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domingo, 9 de novembro de 2014

EVANGELISMO: Pacto de Lausanne

09.11.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE


Introdução 

Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto. 

1. O Propósito de Deus 

Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente. 

2. A Autoridade e o Poder da Bíblia 

Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus. 

3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo 

Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se ofereceu a si mesmo como único resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e os homens. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como “o Salvador do mundo” não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor. 

4. A Natureza da Evangelização 

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e creem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo. 

5. A Responsabilidade Social Cristã 

Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sociopolítico são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar, mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta. 

6. A Igreja e a Evangelização 

Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrifical. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrifical da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas. 

7. Cooperação na Evangelização 

Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo e para o compartilhamento de recursos e de experiências. 

8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização 

Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante autoexame que as levem a uma avaliação correta de sua efetividade como parte da missão da igreja. 

9. Urgência da Tarefa Evangelística 

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições paraeclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles. 

10. Evangelização e Cultura 

O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus. 

11. Educação e Liderança 

Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos. 

12. Conflito Espiritual 

Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes à aceitação do mundanismo em nossos atos e ações, ou seja, ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. Tudo isto é mundano. A igreja deve estar no mundo; o mundo não deve estar na igreja. 

13. Liberdade e Perseguição 

É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem quaisquer interferências. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que têm sido injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Nós não nos esquecemos de que Jesus nos preveniu de que a perseguição é inevitável. 

14. O Poder do Espírito Santo 

Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz. 

15. O Retorno de Cristo 

Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas. 

Conclusão 

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia! 

Lausanne, Suíça, 1974. 

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/pagina/pacto-de-lausanne

domingo, 19 de outubro de 2014

O milagre começa em casa e não na igreja

19.10.2014
Do portal GOSPEL PRIME
ARTIGOS
Por Rodrigo Faria

O milagre começa em casa e não na igreja
“E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada”. Lucas 8:43 
Talvez um dos motivos que têm levado muitos cristãos deixarem de congregar ou participar das atividades de suas igrejas seja a frustração concebida de forma errônea, ao pensar que tudo culto é o mesmo, nada diferente (ou sobrenatural) acontece.
Em outras palavras, aquilo que começou como um ato de adoração e entrega, com o passar dos anos, acaba se transformando em um hábito, em uma rotina onde as expectativas não passam de rever alguns amigos ou colocar a fofoca conversa em dia com alguns irmãos.
Acredito que a palavra “congregar” expressa em Hebreus, vai além de uma simples reunião. Todas as vezes que nos reunimos dentro do maior projeto de Deus de todos os tempos (igreja), estamos adentrando em uma atmosfera de milagres e bênçãos.
Se em um culto fosse realizada somente a leitura da Palavra de Deus, teríamos um oceano de possibilidades de sermos tocados e abençoados com a mensagem transformadora do Evangelho. O que tento dizer é que mais que leitura, na maioria dos cultos de adoração prestados em nossas igrejas, oramos, louvamos, exaltamos a um Deus vivo.
E quando isso ocorre de forma sincera, trazemos a presença maravilhosa de Sua Pessoa para perto de nós. Sendo assim, o Espírito Santo se faz presente, realizando milagres. Me atrevo a dizer, que é impossível não acontecer milagres quando o Espírito de Deus está operando.
O que acontece, é que nem sempre os milagres são realizados de forma visível, o maior milagre acontece em nossos corações, onde somos transformados de forma miraculosa (nosso caráter, nossas ações, nossos pensamentos) mesmo quando não acontece nenhum barulho ou reação humana.
E por que muitos acabam abandonando o santuário de adoração?
Porque a maneira na qual nos preparamos para oferecer o nosso culto nem sempre é adequada. O milagre começa antes de sairmos de nossos lares. É o que aconteceu com a mulher do fluxo de sangue. Ela saiu de sua casa esperando receber o seu milagre. A forma em que ela preparou o seu coração, mudou a sua vida. Pois a fé não nasceu ao tocar em Jesus, e sim, antes de entrar por meio da multidão.
Quando saímos de nossas casas com o coração cheio fé, com o nosso altar reparado (1Rs 18.30) e dispostos a romper a multidão de nossas mazelas, certamente receberemos a cura, teremos um encontro com o Autor da Vida e seremos transformados pelo Poder de sua Presença.
Antes de sair para adorar, levemos o nosso milagre em nossos corações, confiantes em Jesus, sabendo que não há nada que Ele não possa fazer por nós.
Seja abençoado em Nome de Jesus.
Rodrigo Faria
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/milagre-comeca-casa-nao-igreja/

terça-feira, 23 de setembro de 2014

VIDA CRISTÃ: Prudente ou insensato

23.09.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE,
Por  Valdemar Alves da Silva Filho

                                                    
Texto Básico: Mateus 7.24-27

Para ler e meditar durante a semana


D – Sl 1 – O homem bem-aventurado;
S – 1Pe – 2.1-10 – Edificados em Cristo;
T – Tg 1.19-27 – A prática da Palavra de Deus;
Q – 1Tm 3.14-17 – A Bíblia é a Palavra de Deus;
Q – Mt 24.32-44 – Exortação à vigilância;
S – Mt 25.31-46 – O grande julgamento;
S – Mt 24.45-51 – O servo prudente e o servo infiel
 
INTRODUÇÃO

No Brasil, cresce cada vez mais aqueles que se dizem cristãos evangélicos. Mais e mais, vemos profissões de fé se realizarem, supostas conversões ocorrerem, até mesmo dentre artistas e pessoas públicas. No entanto, apesar do crescente número de pessoas que afirmam ser crentes no Senhor Jesus, notamos que pouca coisa tem mudado em nossa sociedade.

Isso deve nos fazer pensar. Basta professar a fé em Cristo Jesus? Ser um frequentador de culto evangélico, ouvir de Cristo e de sua Palavra? Isso resolve, faz alguma diferença? O que está faltando?

Jesus, ao final do Sermão do Monte, adverte seus ouvintes quanto a uma fé nominal. Para Jesus, não basta apenas professar a fé nele, ouvir suas palavras. É preciso, acima de tudo, que seus ouvintes sejam praticantes de sua Palavra, para que tenham sucesso na vida cristã. O cristão genuíno tem sua vida edificada sobre a prática da Palavra de Deus. O cristão nominal, porém, ignora isso e consequentemente arruinará sua vida.

I. UMA PARÁBOLA SOBRE CONSTRUTORES

O Senhor Jesus, por diversas vezes, ao apresentar seus ensinamentos, fez uso de parábolas. Algumas vezes seu objetivo foi manter escondidas as verdades que, em particular, pretendia transmitir apenas a seus discípulos (Mt 13.10-16). Outras vezes, a parábola foi direcionada a todos os seus ouvintes, com o fim de elucidar e tornar práticos seus ensinamentos; como foi o caso da parábola dos construtores. As parábolas são ilustrações tiradas de situações do cotidiano dos ouvintes.

1. Que expressões de Mateus 13.10-16 demonstram que Jesus, naquele momento, desejava revelar a verdade somente a seus discípulos?

Ao final do Sermão do Monte, Jesus comparou seus ouvintes a dois tipos de construtores.

Não há um terceiro tipo ou um intermediário. Assim, não há um terceiro tipo de ouvintes.

Eles são prudentes ou insensatos. Ou são ouvintes que praticam suas palavras ou ouvintes negligentes, que ouvem e não praticam. Jesus está sempre dividindo seus ouvintes em duas classes. Nesse sermão, ele fez isso algumas vezes. Por exemplo, em 7.13-14, ele fala das duas portas, a estreita e a larga. Há os que entram por uma e os que entram por outra. Em 7.17-18, o Senhor fala da árvore boa, que dá bom fruto, e da árvore má, que dá fruto ruim. Assim ocorre em outras passagens (Mt 10.39; 13.12-16,19-30,36-43,47-50).

2. Como os textos de Mateus 10.39; 13.12-16,19-23, 24-30,36-43 e 47-50 apresentam as duas classes de ouvintes?

Jesus conclui seu sermão com a parábola dos construtores, demonstrando a importância e gravidade de seus ensinamentos. Ele não está brincando. Seus ouvintes precisavam  saber  da  seriedade  do  que  ensinava.  Se  colocassem  em  prática  seus ensinamentos,  seriam  bem-sucedidos. Caso contrário, sofreriam as  consequências de  negligenciar  seus  ensinamentos.  Primariamente,  essas  palavras  se  aplicam  ao Sermão do Monte, mas não somente a ele. De maneira ampla, elas se aplicam a toda Palavra  de Deus,  contida  nas Escrituras. Desse modo, nenhum ensinamento bíblico  pode  ser negligenciado
.
Para Jesus, viver é como construir ou edificar casas. Aquilo que fazemos, falamos, pensamos, planejamos,  executamos  e  cada obra que realizamos é, por assim dizer, um tijolo  que  assentamos  em nossa  construção. Cada um deve  considerar  a maneira como  edifica  sua  vida, pois, o  sucesso na vida cristã dependerá do modo como ela é edificada. Tudo o que fazemos encontra-se em conformidade ou em oposição ao ensino de Cristo. Percebemos então que somos responsáveis pelas nossas ações,  sendo que cada uma delas  será provada.

II. SEMELHANÇAS ENTRE OS DOIS CONSTRUTORES

Embora  fique  demonstrado  que  os dois  construtores  se  distinguem  basicamente na escolha do solo em que alicerçam suas casas, no  entanto, há algumas  semelhanças  entre  eles.

A. Semelhança no tipo de casa que constroem

Na  época  de  Jesus,  as  casas  eram bastante  frágeis, devido  ao  tipo de material utilizado. As paredes eram facilmente atravessadas  por  ladrões  (Mt  6.19). O teto,  geralmente  feito  de  barro  e  palha, podia  facilmente  ser  aberto. Os  quatro amigos  do  paralítico  abriram  um  buraco no teto da casa onde Jesus estava, para que o homem  tivesse  a  chance  de  ser  curado (Mc 2.4). Portanto, no caso dos dois construtores,  suas  casas  eram  semelhantes  na maneira como foram construídas. A técnica  para  a  construção  foi  a mesma,  bem como o material utilizado.  Jesus não destaca a diferença entre o tipo de material ou a arquitetura. Não são nessas coisas que os dois construtores se diferenciam, sendo um chamado prudente,  e o outro,  insensato.

B. Semelhança  quanto  ao  local  escolhido para a construção

Aí  também não há diferenças  entre eles,  pois  ambos  constroem  próximo  ao leito  seco  de um rio. Enquanto a  estação das  chuvas não  vem,  ambas  as  casas permanecem  sem  sofrer  risco algum. As coisas mudam  quando  chegam  as  chuvas, quando  aquele  leito de  rio  seco  se  transforma em um rio com fortes correntezas. Só  então,  a diferença  entre os dois  construtores  é  colocada  em  relevo.

C.  Semelhança  quanto  às  circunstâncias  enfrentadas

Ambas  as  construções  estarão  sujeitas  às mesmas  circunstâncias  climáticas. Em certas áreas da Palestina, as tempestades  não  são  frequentes,  no  entanto,  elas podem  vir  repentinamente  e  transformar drasticamente  a  paisagem. Ambas  as  casas  sofrerão com as  tempestades. Os ventos  baterão  com  força  contra  suas  paredes. A  chuva  fará  com que os  rios  transbordem  e  coloquem  em  perigo  a  ambas. Não  há  diferença  entre  esses  dois  construtores,  quanto  às  circunstâncias  que haverão de enfrentar, pois, segundo o texto,  as  construções  de  ambos  sofrerão  os ataques  das  tempestades.

As tempestades são figuras das provas que todos nós enfrentamos. As provas podem chegar de várias maneiras, tais como tribulação (exemplo de Jó; Sl 46); tentação (Gn 39.7-18; Mt 26.69-75); luto na família (Jó 1.18-22; Lc 7.11-17; Jo 11.1-46); morte que se aproxima (At 7.59, 60), como também, conforme o contexto de nossa passagem, o dia do juízo (Mt 7.22). São diversas as circunstâncias que servem para nos provar. Para que serve, ou que diferença faz, uma fé que ainda não foi provada? Em outras palavras, é diante das provações que o valor de nossa fé é testado e aprovado (Gn 22.1-19; Rm 5.1-5; Tg 1.2-4). É na provação que a diferença entre os ouvintes de Jesus é realçada. As provações vêm sobre todos – ouvintes prudentes ou insensatos. Mas é diante delas que se sabe quem é quem.

3. Qual é o resultado do crente passar por tribulações, segundo Romanos 5.1-5?

III. A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS CONSTRUTORES

Jesus demonstra que a diferença entre os dois construtores está em como lançam os alicerces de suas casas. O construtor prudente lança o alicerce de sua casa sobre a rocha, enquanto o construtor insensato lança-o sobre a areia.

A. O construtor prudente

O construtor prudente sabe que, no futuro, aquele leito de rio seco poderá, com a chegada de uma tempestade, transformar-se em um rio com forte correnteza.

Por isso ele é prudente, lançando o alicerce de sua casa num local que ofereça  segurança. Conforme o registro de Lucas, o construtor prudente “abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha”. Como resultado de sua prudência, em vindo a forte tempestade, a sua casa permanece em pé.

Alicerçar a casa sobre a rocha significa, conforme diz Jesus, ouvir e praticar a sua Palavra. Notem que não existe diferença entre os ouvintes de Jesus, até que cheguem as tempestades e as provas da vida. Não há como distinguir entre o cristão professo genuíno do cristão professo falso, pois, frequentemente se parecem. O joio se parece com o trigo, até que chegue a colheita. A árvore boa é distinguida da ruim, quando chega a época de dar frutos. Distinguir um cristão de um não cristão é mais fácil, mas distinguir um cristão verdadeiro do falso é muito mais difícil. Chegando as provas da vida, porém, fica evidente quem construiu sua casa sobre a rocha. As tempestades colocam em descoberto os alicerces. Quem ouve e pratica as palavras de Jesus, em chegando as lutas e tribulações, permanece com sua vida inabalada, firme e segura.

As palavras que procedem da boca de Cristo (ou seja, as Escrituras em sua totalidade) quando praticadas, constituem-se um firme alicerce sobre o qual podemos edificar nossa vida. O sucesso na vida cristã depende disso. É claro que, com isso, Jesus não está dizendo que o sucesso na vida cristã dependa de nosso esforço. Definitivamente não. O sucesso depende de praticarmos sua Palavra. A capacidade para o sucesso na vida cristã tem seu fundamento no próprio Jesus. Ele é a rocha e sua Palavra também é rocha para nossa vida (1Pe 2.4-6).

4. Como podemos relacionar o texto de Mateus 7.24-27 com 1Pe 2.4-6?

Nas dificuldades e desafios que enfrentamos na vida cristã, seja no âmbito familiar, da igreja ou em qualquer outra área, a Palavra de Cristo, se praticada, nos dará sustentação. Jesus não disse que os ouvintes praticantes de sua Palavra não teriam problemas, mas disse que eles permaneceriam firmes.

Josué recebeu a incumbência de conduzir o povo de Israel à terra prometida. O Senhor disse que ele seria bem-sucedido em sua tarefa, se não se desviasse nem para a direita nem para a esquerda, mas se fizesse tudo o que a lei de Deus ordenava. Ele deveria falar, meditar dia e noite e fazer tudo o que estava ordenado na lei de Deus (Js 1.1-9).

Segundo o salmo 1, o homem bem-aventurado é bem-sucedido, pois é governado pela Palavra de Deus. Sua vida não é dirigida pelos padrões mundanos, antes é orientado pelos padrões divinos.

Segundo os Salmos 127 e 128, o sucesso na vida familiar é determinado, não pelas posses, realização profissional ou ausência de dificuldades, mas pela confiança e pelo temor de Deus. Isto implica ouvir e praticar toda palavra de Cristo Jesus.

5. Como é abençoado o homem que teme ao Senhor, segundo Salmos 128?

Paulo advertiu Timóteo de que ele seria bem-sucedido em seu ministério pastoral, se permanece nos ensinamentos bíblicos que havia aprendido desde a infância. Em outras palavras, se em cada aspecto de sua vida praticasse a palavra de Cristo, ele seria abençoado (2Tm 3.14-17).

Aqueles que edificam sua vida sobre a rocha, não só são bem-sucedidos, mesmo nas provações, mas ainda e definitivamente na última prova, a do juízo final (cf. Mt 7.22-23 “naquele dia”). “Naquele dia”, aqueles que praticam a palavra de Cristo receberão o convite: “Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34).

6. Tomando por base o texto de Mateus 7.22-23, podemos dizer que todos os que realizam milagres e profetizam em nome de Deus são verdadeiramente filhos do Pai? Por quê?

B. O construtor insensato

O construtor insensato é diferente do prudente, pois não pensa no futuro. Embora construa sua casa como o outro, utilizando-se dos mesmos materiais, e construindo sua casa perto do curso de um rio seco, ele não toma providências para que sua casa permaneça segura, livre de desmoronamento. Ao contrário, o insensato constrói sua casa sobre a areia. Ele não tem o cuidado de cavar até encontrar um solo rochoso, para edificá-la. Enquanto o dia permanece calmo e o tempo estável, sua casa permanece segura. Mas vindo repentinamente as tempestades, transformando-se o curso seco do rio em forte correnteza, batendo-se os ventos e a chuva, bem como as águas contra sua casa, ela vem a ruir, pois foi edificada sobre a areia. Esse construtor é comparado àquele que ouve as palavras de Cristo e não as pratica.

Jesus demonstra que não basta ouvir sua Palavra, é preciso praticá-la. Diante das provações que virão – e elas chegam, tanto para o ouvinte prudente, como para o insensato –, ouvir as palavras de Cristo e não praticá-las é loucura, insensatez, falta de prudência. O nominalismo cristão é um grande mal. Professar a fé em Cristo, pertencer nominalmente a uma igreja, mas não se comprometer com a prática da Palavra de Deus conduz a ruína espiritual.

Tiago, em sua carta, fala sobre a importância da prática da Palavra de Deus e exorta: “Tornai-vos… praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1.22). Aquele que ouve e não pratica a palavra é como alguém que olha no espelho, vê como está sua aparência, mas logo se retira e nada faz, esquecendo-se de como era (Tg 1.23).

7. Como se relacionam o “enganando-vos a vós mesmos” do versículo 33 de Tiago 1, com o olhar no espelho, do versículo 23?

É verdade que, muitas vezes, até mesmo aqueles que professam uma fé verdadeira em Cristo sofrem as consequências de abandonar a prática da Palavra de Deus, em algum momento. Na verdade, todas as vezes que fazemos isso, colhemos consequências dramáticas. A Bíblia tem vários exemplos de servos que, em algum momento, não praticaram a Palavra de Deus e sofreram as consequências.

Podemos citar o exemplo de Jacó (Gn 37–50). Ele ignorou os preceitos de Deus no que se refere à administração de sua grande família. Como consequência, vários problemas familiares ocorreram.

Davi também, em dado momento de sua vida, pecou contra o Senhor (2Sm 11–18). Ele adulterou com Bate-Seba e planejou a morte de Urias, marido dela. Até ser confrontado pelo profeta Natã, ele agia como se nada tivesse acontecido. Em consequência de não ter praticado a Palavra de Deus, Davi colheu sérias  consequências em sua vida e família.

Deus o perdoou, mas disse que, em razão de seu pecado e desobediência, sofrimentos viriam. O filho gerado com Bate-Seba morreu. Seu filho Amnom cometeu incesto com sua meia-irmã Tamar. Absalão, outro filho de Davi, vingou sua irmã, matando Amnon. Tempos depois, Absalão voltou-se contra Davi, usurpou seu trono e deitou-se, a vista de todos, com as concubinas de Davi. Depois Absalão foi morto pelo exército de Davi.

O insucesso e a ruína não são apenas consequências colhidas nesta vida por aqueles que não praticam as palavras de Cristo. Cristãos nominais colherão, na última prova, a do juízo final, a maior e definitiva ruína. Jesus dirá aos cristãos nominais “naquele dia”: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade” (Mt 7.22-23). Assim como uma tempestade pode vir repentinamente e pegar desprevenido um construtor insensato assim virá o dia do juízo. Como ocorreu no dia do dilúvio, diz Jesus, assim será na sua vinda. Antes do dilúvio, as pessoas viviam normalmente, sem ter sua rotina alterada, ou seja, comiam, bebiam e se casavam. Elas não estavam preparadas quando o dilúvio chegou e destruiu a todos (Mt 24.36-39). “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.44).

CONCLUSÃO

O Senhor Jesus nos adverte do perigo de um cristianismo nominal e aponta o caminho da felicidade e do sucesso espiritual. Aquele que ouve e não pratica a sua Palavra, mais dia menos dia, sofrerá as consequências de sua insensatez. Ele está edificando sua casa (vida) sobre a areia. Verá ruir sua vida e colherá sérias consequências no último dia. Ao contrário, aquele que ouve e pratica a Palavra de Cristo, será alguém bem-sucedido espiritualmente, e no futuro colherá a vida eterna. Este está edificando sua casa (vida) sobre a rocha.
No Brasil, só fará alguma diferença o crescente número de evangélicos, quando eles se tornarem, em sua maioria, praticantes da palavra de Cristo. Deixaremos de ter um cristianismo nominal e teremos um cristianismo genuíno.

APLICAÇÃO

Tudo quanto você tem ouvido da Palavra de Cristo, tem sido colocado em pratica por você? Tenha o hábito de fazer anotações dos sermões que você ouve em sua igreja, e de aplicá-los a sua vida e a de sua família. Durante a semana, reúna-se com seus familiares e discuta o sermão dominical. Verifique de que maneira seus ensinamentos devem ser praticados.

Autor da Lição: Valdemar Alves da Silva Filho

>> Estudo publicado originalmente pela Editora Cultura Cristã, na série Expressão, na revista A Vida no Reino – O Sermão do Monte. Usado com permissão.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/prudente-ou-insensato/

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Quais são suas motivações para servir a Deus?

19.09.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por Josiel Dias

“Se não”, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” Daniel 3:18

Quais são suas motivações para servir a Deus?Vivemos dias onde o crente não pode de jeito nenhum passar por problemas, pois afinal de contas somos servos de Deus e servo de Deus não pode sofrer. Se algum crente passa por algum problema é porque ele cometeu um grande pecado, ou está sendo castigado por não ter dado o dízimo, ou por não ter cumprido alguma normativa de sua igreja. Servir a Deus nos dias atuais é sinônimo de prosperidade, saúde, bens, imunidade a qualquer tipo de enfermidade. A vida do crente desse século deve estar baseada em uma vida de triunfo, caso contrário esse crente não tem FÉ como deveria.

Pessoas que foram doutrinadas desta forma, na primeira adversidade que passam, negam a DEUS. No primeiro desemprego abandonam a igreja, pois para eles o ficar desempregado não é coisa de crente. Paulo mostra que estamos sujeitos a estas adversidades leia com atenção, “Filipenses 4:11-13”

Perguntamos: Quais são nossas reais motivações para servir a DEUS?

E se faltar a saúde? E se faltar o emprego? E se perdermos tudo? E se de repente o médico nos der um diagnóstico que não queríamos? E se alguém que amamos nos abandonar? E se formos traídos? E se formos abandonados? E se formos esquecidos? E se, e se, e se?????…

Todas as vezes que leio o livro do profeta Daniel, principalmente o texto base dessa devocional, vejo que as convicções de Sadraque, Mesaque e de Abdenego estavam bem além de uma vida de triunfalismo, bem além das convicções que vemos nos dias atuais. Meu Deus!!! Como aprendo com estes jovens amigos de Daniel!

Para entender melhor o contexto dessa mensagem, Sadraque, Mesaque e Abdenego estavam sendo condenado por fazer a coisa correta, ou seja, o prêmio por servir a Deus, seria uma fornalha 7 vezes aquecida. Quais foram seus crimes? Não adorar, nem se prostrar diante a nenhum ídolo. Ídolo erguido pelo Rei Nabucodonosor. Foram condenados por fazer a coisa justa, a coisa correta… O rei, ainda antes do veredito final, zomba do DEUS dos jovens judeus, dizendo: Quem é o DEUS que poderá livrar vocês de minhas mãos? Cheios de fé, convictos, os jovens hebreus responderam ao rei zombador:  Se o Deus que nós servimos, quiser livrar de suas mãos, Amém! E se Não, Amém também! Glórias à Deus.

Que coisa tremenda esses jovens têm para nos ensinar! Talvez alguns de nós falariam: “Não é justo se fazer a coisa certa e ainda sermos condenados, perseguidos, mortos.” 

Cadê o DEUS desses jovens que permite eles serem lançados na fornalha superaquecida? Não é justo Daniel por sua fidelidade também ser jogado na cova dos leões. Daniel 6:16-22
Não é justo José do Egito ser vendido como escravo, sofrer assédio sexual e ainda ser culpado por isso Gênesis 37. Não é justo o mesmo José ficar “esquecido” 3 anos na prisão por um crime que não cometeu. Gênesis 39:1-21. Todos esses exemplos conhecemos o final da história, mas no momento que acontecia, talvez pairasse nas mentes das testemunhas oculares, o sentimento de revolta contra o DEUS deles.

Somos tão incrédulos que às vezes no primeiro aperto, pulamos fora, nem esperamos o agir de Deus que, certamente, mudaria o final de nossa história. Muitas vezes a vitória vem aos 45 minutos do segundo tempo…. Muitas vezes esquecemos Daquele que disse: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos…” Mateus 28:20
 “O homem é tão egoísta que é preciso falar de uma recompensa em outra vida para que ele pratique o bem nesta…”
Para a Reflexão: Se soubéssemos a inexistência do inferno, mesmo assim continuaríamos servindo a DEUS? Quais são de fatos nossas motivações para servi-lo?

Glórias à Deus que Sadraque, Mesaque e Abdenego foram até o fim, convictos de sua FÉ. 

E no final algo de extraordinário aconteceu. Deus passeava com eles na fornalha. Deus permitiu que o jovem fiel Daniel fosse jogado na cova, mas estava com ele e fechou a boca dos leões. Deus não impediu que José fosse vendido, traído, mas DEUS era com José em tudo o que ele fazia, e o final vemos José sentado no trono governando o Egito.  Independente do que acontecer conosco, devemos estar convictos e firmes na FÉ.

Que possamos dizer todos em uma só voz: Servimos a Deus e ponto final. Se Deus me prosperar   Amém! Se não Amém também. Continuaremos servindo, independente das circunstancias.

Deus abençoe a todos.

Pb Josiel
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/sao-motivacoes-servir-deus/

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O estado do nosso arsenal determina nosso desempenho na luta

01.09.2014
Do portal GOSPEL PRIME
ESTUDOS
Por Rosivaldo Silva Santos
 
Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo”. (Salmos 46:9).
 
O salmo 46.9 diz que Deus põe fim a guerra e para fazer isso Ele quebra o arco, corta a lança e queima os carros no fogo, em outras palavras, Deus compromete o estado e a integridade do arsenal do adversário. O estado do arsenal é fundamental na guerra. Se o inimigo perde sua capacidade de ataque contra nós por ter seu arsenal comprometido, nós também perdemos nossa capacidade de atacá-lo e defender-nos dele quando o nosso próprio arsenal não está em perfeito estado.
 
Quem ousa ir a guerra com suas armas em estado comprometido, está fadado a perecer na batalha. As armas são os instrumentos que garantem nosso desempenho na luta. Um soldado romano experiente, jamais ousaria sair à peleja com sua couraça perfurada ou com seu escudo quebrado. O bom estado das nossas armas é crucial para quem quer entrar e sair à guerra.
 
Uma espada cega na mão de um hábil soldado lhe será de grande valia, mas só nos primeiros momentos da batalha. A arma bem afiada, bem cuidada e bem manuseada é a maior garantia de vitória que um guerreiro tem na luta. Um arsenal bem cuidado e em perfeito estado, além de conceder um bom desempenho ao soldado, lhe possibilita cansar menos. Um golpe com uma espada cega machuca, mas um golpe com uma espada afiada mata. Ou seja, uma espada cega, vai exigir mais esforço e, consequentemente demandará mais cansaço. A espada de Jesus Cristo estava bem afiada, com apenas três golpes Ele venceu Satanás e o pôs pra correr.
 
Imagine um hábil soldado com seu escudo rachado, sua habilidade não lhe servirá de defesa. Imagine uma couraça desgastada ou um capacete quebrado, o mal estado do arsenal colocará o soldado em desvantagem diante de seus adversários.
 
Não basta ter o arsenal completo, é fundamental estar completo e em perfeito estado para uso. Paulo fala sobre escudo, couraça, capacete, espada, sandálias e cinturão. O mal estado de qualquer um destes itens compromete o desempenho na batalha. Uma couraça rachada compromete a região do coração e a retaguarda. A Bíblia usa a metáfora da couraça para identificar a utilidade da justiça e da integridade na vida de um cristão. Este é um item intimamente ligado ao caráter ou vida moral do cristão.
 
Um cristão que não valoriza uma vida justa e correta aos padrões bíblicos compromete sua salvação: “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus ”. O mau caráter também causa escândalos ao reino de Deus. Quem pensa que está vencendo a luta contra o reino das trevas por ter muitos talentos ou porque ora muito ou ler muito a Bíblia, mas não zela pelo seu caráter não sabe que está mais à serviço do diabo do que à serviço de Deus. O anticristianismo é tão danoso quanto o subcristianismo, embora seja difícil para a maioria dos cristãos enxergar essa realidade.
 
Deus sabe que nosso arsenal é fraco e perecível por isso nos oferece o seu, Ele diz: “tomai toda a armadura de Deus”.
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Fonte:http://estudos.gospelprime.com.br/estado-arsenal-determina-desempenho-luta/

sábado, 19 de abril de 2014

A igreja é como um aprisco de ovelhas e não estábulo para bodes!

20.04.2014
Do portal GOSPEL PRIME
Por SÍLVIO COSTA*

Quanto a você, meu rebanho, assim diz o Soberano Senhor: Julgarei entre uma ovelha e outra, e entre carneiros e bodes. Ezequiel 34:17 (NVI)
Até quando o crescimento faz bem a igreja? Depende de qual crescimento estamos falando, se do quantitativo ou do qualitativo. Quem sabe numa tentativa de unificar as distinções citadas pudéssemos dizer: bem, o crescimento será saudável em quantidade e qualidade à igreja, quando em suas perspectivas ela for capaz de proclamar fielmente as boas novas do Evangelho aos perdidos, instruir na fé os novos crentes, edificar os mais experientes, desenvolver obreiros e ministérios bíblicos e cumprir sua missão primaz de fazer discípulos.
As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. João 10:27 (NVI)
Umas das tarefas mais árduas para uma igreja local é sem dúvida o discipulado, pois consome recursos, requer tempo, necessita de dedicação dos mais maduros da comunidade quanto à interação e integração dos noviços aos padrões e resignações da vida cristã. Não existe discipulado com tempo determinado para acabar, na verdade discipulado é contínuo e para todos da igreja, não é um curso preparatório pré-batismal, não é um conjunto de regras aplicado a membresia local e tão pouco é “tempo de casa” eclesiológico (tem gente há vinte anos na igreja que ainda precisa aprender muito de e com Jesus).
Mas tirou o seu povo como ovelhas e o conduziu como a um rebanho pelo deserto. Salmos 78:52 (NVI)
Em um tempo em que quase não há investimento das igrejas em discipulado sério (fraternal e financeiro); onde rebanhos passaram a representar cifras monetárias e campos eclesiásticos foram transformados em “herança da família do pastor”; a pessoa do evangelista foi sendo transfigurada pela maioria dos tele-evangelistas em um mero pedinte de ofertas (perdeu seu propósito e credibilidade). Desenvolveu-se um discipulado relâmpago que pretende produzir “crentes instantâneos” e com mãos abertas para sustentar necessidades e projetos fora das perspectivas de contexto humano do Reino de Deus.
Contudo, por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro. Salmos 44:22
Infelizmente essa nova geração de crentes tende a ser cada vez mais liberal, dona da razão, materialista e contestadora de tudo pela omissão da igreja em discipular. É o mais evidente sinal de que se a igreja falha em sua missão tarefa, a pós-modernidade doutrina bem sobre a criação de bodes e a exterminação proposital de ovelhas. Essa maneira instantânea de produzir novos discípulos com foco no aumento das contribuições e sem a devida atenção e cuidados da igreja local tem gerado cristãos de araque, barganhistas espirituais de terceira e um grande colegiado de Judas Iscariotes. Contrariando a alguns, discipulado não tem tempo determinado para acabar, é contínuo como missão institucional da igreja cristã e ininterrupto na relação pessoal de cada salvo com o Cristo Salvador.
E colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Mateus 25:33 (NVI)

Não existe na biologia animal um híbrido que seja ovelha e bode ao mesmo tempo, como também na zootecnia, ambos tem papéis e comportamentos distintos mesmo pertencendo ao mesmo parentesco do reino animal. Da mesma forma, também não existe meio-crente, não existe o morno (pelo menos na ótica divina), não há lugar para o mais ou menos nos enquadramentos da Palavra de Deus. Nosso Deus é de posições claras, de mandamentos definidos e colocações objetivas; pra Ele é direita ou esquerda, verdade ou mentira, luz ou trevas, céu ou inferno, ovelha ou bode. Deste modo a igreja de Deus sempre será como um aprisco de ovelhas e não estábulo para bodes, como querem muitos.
Silvio Costa

*Silvio Costa

Silvio se define como crente pela compaixão de Jesus, estudante de teologia por paixão e administrador de empresas por profissão. Mora na belíssima cidade de Guarapari no ES; estudou teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. Textos de sua autoria frequentemente são publicados em portais cristãos do país por focarem questões do cotidiano da igreja evangélica brasileira. Acompanhe também seu blog pessoal cristão capixaba. Conheça o portal que está desenvolvendolitoral gospel e participe de sua campanha no facebook vamos eleger a maior bancada evangélica em 2014
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Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/igreja-aprisco-ovelhas-nao-estabulo-bodes/