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quarta-feira, 8 de maio de 2019

"O que é a vontade de Deus?"

08.05.2019
Do blog GOT QUESTIONS


Resposta: Quando se fala da vontade de Deus, muitas pessoas veem três aspectos diferentes a seu respeito na Bíblia. O primeiro aspecto é conhecido como a vontade decretiva, soberana ou oculta de Deus. Esta é a "final" vontade de Deus. Esta faceta da vontade de Deus vem do reconhecimento da soberania de Deus e dos outros aspectos da Sua natureza. Esta expressão da vontade de Deus se concentra no fato de que Ele soberanamente ordena tudo o que chega a acontecer. Em outras palavras, não há nada que aconteça que seja fora da vontade soberana de Deus. Este aspecto da vontade de Deus é visto em versículos como Efésios 1:11, onde aprendemos que Deus é aquele "que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade", e Jó 42:2: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado". Este ponto de vista da vontade de Deus é baseado no fato de que, porque Deus é soberano, sua vontade nunca pode ser frustrada. Nada acontece que esteja além de seu controle. 

Esta compreensão da Sua vontade soberana não implica que Deus faça tudo acontecer. Pelo contrário, ela reconhece que, por causa da Sua soberania, Ele deve pelo menos permitir que as coisas aconteçam. Este aspecto da vontade de Deus reconhece que, mesmo quando Deus permite passivamente que as coisas aconteçam, Ele tem que optar por permiti-las, uma vez que sempre tem o poder e o direito de intervir. Deus pode sempre optar por permitir ou interromper as ações e eventos deste mundo. Portanto, assim como Ele permite que as coisas aconteçam, elas fazem parte da Sua "vontade" neste sentido da palavra. 

Embora a vontade soberana de Deus seja muitas vezes escondida de nós até que chegue a acontecer, há um outro aspecto da Sua vontade que é claro para nós: Sua vontade perceptiva ou revelada. Como o nome indica, esta faceta da vontade de Deus significa que Deus escolheu revelar parte da Sua vontade na Bíblia. A vontade perceptiva de Deus é a Sua vontade declarada a respeito do que devamos ou não fazer. Por exemplo, por causa da vontade revelada de Deus, podemos saber que é a Sua vontade que não roubemos, que amemos nossos inimigos, que nos arrependamos de nossos pecados e que sejamos santos como Ele é santo. Esta expressão da vontade de Deus é revelada tanto em Sua Palavra quanto na nossa consciência, através da qual Deus escreveu Sua lei moral nos corações de todos os homens. As leis de Deus, quer encontradas na Escritura ou em nossos corações, são vinculativas para nós. Teremos que prestar contas por desobedê-las. 

Compreender esse aspecto da vontade de Deus reconhece que, embora tenhamos o poder e a capacidade para desobedecer os mandamentos de Deus, não temos o direito de fazê-lo. Portanto, não há desculpa para o nosso pecado e não podemos afirmar que ao escolher pecar estamos simplesmente cumprindo o decreto ou vontade soberana de Deus. Judas estava cumprindo a vontade soberana de Deus ao trair Cristo, assim como os romanos que O crucificaram estavam. Isso não justifica os seus pecados. Eles não eram menos perversos ou traiçoeiros, e tiveram que prestar contas pela sua rejeição de Cristo (Atos 4:27-28). Mesmo que em Sua soberana vontade Deus permita, ou permita que aconteça, o pecado, ainda teremos que prestar contas a Ele. 

O terceiro aspecto da vontade de Deus que vemos na Bíblia é a permissiva ou perfeita vontade de Deus. Esta faceta da vontade de Deus descreve a Sua atitude e define o que é agradável a Ele. Por exemplo, embora seja claro que Deus não tem prazer na morte do ímpio, é igualmente claro que ele permite ou decreta a sua morte. Esta expressão da vontade de Deus é revelada em muitos versículos da Bíblia que indicam o que alegra a Deus ou não. Por exemplo, em 1 Timóteo 2:4, vemos que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade, mas sabemos que a vontade soberana de Deus é que "Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44). 

Se não tivermos cuidado, podemos facilmente ficar preocupados ou até mesmo obcecados em encontrar a "vontade" de Deus para as nossas vidas. No entanto, se a vontade que estivermos buscando for a Sua vontade secreta, oculta ou decretiva, estamos em uma busca tola. Deus não escolheu revelar esse aspecto de Sua vontade para nós. O que devemos procurar conhecer é a vontade perceptiva ou revelada de Deus. O verdadeiro sinal de espiritualidade é quando desejamos conhecer e viver segundo a vontade de Deus assim como revelada nas Escrituras, e ela pode ser resumida como "Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pedro 1:15-16). Nossa responsabilidade é obedecer a Sua vontade revelada e não especular sobre o que a Sua vontade oculta talvez seja. Embora devamos buscar ser "guiados pelo Espírito Santo", nunca devemos esquecer que o Espírito Santo está principalmente nos guiando à justiça e a nos conformarmos à imagem de Cristo para que a nossa vida glorifique a Deus. Deus nos chama a viver nossas vidas de toda palavra que proceda da Sua boca. 

Viver de acordo com a Sua vontade revelada deve ser o principal objetivo ou propósito de nossas vidas. Romanos 12:1-2 resume esta verdade, pois somos chamados a nos oferecer "em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Para conhecermos a vontade de Deus, devemos nos aprofundar na escrita Palavra de Deus, saturando as nossas mentes com ela e orando para que o Espírito Santo nos transforme através da renovação de nossas mentes, de modo que o resultado seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. 


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domingo, 14 de abril de 2019

"O que são Pelagianismo e Semipelagianismo?"

14.04.2019
Do portal GOT QUESTIONS


Resposta: Pelágio era um monge que viveu no fim do século 4 e início do século 5 D.C. Ele ensinava que os seres humanos nasciam inocentes, sem a mancha do pecado original e pecado herdado. Também acreditava que Deus criava diretamente toda alma humana e, portanto, toda alma era livre do pecado. Pelágio acreditava que o pecado de Adão não tinha afetado as gerações futuras da humanidade. Essa interpretação ficou conhecida como Pelagianismo.

O Pelagianismo contradiz muitas Escrituras e princípios bíblicos. Primeiro, a Bíblia nos ensina que somos pecadores no momento da concepção (Salmo 51:5). Além disso, a Bíblia ensina que todos os seres humanos morrem como resultado do pecado (Ezequiel 18:20; Romanos 6:23). Embora o Pelagianismo diga que os seres humanos não nascem com uma inclinação natural ao pecado, a Bíblia diz o contrário (Romanos 3:10-18). Romanos 5:12 claramente afirma que o pecado de Adão é a razão pela qual o pecado afeta o resto da humanidade. Qualquer pessoa que tenha tido filhos pode atestar ao fato de que bebês precisam ser ensinados a se comportarem; eles não precisam ser ensinados a pecar. O Pelagianismo, no entanto, é claramente anti-bíblico e deve ser rejeitado.

O Semipelagianismo essencialmente ensina que a humanidade é manchada pelo pecado, mas não ao extremo de não podermos cooperar com a graça de Deus com os nossos próprios esforços. Essa crença é, em essência, depravação parcial, ao invés de depravação total. As mesmas escrituras que refutam o Pelagianismo refutam o Semipelagianismo. Romanos 3:10-18 com certeza não descreve a humanidade como sendo apenas parcialmente manchada pelo pecado. A Bíblia claramente ensina que sem Deus fazendo com que certa pessoa se "aproxime" dEle, somos incapazes de cooperar com a graça de Deus. "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44). Assim como o Pelagianismo, o Semipelagianismo é anti-bíblico e deve ser rejeitado.


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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Quem eram os samaritanos?

14.01.2019
Do blog GOT QUESTIONS

Os samaritanos ocupavam o país que anteriormente pertencia à tribo de Efraim e à meia-tribo de Manassés. A capital do país era Samaria, anteriormente uma cidade grande e esplêndida. Quando as dez tribos foram levadas em cativeiro para a Assíria, o rei de Assíria enviou pessoas de Cuta, Ava, Hamate e Sefarvaim para habitar Samaria (2 Reis 17:24; Esdras 4:2-11). Esses estrangeiros casaram-se com a população israelita que ainda estava dentro e em torno de Samaria. Estes "samaritanos" de primeira adoravam os ídolos de suas próprias nações, mas por terem tido que lidar com leões, pensaram que era porque não tinham honrado o Deus daquele território. Um sacerdote judeu foi, portanto, enviado de Assíria para instruí-los na religião judaica. Eles foram instruídos com base nos livros de Moisés, mas ainda mantiveram muitos dos seus costumes idólatras. Os samaritanos adotaram uma religião que era uma mistura do Judaísmo e idolatria (2 Reis 17:26-28). Porque os habitantes israelitas de Samaria casaram-se com estrangeiros e adotaram a sua religião idólatra, os samaritanos eram geralmente considerados "mestiços" e universalmente desprezados pelos judeus.

Motivos adicionais de animosidade entre os israelitas e os samaritanos foram os seguintes:

1. Os judeus, após o seu retorno da Babilônia, começaram a reconstruir o seu templo. Enquanto Neemias estava envolvido na construção dos muros de Jerusalém, os samaritanos vigorosamente tentaram atrapalhar esse empreendimento (Neemias 6:1-14).

2. Os samaritanos construíram para si mesmo um templo no "monte Gerizim", o qual os samaritanos insistiram que tinha sido designado por Moisés como o lugar onde a nação devia adorar. Sambalate, o líder dos samaritanos, estabeleceu o seu genro, Manassés, como sumo sacerdote. A religião idólatra dos samaritanos foi assim perpetuada.

3. Samaria tornou-se um lugar de refúgio para todos os foragidos da Judeia (Josué 20:7; 21:21). Os samaritanos de bom grado receberam criminosos e refugiados judeus. Os infratores das leis judaicas e aqueles que tinham sido excomungados encontraram segurança para si próprios em Samaria, aumentando o ódio que existia entre as duas nações.

4. Os samaritanos aceitavam apenas os cinco livros de Moisés e rejeitavam os escritos dos profetas e todas as tradições judaicas.


Essas causas deram origem a uma diferença irreconciliável entre eles, de modo que os judeus consideravam os samaritanos como os piores da raça humana (João 8:48) e não tinham quaisquer interações com eles (João 4:9). Apesar do ódio entre os judeus e os samaritanos, Jesus quebrou as barreiras entre os dois, pregando o evangelho da paz para os samaritanos (João 4:6-26); os apóstolos mais tarde seguiram o Seu exemplo (Atos 8:25).

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Fonte:https://www.gotquestions.org/Portugues/Samaritanos.html