deus pensa sobre o homossexualismo.
Em Romanos 1:26-27, o apóstolo Paulo é muito específico: "Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Porque até as mulheres trocaram as relações naturais por outras, não natural. Da mesma forma que os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão um para com o outro. Homens cometeram atos indecentes com outros homens, e recebendo em si mesmos a devida pena pela sua perversão".
Paulo passou a afirmar, em 1 Coríntios 6:9-10: "Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem prostitutos nem adúlteros, nem os sodomitas, nem ladrões, nem os avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus".
E em Judas 1:7: "De um modo semelhante, Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas, que, havendo se corrompido como aqueles e ido após outra carne, foram postas como um exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno."

Assim, de forma inequívoca, o homossexualismo, segundo a Bíblia é um pecado.
É importante entender que Jesus nunca, nem uma vez sentou-se com pecadores não arrependidos. Na verdade, ele chamou de uma ninhada "de víboras". Todos as pessoas associadas com Jesus durante o Seu ministério eram arrependidos ou aqueles que buscavam se arrepender e segui-Lo.
Jesus nunca encorajou e nunca será encorajar ninguém a continuar no pecado.

Na sociedade de hoje nós, cristãos, que sustentamos uma visão bíblica sobre este tópico somos frequentemente chamados de "intolerantes", e até mesmo "racistas" ou “homofóbicos”. Estes são "chavões" jogado em nós pelos ativistas homossexuais em uma tentativa de envergonhar-nos e nos fazer desistir de verdades bíblicas Moral Absolutos e aceitar sua posição sobre a homossexualidade.
O ativista homossexual, também, quer que todos acreditam que a homossexualidade é uma coisa boa, saudável e verdadeira, é um traço genético. Deixe-me dissipar esta lenda urbana agora.

Até o momento, nenhuma evidência de um "gene homossexual" foi encontrado. Todas as provas suporta o fato de que a homossexualidade é uma opção de vida, não um pré-determinado traço genético como ser destro ou canhoto, ou ter uma cor específica.

Um psicólogo britânico teve enorme sucesso em prestação de "terapia de reorientação" para homossexuais que querem mudar. Não é uma cirurgia ou um tratamento médico, mas é eficaz. Como poderia ser eficaz se a causa da homossexualidade é física? Bem, é não poderia ser. A homossexualidade é uma escolha, não uma predisposição genética.   

O que é um estiramento para a mente lógica para sequer chegar perto de crer que alguém aceitar a escolha do estilo de vida homossexual se torna parte de uma raça diferente!
Segundo várias fontes, 85 a 89 por cento das pessoas atualmente infectadas pelo vírus da AIDS são homossexuais, bissexuais ou que tenham tido relações sexuais com pessoas que são homossexuais ou bissexuais.

Acho interessante que as pessoas que estão empurrando a agenda homossexual, jamais mencionam o risco significativo para as pessoas, especialmente os homens, que estão envolvidos nesta opção de vida.

A Califórnia está lutando atualmente com a questão da homossexualidade na escolas e ao público em geral. Vários parlamentares do Estado introduziram na legislação uma forma para pressionar os sistemas de ensino para a lista sexual preferência de figuras históricas, numa tentativa de "glamour" do estilo de vida homossexual. Eles têm ido tão longe a ponto de incluir nessas disposições da legislação restrição a livros e atividades patrocinadas pela escola "refletindo negativamente" na transexual idade, da bissexualidade, ou homossexualidade.

Este projeto também poderia remover a família tradicional de livros didáticos por não usar palavras como "mamãe" e "papai".

Escolas colocam cartazes em suas paredes para incentivar os jovens a aceitar e tornar-se parte do estilo de vida homossexual, mas nunca está lá qualquer palavra dos riscos à saúde dos associados.
Nossos jovens estão sendo enganados pelos ativistas homossexuais.
Tristemente, os ativistas homossexuais são muito eficazes nestes esforços.

A homossexualidade é um pecado. Não importa como o ativista homossexual corta-o, analisa-o, contorce-o e gira-o, a homossexualidade sempre será um pecado e uma abominação para Deus.
Peço a todos os homossexuais ou aquelas pessoas que pensam se engajar no estilo de vida homossexual, fuja desse pecado, arrepende-se e volta para Deus e a sua vontade.

Deus nos deu não apenas regras sobre a homossexualidade, mas o sexo em geral, porque é bom para nós. Se seguirmos suas regras de um homem e uma mulher no contexto do casamento, muitas coisas más e ruins podem ser evitadas.

Deus ama a todos nós e só quer o melhor para sua criação. Vire as costas para o pecado e siga-o.

*Aldenir Araújo.Pastor, web design, blogueiro profissional, autor do site "O Pregador" e vários outros projetos na internet. Adora compartilhar experiências e ajudar pessoas desenvolver o verdadeiro potencial.


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Fonte:http://www.opregadorfiel.com.br/2009/11/a-biblia-e-homossexualidade.html

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A inspiração e autoridade das Escrituras: uma perspectiva missiológica

21.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 23.09.2007
Por Timóteo Carriker

Uma das “reformas” mais marcantes da Reforma Protestante foi no seu conceito das Sagradas Escrituras. O grito protestante (era mesmo um protesto!), sola Scriptura, era o anúncio inequívoco da suprema autoridade e plena inspiração da Bíblia e, ao mesmo tempo, uma denúncia da autoridade da tradição eclesiástica que se colocava no mesmo pé de igualdade com as Escrituras. O discurso reformado a respeito das Escrituras foi tão marcante que surtiu vários efeitos significantes. Por exemplo, transformou o conceito e a ordem da liturgia cristã. Com a ênfase no sola Scriptura destacava-se a pregação da Palavra, ao invés da celebração da ceia como na missa católica. Também a ênfase na autoridade suprema das Escrituras contribuiu para mudanças no governo da igreja. E assim as igrejas reformadas se distanciaram dum sistema de governo estreitamente hierárquico. É possível dizer que o respaldo de sola Scriptura despertou um novo interesse na exegese e menor interesse na dogmática ou na teologia histórica que, até hoje, são exploradas mais no meio católico (talvez os nossos teólogos discordem comigo!). Além destas transformações inteiras, a doutrina da autoridade e inspiração da Bíblia influenciou significantemente até mesmo na organização social e cultural dos povos mais atingidos pela Reforma Protestante. Por exemplo, por valorizar a leitura, foram especialmente os protestantes, por meio do movimento missionário, que promoveram cada vez mais a alfabetização, o ensino popular e até mesmo a ciência. Também contribuiu para o nascimento e promoção dos conceitos democráticos de governo. Logo a “reforma” no conceito das Escrituras foi incalculável dentro e fora da igreja, e permenece um dos assuntos mais importantes no meio evangélico.
 
Por isso mesmo, resolvi escrever sobre este assunto sob uma nova ótica, a da missiologia. A missiologia, diferente da teologia, é uma reflexão dinâmica a partir da tarefa da igreja no mundo. Disto, eventualmente nasce a sua filha, a teologia, que procura sistematizar as reflexões missiólogicas além do seu contexto original e aplicá-las de modo mais geral. A reflexão que encontramos no Novo Testamento, por exemplo, é “missiológica”. Podemos também chamá-la de teologia de praxis. Foram os apologistas dos séculos posteriores que produziram as primeiras “teologias” como conhecemos hoje, em forma mais sistemática.

O que diremos, pois, da autoridade e inspiração das Escrituras, duma perspectiva missiológica? Primeiro, lembramos duma importante distinção teológica dos reformadores. 

Entenderam que todas as três afirmações básicas da Reforma, sola Scriptura (somente as Escrituras), sola gratia (somente a graça), e sola fidei (somente a fé), devem ser subordinadas à afirmação maior de solus Christus. Por isso queriam dizer que, sem um encontro vivo com Cristo, não se ouve as Escrituras com a devida inspiração e autoridade divinas porque Cristo é quem se dirije a nós pela leitura da Bíblia. Também, não experimentamos a graça de Deus, senão, somente pela eficácia da morte e ressurreição de Cristo, e somente dele nasce a nossa fé. É bom ressaltar esta distinção hoje, porque põe a discussão a respeito das Escrituras no seu devido lugar mais pessoal e menos abstrato, um lugar que ao meu ver, tanto intensifica a sua importância quanto a dinamiza.

Intensifica porque se Cristo nos fala de modo especial através das Escrituras, a sua autoridade e inspiração aumentam. Dinamiza porque tal inspiração e autoridade se mostra muito mais pessoal e relacional que abstrata, estática e mecânica. Afinal, a linguagem das Escrituras a seu próprio respeito não é uma linguagem altamente pessoal e relacional? Veja, por exemplo, as seguintes afirmações bíblicas do salmista:
  • Com a sua palavra Deus veio curá-los e livrou-os da morte! (Salmo 107.20)
  • Como é doce o gosto das tuas palavras; é mais doce do que o mel! (Salmo 119.103) … Antes de me teres punido, andava errado; mas agora obedeço à tua palavra. (v.67) … Com ânsia espero que me salves; pois pus a minha esperança na tua palavra! Os meus olhos anseiam por ver cumprida a tua palavra e eu pergunto: “Quando virás dar-me conforto?” (vv. 81-82) … A tua palavra é o farol que me guia; é a luz do meu caminho. Fiz um juramento e vou cumpri-lo: porei em prática os teus justos decretos. (vv.105-106) … Tu és quem me ampara e me protege; na tua palavra pus a minha esperança. (v.114)
  • Com toda a minha alma espero o Senhor e confio na sua palavra. (Salmo 130.5)
A resposta apropriada e igualmente pessoal do seguidor de Deus somente pode ser uma de plena e alegre obediência, sem diminuir ou acrescentar uma só palavra (Deuteronômio 4.2).
Mas mesmo com esta dimensão altamente experimental, são muitas descrições da qualidade em si das Escrituras. A “essência” da Palavra de Deus se descreve tipicamente com qualificativos superlativos, tais como:
  • “perfeita”, “fiel” e “sábias” (Salmo 19.8)
  • “justas”, “claras”, e esclarecedoras” (Salmo 19.9)
  • “boas”, “permanentes” e “verdadeiras” (Salmo 19.10)
  • “mais desjáveis do que ouro puro” e “mais doces que o mel dos favos” (Salmo 19.11)
  • “instrutivas” e “proveitosas” (Salmo 19.12)
Três qualificativos são especialmente aplicados à essência das Escrituras: são verdadeiras (cf. Salmo 33.4-5) , são confiáveis (Cf. Salmo 119.89-91, 160) ; e são eficazes ou poderosas (cf. Hebreus 4.12; Filemom 6; e Tiago 1.22).

Com tantos qualificativos tão bons e tão superlativos é admirável a insistência atual no meio evangélico no uso da palavra “inerrante” para qualificar a doutrina da inspiração e autoridade das Escrituras! A forte impressão que se tem é que sem uma afirmação da inerrância das Escrituras, não há um compromisso ortodoxo e sério o suficiente com as Escrituras. Mas se fosse assim, a perspectiva das Escrituras ao seu próprio respeito seria aquém de tal definição de ortodoxia. Ao meu ver, o contrário é o caso. Isto é, uma afirmação da inerrância das Escrituras é uma afirmação muito aquém da afirmação das próprias Escrituras. A afirmação da inerrância das Escrituras é uma afirmação insuficiente quando se depara com as afirmações nas Escrituras a seu próprio respeito. O problema com o conceito da inerrância são vários, a saber:
  • Na prática, a doutrina da inerrância impõe um critério estranho e moderno à avaliação das Escrituras. Digo “na prática” porque a doutrina da inerrância frequentemente desemboca numa metodologia de interpretação que desvaloriza a crítica histórica e metodologias que não sejam apenas gramaticais. No fim, a defesa da doutrina da inerrância corre o perigo de ser muito mais uma luta a favor de uma metodologia de interpretação do que uma defesa da autoridade e inspiração das Escrituras em si. Ora, a metodologia gramatical é o bê-á-bá da interpretação bíblica e de toda análise literária. Entretanto, lingüistas e peritos na área da comunicação, todos concordam que a metodologia gramatical não é a única metodologia à nossa disposição no estudo literário e certamente não revela tudo.
  • Na Bíblia o conceito de inerrância é um conceito aplicado a pessoas (Gênesis 4.12, 14; Jó 6.24; Salmo 58.4; 119.176; Jeremias 50.9; Juízes 20.16; Provérbios 12.26; 14.22) e não às Escrituras. Quem deve ser inerrante somos nós na nossa conduta e na nossa fé! Ou seja, o conceito da inerrância” é um conceito que provém do campo da ética, e não do campo da ontologia. Refere-se à conduta humana, e não à composição das Escrituras. O mais certo é advogar a doutrina da inerrância (isto é, a perseverança) na conduta cristã!
  • O que estamos dizendo, então: que as Escrituras podem errar? Se por isso, quer dizer, que as Escrituras são imperfeitas, menos que justas, não inteiramente fiéis, não tão doce quanto o mel ou menos desejáveis que ouro refinado… então, de jeito algum! Neste sentido podemos também afirmar a inerrância das Escrituras, sem entretanto, limitar as metodologias que aplicamos a sua interpretação. Mas infelizmente não é apenas isso que os defensores da inerrância das Escrituras querem promover. Querem também promover uma metodologia “certa” de interpretação e censurar outras.
  • Qual seria uma postura recomendável, se formos obrigados a ultrapassar ou resumir as belas afirmações das próprias Escrituras? Diríamos assim…
  • As Escrituras são uma parte essencial e um relato fidedigno da auto-revelação especial de Deus. Todos os livros do Antigo e do Novo Testamento foram inspirados por Deus, se constituem como a sua palavra escrita, a única regra infalível de fé e de prática. Devem ser interpretados conforme o seu contexto e propósito e obedecidos no temor do Senhor que é quem fala por meio deles em poder vivo. Assim, reconhecemos o processo histórico, cultural e literário no qual os diversos autores viviam e escreveram e pelo qual Deus nos trouxe a Palavra. Igualmente, reconhecemos os propósitos de cada autor e, acima de tudo, que Deus teve quando as Escrituras foram escritas. Efetivamente pressupomos, usando a analogia da encarnação, a plena divina inspiração das Escrituras, quanto a sua plena humanidade ou historicidade.
  • Como a Palavra de Deus, todas as Escrituras são absolutamente essenciais para nossa ação em prol do Evangelho. Esta postura nos leva à participação sem vacilar no missio Dei, revelada definitivamente em Jesus Cristo e manifestada pela obra contínua do Espírito Santo. A criação inteira, inclusive toda a humanidade, encontra o seu devido propósito e lugar unicamente em relacionamento vivo com Jesus Cristo.
  • A igreja compreende a sua tarefa no mundo (a motivação, o meio, a prioridade, o alvo, o alcance e o significado desta missão) em referência a própria missão de Deus para e em prol do mundo. Esta compreensão se informa por reflexão cuidadosa na revelação de Deus nas Escrituras e por atenção diligente, conforme o padrão paulino, em contextos específicos. A reflexão da igreja sobre sua tarefa no mundo (a missiologia) nunca se completa, da mesma forma que a sua missão para e pelo mundo só se completa no retorno de Cristo. A reflexão teológica contextual sempre permanece essencial para o engajamento eficaz da igreja na missão de Deus.
  • “Missão”, portanto, sempre é a raison d’être penúltima da igreja. Sua razão última de ser, para a qual a missão deverá contribuir, é a glória de Deus. Esta distinção é imporante e nos guarda dos perigos da auto-promoção eclesiática ou missionária. Quando a igreja se engaja corajosa e sacrificialmente na missão de Deus, sua própria chamada se renova e a glória de Deus é mais conhecida pela superfície da terra.
  • A igreja hoje continua a tarefa do povo de Deus desde o chamado de Abraão e que é derivada da própria missão e natureza de Deus. A natureza atual desta tarefa se esclarece através da reflexão atenciosa nas manifestações anteriores da misão de Deus através dos séculos, mas com atenção especial às Escrituras e reconhecendo a prioridade hermenêutica do Novo Testamento como o cumprimento desta expressão.
  • O desempenho da igreja na missão de Deus deve ser contínuo não apenas com a história desta missão, mas também deve se expressar em continuidade com todo o povo de Deus ao redor do mundo. Isto é, a unidade do povo de Deus mundialmente é também desafio para sua fidelidade. Em João 17.21, Cristo orou em favor dos seus seguidores, “que todos sejam um, como tú és,ó Pai, em mim e eu em ti também sejam eles em nós, para que o mundo creia que tú me enviaste.” Que nós sejamos uma resposta a esta oração ao invés da sua ocasião.
Eis as nossas observações mais missiológicas. E uma boa afirmação teológica? Ainda achamos que a Confissão de Westminster promove excelente reflexão teológica da autoridade e inspiração das Escrituras. Veja, especialmente os seguintes parágrafos:

CAPÍTULO I

DA ESCRITURA SAGRADA

I. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.

Referências – Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

II. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática:

O VELHO TESTAMENTO

Gênesis
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
I Samuel
II Samuel
I Reis
II Reis
I Crônicas
II Crônicas
Esdras
Neemias
Ester

Salmos
Provérbios
Eclesiastes
Cântico dos Cânticos
Jeremias
Isaías
Lamentações
Ezequiel
Daniel
Oséias
Joel
Amós
Obadias
Jonas
Miquéias
Naum
Habacuque
Sofonias
Ageu
Zacarias
Malaquias

O NOVO TESTAMENTO

Mateus
Marcos
Lucas
João
Atos
Romanos
I Coríntios
II Coríntios
Gálatas
Efésios
Filipenses
Colossenses
I Tessalonicenses
II Tessalonicenses
I Timóteo
II Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus
Tiago
I Pedro
II Pedro
I João
II João
III João
Judas
Apocalípse

Ref. Ef. 2:20; Apoc. 22:18-19: II Tim. 3:16; Mat. 11:27.

III. Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos.

Ref. Luc. 24:27,44; Rom. 3:2; II Pedro 1:21.

IV. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.

Ref. II Tim. 3:16; I João 5:9, I Tess. 2:13.

V. Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações.

Ref. I Tim. 3:15; I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor. 2:10-12.

VI. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espíri’to, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.

Ref. II Tim. 3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9, 10, l2; I Cor. 11:13-14.

VII. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.

Ref. II Pedro 3:16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11.

VIII. O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das escrituras.

Ref. Mat. 5:18; Isa. 8:20; II Tim. 3:14-15; I Cor. 14; 6, 9, ll, 12, 24, 27-28; Col. 3:16; Rom. 15:4.

IX. A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.

Ref. At. 15: 15; João 5:46; II Ped. 1:20-21.

X. O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.
Ref. Mat. 22:29, 3 1; At. 28:25; Gal. 1: 10.

Para uma versão desta reflexão em Word COM NOTAS DE RODAPÉ, siga o seguinte link AQUI 

Para uma “tipologia” de diversas perspectivas sobre a inspiração das Escrituras, veja o seguinte diagrama: A natureza divina e humana das Escrituras
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Fonte: