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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Reconstruir o Templo de Salomão é rejeitar a Cristo

08.05.2019
Do blog ROCHA FERIDA, 11.08.2014
Por Leandro Lima


Algumas considerações me vêm a mente sobre a inauguração do “templo de Salomão” por Edir Macedo e a Igreja Universal. Antes de tudo é preciso “admirar” a capacidade administrativa e empreendedora deste homem. Ele, provavelmente, enriqueceria vendendo qualquer produto. Pena que escolheu vender a fé… 


A grande habilidade do Macedo é saber aproveitar os “filões” do “mercado” religioso. Ele fez a Universal avançar nadando nas águas do sincretismo religioso brasileiro, especialmente na relação com as religiões afro-brasileiras e com o catolicismo popular. Se aproveitou dos símbolos, superstições e temores próprios dessas religiões para construir seu império baseado no slogan “pare de sofrer”, e na suposta vitória sobre os espíritos que produzem sofrimento. Ao invés de “sacrifícios físicos”, passou a exigir “sacrifícios financeiros”, no que se deu muito bem. Agora, mais uma vez, imitando o catolicismo e outras religiões sacramentais, ele estabelece um “santuário” com o objetivo de atrair multidões, e especialmente, contribuições.

O verdadeiro Templo de Salomão, conforme a Bíblia.
Em poucas palavras, entretanto, posso dizer que essa construção é uma aberração. Antes de tudo é uma aberração arquitetônica, pois tenta recriar algo de uma época que já passou e que não faz mais sentido no mundo atual. Além de ser um equívoco histórico, pois trata-se de uma cópia mal feita do templo de Herodes, aquele que foi reconstruído um pouco antes do tempo de Cristo. Por isso, em vez de Templo de Salomão, deveria ser chamado de “réplica do Templo de Herodes”. Mas nesse caso, não daria muito “marketing”…

Acima de tudo é uma aberração teológica. Imagino que ele não tenha ido tão longe ao ponto de fazer as divisões internas do templo (santo lugar, santo dos santos), até porque isso limitaria o número de pessoas lá dentro e, consequentemente, de ofertas. A menos que ele quisesse se entronizar lá dentro do Santo dos Santos… (a vantagem é que só um homem o veria uma vez por ano).

De qualquer maneira, é uma aberração teológica, pois tenta recriar, mesmo que em termos ilustrativos e comerciais, algo que o próprio Deus autorizou a destruição. Foi o Senhor Jesus quem disse, sobre aquele templo de Israel, que seria destruído e não sobraria pedra sobre pedra (Mt 24.1ss). De certo modo, ao reconstruir o simbolismo, ele está erguendo novamente algo que Deus quis que terminasse. E a razão é simples: Jesus é tudo aquilo que o Templo de Israel prefigurava. Jesus cumpre em sua pessoa todas as promessas e realizações do antigo Templo. Reconstrui-lo, mesmo que apenas como uma homenagem ou dedicação, é uma forma de praticar tudo aquilo que o livro de Hebreus condena, é um modo de rejeitar a Cristo e a tudo o que ele fez.
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Helicóptero com governador do Rio e snipers metralhou ponto de oração de evangélicos em Angra

08.05.2019
Do portal  REVISTA FÓRUM, 03.05.19
Por Redação

"Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia", afirmou o pastor da Assembleia de Deus sobre a ação comandada pelo governador Wilson Witzel no último dia 4. Local foi confundido com casamata do tráfico


Reportagem de Matheus Maciel, na edição desta quarta-feira (8) do jornal Extra, informa que uma rajada de 10 tiros em apenas um segundo, que partiu do helicóptero onde estava o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), acompanhando snipers atingiu um um ponto de apoio para peregrinação de evangélicos, que foi confundido com uma casamata do tráfico.
Por sorte, segundo a reportagem, não havia ninguém no local, algo incomum numa manhã de sábado, quando ocorreu a operação na trilha do Monte do Campo Belo, em Angra dos Reis, no último dia 4.
“Foi um livramento. Nos fins de semana, sempre tem alguém ali, ajoelhado junto à lona, rezando. Faz parte da nossa peregrinação. O prefeito sabe disso”, reclamou o diácono da Assembleia de Deus Shirton Leone, citando Fernando Jordão (MDB), que também estava no helicóptero.
“Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia”, lamentou.
Witzel se hospedou em um hotel cinco estrelas em Angra dos Reis no final de semana para comandar a operação cinematográfica na periferia da cidade. Com pretexto de “acabar com a criminalidade”, o governador acompanhou os disparos feitos pelos snipers nas comunidades de dentro do helicóptero.
Nesta terça-feira (7), Talíria Petrone (PSOL-RJ), deputada federal, e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) denunciaram a “agenda genocida” do governador Wilson Witzel (PSC) à Organização das Nações Unidas (ONU).

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"O que é a vontade de Deus?"

08.05.2019
Do blog GOT QUESTIONS


Resposta: Quando se fala da vontade de Deus, muitas pessoas veem três aspectos diferentes a seu respeito na Bíblia. O primeiro aspecto é conhecido como a vontade decretiva, soberana ou oculta de Deus. Esta é a "final" vontade de Deus. Esta faceta da vontade de Deus vem do reconhecimento da soberania de Deus e dos outros aspectos da Sua natureza. Esta expressão da vontade de Deus se concentra no fato de que Ele soberanamente ordena tudo o que chega a acontecer. Em outras palavras, não há nada que aconteça que seja fora da vontade soberana de Deus. Este aspecto da vontade de Deus é visto em versículos como Efésios 1:11, onde aprendemos que Deus é aquele "que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade", e Jó 42:2: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado". Este ponto de vista da vontade de Deus é baseado no fato de que, porque Deus é soberano, sua vontade nunca pode ser frustrada. Nada acontece que esteja além de seu controle. 

Esta compreensão da Sua vontade soberana não implica que Deus faça tudo acontecer. Pelo contrário, ela reconhece que, por causa da Sua soberania, Ele deve pelo menos permitir que as coisas aconteçam. Este aspecto da vontade de Deus reconhece que, mesmo quando Deus permite passivamente que as coisas aconteçam, Ele tem que optar por permiti-las, uma vez que sempre tem o poder e o direito de intervir. Deus pode sempre optar por permitir ou interromper as ações e eventos deste mundo. Portanto, assim como Ele permite que as coisas aconteçam, elas fazem parte da Sua "vontade" neste sentido da palavra. 

Embora a vontade soberana de Deus seja muitas vezes escondida de nós até que chegue a acontecer, há um outro aspecto da Sua vontade que é claro para nós: Sua vontade perceptiva ou revelada. Como o nome indica, esta faceta da vontade de Deus significa que Deus escolheu revelar parte da Sua vontade na Bíblia. A vontade perceptiva de Deus é a Sua vontade declarada a respeito do que devamos ou não fazer. Por exemplo, por causa da vontade revelada de Deus, podemos saber que é a Sua vontade que não roubemos, que amemos nossos inimigos, que nos arrependamos de nossos pecados e que sejamos santos como Ele é santo. Esta expressão da vontade de Deus é revelada tanto em Sua Palavra quanto na nossa consciência, através da qual Deus escreveu Sua lei moral nos corações de todos os homens. As leis de Deus, quer encontradas na Escritura ou em nossos corações, são vinculativas para nós. Teremos que prestar contas por desobedê-las. 

Compreender esse aspecto da vontade de Deus reconhece que, embora tenhamos o poder e a capacidade para desobedecer os mandamentos de Deus, não temos o direito de fazê-lo. Portanto, não há desculpa para o nosso pecado e não podemos afirmar que ao escolher pecar estamos simplesmente cumprindo o decreto ou vontade soberana de Deus. Judas estava cumprindo a vontade soberana de Deus ao trair Cristo, assim como os romanos que O crucificaram estavam. Isso não justifica os seus pecados. Eles não eram menos perversos ou traiçoeiros, e tiveram que prestar contas pela sua rejeição de Cristo (Atos 4:27-28). Mesmo que em Sua soberana vontade Deus permita, ou permita que aconteça, o pecado, ainda teremos que prestar contas a Ele. 

O terceiro aspecto da vontade de Deus que vemos na Bíblia é a permissiva ou perfeita vontade de Deus. Esta faceta da vontade de Deus descreve a Sua atitude e define o que é agradável a Ele. Por exemplo, embora seja claro que Deus não tem prazer na morte do ímpio, é igualmente claro que ele permite ou decreta a sua morte. Esta expressão da vontade de Deus é revelada em muitos versículos da Bíblia que indicam o que alegra a Deus ou não. Por exemplo, em 1 Timóteo 2:4, vemos que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, mas sabemos que a vontade soberana de Deus é que "Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44). 

Se não tivermos cuidado, podemos facilmente ficar preocupados ou até mesmo obcecados em encontrar a "vontade" de Deus para as nossas vidas. No entanto, se a vontade que estivermos buscando for a Sua vontade secreta, oculta ou decretiva, estamos em uma busca tola. Deus não escolheu revelar esse aspecto de Sua vontade para nós. O que devemos procurar conhecer é a vontade perceptiva ou revelada de Deus. O verdadeiro sinal de espiritualidade é quando desejamos conhecer e viver segundo a vontade de Deus assim como revelada nas Escrituras, e ela pode ser resumida como "Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pedro 1:15-16). Nossa responsabilidade é obedecer a Sua vontade revelada e não especular sobre o que a Sua vontade oculta talvez seja. Embora devamos buscar ser "guiados pelo Espírito Santo", nunca devemos esquecer que o Espírito Santo está principalmente nos guiando à justiça e a nos conformarmos à imagem de Cristo para que a nossa vida glorifique a Deus. Deus nos chama a viver nossas vidas de toda palavra que proceda da Sua boca. 

Viver de acordo com a Sua vontade revelada deve ser o principal objetivo ou propósito de nossas vidas. Romanos 12:1-2 resume esta verdade, pois somos chamados a nos oferecer "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Para conhecermos a vontade de Deus, devemos nos aprofundar na escrita Palavra de Deus, saturando as nossas mentes com ela e orando para que o Espírito Santo nos transforme através da renovação de nossas mentes, de modo que o resultado seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. 


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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Páscoa – a verdadeira história

03.05.2019
Do blog ROCHA FERIDA, 11.04.19

A páscoa é a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos Israelitas. O seu nome deriva de uma palavra hebraica que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Ex.12.11-27). Chama-se a “páscoa do Senhor”, a “festa dos pães asmos”(Lv 23.6, Lc 22.1), os dias dos “pães asmos” (At.12.3,20.6). Mas o que significa a palavra “Páscoa”?
A palavra páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc.22.7,1Co 5.7, Mt 26.18-19, Hb 11.28).
A Páscoa no Antigo testamento
Na sua instituição, a maneira de observar a páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico; e no décimo quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal e abster-se de pão fermentado.

No dia seguinte, o 15°, a contar desde as 6 hrs do dia anterior, principiava a grande festada páscoa, que durava 7 dias; mas somente o 1° e o 7° dias eram particularmente solenes. O cordeiro morto tinha que ser sem defeito, macho e do 1° ano. Quando não fosse encontrado o cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito.

Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. 

Os que comiam a páscoa precisavam estar na posição de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados na mão, alimentando-se apressadamente. Durante os 8 dias da páscoa não se podia comer pão levedado, embora fosse permitido preparar comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Ex.12).

A páscoa era uma das 3 festas em que todos os varões haviam de “aparecer diante do Senhor” (Ex.26.14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guarda a páscoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado a morte (Nm 9.13); mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinha que adiar sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14° dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disso no tempo de Ezequias (1Cr 30.2-3).

A Páscoa no Novo testamento

Segundo o Novo Testamento, Cristo é o sacrifício da Páscoa. Isso pode ser visto como uma profecia de João Batista, no Evangelho de São João: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (João, 1.29)e uma constatação de São Paulo “Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado.” (1Co 5.7).

Jesus Cristo, desse modo, é tido pelos cristãos como o Cordeiro de Deus que foi imolado para salvação e libertação de todos do pecado. Para isso Deus teria designado sua morte exatamente no dia da Páscoa judaica para criar o paralelo entre a aliança antiga, no sangue do cordeiro imolado, e a nova aliança, no sangue do próprio Jesus imolado.

Como, segundo a tradição cristã sustentada no Novo Testamento, Jesus ressuscitou num Domingo (Mc 16.9), surgiu a prática da Igreja se reunir aos domingos, e não aos sábados, como faziam e fazem os judeus (sabbath).

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segunda-feira, 22 de abril de 2019

Bolsonaro não cumpre uma missão divina

22.04.2019
Do blog TEOLOGIA PENTECOSTAL, 
Por Gutierres Fernandes Siqueira*

gutierresPor mais de uma vez o nosso presidente, Jair Bolsonaro, disse que está cumprindo uma missão de Deus. Hoje, na Nova Aliança, essa ideia de que um governante cumpre a missão divina é errada. Em nenhuma página do Novo Testamento somos ensinados que Deus levanta governantes para uma missão nacional. Paulo é claro ao destacar que o único propósito divino para as autoridades é a guarda da legalidade (Romanos 13). Em parte, essa ideia do presidente Bolsonaro reflete a “Teologia do Destino Manifesto”, uma doutrina estranha que une alguns reformados teonomistas, católicos integralistas e neopentecostais nacionalistas. Sobre isso, o grande teólogo norte-americano Reinhold Niebuhr escreveu:

“Na verdade, nenhuma nação ou indivíduo, mesmo o mais justo, é bom o suficiente para cumprir os propósitos de Deus na história. A própria concepção da história de Jesus era que todos os homens e nações estavam envolvidos em rebelião contra Deus e que, portanto, o Messias teria que ser, não um governante forte e bom que ajudasse os justos a serem vitoriosos sobre os iníquos, mas um ‘servo sofredor’ que simbolizaria e revelaria a misericórdia de Deus; pois somente o perdão divino poderia finalmente superar as contradições da história e a inimizade entre o homem e Deus. Nenhum homem ou nação seria capaz de discernir os ‘sinais’ (a cruz iminente, por exemplo) que significaria esse tipo de esclarecimento final da história. A falta de discernimento seria devida, não a um defeito da mente no cálculo do curso da história, mas a uma corrupção do coração, que introduziu a confusão do orgulho egoísta” (Discerning the Signs of the Times).

Gutierres Fernandes Siqueira. Editor do blog. Graduado em Comunicação Social pela Faculdade Paulus (FAPCOM) e pós-graduado em Mercado Financeiro e de Capitais pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É membro e professor de EBD na Igreja Evangélica Assembleia de Deus- Ministério Belém em São Paulo (SP). É autor do livro “Revestidos de Poder: Uma Introdução à Teologia Pentecostal”, publicado pela CPAD.
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quinta-feira, 18 de abril de 2019

A nova crise urbana: quando o “Trickling Down” não funciona

18.04.2019
Do portal VOLTEMOS AO EVANGELHO, 17.04.19
Por Mez McConnell*

A-nova-crise-urbana–quando-o-“Trickling-Down”-é-nada

Este post é o segundo de uma  uma análise em três partes do livro de Richard Florida, “The New Urban Crisis: Gentrification, Housing Bubbles, Growing Inequality and What We Can Do About It” (A Nova Crise Urbana: Gentrificação, Bolhas da Moradia, Desigualdade Crescente e o Que Podemos Fazer Sobre Isso).

A última vez discutimos a gentrificação em termos gerais. Como parece que isso é feito em Edimburgo? Aqui está o que observei acontecendo em nossa comunidade à medida que a gentrificação se desenvolvia (e continua a fazê-lo).

Os nomes das ruas históricas estão sendo alterados para colocar a área à venda para novos compradores ricos. Por exemplo, a área ao lado de Niddrie sempre foi conhecida como “Greendykes” e é famosa por conter os blocos de apartamentos onde os dois filmes “Trainspotting” foram filmados. Toda a área foi demolida e agora foi renomeada como “Greenacres”, na tentativa de atrair compradores de famílias mais abastadas e compradores que estão fazendo sua primeira compra. A mesma coisa está acontecendo em Londres, com os planejadores da autoridade local usando a palavra “propriedades” em desuso e chamando-as de “vizinhança”.

Os blocos de apartamentos locais receberam uma reforma completa em preparação para a construção de novas moradias e casas ao lado deles.

As casas foram compradas e vendidas para construtores e corretores com a promessa de que uma certa porcentagem de residentes desapropriados poderia voltar atrás. Isso raramente acontece, se é que acontece. Em vez disso, muitas das casas estão indo para imigrantes, o que está causando tensão racial.

Os preços dos imóveis subiram vertiginosamente, então é praticamente impossível comprar no mercado imobiliário se você trabalha em uma indústria de serviços ou é da classe trabalhadora mais humilde (como definido por Flórida).

Os aluguéis também são astronomicamente altos com o mesmo efeito.

O fato do custo de vida no centro da cidade de Edimburgo ser tão alto, aliado a uma escassez crônica de moradia, significa que a autoridade local está valorizando nosso conjunto habitacional em um esforço para tentar fazer com que a classe média mais educada compre propriedades aqui. Eles construíram uma biblioteca de última geração (um sinal claro de gentrificação, segundo Flórida), um shopping center, supermercados e novas escolas. “A realidade é que as coisas são melhores para aqueles que podem pagar”. Note que nenhuma dessas coisas estava disponível para a população nativa até que os mais abastados precisassem de um lugar mais acessível para viver. Na próxima década (talvez muito em breve), Niddrie não será mais um conjunto habitacional para pessoas carentes e a maioria da população nativa terá mudado para outros conjuntos habitacionais ou terá sido forçada a se mudar para locais como a região de Fife, onde os preços das casas e aluguéis são muito mais baratos. A nova classe média entrante não saberá nada da história tradicional da área e dos antigos nomes de casas e ruas. Nem se importarão. Eles apenas vão invadir a comunidade e a classe dominante acabará dominando. O tempo todo tendemos a ser gratos porque essas políticas melhoraram as coisas. A realidade, porém, é que eles fizeram as coisas melhores para aqueles que podem pagar. Aqueles que não podem serão deixados de lado e, para a maioria, nem todos, suas vidas não terão realmente melhorado.

Uma coisa que Flórida certamente prega no livro é a divisão de classes no Reino Unido. Quero me deter aqui por um momento, porque de vez em quando estou enfrentando os evangélicos da cultura majoritária (de classe média) que pensam que estou inventando isso ou que estou causando divisões por sequer mencioná-lo. No entanto, esse sujeito americano vê isso claro como dia. Há uma divisão de classes neste país que está crescendo e tem crescido, década após década. Mais uma vez, grande parte da igreja evangélica de classe média ignora isso. No entanto, aqui estamos nós como cristãos operários da classe trabalhadora (e também desempregados) perguntando onde todas as igrejas boas e teologicamente sólidas estão em nossas comunidades. Onde estão nossos líderes representados no cristianismo do Reino Unido? Algumas igrejas apontarão a diversidade étnica como prova de que estão sendo inclusivas, mas a presença de algumas pessoas de pele escura em nossas igrejas não nega a questão de uma divisão de classe em nosso país e em nossas igrejas.

O problema, como observei nos últimos dezoito anos, é que grande parte do movimento de plantação e revitalização de igrejas (em todo o mundo) seguiu tendências sociológicas e econômicas globais, e não a Bíblia. De fato, muito disso imita a gentrificação. Deixe-me explicar o que quero dizer. A gentrificação pressupõe uma abordagem de cima para baixo à habitação e à política social (pelo menos no Reino Unido – mas isto é geralmente verdade em todo o mundo). Ao melhorar uma área geográfica em termos de habitação e serviços, a ideia é que a população nativa pobre se beneficiará por consequência. É chamado de “efeito trickle-down”. A realidade é que, embora haja melhorias em muitas dessas comunidades, os mais pobres continuam pobres e são expulsos de suas casas e comunidades. Os problemas não são resolvidos, eles são apenas movidos.

Igualmente, há alguns líderes da igreja no Reino Unido, na verdade no mundo, que continuam a sustentar que o nosso evangelismo e esforços missionários devem ser concentrados nos líderes, políticos, artistas e formadores de cultura nas nossas sociedades. Em outras palavras, vamos direcionar nossas finanças e estratégias para a classe superior e criativa. Isso, eles afirmam, terá um efeito trickle-down quando se trata de alcançar os pobres. Alguns chamam de “plantio a montante”. Em outras palavras, vamos plantar igrejas em comunidades financeiramente ricas e, no futuro, podemos financiar o trabalho em áreas mais pobres. Com o dinheiro e a influência. Segundo o raciocínio, podemos ter mais resultado em plantar uma dessas igrejas “financiadoras” do que em cinco igrejas mais pobres que drenam os recursos. Soa bastante lógico. Até parece viável. Exceto que não funciona, e se os líderes que defendem essa abordagem não sabem, então eles deveriam saber. A realidade nos círculos da igreja é a mesma da realidade na gentrificação.

Não há efeito trickle-down. Alguém recentemente me desafiou a respeito disso e disse que havia, mais do que nunca, igrejas evangélicas em comunidades ricas desenvolvendo ministério de misericórdia, então como eu poderia fazer essas afirmações? Minha resposta é que grande parte do ministério de misericórdia que está sendo realizado pelas igrejas mais ricas e de classe média em nossas comunidades pode ser tudo menos isso. Clique aqui para um post anterior, onde eu considero isso em mais detalhes (em Inglês).

O fato é que as “igrejas a montante” não estão realmente financiando o plantio de igrejas e o ministério de revitalização no Reino Unido. Pode haver aqueles que ajudaram algum trabalho isolado ou talvez até plantaram uma ou duas igrejas (algo raro se estiver acontecendo). Mas nada como a escala que é necessária para mudar as coisas em nosso país. Igrejas a montante com orçamentos a montante financiam projetos de construção a montante antes de financiar cristãos a jusante para plantar igrejas em comunidades habitacionais carentes e bairros de moradias sociais. Essa é a realidade. O 20schemes é quase inteiramente apoiado por indivíduos cristãos e pequenas igrejas (50-100 membros) fora do Reino Unido e não por igrejas ricas a montante. Temos alguns exemplos de grandes igrejas que regularmente nos apoiam financeiramente, uma no Reino Unido e outra nos EUA. Algumas igrejas nos deram presentes únicos, mas nada que chegue perto de financiar esse tipo de ministério por um longo período de tempo.

Eu posso lhe dizer que nenhum de nossos plantadores de igrejas independentes jamais teve sucesso em um pedido de subsídio de uma organização evangélica no Reino Unido. Isso mudou recentemente quando recebemos uma grande concessão da FIEC para reformar um prédio da igreja em uma comunidade em Edimburgo. Também nos beneficiamos enormemente da generosidade da HeartCry, uma organização missionária nos EUA que financia nosso trabalho em Glasgow. Mas, além de nossos dois irmãos presbiterianos (suas denominações cuidam deles), a maioria dos plantadores de igrejas luta para levantar dinheiro para seus salários. Em resumo, não conheço um plantador de igrejas que trabalhe nas comunidades habitacionais carentes e bairros de moradias sociais e que tenha sido ajudado por esse modelo de fluxo reduzido no nível da igreja local. Irmãos em comunidades e bairros de moradias sociais estão lutando por dinheiro e voluntários dispostos a se mudar e ajudá-los a formar equipes. Igrejas maiores podem até doar alguns quilos de alimento de vez em quando, mas nada como o que é necessário para financiar um plantador de igrejas e sua família adequadamente e a longo prazo.

Este post é o segundo de uma análise em três partes do livro de Richard Florida, “The New Urban Crisis”.

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[1] Nota do editor: Gentrificação é um processo de transformação de centros urbanos através da mudança dos grupos sociais ali existentes, onde sai a comunidade de baixa renda e entram moradores das camadas mais ricas. (Fonte: Significados)

Igreja em Lugares Difíceis - Como a igreja local traz vida ao pobre e necessitado



Nos últimos anos, cristãos e organizações cristãs têm aumentado seu interesse em ajudar pessoas que sofrem com a miséria e a pobreza. Mas este interesse renovado em aliviar a pobreza está fadado ao fracasso se não tiver raízes na igreja local, que é o meio estabelecido por Deus para atrair pessoas miseráveis para um relacionamento transformador com ele.

Enfatizando a prioridade do evangelho, Mez McConnell e Mike McKinley, ambos pastores de igreja local em regiões de pobreza, oferecem direção bíblica e estratégias práticas para o trabalho de plantação, revitalização e crescimento fiel de igrejas em lugares difíceis, em nossa própria comunidade e em outros lugares ao redor do mundo.
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*Mez McConnell é  pastor sênior da Niddrie Community Church, Edimburgo, Escócia. É fundador do 20schemes, um ministério voltado para plantação de igrejas nos lugares mais difíceis da Escócia. Desde 1999, McConnell tem se envolvido com o ministério pastoral, tanto em plantação quanto revitalização.
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Fonte:https://voltemosaoevangelho.com/blog/2019/04/a-nova-crise-urbana-quando-o-trickling-down-nao-funciona/

Casal hindu que tentou se matar ouve a voz de Deus ao ver pastor lendo a Bíblia

18.04.2019
Do blog GOSPEL MAIS
Por WILL R. FILHO

O hinduísmo é uma das maiores religiões do planeta, sendo a Índia o seu país de origem e onde se concentra a absoluta maioria dos seus praticantes, os quais acreditam na reencarnação espiritual e na existência de mais de 300 milhões de deuses diferentes.

Ser um praticante do hinduísmo na Índia pode custar alguns sacrifícios, e até mesmo a vida, já que a crença enxerga a morte no rio Ganges, considerado sagrado e a personificação da deusa Ganga, como uma passagem direta para o mais alto paraíso celestial, o Vaikuntha.

Assim, quem se joga no rio Ganges esperando morrer afogado não é considerado um suicida, mas alguém que entregou sua vida aos deuses. Foi isso o que aconteceu com o casal Rabinder e Padma.

Eles tinham uma filha, que fugiu de casa para se casar com um muçulmano. Isso foi uma vergonha tremenda para eles, acentuada pelas críticas dos vizinhos, que disseram que eles deveriam ter matado os dois ao invés de deixá-los viver.

Amargurados, Rabinder e Padma resolveram se jogar no Ganges. Eles chegaram a perder a consciência e seus corpos foram arrastados por quilômetros, até encalhar na beira do rio, em terra.

No outro dia pela manhã, o pastor Praveen, da organização missionária Bíblias para o Oriente Médio, encontrou o casal aparentemente sem vida, junto com outros irmãos em Cristo.

Eles levaram Rabinder e Padma para um local seguro, no templo da igreja liderada por eles, e tentaram lhes dar toda à assistência possível, até que recobrassem à consciência.

Ao acordar, o casal viu que se tratavam de cristãos e ficaram desesperados. A mulher carregava um colar com a imagem de Shiva, um dos deuses hindus, e sempre que os cristãos tentavam se aproximar eles gritavam, recusando qualquer ajuda, apesar de muito fracos.

O pastor então resolveu ler a passagem de Apocalipse 1: 17-18, que diz: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Nesse momento Rabinder e Padma sentiram como se um choque elétrico atingisse suas mãos e a imagem de Shiva foi despedaçada, e ambos ouviram uma voz logo em seguida:

“Essa é a verdadeira Palavra. Eu sou o seu Criador e Salvador. Eu não sou nem um homem nem um ídolo. Eu te trouxe aqui para a sua salvação”, disse o Senhor ao casal, que atônicos caíram em prantos, reconhecendo a Verdade revelada em Cristo Jesus.

Rabinder e Padma, cujos nomes verdadeiros foram omitidos por razão de segurança, assim como os demais desse testemunho, se converteram e até hoje fazem parte da congregação liderada pelo pastor Praveen, segundo informações do  Bíblias para o Oriente Médio.
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Fontehttps://noticias.gospelmais.com.br/casal-hindu-ouve-voz-deus-pastor-biblia-111835.html: