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sábado, 16 de agosto de 2014

Escutar, ler e conferir

16.08.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE, 13.08.14
DEVOCIONAL DIÁRIA
Por Élben César
                                                                                     
quarta-feira                          
Todos os dias estudavam as Escrituras Sagradas para saber se o que Paulo dizia era mesmo verdade. (Atos 17.11)
 
A escuridão da noite é propícia não só para ocultar uma trama (como a de Judas) ou uma orgia (como a do rapaz sem juízo que aceitou o convite da prostituta), mas também para ocultar uma fuga em caso de perseguição religiosa. Foi de noite que os crentes de Damasco providenciaram a fuga de Saulo para Jerusalém (9.25). Foi de noite que os crentes de Tessalônica providenciaram a fuga de Paulo e Silas para Bereia (17.10). Foi de noite que duzentos soldados, setenta cavaleiros e duzentos lanceiros levaram Paulo para Cesareia (23.23).
 
Paulo e Silas gastaram bem mais de uma noite para percorrer os 75 quilômetros que separavam Tessalônica de Bereia. Logo ao chegar, começaram a pregar na sinagoga. A aceitação foi muito boa. Muitos judeus e muitos não judeus, inclusive mulheres da alta sociedade, creram em Jesus.
 
As pessoas de Bereia eram mais bem educadas (NTLH), mais nobres (RA), mais corteses (TEB) ou mais abertas do que as de Tessalônica. Isso facilitou o trabalho e rendeu muitas conversões. Porque os bereanos todos os dias estudavam as Escrituras para conferir o que Paulo falava, os que se converteram naquela cidade eram crentes bem fundamentados. Talvez seja por isso que não há nenhuma carta dirigida aos bereanos.

 Paulo e Silas demoraram pouco em Bereia. Apesar da distância, os judeus de Tessalônica tiveram a coragem de ir atrás dos missionários para agitar e atiçar o povo contra eles. Para impedir novos açoites e pancadaria, os crentes de Bereia os levaram para Atenas.
 

>> Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e nas orações. Editora Ultimato.
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Fonte:http://ultimato.com.br/sites/devocional-diaria/2014/08/13/autor/elben-cesar/escutar-ler-e-conferir-2/

terça-feira, 10 de junho de 2014

"Fé e ciência" ou "criacionismo × evolucionismo"?

10.06.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA,
Por Karl Heinz Kienitz
 
Tenho notado que muitas vezes se identifica o assunto “fé e ciência” com o debate entre criacionismo e evolucionismo, embora este debate enfoque apenas uma das muitas questões com alguma interação entre fé e ciência. Dos pontos de vista filosófico e teológico a questão das origens é muito interessante. Mas pelo seu modesto impacto sobre as ciências aplicadas, essa questão é – quando muito – moderadamente relevante de um ponto de vista científico pragmático. Por outro lado, uma ampla discussão do assunto “fé e ciência” é muito necessária, pois continua sendo difundida nas escolas, nas universidades e na mídia a mentira de que fé e ciência seriam incompatíveis ou, na melhor das hipóteses, não relacionadas. Às vezes tal ensino chega a ser expresso de forma virulenta em frases como “Quanto mais próximo se está da ciência, maior o crime de ser cristão”
 
1, atribuída a Nietzsche. Como antídoto pode-se explorar a página Fé e Ciência que mantenho. Via de regra, a identificação do tema “fé e ciência” com “criacionismo × evolucionismo” vem de um entendimento equivocado de ciência e/ou fé. Há os que confundem ciência com plausibilidade e aceitam como “científicas” explicações tornadas plausíveis, como, por exemplo, certas explicações do  evolucionismo. Explicações e teorias plausíveis chamam nossa atenção e - às vezes - merecem ser investigadas, contudo plausibilidade nunca foi sinônimo de ciência. Por outro lado pode haver confusão entre os conceitos de fé e doutrina. Fé não é doutrina, nem tampouco alguma coleção tradicional de explicações (por exemplo, sobre a origem da vida). Fé encontra-se explicitamente definida na Bíblia em Hebreus 11 e, no contexto do cristianismo, é a confiança que possibilita um relacionamento do ser humano com Deus. Deus se revelou historicamente conforme anotado na Bíblia. Esta revelação atingiu sua forma mais completa em Jesus Cristo. Portanto fé cristã exige algum (pouco) conhecimento dos contecimentos relacionados a Jesus Cristo, mas prescinde de doutrinas, por fundamentar-se em fatos.
 
Ainda assim doutrina é algo considerado importante na Bíblia. O Novo Testamento prioriza a “doutrina de Cristo” (2 João 9), que se refere aos ensinamentos de Jesus no Sermão do Monte e sobre o reino de Deus em geral. A “doutrina de Cristo” tem impacto direto sobre a vida do cristão, uma vida que resulta daquela fé que “move” seu relacionamento com Deus. Outras doutrinas, por exemplo ideias dogmáticas sobre a questão das origens, são secundárias do ponto de vista dos evangelhos e podem levar a equívocos, especialmente no contexto de uma redução do assunto “fé e ciência” a “criacionismo × evolucionismo”.
 
O debate sobre as origens é atual e oportuno não só para satisfazer nossa curiosidade, mas também pela relevância das implicações filosóficas e teológicas. Contudo é preciso ter certeza que este debate não seja confundido com a discussão de fé e ciência, que é motivada por um pragmatismo mais específico diante e falsos ensinos que contrariam o entendimento de grandes cientistas como, por exemplo, Walter Heitler (1904-1981, físico, recebedor da Medalha Max Planck de 1968), para quem “natureza definitivamente não pode ser discutida de modo completo em termos científicos sem incluir também a indagação por Deus”.
 
Notas:
 
1. A frase encontra-se no texto
 
Das Gesetz wider das Christenthum, que integra o espólio literário de Nietzsche.
 
2. W.H. Heitler - Die Natur und das Göttliche, Klett und Balmer, Zug, 1974.
 
Publicado em  www.ultimato.com.br em 09 de março de 2010.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/fe-e-ciencia.pdf

O significado de ser Cristão: A importãncia da fé cristã e sua relação com a religião

10.06.2014
Do blog FÉ E CIÊNCIA

O que se pode obter com a fé cristã?
Quero citar os dois itens mais importantes:

•O primeiro é um relacionamento com o Criador, um relacionamento que proporciona segurança e sentido existencial. Blaise Pascal constatou que há no coração de cada ser humano "um vazio dado por Deus, que somente Ele pode preencher, através de seu filho Jesus Cristo." Seu preenchimento produz nova vida e uma perspectiva transformada, pois "a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus." Jesus colocou esta possibilidade de forma exclusivista: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." É Sua graça que resulta na "confiança em que Deus me será fiel em qualquer situação da vida, e em que Ele é o garantidor e o fundamento da minha vida, de forma que minha vida não mais poderá perder seu sentido." (Helmut Thielicke, 1908-1986, ex-reitor da Universidade de Hamburgo)
•O segundo é um relacionamento sustentável com a criação.
Há evidências abundantes de que a interação do homem com a criação, inclusive o desenvolvimento e uso de ciência e tecnologia, é insustentável na ausência de valores, atitudes e comportamentos adequados. Os ensinamentos e o exemplo de vida de Jesus caracterizam-se pela preocupação com o próximo, disposição ao serviço, rejeição da discriminação de pessoas, e rejeição da apropriação indevida de qualquer tipo. Desses, resulta um estilo de vida sustentável que contrasta fortemente com o individualismo hedonista, opção comum nas sociedades de consumo ocidentais. Infelizmente, um estilo de vida cristão não tem sido praticado por muitos que se consideram cristãos.

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Qual é a relação entre fé cristã e religião?
Fé cristã é resposta pessoal à ação e ao amor de Deus demonstrados e anunciados por Jesus Cristo. A Bíblia mostra que pela fé em Jesus podemos nos relacionar com Ele. Dessa fé resultam ações como: amar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças; amar ao próximo como a si mesmo; cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades; praticar a justiça; amar a bondade; sujeitar-se a caminhar com Deus (Marcos 12.33, Tiago 1.27, Miqueias 6.8). Essa conduta é denominada na Bíblia de "a verdadeira religião, aos olhos de Deus, pura e sem falhas" (Tiago 1.27). Ela não busca merecer o favor de Deus. É expressão visível da fé e também fruto da gratidão pelo que Deus fez, faz e é. O teólogo Karl Barth enfatiza: "Jesus não dá receitas que mostram o caminho para Deus, como outros mestres de religião o fazem. Ele mesmo é o caminho." Fé cristã nos coloca num relacionamento pessoal com o caminho (Jesus), transcende práticas religiosas mecânicas e é incompatível com comportamentos que prejudicam o próximo.
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O que significa ser cristão? Como alguém pode se tornar cristão?
Foi no primeiro século d.C., em Antioquia da Síria, que os seguidores de Jesus passaram a ser chamados cristãos. Cristãos são pessoas que reconhecem em Jesus Cristo a solução de Deus para o problema do pecado.
Quando não é entendido corretamente, o conceito de pecado pode ser percebido como ofensivo ou ridículo. Muitas pessoas acham que pecar significa quebrar regras "divinas" de comportamento. Mas a Bíblia ensina que: (a) pecado é rebeldia contra Deus; (b) "o salário do pecado é a morte" (Rom 6.23).
Paulo de Tarso, um dos principais líderes das primeiras comunidades cristãs, escreveu: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Rom 5.8). Em outra ocasião, ele escreveu: "somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós... Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e ressuscitou para a salvação deles" (2 Cor 5.14-15). Desta forma Jesus tornou possível que cristãos de todas as épocas e tradições afirmem juntamente com William Daniel Phillips (Prêmio Nobel de Física de 1997): "Creio em Deus como criador e como amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco".
A Bíblia ensina - e a experiência individual comprova - que se tornar cristão significa transformação de vida. Paulo de Tarso explica isto da seguinte forma: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. Tudo isso é feito por Deus, o qual, por meio de Cristo, nos transforma de inimigos em amigos dele" (2 Cor 5.17-18).
O primeiro passo para se tornar cristão é o arrependimento, que não consiste apenas em lamentar esta ou aquela má ação, mas inclui: (a) o reconhecimento da nossa rebeldia contra Deus, e (b) o desejo de mudança. O segundo passo é aceitar que a solução para nossa condição é Jesus Cristo e aquilo que ele fez por nós. Para tal é preciso ter, obviamente, uma noção básica a respeito de Jesus Cristo. Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João contém informações de primeira mão sobre Jesus, sua vida e obra. Um texto derivado destes, cuja leitura também tem sido útil a muitas pessoas é Cristianismo puro e simples, de C.S. Lewis, um dos grandes professores de literatura da Universidade de Cambridge.
Tornar-se cristão tem um aspecto individual e outro corporativo. Quando nos tornamos cristãos o fazemos pessoalmente, por exemplo, numa oração; mas também o fazemos de forma pública, ao nos tornarmos membros de uma igreja local (comunidade cristã). João escreve aos cristãos: "A mensagem que vocês ouviram desde o princípio é esta: Que nos amemos uns aos outros" (1 João 3.11). Nas igrejas e através delas temos oportunidades de praticar isso. É difícil viver uma vida cristã sem um grupo de amigos cristãos, sem uma comunidade que crê o que você também crê.
Mas há céticos com relação às igrejas, pois de uma forma ou de outra cristãos e suas comunidades desapontaram muitas pessoas. Isto não surpreende realmente; comunidades cristãs nunca foram (e nunca serão) comunidades perfeitas. De fato, Paulo de Tarso alertou que "entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho ... se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si" (Atos 20.29).
 
Assim, um pouco de pesquisa e uma pitada de discernimento são importantes para escolher a sua comunidade cristã.
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Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/resp.htm#perg5

sábado, 19 de abril de 2014

Ciência e fé cristã são incompatíveis?

19.04.2014
Do portal ULTIMATO ON LINE


A ciência torna desnecessária a fé? 

* * *

É comum ouvir na mídia, nas universidades e até nas igrejas que fé e ciência não podem andar juntas. Para muitos, abraçar o cristianismo é rejeitar a ciência; para outros, é exatamente o contrário.

O Teste da Fé -- Os cientistas também creemO Teste da Fé quer acabar com esse dilema. E afirma: Os cientistas também creem.

Dez cientistas reconhecidos internacionalmente como pesquisadores notáveis contam suas histórias de vida e como relacionam a sua fé com a atividade científica.

Alguns eram ateus; outros, agnósticos; e ainda outros foram apresentados ao cristianismo quando crianças. Todos, em algum momento, mudaram de opinião ou reafirmaram o que creem.

E mais: O Teste da Fé vem acompanhado de um DVD com um documentário dividido em três blocos temáticos, além de entrevistas com os autores, entre outros recursos.


Sumário


Prefácio 
Agradecimentos

Começa a jornada 
Ruth Bancewicz

1. Aprendendo a linguagem de Deus
Francis Collins

2. Ser humano: mais que um cérebro
Reverendo doutor Alasdair Coles

3. Explorando o universo de Deus
Jennifer Wiseman

4. Biologia, crenças e valores
John Bryant

5. Vida no laboratório 
Bill Newsome

6. Pensando tecnologia 
Rosalind Picard

7. Uma lógica mais profunda 
Ard Louis

8. A fé de um físico 
Reverendo e doutor John Polkinghorne

9. Coração e mente: compreendendo a ciência e a fé 
Deborah B. Haarsma

10. Deus: a solução? 
Alister McGrath

Epílogo
Notas

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Fonte:http://www.ultimato.com.br/loja/produtos/o-teste-da-fe

sábado, 21 de dezembro de 2013

As cinco lições bíblicas de “O Hobbit: A Desolação de Smaug”

21.12.2013
Do portal GOSPEL PRIME, 18.12.13
Por  Jarbas Aragão

Texto de Tolkien mostra elementos que refletem fé cristã de autor

As cinco lições bíblicas de “O Hobbit: A Desolação de Smaug”
Assim como C.S Lewis e suas Crônicas de Nárnia, J.R.R. Tolkien lança em seus livros infanto-juvenis elementos que refletem a fé cristã do seu autor. Não são menções claras, mas ao longo da trama podem ser percebidas em palavras e atitudes, afinal as histórias não se passam neste mundo. O novo capítulo da trilogia do Hobbit é um dos grandes lançamentos de cinema do ano. O site Christian Post selecionou cinco lições claras do Antigo e do Novo Testamento presentes no longa.

1. A corrupção da ganância

Um dos temas nos livros de JRR Tolkien que refletem partes do ensinamento de Cristo é que a ganância e o amor ao dinheiro pode corromper a alma do ser humano. Um dos personagens principais da narrativa, o anão Thorin Escudo de Carvalho, investe tudo que tem para recuperar a riqueza que está na montanha e com isso também ganhar poder. Por isso, arrisca até a vida para tirá-lo do dragão (símbolo bíblico do mal). Se levarmos em conta outras lições similares presentes na trilogia o Senhor dos Anéis, o novo Hobbit também ensina que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”.

2. A importância da profecia

A profecia desempenha um papel importante em “A Desolação de Smaug”. Para encontrar o seu caminho de volta à Montanha Solitária, os anões precisam ficar diante de uma porta no último dia do outono para ver a luz brilhar no buraco da fechadura. Essa é a única entrada, disponível uma vez por ano, e somente quando um pássaro tordo se faz presente.
Outra profecia, essa mais escura e terrível, alerta para o fogo que desce sobre os homens antes do final do combate. Se os anões não levassem em conta o que foi profetizado, jamais venceriam.
Assim como a Escritura, que está repleta de profecias, a “Desolação de Smaug” mostra que é sábio ouvir o que os antecessores deixaram como alerta.

3. A realidade dos demônios

O mago Gandalf trava uma luta contra o Necromancer, que como o nome indica, se relaciona com os mortos. A certa altura ele declara: “Sem dúvida, é uma armadilha.”
No mundo criado por Tolkien, a magia (poder sobrenatural) é parte do dia a dia. Tanto a do bem (branca) quanto a do mal (negra). Os orcs, a certa altura, escutam Gandalf perguntar: “Onde está o seu mestre?”. O líder dos orcs declara: “Ele está em toda parte, nós somos uma legião”. O diálogo remete à passagem de Lucas 8:30.
O Necromancer e os orcs são uma clara analogia sobre o poder e a atuação do Diabo e dos demônios, combatendo os que lutam em nome da luz.

4. O mal de invocar os mortos

Como mencionado acima, o Necromancer traz os mortos de volta à vida. No filme, Gandalf e seu colega Radagast viajam até uma torre com túmulos antigos, onde descobrem 9 túmulos vazios.
A ideia de o mal invocar os mortos remete à decisão do rei Saul em chamar uma bruxa para despertar o espírito do profeta Samuel (vide 1 Samuel 28). Outro título bíblico para quem falta com os mortos é “necromante”, que em inglês se escreve necromancer.

5. A força dos pequeninhos

No primeiro Hobbit, Bilbo impediu que seus amigos anões fossem comidos. Nesse, enfrenta as aranhas sozinho e os salva novamente. Parece ser um tema comum em toda a obra de Tolkien mostrar a importância das pessoas pequenas.
Nas duas trilogias, o protagonista é um ser de baixa estatura chamado hobbit. Neste filme, ele também enfrenta o dragão Smaug. O anão Balin observa, “Nunca deixa de me surpreender a coragem desses hobbits”.
De modo similar, Deus escolheu se tornar pequeno e limitado como um ser humano para salvar o mundo inteiro com um ato de grande coragem.
Assista o trailer de O Hobbit: A Desolação de Smaug
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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Fé, emoções e imaginação

27.11.2013
Do portal ULTIMATOONLINE, 25.11.13
Por Ricardo Barbosa de Souza


C. S. Lewis foi um dos mais influentes pensadores do cristianismo moderno. 50 anos após sua morte, Ricardo Barbosa discorre sobre uma das consequências positivas da obra de Lewis: a valorização da imaginação na vivência da fé cristã. Este artigo foi publicado na atual edição da revista Ultimato, e estava restrito aos assinantes. A partir de agora, está disponível a todos os leitores do portal Ultimato.

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Fé, emoções e imaginação: 50 anos sem C. S. Lewis

Um dos escritores que mais influenciaram o cristianismo no século 20 não foi um teólogo, nem um pastor ou missionário, não ocupou grandes púlpitos, não viajou pelo mundo afora pregando em grandes catedrais. Foi um professor universitário de literatura, tímido e que, até a sua conversão, aos 31 anos, fora um ateu convicto. Clive Staples Lewis (1898–1963), conhecido como C. S. Lewis, tornou-se um dos maiores pensadores do cristianismo moderno.

Uma pesquisa realizada há alguns anos entre os leitores da revista americana “Christianity Today” mostrou que, depois da Bíblia, o livro que mais influenciou suas vidas foi “Cristianismo Puro e Simples”, de C. S. Lewis. Uma das razões para a influência contínua dos seus livros entre os cristãos, na minha opinião, é a forma como ele relaciona a razão com a emoção e a imaginação na experiência da fé.

Para Lewis, se a razão era o meio natural para se compreender a verdade, a “imaginação era o meio que dava o seu significado”. A melhor forma de dar significado a conceitos ou palavras é estabelecer uma imagem clara para nos conectar com a verdade. Ele acreditava que a aceitação das coisas como elas se apresentam ao nosso intelecto revela uma fraqueza e um empobrecimento da compreensão da realidade.

Esse tema é retratado em “Surpreendido pela Alegria”, no qual ele narra sua experiência de conversão e descreve o crescente conflito entre a razão e a imaginação em sua formação: “Assim, tal era o estado da minha vida imaginativa; em contraste com ela, erguia-se a vida do intelecto. Os dois hemisférios da minha mente formavam acutíssimo contraste. De um lado, o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito; de outro, um ‘racionalismo’ volúvel e raso. Praticamente tudo o que eu amava, cria ser imaginário; praticamente tudo o que eu cria ser real, julgava desagradável e inexpressivo…”. De um lado, “o mar salpicado de ilhas da poesia e do mito”; de outro, “um racionalismo volúvel e raso”. Foi sua impressionante capacidade de reconhecer o valor de ambos que contribuiu para a riqueza de sua obra.

Em seu livro “Cristianismo Puro e Simples”, ao falar sobre a relação entre a fé e as emoções, ele aborda o tema criando o seguinte cenário: “Um homem tem provas concretas de que aquela moça bonita é uma mentirosa, não sabe guardar segredos e, portanto, é alguém em quem não se deve confiar. Entretanto, no momento em que se vê a sós com ela, sua mente perde a fé no conhecimento que possui e ele pensa: ‘Quem sabe desta vez ela seja diferente’, e mais uma vez faz papel de bobo com ela, contando-lhe segredos que deveria guardar para si. Seus sentidos e emoções destruíram-lhe a fé em algo que ele sabia ser verdadeiro”.

O problema da fé não está na razão como meio para se compreender a verdade, mas na forma como respondemos a essa verdade emocionalmente. Para que a fé seja consistente, ela precisa conectar a razão com as emoções, e isso se faz por meio da imaginação. Ele reconhece que “não é a razão que me faz perder a fé: pelo contrário, minha fé é baseada na razão… A batalha se dá entre a fé e a razão, de um lado, e as emoções e a imaginação, de outro”.

A fé como expressão lógica da razão atrofia a alma num cristianismo árido. Contudo, a fé como expressão de sentimentos e emoções envolve a alma numa espécie de balão, levado por qualquer vento, para qualquer lugar. O uso da imaginação integra a razão com os sentimentos e oferece à fé um significado real, para um mundo real.

Leia mais: 


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