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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

De misericórdia em misericórdia

23.10.2013
Do portal da REVISTA ULTIMATO

“A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração”. (Lc 1.50)

A vida cristã é uma experiência de pura misericórdia. Misericórdia que podemos alargar a sua compreensão quase que exponencialmente. Não se trata apenas daquela bênção de Deus em lidar com os nossos pecados, com os sofrimentos que deles decorrem, de tratar com brandura a nossa rebeldia e derramar perdão sobre as nossas vidas. Misericórdia tem a ver com todos os recursos dados por Deus para fazermos a travessia desta vida em meio às muitas contradições, paradoxos e contingências de nossa experiência humana que escapam por completo de nosso controle. Gostaria de apresentar nesta pastoral pelo menos quatro grandes aspectos da presença da misericórdia em nossas vidas que podemos e devemos desfrutar e repousar confiantemente nela.

1. Ansiedade e medo do futuro. A misericórdia de Deus nos ensina que as necessidades de hoje serão supridas com as respostas para hoje. Que devemos ocupar-nos com um dia de cada vez: “Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal" (Mt 6.36). Misericórdia aqui significa que podemos contar com o auxílio de Deus assim como os israelitas contaram com o maná no deserto para sua porção diária de suprimentos numa terra inóspita: Lv 19.6; Dt 8.16.

2. Medo de sucumbir às provações. Aprendemos da misericórdia do Senhor que Ele mesmo não tenta, não induz a nossa ruína: “Quando alguém for tentado, jamais deverá dizer: ‘Estou sendo tentado por Deus’. Pois Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg 1.13), mas Deus nos prova e permite a provação, a citação de Deuteronômio acima fala disso: “para humilhá-los e prová-los, a fim de que tudo fosse bem com vocês” (Dt 8.16). Contudo, a misericórdia diz que o mesmo Deus que prova ou permite a provação, providencia a força para a suportarmos e o livramento dela: “Não sobreveio a vocês provação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam provados além do que podem suportar. Mas, quando forem provados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1Co 10.13).

3. Tempos de necessidades espirituais. A misericórdia nos ensina que em tempos de sequidão da alma, frieza espiritual ou de qualquer outra necessidade, ela estará sempre à disposição para suprir nossas carências com a Graça: “Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4.16).

4. Há misericórdia suficiente e para sempre. Esta é uma notícia maravilhosa. A misericórdia de hoje é para os fardos de hoje, para as tentações de hoje, para as necessidades espirituais de hoje. Todavia, elas não se esgotam. Quanto mais nos recorremos a ela, quanto mais dela confessamos ter necessidade, quanto mais nela depositamos a nossa confiança, tanto mais ela abunda sobre as nossas vidas. E mais, colecionar misericórdias, tê-las todas na memória agradecida do coração é grande fonte de paz e consolação: “Todavia, lembro-me também do que pode dar-me esperança” (Lm 3.21). Esta sentença foi proferida por um homem que conheceu abundância de tormentos, decepções e tristezas: o profeta Jeremias. Contudo, ele não se deixou consumir por suas tristezas e aflições. Antes, trazia na memória as misericórdias do passado, se fiava nelas, cria inarredavelmente que Deus não muda, não sofre variações, é imutável em seu amor, logo, suas misericórdias também não mudam, não diminuem, não desaparecem, eis o que ele nos ensina: “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se a cada manhã” (Lm 3.22,23). Misericórdia nova para um novo dia. Misericórdia adequada para cada circunstância. Misericórdia em tempo, sem demora, para cada estação da vida.

Quero convidá-lo a tornar-se conscientemente um dependente visceral da misericórdia de Deus. Busque-a, deseje-a, conte com ela e também use em suas relações, afinal de contas o Senhor Jesus a requer também de nós: “Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores" (Mt 9.13).

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Por amor (Rubem Amorese) 


*Luiz Fernando Dos Santos. É pastor-mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira (SP)

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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Como pode o amor lançar fora o medo?

10.10.2013
Por  Dennis Allan

“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João 4:18). Este versículo apresenta desafios para o leitor sério e tem sido usado para defender diversas ideias errôneas. É comum achar aplicações superficiais na esfera da psicologia popular, usando esta afirmação como um mantra para ajudar pessoas vencer suas fobias e preocupações cotidianas. Outros distorcem o sentido do texto para justificar suas decisões de não se arrepender dos seus pecados, concluindo que “Deus me ama do jeito que sou, então não preciso mudar”. Estudantes da Bíblia podem enfrentar uma dificuldade em conciliar este versículo com outros ensinamentos das Escrituras que ensinam a importância do medo ou temor: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12:13) e “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10:28). Como compreender este ensinamento de João?


Uma das regras fundamentais para entender qualquer texto é: considerar o contexto. João não escreveu aqui sobre fobias, e certamente não ofereceu conforto para pessoas que persistem numa vida pecaminosa (leia 1 João 3:6-10). O contexto define termos importantes. Medo e tormento são ligados ao assunto do versículo anterior: o Dia do Juízo. Amor, também, é ligado aos versículos anteriores: Quem permanece no amor permanece em Deus. João explica o que é necessário para viver e morrer com a confiança da salvação em Cristo. É necessário aperfeiçoar o amor, que significa permanecer em Deus (1 João 4:16-17). 


Seria totalmente injusto interpretar este ensinamento de João de uma maneira que contradiga o resto da epístola ou que negue ensinamentos de Jesus e os outros apóstolos. Na mesma carta de 1 João, este apóstolo disse que para permanecer em Deus é preciso andar na luz (1 João 1:6-7). Ele resume bem as condições da comunhão com Deus nestas palavras: “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 João 2:5-6).


Evitemos, também, o erro de imaginar que alguém alcance esta perfeição por esforço próprio, ou que tenha confiança da salvação por sua própria justiça. Todo o contexto nos lembra do perdão oferecido por Deus por meio do sangue de Jesus Cristo (1 João 1:9-10; 2:1-:2; 4:9-10; 5:13). Somente em Jesus poderemos permanecer no Dia do Juízo!

 
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Fonte:http://www.estudosdabiblia.net/bd16_10.htm