Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de julho de 2022

Pastor acusa Igreja Universal de obrigá-lo a fazer vasectomia

26.07.2022

Do portal MICROSOFT START - MSN

O pastor Maurício dos Santos Bonfim abriu um processo contra a Igreja Universal em que a acusa de tê-lo obrigado a fazer uma vasectomia (procedimento cirúrgico que impede o homem ter filhos). Por causa disso, ele solicitou à Justiça que a instituição religiosa pague uma indenização de R$ 100 mil. As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL.

Na ação, Maurício afirmou que frequentou a igreja por cerca de 10 anos. Inclusive, foi o pastor responsável por três templos da cidade de São Vicente, no litoral sul de São Paulo.

O religioso afirmou que a Igreja Universal divulgava eventuais promoções para a realização da vasectomia. Caso alguém rejeitasse, era punido com, por exemplo, perda de benefícios, ajuda de custo e rebaixamento de cargo. “Passava a ser considerado como mau exemplo”, disse ele no processo.

Ainda segundo o pastor, a Igreja Universal exigia a realização do procedimento cirúrgico por uma questão econômica, já que ela “custeia a vida da família pastoral”. “O interessante para a Igreja é que a família pastoral se resuma ao homem, pastor, e a sua esposa, obreira”, completou.

Maurício relatou na ação que foi submetido a uma cirurgia “clandestina”, sem registro médico. Por isso, os advogados Icaro Couto e Luiza Fernandes, que o representam, disseram à Justiça que a instituição religiosa “retirou brutalmente a sua chance de ser pai e de construir uma família no sentido amplo”.

Explosão

O pastor ainda alegou no processo que foi expulso da Igreja Universal em novembro de 2020 por ter elogiado uma mulher. “Tal elogio foi caracterizado como um adultério.”

Por conta disso, ele e a sua esposa, Bianca Bonfim, tiveram de sair do apartamento onde moravam e também perderam o carro, pois ambos os bens eram custeados pela Igreja Universal. “Fomos obrigados a ligar para parentes distantes para não dormirmos na rua naquela noite”, relatou.

Foi nesse momento, de acordo com Maurício, que conseguiu “retirar a venda dos meus olhos” e percebeu que havia sido “induzido e coagido moralmente” a realizar a vasectomia. “A Universal me impediu de gerar vidas.”

Em sua defesa, a igreja relatou à Justiça que a acusação de Maurício é “mentirosa”. “Alegar que a entidade pratica, sob assédio moral, esterilização em massa, nada mais é que praticar a intolerância religiosa de forma velada, de alguém que não mais congrega dos mesmos preceitos religiosos e litúrgicos, e que não respeita a religião alheia”, acrescentou.

A Igreja Universal ainda afirmou que os pastores que têm filhos sabem das dificuldades de serem transferidos. “Quando os filhos estão em fase escolar, as mudanças devem ser programadas de modo a não prejudicar os estudos. Todos esses parâmetros são analisados individualmente por cada pastor/bispo com suas esposas. Mas, em nenhum momento, a entidade impõe qualquer tipo de condição para que seus ministros religiosos realizem a cirurgia de vasectomia.”

O caso ainda não foi julgado.

Procurada pela coluna de Rogério Gentile, a Igreja Universal afirmou por meio de nota que a acusação não é verdadeira pelo fato de que há mais de 3 mil filhos naturais de bispos e pastores.

“O que a Universal incentiva é o planejamento familiar, sempre debatido de forma responsável por cada casal — conforme está previsto em nossa Constituição Federal e na legislação brasileira.”

“Temos certeza de que este processo, movido por um ex-pastor que foi desligado do corpo eclesiástico da Igreja em razão de um grave descumprimento de regra de conduta, terá o mesmo destino de outros semelhantes, nos quais diferentes tribunais têm arquivado esse tipo de pedido absurdo. Neste caso, o processo sequer poderá ser julgado, pois já passou o prazo para que o ex-pastor entrasse com a ação”, afirmou o comunicado.

Leia mais:

 Igreja Universal é acusada de impor vasectomia aos pastores

 Bispo da Universal é condenado em Angola por forçar vasectomia em pastores

Universal é condenada por obrigar pastores a fazer vasectomia, diz jornal

*****

Fonte:Pastor acusa Igreja Universal de obrigá-lo a fazer vasectomia (msn.com)

quarta-feira, 13 de julho de 2022

O ensino teológico para nativos digitais

13.07.2022
Do portal da REVISTA ULTIMATO ON LINE, 17.06.22
Por Kaiky Fernandez e Pedro Dulci
 
Estudo de caso do Invisible College
 
As verdades do evangelho são imutáveis e eternas. Isso significa não apenas que são as mesmas de sempre, mas também que precisam ser aplicadas nos mais diversos períodos da história e contextos culturais. O nosso papel como cristãos é compreender como tais verdades se aplicam aqui e agora, nas questões do mundo contemporâneo. Além de ter um profundo conhecimento da Bíblia, também precisamos entender o ambiente e as pessoas com as quais estamos compartilhando o evangelho, por exemplo, recorrendo a pesquisas culturais e sociológicas.
 
Por meio de um estudo de caso do Invisible College — um instituto educacional do Brasil que oferece cursos de teologia e filosofia — analisamos as questões acima, com foco nos nativos digitais.
 
Quem são os nativos digitais?

Uma geração pode ser definida como um recorte da população que experimentou eventos sociais, culturais e tecnológicos semelhantes1. Mesmo que haja especificidades de contextos locais, isso é útil para compreendermos as características gerais de determinado grupo — suas preferências, gostos, estilos de vidas, preocupações, dilemas e anseios.
 
Quanto mais compreendermos a respeito de uma determinada geração, maior será a nossa possibilidade de comunicar efetivamente com as pessoas desta geração e contextualizar o evangelho, aplicando verdades bíblicas aos desafios contemporâneos.2
 
A geração dos nativos digitais, composta por pessoas nascidas entre 1996 e 2012 (também conhecida como ‘Geração Z’), e que recebe esse título devido a uma característica fundamental: é a primeira geração a nascer e crescer em um contexto no qual as tecnologias digitais já estavam massivamente disponíveis para a população em geral.
 
Tais tecnologias são indispensáveis para o cotidiano dessa geração3, sendo usadas para uma ampla gama de atividades diárias: comunicar-se com amigos, enviar curriculum vitae para vagas de empregos, pedir comida, realizar estudos, procurar lojas e restaurantes, e monitorar atividades físicas. Em suma, esta é uma geração moldada pela distância de um clique a qualquer necessidade básica. Tudo está acessível e disponível através de um smartphone.
 
Por que uma escola teológica para nativos digitais?

Em 2019, nos perguntamos: quais eram as alternativas para pessoas que desejam estudar teologia, mas que não têm a possibilidade de ir para um seminário tradicional, seja devido ao alto custo, falta de tempo ou restrições geográficas; que preferem conteúdos de estudos que reflitam a ortodoxia bíblica; e que são de uma geração mais nova? Conhecemos pouquíssimas opções disponíveis. Então pensamos em uma forma de contribuir com essas pessoas.
 
Nossa proposta inicial era apenas disponibilizar, gratuitamente, um guia de estudos teológicos, para que cada interessado pudesse usá-lo na condução dos seus estudos individuais. Posteriormente, quando percebemos que havia um potencial e sentimos a necessidade de ir além dessa ferramenta, criamos formalmente o Invisible College, uma escola de teologia e filosofia para nativos digitais — um segmento que, até 2025, será a maior parte da força de trabalho ativa4.
 
Nossos números desde a criação da escola mostram claramente que as pessoas estão interessadas em aprendizagem teológica de alta qualidade. Querem opções que não renunciam ao rigor, mas que também sejam contextualizadas e adaptáveis a diferentes rotinas e realidades. O que nós fazemos aqui no Invisible College é apenas uma pequena contribuição para isso. Há ainda muito trabalho a ser feito!
 
O quê e como fazemos?

Quando criamos a escola e ao longo do seu desenvolvimento até hoje, sempre tentamos responder a estas perguntas: como propor uma metodologia de ensino que seja flexível, mas sem perder a qualidade? Como comunicar a essa geração de nativos digitais a importância e a relevância do estudo teológico? Como oferecer um ambiente relacional mesmo em uma instituição que funciona de forma totalmente digital, sem ao menos ter um espaço físico?
 
As respostas que oferecemos formam a espinha dorsal do Invisible College. Cada uma busca a adequação à geração que temos como público de interesse: os nativos digitais.
 
1. Curadoria

A primeira característica marcante da nossa escola é oferecer curadoria. A benção de ter acesso a tudo, a qualquer momento e em qualquer lugar, pode se tornar uma maldição se não houver o direcionamento adequado. Vivemos em uma época na qual um estudante do Brasil pode ter acesso a livros, palestras ou aulas de qualquer pessoa ao redor do mundo de forma praticamente instantânea. No entanto, como escolher o que acessar? Quais livros ler ou por onde começar? Para suprir essa necessidade, um dos nossos principais trabalhos é fornecer orientação em relação ao conteúdo, organizando-o de forma didática e disponibilizando gratuitamente, para qualquer pessoa, em formato de guias de estudos.
 
2. Tutoria

A segunda característica é a nossa metodologia didática. A geração Z tem como marca ser multiconectada. Isso implica na participação quase simultânea em diferentes grupos sociais — trabalho, estudos, amigos, igreja, projetos sociais —, além de, em muitos casos, não haver uma rotina fixa e rígida, devido às novas configurações de empregos remotos ou no formato híbrido5. Também é uma geração que busca protagonismo nas suas atividades e iniciativas. Assim, resgatamos uma metodologia antiga — o sistema tutorial, usado pelas universidades de Oxford e Cambridge —, mas adaptada ao contexto digital.
 
Essa metodologia pressupõe uma baixa quantidade de aulas expositivas, ao contrário dos cursos tradicionais. Além das aulas, os estudantes têm contato com os colegas e os tutores em encontros regulares para discussão dos conteúdos, onde a aprendizagem acontece de forma relacional e coletiva.
 
3. Comunicação

A terceira característica é nossa forma de comunicação. Discernir as especificidades comunicacionais das pessoas que queremos alcançar é fundamental para que aquilo que estamos propondo seja assimilado e se torne pertinente para elas. Dessa forma, sem abrir mão do rigor no conteúdo, temos uma abordagem estética tanto na linguagem visual, quanto na verbal, para desvincular a ideia de que os estudos teológicos são arcaicos, chatos e sem relevância para as pessoas que não ocupam cargos na igreja. Os títulos dos cursos e seus módulos, as escolhas de imagens e cores usadas nas peças publicitárias são sempre pensados de uma forma contextualizada e adequada para nosso público de interesse, quebrando alguns estereótipos quanto à visão que muitas vezes há em relação à teologia.
 
Quais são os desafios que temos pela frente?
Embora alguns progressos significativos tenham sido feitos ao lidar com nativos digitais, é evidente que muitos desafios estão por vir e que precisaremos lidar com eles. Tais desafios são intrínsecos a essa geração e também estão presentes na igreja local, na evangelização e no discipulado.
 
No dia a dia da nossa escola, percebemos que os estudantes estão cada vez mais desatentos e ansiosos. Existem vários fatores quanto às causas. Aqui estão alguns de acordo com as pesquisas e estudos que realizamos:
 
Em relação à sua desatenção, provavelmente boa parte disso seja fruto da relação alternada, para não dizer simultânea, entre os diversos ambientes sociais digitais. De forma geral, uma pessoa está ao mesmo tempo conectada em um aplicativo de mensagens (com os seus vários grupos e conversas individuais), em uma plataforma para a equipe do trabalho, em um sistema de emails e pelo menos mais duas ou três redes sociais. As notificações chegam a todo momento.
 
Em relação à ansiedade, provavelmente a conectividade também foi algo que a impulsionou, tanto quantitativamente, quanto qualitativamente. Isso porque o contexto das redes é propício para o compartilhamento de informações, sentimentos e opiniões, e a Geração Z se sente confortável com isso.
 
As mídias sociais moldam expectativas e comportamentos, além de gerarem impactos negativos em relação ao amor-próprio, à autoestima e à confiança6. Por outro lado, em virtude da conexão e a necessidade de relevância, os nativos digitais mostram preocupação com transformações sociais e com a sustentabilidade ambiental, bem como se esforçam para fazer a diferença em algo por meio do voluntariado.
 
E agora?

Tudo que fizemos até agora foi só o começo. Há outras perguntas e questões práticas que ainda precisam ser respondidas para auxiliarmos essa importante geração a não apenas conhecer o evangelho, mas também viver o evangelho em suas vidas diárias.
 
Precisamos da sabedoria bíblica para fazer o uso correto das mídias sociais, entendendo sua relevância e importância, ao invés de apenas demonizá-las. Por outro lado, também rejeitamos o uso irrestrito que tem gerado problemas evidentes, sobretudo na saúde mental. A grande pergunta é: como propor um uso equilibrado e saudável, reconhecendo os benefícios dos avanços tecnológicos, mas sem idolatrá-los?
 
Também precisamos buscar biblicamente respostas para essa geração ansiosa e insegura, com desajustes afetivos e uma identidade fragmentada. A solução para isso não é uma espécie de fé superficial que faz as pessoas se sentirem bem, mas sim uma fé biblicamente genuína que compreende a realidade da condição humana e segue o caminho de Jesus.
 
Por fim, que toda a vitalidade e disposição de pessoas inconformadas com o status quo sejam canalizadas para o bem comum, para promover a dignidade humana e a justiça, e fazendo tudo para a glória de Deus em um caminho de discipulado junto com as suas comunidades locais7.
 
Kaiky Fernandez é brasileiro, membro da Igreja Cristã Farol Esperança, graduado em design gráfico pela Universidade Federal de Goiás, com especialização em gestão de marketing pela ESPM Rio. É coordenador estratégico do Invisible College e estudante de teologia.
Pedro Dulci é brasileiro, doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás e cofundador e coordenador pedagógico do Invisible College, além de pastor em tempo integral da Igreja Presbiteriana Bereia, em Goiânia.
 
Notas
1 - Jason Dorsey, Denise Villa, Zconomy: como a geração z vai mudar o futuro dos negócios. Translated by Bruno Fiuzza and Roberta Clapp, 45. Rio de Janeiro: Agir, 2021.
2 - Kevin Jon Vanhoozer, O drama da doutrina: uma abordagem canônico-linguística da teologia cristã. Translated by Daniel de Oliveira, 276. São Paulo: Vida Nova, 2016.
3 - Philip Kotler, Hermawan Kartajaya and Iwan Setiawan, Marketing 5.0: tecnologia para a humanidade, trans. André Fontenelle (Rio de Janeiro: Sextante, 2021), 40.
4 - Philip Kotler, Hermawan Kartajaya and Iwan Setiawan, Marketing 5.0: tecnologia para a humanidade, trans. André Fontenelle (Rio de Janeiro: Sextante, 2021), 41.
5 - Empregos que alternam entre o trabalho presencial no escritório da empresa e o trabalho remoto.
6 - Jason Dorsey and Denise Villa, Zconomy: como a geração z vai mudar o futuro dos negócios, trans. Bruno Fiuzza and Roberta Clapp (Rio de Janeiro: Agir, 2021), 75-76.
7 - Nota da Editora: Leia o artigo de Steve Moon, intitulado “O evangelho e a Geração Z”, na edição de março/2021 da Análise Global de Lausanne https://lausanne.org/pt-br/recursos-multimidia-pt-br/agl-pt-br/2021-03-pt-br/o-evangelho-e-a-geracao-z.

Artigo originalmente publicado por Movimento de Lausanne. Reproduzido com permissão.

*****
Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/o-ensino-teologico-para-nativos-digitais

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Budistas extremistas de Mianmar torturam cristãos arrancando unhas e dentes, diz ONU

23.06.2022

Do blog GOSPEL MAIS, 21.06.22

Por TIAGO CHAGAS

Relatórios de diversas entidades, incluindo a ONU, apontam que a situação das minorias religiosas de Mianmar, incluindo os cristãos, é de perseguição extrema, com sessões de tortura conduzidas por budistas extremistas que apoiam o golpe nacionalista-militar no país.

Tom Andrews, o relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos em Mianmar, disse em um relatório que “os ataques implacáveis da junta [nacionalista budista] contra as crianças ressaltam a depravação e a disposição dos generais de infligir imenso sofrimento a vítimas inocentes em sua tentativa de subjugar o povo de Mianmar”.

“Recebi informações sobre crianças que foram espancadas, esfaqueadas, queimadas com cigarros e submetidas a execuções simuladas, e que tiveram suas unhas e dentes arrancados durante longas sessões de interrogatório”, acrescentou o relator da ONU.

Nos últimos 16 meses, os militares mataram pelo menos 142 crianças em Mianmar, acrescentou o relatório assinado por Andrews: “Mais de 250 mil crianças foram deslocadas pelos ataques dos militares e mais de 1.400 foram detidas arbitrariamente. Pelo menos 61 crianças, incluindo várias com menos de 3 anos de idade, estão sendo mantidas como reféns. A ONU documentou a tortura de 142 crianças desde o golpe”.

Andrews alertou: “Os ataques da junta às crianças constituem crimes contra a humanidade e crimes de guerra. O líder da Junta, Min Aung Hlaing, e outros arquitetos da violência em Mianmar devem ser responsabilizados por seus crimes contra crianças”.

Outra entidade, a International Christian Concern (ICC) – dedicada a monitorar a perseguição religiosa a cristãos ao redor do mundo – também citou o caso de uma igreja católica que foi queimada no estado de Kayah pelo exército do país, chamado Tatmadaw.

A Igreja de São Mateus foi incendiada por soldados da junta na quarta-feira da semana passada, 15 de junho: “Este é um dos muitos ataques contra crentes cristãos desde a tomada militar do governo democraticamente eleito”, disse a ICC.

Em outro comunicado, a ICC afirma que o sofrimento imposto pelos budistas extremistas em Mianmar às crianças de minorias religiosas ao mesmo tempo em que destroem locais de culto “indica o desejo da junta de espalhar a religião budista e parar os cristãos que apoiam as forças de defesa locais contra o golpe”.

De acordo com informações do portal The Christian Post, Mianmar é o país do Sudeste Asiático que vive a mais longa Guerra Civil do mundo, que começou em 1948. O atual conflito entre os militares do país, os Tatmadaw, e as milícias de minorias étnicas aumentou após o golpe militar em 1º de fevereiro de 2021, já que as milícias étnicas são apoiadoras da democracia.

Os cristãos representam pouco mais de 7% da nação majoritariamente budista. Mas os cristãos são maioria no estado de Chin, que faz fronteira com a Índia, e no estado de Kachin, que faz fronteira com a China, e compõem uma parte substancial da população do estado de Kayah, que faz fronteira com a Tailândia.

*****

Fonte:https://noticias.gospelmais.com.br/budistas-mianmar-torturam-cristaos-unhas-dentes-155469.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email

quarta-feira, 22 de junho de 2022

“O casamento só vai bem a três: o marido, a mulher e Deus”, ensina pastor

 22.06.2022

Do portal GUIAME,16.06.22

Por, LUANA NOVAES, GUIAME

O pastor Joel Engel ministrou sobre os princípios da vida a dois. 

Pr. Joel Engel e sua esposa, Mara Engel. (Foto: Instagram/Mara Engel)

O que faz um casamento ser durável e feliz? O pastor Joel Engel ministrou sobre os princípios da vida a dois durante um culto de Santa Ceia nesta terça-feira (14). “Deus usa a analogia do casamento para simbolizar como deve ser a nossa comunhão com Ele. O homem representa Jesus e a mulher, a Igreja”, afirmou.

O pastor ensina que o casamento é um projeto de Deus — esta foi a primeira instituição criada e abençoada por Ele no Éden. “Por isso eu sempre falo que o casamento só vai bem a três: o marido, a mulher e Deus. E o trilho que leva a um casamento de sucesso é a Palavra de Deus.”

Ele lembra que o homem só se torna completo após o casamento. “Ele só pode ter uma visão completa da shekinah de Deus através do casamento. Sem sua esposa, ele é apenas metade”, diz.

Engel também alerta sobre o impacto de um casamento saudável na vida dos filhos: “A sua casa é a primeira igreja que seus filhos irão frequentar. A primeira pregação da sua vida é aquela feita na sua casa. Me mostre seus filhos e eu te digo que tipo de pai você é.”

Como ter um lar feliz?

A Bíblia aconselha os cristãos a não terem obscenidade, conversas tolas e nem gracejos imorais, mas, ao invés disso, ação de graças (Efésios 5:3-4). Por isso, ele oferece outro alerta aos pais.

“As crianças não vão ter um crescimento saudável em Deus se não ouvirem seus pais dizendo palavras de Deus. A nossa casa é uma igreja. E a mãe, que fica mais tempo em casa, é responsável pela vida espiritual e caráter da criança”, disse o pastor.

Em um aviso às esposas que cuidam do lar, Engel continuou: “Desligue a internet e pare de ter conversas tolas com as pessoas. Deixe sempre louvor no ambiente da sua casa.”

Joel Engel acredita também que há uma relação única entre o casamento e a prosperidade bíblica. “O homem começa a prosperar no momento em que a mulher entra em sua vida, e como consequência, vem os filhos”, observa.

Por outro lado, o pastor explica que a prosperidade não está vinculada a dinheiro. “Ser rico nem sempre é ser próspero. Há pessoas que têm bens materiais, mas não têm o verdadeiro tesouro.”

Ele então listou as 4 riquezas dadas por Deus ao homem: vida física (saúde), vida familiar (cônjuge e filhos), vida social (honra na sociedade) e vida espiritual (comunhão com Deus).

Para que um homem seja bem sucedido em todas estas áreas, é preciso ter ao seu lado aquela que vai ajudá-lo a cumprir a missão. “A mulher é 50% do homem. Um ministério dado ao homem não funciona sem sua esposa ao lado. Muitos ministérios não prosperam porque há falhas no casamento”, afirma.

Os deveres da mulher e do marido

A Bíblia ensina em Efésios 5:22-24: “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos.”

Em 1 Pedro 3:6, a Bíblia relata que Sara tinha tamanho respeito a Abraão que “lhe chamava senhor”. Engel então contextualiza: “Toda mulher que quer bater de frente com o marido — ele diz uma coisa, ela diz outra — quer ser mais valente do que ele. E dessa forma, não dá certo.”

O pastor lembra que quando a mulher é submissa ao marido, ela cumpre um mandamento. “Quando ela tenta disputar, medir forçar, gritar e reagir, ela não está sendo sábia. E a Bíblia diz que a mulher sábia edifica o lar”, afirma.

Outro postura importante para a mulher é a de incentivadora de seu marido. “Minha esposa é a pessoa que mais me coloca para cima. A forma como ela me olha, é como vou me ver também. A mulher tem esse poder. Se você vê um marido medroso, inseguro, de cabeça para baixo, pode saber que a mulher não está cumprindo seu dever.”

Se tratando dos deveres dos homens, Efésios 5:25-27 diz: “Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável.”

Para Engel, esta é uma chave. “Eu entendi que tinha que me sacrificar e me santificar por minha esposa”, disse. Que tipo de amor Deus exige dos maridos? “Como Cristo amou a igreja”, responde o pastor. “Se sacrifique por sua esposa e dê sua vida por ela.”

Ele continua: “Para cumprir o mandamento de amar sua esposa, você não precisa ser movido pelo que está sentindo. Você precisa demonstrar amor, e amor é ação, atividade e esforço. Mesmo que você não esteja se sentindo disposto a isso.”

Por fim, ele ensina que é preciso nos sujeitar uns aos outros, por temor a Cristo. Os homens, amando a sua mulher como a si mesmo, e as mulheres, tratando o marido com todo o respeito.

*****

Fonte:https://www.guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/o-casamento-so-vai-bem-tres-o-marido-mulher-e-deus-ensina-pastor.html

sexta-feira, 17 de junho de 2022

"O Coração Na Bíblia: “Uma Angiografia”

17.06.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 29.05.22

PorFabio Silveira De Faria

.. E IAHWEH DISSE CONSIGO: "eu não amaldiçoarei nunca mais a terra por causa do homem, porque os desígnios do homem são MAUS desde a sua infância..." Gênesis 8.21.
Os hebreus, tendo como base o texto de Levíticos 17 entendiam que o "coração" era a própria vida das pessoas e assim os escritores bíblicos o empregaram pelo todo, pelo indivíduo, o considerando a sede da vida intelectual e emotiva, como o símbolo do amor e de todas as emoções. E, é dessa forma que até os dias atuais, poetas, compositores, amantes, e o povo em geral o consideram.

Na Bíblia, o "coração" é citado mais de mil vezes, porém raras vezes no sentido fisiológico como em 2ºSamuel 18:14. A maioria das citações afirma ser ele a sede das faculdades e da personalidade, é nele que nascem os pensamentos, sentimentos, palavras, decisões e ações, e só Deus o conhece profundamente, quaisquer que sejam as aparências.
O "coração" é o centro da consciência religiosa e da vida moral, é nele que o homem procura a Deus, o ouve, o serve, o louva e o ama. Em Gênesis 8:21, o próprio Deus diz que os desígnios do "coração" são maus desde a sua infância; o profeta Jeremias inspirado por Deus diz que o pecado dos judeus – consequentemente o nosso também – está escrito com estilete de ferro, gravado com ponta de diamante na tabuinha e nos altares do "coração". O Senhor Jesus Cristo afirmou que as impurezas não estão nas coisas ingeridas pela boca, mas pelas palavras que dela sai procedente do "coração", - a boca fala aquilo que do qual o "coração" está saturado – ou seja, é no "coração" que reside as más intenções, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsidades e difamações (Mt 15:15 a 20). Deus ordenou ao profeta e sacerdote Ezequiel que dissesse aos judeus exilados na Babilônia: eu os purificarei de todas as imundícies, tirarei dos seus peitos o "coração" de pedra e no lugar colocarei um "coração" de carne; essa promessa também nos foi feita pelo Senhor Jesus Cristo mediante o seu sangue, o sangue da Nova Aliança, ou seja, pelo seu sangue purificou nosso "coração" e substituiu a pedra por carne. Em oposição à visão dos escritores bíblicos, dos poetas, dos compositores, sabe-se que o "coração" é apenas o órgão responsável por bombear o sangue levando-o a todas as partes do corpo, um órgão desprovido de qualquer tipo de sentimento ou de emoção.

O "coração bíblico" é em realidade um conjunto de estruturas localizado no cérebro, composto por:

1 - córtex cerebral, responsável pelas funções cognitivas e pelo processamento de informação de nível mais elevado cujas funções incluem pensamento e raciocínio, memória, consciência, atenção, consciência perceptiva e linguagem, se constituindo, portanto, na sede do intelecto e da razão. "O consciente."

2 - sistema límbico, o responsável pelo controle do comportamento emocional do sistema nervoso e está envolvido diretamente com a natureza afetiva das percepções sensoriais, também conhecido por cérebro emocional, ou seja, a sede das emoções. "O subconsciente".

A esse conjunto nós chamamos MENTE, porém é preciso entender que o cérebro e a mente não são entidades separadas. A mente é a atividade do cérebro, ou seja, o cérebro é a parte física e a mente, a abstrata.

A maioria das citações sobre o "coração" na Bíblia está basicamente relacionada à parte física, à parte que gera as emoções, que controla os desejos e os pensamentos. Hoje se sabe que esta parte é o "sistema límbico". É a parte do cérebro que regula as respostas fisiológicas e emocionais do corpo. Suas estruturas anatômicas são as responsáveis por processar as emoções, regular a conduta do ser humano, funcionando como "coração", ou seja, o centro das emoções e dos desejos. 

É ele que regula o Sistema Nervoso Autônomo, - o responsável pela coordenação do funcionamento de todos os órgãos internos, e apesar de todo o avanço da ciência pode-se afirmar que o SL ainda é um ilustre desconhecido. Não há como sondá-lo em sua profundidade. 

Por meio de medicamentos é possível acalmar suas atividades, mas não se consegue dominá-lo por completo. Ao ser afetado pelas experiências afetivas e emocionais do ser humano em seu meio social, dita e direciona as atitudes e a reação das pessoas em todos os níveis, pois é dele que surgem os pensamentos bons e ruins, nele reside o egoísmo, o medo, a ansiedade, etc. 

A Bíblia diz que ele é enganoso, enganador, falso, incorrigível, e ninguém pode conhecê-lo a não ser Iahweh, o nosso Deus. Só a graça de Deus na pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é capaz de mudar o seu intento, só ela é capaz de transformá-lo e curá-lo, só ela pode dar ao homem uma nova natureza, um novo "coração", ou seja, uma nova forma de pensar. Só ela é capaz de nos libertar de toda escravidão, pois é a espada de dois gumes, a que penetra no mais profundo do nosso ser dividindo alma e espírito, juntas e medulas, julgando a disposição e o intento do coração.

*****

Fonte:https://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/o-coracao-na-biblia-uma-angiografia

HINOLOGIA CRISTÃ: Harpa Cristã completa 100 anos

17.06.2022

Do portal ULTIMATO ON LINE, 10.06.22

Por Felipe David Pereira

Primeira versão do hinário oficial da Assembleia de Deus surge em 1922 no Recife
 

2022 marca os 100 anos de existência da Harpa Cristã, um dos principais hinários da Igreja Evangélica Brasileira. Adotado oficialmente pelas Assembleias de Deus, o cancioneiro contém 640 músicas que contemplam as mais diversas temáticas e todas as exigências cerimoniais e litúrgicas da denominação.

De acordo com o pastor e jornalista Silas Daniel, o principal diferencial da Harpa Cristã para os demais hinários é que ela traz também hinos escritos por autores dos primórdios do Movimento Pentecostal, tanto personalidades brasileiras como missionários suecos que fundaram as Assembleias de Deus no Brasil. 
 
“Alguns desses hinos são versões para o português, mas outros são obras originais. Pode-se dizer que o hinário assembleiano é um excelente exemplar da teologia pentecostal”, afirma Silas, que é autor “A História dos Hinos que Amamos”, lançado em 2012 por ocasião das comemorações dos 90 anos da Harpa Cristã.
 
A história

Assim como outras igrejas, as Assembleias de Deus usavam anteriormente o hinário "Salmos e Hinos". Porém, a liderança da igreja percebeu a necessidade da criação de um hinário com ênfase nas doutrinas pentecostais. A primeira tentativa em resposta a essa demanda foi o Cantor Pentecostal, lançado em 1921 e distribuído na Assembleia de Deus do Pará. A publicação foi supervisionada por Almeida Sobrinho - que também editou jornais da denominação, e contava com 44 hinos e 10 corinhos.
 
No ano seguinte, a Harpa Cristã surge, no Recife, PE, com uma proposta mais robusta: a primeira edição foi lançada com 100 canções e tiragem de mil exemplares. O trabalho editorial da primeira versão foi conduzido pelo Pastor Adriano Nobre e a popularidade do hinário se deu pelo esforço do missionário sueco Samuel Nyström que compartilhou a obra em várias partes do Brasil. 
 
Já na segunda edição, a Harpa Cristã chegou a 300 hinos. Em 1932, uma nova versão da Harpa foi disponibilizada com 400 hinos. No mesmo ano, durante a Convenção Geral Das Assembleias de Deus no Brasil, foi formada uma comissão para editar e publicar a primeira versão do hinário com música. Além de Nyström, faziam parte do grupo o organista e acordeonista Emílio Conde, autor e adaptador de diversos hinos da Harpa Cristã, Paulo Leivas Macalão e o pastor sueco Nils Kastiberg.
 
Nos anos de 1950, a Harpa chegou a seu formato clássico, com 524 hinos. Em 1979, uma outra comissão foi formada para rever músicas e letras da Harpa Cristã. O resultado deste trabalho foi lançado em 1992, com a publicação de uma versão atualizada do hinário. A edição atual com 640 hinos, conhecida como Harpa Cristão Ampliada, foi disponibilizada em 1999.
 
Atravessando gerações

A Harpa Cristã é lançada uma década depois da fundação das Assembleias de Deus no Brasil. Não é a toa que, segundo o pastor Silas Daniel, ela desempenha um papel didático nas comunidades pentecostais. “O conteúdo de seus hinos expressa muito bem a teologia e o espírito do pentecostalismo, de maneira que eles não só inspiram, mas também enriquecem e instruem os crentes enquanto cantam”, destaca.
 
Para o pastor, um dos marcos no centenário da Harpa Cristã é o fato de ser um recurso ainda muito utilizado pelos assembleianos, apesar de ser um período em que muitas igrejas já não mais utilizam seus hinários. “A Harpa Cristã não é uma peça esquecida na tradição assembleiana, mas está bem viva no dia-a-dia da nossa denominação”, enfatiza.
 
Para quem quer conhecer mais ou acompanhar online, há um site da Harpa Cristã que reúne história, notícias, vídeos e wallpapers com trechos dos hinos. Além da versão impressa, os hinos estão reunidos em formato de áudio no site harpacrista.org e, no perfil da editora CPAD, responsável pela publicação da Harpa no Brasil, há um vídeo celebratório que apresenta a história do hinário e lembra a missão dos crentes a partir de trechos de vários hinos bastante conhecidos.
 

*****

Fonte:https://www.ultimato.com.br/conteudo/harpa-crista-completa-100-anos

segunda-feira, 6 de junho de 2022