Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador CALVINISMO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador CALVINISMO. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Nota Pública sobre Debates Teológicos entre Calvinistas e Arminianos

19.01.2016
Do blog VOLTEMOS AO EVANGELHO

nota-debate-calvinistas-arminianos

Diante da recorrência de discussões e ataques pessoais realizados no âmbito eclesiástico, na internet e nas redes sociais, especialmente entre calvinistas e arminianos para a defesa de posições teológicas, NÓS, abaixo subscritos, vimos a público emitir a presente nota:

Reconhecemos a importância e a historicidade do debate teológico dentro da tradição cristã como meio de defesa e salvaguarda da verdade e, consequentemente, da ortodoxia bíblica.

Apoiamos a produção e a reflexão teológica realizada no ambiente da internet, em virtude de seu caráter democrático e do livre curso de ideias, como corolário da Reforma Protestante.

Repudiamos, todavia, que para a defesa de posições teológicas haja discussões e ataques pessoais realizados em nome da fé, que promovem dissensões, inimizades e escândalo ao nome de Cristo. Rejeitamos, assim, todo e qualquer conteúdo difamatório, ofensivo e jocoso, ainda que a pretexto do humor, produzido contra irmão de vertente religiosa diversa, que atente contra sua honra e imagem.

Entendemos incompatíveis com os preceitos que devem reger a conduta dos discípulos do Mestre posturas antiéticas que estimulam a zombaria, o desrespeito e o escárnio, baseado em dolo, distorções e mentiras.

Discordamos das publicações anônimas, especialmente quando realizadas com o objetivo de provocar animosidade e discórdia entre os cristãos. Além de ser proibido constitucionalmente (Art. 5o, IV), o anonimato atenta contra os princípios bíblicos da transparência (2Co 3.18), sinceridade (Tt 2.7) e honestidade (1Tm 2.2).

Relembramos que a calúnia, a injúria e a difamação são crimes contra a honra, de acordo com o Código Penal Brasileiro, os quais não se coadunam com o caráter do verdadeiro cristão, que deve expressar o fruto do Espírito (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança), conforme Gálatas 5.22.

Aconselhamos os cristãos piedosos a não dar audiência a páginas e grupos que promovam tais ofensas.

Defendemos e incentivamos a exposição de convicções cristãs, bem como o debate teológico na internet e nas redes sociais, de modo irênico, ou seja, de espírito pacífico (Rm 12.18), com cordialidade e respeito. A discordância e a confrontação das ideias alheias, quando for o caso, devem ser conduzidas com ética, honestidade intelectual e de maneira objetiva, sem denegrir e atacar o oponente.

Asseveramos que a produção teológica é, sobretudo, um ato de glorificação a Deus. Discussões, pois, que se desenvolvem com o único propósito de vencer desavenças intelectuais, baseadas em disputas do ego, estão longe de honrar o nome de Cristo. A determinação bíblica de “falar o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1) exige coragem, mas também responsabilidade, para os cristãos em geral e os pastores em particular, os quais devem ser, dentre outras coisas, “irrepreensíveis, honestos, moderados, aptos a ensinar, não contenciosos…” (1 Tm 3.2,3).

Citamos, a propósito, as palavras de J.I. Packer: “Se a nossa teologia não nos reaviva a consciência nem amolece o coração, na verdade endurece a ambos; se não encoraja o compromisso da fé, reforça o desinteresse que é próprio da incredulidade; se deixa de promover a humildade, inevitavelmente nutre o orgulho. Assim, aquele que expõe teologia em público, seja formalmente, no púlpito ou pela imprensa, ou informalmente, em sua poltrona, deve pensar muito sobre o efeito que seus pensamentos terão sobre o povo de Deus e outras pessoas”.

Recomendamos, assim, a importância da constante elevação bíblica e espiritual do nível dos debates teológicos. E caso nos deparemos com um irmão em Cristo com postura inadequada e não condizente com a ética e pratica cristãs, que ele seja repreendido, mas que em tal ato não falte educação e principalmente amor.

Reconhecemos as diferenças marcantes historicamente existentes entre as tradições calvinistas e arminianas, notadamente em referência à doutrina da salvação. Todavia, tais divergências teológicas não suplantam a comunhão cristã que deve haver entre os irmãos dessas duas vertentes da cristandade. Em uníssono, à luz das Escrituras Sagradas, enfatizamos que a salvação somente se alcança em Cristo somente, mediante a graça somente, pela fé somente (Rm 3.24; Ef 2.8; Tt 2.11).

Finalizamos com a menção ao episódio em que o calvinista George Whitefield foi perguntado se esperava ver o arminiano John Wesley nos céus. Sua resposta foi: “Não. John Wesley estará tão perto do Trono da Glória, e eu tão longe, que dificilmente conseguirei dar uma olhadela nele”. Assim se tratam verdadeiros cristãos que discordam em questões de soteriologia, mas que não fazem nada por contenda ou vanglória, e consideram os outros superiores a si mesmos (Fp 2.3). E, sobretudo, estes sabem o preço custoso com que foram comprados por Cristo Jesus.

18 de janeiro de 2015.

Augustus Nicodemus Lopes, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia-GO.
Altair Germano, pastor da Assembleia de Deus – Itália, escritor.
Carlos Kleber Maia, pastor da Assembleia de Deus – RN, escritor de obra arminiana.
César Moisés de Carvalho, pastor da Assembleia de Deus, teólogo, escritor.
Ciro Sanches Zibordi, pastor da Assembleia de Deus na Ilha da Conceição em Niterói – RJ, escritor e articulista.
Clóvis José Gonçalves, membro da igreja O Brasil para Cristo e editor do blog Cinco Solas.
Davi Charles Gomes, Chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie-SP.
Euder Faber Guedes Ferreira, pastor, presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã).
Solano Portela Neto, presbítero da Igreja Presbiteriana do Brasil, conferencista e autor reformado.
Franklin Ferreira, pastor batista, diretor geral do Seminário Martin Bucer-SP.
Geremias do Couto, pastor da Assembleia de Deus, escritor.
Glauco Barreira Magalhães Filho, pastor batista – CE, professor universitário, escritor.
Gutierres Fernandes Siqueira, membro da Assembleia de Deus – SP, editor do blog Teologia Pentecostal.
Helder Cardin, pastor batista, reitor do Seminário Palavra da Vida-SP.
Jamierson Oliveira, pastor batista, teólogo, escritor.
Jonas Madureira, pastor batista, editor de Edições Vida Nova e professor do Seminário Martin Bucer.
José Gonçalves, pastor da Assembleia de Deus – PI, teólogo, escritor.
Magno Paganelli, pastor da Assembleia de Deus – SP, teólogo, escritor.
Marcos Antônio Moreira Guimarães, professor de teologia, obreiro da Assembleia de Deus – MT.
Mauro Fernando Meister, diretor do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper-SP.
Norma Cristina Braga Venâncio, escritora, membro da Igreja Presbiteriana do Pirangi, Natal-RN.
Paulo Romeiro, pastor, teólogo, escritor.
Renato Vargens, pastor da Igreja Cristã da Aliança de Niterói-RJ.
Solon Diniz Cavalcanti, pastor, teólogo, presidente do CEAB Transcultural.
Thiago Titillo, pastor batista, professor, escritor.
Tiago José dos Santos Filho, pastor batista, editor-chefe da Editora Fiel, diretor pastoral do Seminário Martin Bucer-SP.
Uziel Santana, presidente da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos).
Valdeci do Carmo, obreiro da Assembleia de Deus, teólogo, coordenador do curso de Teologia das Faculdades Feics, Cuiabá/MT.
Valmir Nascimento Milomem Santos, teólogo da Assembleia de Deus, professor universitário, editor da revista Enfoque Teológico.
Wallace Sousa, evangelista da Assembleia de Deus, DF, escritor, pós-graduado em teologia, coordenador da União de Blogueiros Evangélicos.
Wellington Mariano, pastor da Assembleia de Deus, escritor e tradutor de obras arminianas.
Wilson Porte Junior, pastor batista e professor do Seminário Martin Bucer.
Zwinglio Rodrigues, pastor batista, escritor de obra arminiana.
*****
Fonte:http://voltemosaoevangelho.com/blog/2016/01/nota-publica-sobre-debates-teologicos-entre-calvinistas-e-arminianos/

quinta-feira, 4 de junho de 2015

HERESIA TEOLÓGICA Alguém vai para o inferno?

04.06.2015
Do portal GOSPEL PRIME
Por Alessandro Brito

Ano após ano no Natal Roberto Carlos, durante os seus shows transmitidos pela TV aberta, diz: “São tantas emoções”. Mesmo não sendo um admirador do “rei”, tenho que concordar com ele, pois no Natal desse ano de 2014 fiquei com os meus sentimentos a flor da pele.
Claro que não estou tratando do enjoativo Especial Roberto Carlos, mas do programa, The Noite, apresentado por Danilo Gentili, que convidou para a sua ceia de Natal o pastor Ed René Kivitz e dois padres para discutirem o significado do Natal.
O momento em que fiquei mais “emocionado” foi quando Murilo Couto, comediante do programa, questionou a partir do minuto 28:11, o seguinte: “Eu vou para o inferno por não acreditar em nada?”.[1]Kivitz com sua maestria, semelhante a de seu mentor Brian McLaren[2], não revelou o que pensa e nem mesmo respondeu a pergunta, não diretamente. Fez como fazem os teólogos liberais que não querem sair do armário. Falou, falou e não respondeu a pergunta.
Você talvez esteja pensando: “Isso é normal, a final de contas ele estava se sentindo intimidado com os holofotes e tantas câmeras”. Pois bem, eu concordaria com você se não soubesse que ele é um dos pastores mais bem preparados e um dos maiores comunicadores que temos no Brasil. Em outras palavras, ele é uma pessoa que jamais  se sentiria acuada em situações como essa.
Mesmo sendo um homem preparado e um grande comunicador, esse pastor batista, é um universalista. Ou seja, o inferno para ele não existe e Cristo morreu para que todos, eu disse todos, sejam salvos.[3]Ele sabia muito bem o que estava fazendo, ao não ser direto e objetivo, pois expor o seu pensamento na TV aberta o colocaria no alvo das críticas como aconteceu no passado.
Em uma de suas pregações, por exemplo, Kivitz diz que antes acreditava que apenas os cristãos seriam salvos, mas que agora acredita que o Espirito de Deus está em toda a humanidade, que os seres humanos anseiam por Deus e que  isso efetivamente vem de Jesus.[4] Afirma também que ficaremos surpresos quando chegarmos ao céu e percebermos lá toda a humanidade, isto é,  crentes, incrédulos, pessoas que nunca acreditavam em Cristo, juntas louvando ao Senhor. Para ele as pessoas perguntarão as outras como chegaram ali? E todos dirão, foi Jesus.
O pastor da Igreja Batista de Água Branca disse também, em sua página pessoal, o seguinte:
“Pessoalmente, das três principais opções: calvinismo, arminianismo e universalismo, tenho simpatia pela última. Mas não me atrevo a dizer que essa teologia é a correta e a única que pode ser sustentada biblicamente, até porque na história do pensamento cristão sempre foi a menos popular”.[5]
Parece piada, mas é justamente esse o pensamento de um dos maiores ícones “gospel” da atualidade, pastor que se negou a responder a mais básica pergunta do Cristianismo. Espero que Murilo Couto encontre um cristão mais objetivo e que acredite no que a Bíblia ensina. Um cristão que simplesmente diga:
“Jesus nasceu, por isso celebramos o Natal. Porém não nasceu para ser celebrado e sim para salvar. Jesus é o Cristo que nasceu para morrer no lugar de todo aquele que nele crê, a fim de que esses salvos não pereçam no inferno, mas tenham vida eterna”.
Quem se sentiria ofendido com essa mensagem de salvação, satanás? Sei que alguns não gostarão, como também sei que não é politicamente correto falar mal do “rei” Roberto Carlos, assim como também não é “permissivo” falar do “ungido” do fã clube do Kivitz. Porém, como disse um amigo meu: “Se os discípulos do Ed René Kivitz não querem encarar a verdade, fale para aqueles que estão buscando a verdade.
Escrevo então a fim de alertar, não os fãs do Roberto Carlos ou de Kivitz, mas aqueles que as vezes se iludem com bons comunicadores como Rob Bell, Brian McLaren e Kivitz, pois querem crescer espiritualmente. Saibam que existem muitos outros bons comunicadores como John Piper, Augustus Nicodemus, Tim Keller, Luiz Sayão, Matt Chandler, Jonas Madureira, Paul Washer, Russell Shedd e tantos outros que, ao contrário dos universalistas, pregam o puro e simples evangelho sem jamais minimizar o sacrifício de Cristo na Cruz.
Notas
[1] https://www.youtube.com/watch?v=9NX-nHh0b9E
[2]Faço essa afirmação, pois quando lemos um livro e escrevemos o prefacio, do mesmo, estamos concordando com os pensamentos do artor, certo? Ed René Kivitz escreveu o prefacio do livro de Brian McLaren traduzido como “Uma Ortodoxia Generosa”. Não recomendo a leitura deste livro sem que você antes faça a leitura do livro de D. A. Carson, “Igreja Emergente”, publicado pela Vida Nova.
[3] O universalismo é a crença de que todos serão salvos e o inferno não existe. Foi promovido por autores como Gerrard Winstanley, Richard Coppin e George de Benneville no século 17: portanto, não é novo. Na América do Norte, os que aderiram a essa linha teológica passaram a ser chamados de universalistas. Há até uma Igreja Universalista, que abriga tais ensinos. George Knight tornou-se o maior defensor do universalismo sob influência dos escritos de Friedrich Schleiermarcher e George MacDonald. Ver em: http://www.cristianismohoje.com.br/artigos/especial/doutrina-que-garante-a-salvacao-de-todos-ganha-adeptos-mas-contraria-frontalmente-as-escrituras?fb_action_ids=10200415719543688&fb_action_types=og.likes&fb_source=aggregation&fb_aggregation_id=288381481237582
[4] Assista a partir do minuto 35. Ver em: https://www.youtube.com/watch?v=_Jnu2AdH-iE&feature=player_detailpage
[5] https://www.facebook.com/edRenéKivitz/posts/850802188270275
*****
Fonte:http://artigos.gospelprime.com.br/kivitz-murilho-couto-alguem-vai-inferno/